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Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão
Paulo Bernardo Silva

INSTITUTO BRASILEIRO
DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA - IBGE
Presidente
Eduardo Pereira Nunes
Diretor-Executivo
Sérgio da Costa Côrtes

ÓRGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES
Diretoria de Pesquisas
Wasmália Socorro Barata Bivar
Diretoria de Geociências
Luiz Paulo Souto Fortes
Diretoria de Informática
Paulo César Moraes Simões
Centro de Documentação e Disseminação de Informações
David Wu Tai
Escola Nacional de Ciências Estatísticas
Sérgio da Costa Côrtes (interino)

UNIDADE RESPONSÁVEL
Diretoria de Pesquisas
Coordenação das Estatísticas Econômicas e Classificações
Sidnéia Reis Cardoso
Gerência do Cadastro Central de Empresas
Bruno Erbisti Garcia
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Diretoria de Pesquisas
Gerência do Cadastro Central de Empresas

Estudos e Pesquisas
Informação Econômica
número 14

Demografia das Empresas
2008

Rio de Janeiro
2010
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Av. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil
ISSN 1679-480X

Estudos e pesquisas
Divulga estudos descritivos e análises de resultados de tabulações especiais de uma ou mais pesquisas, de autoria institucional.
A série Estudos e pesquisas está subdividida em: Informação Demográfica e Socioeconômica, Informação Econômica, Informação Geográfica
e Documentação e Disseminação de Informações.

ISBN 978-85-240-4148-8 (CD-ROM)
ISBN 978-85-240-4147-1 (meio impresso)
© IBGE. 2010
Elaboração do arquivo PDF
Roberto Cavararo

Produção de multimídia
Marisa Sigolo Mendonça
Márcia do Rosário Brauns

Capa
Marcos Balster Fiore e Renato Aguiar - Coordenação de
Marketing/Centro de Documentação e Disseminação de
Informações - CDDI
Sumário
Apresentação
Introdução
Notas Técnicas
Informações gerais
Objetivos
Critérios de seleção das unidades ativas
Critérios para atribuição de valores de pessoal
ocupado e de salários pagos
Critérios para atribuição de valores de pessoal assalariado médio e
de salário médio mensal
Procedimentos de crítica e qualidade
Âmbito
Classificação de atividades econômicas
Unidades de Análise
Definição das variáveis
Disseminação dos resultados
Conteúdo das tabelas
Regras de arredondamento
Regras de desidentificação
Análise dos resultados
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

Tabelas de resultados
Empresas
1 - Empresas, pessoal ocupado total e assalariado
em 31.12, salários e outras remunerações, salário
médio mensal e idade média das empresas, segundo
as seções da classificação de atividades e as faixas de
pessoal ocupado total - Brasil - 2008
2 - Empresas e pessoal ocupado total em 31.12, por tipo de
evento demográfico, segundo as seções da classificação de
atividades e as faixas de pessoal ocupado
assalariado - Brasil - 2008
3 - Pessoal ocupado assalariado em 31.12 e salários
e outras remunerações das empresas, por tipo de evento
demográfico, segundo as seções da classificação
de atividades e as faixas de pessoal ocupado
assalariado - Brasil - 2008
4 - Salário médio mensal das empresas, por tipo de evento
demográfico, segundo as seções da classificação
de atividades e as faixas de pessoal ocupado
assalariado - Brasil - 2008
5 - Taxas de nascimentos, entradas, saídas e sobrevivência,
de empresas e do pessoal ocupado assalariado em 31.12,
segundo as seções da classificação de atividades e as faixas de
pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008
6 - Empresas de alto crescimento e pessoal ocupado total e
assalariado em 31.12, com indicação das respectivas taxas,
segundo as divisões da classificação de
atividades - Brasil - 2008
7 - Empresas gazelas e pessoal ocupado total e
assalariado em 31.12, com indicação das respectivas taxas,
segundo as divisões da classificação de
atividades - Brasil - 2008
Unidades locais das empresas
8 - Entradas e saídas das unidades locais e do pessoal
ocupado assalariado das empresas, com indicação das
respectivas taxas de entrada e saída, segundo as
Grandes Regiões, as Unidades da Federação e as seções
da classificação de atividades - 2008
9 - Entradas e saídas das unidades locais e do pessoal
ocupado assalariado das empresas, com indicação das
respectivas taxas de entrada e saída, segundo os
Municípios das capitais e as seções da classificação
de atividades - 2008
Sumário _______________________________________________________________________________________

10 - Unidades locais e pessoal ocupado assalariado em
31.12 das empresas de alto crescimento e das empresas
gazelas, segundo as Grandes regiões, as Unidades da Federação
e as seções da classificação de atividades - 2008
Referências
Anexos
1. Estrutura detalhada da CNAE 2.0: Códigos
e denominações
2. Tabela de Natureza Jurídica 2003.1
Glossário

Convenções
-

Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento;

..

Não se aplica dado numérico;

...

Dado numérico não disponível;

x

Dado numérico omitido a fim de evitar a individualização da
informação;

0; 0,0; 0,00

Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de
um dado numérico originalmente positivo; e

-0; -0,0; -0,00

Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de
um dado numérico originalmente negativo.
Apresentação

O

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE divulga, na presente publicação, estudo sobre a demografia das empresas formais
brasileiras no ano de 2008, a partir das informações do Cadastro Central
de Empresas - CEMPRE.
O estudo da demografia das empresas permite analisar as taxas
de entrada, saída, sobrevivência, além da mobilidade e idade média
das empresas. É possível, ainda, avaliar o impacto dos movimentos
demográficos sobre variáveis econômicas, como pessoal ocupado total
e assalariado, dentre outras possibilidades.
Destaca-se, neste ano, a implementação de uma nova metodologia de estudo em virtude da adoção de novos critérios de seleção
de empresas ativas no CEMPRE, da utilização da Classificação Nacional
de Atividades Econômicas - CNAE versão 2.0 e da compatibilização
de uma série de indicadores em conformidade com a metodologia
internacional.
Neste estudo, apresentamos, inicialmente, as taxas de entrada,
saída e sobrevivência segundo o porte da empresa e as atividades
econômicas, assim como a mobilidade das empresas por porte. Pela
primeira vez, são mostradas informações sobre as empresas de alto
crescimento e as empresas “gazelas” existentes na economia brasileira,
além do seu impacto na geração de postos de trabalho assalariados
formais entre 2005 e 2008. São apresentados, ainda, os resultados
regionais. Além dessas informações, o plano tabular que acompanha
este estudo contém informações detalhadas até o nível de divisão da
CNAE 2.0 e taxas demográficas das unidades locais das empresas até
o nível de Municípios das Capitais.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

O conteúdo desta publicação consta no CD-ROM que a acompanha, assim como um subconjunto do plano tabular referente ao ano
de 2007.
O IBGE e, em especial, a equipe da Gerência do Cadastro Central
de Empresas colocam-se à disposição para esclarecimentos e quaisquer
outras formas de atendimento aos interessados.

Wasmália Bivar
Diretora de Pesquisas
Introdução

E

ste estudo tem por objetivo analisar alguns aspectos do padrão de
demografia das empresas formais brasileiras, em particular, os movimentos de entrada, saída e sobrevivência de empresas do mercado,
bem como empresas de alto crescimento e empresas “gazelas” com
base nas informações do Cadastro Central de Empresas - CEMPRE ano
de referência 2008. Esses movimentos são apresentados por porte de
empresa, por atividade econômica de atuação da empresa, de acordo
com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE versão
2.0, por Região Geográfica e Unidade da Federação. No plano tabular,
constam, inclusive, informações de eventos demográficos por Municípios
das Capitais.

Ressalta-se que, neste ano, houve a implementação de uma nova
metodologia de estudo em virtude da adoção de novos critérios de seleção
de empresas ativas no CEMPRE, da utilização da Classificação Nacional de
Atividades Econômicas - CNAE versão 2.0 e da compatibilização de uma
série de indicadores em conformidade com a metodologia internacional.
A despeito da literatura enfatizar o papel do número e da distribuição das empresas, segundo o porte e a idade, como características básicas
da estrutura produtiva, existem poucas informações sobre a sobrevivência
das empresas e os seus condicionantes, ou seja, sobre o que distingue
as experiências bem-sucedidas e quais as restrições que pesam sobre o
crescimento das empresas e sua consolidação no mercado. Este estudo
pretende apresentar um conjunto de informações que contribuam para
o desenvolvimento de estudos sobre este tema.
Na literatura de organização industrial1, é frequente encontrar a
história da empresa no mercado representada como um ciclo biológico
de nascimento, crescimento e morte (POSSAS, 1987). Mesmo entre as
1
O termo “industrial” tradução direta de industry, refere-se a todos os setores de atividades a que
,
se dedicam as empresas no Brasil e não somente à indústria de transformação (manufacturing).
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

abordagens que se contrapõem a esta visão e em diferentes vertentes teóricas, as
barreiras à entrada de novos concorrentes e à saída de empresas do mercado têm
um papel fundamental (STEINDL, 1983; SYLOS LABINI, 1984) como um dos aspectos
básicos da estrutura do mercado. O grau de barreiras à entrada em um mercado seria
definido pela combinação das características estruturais do mercado e das condutas
praticadas pelas empresas que nele atuam frente à concorrência real (das empresas
estabelecidas no mercado) e a potencial (representada pelos potenciais concorrentes), ou seja, as formas de concorrência se combinam aos elementos tecnológicos,
de custos, de inovação, de ampliação de capacidade e de crescimento da demanda
na definição das barreiras à entrada.
Nos modelos tradicionais de organização industrial, é estabelecida uma relação
causal entre o número e distribuição por tamanho das empresas do setor e as barreiras
à entrada de novos concorrentes. De forma geral, quanto mais elevadas as barreiras à
entrada maior o grau de concentração, menor o número e maior o tamanho das empresas. As seis fontes principais de barreiras à entrada de empresas no mercado seriam:
economias de escala, diferenciação do produto, necessidades de capital, custos de
mudança, acesso aos canais de distribuição, e desvantagens de custo independentes de
escala (PORTER, 1986).
Por outro lado, existem, analogamente, barreiras à saída de empresas do mercado,
cuja magnitude dependeria dos custos não recuperáveis2, ou seja, ao sair do mercado
a empresa incorreria em perdas ao se desfazer do capital empregado na sua atividade.
Estes custos e, consequentemente, as barreiras à saída seriam maiores quanto maiores
fossem a escala de produção e a relação capital/trabalho, portanto espera-se que tais
custos sejam maiores para as empresas de maior porte e mais intensivas em capital.
Pode-se resumir as barreiras à saída de empresas do mercado, como: existência de ativos
especializados, custos fixos de saída, inter-relações estratégicas, barreiras emocionais, e
restrições de ordem governamental e social (PORTER, 1986). Normalmente, as barreiras
à entrada e saída estão relacionadas.
Os setores diferem quanto à importância das mudanças tecnológicas, da intensidade
de capital, dos custos não recuperáveis, do tamanho médio e do grau de concentração
do mercado. Por outro lado, as empresas diferem quanto ao tamanho, intensidade de
capital, capacidade de financiamento do crescimento, idade etc. As estimativas das medidas de demografia das empresas devem considerar esta heterogeneidade, que podem
decorrer das características específicas dos setores e das empresas. Um mesmo grau de
concentração industrial pode estar associado a diferentes distribuições de tamanho de
empresas. Além disso, as empresas de um mesmo setor se diferenciam quanto à origem do capital, tempo de permanência no mercado, tamanho, estratégias empresarial
e competitiva etc., e estas características podem afetar a sua sobrevivência no mercado.
Neste estudo, são apresentados: a metodologia utilizada; análise de resultados
com taxas demográficas, mobilidade das empresas, informações de empresas de alto
crescimento, de empresas “gazelas” com seu respectivo impacto na geração de postos
de trabalho assalariados formais entre 2005 e 2008 e os resultados regionais.

2

Como enfatizado nas teorias de contestabilidade.
Notas técnicas
Informações gerais
O Cadastro Central de Empresas - CEMPRE3 do IBGE cobre o universo
das organizações inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ
do Ministério da Fazenda, que no ano de referência declararam às pesquisas econômicas do IBGE e/ou aos registros administrativos do Ministério
do Trabalho e Emprego. Ele abrange entidades empresariais, órgãos da
administração pública e instituições privadas sem fins lucrativos.
A atualização desse Cadastro é realizada anualmente a partir das
informações do IBGE, provenientes das pesquisas econômicas para
as atividades de Indústria, Construção Civil, Comércio e Serviços e do
Sistema de Manutenção Cadastral do Cadastro Central de Empresas
- SIMCAD, bem como de registros administrativos do Ministério do
Trabalho e Emprego, como a Relação Anual de Informações Sociais RAIS. Ressalta-se que as informações oriundas das pesquisas do IBGE
prevalecem sobre as dos registros administrativos.
Visando ao aprimoramento da qualidade das informações existentes no CEMPRE, no ano de 2007 o IBGE iniciou o Sistema de Manutenção
Cadastral - SIMCAD, investigação realizada através de entrevistas por telefone assistidas por computador (Computer AssistedTelephone Interview
- CATI), para a verificação dos dados cadastrais das organizações e suas
unidades locais existentes no CEMPRE e, principalmente, da classificação
econômica atribuída pelo código da CNAE 2.0. O objetivo do SIMCAD é
corrigir informações oriundas do registro administrativo que alimenta

3
Para informações complementares consultar o endereço: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/
economia/cadastroempresa/2008/default.shtm.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

o CEMPRE de empresas suspeitas de erro de preenchimento. Os dados cadastrais das
empresas e outras organizações contidos no CEMPRE são: razão social, código da natureza jurídica, classificação da atividade econômica principal e ano de fundação, além de
endereço completo e nome de fantasia para as unidades locais. O CEMPRE contém ainda
informações econômicas tais como pessoal ocupado total, assalariado e assalariado médio anual, salários e outras remunerações e, para as empresas oriundas das pesquisas,
existe ainda a informação de receitas bruta, líquida e de bens e serviços.
As pesquisas econômicas anuais da Indústria, Construção Civil, Comércio e
Serviços, realizadas pelo IBGE, são amostrais com dois estratos denominados certo
e amostrado. No estrato certo são pesquisadas censitariamente todas as empresas
com 20 ou mais pessoas ocupadas nas pesquisas de Comércio e de Serviços e com
30 ou mais pessoas nas pesquisas de Indústria e de Construção Civil. As empresas
abaixo deste corte são pesquisadas com base em critérios de amostra probabilística.
O CEMPRE é composto, atualmente, por cerca de 11,9 milhões de empresas e outras organizações formais e 13,1 milhões de unidades locais (endereços de atuação),
sendo 90,1% entidades empresariais e os 9,9% restantes distribuídos entre órgãos da
administração pública e entidades sem fins lucrativos.
Para a divulgação da Demografia das Empresas 2008, foram selecionadas somente as unidades ativas com endereço de atuação no Brasil e com fundação até 31
de dezembro de 2008. Os critérios para seleção dessas unidades consideradas ativas
em 2008 são descritos no tópico “Critérios de seleção das unidades ativas”
.

Objetivos
A determinação da população de empresa em um determinado ano, embora aparentemente simples, envolve inúmeras questões na definição, identificação e registro do
número de empresas. Existem outras questões relacionadas com a estrutura do estoque
de empresas em um dado momento e a sua evolução, como os seus movimentos de
crescimento, de entrada, de saída e de sobrevivência no mercado, que se constituem em
indicadores da demografia das empresas. Seja qual for a medida do estoque de empresas
em um dado momento, ela é o resultado líquido dos fluxos de entrada e saída do mercado. Ainda que este resultado permaneça relativamente estável, existe uma considerável
parcela de renovação das empresas no mercado.
A primeira questão que se coloca diz respeito à definição de empresa e sua
relação com o registro da sua existência. Os cadastros disponíveis as identificam a
partir da sua existência legal, através de um registro formal associado a um código
identificador, no entanto a constituição legal da empresa não garante autonomia
decisória, ou seja, a organização econômica das unidades pode não ser definida pela
sua organização legal. As unidades podem ter a mesma estrutura organizacional e
diferente sistematização legal. Por exemplo, um proprietário pode optar pelas seguintes
alternativas de registro legal de suas duas unidades locais: ter uma empresa com duas
unidades locais ou ter duas empresas, cada uma delas com uma unidade local. Neste
caso, o número de empresas é diferente, mas o número de unidades locais é igual.
A complexidade da questão é maior quando se trata de acompanhar os movimentos das empresas. A contagem do número de empresas existentes utiliza, em
Notas técnicas _________________________________________________________________________________

geral, um código identificador, que é atribuído no momento do seu registro formal.
Assim sendo, este registro da existência legal da empresa pode ser alterado, inclusive,
pela simples mudança na razão social da empresa.
A cada momento, vários fenômenos, que alteram o estoque de empresas e
as suas características, podem estar ocorrendo: entradas e saídas de empresas do
mercado, empresas mudam de atividade, de localização, de propriedade, etc. Estas
transformações podem ser classificadas em três categorias:
• mudanças nas características das empresas;
• mudanças na estrutura das empresas; e
• criação e extinção de empresas.
As mudanças nas características das empresas se referem às situações nas
quais estas mudanças não resultam na criação de uma empresa nova, mantendo
intacto o número total de empresas. Este é o caso das mudanças de propriedade,
endereço, número de empregados, atividade, ampliação/redução da sua área de atuação. Obviamente, se o objetivo é acompanhar a evolução do número de empresas
em determinadas subpopulações, algumas das mudanças mencionadas acima irão
alterar a distribuição das empresas entre estas subpopulações. Este é o caso de mudanças de atividade, de tamanho (porte mensurado pelo número de empregados) e
de localização.
As mudanças na estrutura das empresas se referem aos movimentos de cisão,
fusão e incorporação. No caso de cisão, uma empresa pode originar uma ou mais
empresas, definidas de acordo com a sua existência legal autônoma. No caso de
fusão, duas empresas cessam a sua existência, dando origem a uma nova empresa.
Estas mudanças na identidade legal das empresas alteram o número de empresas na
população sem, necessariamente, modificar a capacidade produtiva existente.
A real criação e extinção de empresas corresponde a um acréscimo ou redução
da capacidade produtiva. O fato de algumas empresas entrarem no mercado com base
em atividades produtivas já existentes distorce a mensuração da entrada e da saída
das empresas, quando esta é realizada apenas com base na contagem do número
de registros formais. Por outro lado, empresas que estão em expansão ampliam a
capacidade produtiva sem alteração do número de empresas, ou seja, permanece
inalterado o número de agentes no mercado.
O retorno em operação de empresas paralisadas (que é difícil distinguir dos
movimentos sazonais que são acentuados em determinados setores) e o não atendimento da exigência legal de registrar o encerramento das atividades representam
dificuldades adicionais na mensuração do estoque e do processo de criação e destruição de empresas.
A real entrada de uma empresa no mercado não deve ser confundida, portanto,
com a continuação ou reorganização de uma unidade, parte de uma unidade ou várias unidades já incluídas na população total de empresas. Do mesmo modo, a saída
de uma empresa no mercado não deve ser confundida com a continuidade da sua
existência, ainda que com características e/ou estruturas diferentes.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

Critérios de seleção das unidades ativas
A metodologia para identificação de unidades ativas foi completamente reformulada. Para considerar uma unidade ativa os critérios de seleção se baseiam na
condição de atividade, que é um conjunto de indícios que avaliam de forma simultânea situações cadastrais das fontes de atualização no ano de referência, o número de
pessoas assalariadas e o indicador de atividade da RAIS. Portanto, diferentemente
dos anos anteriores, os novos critérios de seleção levam em consideração não apenas
o preenchimento da declaração da RAIS e das pesquisas do ano de referência, mas
também um conjunto de outros indicadores de atividade da unidade econômica.
O novo critério para seleção das unidades ativas que fazem parte do âmbito da
Demografia das Empresas considera as seguintes situações:
• Empresas provenientes da RAIS ou das pesquisas econômicas anuais do
IBGE que tinham 5 ou mais pessoas ocupadas assalariadas em 31.12 do ano
de referência, independente da situação cadastral da empresa ou de qualquer
outra informação;
• Empresas com 0 a 4 pessoas ocupadas assalariadas que se declararam como
“em atividade”4 na RAIS no ano-base e que não tenham nenhum indicativo
de inatividade nas pesquisas econômicas anuais do IBGE; e
• Empresas que tiveram informação econômica nas pesquisas econômicas
anuais do IBGE, independente da situação cadastral e condição de atividade
informada na RAIS.
A redução no total de unidades ativas se deve à exclusão das unidades que
preenchem a RAIS com indicativo de inatividade e das que se autodeclaram como
“não exercendo atividade econômica” no ano de referência.
Ressalta-se que esta mudança na metodologia tem como objetivo fornecer estatísticas econômicas mais confiáveis e mais próximas da realidade econômica do País.

Critérios para atribuição de valores de pessoal
ocupado e de salários pagos
Quando uma mesma empresa é informante tanto do IBGE quanto da RAIS, os
valores econômicos de pessoal ocupado e salários, relativos à empresa como um
todo, declarados à pesquisa do IBGE, prevalecem sobre os da RAIS. No entanto, para
as unidades locais, o mesmo procedimento não era adotado até 2000, visto que a unidade básica de investigação das pesquisas do IBGE é a empresa e não a unidade local
(exceto no caso da Pesquisa Industrial Anual, onde para algumas grandes empresas
são também obtidas informações para suas unidades locais). Nesse caso, vinha-se
adotando apenas a RAIS como fonte básica de informações econômicas para as unidades locais para geração de estatísticas a partir do Cadastro Central de Empresas.
A partir de 2001, com o objetivo de tornar essas informações compatíveis com
as das empresas investigadas pelas pesquisas do IBGE, implementou-se um procedi-

4

Na RAIS Estabelecimento, existe um campo que o informante pode indicar se esteve ou não em atividade no ano.
Notas técnicas _________________________________________________________________________________

mento de ajuste nos valores econômicos das unidades locais. Tal ajuste consiste em
distribuir proporcionalmente os valores de pessoal ocupado total, pessoal assalariado
e salários pagos das empresas, informado nas pesquisas institucionais, entre suas
unidades locais, obedecendo à distribuição dessas informações na RAIS. No caso de
empresa com uma única unidade local, a atribuição do valor da empresa é imediata.
Com este procedimento, reduz-se a diferença, até então observada, entre os totais
de unidades locais e de empresas, em função de estarem sendo computados a partir
de fontes distintas.

