2. Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão
Paulo Bernardo Silva
INSTITUTO BRASILEIRO
DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA - IBGE
Presidente
Eduardo Pereira Nunes
Diretor-Executivo
Sérgio da Costa Côrtes
ÓRGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES
Diretoria de Pesquisas
Wasmália Socorro Barata Bivar
Diretoria de Geociências
Luiz Paulo Souto Fortes
Diretoria de Informática
Paulo César Moraes Simões
Centro de Documentação e Disseminação de Informações
David Wu Tai
Escola Nacional de Ciências Estatísticas
Sérgio da Costa Côrtes (interino)
UNIDADE RESPONSÁVEL
Diretoria de Pesquisas
Coordenação das Estatísticas Econômicas e Classificações
Sidnéia Reis Cardoso
Gerência do Cadastro Central de Empresas
Bruno Erbisti Garcia
3. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Diretoria de Pesquisas
Gerência do Cadastro Central de Empresas
Estudos e Pesquisas
Informação Econômica
número 14
Demografia das Empresas
2008
Rio de Janeiro
2010
5. Sumário
Apresentação
Introdução
Notas Técnicas
Informações gerais
Objetivos
Critérios de seleção das unidades ativas
Critérios para atribuição de valores de pessoal
ocupado e de salários pagos
Critérios para atribuição de valores de pessoal assalariado médio e
de salário médio mensal
Procedimentos de crítica e qualidade
Âmbito
Classificação de atividades econômicas
Unidades de Análise
Definição das variáveis
Disseminação dos resultados
Conteúdo das tabelas
Regras de arredondamento
Regras de desidentificação
Análise dos resultados
6. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
Tabelas de resultados
Empresas
1 - Empresas, pessoal ocupado total e assalariado
em 31.12, salários e outras remunerações, salário
médio mensal e idade média das empresas, segundo
as seções da classificação de atividades e as faixas de
pessoal ocupado total - Brasil - 2008
2 - Empresas e pessoal ocupado total em 31.12, por tipo de
evento demográfico, segundo as seções da classificação de
atividades e as faixas de pessoal ocupado
assalariado - Brasil - 2008
3 - Pessoal ocupado assalariado em 31.12 e salários
e outras remunerações das empresas, por tipo de evento
demográfico, segundo as seções da classificação
de atividades e as faixas de pessoal ocupado
assalariado - Brasil - 2008
4 - Salário médio mensal das empresas, por tipo de evento
demográfico, segundo as seções da classificação
de atividades e as faixas de pessoal ocupado
assalariado - Brasil - 2008
5 - Taxas de nascimentos, entradas, saídas e sobrevivência,
de empresas e do pessoal ocupado assalariado em 31.12,
segundo as seções da classificação de atividades e as faixas de
pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008
6 - Empresas de alto crescimento e pessoal ocupado total e
assalariado em 31.12, com indicação das respectivas taxas,
segundo as divisões da classificação de
atividades - Brasil - 2008
7 - Empresas gazelas e pessoal ocupado total e
assalariado em 31.12, com indicação das respectivas taxas,
segundo as divisões da classificação de
atividades - Brasil - 2008
Unidades locais das empresas
8 - Entradas e saídas das unidades locais e do pessoal
ocupado assalariado das empresas, com indicação das
respectivas taxas de entrada e saída, segundo as
Grandes Regiões, as Unidades da Federação e as seções
da classificação de atividades - 2008
9 - Entradas e saídas das unidades locais e do pessoal
ocupado assalariado das empresas, com indicação das
respectivas taxas de entrada e saída, segundo os
Municípios das capitais e as seções da classificação
de atividades - 2008
7. Sumário _______________________________________________________________________________________
10 - Unidades locais e pessoal ocupado assalariado em
31.12 das empresas de alto crescimento e das empresas
gazelas, segundo as Grandes regiões, as Unidades da Federação
e as seções da classificação de atividades - 2008
Referências
Anexos
1. Estrutura detalhada da CNAE 2.0: Códigos
e denominações
2. Tabela de Natureza Jurídica 2003.1
Glossário
Convenções
-
Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento;
..
Não se aplica dado numérico;
...
Dado numérico não disponível;
x
Dado numérico omitido a fim de evitar a individualização da
informação;
0; 0,0; 0,00
Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de
um dado numérico originalmente positivo; e
-0; -0,0; -0,00
Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de
um dado numérico originalmente negativo.
8. Apresentação
O
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE divulga, na presente publicação, estudo sobre a demografia das empresas formais
brasileiras no ano de 2008, a partir das informações do Cadastro Central
de Empresas - CEMPRE.
O estudo da demografia das empresas permite analisar as taxas
de entrada, saída, sobrevivência, além da mobilidade e idade média
das empresas. É possível, ainda, avaliar o impacto dos movimentos
demográficos sobre variáveis econômicas, como pessoal ocupado total
e assalariado, dentre outras possibilidades.
Destaca-se, neste ano, a implementação de uma nova metodologia de estudo em virtude da adoção de novos critérios de seleção
de empresas ativas no CEMPRE, da utilização da Classificação Nacional
de Atividades Econômicas - CNAE versão 2.0 e da compatibilização
de uma série de indicadores em conformidade com a metodologia
internacional.
Neste estudo, apresentamos, inicialmente, as taxas de entrada,
saída e sobrevivência segundo o porte da empresa e as atividades
econômicas, assim como a mobilidade das empresas por porte. Pela
primeira vez, são mostradas informações sobre as empresas de alto
crescimento e as empresas “gazelas” existentes na economia brasileira,
além do seu impacto na geração de postos de trabalho assalariados
formais entre 2005 e 2008. São apresentados, ainda, os resultados
regionais. Além dessas informações, o plano tabular que acompanha
este estudo contém informações detalhadas até o nível de divisão da
CNAE 2.0 e taxas demográficas das unidades locais das empresas até
o nível de Municípios das Capitais.
9. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
O conteúdo desta publicação consta no CD-ROM que a acompanha, assim como um subconjunto do plano tabular referente ao ano
de 2007.