Critérios para atribuição de valores de pessoal
assalariado médio e de salário médio mensal
Essa publicação divulga informações de pessoal ocupado total e assalariado,
salários e outras remunerações e salário médio mensal. A partir do ano de referência
2006, também foi implementada no CEMPRE a variável pessoal assalariado médio para
o cálculo do salário médio mensal das empresas e unidades locais. Os seguintes
critérios foram considerados na sua geração:
- Quando a empresa declarou somente a RAIS, o pessoal assalariado médio
foi calculado a partir de informações provenientes da RAIS Empregado, que
contém informações da data de admissão e da data de desligamento por
vínculo empregatício. Quando a pessoa assalariada trabalhou durante todos
os dias do ano na unidade, atribuiu-se peso 1; caso contrário, decidiu-se por
determinar um peso proporcional ao número de dias trabalhados no ano.
Para cada dia trabalhado, cada pessoa recebeu um peso equivalente a 1/365,
o que representa um peso de 1/12 ao mês. Se ela trabalhou por seis meses,
por exemplo, seu peso foi de 0,5. Para atribuir o pessoal assalariado médio
de uma empresa ao longo do ano, considerou-se, portanto, o somatório dos
pesos relacionados com todos os vínculos empregatícios existentes naquela
unidade durante o ano; e
- Quando a empresa foi declarante das pesquisas econômicas anuais do IBGE,
o pessoal assalariado médio considerado foi igual ao pessoal ocupado assalariado em 31.12 informado na pesquisa.
O salário médio mensal foi calculado, portanto, a partir da razão entre o total
de salários e outras remunerações pagas no ano pelo pessoal assalariado médio,
dividido por 13.

Procedimentos de crítica e qualidade
Conforme já mencionado, o CEMPRE utiliza duas fontes básicas para sua alimentação: as pesquisas econômicas anuais do IBGE e a RAIS.
A apropriação dos dados por ambas as fontes não é direta, estando sujeita a
diversos procedimentos de verificação de modo a garantir sua qualidade, dentre os
quais se destacariam:
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

• Validação das informações econômicas de pessoal ocupado e salários, mediante
críticas de dados agregados e de microdados, tomando por base informações
de outras fontes, resultados de anos anteriores, bem como a verificação do
ranking das maiores unidades de cada atividade para identificar eventuais
erros de magnitude;
• Verificação das principais mudanças de atividade econômica em relação ao ano
anterior, de Unidade da Federação e de município, bem como grandes variações nos valores de pessoal ocupado e de salários em relação ao ano anterior;
• Identificação e confirmação da ausência de grandes unidades que faziam parte do universo do ano anterior e que deixaram de integrar as estatísticas do
presente ano. Atenção especial é dada aos órgãos da administração pública
(ministérios, governos estaduais, prefeituras, etc.) que eventualmente ficam
omissos com relação à declaração da RAIS e que, por esse critério, não integrariam o universo de referência. Para evitar que suas informações deixem
de ser contempladas, afetando os resultados, pois normalmente empregam
uma quantidade significativa de pessoas, seus dados são imputados com base
nos valores do ano anterior, uma vez que sua existência pode ser averiguada;
• Ampla verificação do código de atividade econômica das empresas, outras
organizações e unidades locais, mediante verificação de palavras-chave no
conteúdo da razão social, em especial, nas informações oriundas da RAIS. Para
as empresas ou unidades locais informantes de pesquisas do IBGE, o código
da CNAE 2.0 é o mesmo atribuído por essas pesquisas, sempre prevalecendo
sobre o código declarado na RAIS;
• Gerenciamento do SIMCAD, que tem como objetivo corrigir informações provenientes do registro administrativo de empresas suspeitas de erro de preenchimento ou que fazem parte de setores econômicos selecionados, por ordem
de prioridade segundo o porte da empresa. O Sistema visa, ainda, à captação
da descrição da atividade principal da empresa e das unidades locais, nos
casos de empresas múltiplas, para em seguida atribuir o código da CNAE 2.0
correspondente ao ano de referência, propiciando uma melhoria na qualidade
dessa informação, tanto para a divulgação das estatísticas ora apresentadas
como para a identificação dos âmbitos das pesquisas anuais realizadas pela
Instituição. Para a divulgação das Estatísticas do Cadastro Central de Empresas
2008, foram utilizadas as informações de 154 609 mil unidades locais pesquisadas pelo Sistema para os anos de referência 2006 a 2008; e
Esses procedimentos refletem o amadurecimento dos trabalhos de compatibilização entre as informações provenientes de registros administrativos e as produzidas
pelas pesquisas do IBGE, partes constitutivas do CEMPRE.

Âmbito
O CEMPRE engloba registros de pessoas jurídicas inscritas no Cadastro Nacional
da Pessoa Jurídica - CNPJ independentemente da atividade econômica exercida ou da
natureza jurídica. As informações existentes, nesta publicação, referem-se apenas às Entidades Empresariais naTabela de Natureza Jurídica (Anexo 2). Não foram consideradas,
Notas técnicas _________________________________________________________________________________

portanto, as demais entidades constantes do CEMPRE referentes à Administração Pública,
às Entidades sem Fins Lucrativos e às Organizações Internacionais e Outras Instituições
Extraterritoriais.

Classificação de atividades econômicas
As empresas e as unidades locais existentes no CEMPRE estão classificadas de acordo
com a principal atividade econômica desenvolvida com base na Classificação Nacional
de Atividades Econômicas - CNAE 2.0, oficialmente utilizada pelo Sistema Estatístico
Nacional (Anexo 1).
Em 2007 com o objetivo de manter a comparabilidade internacional, bem como de
,
dotar o País com uma classificação de atividades econômicas atualizada com as mudanças
no sistema produtivo das empresas, passou a vigorar a versão 2.0 da CNAE5. Ela é resultado de um amplo processo de revisão baseado nas mudanças introduzidas na revisão
4 da Clasificación Industrial Internacional Uniforme de todas las Actividades Económicas
- CIIU (International Standard Industrial Classification of all Economic Activities - ISIC),
sendo aprovada pela Comissão Nacional de Classificação - CONCLA, através da Resolução
CONCLA no 1/2006, de 04.09.2006, publicada no Diário Oficial da União em 05.09.2006.
A metodologia utilizada para a atribuição da classificação de atividade principal
no CEMPRE segue a seguinte ordem de atribuição hierárquica:
- Para as organizações, entidades e empresas especiais, como as prefeituras
municipais, órgãos da administração pública e algumas empresas públicas,
através do acompanhamento da classificação ano a ano, a classificação econômica atribuída pela Gerência do Cadastro Central de Empresas;
- Pesquisas anuais de Indústria, Construção Civil, Comércio e Serviços do IBGE,
para as empresas e unidades locais pesquisadas;
- Sistema de Manutenção Cadastral;
- A classificação econômica mais recente entre as pesquisas anuais de Indústria,
Construção, Comércio e Serviços e o Sistema de Manutenção Cadastral, nos
três anos anteriores. Em caso do ano mais recente possuir mais de um registro,
as pesquisas anuais têm precedência sobre o Sistema; e
- No caso de não existirem os registros acima descritos, permanece a classificação econômica proveniente do registro administrativo do ano de 2008.

Unidades de análise
Para fins de publicação, foram consideradas informações das empresas e suas
respectivas unidades locais ativas estabelecidas no País. As empresas e/ou unidades
locais estabelecidas fora do País são excluídas, assim como as empresas e/ou unidades
locais cujo registro formal tenha sido feito após 31 de dezembro de 2008.

5
Para informações complementares sobre as regras da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE, nas
versões 1.0 e 2.0, bem como sua interpretação e estrutura de códigos, consultar o endereço: http://www.ibge.gov.br/concla.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

A empresa é definida como uma unidade de decisão, que assume obrigações
financeiras e está à frente das transações de mercado, exercidas em uma ou mais
unidades locais, e que responde pelo capital investido nas atividades. Por unidade
local, entende-se o espaço físico, geralmente uma área contínua, no qual uma ou mais
atividades econômicas são desenvolvidas, correspondendo, na maioria das vezes, a
cada endereço de atuação da empresa.

Definição das variáveis
O estudo da demografia das empresas é realizado a partir do Cadastro Central
de Empresas - CEMPRE, através da consolidação de informações em Cadastros anuais
de empresas/unidades locais ativas nos anos de referência. Com base nos Cadastros
anuais, são realizados batimentos que visam à determinação dos valores das variáveis
definidas para fins de estudo.
A comparação entre os Cadastros anuais é realizada a partir do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ de cada empresa e/ou unidade local e de outros
critérios que se fizerem necessários. As definições das variáveis presentes no estudo
são apresentadas a seguir:
• Entrada de empresa/unidade local: O número de entrada refere-se ao número
de empresas/unidades locais ativas no ano de referência, mas que não estavam
ativas no ano anterior. Representam o conjunto formado pelo nascimento e
pela reentrada (ou reativações) de empresas/unidades locais;
• Nascimento de empresas: Um nascimento de empresa ocorre quando uma
empresa realmente inicia a atividade. O número de nascimento de empresas é
derivado de entrada e da remoção de reentradas. Se uma unidade paralisada
é reativada dentro do período de dois anos, este evento não é considerado um
nascimento. Não inclui entradas devido a mudanças de atividade;
• Reentrada: Uma reentrada ocorre quando uma unidade recomeça a atividade
após um período de interrupção temporária de pelo menos um ano. A reentrada
pode ser desmembrada em dois tipos: reentradas provenientes de reativações
reais da atividade econômica e as provenientes de falhas no preenchimento
do registro administrativo;
• Saída de empresa/unidade local: O número de saída refere-se ao número de
empresas/unidades locais que não estavam ativas no ano de referência, mas
que estavam ativas no ano anterior;
• Sobrevivência: Uma unidade é considerada sobrevivente se ela estava ativa
no ano de referência e no ano anterior;
• Empresa de alto crescimento: Trata-se da empresa com crescimento médio de
pessoal ocupado assalariado maior que 20% ao ano, por um período de três
anos. Foram consideradas empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas no
ano inicial de observação; e
• Empresa “gazela”: Uma gazela é uma empresa de alto crescimento com até
oito anos de idade no ano de referência.
Notas técnicas _________________________________________________________________________________

Disseminação dos resultados
Conteúdo das tabelas
Os resultados da Demografia das Empresas 2008 estão organizados em dez
tabelas impressas, que fazem parte do CD-ROM com a mesma numeração. O Quadro
1 apresenta o conteúdo das tabelas de empresas e de unidades locais e servem como
um guia de leitura para os usuários.
Quadro 1 - Apresentação das tabelas, segundo conteúdo - 2008
Númeração das tabelas
Conteúdo
1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Unidade de referência
Empresas
Empresas de alto crescimento
Empresas gazelas
Unidades locais das empresas
Unidades locais das empresas de alto crescimento
Unidades locais das empresas gazelas
Tipo de evento demográfico
Entradas
Nascimentos
Reentradas
Saídas
Sobrevivência
Variáveis
Número de empresas
Unidades locais das empresas
Pessoal ocupado total
Pessoal ocupado assalariado
Salários e outras remunerações
Salário médio mensal
Idade média das empresas
Taxas
Total
Entradas
Nascimentos
Saídas
Sobrevivência
Empresas de alto crescimento
Empresas gazelas
Níveis de agregação
Faixas de pessoal ocupado total
Faixas de pessoal ocupado assalariado
Regional
Brasil
Grandes Regiões
Unidades da Federação
Municípios das Capitais
Classificação de atividades econômicas
Total geral
Total por seção
Total por divisão
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2008.

O confronto dos resultados divulgados com outras informações publicadas pelo
IBGE deve levar em consideração o ano de referência das bases de dados em que as
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

pesquisas se apoiam, a cobertura de cada uma das pesquisas envolvidas, a unidade
de investigação das mesmas e os conceitos implícitos na descrição de cada variável.
Solicitações de tabulações especiais e dúvidas relacionadas com aspectos metodológicos podem ser encaminhadas para o e-mail ibge@ibge.gov.br e endereçadas
à Gerência do Cadastro Central de Empresas da Diretoria de Pesquisas.

Regras de arredondamento
O arredondamento foi feito aumentando-se de uma unidade a parte inteira do
total da variável, quando a parte decimal era igual ou superior a 0,5. Desse modo,
podem ocorrer pequenas diferenças de arredondamento entre os totais apresentados
e a soma das parcelas em uma mesma tabela, bem como entre a mesma variável
apresentada em tabelas distintas.

Regras de desidentificação
Considera-se que há risco de identificação do informante quando o número de
unidades, para o nível de agregação tabulado, for igual ou inferior a dois. Neste caso,
os dados não podem ser divulgados.
Devido à legislação que assegura o sigilo das informações estatísticas, foram
adotadas regras de desidentificação para evitar a identificação dos informantes a partir
dos dados divulgados. A regra básica consiste em desidentificar, no mesmo nível de
subtotalização ou totalização, as colunas para as quais se tenham informações relativas
apenas a uma ou duas unidades econômicas. Tal procedimento consistiu em aplicar
um (x) na célula correspondente ao valor a ser omitido, nas variáveis Pessoal Ocupado
Total, Pessoal Ocupado Assalariado e Salários e Outras Remunerações, preservandose os valores referentes ao número de unidades (empresas ou unidades locais) que
não sofreram desidentificação.
Em alguns casos, pode ocorrer omissão de informação referente a um conjunto
maior de unidades, visando a preservar possíveis identificações através de diferenças
entre os níveis de totalização das tabelas.
Análise de resultados
O estudo da demografia das empresas permite analisar a dinâmica demográfica através de indicadores de entrada, saída, reentrada
e sobrevivência das empresas no mercado, mobilidade por porte, estatísticas relativas às empresas de alto crescimento e às empresas “gazelas” além de indicadores relativos às unidades locais das empresas.
,

Os eventos demográficos na economia
brasileira em 2008
Em 2008, o Cadastro Central de Empresas - CEMPRE continha 4,1
milhões de empresas ativas, que ocuparam 32,9 milhões de pessoas,
sendo 27,0 milhões (82,2%), como assalariadas e 5,9 milhões (17,8%) na
condição de sócio ou proprietário. Os salários e outras remunerações
pagos no ano totalizaram R$ 434,7 bilhões, com um salário médio
mensal de R$ 1 255,95, equivalente a 3,1 salários mínimos médios
mensais6. A idade média das empresas ativas era de 9,7 anos.
Observa-se na Tabela 1 que do total de empresas ativas, 78,2%
(3,2 milhões) eram sobreviventes7, 21,8% eram entradas (889,5 mil),
desmembradas em 13,7% de nascimentos (558,6 mil) e 8,1% de reentradas (330,9 mil), enquanto as saídas somavam 17,7% (719, 9 mil
empresas).

6
7

Considerando um salário mínimo médio mensal no ano de 2008 de R$ 409,62.

Considera-se, aqui, empresas sobreviventes as empresas ativas existentes em 2007 e que permaneceram ativas em 2008, independente do ano de fundação e/ou entrada em atividade. Ou seja, é o
estoque de empresas sobreviventes. Posteriormente, trataremos, especificamente, da análise da
sobrevivência das empresas nascidas em 2007 que permaneceram ativas em 2008.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

As empresas sobreviventes destacaram-se ainda no pessoal ocupado total
(94,0%), no pessoal assalariado (97,0%) e nos salários pagos no ano (98,9%). As empresas que entraram em atividade em 2008 foram responsáveis por um acréscimo de
6,0% no número pessoal ocupado total e de 3,0% no pessoal ocupado assalariado.
Já as empresas que saíram do mercado representaram uma queda de 4,2% e 1,5%,
respectivamente.

Tabela 1 - Número de empresas, pessoal ocupado total e assalariado e
salários e outras remunerações, total e respectiva distribuição percentual,
segundo o tipo de evento demográfico - Brasil - 2008

Tipo de evento
demográfico
Total

Salários e outras
remunerações
(1 000 R$)

Pessoal ocupado

Número de
empresas

Total

Distribuição
percentual (%)

Total

Assalariado
Distribuição
percentual (%)

Total

Distribuição
percentual (%)

Total

Distribuição
percentual (%)

Ativas

4 077 662

100,0

32 833 873

100,0

26 978 086

100,0 434 407 204

100,0

Sobreviventes

3 188 176

78,2

30 853 490

94,0

26 160 232

97,0 429 513 818

98,9

889 486

21,8

1 980 383

6,0

817 854

3,0

4 893 386

1,1

Nascimentos

558 608

13,7

1 421 741

4,3

686 445

2,5

3 798 996

0,9

Reentradas

330 878

8,1

558 642

1,7

131 409

0,5

1 094 390

0,3

719 915

17,7

1 365 064

4,2

414 908

1,5

6 257 739

1,4

Entradas

Saídas

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.

É importante observar que o saldo no total de empresas tem sido sempre positivo, registrando um número maior de entradas em relação ao número de saídas.
Na comparação com 2007, houve um acréscimo de 4,1% no número de empresas
(169,6 mil), 5,7% no pessoal ocupado total (1,8 milhão) e 6,4% no pessoal ocupado
assalariado (1,6 milhão). O salário médio mensal manteve-se constante em 3,1 salários mínimos mensais.

Porte das empresas
O Gráfico 1 apresenta a distribuição das empresas segundo o evento demográfico e as faixas de pessoal ocupado assalariado das empresas. Observa-se que existe
uma relação direta entre o porte das empresas e a taxa de sobrevivência, pois enquanto
entre as empresas sem pessoal assalariado somente 67,6% são sobreviventes, nas
empresas com 1 a 9 pessoas esta taxa sobe para 89,2%, e para as empresas com 10
ou mais pessoas ocupadas foi de 96,0%. Por sua vez, nos movimentos de entrada
(nascimentos e reentradas) e saídas, a relação é inversa, pois as taxas mais elevadas
foram observadas entre as empresas sem empregados, 19,0%, 13,4% e 29,1%, respectivamente. As empresas com 1 a 9 pessoas assalariadas apresentaram um patamar
inferior nestes eventos, 8,4%, 2,3% e 4,9%, respectivamente.
Análise de resultados ___________________________________________________________________________

Gráfico 1 - Distribuição percentual do número de empresas, por faixas de pessoal
ocupado assalariado, segundo o tipo de evento demográfico - Brasil - 2008
%

96,0
89,2
78,2
67,6

29,1
19,0

17,7
13,4

13,7
8,4

8,1
3,5

Sobreviventes

Nascimentos

2,3

4,9
1,4

0,5

Reentradas

Total

Empresas sem
pessoal assalariado

Empresas com 1 a 9
pessoas assalariadas

Saídas

Empresas com 10 ou mais
pessoas assalariadas

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.

A Tabela 2 apresenta os movimentos de entrada e saída de empresas do mercado, segundo o porte e os seus impactos no pessoal ocupado total e assalariado.
Observa-se que houve predomínio de empresas de menor porte, tanto na entrada como
na saída de empresas , uma vez que 80,2% das empresas que entraram no mercado
em 2008 não tinham empregados e 18,2% tinham de 1 a 9 pessoas assalariadas. Da
mesma forma, com relação às saídas, 89,0% não tinham empregados e 10,3% tinham
de 1 a 9 pessoas assalariadas. Ou seja, 98,4% das empresas que entraram no mercado e 99,3% das que saíram do mercado em 2008 tinham até 9 pessoas assalariadas.
As empresas criadas sem empregados foram responsáveis por 46,3% do acréscimo de pessoal ocupado total, enquanto as empresas criadas com 10 ou mais pessoas
assalariadas responderam por 51,2% do acréscimo de pessoal ocupado assalariado.
Já entre as empresas que saíram do mercado, 89,0% não tinham empregados e foram
responsáveis por 61,3% da variação de pessoal ocupado total. As empresas com 10
ou mais pessoas foram somente 0,7%, mas responderam por 61,1% da variação de
pessoal assalariado.
As maiores taxas de entrada (32,4%) e saída (29,1%) do mercado, portanto, foram registradas no segmento das empresas sem pessoal assalariado. Já as menores
taxas, estavam nas empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas, 4,0% e 1,4%,
respectivamente.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

Tabela 2 - Entrada e saída de empresas no mercado, por faixas de pessoal
ocupado assalariado, segundo as variáveis selecionadas - Brasil - 2008
Entradas e saídas de empresa no mercado,
por faixas de pessoal ocupado assalariado

Variáveis selecionadas
Total

0

1a9

10 ou mais

Total
Empresas ativas

4 077 662

2 202 488

1 503 564

371 610

Pessoal ocupado total

32 833 873

2 944 718

6 875 280

23 013 875

Pessoal ocupado assalariado

26 978 086

-

4 626 315

22 351 771

889 486

713 092

161 666

14 728

100,0
1 980 383

80,2
916 861

18,2

1,7

621 533

441 989

100,0

46,3

31,4

22,3

817 854

-

399 123

418 731

100,0

-

48,8

51,2

21,8

32,4

10,8

4,0

719 915

640 425

74 392

5 098

100,0

89,0

10,3

0,7

1 365 064

837 284

266 211

261 569

100,0

61,3

19,5

19,2

414 908

-

161 606

253 302

100,0

-

38,9

61,1

17,7

29,1

4,9

1,4

Entrada de empresas
Número de empresas
Distribuição percentual (%)
Pessoal ocupado total
Distribuição percentual (%)
Pessoal ocupado assalariado
Distribuição percentual (%)
Taxa de entrada no mercado

Saída de empresas
Número de empresas
Distribuição percentual (%)
Pessoal ocupado total
Distribuição percentual (%)
Pessoal ocupado assalariado
Distribuição percentual (%)
Taxa de entrada no mercado

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.

É importante observar, também, que o movimento de entrada e de saída de
empresas apresenta um impacto expressivo no número de empresas, principalmente de micro e de pequeno porte, e nas pessoas ocupadas, principalmente sócios e
proprietários, dado que com as empresas entrantes houve acréscimo de 1,98 milhão
de pessoas ocupadas, contudo, apenas 817,9 mil (41,3%) foram pessoas ocupadas
assalariadas. Nas empresas que saíram, houve uma redução de 1,4 milhão de pessoas ocupadas, sendo que 414,9 mil (30,4%) foram pessoas ocupadas assalariadas.

Atividades econômicas
A Tabela 3 apresenta o número de entrada e de saída de empresas e as respectivas taxas segundo a seção da CNAE 2.0. As atividades econômicas que mais se
destacaram a partir do total de 889,5 mil empresas que entraram e de 719,9 mil que
saíram foram Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas com 444,1
mil e 380,4 mil empresas (49,9% e 52,8%), Indústrias de transformação com 68,7 mil
e 59,6 mil (7,7% e 8,3%) e Alojamento e alimentação com 63,0 mil e 51,6 mil (7,1% e
7,2%), respectivamente.
A taxa de entrada das empresas no mercado em 2008 foi de 21,8%. Por atividade econômica, as maiores taxas de entrada foram observadas em Eletricidade e gás
(30,2%), Artes, cultura, esporte e recreação (29,3%) e Construção (28,7%) e as menores
em Saúde humana e serviços sociais (17,5%), nas Indústrias de transformação (16,9%)
e nas Indústrias extrativas (19,4%).
Análise de resultados ___________________________________________________________________________

Por sua vez, a taxa de saída das empresas foi de 17,7% com as maiores taxas
observadas em Outras Atividades de serviços (22,0%), Artes, cultura, esporte e recreação (21,4%) e Informação e comunicação (20,4%) e as menores em Saúde humana
e serviços sociais (11,4%), Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais (11,8%) e Eletricidade e gás (12,0%).
Tabela 3 - Número de entradas e saídas de empresas, total e respectiva distribuição
percentual, com indicação das taxas de entrada e saída de empresas no mercado,
segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008
Empresas
Entradas
Seções da CNAE 2.0
Total

Total
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Indústrias extrativas
Indústrias de transformação
Eletricidade e gás
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Construção
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

Saídas

DistriTaxa
buição
de
percenentrada
tual
(%)
(%)

DistriTaxa
buição
de
percensaída
tual
(%)
(%)

Total

889 486

100,0

21,8

719 915

100,0

17,7

7 366

0,8

23,4

5 769

0,8

18,3

1 957

0,2

19,4

1 793

0,2

17,8

68 744

7,7

16,9

59 619

8,3

14,6

415

0,0

30,2

165

0,0

12,0

1 740

0,2

24,2

1 160

0,2

16,1

37 674

4,2

28,7

24 285

3,4

18,5

444 085

49,9

21,3

380 387

52,8

18,2

Transporte, armazenagem e correio

39 500

4,4

23,0

28 945

4,0

16,9

Alojamento e alimentação

62 991

7,1

22,3

51 633

7,2

18,3

Informação e comunicação

33 341

3,7

24,9

27 329

3,8

20,4

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

14 107

1,6

22,8

11 283

1,6

18,2

8 380

0,9

24,3

4 919

0,7

14,3

Atividades profissionais, científicas e técnicas

46 392

5,2

24,8

31 243

4,3

16,7

Atividades administrativas e serviços complementares

52 286

5,9

24,8

39 183

5,4

18,6

112

0,0

26,2

67

0,0

15,7

Educação

14 089

1,6

20,2

9 473

1,3

13,6

Saúde humana e serviços sociais

18 578

2,1

17,5

12 077

1,7

11,4

Artes, cultura, esporte e recreação

10 987

1,2

29,3

8 035

1,1

21,4

Outras atividades de serviços

26 730

3,0

26,1

22 544

3,1

22,0

12

0,0

23,5

6

0,0

11,8

Atividades imobiliárias

Administração pública, defesa e seguridade social

Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.

A Tabela 4 apresenta o pessoal ocupado total e o assalariado nas empresas que
entraram e que saíram do mercado por seção da CNAE 2.0. Assim como no número de
empresas, Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, Indústrias de
transformação foram as atividades com as maiores participações relativas em ambas as
variáveis, tanto na entrada como na saída de empresas. Do total de 1,98 milhão de pessoal
ocupado total das empresas entrantes, 839,0 mil (42,4%) foram gerados no Comércio,
reparação de veículos automotores e motocicletas e 222,0 mil (11,2%) nas Indústrias de
transformação. Construção surge na terceira colocação com 154,4 mil pessoas ocupadas.
Do total de 1,4 milhão de pessoal ocupado das empresas que saíram do mercado, 603,2
mil (44,2%) estavam no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas,
175,6 mil (12,9%) nas Indústrias de transformação e 118,2 mil (8,7%) nas Atividades administrativas e serviços complementares.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

Tabela 4 - Pessoal ocupado total e assalariado nas entradas e saídas de empresas
do mercado, total e respectiva distribuição percentual,
segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008
Pessoal ocupado em 31.12
Total
Entradas
Seções da CNAE 2.0
Total

Total
Agricultura, pecuária, produção florestal,
pesca e aquicultura
Indústrias extrativas
Indústrias de transformação
Eletricidade e gás
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação

1 980 383

Assalariado
Saídas

Distribuição
percentual
(%)

Total

100,0 1 365 064

Entradas

Distribuição
percentual (%)

Total

Saídas

Distribuição
percentual (%)

Total

Distribuição
percentual (%)

100,0

817 854

100,0

414 908

100,0
2,8

27 850

1,4

19 971

1,5

17 695

2,2

11 583

4 948

0,2

3 845

0,3

2 344

0,3

1 279

0,3

221 954

11,2

175 552

12,9

130 571

16,0

95 067

22,9

937

0,0

318

0,0

314

0,0

72

0,0

6 296

0,3

4 294

0,3

3 852

0,5

2 679

0,6

Construção

154 406

7,8

63 262

4,6

101 158

12,4

27 418

6,6

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas

838 979

42,4

603 191

44,2

284 983

34,8

125 744

30,3

95 822

4,8

64 298

4,7

43 503

5,3

24 994

6,0

Alojamento e alimentação

151 288

7,6

84 397

6,2

75 065

9,2

22 466

5,4

Informação e comunicação

61 196

3,1

48 403

3,5

12 660

1,5

6 757

1,6

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados

29 349

1,5

17 624

1,3

11 583

1,4

2 373

0,6

Atividades imobiliárias

17 131

0,9

9 488

0,7

3 632

0,4

1 362

0,3

Atividades profissionais, científicas e
técnicas

89 372

4,5

54 164

4,0

21 252

2,6

7 601

1,8

Atividades administrativas e serviços
complementares

132 694

6,7

118 194

8,7

60 523

7,4

61 923

14,9

Transporte, armazenagem e correio

Administração pública, defesa e seguridade
social

769

0,0

164

0,0

610

0,1

44

0,0

Educação

39 064

2,0

21 309

1,6

18 433

2,3

7 149

1,7

Saúde humana e serviços sociais

39 984

2,0

28 065

2,1

9 751

1,2

8 212

2,0

Artes, cultura, esporte e recreação

19 430

1,0

13 810

1,0

4 736

0,6

2 745

0,7

Outras atividades de serviços

48 595

2,5

34 693

2,5

14 877

1,8

5 424

1,3

319

-

22

0,0

312

0,0

16

0,0

Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.

Sobrevivência das empresas que nasceram em 2007
A análise de sobrevivência pode ser realizada, também, a partir do acompanhamento das novas empresas em um ano t-n até o ano t8. Analisamos, neste item, as taxas de
sobrevivência das empresas que entraram em atividade em 2007 e permaneceram ativas
em 2008. O Gráfico 2 apresenta as taxas de sobrevivência dessas empresas segundo o
porte. Do total de 464,7 mil empresas que apareceram pela primeira vez no mercado em
2007 353,5 mil (76,1%) sobreviveram no mercado em 2008.
,
Observa-se que a taxa de sobrevivência apresenta uma relação direta com o porte
da empresa. Entre as empresas sem pessoal assalariado, a taxa foi de 70,6%, nas empresas
com 1 a 9 pessoas assalariadas foi de 91,8% e nas com 10 ou mais pessoas foi de 95,7%.
Portanto, as empresas maiores, com maior capital imobilizado, tendem a permanecer

8
Neste caso, t é o ano de referência e n é o número de anos anteriores ao de referência. Neste estudo, analisaremos a
sobrevivência das empresas novas em 2007 (t-1) que permaneceram ativas em 2008 (t).
Análise de resultados ___________________________________________________________________________

mais tempo no mercado, pois os custos de saída costumam ser elevados, dentre outros
fatores. Já nas empresas sem pessoal assalariado, quase 30,0% não existiam mais no
ano seguinte.

Gráfico 2 - Taxas de sobrevivência das empresas criadas em 2007,
segundo as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008
%
95,7

91,8
76,1

70,6

Total

0

1a9

10 ou mais

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.

Gráfico 3 - Taxas de sobrevivência das empresas criadas em 2007,
segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008
Educação

81,1

Artes, cultura, esporte e
recreação

80,9

Eletricidade e gás

79,3

Construção

79,1

Água, esgoto, atividades de gestão
de resíduos e descontaminação

78,5

Alojamento e alimentação

78,1

Saúde humana

78,0

Atividades administrativa e
serviços complementares
Atividades profissionais,
científicas e técnicas
Atividades financeiras e
de serviços relacionados

77,4
77,0
76,3

Agricultura, pecuária

76,1

Transporte, armazenagem
e correio

76,0

Administração pública, defesa e
seguridade social

75,4
74,6

Informação e comunicação
73,1

Comércio
Atividades imobiliárias

72,6

Indústrias extrativas

71,9

Indústrias de transformação

71,8

Organismos internacionais

71,5

Outras atividades de serviços

71,4

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.

%

O Gráfico 3 apresenta
as taxas de sobrevivência das
empresas que entraram em
atividade em 2007 segundo a
seção da CNAE 2.0. As taxas
oscilaram de 71,4% a 81,1%.
É possível observar que as
atividades econômicas onde
mais empresas sobreviveram após 1 ano no mercado
foram Educação com 81,1%,
Artes, Cultura e Esportes
com 80,9% e Eletricidade e
gás com 79,3%. Por sua vez,
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, que, como observado
anteriormente, é a atividade
com maior quantidade de
empresas entrando e saindo
do mercado apresentou taxa
de sobrevivência de 73,1%.
Indústrias de transformação, que é a segunda mais
importante nos movimentos
de entrada e de saída, apresentou taxa de sobrevivência
de 71,8%. Ou seja, ambas
abaixo da taxa média, 76,1%.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

Mobilidade das empresas
A Tabela 5 apresenta a mobilidade por porte das empresas criadas em 2007 e que
sobreviveram em 2008. O objetivo é compreender as mudanças ocorridas nas empresas
entre o início de operação e após um ano de funcionamento. No ano imediatamente
posterior ao nascimento, 77
,9% das empresas sem pessoal assalariado, 75,4% de 1 a 9
pessoas assalariadas e 78,7% das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas permaneceram em 2008 no mesmo porte que foram criadas em 2007
.
Das empresas que iniciaram suas atividades em 2007 sem pessoal assalariado,
20,7% já havia crescido e alcançado a faixa de 1 a 9 pessoas assalariadas no ano seguinte. Observa-se que 1,4% das empresas sem pessoal assalariado alcançou a faixa de
10 ou mais pessoas assalariadas em 2008. Em contrapartida, 17
,9% das empresas que
nasceram na faixa de 1 a 9 reduziram seu tamanho e passaram a fazer parte da faixa sem
pessoal assalariado, enquanto 6,8% cresceram e passaram para a faixa de 10 ou mais
pessoas assalariadas. Na faixa de 10 ou mais pessoas assalariadas, 16,1% passaram para
faixa de 1 a 9 pessoas assalariadas e 5,2% reduziram ainda mais e passaram a atuar sem
empregados. Portanto, de cada 10 empresas, oito tendem a permanecer no mesmo porte
no ano seguinte e duas tendem a migrar.
Tabela 5 - Mobilidade das empresas criadas em 2007 entre as faixas
de pessoal ocupado assalariado em 2008 - Brasil - 2007-2008
Faixas
de pessoal ocupado
assalariado em 2008

Mobilidade das empresas criadas, por faixas de
pessoal assalariado em 2007
0

1a9

10 ou mais

0

77,9

17,9

5,2

1a9

20,7

75,4

16,1

1,4

6,8

78,7

10 ou mais

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2007-2008.

Análise regional
A análise regional é realizada a partir das informações de unidades locais, que são
os endereços de atuação das empresas. A Tabela 6 apresenta o número de unidades locais
por tipo de evento demográfico e Regiões Geográficas. As 4,1 milhões de empresas ativas
em 2008 tinham 4,4 milhões de unidades locais, das quais 51,7% localizadas na Região
Sudeste, 22,4% na Região Sul, 15,0% na Região Nordeste, 7
,5% na Região Centro-Oeste
e 3,4% na Região Norte.
Do total de 4,4 milhões de unidades locais, 3,4 milhões eram sobreviventes em
relação a 2007 ( 78,1%), 960,6 mil foram entradas (21,9%), sendo 613,0 mil (13,9%)
nascimentos e 347 mil (7
,6
,9%) reentradas. As saídas de empresas totalizaram 770,8 mil
empresas (17
,5%).
Em todos os tipos de evento, a participação relativa segundo as Regiões Geográficas segue o mesmo padrão observado na distribuição das unidades locais. As maiores
participações foram, portanto, observadas na Região Sudeste em todos os eventos,
destacadamente entre as empresas sobreviventes com 52,4%. Ressalta-se, contudo,
que nas entradas e nas saídas, as participações relativas das Regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste foram superiores às suas participações relativas de unidades locais. Ou
seja, nessas regiões existe um maior dinamismo de entrada e de saída de unidades locais
das empresas do que nas demais regiões, ou seja, as empresas nascem, mas morrem
em um ritmo elevado.
Análise de resultados ___________________________________________________________________________

Tabela 6 - Número de unidades locais, por Grandes Regiões, total e respectiva
distribuição percentual, segundo o tipo do evento demográfico - 2008
Tipo de evento
demográfico

Número de unidades locais, por Grandes Regiões
Brasil

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Total
Ativas

4 394 182

147 440

660 416

2 272 884

984 565

328 877

Sobreviventes

3 433 597

104 788

498 649

1 798 577

785 252

246 331

960 585

42 652

161 767

474 307

199 313

82 546

Nascimentos

612 954

26 735

100 195

303 016

127 137

55 871

Reentradas

Entradas

347 631

15 917

61 572

171 291

72 176

26 675

Saídas

770 769

32 375

132 743

376 183

168 850

60 618

Ativas

100,0

3,4

15,0

51,7

22,4

7,5

Sobreviventes

100,0

3,1

14,5

52,4

22,9

7,2

Distribuição percentual (%)

Entradas
Nascimentos

100,0

4,4

16,3

49,4

20,7

9,1

Reentradas

100,0

4,6

17,7

49,3

20,8

7,7

100,0

4,2

17,2

48,8

21,9

7,9

Saídas

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.

Para corroborar essas informações, a Tabela 7 apresenta as taxas de unidades
locais por tipo de evento demográfico. As Regiões Sudeste e Sul foram as que apresentaram as maiores taxas de sobreviventes, 79,1% e 79,8%, respectivamente, acima
da média nacional (78,1%). Por outro lado, as maiores taxas de entrada e de saída
foram observadas na Região Norte (28,9% e 22,0%), Centro-Oeste (25,1% e 18,4%) e
Nordeste (24,5% e 20,1%), assim como as menores taxas de sobrevivência ,71,1%,
74,9% e 75,5%, respectivamente.

Tabela 7 - Taxas de unidades locais, por Grandes Regiões,
segundo o tipo de evento demográfico - Brasil - 2008
Tipo de evento
demográfico

Taxas de unidades locais, por Grandes Regiões
Brasil

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Sobreviventes

78,1

71,1

75,5

79,1

79,8

74,9

Entradas

21,9

28,9

24,5

20,9

20,2

25,1

13,9

18,1

15,2

13,3

12,9

17,0

7,9

10,8

9,3

7,5

7,3

8,1

17,5

22,0

20,1

16,6

17,1

18,4

Nascimentos
Reentradas
Saídas

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.

Unidades da Federação
As informações contidas na Tabela 8 são referentes às taxas de sobreviventes,
entradas e saídas do mercado segundo as Unidades da Federação. Os Estados de
Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais apresentaram as maiores taxas de
sobrevivência, 82,2%, 80,5% e 79,6%, respectivamente. Por outro lado, Amapá, Roraima e Acre apresentaram as menores taxas, 66,0%, 66,2% e 66,9%, respectivamente.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

As maiores taxas de entrada e saída do mercado encontraram-se em quatro
Unidades da Federação da Região Norte: Amapá, Roraima, Acre e Amazonas. Estas
Unidades, naturalmente, apresentam baixos valores absolutos de unidades locais
novas e extintas e também de unidades ativas, o que faz com pequenas variações
ocasionem taxas de entrada e saída do mercado elevadas.
Por outro lado, as Unidades da Federação das Regiões Sul e Sudeste apresentaram elevadas variações absolutas no número de unidades locais, porém como elas
concentram um elevado número de unidades locais, as taxas de entrada e saída do
mercado são pequenas, relativamente às demais Unidades da Federação. São Paulo,
Minas Gerais e Rio Grande do Sul foram as Unidades da Federação que mais apresentaram o maior quantitativo de entradas de unidades locais no mercado (296 138,
97 460 e 84 133, respectivamente), porém com baixas taxas de entrada no mercado
(21,3%, 20,4% e 20,6%), se comparadas com Amapá, por exemplo, onde 2 139 unidades
entraram no mercado, mas cuja taxa de entrada foi de 34,0%.

Tabela 8 - Número de unidades locais, por tipo de evento demográfico,
com indicação da respectiva taxa, segundo as Unidades da Federação - 2008
Número de unidades locais
Unidades
da
Federação

Tipo de evento demográfico
Ativas

Sobreviventes
Total

Brasil
Rondônia
Acre
Amazonas
Roraima
Pará
Amapá

Entradas

Taxa
(%)

Total

Saídas de atividade

Taxa
(%)

Total

Taxa
(%)

4 394 182

3 433 597

78,1

960 585

21,9

770 769

17,5

25 163

18 602

73,9

6 561

26,1

5 657

22,5

7 237

4 840

66,9

2 397

33,1

1 683

23,3

27 175

18 503

68,1

8 672

31,9

6 760

24,9

6 070

4 016

66,2

2 054

33,8

1 224

20,2

55 525

40 053

72,1

15 472

27,9

11 340

20,4
24,5

6 283

4 144

66,0

2 139

34,0

1 537

Tocantins

19 987

14 630

73,2

5 357

26,8

4 174

20,9

Maranhão

49 324

36 166

73,3

13 158

26,7

11 182

22,7

Piauí

33 060

25 162

76,1

7 898

23,9

6 218

18,8

Ceará

121 148

91 536

75,6

29 612

24,4

24 978

20,6

45 036

33 660

74,7

11 376

25,3

8 353

18,5

Rio Grande do Norte
Paraíba

44 859

35 591

79,3

9 268

20,7

7 873

17,6

105 212

79 232

75,3

25 980

24,7

22 546

21,4

Alagoas

30 414

22 740

74,8

7 674

25,2

5 836

19,2

Sergipe

23 389

18 275

78,1

5 114

21,9

4 140

17,7

Bahia

207 974

156 287

75,1

51 687

24,9

41 617

20,0

Minas Gerais

477 797

380 337

79,6

97 460

20,4

81 864

17,1

Pernambuco

Espírito Santo

85 246

66 602

78,1

18 644

21,9

14 621

17,2

Rio de Janeiro

318 698

256 633

80,5

62 065

19,5

52 836

16,6

São Paulo

1 391 143

1 095 005

78,7

296 138

21,3

226 862

16,3

Paraná

338 118

265 139

78,4

72 979

21,6

60 237

17,8

Santa Catarina

237 476

195 275

82,2

42 201

17,8

31 901

13,4

Rio Grande do Sul

408 971

324 838

79,4

84 133

20,6

76 712

18,8

51 662

39 686

76,8

11 976

23,2

9 121

17,7

Mato Grosso do Sul
Mato Grosso
Goiás
Distrito Federal

70 048

51 076

72,9

18 972

27,1

14 164

20,2

132 897

99 605

74,9

33 292

25,1

25 595

19,3

74 270

55 964

75,4

18 306

24,6

11 738

15,8

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Análise de resultados ___________________________________________________________________________

Empresas de alto crescimento
Na demografia das empresas, além dos movimentos de entrada, de saída, de
sobrevivência e de mobilidade das empresas, outros eventos podem ser observados
para analisar a dinâmica empresarial e seu impacto na geração de empregos.
Neste estudo, trataremos das empresas de alto crescimento, conforme definição
constante no EUROSTAT-OECD manual on business demography statistics, divulgado
em 2007, as quais apresentam crescimento médio do pessoal ocupado assalariado
maior que 20% ao ano, por um período de três anos9, e têm pelo menos 10 pessoas
assalariadas no ano inicial de observação. As empresas de alto crescimento com até
cinco anos de idade no ano inicial são denominadas "gazelas". Essas empresas foram
analisadas para o período 2005-2008.
Ressalta-se que podem ser definidas, ainda, empresas de médio crescimento
como aquelas que apresentaram crescimento de pessoal assalariado maior que 5%
e até 20,0% ao ano e as empresas de baixo crescimento aquelas com crescimento
maior que 1º até 5% ao ano10.
Os indicadores das empresas de alto crescimento são calculados com base no
total de empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas no ano de referência. Isto evita
distorções nas taxas de crescimento, pois nas empresas com até 9 pessoas pequenas
variações absolutas no pessoal assalariado podem ocasionar grandes variações em
termos relativos.
Em 2008, havia 371 610 empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas no
País, sendo 8,3% (30 954) de alto crescimento, 18,8% (69 902) de médio crescimento
e 8,6% (31 876) de baixo crescimento, como apresentado no Gráfico 4. Apesar de a
participação das empresas de alto crescimento ter ficado bem abaixo do somatório das
participações relativas das empresas de médio e baixo crescimento, este é o padrão
observado internacionalmente e, no caso brasileiro, a participação de 8,3% pode ser
considerada elevada para os padrões internacionais11.
Nesta análise, concentramos nosso foco nas informações das empresas de
alto crescimento e nas empresas “gazelas” O intuito é conhecer melhor este tipo de
.
empresa, que foi responsável pela geração de 2,9 milhões dos 5,0 milhões de postos
de trabalho assalariados formais criados entre 2005 e 2008. São apresentadas informações segundo o porte, a atividade econômica e a localização geográfica.

9
Este cálculo pode ser realizado com pessoal ocupado assalariado (“employees”) ou com receita (turnover), segundo a
OCDE. Como no CEMPRE não existe informação de receita para a totalidade das empresas, optamos por calcular a taxa de
crescimento com base no número de pessoas ocupadas assalariadas na empresa entre 2005 e 2008.
10

Estas definições ainda não foram apropriadas pela OCDE, mas já estão em estudos de alguns países europeus como
a Dinamarca, por exemplo.

11
Os dados internacionais apontam para participações de empresas de médio e de baixo crescimento acima das empresas de alto crescimento. Em países selecionados apontados nos Indicadores de Empreendedorismo 2009 da OCDE,
as empresas de alto crescimento estão na faixa de 3,0 a 6,0% das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas. Nos
Estados Unidos e na Espanha estaria próximo a 6,0%, enquanto na Áustria e no Canadá estaria pouco acima de 3,0%,
para o período 2002-2005 (MEASURING..., 2009).
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

Gráfico 4 - Empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas,
segundo as faixas de crescimento - Brasil - 2008
%

18,8

8,6

8,3

Alto crescimento

Médio crescimento

Baixo crescimento

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.