O IBGE e, em especial, a equipe da Gerência do Cadastro Central
de Empresas colocam-se à disposição para esclarecimentos e quaisquer
outras formas de atendimento aos interessados.
Wasmália Bivar
Diretora de Pesquisas
10. Introdução
E
ste estudo tem por objetivo analisar alguns aspectos do padrão de
demografia das empresas formais brasileiras, em particular, os movimentos de entrada, saída e sobrevivência de empresas do mercado,
bem como empresas de alto crescimento e empresas “gazelas” com
base nas informações do Cadastro Central de Empresas - CEMPRE ano
de referência 2008. Esses movimentos são apresentados por porte de
empresa, por atividade econômica de atuação da empresa, de acordo
com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE versão
2.0, por Região Geográfica e Unidade da Federação. No plano tabular,
constam, inclusive, informações de eventos demográficos por Municípios
das Capitais.
Ressalta-se que, neste ano, houve a implementação de uma nova
metodologia de estudo em virtude da adoção de novos critérios de seleção
de empresas ativas no CEMPRE, da utilização da Classificação Nacional de
Atividades Econômicas - CNAE versão 2.0 e da compatibilização de uma
série de indicadores em conformidade com a metodologia internacional.
A despeito da literatura enfatizar o papel do número e da distribuição das empresas, segundo o porte e a idade, como características básicas
da estrutura produtiva, existem poucas informações sobre a sobrevivência
das empresas e os seus condicionantes, ou seja, sobre o que distingue
as experiências bem-sucedidas e quais as restrições que pesam sobre o
crescimento das empresas e sua consolidação no mercado. Este estudo
pretende apresentar um conjunto de informações que contribuam para
o desenvolvimento de estudos sobre este tema.
Na literatura de organização industrial1, é frequente encontrar a
história da empresa no mercado representada como um ciclo biológico
de nascimento, crescimento e morte (POSSAS, 1987). Mesmo entre as
1
O termo “industrial” tradução direta de industry, refere-se a todos os setores de atividades a que
,
se dedicam as empresas no Brasil e não somente à indústria de transformação (manufacturing).
11. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
abordagens que se contrapõem a esta visão e em diferentes vertentes teóricas, as
barreiras à entrada de novos concorrentes e à saída de empresas do mercado têm
um papel fundamental (STEINDL, 1983; SYLOS LABINI, 1984) como um dos aspectos
básicos da estrutura do mercado. O grau de barreiras à entrada em um mercado seria
definido pela combinação das características estruturais do mercado e das condutas
praticadas pelas empresas que nele atuam frente à concorrência real (das empresas
estabelecidas no mercado) e a potencial (representada pelos potenciais concorrentes), ou seja, as formas de concorrência se combinam aos elementos tecnológicos,
de custos, de inovação, de ampliação de capacidade e de crescimento da demanda
na definição das barreiras à entrada.
Nos modelos tradicionais de organização industrial, é estabelecida uma relação
causal entre o número e distribuição por tamanho das empresas do setor e as barreiras
à entrada de novos concorrentes. De forma geral, quanto mais elevadas as barreiras à
entrada maior o grau de concentração, menor o número e maior o tamanho das empresas. As seis fontes principais de barreiras à entrada de empresas no mercado seriam:
economias de escala, diferenciação do produto, necessidades de capital, custos de
mudança, acesso aos canais de distribuição, e desvantagens de custo independentes de
escala (PORTER, 1986).
Por outro lado, existem, analogamente, barreiras à saída de empresas do mercado,
cuja magnitude dependeria dos custos não recuperáveis2, ou seja, ao sair do mercado
a empresa incorreria em perdas ao se desfazer do capital empregado na sua atividade.
Estes custos e, consequentemente, as barreiras à saída seriam maiores quanto maiores
fossem a escala de produção e a relação capital/trabalho, portanto espera-se que tais
custos sejam maiores para as empresas de maior porte e mais intensivas em capital.
Pode-se resumir as barreiras à saída de empresas do mercado, como: existência de ativos
especializados, custos fixos de saída, inter-relações estratégicas, barreiras emocionais, e
restrições de ordem governamental e social (PORTER, 1986). Normalmente, as barreiras
à entrada e saída estão relacionadas.
Os setores diferem quanto à importância das mudanças tecnológicas, da intensidade
de capital, dos custos não recuperáveis, do tamanho médio e do grau de concentração
do mercado. Por outro lado, as empresas diferem quanto ao tamanho, intensidade de
capital, capacidade de financiamento do crescimento, idade etc. As estimativas das medidas de demografia das empresas devem considerar esta heterogeneidade, que podem
decorrer das características específicas dos setores e das empresas. Um mesmo grau de
concentração industrial pode estar associado a diferentes distribuições de tamanho de
empresas. Além disso, as empresas de um mesmo setor se diferenciam quanto à origem do capital, tempo de permanência no mercado, tamanho, estratégias empresarial
e competitiva etc., e estas características podem afetar a sua sobrevivência no mercado.
Neste estudo, são apresentados: a metodologia utilizada; análise de resultados
com taxas demográficas, mobilidade das empresas, informações de empresas de alto
crescimento, de empresas “gazelas” com seu respectivo impacto na geração de postos
de trabalho assalariados formais entre 2005 e 2008 e os resultados regionais.
2
Como enfatizado nas teorias de contestabilidade.
12. Notas técnicas
Informações gerais
O Cadastro Central de Empresas - CEMPRE3 do IBGE cobre o universo
das organizações inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ
do Ministério da Fazenda, que no ano de referência declararam às pesquisas econômicas do IBGE e/ou aos registros administrativos do Ministério
do Trabalho e Emprego. Ele abrange entidades empresariais, órgãos da
administração pública e instituições privadas sem fins lucrativos.
A atualização desse Cadastro é realizada anualmente a partir das
informações do IBGE, provenientes das pesquisas econômicas para
as atividades de Indústria, Construção Civil, Comércio e Serviços e do
Sistema de Manutenção Cadastral do Cadastro Central de Empresas
- SIMCAD, bem como de registros administrativos do Ministério do
Trabalho e Emprego, como a Relação Anual de Informações Sociais RAIS. Ressalta-se que as informações oriundas das pesquisas do IBGE
prevalecem sobre as dos registros administrativos.