Empresas de alto crescimento - Porte
Para a análise das informações segundo o porte, neste estudo adotamos a definição da OCDE, segundo a qual empresas com 1 a 9 pessoas ocupadas são consideradas
microempresas, empresas com 10 a 49 pessoas foram consideradas pequenas, com
50 a 249 pessoas, médias, e, por fim, com 250 ou mais pessoas, empresas grandes12
(SCHMIEMANN, 2008).
As empresas de alto crescimento totalizaram 30 954 empresas, empregaram 4,5
milhões, o que representa 16,8% do total de 27 milhões de pessoas ocupadas assalariadas
,0
das empresas. O salário médio mensal pago foi de 2,4 salários mínimos.
Dentre as empresas de alto crescimento, 12 359 empresas eram “gazelas” que
,
empregaram 1,3 milhão de pessoas assalariadas. Nas “gazelas” foram pagos, em média,
,
2,1 salários mínimos mensais. Em relação ao total de empresas de alto crescimento, as
“gazelas” representaram, portanto, 39,9% das empresas de alto crescimento, empregaram
28,0% do pessoal assalariado e 22,4% dos salários e outras remunerações das empresas
de alto crescimento.
Por porte, as pequenas empresas apresentaram as maiores participações em número de empresas, contudo as médias e as grandes empresas foram as que apresentaram
as maiores participações no pessoal assalariado. Como pode ser observado no Gráfico 5,
51,6% das empresas de alto crescimento e 55,2% das empresas “gazelas” eram pequenas,
39,0% e 38,4% eram “médias” e 9,3% e 6,4% eram grandes, respectivamente.
No pessoal assalariado, as grandes empresas apresentaram a maior participação
nas empresas de alto crescimento, 61,6%. Nas “gazelas”tanto as empresas médias como
,
as grandes mostraram-se significativas com 37
,0% e 45,9% do pessoal assalariado, respectivamente.
12

Esta definição não foi adotada em um momento anterior, pois estávamos trabalhando somente com três faixas de pessoal assalariado. A partir deste ponto, as faixas serão desagregadas, permitindo uma compatibilidade com as definições
de porte da OCDE.
Análise de resultados ___________________________________________________________________________

Gráfico 5 - Distribuição percentual das empresas de alto crescimento, das empresas
gazelas e do pessoal ocupado assalariado, por faixas de pessoal
ocupado assalariado - Brasil - 2008
%
61,6
55,2
51,6
45,9
39,0

38,4

37,0

27,2

17,1
11,2

9,3
6,4

Empresas de alto
crescimento

Empresas gazelas

10 a 49

Pessoal assalariado
em empresas de alto
crescimento

50 a 249

Pessoal assalariado
em empresas gazelas

250 ou mais

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.

De cada dez empresas de alto crescimento, quatro eram “gazelas” A sua parti.
cipação foi mais expressiva entre as empresas pequenas, representando 42,7% das
empresas de alto crescimento, 42,9% do pessoal assalariado e 40,5% dos salários e
outras remunerações das empresas com este porte, como pode ser observado na
Tabela 9. A participação das empresas médias também foi significativa com 39,2% das
empresas, 38,0% do pessoal assalariado e 34,1% dos salários. Nas grandes empresas
de alto crescimento, contudo, as “gazelas” corresponderam a somente 27,4% das
empresas, 20,9% do pessoal assalariado e 16,1% dos salários e outras remunerações.

Tabela 9 - Empresas de alto crescimento, pessoal ocupado assalariado, salários e
outras remunerações, total e participação relativa das empresas gazelas,
segundo as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008
Empresas de alto crescimento
Faixas
de pessoal
ocupado
assalariado

Total

Pessoal ocupado assalariado

Empresas gazelas
Total
Total

Participação
relativa

Salários e outras remunerações
(1 000 R$ )
Empresas gazelas

Empresas gazelas
Total
Total

Participação
relativa

30 954

12 359

39,9

6 827

42,7

50 a 249

12 084

4 740

39,2

1 226 732

466 078

38,0

16 656 591

5 681 688

34,1

2 892

792

27,4

2 775 956

578 932

20,9

47 346 860

7 635 660

16,1

215 648

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.

42,9

69 488 876 15 539 906

Participação
relativa

15 978

502 549

28,0

Total

10 a 49
250 ou mais

4 505 237 1 260 658

Total

5 485 425

2 222 559

22,4
40,5
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

De acordo com as informações apresentadas no Gráfico 6, as empresas de alto
crescimento pagaram, em média, 2,4 salários mínimos mensais. As “gazelas” pagaram
2,1 salários mínimos, que corresponde a 12,5% menos. Esses valores salariais são próximos aos salários pagos pelas empresas com pessoal assalariado (2,5 salários mínimos),
que considera empresas de todos os portes, inclusive as microempresas. Contudo, esses valores correspondem, respectivamente, a 72,7% e a 63,6% dos valores pagos pelas
empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas (3,3 salários mínimos).

Gráfico 6 - Salários médios mensais, em salários mínimos,
segundo o tipo de empresa - Brasil - 2008
salários mínimos

3,3

2,5

2,4
2,1

Empresas com
pessoal assalariado

Empresas com
10 ou mais pessoas
assalariadas

Empresas de alto
crescimento

Empresas gazelas

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.

Os salários pagos pelas empresas de alto crescimento apresentaram relação direta
com o porte da empresa, como pode ser visto no Gráfico 7 As empresas pequenas pa.
garam 2,1 salários mínimos, 12,5% abaixo da média. As empresas médias pagaram 2,6
salários e as grandes 2,9 salários mínimos, 8,3% e 20,8% acima da média, respectivamente.
A diferença entre os valores pagos pelas empresas pequenas e as grandes foi de 38,1%.
Gráfico 7 - Salários médios mensais, em salários mínimos,
nas empresas de alto crescimento, segundo as faixas
de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008
salários mínimos

2,9
2,6

2,4
2,1

Total

10 a 49

50 a 249

250 ou mais

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Análise de resultados ___________________________________________________________________________

Empresas de alto crescimento - Atividades
econômicas
Em número de empresas, as seções da CNAE 2.0 que apresentaram as maiores
participações relativas nas empresas de alto crescimento foram Indústrias de transformação, 27
,4%, Comércio, 26,4%, Construção, 12,2% e Atividades administrativas e serviços complementares, 7
,8%, como pode ser observado na Tabela 10. Entre as empresas
“gazelas” essas atividades se repetem , porém com participações maiores nas duas pri,
meiras atividades e com ordem inversa na terceira e na quarta colocações: Indústrias de
transformação com 27
,9%, Comércio com 27
,3%, Atividades administrativas e serviços
complementares com 10,3% e Construção com 9,2%.
Em termos de pessoal assalariado, essas atividades econômicas também foram
as que apresentaram as maiores participações relativas, tanto nas empresas de alto
crescimento como nas empresas “gazelas” porém, na seguinte ordem: Indústrias de
,
transformação, 25,9% e 24,2%, Atividades administrativas e serviços complementares,
16,5% e 22,4%, Comércio, 16,1% e 19,2% e Construção, 15,7% e 10,7%, respectivamente. Em conjunto, essas atividades foram responsáveis por 73,8% das empresas de alto
crescimento e por 74,7% das “gazelas” correspondendo a 74,2% e 76,7% do pessoal
,
assalariado, respectivamente.
Tabela 10 - Empresas de alto crescimento, empresas gazelas e
pessoal assalariado, total e respectiva distribuição percentual,
segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008
Empresas de alto crescimento
Total
Seções da CNAE 2.0

Total
Agricultura, pecuária, produção
florestal, pesca e aquicultura
Indústrias extrativas
Indústrias de transformação
Eletricidade e gás
Água, esgoto, atividades de gestão
de resíduos e descontaminação
Construção

Pessoal assalariado

Distribuição
percentual (%)

Total

30 954

Empresas gazelas

Total

100,0 4 505 237

Distribuição
percentual (%)

Total

Pessoal assalariado

Distribuição
percentual (%)

Total

100,0

12 359

Distribuição
percentual (%)

Total

100,0 1 260 658

100,0

413

1,3

102 466

2,3

191

1,5

34 097

186

0,6

62 060

1,4

64

0,5

6 715

0,5

27,4 1 166 897

25,9

3 449

27,9

305 533

24,2

0,1

9

0,1

x

x

8 486
19

0,1

4 388

2,7

153

0,5

37 484

0,8

81

0,7

10 589

0,8

3 770

12,2

707 339

15,7

1 136

9,2

134 627

10,7

Comércio; reparação de veículos
automotores e motocicletas
Transporte, armazenagem e correio

8 161

26,4

725 040

16,1

3 373

27,3

241 433

19,2

1 907

6,2

294 014

6,5

726

5,9

76 403

6,1

Alojamento e alimentação

1 428

4,6

124 775

2,8

686

5,6

41 721

3,3

Informação e comunicação

680

2,2

168 144

3,7

233

1,9

28 933

2,3

Atividades financeiras, de seguros
e serviços relacionados
Atividades imobiliárias

377

1,2

82 362

1,8

86

0,7

7 256

0,6

106

0,3

8 789

0,2

29

0,2

2 743

0,2

865

2,8

118 216

2,6

252

2,0

33 450

2,7

2 419

7,8

742 041

16,5

1 268

10,3

281 773

22,4

Atividades profissionais, científicas
e técnicas
Atividades administrativas e serviços
complementares
Administração pública, defesa e
seguridade social
Educação

5

0,0

1 363

0,0

2

0,0

x

x

934

3,0

66 560

1,5

413

3,3

33 149

2,6

Saúde humana e serviços sociais

540

1,7

60 618

1,3

119

1,0

7 318

0,6

Artes, cultura, esporte e recreação

102

0,3

6 613

0,1

49

0,4

3 192

0,3

Outras atividades de serviços

403

1,3

26 068

0,6

193

1,6

10 912

0,9

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

As empresas “gazelas” representaram 39,9% das empresas de alto crescimento. Contudo, essa participação variou conforme a atividade econômica, oscilando de
22,0% em Saúde humana e serviços sociais, e a 52,9% em Água, esgoto, atividades
de gestão de resíduos e descontaminação, como apresentado no Gráfico 8.
Nas atividades econômicas que se destacaram no número de empresas e no
pessoal assalariado apontadas acima, as participações relativas das empresas “gazelas” nas empresas de alto crescimento foram de 30,1% na Construção, 40,6% nas
Indústrias de transformação, 41,3% no Comércio e 52,4% nas Atividades administrativas e serviços complementares.

Gráfico 8 - Participação relativa das empresas gazelas nas empresas
de alto crescimento, segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008
39,9

Total
Água, esgoto, atividades de gestão
de resíduos e descontaminação

52,9

Atividades administrativa e
serviços complementares

52,4

Alojamento e alimentação

48,0

Artes, cultura, esporte e
recreação

48,0

Outras atividades de serviços

47,9
47,4

Eletricidade e gás

46,2

Agricultura, pecuária

44,2

Educação

41,3

Comércio

40,6

Indústrias de transformação
Administração pública, defesa e
seguridade social

40,0

Transporte, armazenagem
e correio

38,1

Indústrias extrativas

34,4

Informação e comunicação

34,3
30,1

Construção
Atividades profissionais,
científicas e técnicas

29,1

Atividades imobiliárias
Atividades financeiras,
de seguros e serviços relacionados
Saúde humana e serviços sociais

27,4
22,8
22,0

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.

%
Análise de resultados ___________________________________________________________________________

Geração de postos de trabalho assalariados das
empresas de alto crescimento
Apesar de serem poucas em termos quantitativos, pois representam somente
1,7% do total de empresas com pessoal assalariado13 em 2008 e 8,3% das empresas
com 10 ou mais pessoas assalariadas, as empresas de alto crescimento apresentam
um papel relevante na estrutura empresarial brasileira, particularmente na geração
de empregos formais.
Para se ter uma ideia da importância dessas empresas no universo das empresas
brasileiras, elas foram responsáveis pela geração de 2,9 milhões de postos de trabalho
assalariados entre 2005 e 2008, o que corresponde a 57,4% do total de 5,0 milhões de
postos assalariados formais gerados no período.
Em 2005, as 30 954 empresas de alto crescimento empregaram 1,6 milhão de
postos assalariados formais. Em 2008, este volume havia atingido 4,5 milhões, o que
representou um crescimento de 173,7% no pessoal assalariado. No mesmo período,
o pessoal ocupado assalariado em todas as empresas aumentou 22,2%, passando de
22,1 para 27,0 milhões de pessoas assalariadas. Como consequência, a participação
relativa do pessoal assalariado das empresas de alto crescimento no total do pessoal
assalariado das empresas passou de 7,5%, em 2005, para 16,7%, em 2008, o que representa um acréscimo de 9,2 pontos percentuais. Em média, cada empresa de alto
crescimento empregou mais 98,4 pessoas.
Em termos de porte, observa-se a importância das grandes empresas na geração
de total de postos de trabalho assalariados nas empresas de alto crescimento. Elas foram responsáveis por 63,3% do acréscimo no pessoal assalariado, as empresas médias
por 27
,1%, enquanto as pequenas por somente 9,6%, como apresentado no Gráfico 9.

Gráfico 9 - Distribuição percentual do saldo do pessoal ocupado
assalariado das empresas de alto crescimento entre 2005 e 2008,
por faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008
9,6%

27,1%
63,3%

10 a 49

50 a 249

250 ou mais

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.

13

Em 2008, havia 1,9 milhão de empresas com pessoal assalariado do total de 4,1 milhões de empresas ativas.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

Considerando as atividades econômicas, segundo a seção da CNAE 2.0, observase que quatro atividades foram responsáveis por quase ¾ do acréscimo no pessoal
assalariado (74,2%) entre 2005 e 2008. Essas atividades foram responsáveis, em termos
absolutos, por mais 2,1 milhões de pessoas ocupadas assalariadas. As Indústrias de
transformação responderam por 25,1% do acréscimo no pessoal assalariado, Atividades
administrativas e serviços complementares por 17
,3%, Construção por 16,1% e Comércio
por 15,7%, como apresentado naTabela 11. As demais atividades econômicas responderam por 25,8% do acréscimo.
Em temos salariais, as empresas de alto crescimento pagaram, em média, 2,4 salários mínimos mensais. Contudo, nas quatro atividades econômicas que mais geraram
postos de trabalho assalariados, as empresas pagaram salários abaixo da média (Tabela
11). Nas Indústrias de transformação foram pagos, em média, 2,3 salários mínimos, nas
Atividades administrativas e serviços complementares, 1,9 salário, enquanto Construção
e Comércio pagaram 2,1 salários mínimos.
Os maiores salários, por outro lado, foram pagos em atividades que tiveram pequena participação na geração de pessoal assalariado. Na Administração pública, defesa
e seguridade social foram pagos 8,9 salários, na Eletricidade e gás 8,7 salários e em
Atividades financeiras, de seguros relacionados 8,3 salários. Essas atividades, porém,
foram responsáveis por cerca de 2,0% do saldo de pessoal assalariado.
Tabela 11 - Pessoal ocupado assalariado nas empresas de alto crescimento, variação
absoluta e participação relativa, com indicação dos salários médios mensais,
segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2005/2008
Pessoal ocupado assalariado nas
empresas de alto crescimento
Seções da CNAE 2.0
2005

Total
Indústrias de transformação

2008

Variação
absoluta

Participação
relativa (%)

Salários
médios
mensais
(salários
mínimos)

1 653 762

4 505 237

2 851 475

100,0

2,4

445 702

1 166 897

721 195

25,3

2,3

Atividades administrativas e serviços
complementares

244 301

742 041

497 740

17,5

1,9

Construção

245 491

707 339

461 848

16,2

2,1

Comércio; reparação de veículos automotores e
motocicletas

295 337

725 040

429 703

15,1

2,1

Transporte, armazenagem e correio

110 124

294 014

183 890

6,4

2,5

Informação e comunicação

52 868

168 144

115 276

4,0

5,0

Atividades profissionais, científicas e técnicas

39 707

118 216

78 509

2,8

4,6

Alojamento e alimentação

47 459

124 775

77 316

2,7

1,5

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca
e aquicultura

31 110

102 466

71 356

2,5

1,9

Atividades financeiras, de seguros e serviços
relacionados

29 545

82 362

52 817

1,9

8,3

Educação

27 455

66 560

39 105

1,4

1,9

Saúde humana e serviços sociais

25 782

60 618

34 836

1,2

2,5

Indústrias extrativas

30 013

62 060

32 047

1,1

3,6

Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e
descontaminação

11 894

37 484

25 590

0,9

2,2

Outras atividades de serviços

9 937

26 068

16 131

0,6

1,9

Atividades imobiliárias

3 228

8 789

5 561

0,2

3,9

Artes, cultura, esporte e recreação

2 528

6 613

4 085

0,1

1,7

Eletricidade e gás

1 063

4 388

3 325

0,1

8,7

218

1 363

1 145

0,0

8,9

Administração pública, defesa e seguridade social

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005/2008.
Nota: Valor médio anual do salário mínimo = R$ 409,62 em 2008.
Análise de resultados ___________________________________________________________________________

Para conhecer de forma mais detalhada as atividades econômicas que se destacam
no acréscimo de pessoal assalariado, as Tabelas 12 e 13 apresentam os rankings das 25
classes da CNAE 2.0, que é o nível mais detalhado da classificação econômica, segundo
a participação relativa no saldo de pessoal ocupado assalariado.
Nas empresas de alto crescimento, o ranking é liderado por Construção de edifícios
com 198 246 novos postos, seguido de Limpeza em prédios e em domicílios com 117 283,
seguida de Locação de mão de obra temporária com 114 975. As 25 principais atividades
foram responsáveis por 44,7% do saldo de pessoal ocupado assalariado.
Nas empresas “gazelas”as mesmas atividades destacaram-se, porém, na seguinte
,
ordem: Locação de mão de obra temporária com 57 882, Limpeza em prédios e em domicílios com 45 554 e Construção de edifícios com 44 938 novos postos. Neste caso, as
25 principais atividades foram responsáveis por 47
,5% do saldo.
Observa-se que entre as empresas de alto crescimento 11 das 25 atividades estão
relacionadas com atividades industriais. Entre as “gazelas” por sua vez, 11 das 25 ativi,
dades estão relacionadas com atividade de serviços.

Tabela 12 - Empresas de alto crescimento, por saldo do pessoal ocupado
assalariado, segundo as 25 principais classes da CNAE 2.0, em ordem crescente da
posição - Brasil - período 2005/2008
Pessoal ocupado
assalariado
Posição

Classes da CNAE 2.0
Variação
absoluta

Participação
relativa (%)

Total

2 851 475

100,0

Subtotal

1 273 562

44,7

1º

Construção de edifícios

198 246

7,0

2º

Limpeza em prédios e em domicílios

117 283

4,1

3º

Locação de mão de obra temporária

114 975

4,0

4º

Atividades de vigilância e segurança privada

106 628

3,7

5º

Transporte rodoviário de carga

75 104

2,6

6º

Fabricação de açúcar em bruto

56 039

2,0

7º

Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas

49 906

1,8

8º

Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos
alimentícios hipermercados e supermercados

49 623

1,7

9º

Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações

45 028

1,6

10º

Construção de rodovias e ferrovias

44 798

1,6
1,6

11º

Atividades de teleatendimento

44 668

12º

Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas

40 352

1,4

13º

Fabricação de álcool

37 533

1,3

14º

Comércio a varejo e por atacado de veículos automotores

29 043

1,0

15º

Serviços de engenharia

27 321

1,0

16º

Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda

26 646

0,9

17º

Serviços de catering , bufê e outros serviços de comida preparada

25 214

0,9

18º

Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios

24 775

0,9

19º

Construção de redes de transportes por dutos, exceto para água e esgoto

24 712

0,9

20º

Bancos múltiplos, com carteira comercial

23 774

0,8

21º

Fabricação de calçados de couro

23 296

0,8

22º

Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal
e em região metropolitana

22 703

0,8

23º

Fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos

22 068

0,8

24º

Montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas

22 035

0,8

25º

Abate de suínos, aves e outros pequenos animais

21 792

0,8

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005/2008.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

Tabela 13 - Empresas gazelas, por saldo do pessoal ocupado assalariado,
segundo as 25 principais classes da CNAE 2.0, em ordem crescente da
posição - Brasil - período 2005/2008
Pessoal ocupado
assalariado
Posição

Classes da CNAE 2.0
Variação
absoluta

Participação
relativa (%)

Total

843 489

100,0

Subtotal

400 332

47,5

1º

Locação de mão de obra temporária

57 882

6,9

2º

Limpeza em prédios e em domicílios

45 554

5,4

3º

Construção de edifícios

44 938

5,3

4º

Atividades de vigilância e segurança privada

34 564

4,1

5º

Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos
alimentícios hipermercados e supermercados

19 807

2,3

6º

Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas

17 821

2,1

7º

Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas

17 510

2,1

8º

Transporte rodoviário de carga

17 327

2,1

9º

Fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos

16 027

1,9

10º

Atividades de teleatendimento

15 130

1,8

11º

Abate de reses, exceto suínos

10 606

1,3

12º

Comércio a varejo e por atacado de veículos automotores

10 365

1,2

13º

Atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas
anteriormente

8 654

1,0

14º

Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal
e em região metropolitana

8 398

1,0

15º

Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica

8 146

1,0

16º

Educação superior - graduação e pós-graduação

7 793

0,9

17º

Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações

7 771

0,9

18º

Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral

7 104

0,8

7 006

0,8

6 815

0,8

19º

Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios

20º

Comércio atacadista de mercadorias em geral, com predominância de produtos

21º

Serviços combinados para apoio a edifícios, exceto condomínios prediais

6 663

0,8

22º

Seleção e agenciamento de mão de obra

6 173

0,7
0,7

alimentícios

23º

Obras de engenharia civil não especificadas anteriormente

6 169

24º

Fabricação de artefatos de material plástico não especificados anteriormente

6 114

0,7

25º

Fabricação de calçados de couro

5 995

0,7

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005/2008.

Resultados regionais das empresas de alto
crescimento
Para conhecer a localização das empresas de alto crescimento no País, são
apresentadas informações referentes às suas unidades locais.
Em 2008, as 30 954 empresas de alto crescimento possuíam 67 561 unidades
locais ativas. A distribuição das unidades locais das empresas de alto crescimento e
das empresas com pessoal assalariado segundo a Região Geográfica é apresentada
no Gráfico 10.
Análise de resultados ___________________________________________________________________________

A Região Sudeste concentrava pouco mais da metade das unidades locais das
empresas com pessoal ocupado assalariado, 50,6%, seguida da Região Sul com 22,2%,
Nordeste com 15,4%, Centro-Oeste com 8,0% e Norte com 3,8%. Já as unidades locais
das empresas de alto crescimento estão ainda mais fortemente concentradas na Região
Sudeste, 53,6%, enquanto nas Regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste as participações
são relativamente menores do que as apresentadas nas unidades locais das empresas
com pessoal assalariado, 19,6%, 14,8% e 7,4%, respectivamente.

Gráfico 10 - Distribuição percentual das unidades locais das empresas com pessoal
assalariado, das empresas de alto crescimento e das empresas gazelas,
segundo as Grandes Regiões - 2008
%

53,6
50,6

50,9

22,2
19,6
17,3

18,3

15,4 14,8

8,0
3,8

4,6

Norte

7,4

8,0

5,5

Nordeste

Unidades locais das empresas
com pessoal assalariado

Sudeste

Sul

Unidades locais das empresas
de alto crescimento

Centro-Oeste

Unidades locais
de empresas gazelas

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.

As três Unidades da Federação com as maiores participações nas unidades
locais das empresas de alto crescimento estavam na Região Sudeste: São Paulo,
com mais de ⅓ das unidades locais das empresas de alto crescimento (33,8%), Minas
Gerais com 9,7% e Rio de Janeiro, na terceira colocação com 7,9%, como pode ser
observado na Tabela 14.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008

Tabela 14 - Unidades locais de empresas de alto crescimento e de empresas gazelas,
total e respectiva distribuição percentual, com indicação da proporção de
empresas gazelas no total das unidades locais de alto crescimento,
segundo as Unidades da Federação - 2008
Unidades locais
Empresas de alto crescimento
Unidades da Federação
Total

Brasil
São Paulo
Minas Gerais
Rio de Janeiro
Rio Grande do Sul
Paraná
Santa Catarina
Bahia
Pernambuco
Goiás
Ceará
Espírito Santo
Mato Grosso
Distrito Federal
Pará
Rio Grande do Norte
Amazonas
Mato Grosso do Sul
Maranhão
Paraíba
Rondônia
Alagoas
Sergipe
Piauí
Tocantins
Acre
Amapá
Roraima

67 561
22 863
6 531
5 369
4 888
4 661
3 682
2 805
1 932
1 752
1 678
1 426
1 262
1 251
1 160
922
807
754
722
618
529
469
434
432
261
145
113
95

Distribuição
percentual
(%)

100,0
33,8
9,7
7,9
7,2
6,9
5,4
4,2
2,9
2,6
2,5
2,1
1,9
1,9
1,7
1,4
1,2
1,1
1,1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,6
0,4
0,2
0,2
0,1

Empresas gazelas

Total

15 694
4 909
1 545
1 401
952
1 102
885
686
494
409
475
332
340
276
330
205
210
163
182
165
126
126
114
99
61
52
31
24

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.

Distribuição
percentual
(%)

100,0
31,3
9,8
8,9
6,1
7,0
5,6
4,4
3,1
2,6
3,0
2,1
2,2
1,8
2,1
1,3
1,3
1,0
1,2
1,1
0,8
0,8
0,7
0,6
0,4
0,3
0,2
0,2

Proporção de
empresas
gazelas no total
das unidade
locais de alto
crescimento
23,2
21,5
23,7
26,1
19,5
23,6
24,0
24,5
25,6
23,3
28,3
23,3
26,9
22,1
28,4
22,2
26,0
21,6
25,2
26,7
23,8
26,9
26,3
22,9
23,4
35,9
27,4
25,3
Tabelas de Resultados
Empresas
Unidades locais das empresas
Empresas
Demografia das Empresas 2008 - IBGE
Demografia das Empresas 2008 - IBGE
Demografia das Empresas 2008 - IBGE
Demografia das Empresas 2008 - IBGE
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Demografia das Empresas 2008 - IBGE