Visando ao aprimoramento da qualidade das informações existentes no CEMPRE, no ano de 2007 o IBGE iniciou o Sistema de Manutenção
Cadastral - SIMCAD, investigação realizada através de entrevistas por telefone assistidas por computador (Computer AssistedTelephone Interview
- CATI), para a verificação dos dados cadastrais das organizações e suas
unidades locais existentes no CEMPRE e, principalmente, da classificação
econômica atribuída pelo código da CNAE 2.0. O objetivo do SIMCAD é
corrigir informações oriundas do registro administrativo que alimenta
3
Para informações complementares consultar o endereço: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/
economia/cadastroempresa/2008/default.shtm.
13. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
o CEMPRE de empresas suspeitas de erro de preenchimento. Os dados cadastrais das
empresas e outras organizações contidos no CEMPRE são: razão social, código da natureza jurídica, classificação da atividade econômica principal e ano de fundação, além de
endereço completo e nome de fantasia para as unidades locais. O CEMPRE contém ainda
informações econômicas tais como pessoal ocupado total, assalariado e assalariado médio anual, salários e outras remunerações e, para as empresas oriundas das pesquisas,
existe ainda a informação de receitas bruta, líquida e de bens e serviços.
As pesquisas econômicas anuais da Indústria, Construção Civil, Comércio e
Serviços, realizadas pelo IBGE, são amostrais com dois estratos denominados certo
e amostrado. No estrato certo são pesquisadas censitariamente todas as empresas
com 20 ou mais pessoas ocupadas nas pesquisas de Comércio e de Serviços e com
30 ou mais pessoas nas pesquisas de Indústria e de Construção Civil. As empresas
abaixo deste corte são pesquisadas com base em critérios de amostra probabilística.
O CEMPRE é composto, atualmente, por cerca de 11,9 milhões de empresas e outras organizações formais e 13,1 milhões de unidades locais (endereços de atuação),
sendo 90,1% entidades empresariais e os 9,9% restantes distribuídos entre órgãos da
administração pública e entidades sem fins lucrativos.
Para a divulgação da Demografia das Empresas 2008, foram selecionadas somente as unidades ativas com endereço de atuação no Brasil e com fundação até 31
de dezembro de 2008. Os critérios para seleção dessas unidades consideradas ativas
em 2008 são descritos no tópico “Critérios de seleção das unidades ativas”
.
Objetivos
A determinação da população de empresa em um determinado ano, embora aparentemente simples, envolve inúmeras questões na definição, identificação e registro do
número de empresas. Existem outras questões relacionadas com a estrutura do estoque
de empresas em um dado momento e a sua evolução, como os seus movimentos de
crescimento, de entrada, de saída e de sobrevivência no mercado, que se constituem em
indicadores da demografia das empresas. Seja qual for a medida do estoque de empresas
em um dado momento, ela é o resultado líquido dos fluxos de entrada e saída do mercado. Ainda que este resultado permaneça relativamente estável, existe uma considerável
parcela de renovação das empresas no mercado.
A primeira questão que se coloca diz respeito à definição de empresa e sua
relação com o registro da sua existência. Os cadastros disponíveis as identificam a
partir da sua existência legal, através de um registro formal associado a um código
identificador, no entanto a constituição legal da empresa não garante autonomia
decisória, ou seja, a organização econômica das unidades pode não ser definida pela
sua organização legal. As unidades podem ter a mesma estrutura organizacional e
diferente sistematização legal. Por exemplo, um proprietário pode optar pelas seguintes
alternativas de registro legal de suas duas unidades locais: ter uma empresa com duas
unidades locais ou ter duas empresas, cada uma delas com uma unidade local. Neste
caso, o número de empresas é diferente, mas o número de unidades locais é igual.
A complexidade da questão é maior quando se trata de acompanhar os movimentos das empresas. A contagem do número de empresas existentes utiliza, em
14. Notas técnicas _________________________________________________________________________________
geral, um código identificador, que é atribuído no momento do seu registro formal.
Assim sendo, este registro da existência legal da empresa pode ser alterado, inclusive,
pela simples mudança na razão social da empresa.
A cada momento, vários fenômenos, que alteram o estoque de empresas e
as suas características, podem estar ocorrendo: entradas e saídas de empresas do
mercado, empresas mudam de atividade, de localização, de propriedade, etc. Estas
transformações podem ser classificadas em três categorias:
• mudanças nas características das empresas;
• mudanças na estrutura das empresas; e
• criação e extinção de empresas.
As mudanças nas características das empresas se referem às situações nas
quais estas mudanças não resultam na criação de uma empresa nova, mantendo
intacto o número total de empresas. Este é o caso das mudanças de propriedade,
endereço, número de empregados, atividade, ampliação/redução da sua área de atuação. Obviamente, se o objetivo é acompanhar a evolução do número de empresas
em determinadas subpopulações, algumas das mudanças mencionadas acima irão
alterar a distribuição das empresas entre estas subpopulações. Este é o caso de mudanças de atividade, de tamanho (porte mensurado pelo número de empregados) e
de localização.
As mudanças na estrutura das empresas se referem aos movimentos de cisão,
fusão e incorporação. No caso de cisão, uma empresa pode originar uma ou mais
empresas, definidas de acordo com a sua existência legal autônoma. No caso de
fusão, duas empresas cessam a sua existência, dando origem a uma nova empresa.
Estas mudanças na identidade legal das empresas alteram o número de empresas na
população sem, necessariamente, modificar a capacidade produtiva existente.
A real criação e extinção de empresas corresponde a um acréscimo ou redução
da capacidade produtiva. O fato de algumas empresas entrarem no mercado com base
em atividades produtivas já existentes distorce a mensuração da entrada e da saída
das empresas, quando esta é realizada apenas com base na contagem do número
de registros formais. Por outro lado, empresas que estão em expansão ampliam a
capacidade produtiva sem alteração do número de empresas, ou seja, permanece
inalterado o número de agentes no mercado.
O retorno em operação de empresas paralisadas (que é difícil distinguir dos
movimentos sazonais que são acentuados em determinados setores) e o não atendimento da exigência legal de registrar o encerramento das atividades representam
dificuldades adicionais na mensuração do estoque e do processo de criação e destruição de empresas.
A real entrada de uma empresa no mercado não deve ser confundida, portanto,
com a continuação ou reorganização de uma unidade, parte de uma unidade ou várias unidades já incluídas na população total de empresas. Do mesmo modo, a saída
de uma empresa no mercado não deve ser confundida com a continuidade da sua
existência, ainda que com características e/ou estruturas diferentes.
15. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
Critérios de seleção das unidades ativas
A metodologia para identificação de unidades ativas foi completamente reformulada. Para considerar uma unidade ativa os critérios de seleção se baseiam na
condição de atividade, que é um conjunto de indícios que avaliam de forma simultânea situações cadastrais das fontes de atualização no ano de referência, o número de
pessoas assalariadas e o indicador de atividade da RAIS. Portanto, diferentemente
dos anos anteriores, os novos critérios de seleção levam em consideração não apenas
o preenchimento da declaração da RAIS e das pesquisas do ano de referência, mas
também um conjunto de outros indicadores de atividade da unidade econômica.
O novo critério para seleção das unidades ativas que fazem parte do âmbito da
Demografia das Empresas considera as seguintes situações:
• Empresas provenientes da RAIS ou das pesquisas econômicas anuais do
IBGE que tinham 5 ou mais pessoas ocupadas assalariadas em 31.12 do ano
de referência, independente da situação cadastral da empresa ou de qualquer
outra informação;
• Empresas com 0 a 4 pessoas ocupadas assalariadas que se declararam como
“em atividade”4 na RAIS no ano-base e que não tenham nenhum indicativo
de inatividade nas pesquisas econômicas anuais do IBGE; e
• Empresas que tiveram informação econômica nas pesquisas econômicas
anuais do IBGE, independente da situação cadastral e condição de atividade
informada na RAIS.
A redução no total de unidades ativas se deve à exclusão das unidades que
preenchem a RAIS com indicativo de inatividade e das que se autodeclaram como
“não exercendo atividade econômica” no ano de referência.
Ressalta-se que esta mudança na metodologia tem como objetivo fornecer estatísticas econômicas mais confiáveis e mais próximas da realidade econômica do País.
Critérios para atribuição de valores de pessoal
ocupado e de salários pagos
Quando uma mesma empresa é informante tanto do IBGE quanto da RAIS, os
valores econômicos de pessoal ocupado e salários, relativos à empresa como um
todo, declarados à pesquisa do IBGE, prevalecem sobre os da RAIS. No entanto, para
as unidades locais, o mesmo procedimento não era adotado até 2000, visto que a unidade básica de investigação das pesquisas do IBGE é a empresa e não a unidade local
(exceto no caso da Pesquisa Industrial Anual, onde para algumas grandes empresas
são também obtidas informações para suas unidades locais). Nesse caso, vinha-se
adotando apenas a RAIS como fonte básica de informações econômicas para as unidades locais para geração de estatísticas a partir do Cadastro Central de Empresas.
A partir de 2001, com o objetivo de tornar essas informações compatíveis com
as das empresas investigadas pelas pesquisas do IBGE, implementou-se um procedi-
4
Na RAIS Estabelecimento, existe um campo que o informante pode indicar se esteve ou não em atividade no ano.
16. Notas técnicas _________________________________________________________________________________
mento de ajuste nos valores econômicos das unidades locais. Tal ajuste consiste em
distribuir proporcionalmente os valores de pessoal ocupado total, pessoal assalariado
e salários pagos das empresas, informado nas pesquisas institucionais, entre suas
unidades locais, obedecendo à distribuição dessas informações na RAIS. No caso de
empresa com uma única unidade local, a atribuição do valor da empresa é imediata.
Com este procedimento, reduz-se a diferença, até então observada, entre os totais
de unidades locais e de empresas, em função de estarem sendo computados a partir
de fontes distintas.
Critérios para atribuição de valores de pessoal
assalariado médio e de salário médio mensal
Essa publicação divulga informações de pessoal ocupado total e assalariado,
salários e outras remunerações e salário médio mensal. A partir do ano de referência
2006, também foi implementada no CEMPRE a variável pessoal assalariado médio para
o cálculo do salário médio mensal das empresas e unidades locais. Os seguintes
critérios foram considerados na sua geração:
- Quando a empresa declarou somente a RAIS, o pessoal assalariado médio
foi calculado a partir de informações provenientes da RAIS Empregado, que
contém informações da data de admissão e da data de desligamento por
vínculo empregatício. Quando a pessoa assalariada trabalhou durante todos
os dias do ano na unidade, atribuiu-se peso 1; caso contrário, decidiu-se por
determinar um peso proporcional ao número de dias trabalhados no ano.
Para cada dia trabalhado, cada pessoa recebeu um peso equivalente a 1/365,
o que representa um peso de 1/12 ao mês. Se ela trabalhou por seis meses,
por exemplo, seu peso foi de 0,5. Para atribuir o pessoal assalariado médio
de uma empresa ao longo do ano, considerou-se, portanto, o somatório dos
pesos relacionados com todos os vínculos empregatícios existentes naquela
unidade durante o ano; e
- Quando a empresa foi declarante das pesquisas econômicas anuais do IBGE,
o pessoal assalariado médio considerado foi igual ao pessoal ocupado assalariado em 31.12 informado na pesquisa.
O salário médio mensal foi calculado, portanto, a partir da razão entre o total
de salários e outras remunerações pagas no ano pelo pessoal assalariado médio,
dividido por 13.
Procedimentos de crítica e qualidade
Conforme já mencionado, o CEMPRE utiliza duas fontes básicas para sua alimentação: as pesquisas econômicas anuais do IBGE e a RAIS.