  • 1.
  • 2. Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão Paulo Bernardo Silva INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE Presidente Eduardo Pereira Nunes Diretor-Executivo Sérgio da Costa Côrtes ÓRGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES Diretoria de Pesquisas Wasmália Socorro Barata Bivar Diretoria de Geociências Luiz Paulo Souto Fortes Diretoria de Informática Paulo César Moraes Simões Centro de Documentação e Disseminação de Informações David Wu Tai Escola Nacional de Ciências Estatísticas Sérgio da Costa Côrtes (interino) UNIDADE RESPONSÁVEL Diretoria de Pesquisas Coordenação das Estatísticas Econômicas e Classificações Sidnéia Reis Cardoso Gerência do Cadastro Central de Empresas Bruno Erbisti Garcia
  • 3. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Diretoria de Pesquisas Gerência do Cadastro Central de Empresas Estudos e Pesquisas Informação Econômica número 14 Demografia das Empresas 2008 Rio de Janeiro 2010
  • 4. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Av. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil ISSN 1679-480X Estudos e pesquisas Divulga estudos descritivos e análises de resultados de tabulações especiais de uma ou mais pesquisas, de autoria institucional. A série Estudos e pesquisas está subdividida em: Informação Demográfica e Socioeconômica, Informação Econômica, Informação Geográfica e Documentação e Disseminação de Informações. ISBN 978-85-240-4148-8 (CD-ROM) ISBN 978-85-240-4147-1 (meio impresso) © IBGE. 2010 Elaboração do arquivo PDF Roberto Cavararo Produção de multimídia Marisa Sigolo Mendonça Márcia do Rosário Brauns Capa Marcos Balster Fiore e Renato Aguiar - Coordenação de Marketing/Centro de Documentação e Disseminação de Informações - CDDI
  • 5. Sumário Apresentação Introdução Notas Técnicas Informações gerais Objetivos Critérios de seleção das unidades ativas Critérios para atribuição de valores de pessoal ocupado e de salários pagos Critérios para atribuição de valores de pessoal assalariado médio e de salário médio mensal Procedimentos de crítica e qualidade Âmbito Classificação de atividades econômicas Unidades de Análise Definição das variáveis Disseminação dos resultados Conteúdo das tabelas Regras de arredondamento Regras de desidentificação Análise dos resultados
  • 6. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 Tabelas de resultados Empresas 1 - Empresas, pessoal ocupado total e assalariado em 31.12, salários e outras remunerações, salário médio mensal e idade média das empresas, segundo as seções da classificação de atividades e as faixas de pessoal ocupado total - Brasil - 2008 2 - Empresas e pessoal ocupado total em 31.12, por tipo de evento demográfico, segundo as seções da classificação de atividades e as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 3 - Pessoal ocupado assalariado em 31.12 e salários e outras remunerações das empresas, por tipo de evento demográfico, segundo as seções da classificação de atividades e as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 4 - Salário médio mensal das empresas, por tipo de evento demográfico, segundo as seções da classificação de atividades e as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 5 - Taxas de nascimentos, entradas, saídas e sobrevivência, de empresas e do pessoal ocupado assalariado em 31.12, segundo as seções da classificação de atividades e as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 6 - Empresas de alto crescimento e pessoal ocupado total e assalariado em 31.12, com indicação das respectivas taxas, segundo as divisões da classificação de atividades - Brasil - 2008 7 - Empresas gazelas e pessoal ocupado total e assalariado em 31.12, com indicação das respectivas taxas, segundo as divisões da classificação de atividades - Brasil - 2008 Unidades locais das empresas 8 - Entradas e saídas das unidades locais e do pessoal ocupado assalariado das empresas, com indicação das respectivas taxas de entrada e saída, segundo as Grandes Regiões, as Unidades da Federação e as seções da classificação de atividades - 2008 9 - Entradas e saídas das unidades locais e do pessoal ocupado assalariado das empresas, com indicação das respectivas taxas de entrada e saída, segundo os Municípios das capitais e as seções da classificação de atividades - 2008
  • 7. Sumário _______________________________________________________________________________________ 10 - Unidades locais e pessoal ocupado assalariado em 31.12 das empresas de alto crescimento e das empresas gazelas, segundo as Grandes regiões, as Unidades da Federação e as seções da classificação de atividades - 2008 Referências Anexos 1. Estrutura detalhada da CNAE 2.0: Códigos e denominações 2. Tabela de Natureza Jurídica 2003.1 Glossário Convenções - Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento; .. Não se aplica dado numérico; ... Dado numérico não disponível; x Dado numérico omitido a fim de evitar a individualização da informação; 0; 0,0; 0,00 Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numérico originalmente positivo; e -0; -0,0; -0,00 Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numérico originalmente negativo.
  • 8. Apresentação O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE divulga, na presente publicação, estudo sobre a demografia das empresas formais brasileiras no ano de 2008, a partir das informações do Cadastro Central de Empresas - CEMPRE. O estudo da demografia das empresas permite analisar as taxas de entrada, saída, sobrevivência, além da mobilidade e idade média das empresas. É possível, ainda, avaliar o impacto dos movimentos demográficos sobre variáveis econômicas, como pessoal ocupado total e assalariado, dentre outras possibilidades. Destaca-se, neste ano, a implementação de uma nova metodologia de estudo em virtude da adoção de novos critérios de seleção de empresas ativas no CEMPRE, da utilização da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE versão 2.0 e da compatibilização de uma série de indicadores em conformidade com a metodologia internacional. Neste estudo, apresentamos, inicialmente, as taxas de entrada, saída e sobrevivência segundo o porte da empresa e as atividades econômicas, assim como a mobilidade das empresas por porte. Pela primeira vez, são mostradas informações sobre as empresas de alto crescimento e as empresas “gazelas” existentes na economia brasileira, além do seu impacto na geração de postos de trabalho assalariados formais entre 2005 e 2008. São apresentados, ainda, os resultados regionais. Além dessas informações, o plano tabular que acompanha este estudo contém informações detalhadas até o nível de divisão da CNAE 2.0 e taxas demográficas das unidades locais das empresas até o nível de Municípios das Capitais.
  • 9. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 O conteúdo desta publicação consta no CD-ROM que a acompanha, assim como um subconjunto do plano tabular referente ao ano de 2007. O IBGE e, em especial, a equipe da Gerência do Cadastro Central de Empresas colocam-se à disposição para esclarecimentos e quaisquer outras formas de atendimento aos interessados. Wasmália Bivar Diretora de Pesquisas
  • 10. Introdução E ste estudo tem por objetivo analisar alguns aspectos do padrão de demografia das empresas formais brasileiras, em particular, os movimentos de entrada, saída e sobrevivência de empresas do mercado, bem como empresas de alto crescimento e empresas “gazelas” com base nas informações do Cadastro Central de Empresas - CEMPRE ano de referência 2008. Esses movimentos são apresentados por porte de empresa, por atividade econômica de atuação da empresa, de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE versão 2.0, por Região Geográfica e Unidade da Federação. No plano tabular, constam, inclusive, informações de eventos demográficos por Municípios das Capitais. Ressalta-se que, neste ano, houve a implementação de uma nova metodologia de estudo em virtude da adoção de novos critérios de seleção de empresas ativas no CEMPRE, da utilização da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE versão 2.0 e da compatibilização de uma série de indicadores em conformidade com a metodologia internacional. A despeito da literatura enfatizar o papel do número e da distribuição das empresas, segundo o porte e a idade, como características básicas da estrutura produtiva, existem poucas informações sobre a sobrevivência das empresas e os seus condicionantes, ou seja, sobre o que distingue as experiências bem-sucedidas e quais as restrições que pesam sobre o crescimento das empresas e sua consolidação no mercado. Este estudo pretende apresentar um conjunto de informações que contribuam para o desenvolvimento de estudos sobre este tema. Na literatura de organização industrial1, é frequente encontrar a história da empresa no mercado representada como um ciclo biológico de nascimento, crescimento e morte (POSSAS, 1987). Mesmo entre as 1 O termo “industrial” tradução direta de industry, refere-se a todos os setores de atividades a que , se dedicam as empresas no Brasil e não somente à indústria de transformação (manufacturing).
  • 11. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 abordagens que se contrapõem a esta visão e em diferentes vertentes teóricas, as barreiras à entrada de novos concorrentes e à saída de empresas do mercado têm um papel fundamental (STEINDL, 1983; SYLOS LABINI, 1984) como um dos aspectos básicos da estrutura do mercado. O grau de barreiras à entrada em um mercado seria definido pela combinação das características estruturais do mercado e das condutas praticadas pelas empresas que nele atuam frente à concorrência real (das empresas estabelecidas no mercado) e a potencial (representada pelos potenciais concorrentes), ou seja, as formas de concorrência se combinam aos elementos tecnológicos, de custos, de inovação, de ampliação de capacidade e de crescimento da demanda na definição das barreiras à entrada. Nos modelos tradicionais de organização industrial, é estabelecida uma relação causal entre o número e distribuição por tamanho das empresas do setor e as barreiras à entrada de novos concorrentes. De forma geral, quanto mais elevadas as barreiras à entrada maior o grau de concentração, menor o número e maior o tamanho das empresas. As seis fontes principais de barreiras à entrada de empresas no mercado seriam: economias de escala, diferenciação do produto, necessidades de capital, custos de mudança, acesso aos canais de distribuição, e desvantagens de custo independentes de escala (PORTER, 1986). Por outro lado, existem, analogamente, barreiras à saída de empresas do mercado, cuja magnitude dependeria dos custos não recuperáveis2, ou seja, ao sair do mercado a empresa incorreria em perdas ao se desfazer do capital empregado na sua atividade. Estes custos e, consequentemente, as barreiras à saída seriam maiores quanto maiores fossem a escala de produção e a relação capital/trabalho, portanto espera-se que tais custos sejam maiores para as empresas de maior porte e mais intensivas em capital. Pode-se resumir as barreiras à saída de empresas do mercado, como: existência de ativos especializados, custos fixos de saída, inter-relações estratégicas, barreiras emocionais, e restrições de ordem governamental e social (PORTER, 1986). Normalmente, as barreiras à entrada e saída estão relacionadas. Os setores diferem quanto à importância das mudanças tecnológicas, da intensidade de capital, dos custos não recuperáveis, do tamanho médio e do grau de concentração do mercado. Por outro lado, as empresas diferem quanto ao tamanho, intensidade de capital, capacidade de financiamento do crescimento, idade etc. As estimativas das medidas de demografia das empresas devem considerar esta heterogeneidade, que podem decorrer das características específicas dos setores e das empresas. Um mesmo grau de concentração industrial pode estar associado a diferentes distribuições de tamanho de empresas. Além disso, as empresas de um mesmo setor se diferenciam quanto à origem do capital, tempo de permanência no mercado, tamanho, estratégias empresarial e competitiva etc., e estas características podem afetar a sua sobrevivência no mercado. Neste estudo, são apresentados: a metodologia utilizada; análise de resultados com taxas demográficas, mobilidade das empresas, informações de empresas de alto crescimento, de empresas “gazelas” com seu respectivo impacto na geração de postos de trabalho assalariados formais entre 2005 e 2008 e os resultados regionais. 2 Como enfatizado nas teorias de contestabilidade.
  • 12. Notas técnicas Informações gerais O Cadastro Central de Empresas - CEMPRE3 do IBGE cobre o universo das organizações inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ do Ministério da Fazenda, que no ano de referência declararam às pesquisas econômicas do IBGE e/ou aos registros administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego. Ele abrange entidades empresariais, órgãos da administração pública e instituições privadas sem fins lucrativos. A atualização desse Cadastro é realizada anualmente a partir das informações do IBGE, provenientes das pesquisas econômicas para as atividades de Indústria, Construção Civil, Comércio e Serviços e do Sistema de Manutenção Cadastral do Cadastro Central de Empresas - SIMCAD, bem como de registros administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego, como a Relação Anual de Informações Sociais RAIS. Ressalta-se que as informações oriundas das pesquisas do IBGE prevalecem sobre as dos registros administrativos. Visando ao aprimoramento da qualidade das informações existentes no CEMPRE, no ano de 2007 o IBGE iniciou o Sistema de Manutenção Cadastral - SIMCAD, investigação realizada através de entrevistas por telefone assistidas por computador (Computer AssistedTelephone Interview - CATI), para a verificação dos dados cadastrais das organizações e suas unidades locais existentes no CEMPRE e, principalmente, da classificação econômica atribuída pelo código da CNAE 2.0. O objetivo do SIMCAD é corrigir informações oriundas do registro administrativo que alimenta 3 Para informações complementares consultar o endereço: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/ economia/cadastroempresa/2008/default.shtm.
  • 13. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 o CEMPRE de empresas suspeitas de erro de preenchimento. Os dados cadastrais das empresas e outras organizações contidos no CEMPRE são: razão social, código da natureza jurídica, classificação da atividade econômica principal e ano de fundação, além de endereço completo e nome de fantasia para as unidades locais. O CEMPRE contém ainda informações econômicas tais como pessoal ocupado total, assalariado e assalariado médio anual, salários e outras remunerações e, para as empresas oriundas das pesquisas, existe ainda a informação de receitas bruta, líquida e de bens e serviços. As pesquisas econômicas anuais da Indústria, Construção Civil, Comércio e Serviços, realizadas pelo IBGE, são amostrais com dois estratos denominados certo e amostrado. No estrato certo são pesquisadas censitariamente todas as empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas nas pesquisas de Comércio e de Serviços e com 30 ou mais pessoas nas pesquisas de Indústria e de Construção Civil. As empresas abaixo deste corte são pesquisadas com base em critérios de amostra probabilística. O CEMPRE é composto, atualmente, por cerca de 11,9 milhões de empresas e outras organizações formais e 13,1 milhões de unidades locais (endereços de atuação), sendo 90,1% entidades empresariais e os 9,9% restantes distribuídos entre órgãos da administração pública e entidades sem fins lucrativos. Para a divulgação da Demografia das Empresas 2008, foram selecionadas somente as unidades ativas com endereço de atuação no Brasil e com fundação até 31 de dezembro de 2008. Os critérios para seleção dessas unidades consideradas ativas em 2008 são descritos no tópico “Critérios de seleção das unidades ativas” . Objetivos A determinação da população de empresa em um determinado ano, embora aparentemente simples, envolve inúmeras questões na definição, identificação e registro do número de empresas. Existem outras questões relacionadas com a estrutura do estoque de empresas em um dado momento e a sua evolução, como os seus movimentos de crescimento, de entrada, de saída e de sobrevivência no mercado, que se constituem em indicadores da demografia das empresas. Seja qual for a medida do estoque de empresas em um dado momento, ela é o resultado líquido dos fluxos de entrada e saída do mercado. Ainda que este resultado permaneça relativamente estável, existe uma considerável parcela de renovação das empresas no mercado. A primeira questão que se coloca diz respeito à definição de empresa e sua relação com o registro da sua existência. Os cadastros disponíveis as identificam a partir da sua existência legal, através de um registro formal associado a um código identificador, no entanto a constituição legal da empresa não garante autonomia decisória, ou seja, a organização econômica das unidades pode não ser definida pela sua organização legal. As unidades podem ter a mesma estrutura organizacional e diferente sistematização legal. Por exemplo, um proprietário pode optar pelas seguintes alternativas de registro legal de suas duas unidades locais: ter uma empresa com duas unidades locais ou ter duas empresas, cada uma delas com uma unidade local. Neste caso, o número de empresas é diferente, mas o número de unidades locais é igual. A complexidade da questão é maior quando se trata de acompanhar os movimentos das empresas. A contagem do número de empresas existentes utiliza, em
  • 14. Notas técnicas _________________________________________________________________________________ geral, um código identificador, que é atribuído no momento do seu registro formal. Assim sendo, este registro da existência legal da empresa pode ser alterado, inclusive, pela simples mudança na razão social da empresa. A cada momento, vários fenômenos, que alteram o estoque de empresas e as suas características, podem estar ocorrendo: entradas e saídas de empresas do mercado, empresas mudam de atividade, de localização, de propriedade, etc. Estas transformações podem ser classificadas em três categorias: • mudanças nas características das empresas; • mudanças na estrutura das empresas; e • criação e extinção de empresas. As mudanças nas características das empresas se referem às situações nas quais estas mudanças não resultam na criação de uma empresa nova, mantendo intacto o número total de empresas. Este é o caso das mudanças de propriedade, endereço, número de empregados, atividade, ampliação/redução da sua área de atuação. Obviamente, se o objetivo é acompanhar a evolução do número de empresas em determinadas subpopulações, algumas das mudanças mencionadas acima irão alterar a distribuição das empresas entre estas subpopulações. Este é o caso de mudanças de atividade, de tamanho (porte mensurado pelo número de empregados) e de localização. As mudanças na estrutura das empresas se referem aos movimentos de cisão, fusão e incorporação. No caso de cisão, uma empresa pode originar uma ou mais empresas, definidas de acordo com a sua existência legal autônoma. No caso de fusão, duas empresas cessam a sua existência, dando origem a uma nova empresa. Estas mudanças na identidade legal das empresas alteram o número de empresas na população sem, necessariamente, modificar a capacidade produtiva existente. A real criação e extinção de empresas corresponde a um acréscimo ou redução da capacidade produtiva. O fato de algumas empresas entrarem no mercado com base em atividades produtivas já existentes distorce a mensuração da entrada e da saída das empresas, quando esta é realizada apenas com base na contagem do número de registros formais. Por outro lado, empresas que estão em expansão ampliam a capacidade produtiva sem alteração do número de empresas, ou seja, permanece inalterado o número de agentes no mercado. O retorno em operação de empresas paralisadas (que é difícil distinguir dos movimentos sazonais que são acentuados em determinados setores) e o não atendimento da exigência legal de registrar o encerramento das atividades representam dificuldades adicionais na mensuração do estoque e do processo de criação e destruição de empresas. A real entrada de uma empresa no mercado não deve ser confundida, portanto, com a continuação ou reorganização de uma unidade, parte de uma unidade ou várias unidades já incluídas na população total de empresas. Do mesmo modo, a saída de uma empresa no mercado não deve ser confundida com a continuidade da sua existência, ainda que com características e/ou estruturas diferentes.
  • 15. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 Critérios de seleção das unidades ativas A metodologia para identificação de unidades ativas foi completamente reformulada. Para considerar uma unidade ativa os critérios de seleção se baseiam na condição de atividade, que é um conjunto de indícios que avaliam de forma simultânea situações cadastrais das fontes de atualização no ano de referência, o número de pessoas assalariadas e o indicador de atividade da RAIS. Portanto, diferentemente dos anos anteriores, os novos critérios de seleção levam em consideração não apenas o preenchimento da declaração da RAIS e das pesquisas do ano de referência, mas também um conjunto de outros indicadores de atividade da unidade econômica. O novo critério para seleção das unidades ativas que fazem parte do âmbito da Demografia das Empresas considera as seguintes situações: • Empresas provenientes da RAIS ou das pesquisas econômicas anuais do IBGE que tinham 5 ou mais pessoas ocupadas assalariadas em 31.12 do ano de referência, independente da situação cadastral da empresa ou de qualquer outra informação; • Empresas com 0 a 4 pessoas ocupadas assalariadas que se declararam como “em atividade”4 na RAIS no ano-base e que não tenham nenhum indicativo de inatividade nas pesquisas econômicas anuais do IBGE; e • Empresas que tiveram informação econômica nas pesquisas econômicas anuais do IBGE, independente da situação cadastral e condição de atividade informada na RAIS. A redução no total de unidades ativas se deve à exclusão das unidades que preenchem a RAIS com indicativo de inatividade e das que se autodeclaram como “não exercendo atividade econômica” no ano de referência. Ressalta-se que esta mudança na metodologia tem como objetivo fornecer estatísticas econômicas mais confiáveis e mais próximas da realidade econômica do País. Critérios para atribuição de valores de pessoal ocupado e de salários pagos Quando uma mesma empresa é informante tanto do IBGE quanto da RAIS, os valores econômicos de pessoal ocupado e salários, relativos à empresa como um todo, declarados à pesquisa do IBGE, prevalecem sobre os da RAIS. No entanto, para as unidades locais, o mesmo procedimento não era adotado até 2000, visto que a unidade básica de investigação das pesquisas do IBGE é a empresa e não a unidade local (exceto no caso da Pesquisa Industrial Anual, onde para algumas grandes empresas são também obtidas informações para suas unidades locais). Nesse caso, vinha-se adotando apenas a RAIS como fonte básica de informações econômicas para as unidades locais para geração de estatísticas a partir do Cadastro Central de Empresas. A partir de 2001, com o objetivo de tornar essas informações compatíveis com as das empresas investigadas pelas pesquisas do IBGE, implementou-se um procedi- 4 Na RAIS Estabelecimento, existe um campo que o informante pode indicar se esteve ou não em atividade no ano.
  • 16. Notas técnicas _________________________________________________________________________________ mento de ajuste nos valores econômicos das unidades locais. Tal ajuste consiste em distribuir proporcionalmente os valores de pessoal ocupado total, pessoal assalariado e salários pagos das empresas, informado nas pesquisas institucionais, entre suas unidades locais, obedecendo à distribuição dessas informações na RAIS. No caso de empresa com uma única unidade local, a atribuição do valor da empresa é imediata. Com este procedimento, reduz-se a diferença, até então observada, entre os totais de unidades locais e de empresas, em função de estarem sendo computados a partir de fontes distintas. Critérios para atribuição de valores de pessoal assalariado médio e de salário médio mensal Essa publicação divulga informações de pessoal ocupado total e assalariado, salários e outras remunerações e salário médio mensal. A partir do ano de referência 2006, também foi implementada no CEMPRE a variável pessoal assalariado médio para o cálculo do salário médio mensal das empresas e unidades locais. Os seguintes critérios foram considerados na sua geração: - Quando a empresa declarou somente a RAIS, o pessoal assalariado médio foi calculado a partir de informações provenientes da RAIS Empregado, que contém informações da data de admissão e da data de desligamento por vínculo empregatício. Quando a pessoa assalariada trabalhou durante todos os dias do ano na unidade, atribuiu-se peso 1; caso contrário, decidiu-se por determinar um peso proporcional ao número de dias trabalhados no ano. Para cada dia trabalhado, cada pessoa recebeu um peso equivalente a 1/365, o que representa um peso de 1/12 ao mês. Se ela trabalhou por seis meses, por exemplo, seu peso foi de 0,5. Para atribuir o pessoal assalariado médio de uma empresa ao longo do ano, considerou-se, portanto, o somatório dos pesos relacionados com todos os vínculos empregatícios existentes naquela unidade durante o ano; e - Quando a empresa foi declarante das pesquisas econômicas anuais do IBGE, o pessoal assalariado médio considerado foi igual ao pessoal ocupado assalariado em 31.12 informado na pesquisa. O salário médio mensal foi calculado, portanto, a partir da razão entre o total de salários e outras remunerações pagas no ano pelo pessoal assalariado médio, dividido por 13. Procedimentos de crítica e qualidade Conforme já mencionado, o CEMPRE utiliza duas fontes básicas para sua alimentação: as pesquisas econômicas anuais do IBGE e a RAIS. A apropriação dos dados por ambas as fontes não é direta, estando sujeita a diversos procedimentos de verificação de modo a garantir sua qualidade, dentre os quais se destacariam:
  • 17. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 • Validação das informações econômicas de pessoal ocupado e salários, mediante críticas de dados agregados e de microdados, tomando por base informações de outras fontes, resultados de anos anteriores, bem como a verificação do ranking das maiores unidades de cada atividade para identificar eventuais erros de magnitude; • Verificação das principais mudanças de atividade econômica em relação ao ano anterior, de Unidade da Federação e de município, bem como grandes variações nos valores de pessoal ocupado e de salários em relação ao ano anterior; • Identificação e confirmação da ausência de grandes unidades que faziam parte do universo do ano anterior e que deixaram de integrar as estatísticas do presente ano. Atenção especial é dada aos órgãos da administração pública (ministérios, governos estaduais, prefeituras, etc.) que eventualmente ficam omissos com relação à declaração da RAIS e que, por esse critério, não integrariam o universo de referência. Para evitar que suas informações deixem de ser contempladas, afetando os resultados, pois normalmente empregam uma quantidade significativa de pessoas, seus dados são imputados com base nos valores do ano anterior, uma vez que sua existência pode ser averiguada; • Ampla verificação do código de atividade econômica das empresas, outras organizações e unidades locais, mediante verificação de palavras-chave no conteúdo da razão social, em especial, nas informações oriundas da RAIS. Para as empresas ou unidades locais informantes de pesquisas do IBGE, o código da CNAE 2.0 é o mesmo atribuído por essas pesquisas, sempre prevalecendo sobre o código declarado na RAIS; • Gerenciamento do SIMCAD, que tem como objetivo corrigir informações provenientes do registro administrativo de empresas suspeitas de erro de preenchimento ou que fazem parte de setores econômicos selecionados, por ordem de prioridade segundo o porte da empresa. O Sistema visa, ainda, à captação da descrição da atividade principal da empresa e das unidades locais, nos casos de empresas múltiplas, para em seguida atribuir o código da CNAE 2.0 correspondente ao ano de referência, propiciando uma melhoria na qualidade dessa informação, tanto para a divulgação das estatísticas ora apresentadas como para a identificação dos âmbitos das pesquisas anuais realizadas pela Instituição. Para a divulgação das Estatísticas do Cadastro Central de Empresas 2008, foram utilizadas as informações de 154 609 mil unidades locais pesquisadas pelo Sistema para os anos de referência 2006 a 2008; e Esses procedimentos refletem o amadurecimento dos trabalhos de compatibilização entre as informações provenientes de registros administrativos e as produzidas pelas pesquisas do IBGE, partes constitutivas do CEMPRE. Âmbito O CEMPRE engloba registros de pessoas jurídicas inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ independentemente da atividade econômica exercida ou da natureza jurídica. As informações existentes, nesta publicação, referem-se apenas às Entidades Empresariais naTabela de Natureza Jurídica (Anexo 2). Não foram consideradas,
  • 18. Notas técnicas _________________________________________________________________________________ portanto, as demais entidades constantes do CEMPRE referentes à Administração Pública, às Entidades sem Fins Lucrativos e às Organizações Internacionais e Outras Instituições Extraterritoriais. Classificação de atividades econômicas As empresas e as unidades locais existentes no CEMPRE estão classificadas de acordo com a principal atividade econômica desenvolvida com base na Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0, oficialmente utilizada pelo Sistema Estatístico Nacional (Anexo 1). Em 2007 com o objetivo de manter a comparabilidade internacional, bem como de , dotar o País com uma classificação de atividades econômicas atualizada com as mudanças no sistema produtivo das empresas, passou a vigorar a versão 2.0 da CNAE5. Ela é resultado de um amplo processo de revisão baseado nas mudanças introduzidas na revisão 4 da Clasificación Industrial Internacional Uniforme de todas las Actividades Económicas - CIIU (International Standard Industrial Classification of all Economic Activities - ISIC), sendo aprovada pela Comissão Nacional de Classificação - CONCLA, através da Resolução CONCLA no 1/2006, de 04.09.2006, publicada no Diário Oficial da União em 05.09.2006. A metodologia utilizada para a atribuição da classificação de atividade principal no CEMPRE segue a seguinte ordem de atribuição hierárquica: - Para as organizações, entidades e empresas especiais, como as prefeituras municipais, órgãos da administração pública e algumas empresas públicas, através do acompanhamento da classificação ano a ano, a classificação econômica atribuída pela Gerência do Cadastro Central de Empresas; - Pesquisas anuais de Indústria, Construção Civil, Comércio e Serviços do IBGE, para as empresas e unidades locais pesquisadas; - Sistema de Manutenção Cadastral; - A classificação econômica mais recente entre as pesquisas anuais de Indústria, Construção, Comércio e Serviços e o Sistema de Manutenção Cadastral, nos três anos anteriores. Em caso do ano mais recente possuir mais de um registro, as pesquisas anuais têm precedência sobre o Sistema; e - No caso de não existirem os registros acima descritos, permanece a classificação econômica proveniente do registro administrativo do ano de 2008. Unidades de análise Para fins de publicação, foram consideradas informações das empresas e suas respectivas unidades locais ativas estabelecidas no País. As empresas e/ou unidades locais estabelecidas fora do País são excluídas, assim como as empresas e/ou unidades locais cujo registro formal tenha sido feito após 31 de dezembro de 2008. 5 Para informações complementares sobre as regras da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE, nas versões 1.0 e 2.0, bem como sua interpretação e estrutura de códigos, consultar o endereço: http://www.ibge.gov.br/concla.