A apropriação dos dados por ambas as fontes não é direta, estando sujeita a
diversos procedimentos de verificação de modo a garantir sua qualidade, dentre os
quais se destacariam:
17. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
• Validação das informações econômicas de pessoal ocupado e salários, mediante
críticas de dados agregados e de microdados, tomando por base informações
de outras fontes, resultados de anos anteriores, bem como a verificação do
ranking das maiores unidades de cada atividade para identificar eventuais
erros de magnitude;
• Verificação das principais mudanças de atividade econômica em relação ao ano
anterior, de Unidade da Federação e de município, bem como grandes variações nos valores de pessoal ocupado e de salários em relação ao ano anterior;
• Identificação e confirmação da ausência de grandes unidades que faziam parte do universo do ano anterior e que deixaram de integrar as estatísticas do
presente ano. Atenção especial é dada aos órgãos da administração pública
(ministérios, governos estaduais, prefeituras, etc.) que eventualmente ficam
omissos com relação à declaração da RAIS e que, por esse critério, não integrariam o universo de referência. Para evitar que suas informações deixem
de ser contempladas, afetando os resultados, pois normalmente empregam
uma quantidade significativa de pessoas, seus dados são imputados com base
nos valores do ano anterior, uma vez que sua existência pode ser averiguada;
• Ampla verificação do código de atividade econômica das empresas, outras
organizações e unidades locais, mediante verificação de palavras-chave no
conteúdo da razão social, em especial, nas informações oriundas da RAIS. Para
as empresas ou unidades locais informantes de pesquisas do IBGE, o código
da CNAE 2.0 é o mesmo atribuído por essas pesquisas, sempre prevalecendo
sobre o código declarado na RAIS;
• Gerenciamento do SIMCAD, que tem como objetivo corrigir informações provenientes do registro administrativo de empresas suspeitas de erro de preenchimento ou que fazem parte de setores econômicos selecionados, por ordem
de prioridade segundo o porte da empresa. O Sistema visa, ainda, à captação
da descrição da atividade principal da empresa e das unidades locais, nos
casos de empresas múltiplas, para em seguida atribuir o código da CNAE 2.0
correspondente ao ano de referência, propiciando uma melhoria na qualidade
dessa informação, tanto para a divulgação das estatísticas ora apresentadas
como para a identificação dos âmbitos das pesquisas anuais realizadas pela
Instituição. Para a divulgação das Estatísticas do Cadastro Central de Empresas
2008, foram utilizadas as informações de 154 609 mil unidades locais pesquisadas pelo Sistema para os anos de referência 2006 a 2008; e
Esses procedimentos refletem o amadurecimento dos trabalhos de compatibilização entre as informações provenientes de registros administrativos e as produzidas
pelas pesquisas do IBGE, partes constitutivas do CEMPRE.
Âmbito
O CEMPRE engloba registros de pessoas jurídicas inscritas no Cadastro Nacional
da Pessoa Jurídica - CNPJ independentemente da atividade econômica exercida ou da
natureza jurídica. As informações existentes, nesta publicação, referem-se apenas às Entidades Empresariais naTabela de Natureza Jurídica (Anexo 2). Não foram consideradas,
18. Notas técnicas _________________________________________________________________________________
portanto, as demais entidades constantes do CEMPRE referentes à Administração Pública,
às Entidades sem Fins Lucrativos e às Organizações Internacionais e Outras Instituições
Extraterritoriais.
Classificação de atividades econômicas
As empresas e as unidades locais existentes no CEMPRE estão classificadas de acordo
com a principal atividade econômica desenvolvida com base na Classificação Nacional
de Atividades Econômicas - CNAE 2.0, oficialmente utilizada pelo Sistema Estatístico
Nacional (Anexo 1).
Em 2007 com o objetivo de manter a comparabilidade internacional, bem como de
,
dotar o País com uma classificação de atividades econômicas atualizada com as mudanças
no sistema produtivo das empresas, passou a vigorar a versão 2.0 da CNAE5. Ela é resultado de um amplo processo de revisão baseado nas mudanças introduzidas na revisão
4 da Clasificación Industrial Internacional Uniforme de todas las Actividades Económicas
- CIIU (International Standard Industrial Classification of all Economic Activities - ISIC),
sendo aprovada pela Comissão Nacional de Classificação - CONCLA, através da Resolução
CONCLA no 1/2006, de 04.09.2006, publicada no Diário Oficial da União em 05.09.2006.
A metodologia utilizada para a atribuição da classificação de atividade principal
no CEMPRE segue a seguinte ordem de atribuição hierárquica:
- Para as organizações, entidades e empresas especiais, como as prefeituras
municipais, órgãos da administração pública e algumas empresas públicas,
através do acompanhamento da classificação ano a ano, a classificação econômica atribuída pela Gerência do Cadastro Central de Empresas;
- Pesquisas anuais de Indústria, Construção Civil, Comércio e Serviços do IBGE,
para as empresas e unidades locais pesquisadas;
- Sistema de Manutenção Cadastral;
- A classificação econômica mais recente entre as pesquisas anuais de Indústria,
Construção, Comércio e Serviços e o Sistema de Manutenção Cadastral, nos
três anos anteriores. Em caso do ano mais recente possuir mais de um registro,
as pesquisas anuais têm precedência sobre o Sistema; e
- No caso de não existirem os registros acima descritos, permanece a classificação econômica proveniente do registro administrativo do ano de 2008.
Unidades de análise
Para fins de publicação, foram consideradas informações das empresas e suas
respectivas unidades locais ativas estabelecidas no País. As empresas e/ou unidades
locais estabelecidas fora do País são excluídas, assim como as empresas e/ou unidades
locais cujo registro formal tenha sido feito após 31 de dezembro de 2008.
5
Para informações complementares sobre as regras da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE, nas
versões 1.0 e 2.0, bem como sua interpretação e estrutura de códigos, consultar o endereço: http://www.ibge.gov.br/concla.
19. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
A empresa é definida como uma unidade de decisão, que assume obrigações
financeiras e está à frente das transações de mercado, exercidas em uma ou mais
unidades locais, e que responde pelo capital investido nas atividades. Por unidade
local, entende-se o espaço físico, geralmente uma área contínua, no qual uma ou mais
atividades econômicas são desenvolvidas, correspondendo, na maioria das vezes, a
cada endereço de atuação da empresa.
Definição das variáveis
O estudo da demografia das empresas é realizado a partir do Cadastro Central
de Empresas - CEMPRE, através da consolidação de informações em Cadastros anuais
de empresas/unidades locais ativas nos anos de referência. Com base nos Cadastros
anuais, são realizados batimentos que visam à determinação dos valores das variáveis
definidas para fins de estudo.
A comparação entre os Cadastros anuais é realizada a partir do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ de cada empresa e/ou unidade local e de outros
critérios que se fizerem necessários. As definições das variáveis presentes no estudo
são apresentadas a seguir:
• Entrada de empresa/unidade local: O número de entrada refere-se ao número
de empresas/unidades locais ativas no ano de referência, mas que não estavam
ativas no ano anterior. Representam o conjunto formado pelo nascimento e
pela reentrada (ou reativações) de empresas/unidades locais;
• Nascimento de empresas: Um nascimento de empresa ocorre quando uma
empresa realmente inicia a atividade. O número de nascimento de empresas é
derivado de entrada e da remoção de reentradas. Se uma unidade paralisada
é reativada dentro do período de dois anos, este evento não é considerado um
nascimento. Não inclui entradas devido a mudanças de atividade;
• Reentrada: Uma reentrada ocorre quando uma unidade recomeça a atividade
após um período de interrupção temporária de pelo menos um ano. A reentrada
pode ser desmembrada em dois tipos: reentradas provenientes de reativações
reais da atividade econômica e as provenientes de falhas no preenchimento
do registro administrativo;
• Saída de empresa/unidade local: O número de saída refere-se ao número de
empresas/unidades locais que não estavam ativas no ano de referência, mas
que estavam ativas no ano anterior;
• Sobrevivência: Uma unidade é considerada sobrevivente se ela estava ativa
no ano de referência e no ano anterior;
• Empresa de alto crescimento: Trata-se da empresa com crescimento médio de
pessoal ocupado assalariado maior que 20% ao ano, por um período de três
anos. Foram consideradas empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas no
ano inicial de observação; e
• Empresa “gazela”: Uma gazela é uma empresa de alto crescimento com até
oito anos de idade no ano de referência.
20. Notas técnicas _________________________________________________________________________________
Disseminação dos resultados
Conteúdo das tabelas
Os resultados da Demografia das Empresas 2008 estão organizados em dez
tabelas impressas, que fazem parte do CD-ROM com a mesma numeração. O Quadro
1 apresenta o conteúdo das tabelas de empresas e de unidades locais e servem como
um guia de leitura para os usuários.
Quadro 1 - Apresentação das tabelas, segundo conteúdo - 2008
Númeração das tabelas
Conteúdo
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Unidade de referência
Empresas
Empresas de alto crescimento
Empresas gazelas
Unidades locais das empresas
Unidades locais das empresas de alto crescimento
Unidades locais das empresas gazelas
Tipo de evento demográfico
Entradas
Nascimentos
Reentradas
Saídas
Sobrevivência
Variáveis
Número de empresas
Unidades locais das empresas
Pessoal ocupado total
Pessoal ocupado assalariado
Salários e outras remunerações
Salário médio mensal
Idade média das empresas
Taxas
Total
Entradas
Nascimentos
Saídas
Sobrevivência
Empresas de alto crescimento
Empresas gazelas
Níveis de agregação
Faixas de pessoal ocupado total
Faixas de pessoal ocupado assalariado
Regional
Brasil
Grandes Regiões
Unidades da Federação
Municípios das Capitais
Classificação de atividades econômicas
Total geral
Total por seção
Total por divisão
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2008.
O confronto dos resultados divulgados com outras informações publicadas pelo
IBGE deve levar em consideração o ano de referência das bases de dados em que as
21. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
pesquisas se apoiam, a cobertura de cada uma das pesquisas envolvidas, a unidade
de investigação das mesmas e os conceitos implícitos na descrição de cada variável.
Solicitações de tabulações especiais e dúvidas relacionadas com aspectos metodológicos podem ser encaminhadas para o e-mail ibge@ibge.gov.br e endereçadas
à Gerência do Cadastro Central de Empresas da Diretoria de Pesquisas.
Regras de arredondamento
O arredondamento foi feito aumentando-se de uma unidade a parte inteira do
total da variável, quando a parte decimal era igual ou superior a 0,5. Desse modo,
podem ocorrer pequenas diferenças de arredondamento entre os totais apresentados
e a soma das parcelas em uma mesma tabela, bem como entre a mesma variável
apresentada em tabelas distintas.
Regras de desidentificação
Considera-se que há risco de identificação do informante quando o número de
unidades, para o nível de agregação tabulado, for igual ou inferior a dois. Neste caso,
os dados não podem ser divulgados.
Devido à legislação que assegura o sigilo das informações estatísticas, foram
adotadas regras de desidentificação para evitar a identificação dos informantes a partir
dos dados divulgados. A regra básica consiste em desidentificar, no mesmo nível de
subtotalização ou totalização, as colunas para as quais se tenham informações relativas
apenas a uma ou duas unidades econômicas. Tal procedimento consistiu em aplicar
um (x) na célula correspondente ao valor a ser omitido, nas variáveis Pessoal Ocupado
Total, Pessoal Ocupado Assalariado e Salários e Outras Remunerações, preservandose os valores referentes ao número de unidades (empresas ou unidades locais) que
não sofreram desidentificação.
Em alguns casos, pode ocorrer omissão de informação referente a um conjunto
maior de unidades, visando a preservar possíveis identificações através de diferenças
entre os níveis de totalização das tabelas.