  • 19. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 A empresa é definida como uma unidade de decisão, que assume obrigações financeiras e está à frente das transações de mercado, exercidas em uma ou mais unidades locais, e que responde pelo capital investido nas atividades. Por unidade local, entende-se o espaço físico, geralmente uma área contínua, no qual uma ou mais atividades econômicas são desenvolvidas, correspondendo, na maioria das vezes, a cada endereço de atuação da empresa. Definição das variáveis O estudo da demografia das empresas é realizado a partir do Cadastro Central de Empresas - CEMPRE, através da consolidação de informações em Cadastros anuais de empresas/unidades locais ativas nos anos de referência. Com base nos Cadastros anuais, são realizados batimentos que visam à determinação dos valores das variáveis definidas para fins de estudo. A comparação entre os Cadastros anuais é realizada a partir do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ de cada empresa e/ou unidade local e de outros critérios que se fizerem necessários. As definições das variáveis presentes no estudo são apresentadas a seguir: • Entrada de empresa/unidade local: O número de entrada refere-se ao número de empresas/unidades locais ativas no ano de referência, mas que não estavam ativas no ano anterior. Representam o conjunto formado pelo nascimento e pela reentrada (ou reativações) de empresas/unidades locais; • Nascimento de empresas: Um nascimento de empresa ocorre quando uma empresa realmente inicia a atividade. O número de nascimento de empresas é derivado de entrada e da remoção de reentradas. Se uma unidade paralisada é reativada dentro do período de dois anos, este evento não é considerado um nascimento. Não inclui entradas devido a mudanças de atividade; • Reentrada: Uma reentrada ocorre quando uma unidade recomeça a atividade após um período de interrupção temporária de pelo menos um ano. A reentrada pode ser desmembrada em dois tipos: reentradas provenientes de reativações reais da atividade econômica e as provenientes de falhas no preenchimento do registro administrativo; • Saída de empresa/unidade local: O número de saída refere-se ao número de empresas/unidades locais que não estavam ativas no ano de referência, mas que estavam ativas no ano anterior; • Sobrevivência: Uma unidade é considerada sobrevivente se ela estava ativa no ano de referência e no ano anterior; • Empresa de alto crescimento: Trata-se da empresa com crescimento médio de pessoal ocupado assalariado maior que 20% ao ano, por um período de três anos. Foram consideradas empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas no ano inicial de observação; e • Empresa “gazela”: Uma gazela é uma empresa de alto crescimento com até oito anos de idade no ano de referência.
  • 20. Notas técnicas _________________________________________________________________________________ Disseminação dos resultados Conteúdo das tabelas Os resultados da Demografia das Empresas 2008 estão organizados em dez tabelas impressas, que fazem parte do CD-ROM com a mesma numeração. O Quadro 1 apresenta o conteúdo das tabelas de empresas e de unidades locais e servem como um guia de leitura para os usuários. Quadro 1 - Apresentação das tabelas, segundo conteúdo - 2008 Númeração das tabelas Conteúdo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Unidade de referência Empresas Empresas de alto crescimento Empresas gazelas Unidades locais das empresas Unidades locais das empresas de alto crescimento Unidades locais das empresas gazelas Tipo de evento demográfico Entradas Nascimentos Reentradas Saídas Sobrevivência Variáveis Número de empresas Unidades locais das empresas Pessoal ocupado total Pessoal ocupado assalariado Salários e outras remunerações Salário médio mensal Idade média das empresas Taxas Total Entradas Nascimentos Saídas Sobrevivência Empresas de alto crescimento Empresas gazelas Níveis de agregação Faixas de pessoal ocupado total Faixas de pessoal ocupado assalariado Regional Brasil Grandes Regiões Unidades da Federação Municípios das Capitais Classificação de atividades econômicas Total geral Total por seção Total por divisão Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2008. O confronto dos resultados divulgados com outras informações publicadas pelo IBGE deve levar em consideração o ano de referência das bases de dados em que as
  • 21. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 pesquisas se apoiam, a cobertura de cada uma das pesquisas envolvidas, a unidade de investigação das mesmas e os conceitos implícitos na descrição de cada variável. Solicitações de tabulações especiais e dúvidas relacionadas com aspectos metodológicos podem ser encaminhadas para o e-mail ibge@ibge.gov.br e endereçadas à Gerência do Cadastro Central de Empresas da Diretoria de Pesquisas. Regras de arredondamento O arredondamento foi feito aumentando-se de uma unidade a parte inteira do total da variável, quando a parte decimal era igual ou superior a 0,5. Desse modo, podem ocorrer pequenas diferenças de arredondamento entre os totais apresentados e a soma das parcelas em uma mesma tabela, bem como entre a mesma variável apresentada em tabelas distintas. Regras de desidentificação Considera-se que há risco de identificação do informante quando o número de unidades, para o nível de agregação tabulado, for igual ou inferior a dois. Neste caso, os dados não podem ser divulgados. Devido à legislação que assegura o sigilo das informações estatísticas, foram adotadas regras de desidentificação para evitar a identificação dos informantes a partir dos dados divulgados. A regra básica consiste em desidentificar, no mesmo nível de subtotalização ou totalização, as colunas para as quais se tenham informações relativas apenas a uma ou duas unidades econômicas. Tal procedimento consistiu em aplicar um (x) na célula correspondente ao valor a ser omitido, nas variáveis Pessoal Ocupado Total, Pessoal Ocupado Assalariado e Salários e Outras Remunerações, preservandose os valores referentes ao número de unidades (empresas ou unidades locais) que não sofreram desidentificação. Em alguns casos, pode ocorrer omissão de informação referente a um conjunto maior de unidades, visando a preservar possíveis identificações através de diferenças entre os níveis de totalização das tabelas.
  • 22. Análise de resultados O estudo da demografia das empresas permite analisar a dinâmica demográfica através de indicadores de entrada, saída, reentrada e sobrevivência das empresas no mercado, mobilidade por porte, estatísticas relativas às empresas de alto crescimento e às empresas “gazelas” além de indicadores relativos às unidades locais das empresas. , Os eventos demográficos na economia brasileira em 2008 Em 2008, o Cadastro Central de Empresas - CEMPRE continha 4,1 milhões de empresas ativas, que ocuparam 32,9 milhões de pessoas, sendo 27,0 milhões (82,2%), como assalariadas e 5,9 milhões (17,8%) na condição de sócio ou proprietário. Os salários e outras remunerações pagos no ano totalizaram R$ 434,7 bilhões, com um salário médio mensal de R$ 1 255,95, equivalente a 3,1 salários mínimos médios mensais6. A idade média das empresas ativas era de 9,7 anos. Observa-se na Tabela 1 que do total de empresas ativas, 78,2% (3,2 milhões) eram sobreviventes7, 21,8% eram entradas (889,5 mil), desmembradas em 13,7% de nascimentos (558,6 mil) e 8,1% de reentradas (330,9 mil), enquanto as saídas somavam 17,7% (719, 9 mil empresas). 6 7 Considerando um salário mínimo médio mensal no ano de 2008 de R$ 409,62. Considera-se, aqui, empresas sobreviventes as empresas ativas existentes em 2007 e que permaneceram ativas em 2008, independente do ano de fundação e/ou entrada em atividade. Ou seja, é o estoque de empresas sobreviventes. Posteriormente, trataremos, especificamente, da análise da sobrevivência das empresas nascidas em 2007 que permaneceram ativas em 2008.
  • 23. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 As empresas sobreviventes destacaram-se ainda no pessoal ocupado total (94,0%), no pessoal assalariado (97,0%) e nos salários pagos no ano (98,9%). As empresas que entraram em atividade em 2008 foram responsáveis por um acréscimo de 6,0% no número pessoal ocupado total e de 3,0% no pessoal ocupado assalariado. Já as empresas que saíram do mercado representaram uma queda de 4,2% e 1,5%, respectivamente. Tabela 1 - Número de empresas, pessoal ocupado total e assalariado e salários e outras remunerações, total e respectiva distribuição percentual, segundo o tipo de evento demográfico - Brasil - 2008 Tipo de evento demográfico Total Salários e outras remunerações (1 000 R$) Pessoal ocupado Número de empresas Total Distribuição percentual (%) Total Assalariado Distribuição percentual (%) Total Distribuição percentual (%) Total Distribuição percentual (%) Ativas 4 077 662 100,0 32 833 873 100,0 26 978 086 100,0 434 407 204 100,0 Sobreviventes 3 188 176 78,2 30 853 490 94,0 26 160 232 97,0 429 513 818 98,9 889 486 21,8 1 980 383 6,0 817 854 3,0 4 893 386 1,1 Nascimentos 558 608 13,7 1 421 741 4,3 686 445 2,5 3 798 996 0,9 Reentradas 330 878 8,1 558 642 1,7 131 409 0,5 1 094 390 0,3 719 915 17,7 1 365 064 4,2 414 908 1,5 6 257 739 1,4 Entradas Saídas Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. É importante observar que o saldo no total de empresas tem sido sempre positivo, registrando um número maior de entradas em relação ao número de saídas. Na comparação com 2007, houve um acréscimo de 4,1% no número de empresas (169,6 mil), 5,7% no pessoal ocupado total (1,8 milhão) e 6,4% no pessoal ocupado assalariado (1,6 milhão). O salário médio mensal manteve-se constante em 3,1 salários mínimos mensais. Porte das empresas O Gráfico 1 apresenta a distribuição das empresas segundo o evento demográfico e as faixas de pessoal ocupado assalariado das empresas. Observa-se que existe uma relação direta entre o porte das empresas e a taxa de sobrevivência, pois enquanto entre as empresas sem pessoal assalariado somente 67,6% são sobreviventes, nas empresas com 1 a 9 pessoas esta taxa sobe para 89,2%, e para as empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas foi de 96,0%. Por sua vez, nos movimentos de entrada (nascimentos e reentradas) e saídas, a relação é inversa, pois as taxas mais elevadas foram observadas entre as empresas sem empregados, 19,0%, 13,4% e 29,1%, respectivamente. As empresas com 1 a 9 pessoas assalariadas apresentaram um patamar inferior nestes eventos, 8,4%, 2,3% e 4,9%, respectivamente.
  • 24. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ Gráfico 1 - Distribuição percentual do número de empresas, por faixas de pessoal ocupado assalariado, segundo o tipo de evento demográfico - Brasil - 2008 % 96,0 89,2 78,2 67,6 29,1 19,0 17,7 13,4 13,7 8,4 8,1 3,5 Sobreviventes Nascimentos 2,3 4,9 1,4 0,5 Reentradas Total Empresas sem pessoal assalariado Empresas com 1 a 9 pessoas assalariadas Saídas Empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. A Tabela 2 apresenta os movimentos de entrada e saída de empresas do mercado, segundo o porte e os seus impactos no pessoal ocupado total e assalariado. Observa-se que houve predomínio de empresas de menor porte, tanto na entrada como na saída de empresas , uma vez que 80,2% das empresas que entraram no mercado em 2008 não tinham empregados e 18,2% tinham de 1 a 9 pessoas assalariadas. Da mesma forma, com relação às saídas, 89,0% não tinham empregados e 10,3% tinham de 1 a 9 pessoas assalariadas. Ou seja, 98,4% das empresas que entraram no mercado e 99,3% das que saíram do mercado em 2008 tinham até 9 pessoas assalariadas. As empresas criadas sem empregados foram responsáveis por 46,3% do acréscimo de pessoal ocupado total, enquanto as empresas criadas com 10 ou mais pessoas assalariadas responderam por 51,2% do acréscimo de pessoal ocupado assalariado. Já entre as empresas que saíram do mercado, 89,0% não tinham empregados e foram responsáveis por 61,3% da variação de pessoal ocupado total. As empresas com 10 ou mais pessoas foram somente 0,7%, mas responderam por 61,1% da variação de pessoal assalariado. As maiores taxas de entrada (32,4%) e saída (29,1%) do mercado, portanto, foram registradas no segmento das empresas sem pessoal assalariado. Já as menores taxas, estavam nas empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas, 4,0% e 1,4%, respectivamente.
  • 25. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 Tabela 2 - Entrada e saída de empresas no mercado, por faixas de pessoal ocupado assalariado, segundo as variáveis selecionadas - Brasil - 2008 Entradas e saídas de empresa no mercado, por faixas de pessoal ocupado assalariado Variáveis selecionadas Total 0 1a9 10 ou mais Total Empresas ativas 4 077 662 2 202 488 1 503 564 371 610 Pessoal ocupado total 32 833 873 2 944 718 6 875 280 23 013 875 Pessoal ocupado assalariado 26 978 086 - 4 626 315 22 351 771 889 486 713 092 161 666 14 728 100,0 1 980 383 80,2 916 861 18,2 1,7 621 533 441 989 100,0 46,3 31,4 22,3 817 854 - 399 123 418 731 100,0 - 48,8 51,2 21,8 32,4 10,8 4,0 719 915 640 425 74 392 5 098 100,0 89,0 10,3 0,7 1 365 064 837 284 266 211 261 569 100,0 61,3 19,5 19,2 414 908 - 161 606 253 302 100,0 - 38,9 61,1 17,7 29,1 4,9 1,4 Entrada de empresas Número de empresas Distribuição percentual (%) Pessoal ocupado total Distribuição percentual (%) Pessoal ocupado assalariado Distribuição percentual (%) Taxa de entrada no mercado Saída de empresas Número de empresas Distribuição percentual (%) Pessoal ocupado total Distribuição percentual (%) Pessoal ocupado assalariado Distribuição percentual (%) Taxa de entrada no mercado Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. É importante observar, também, que o movimento de entrada e de saída de empresas apresenta um impacto expressivo no número de empresas, principalmente de micro e de pequeno porte, e nas pessoas ocupadas, principalmente sócios e proprietários, dado que com as empresas entrantes houve acréscimo de 1,98 milhão de pessoas ocupadas, contudo, apenas 817,9 mil (41,3%) foram pessoas ocupadas assalariadas. Nas empresas que saíram, houve uma redução de 1,4 milhão de pessoas ocupadas, sendo que 414,9 mil (30,4%) foram pessoas ocupadas assalariadas. Atividades econômicas A Tabela 3 apresenta o número de entrada e de saída de empresas e as respectivas taxas segundo a seção da CNAE 2.0. As atividades econômicas que mais se destacaram a partir do total de 889,5 mil empresas que entraram e de 719,9 mil que saíram foram Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas com 444,1 mil e 380,4 mil empresas (49,9% e 52,8%), Indústrias de transformação com 68,7 mil e 59,6 mil (7,7% e 8,3%) e Alojamento e alimentação com 63,0 mil e 51,6 mil (7,1% e 7,2%), respectivamente. A taxa de entrada das empresas no mercado em 2008 foi de 21,8%. Por atividade econômica, as maiores taxas de entrada foram observadas em Eletricidade e gás (30,2%), Artes, cultura, esporte e recreação (29,3%) e Construção (28,7%) e as menores em Saúde humana e serviços sociais (17,5%), nas Indústrias de transformação (16,9%) e nas Indústrias extrativas (19,4%).
  • 26. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ Por sua vez, a taxa de saída das empresas foi de 17,7% com as maiores taxas observadas em Outras Atividades de serviços (22,0%), Artes, cultura, esporte e recreação (21,4%) e Informação e comunicação (20,4%) e as menores em Saúde humana e serviços sociais (11,4%), Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais (11,8%) e Eletricidade e gás (12,0%). Tabela 3 - Número de entradas e saídas de empresas, total e respectiva distribuição percentual, com indicação das taxas de entrada e saída de empresas no mercado, segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008 Empresas Entradas Seções da CNAE 2.0 Total Total Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura Indústrias extrativas Indústrias de transformação Eletricidade e gás Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação Construção Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas Saídas DistriTaxa buição de percenentrada tual (%) (%) DistriTaxa buição de percensaída tual (%) (%) Total 889 486 100,0 21,8 719 915 100,0 17,7 7 366 0,8 23,4 5 769 0,8 18,3 1 957 0,2 19,4 1 793 0,2 17,8 68 744 7,7 16,9 59 619 8,3 14,6 415 0,0 30,2 165 0,0 12,0 1 740 0,2 24,2 1 160 0,2 16,1 37 674 4,2 28,7 24 285 3,4 18,5 444 085 49,9 21,3 380 387 52,8 18,2 Transporte, armazenagem e correio 39 500 4,4 23,0 28 945 4,0 16,9 Alojamento e alimentação 62 991 7,1 22,3 51 633 7,2 18,3 Informação e comunicação 33 341 3,7 24,9 27 329 3,8 20,4 Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 14 107 1,6 22,8 11 283 1,6 18,2 8 380 0,9 24,3 4 919 0,7 14,3 Atividades profissionais, científicas e técnicas 46 392 5,2 24,8 31 243 4,3 16,7 Atividades administrativas e serviços complementares 52 286 5,9 24,8 39 183 5,4 18,6 112 0,0 26,2 67 0,0 15,7 Educação 14 089 1,6 20,2 9 473 1,3 13,6 Saúde humana e serviços sociais 18 578 2,1 17,5 12 077 1,7 11,4 Artes, cultura, esporte e recreação 10 987 1,2 29,3 8 035 1,1 21,4 Outras atividades de serviços 26 730 3,0 26,1 22 544 3,1 22,0 12 0,0 23,5 6 0,0 11,8 Atividades imobiliárias Administração pública, defesa e seguridade social Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. A Tabela 4 apresenta o pessoal ocupado total e o assalariado nas empresas que entraram e que saíram do mercado por seção da CNAE 2.0. Assim como no número de empresas, Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, Indústrias de transformação foram as atividades com as maiores participações relativas em ambas as variáveis, tanto na entrada como na saída de empresas. Do total de 1,98 milhão de pessoal ocupado total das empresas entrantes, 839,0 mil (42,4%) foram gerados no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas e 222,0 mil (11,2%) nas Indústrias de transformação. Construção surge na terceira colocação com 154,4 mil pessoas ocupadas. Do total de 1,4 milhão de pessoal ocupado das empresas que saíram do mercado, 603,2 mil (44,2%) estavam no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, 175,6 mil (12,9%) nas Indústrias de transformação e 118,2 mil (8,7%) nas Atividades administrativas e serviços complementares.
  • 27. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 Tabela 4 - Pessoal ocupado total e assalariado nas entradas e saídas de empresas do mercado, total e respectiva distribuição percentual, segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008 Pessoal ocupado em 31.12 Total Entradas Seções da CNAE 2.0 Total Total Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura Indústrias extrativas Indústrias de transformação Eletricidade e gás Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 1 980 383 Assalariado Saídas Distribuição percentual (%) Total 100,0 1 365 064 Entradas Distribuição percentual (%) Total Saídas Distribuição percentual (%) Total Distribuição percentual (%) 100,0 817 854 100,0 414 908 100,0 2,8 27 850 1,4 19 971 1,5 17 695 2,2 11 583 4 948 0,2 3 845 0,3 2 344 0,3 1 279 0,3 221 954 11,2 175 552 12,9 130 571 16,0 95 067 22,9 937 0,0 318 0,0 314 0,0 72 0,0 6 296 0,3 4 294 0,3 3 852 0,5 2 679 0,6 Construção 154 406 7,8 63 262 4,6 101 158 12,4 27 418 6,6 Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 838 979 42,4 603 191 44,2 284 983 34,8 125 744 30,3 95 822 4,8 64 298 4,7 43 503 5,3 24 994 6,0 Alojamento e alimentação 151 288 7,6 84 397 6,2 75 065 9,2 22 466 5,4 Informação e comunicação 61 196 3,1 48 403 3,5 12 660 1,5 6 757 1,6 Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 29 349 1,5 17 624 1,3 11 583 1,4 2 373 0,6 Atividades imobiliárias 17 131 0,9 9 488 0,7 3 632 0,4 1 362 0,3 Atividades profissionais, científicas e técnicas 89 372 4,5 54 164 4,0 21 252 2,6 7 601 1,8 Atividades administrativas e serviços complementares 132 694 6,7 118 194 8,7 60 523 7,4 61 923 14,9 Transporte, armazenagem e correio Administração pública, defesa e seguridade social 769 0,0 164 0,0 610 0,1 44 0,0 Educação 39 064 2,0 21 309 1,6 18 433 2,3 7 149 1,7 Saúde humana e serviços sociais 39 984 2,0 28 065 2,1 9 751 1,2 8 212 2,0 Artes, cultura, esporte e recreação 19 430 1,0 13 810 1,0 4 736 0,6 2 745 0,7 Outras atividades de serviços 48 595 2,5 34 693 2,5 14 877 1,8 5 424 1,3 319 - 22 0,0 312 0,0 16 0,0 Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. Sobrevivência das empresas que nasceram em 2007 A análise de sobrevivência pode ser realizada, também, a partir do acompanhamento das novas empresas em um ano t-n até o ano t8. Analisamos, neste item, as taxas de sobrevivência das empresas que entraram em atividade em 2007 e permaneceram ativas em 2008. O Gráfico 2 apresenta as taxas de sobrevivência dessas empresas segundo o porte. Do total de 464,7 mil empresas que apareceram pela primeira vez no mercado em 2007 353,5 mil (76,1%) sobreviveram no mercado em 2008. , Observa-se que a taxa de sobrevivência apresenta uma relação direta com o porte da empresa. Entre as empresas sem pessoal assalariado, a taxa foi de 70,6%, nas empresas com 1 a 9 pessoas assalariadas foi de 91,8% e nas com 10 ou mais pessoas foi de 95,7%. Portanto, as empresas maiores, com maior capital imobilizado, tendem a permanecer 8 Neste caso, t é o ano de referência e n é o número de anos anteriores ao de referência. Neste estudo, analisaremos a sobrevivência das empresas novas em 2007 (t-1) que permaneceram ativas em 2008 (t).
  • 28. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ mais tempo no mercado, pois os custos de saída costumam ser elevados, dentre outros fatores. Já nas empresas sem pessoal assalariado, quase 30,0% não existiam mais no ano seguinte. Gráfico 2 - Taxas de sobrevivência das empresas criadas em 2007, segundo as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 % 95,7 91,8 76,1 70,6 Total 0 1a9 10 ou mais Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. Gráfico 3 - Taxas de sobrevivência das empresas criadas em 2007, segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008 Educação 81,1 Artes, cultura, esporte e recreação 80,9 Eletricidade e gás 79,3 Construção 79,1 Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 78,5 Alojamento e alimentação 78,1 Saúde humana 78,0 Atividades administrativa e serviços complementares Atividades profissionais, científicas e técnicas Atividades financeiras e de serviços relacionados 77,4 77,0 76,3 Agricultura, pecuária 76,1 Transporte, armazenagem e correio 76,0 Administração pública, defesa e seguridade social 75,4 74,6 Informação e comunicação 73,1 Comércio Atividades imobiliárias 72,6 Indústrias extrativas 71,9 Indústrias de transformação 71,8 Organismos internacionais 71,5 Outras atividades de serviços 71,4 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. % O Gráfico 3 apresenta as taxas de sobrevivência das empresas que entraram em atividade em 2007 segundo a seção da CNAE 2.0. As taxas oscilaram de 71,4% a 81,1%. É possível observar que as atividades econômicas onde mais empresas sobreviveram após 1 ano no mercado foram Educação com 81,1%, Artes, Cultura e Esportes com 80,9% e Eletricidade e gás com 79,3%. Por sua vez, Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, que, como observado anteriormente, é a atividade com maior quantidade de empresas entrando e saindo do mercado apresentou taxa de sobrevivência de 73,1%. Indústrias de transformação, que é a segunda mais importante nos movimentos de entrada e de saída, apresentou taxa de sobrevivência de 71,8%. Ou seja, ambas abaixo da taxa média, 76,1%.
  • 29. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 Mobilidade das empresas A Tabela 5 apresenta a mobilidade por porte das empresas criadas em 2007 e que sobreviveram em 2008. O objetivo é compreender as mudanças ocorridas nas empresas entre o início de operação e após um ano de funcionamento. No ano imediatamente posterior ao nascimento, 77 ,9% das empresas sem pessoal assalariado, 75,4% de 1 a 9 pessoas assalariadas e 78,7% das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas permaneceram em 2008 no mesmo porte que foram criadas em 2007 . Das empresas que iniciaram suas atividades em 2007 sem pessoal assalariado, 20,7% já havia crescido e alcançado a faixa de 1 a 9 pessoas assalariadas no ano seguinte. Observa-se que 1,4% das empresas sem pessoal assalariado alcançou a faixa de 10 ou mais pessoas assalariadas em 2008. Em contrapartida, 17 ,9% das empresas que nasceram na faixa de 1 a 9 reduziram seu tamanho e passaram a fazer parte da faixa sem pessoal assalariado, enquanto 6,8% cresceram e passaram para a faixa de 10 ou mais pessoas assalariadas. Na faixa de 10 ou mais pessoas assalariadas, 16,1% passaram para faixa de 1 a 9 pessoas assalariadas e 5,2% reduziram ainda mais e passaram a atuar sem empregados. Portanto, de cada 10 empresas, oito tendem a permanecer no mesmo porte no ano seguinte e duas tendem a migrar. Tabela 5 - Mobilidade das empresas criadas em 2007 entre as faixas de pessoal ocupado assalariado em 2008 - Brasil - 2007-2008 Faixas de pessoal ocupado assalariado em 2008 Mobilidade das empresas criadas, por faixas de pessoal assalariado em 2007 0 1a9 10 ou mais 0 77,9 17,9 5,2 1a9 20,7 75,4 16,1 1,4 6,8 78,7 10 ou mais Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2007-2008. Análise regional A análise regional é realizada a partir das informações de unidades locais, que são os endereços de atuação das empresas. A Tabela 6 apresenta o número de unidades locais por tipo de evento demográfico e Regiões Geográficas. As 4,1 milhões de empresas ativas em 2008 tinham 4,4 milhões de unidades locais, das quais 51,7% localizadas na Região Sudeste, 22,4% na Região Sul, 15,0% na Região Nordeste, 7 ,5% na Região Centro-Oeste e 3,4% na Região Norte. Do total de 4,4 milhões de unidades locais, 3,4 milhões eram sobreviventes em relação a 2007 ( 78,1%), 960,6 mil foram entradas (21,9%), sendo 613,0 mil (13,9%) nascimentos e 347 mil (7 ,6 ,9%) reentradas. As saídas de empresas totalizaram 770,8 mil empresas (17 ,5%). Em todos os tipos de evento, a participação relativa segundo as Regiões Geográficas segue o mesmo padrão observado na distribuição das unidades locais. As maiores participações foram, portanto, observadas na Região Sudeste em todos os eventos, destacadamente entre as empresas sobreviventes com 52,4%. Ressalta-se, contudo, que nas entradas e nas saídas, as participações relativas das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste foram superiores às suas participações relativas de unidades locais. Ou seja, nessas regiões existe um maior dinamismo de entrada e de saída de unidades locais das empresas do que nas demais regiões, ou seja, as empresas nascem, mas morrem em um ritmo elevado.
  • 30. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ Tabela 6 - Número de unidades locais, por Grandes Regiões, total e respectiva distribuição percentual, segundo o tipo do evento demográfico - 2008 Tipo de evento demográfico Número de unidades locais, por Grandes Regiões Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Total Ativas 4 394 182 147 440 660 416 2 272 884 984 565 328 877 Sobreviventes 3 433 597 104 788 498 649 1 798 577 785 252 246 331 960 585 42 652 161 767 474 307 199 313 82 546 Nascimentos 612 954 26 735 100 195 303 016 127 137 55 871 Reentradas Entradas 347 631 15 917 61 572 171 291 72 176 26 675 Saídas 770 769 32 375 132 743 376 183 168 850 60 618 Ativas 100,0 3,4 15,0 51,7 22,4 7,5 Sobreviventes 100,0 3,1 14,5 52,4 22,9 7,2 Distribuição percentual (%) Entradas Nascimentos 100,0 4,4 16,3 49,4 20,7 9,1 Reentradas 100,0 4,6 17,7 49,3 20,8 7,7 100,0 4,2 17,2 48,8 21,9 7,9 Saídas Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. Para corroborar essas informações, a Tabela 7 apresenta as taxas de unidades locais por tipo de evento demográfico. As Regiões Sudeste e Sul foram as que apresentaram as maiores taxas de sobreviventes, 79,1% e 79,8%, respectivamente, acima da média nacional (78,1%). Por outro lado, as maiores taxas de entrada e de saída foram observadas na Região Norte (28,9% e 22,0%), Centro-Oeste (25,1% e 18,4%) e Nordeste (24,5% e 20,1%), assim como as menores taxas de sobrevivência ,71,1%, 74,9% e 75,5%, respectivamente. Tabela 7 - Taxas de unidades locais, por Grandes Regiões, segundo o tipo de evento demográfico - Brasil - 2008 Tipo de evento demográfico Taxas de unidades locais, por Grandes Regiões Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Sobreviventes 78,1 71,1 75,5 79,1 79,8 74,9 Entradas 21,9 28,9 24,5 20,9 20,2 25,1 13,9 18,1 15,2 13,3 12,9 17,0 7,9 10,8 9,3 7,5 7,3 8,1 17,5 22,0 20,1 16,6 17,1 18,4 Nascimentos Reentradas Saídas Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. Unidades da Federação As informações contidas na Tabela 8 são referentes às taxas de sobreviventes, entradas e saídas do mercado segundo as Unidades da Federação. Os Estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais apresentaram as maiores taxas de sobrevivência, 82,2%, 80,5% e 79,6%, respectivamente. Por outro lado, Amapá, Roraima e Acre apresentaram as menores taxas, 66,0%, 66,2% e 66,9%, respectivamente.