22. Análise de resultados
O estudo da demografia das empresas permite analisar a dinâmica demográfica através de indicadores de entrada, saída, reentrada
e sobrevivência das empresas no mercado, mobilidade por porte, estatísticas relativas às empresas de alto crescimento e às empresas “gazelas” além de indicadores relativos às unidades locais das empresas.
,
Os eventos demográficos na economia
brasileira em 2008
Em 2008, o Cadastro Central de Empresas - CEMPRE continha 4,1
milhões de empresas ativas, que ocuparam 32,9 milhões de pessoas,
sendo 27,0 milhões (82,2%), como assalariadas e 5,9 milhões (17,8%) na
condição de sócio ou proprietário. Os salários e outras remunerações
pagos no ano totalizaram R$ 434,7 bilhões, com um salário médio
mensal de R$ 1 255,95, equivalente a 3,1 salários mínimos médios
mensais6. A idade média das empresas ativas era de 9,7 anos.
Observa-se na Tabela 1 que do total de empresas ativas, 78,2%
(3,2 milhões) eram sobreviventes7, 21,8% eram entradas (889,5 mil),
desmembradas em 13,7% de nascimentos (558,6 mil) e 8,1% de reentradas (330,9 mil), enquanto as saídas somavam 17,7% (719, 9 mil
empresas).
6
7
Considerando um salário mínimo médio mensal no ano de 2008 de R$ 409,62.
Considera-se, aqui, empresas sobreviventes as empresas ativas existentes em 2007 e que permaneceram ativas em 2008, independente do ano de fundação e/ou entrada em atividade. Ou seja, é o
estoque de empresas sobreviventes. Posteriormente, trataremos, especificamente, da análise da
sobrevivência das empresas nascidas em 2007 que permaneceram ativas em 2008.
23. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
As empresas sobreviventes destacaram-se ainda no pessoal ocupado total
(94,0%), no pessoal assalariado (97,0%) e nos salários pagos no ano (98,9%). As empresas que entraram em atividade em 2008 foram responsáveis por um acréscimo de
6,0% no número pessoal ocupado total e de 3,0% no pessoal ocupado assalariado.
Já as empresas que saíram do mercado representaram uma queda de 4,2% e 1,5%,
respectivamente.
Tabela 1 - Número de empresas, pessoal ocupado total e assalariado e
salários e outras remunerações, total e respectiva distribuição percentual,
segundo o tipo de evento demográfico - Brasil - 2008
Tipo de evento
demográfico
Total
Salários e outras
remunerações
(1 000 R$)
Pessoal ocupado
Número de
empresas
Total
Distribuição
percentual (%)
Total
Assalariado
Distribuição
percentual (%)
Total
Distribuição
percentual (%)
Total
Distribuição
percentual (%)
Ativas
4 077 662
100,0
32 833 873
100,0
26 978 086
100,0 434 407 204
100,0
Sobreviventes
3 188 176
78,2
30 853 490
94,0
26 160 232
97,0 429 513 818
98,9
889 486
21,8
1 980 383
6,0
817 854
3,0
4 893 386
1,1
Nascimentos
558 608
13,7
1 421 741
4,3
686 445
2,5
3 798 996
0,9
Reentradas
330 878
8,1
558 642
1,7
131 409
0,5
1 094 390
0,3
719 915
17,7
1 365 064
4,2
414 908
1,5
6 257 739
1,4
Entradas
Saídas
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
É importante observar que o saldo no total de empresas tem sido sempre positivo, registrando um número maior de entradas em relação ao número de saídas.
Na comparação com 2007, houve um acréscimo de 4,1% no número de empresas
(169,6 mil), 5,7% no pessoal ocupado total (1,8 milhão) e 6,4% no pessoal ocupado
assalariado (1,6 milhão). O salário médio mensal manteve-se constante em 3,1 salários mínimos mensais.
Porte das empresas
O Gráfico 1 apresenta a distribuição das empresas segundo o evento demográfico e as faixas de pessoal ocupado assalariado das empresas. Observa-se que existe
uma relação direta entre o porte das empresas e a taxa de sobrevivência, pois enquanto
entre as empresas sem pessoal assalariado somente 67,6% são sobreviventes, nas
empresas com 1 a 9 pessoas esta taxa sobe para 89,2%, e para as empresas com 10
ou mais pessoas ocupadas foi de 96,0%. Por sua vez, nos movimentos de entrada
(nascimentos e reentradas) e saídas, a relação é inversa, pois as taxas mais elevadas
foram observadas entre as empresas sem empregados, 19,0%, 13,4% e 29,1%, respectivamente. As empresas com 1 a 9 pessoas assalariadas apresentaram um patamar
inferior nestes eventos, 8,4%, 2,3% e 4,9%, respectivamente.
24. Análise de resultados ___________________________________________________________________________
Gráfico 1 - Distribuição percentual do número de empresas, por faixas de pessoal
ocupado assalariado, segundo o tipo de evento demográfico - Brasil - 2008
%
96,0
89,2
78,2
67,6
29,1
19,0
17,7
13,4
13,7
8,4
8,1
3,5
Sobreviventes
Nascimentos
2,3
4,9
1,4
0,5
Reentradas
Total
Empresas sem
pessoal assalariado
Empresas com 1 a 9
pessoas assalariadas
Saídas
Empresas com 10 ou mais
pessoas assalariadas
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
A Tabela 2 apresenta os movimentos de entrada e saída de empresas do mercado, segundo o porte e os seus impactos no pessoal ocupado total e assalariado.
Observa-se que houve predomínio de empresas de menor porte, tanto na entrada como
na saída de empresas , uma vez que 80,2% das empresas que entraram no mercado
em 2008 não tinham empregados e 18,2% tinham de 1 a 9 pessoas assalariadas. Da
mesma forma, com relação às saídas, 89,0% não tinham empregados e 10,3% tinham
de 1 a 9 pessoas assalariadas. Ou seja, 98,4% das empresas que entraram no mercado e 99,3% das que saíram do mercado em 2008 tinham até 9 pessoas assalariadas.