  • 31. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 As maiores taxas de entrada e saída do mercado encontraram-se em quatro Unidades da Federação da Região Norte: Amapá, Roraima, Acre e Amazonas. Estas Unidades, naturalmente, apresentam baixos valores absolutos de unidades locais novas e extintas e também de unidades ativas, o que faz com pequenas variações ocasionem taxas de entrada e saída do mercado elevadas. Por outro lado, as Unidades da Federação das Regiões Sul e Sudeste apresentaram elevadas variações absolutas no número de unidades locais, porém como elas concentram um elevado número de unidades locais, as taxas de entrada e saída do mercado são pequenas, relativamente às demais Unidades da Federação. São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul foram as Unidades da Federação que mais apresentaram o maior quantitativo de entradas de unidades locais no mercado (296 138, 97 460 e 84 133, respectivamente), porém com baixas taxas de entrada no mercado (21,3%, 20,4% e 20,6%), se comparadas com Amapá, por exemplo, onde 2 139 unidades entraram no mercado, mas cuja taxa de entrada foi de 34,0%. Tabela 8 - Número de unidades locais, por tipo de evento demográfico, com indicação da respectiva taxa, segundo as Unidades da Federação - 2008 Número de unidades locais Unidades da Federação Tipo de evento demográfico Ativas Sobreviventes Total Brasil Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Entradas Taxa (%) Total Saídas de atividade Taxa (%) Total Taxa (%) 4 394 182 3 433 597 78,1 960 585 21,9 770 769 17,5 25 163 18 602 73,9 6 561 26,1 5 657 22,5 7 237 4 840 66,9 2 397 33,1 1 683 23,3 27 175 18 503 68,1 8 672 31,9 6 760 24,9 6 070 4 016 66,2 2 054 33,8 1 224 20,2 55 525 40 053 72,1 15 472 27,9 11 340 20,4 24,5 6 283 4 144 66,0 2 139 34,0 1 537 Tocantins 19 987 14 630 73,2 5 357 26,8 4 174 20,9 Maranhão 49 324 36 166 73,3 13 158 26,7 11 182 22,7 Piauí 33 060 25 162 76,1 7 898 23,9 6 218 18,8 Ceará 121 148 91 536 75,6 29 612 24,4 24 978 20,6 45 036 33 660 74,7 11 376 25,3 8 353 18,5 Rio Grande do Norte Paraíba 44 859 35 591 79,3 9 268 20,7 7 873 17,6 105 212 79 232 75,3 25 980 24,7 22 546 21,4 Alagoas 30 414 22 740 74,8 7 674 25,2 5 836 19,2 Sergipe 23 389 18 275 78,1 5 114 21,9 4 140 17,7 Bahia 207 974 156 287 75,1 51 687 24,9 41 617 20,0 Minas Gerais 477 797 380 337 79,6 97 460 20,4 81 864 17,1 Pernambuco Espírito Santo 85 246 66 602 78,1 18 644 21,9 14 621 17,2 Rio de Janeiro 318 698 256 633 80,5 62 065 19,5 52 836 16,6 São Paulo 1 391 143 1 095 005 78,7 296 138 21,3 226 862 16,3 Paraná 338 118 265 139 78,4 72 979 21,6 60 237 17,8 Santa Catarina 237 476 195 275 82,2 42 201 17,8 31 901 13,4 Rio Grande do Sul 408 971 324 838 79,4 84 133 20,6 76 712 18,8 51 662 39 686 76,8 11 976 23,2 9 121 17,7 Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal 70 048 51 076 72,9 18 972 27,1 14 164 20,2 132 897 99 605 74,9 33 292 25,1 25 595 19,3 74 270 55 964 75,4 18 306 24,6 11 738 15,8 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
  • 32. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ Empresas de alto crescimento Na demografia das empresas, além dos movimentos de entrada, de saída, de sobrevivência e de mobilidade das empresas, outros eventos podem ser observados para analisar a dinâmica empresarial e seu impacto na geração de empregos. Neste estudo, trataremos das empresas de alto crescimento, conforme definição constante no EUROSTAT-OECD manual on business demography statistics, divulgado em 2007, as quais apresentam crescimento médio do pessoal ocupado assalariado maior que 20% ao ano, por um período de três anos9, e têm pelo menos 10 pessoas assalariadas no ano inicial de observação. As empresas de alto crescimento com até cinco anos de idade no ano inicial são denominadas "gazelas". Essas empresas foram analisadas para o período 2005-2008. Ressalta-se que podem ser definidas, ainda, empresas de médio crescimento como aquelas que apresentaram crescimento de pessoal assalariado maior que 5% e até 20,0% ao ano e as empresas de baixo crescimento aquelas com crescimento maior que 1º até 5% ao ano10. Os indicadores das empresas de alto crescimento são calculados com base no total de empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas no ano de referência. Isto evita distorções nas taxas de crescimento, pois nas empresas com até 9 pessoas pequenas variações absolutas no pessoal assalariado podem ocasionar grandes variações em termos relativos. Em 2008, havia 371 610 empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas no País, sendo 8,3% (30 954) de alto crescimento, 18,8% (69 902) de médio crescimento e 8,6% (31 876) de baixo crescimento, como apresentado no Gráfico 4. Apesar de a participação das empresas de alto crescimento ter ficado bem abaixo do somatório das participações relativas das empresas de médio e baixo crescimento, este é o padrão observado internacionalmente e, no caso brasileiro, a participação de 8,3% pode ser considerada elevada para os padrões internacionais11. Nesta análise, concentramos nosso foco nas informações das empresas de alto crescimento e nas empresas “gazelas” O intuito é conhecer melhor este tipo de . empresa, que foi responsável pela geração de 2,9 milhões dos 5,0 milhões de postos de trabalho assalariados formais criados entre 2005 e 2008. São apresentadas informações segundo o porte, a atividade econômica e a localização geográfica. 9 Este cálculo pode ser realizado com pessoal ocupado assalariado (“employees”) ou com receita (turnover), segundo a OCDE. Como no CEMPRE não existe informação de receita para a totalidade das empresas, optamos por calcular a taxa de crescimento com base no número de pessoas ocupadas assalariadas na empresa entre 2005 e 2008. 10 Estas definições ainda não foram apropriadas pela OCDE, mas já estão em estudos de alguns países europeus como a Dinamarca, por exemplo. 11 Os dados internacionais apontam para participações de empresas de médio e de baixo crescimento acima das empresas de alto crescimento. Em países selecionados apontados nos Indicadores de Empreendedorismo 2009 da OCDE, as empresas de alto crescimento estão na faixa de 3,0 a 6,0% das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas. Nos Estados Unidos e na Espanha estaria próximo a 6,0%, enquanto na Áustria e no Canadá estaria pouco acima de 3,0%, para o período 2002-2005 (MEASURING..., 2009).
  • 33. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 Gráfico 4 - Empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas, segundo as faixas de crescimento - Brasil - 2008 % 18,8 8,6 8,3 Alto crescimento Médio crescimento Baixo crescimento Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. Empresas de alto crescimento - Porte Para a análise das informações segundo o porte, neste estudo adotamos a definição da OCDE, segundo a qual empresas com 1 a 9 pessoas ocupadas são consideradas microempresas, empresas com 10 a 49 pessoas foram consideradas pequenas, com 50 a 249 pessoas, médias, e, por fim, com 250 ou mais pessoas, empresas grandes12 (SCHMIEMANN, 2008). As empresas de alto crescimento totalizaram 30 954 empresas, empregaram 4,5 milhões, o que representa 16,8% do total de 27 milhões de pessoas ocupadas assalariadas ,0 das empresas. O salário médio mensal pago foi de 2,4 salários mínimos. Dentre as empresas de alto crescimento, 12 359 empresas eram “gazelas” que , empregaram 1,3 milhão de pessoas assalariadas. Nas “gazelas” foram pagos, em média, , 2,1 salários mínimos mensais. Em relação ao total de empresas de alto crescimento, as “gazelas” representaram, portanto, 39,9% das empresas de alto crescimento, empregaram 28,0% do pessoal assalariado e 22,4% dos salários e outras remunerações das empresas de alto crescimento. Por porte, as pequenas empresas apresentaram as maiores participações em número de empresas, contudo as médias e as grandes empresas foram as que apresentaram as maiores participações no pessoal assalariado. Como pode ser observado no Gráfico 5, 51,6% das empresas de alto crescimento e 55,2% das empresas “gazelas” eram pequenas, 39,0% e 38,4% eram “médias” e 9,3% e 6,4% eram grandes, respectivamente. No pessoal assalariado, as grandes empresas apresentaram a maior participação nas empresas de alto crescimento, 61,6%. Nas “gazelas”tanto as empresas médias como , as grandes mostraram-se significativas com 37 ,0% e 45,9% do pessoal assalariado, respectivamente. 12 Esta definição não foi adotada em um momento anterior, pois estávamos trabalhando somente com três faixas de pessoal assalariado. A partir deste ponto, as faixas serão desagregadas, permitindo uma compatibilidade com as definições de porte da OCDE.
  • 34. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ Gráfico 5 - Distribuição percentual das empresas de alto crescimento, das empresas gazelas e do pessoal ocupado assalariado, por faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 % 61,6 55,2 51,6 45,9 39,0 38,4 37,0 27,2 17,1 11,2 9,3 6,4 Empresas de alto crescimento Empresas gazelas 10 a 49 Pessoal assalariado em empresas de alto crescimento 50 a 249 Pessoal assalariado em empresas gazelas 250 ou mais Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. De cada dez empresas de alto crescimento, quatro eram “gazelas” A sua parti. cipação foi mais expressiva entre as empresas pequenas, representando 42,7% das empresas de alto crescimento, 42,9% do pessoal assalariado e 40,5% dos salários e outras remunerações das empresas com este porte, como pode ser observado na Tabela 9. A participação das empresas médias também foi significativa com 39,2% das empresas, 38,0% do pessoal assalariado e 34,1% dos salários. Nas grandes empresas de alto crescimento, contudo, as “gazelas” corresponderam a somente 27,4% das empresas, 20,9% do pessoal assalariado e 16,1% dos salários e outras remunerações. Tabela 9 - Empresas de alto crescimento, pessoal ocupado assalariado, salários e outras remunerações, total e participação relativa das empresas gazelas, segundo as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 Empresas de alto crescimento Faixas de pessoal ocupado assalariado Total Pessoal ocupado assalariado Empresas gazelas Total Total Participação relativa Salários e outras remunerações (1 000 R$ ) Empresas gazelas Empresas gazelas Total Total Participação relativa 30 954 12 359 39,9 6 827 42,7 50 a 249 12 084 4 740 39,2 1 226 732 466 078 38,0 16 656 591 5 681 688 34,1 2 892 792 27,4 2 775 956 578 932 20,9 47 346 860 7 635 660 16,1 215 648 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. 42,9 69 488 876 15 539 906 Participação relativa 15 978 502 549 28,0 Total 10 a 49 250 ou mais 4 505 237 1 260 658 Total 5 485 425 2 222 559 22,4 40,5
  • 35. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 De acordo com as informações apresentadas no Gráfico 6, as empresas de alto crescimento pagaram, em média, 2,4 salários mínimos mensais. As “gazelas” pagaram 2,1 salários mínimos, que corresponde a 12,5% menos. Esses valores salariais são próximos aos salários pagos pelas empresas com pessoal assalariado (2,5 salários mínimos), que considera empresas de todos os portes, inclusive as microempresas. Contudo, esses valores correspondem, respectivamente, a 72,7% e a 63,6% dos valores pagos pelas empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas (3,3 salários mínimos). Gráfico 6 - Salários médios mensais, em salários mínimos, segundo o tipo de empresa - Brasil - 2008 salários mínimos 3,3 2,5 2,4 2,1 Empresas com pessoal assalariado Empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas Empresas de alto crescimento Empresas gazelas Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. Os salários pagos pelas empresas de alto crescimento apresentaram relação direta com o porte da empresa, como pode ser visto no Gráfico 7 As empresas pequenas pa. garam 2,1 salários mínimos, 12,5% abaixo da média. As empresas médias pagaram 2,6 salários e as grandes 2,9 salários mínimos, 8,3% e 20,8% acima da média, respectivamente. A diferença entre os valores pagos pelas empresas pequenas e as grandes foi de 38,1%. Gráfico 7 - Salários médios mensais, em salários mínimos, nas empresas de alto crescimento, segundo as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 salários mínimos 2,9 2,6 2,4 2,1 Total 10 a 49 50 a 249 250 ou mais Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
  • 36. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ Empresas de alto crescimento - Atividades econômicas Em número de empresas, as seções da CNAE 2.0 que apresentaram as maiores participações relativas nas empresas de alto crescimento foram Indústrias de transformação, 27 ,4%, Comércio, 26,4%, Construção, 12,2% e Atividades administrativas e serviços complementares, 7 ,8%, como pode ser observado na Tabela 10. Entre as empresas “gazelas” essas atividades se repetem , porém com participações maiores nas duas pri, meiras atividades e com ordem inversa na terceira e na quarta colocações: Indústrias de transformação com 27 ,9%, Comércio com 27 ,3%, Atividades administrativas e serviços complementares com 10,3% e Construção com 9,2%. Em termos de pessoal assalariado, essas atividades econômicas também foram as que apresentaram as maiores participações relativas, tanto nas empresas de alto crescimento como nas empresas “gazelas” porém, na seguinte ordem: Indústrias de , transformação, 25,9% e 24,2%, Atividades administrativas e serviços complementares, 16,5% e 22,4%, Comércio, 16,1% e 19,2% e Construção, 15,7% e 10,7%, respectivamente. Em conjunto, essas atividades foram responsáveis por 73,8% das empresas de alto crescimento e por 74,7% das “gazelas” correspondendo a 74,2% e 76,7% do pessoal , assalariado, respectivamente. Tabela 10 - Empresas de alto crescimento, empresas gazelas e pessoal assalariado, total e respectiva distribuição percentual, segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008 Empresas de alto crescimento Total Seções da CNAE 2.0 Total Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura Indústrias extrativas Indústrias de transformação Eletricidade e gás Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação Construção Pessoal assalariado Distribuição percentual (%) Total 30 954 Empresas gazelas Total 100,0 4 505 237 Distribuição percentual (%) Total Pessoal assalariado Distribuição percentual (%) Total 100,0 12 359 Distribuição percentual (%) Total 100,0 1 260 658 100,0 413 1,3 102 466 2,3 191 1,5 34 097 186 0,6 62 060 1,4 64 0,5 6 715 0,5 27,4 1 166 897 25,9 3 449 27,9 305 533 24,2 0,1 9 0,1 x x 8 486 19 0,1 4 388 2,7 153 0,5 37 484 0,8 81 0,7 10 589 0,8 3 770 12,2 707 339 15,7 1 136 9,2 134 627 10,7 Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas Transporte, armazenagem e correio 8 161 26,4 725 040 16,1 3 373 27,3 241 433 19,2 1 907 6,2 294 014 6,5 726 5,9 76 403 6,1 Alojamento e alimentação 1 428 4,6 124 775 2,8 686 5,6 41 721 3,3 Informação e comunicação 680 2,2 168 144 3,7 233 1,9 28 933 2,3 Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados Atividades imobiliárias 377 1,2 82 362 1,8 86 0,7 7 256 0,6 106 0,3 8 789 0,2 29 0,2 2 743 0,2 865 2,8 118 216 2,6 252 2,0 33 450 2,7 2 419 7,8 742 041 16,5 1 268 10,3 281 773 22,4 Atividades profissionais, científicas e técnicas Atividades administrativas e serviços complementares Administração pública, defesa e seguridade social Educação 5 0,0 1 363 0,0 2 0,0 x x 934 3,0 66 560 1,5 413 3,3 33 149 2,6 Saúde humana e serviços sociais 540 1,7 60 618 1,3 119 1,0 7 318 0,6 Artes, cultura, esporte e recreação 102 0,3 6 613 0,1 49 0,4 3 192 0,3 Outras atividades de serviços 403 1,3 26 068 0,6 193 1,6 10 912 0,9 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
  • 37. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 As empresas “gazelas” representaram 39,9% das empresas de alto crescimento. Contudo, essa participação variou conforme a atividade econômica, oscilando de 22,0% em Saúde humana e serviços sociais, e a 52,9% em Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, como apresentado no Gráfico 8. Nas atividades econômicas que se destacaram no número de empresas e no pessoal assalariado apontadas acima, as participações relativas das empresas “gazelas” nas empresas de alto crescimento foram de 30,1% na Construção, 40,6% nas Indústrias de transformação, 41,3% no Comércio e 52,4% nas Atividades administrativas e serviços complementares. Gráfico 8 - Participação relativa das empresas gazelas nas empresas de alto crescimento, segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008 39,9 Total Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 52,9 Atividades administrativa e serviços complementares 52,4 Alojamento e alimentação 48,0 Artes, cultura, esporte e recreação 48,0 Outras atividades de serviços 47,9 47,4 Eletricidade e gás 46,2 Agricultura, pecuária 44,2 Educação 41,3 Comércio 40,6 Indústrias de transformação Administração pública, defesa e seguridade social 40,0 Transporte, armazenagem e correio 38,1 Indústrias extrativas 34,4 Informação e comunicação 34,3 30,1 Construção Atividades profissionais, científicas e técnicas 29,1 Atividades imobiliárias Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados Saúde humana e serviços sociais 27,4 22,8 22,0 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. %
  • 38. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ Geração de postos de trabalho assalariados das empresas de alto crescimento Apesar de serem poucas em termos quantitativos, pois representam somente 1,7% do total de empresas com pessoal assalariado13 em 2008 e 8,3% das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas, as empresas de alto crescimento apresentam um papel relevante na estrutura empresarial brasileira, particularmente na geração de empregos formais. Para se ter uma ideia da importância dessas empresas no universo das empresas brasileiras, elas foram responsáveis pela geração de 2,9 milhões de postos de trabalho assalariados entre 2005 e 2008, o que corresponde a 57,4% do total de 5,0 milhões de postos assalariados formais gerados no período. Em 2005, as 30 954 empresas de alto crescimento empregaram 1,6 milhão de postos assalariados formais. Em 2008, este volume havia atingido 4,5 milhões, o que representou um crescimento de 173,7% no pessoal assalariado. No mesmo período, o pessoal ocupado assalariado em todas as empresas aumentou 22,2%, passando de 22,1 para 27,0 milhões de pessoas assalariadas. Como consequência, a participação relativa do pessoal assalariado das empresas de alto crescimento no total do pessoal assalariado das empresas passou de 7,5%, em 2005, para 16,7%, em 2008, o que representa um acréscimo de 9,2 pontos percentuais. Em média, cada empresa de alto crescimento empregou mais 98,4 pessoas. Em termos de porte, observa-se a importância das grandes empresas na geração de total de postos de trabalho assalariados nas empresas de alto crescimento. Elas foram responsáveis por 63,3% do acréscimo no pessoal assalariado, as empresas médias por 27 ,1%, enquanto as pequenas por somente 9,6%, como apresentado no Gráfico 9. Gráfico 9 - Distribuição percentual do saldo do pessoal ocupado assalariado das empresas de alto crescimento entre 2005 e 2008, por faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 9,6% 27,1% 63,3% 10 a 49 50 a 249 250 ou mais Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. 13 Em 2008, havia 1,9 milhão de empresas com pessoal assalariado do total de 4,1 milhões de empresas ativas.
  • 39. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 Considerando as atividades econômicas, segundo a seção da CNAE 2.0, observase que quatro atividades foram responsáveis por quase ¾ do acréscimo no pessoal assalariado (74,2%) entre 2005 e 2008. Essas atividades foram responsáveis, em termos absolutos, por mais 2,1 milhões de pessoas ocupadas assalariadas. As Indústrias de transformação responderam por 25,1% do acréscimo no pessoal assalariado, Atividades administrativas e serviços complementares por 17 ,3%, Construção por 16,1% e Comércio por 15,7%, como apresentado naTabela 11. As demais atividades econômicas responderam por 25,8% do acréscimo. Em temos salariais, as empresas de alto crescimento pagaram, em média, 2,4 salários mínimos mensais. Contudo, nas quatro atividades econômicas que mais geraram postos de trabalho assalariados, as empresas pagaram salários abaixo da média (Tabela 11). Nas Indústrias de transformação foram pagos, em média, 2,3 salários mínimos, nas Atividades administrativas e serviços complementares, 1,9 salário, enquanto Construção e Comércio pagaram 2,1 salários mínimos. Os maiores salários, por outro lado, foram pagos em atividades que tiveram pequena participação na geração de pessoal assalariado. Na Administração pública, defesa e seguridade social foram pagos 8,9 salários, na Eletricidade e gás 8,7 salários e em Atividades financeiras, de seguros relacionados 8,3 salários. Essas atividades, porém, foram responsáveis por cerca de 2,0% do saldo de pessoal assalariado. Tabela 11 - Pessoal ocupado assalariado nas empresas de alto crescimento, variação absoluta e participação relativa, com indicação dos salários médios mensais, segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2005/2008 Pessoal ocupado assalariado nas empresas de alto crescimento Seções da CNAE 2.0 2005 Total Indústrias de transformação 2008 Variação absoluta Participação relativa (%) Salários médios mensais (salários mínimos) 1 653 762 4 505 237 2 851 475 100,0 2,4 445 702 1 166 897 721 195 25,3 2,3 Atividades administrativas e serviços complementares 244 301 742 041 497 740 17,5 1,9 Construção 245 491 707 339 461 848 16,2 2,1 Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 295 337 725 040 429 703 15,1 2,1 Transporte, armazenagem e correio 110 124 294 014 183 890 6,4 2,5 Informação e comunicação 52 868 168 144 115 276 4,0 5,0 Atividades profissionais, científicas e técnicas 39 707 118 216 78 509 2,8 4,6 Alojamento e alimentação 47 459 124 775 77 316 2,7 1,5 Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 31 110 102 466 71 356 2,5 1,9 Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 29 545 82 362 52 817 1,9 8,3 Educação 27 455 66 560 39 105 1,4 1,9 Saúde humana e serviços sociais 25 782 60 618 34 836 1,2 2,5 Indústrias extrativas 30 013 62 060 32 047 1,1 3,6 Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 11 894 37 484 25 590 0,9 2,2 Outras atividades de serviços 9 937 26 068 16 131 0,6 1,9 Atividades imobiliárias 3 228 8 789 5 561 0,2 3,9 Artes, cultura, esporte e recreação 2 528 6 613 4 085 0,1 1,7 Eletricidade e gás 1 063 4 388 3 325 0,1 8,7 218 1 363 1 145 0,0 8,9 Administração pública, defesa e seguridade social Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005/2008. Nota: Valor médio anual do salário mínimo = R$ 409,62 em 2008.
  • 40. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ Para conhecer de forma mais detalhada as atividades econômicas que se destacam no acréscimo de pessoal assalariado, as Tabelas 12 e 13 apresentam os rankings das 25 classes da CNAE 2.0, que é o nível mais detalhado da classificação econômica, segundo a participação relativa no saldo de pessoal ocupado assalariado. Nas empresas de alto crescimento, o ranking é liderado por Construção de edifícios com 198 246 novos postos, seguido de Limpeza em prédios e em domicílios com 117 283, seguida de Locação de mão de obra temporária com 114 975. As 25 principais atividades foram responsáveis por 44,7% do saldo de pessoal ocupado assalariado. Nas empresas “gazelas”as mesmas atividades destacaram-se, porém, na seguinte , ordem: Locação de mão de obra temporária com 57 882, Limpeza em prédios e em domicílios com 45 554 e Construção de edifícios com 44 938 novos postos. Neste caso, as 25 principais atividades foram responsáveis por 47 ,5% do saldo. Observa-se que entre as empresas de alto crescimento 11 das 25 atividades estão relacionadas com atividades industriais. Entre as “gazelas” por sua vez, 11 das 25 ativi, dades estão relacionadas com atividade de serviços. Tabela 12 - Empresas de alto crescimento, por saldo do pessoal ocupado assalariado, segundo as 25 principais classes da CNAE 2.0, em ordem crescente da posição - Brasil - período 2005/2008 Pessoal ocupado assalariado Posição Classes da CNAE 2.0 Variação absoluta Participação relativa (%) Total 2 851 475 100,0 Subtotal 1 273 562 44,7 1º Construção de edifícios 198 246 7,0 2º Limpeza em prédios e em domicílios 117 283 4,1 3º Locação de mão de obra temporária 114 975 4,0 4º Atividades de vigilância e segurança privada 106 628 3,7 5º Transporte rodoviário de carga 75 104 2,6 6º Fabricação de açúcar em bruto 56 039 2,0 7º Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 49 906 1,8 8º Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios hipermercados e supermercados 49 623 1,7 9º Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações 45 028 1,6 10º Construção de rodovias e ferrovias 44 798 1,6 1,6 11º Atividades de teleatendimento 44 668 12º Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas 40 352 1,4 13º Fabricação de álcool 37 533 1,3 14º Comércio a varejo e por atacado de veículos automotores 29 043 1,0 15º Serviços de engenharia 27 321 1,0 16º Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda 26 646 0,9 17º Serviços de catering , bufê e outros serviços de comida preparada 25 214 0,9 18º Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 24 775 0,9 19º Construção de redes de transportes por dutos, exceto para água e esgoto 24 712 0,9 20º Bancos múltiplos, com carteira comercial 23 774 0,8 21º Fabricação de calçados de couro 23 296 0,8 22º Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal e em região metropolitana 22 703 0,8 23º Fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos 22 068 0,8 24º Montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas 22 035 0,8 25º Abate de suínos, aves e outros pequenos animais 21 792 0,8 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005/2008.
  • 41. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 Tabela 13 - Empresas gazelas, por saldo do pessoal ocupado assalariado, segundo as 25 principais classes da CNAE 2.0, em ordem crescente da posição - Brasil - período 2005/2008 Pessoal ocupado assalariado Posição Classes da CNAE 2.0 Variação absoluta Participação relativa (%) Total 843 489 100,0 Subtotal 400 332 47,5 1º Locação de mão de obra temporária 57 882 6,9 2º Limpeza em prédios e em domicílios 45 554 5,4 3º Construção de edifícios 44 938 5,3 4º Atividades de vigilância e segurança privada 34 564 4,1 5º Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios hipermercados e supermercados 19 807 2,3 6º Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 17 821 2,1 7º Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas 17 510 2,1 8º Transporte rodoviário de carga 17 327 2,1 9º Fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos 16 027 1,9 10º Atividades de teleatendimento 15 130 1,8 11º Abate de reses, exceto suínos 10 606 1,3 12º Comércio a varejo e por atacado de veículos automotores 10 365 1,2 13º Atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas anteriormente 8 654 1,0 14º Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal e em região metropolitana 8 398 1,0 15º Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica 8 146 1,0 16º Educação superior - graduação e pós-graduação 7 793 0,9 17º Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações 7 771 0,9 18º Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral 7 104 0,8 7 006 0,8 6 815 0,8 19º Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 20º Comércio atacadista de mercadorias em geral, com predominância de produtos 21º Serviços combinados para apoio a edifícios, exceto condomínios prediais 6 663 0,8 22º Seleção e agenciamento de mão de obra 6 173 0,7 0,7 alimentícios 23º Obras de engenharia civil não especificadas anteriormente 6 169 24º Fabricação de artefatos de material plástico não especificados anteriormente 6 114 0,7 25º Fabricação de calçados de couro 5 995 0,7 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005/2008. Resultados regionais das empresas de alto crescimento Para conhecer a localização das empresas de alto crescimento no País, são apresentadas informações referentes às suas unidades locais. Em 2008, as 30 954 empresas de alto crescimento possuíam 67 561 unidades locais ativas. A distribuição das unidades locais das empresas de alto crescimento e das empresas com pessoal assalariado segundo a Região Geográfica é apresentada no Gráfico 10.
  • 42. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ A Região Sudeste concentrava pouco mais da metade das unidades locais das empresas com pessoal ocupado assalariado, 50,6%, seguida da Região Sul com 22,2%, Nordeste com 15,4%, Centro-Oeste com 8,0% e Norte com 3,8%. Já as unidades locais das empresas de alto crescimento estão ainda mais fortemente concentradas na Região Sudeste, 53,6%, enquanto nas Regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste as participações são relativamente menores do que as apresentadas nas unidades locais das empresas com pessoal assalariado, 19,6%, 14,8% e 7,4%, respectivamente. Gráfico 10 - Distribuição percentual das unidades locais das empresas com pessoal assalariado, das empresas de alto crescimento e das empresas gazelas, segundo as Grandes Regiões - 2008 % 53,6 50,6 50,9 22,2 19,6 17,3 18,3 15,4 14,8 8,0 3,8 4,6 Norte 7,4 8,0 5,5 Nordeste Unidades locais das empresas com pessoal assalariado Sudeste Sul Unidades locais das empresas de alto crescimento Centro-Oeste Unidades locais de empresas gazelas Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. As três Unidades da Federação com as maiores participações nas unidades locais das empresas de alto crescimento estavam na Região Sudeste: São Paulo, com mais de ⅓ das unidades locais das empresas de alto crescimento (33,8%), Minas Gerais com 9,7% e Rio de Janeiro, na terceira colocação com 7,9%, como pode ser observado na Tabela 14.
  • 43. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 Tabela 14 - Unidades locais de empresas de alto crescimento e de empresas gazelas, total e respectiva distribuição percentual, com indicação da proporção de empresas gazelas no total das unidades locais de alto crescimento, segundo as Unidades da Federação - 2008 Unidades locais Empresas de alto crescimento Unidades da Federação Total Brasil São Paulo Minas Gerais Rio de Janeiro Rio Grande do Sul Paraná Santa Catarina Bahia Pernambuco Goiás Ceará Espírito Santo Mato Grosso Distrito Federal Pará Rio Grande do Norte Amazonas Mato Grosso do Sul Maranhão Paraíba Rondônia Alagoas Sergipe Piauí Tocantins Acre Amapá Roraima 67 561 22 863 6 531 5 369 4 888 4 661 3 682 2 805 1 932 1 752 1 678 1 426 1 262 1 251 1 160 922 807 754 722 618 529 469 434 432 261 145 113 95 Distribuição percentual (%) 100,0 33,8 9,7 7,9 7,2 6,9 5,4 4,2 2,9 2,6 2,5 2,1 1,9 1,9 1,7 1,4 1,2 1,1 1,1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,6 0,4 0,2 0,2 0,1 Empresas gazelas Total 15 694 4 909 1 545 1 401 952 1 102 885 686 494 409 475 332 340 276 330 205 210 163 182 165 126 126 114 99 61 52 31 24 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. Distribuição percentual (%) 100,0 31,3 9,8 8,9 6,1 7,0 5,6 4,4 3,1 2,6 3,0 2,1 2,2 1,8 2,1 1,3 1,3 1,0 1,2 1,1 0,8 0,8 0,7 0,6 0,4 0,3 0,2 0,2 Proporção de empresas gazelas no total das unidade locais de alto crescimento 23,2 21,5 23,7 26,1 19,5 23,6 24,0 24,5 25,6 23,3 28,3 23,3 26,9 22,1 28,4 22,2 26,0 21,6 25,2 26,7 23,8 26,9 26,3 22,9 23,4 35,9 27,4 25,3