As empresas criadas sem empregados foram responsáveis por 46,3% do acréscimo de pessoal ocupado total, enquanto as empresas criadas com 10 ou mais pessoas
assalariadas responderam por 51,2% do acréscimo de pessoal ocupado assalariado.
Já entre as empresas que saíram do mercado, 89,0% não tinham empregados e foram
responsáveis por 61,3% da variação de pessoal ocupado total. As empresas com 10
ou mais pessoas foram somente 0,7%, mas responderam por 61,1% da variação de
pessoal assalariado.
As maiores taxas de entrada (32,4%) e saída (29,1%) do mercado, portanto, foram registradas no segmento das empresas sem pessoal assalariado. Já as menores
taxas, estavam nas empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas, 4,0% e 1,4%,
respectivamente.
25. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
Tabela 2 - Entrada e saída de empresas no mercado, por faixas de pessoal
ocupado assalariado, segundo as variáveis selecionadas - Brasil - 2008
Entradas e saídas de empresa no mercado,
por faixas de pessoal ocupado assalariado
Variáveis selecionadas
Total
0
1a9
10 ou mais
Total
Empresas ativas
4 077 662
2 202 488
1 503 564
371 610
Pessoal ocupado total
32 833 873
2 944 718
6 875 280
23 013 875
Pessoal ocupado assalariado
26 978 086
-
4 626 315
22 351 771
889 486
713 092
161 666
14 728
100,0
1 980 383
80,2
916 861
18,2
1,7
621 533
441 989
100,0
46,3
31,4
22,3
817 854
-
399 123
418 731
100,0
-
48,8
51,2
21,8
32,4
10,8
4,0
719 915
640 425
74 392
5 098
100,0
89,0
10,3
0,7
1 365 064
837 284
266 211
261 569
100,0
61,3
19,5
19,2
414 908
-
161 606
253 302
100,0
-
38,9
61,1
17,7
29,1
4,9
1,4
Entrada de empresas
Número de empresas
Distribuição percentual (%)
Pessoal ocupado total
Distribuição percentual (%)
Pessoal ocupado assalariado
Distribuição percentual (%)
Taxa de entrada no mercado
Saída de empresas
Número de empresas
Distribuição percentual (%)
Pessoal ocupado total
Distribuição percentual (%)
Pessoal ocupado assalariado
Distribuição percentual (%)
Taxa de entrada no mercado
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
É importante observar, também, que o movimento de entrada e de saída de
empresas apresenta um impacto expressivo no número de empresas, principalmente de micro e de pequeno porte, e nas pessoas ocupadas, principalmente sócios e
proprietários, dado que com as empresas entrantes houve acréscimo de 1,98 milhão
de pessoas ocupadas, contudo, apenas 817,9 mil (41,3%) foram pessoas ocupadas
assalariadas. Nas empresas que saíram, houve uma redução de 1,4 milhão de pessoas ocupadas, sendo que 414,9 mil (30,4%) foram pessoas ocupadas assalariadas.
Atividades econômicas
A Tabela 3 apresenta o número de entrada e de saída de empresas e as respectivas taxas segundo a seção da CNAE 2.0. As atividades econômicas que mais se
destacaram a partir do total de 889,5 mil empresas que entraram e de 719,9 mil que
saíram foram Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas com 444,1
mil e 380,4 mil empresas (49,9% e 52,8%), Indústrias de transformação com 68,7 mil
e 59,6 mil (7,7% e 8,3%) e Alojamento e alimentação com 63,0 mil e 51,6 mil (7,1% e
7,2%), respectivamente.
A taxa de entrada das empresas no mercado em 2008 foi de 21,8%. Por atividade econômica, as maiores taxas de entrada foram observadas em Eletricidade e gás
(30,2%), Artes, cultura, esporte e recreação (29,3%) e Construção (28,7%) e as menores
em Saúde humana e serviços sociais (17,5%), nas Indústrias de transformação (16,9%)
e nas Indústrias extrativas (19,4%).
26. Análise de resultados ___________________________________________________________________________
Por sua vez, a taxa de saída das empresas foi de 17,7% com as maiores taxas
observadas em Outras Atividades de serviços (22,0%), Artes, cultura, esporte e recreação (21,4%) e Informação e comunicação (20,4%) e as menores em Saúde humana
e serviços sociais (11,4%), Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais (11,8%) e Eletricidade e gás (12,0%).
Tabela 3 - Número de entradas e saídas de empresas, total e respectiva distribuição
percentual, com indicação das taxas de entrada e saída de empresas no mercado,
segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008
Empresas
Entradas
Seções da CNAE 2.0
Total
Total
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Indústrias extrativas
Indústrias de transformação
Eletricidade e gás
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
Construção
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Saídas
DistriTaxa
buição
de
percenentrada
tual
(%)
(%)
DistriTaxa
buição
de
percensaída
tual
(%)
(%)
Total
889 486
100,0
21,8
719 915
100,0
17,7
7 366
0,8
23,4
5 769
0,8
18,3
1 957
0,2
19,4
1 793
0,2
17,8
68 744
7,7
16,9
59 619
8,3
14,6
415
0,0
30,2
165
0,0
12,0
1 740
0,2
24,2
1 160
0,2
16,1
37 674
4,2
28,7
24 285
3,4
18,5
444 085
49,9
21,3
380 387
52,8
18,2
Transporte, armazenagem e correio
39 500
4,4
23,0
28 945
4,0
16,9
Alojamento e alimentação
62 991
7,1
22,3
51 633
7,2
18,3
Informação e comunicação
33 341
3,7
24,9
27 329
3,8
20,4
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
14 107
1,6
22,8
11 283
1,6
18,2
8 380
0,9
24,3
4 919
0,7
14,3
Atividades profissionais, científicas e técnicas
46 392
5,2
24,8
31 243
4,3
16,7
Atividades administrativas e serviços complementares
52 286
5,9
24,8
39 183
5,4
18,6
112
0,0
26,2
67
0,0
15,7
Educação
14 089
1,6
20,2
9 473
1,3
13,6
Saúde humana e serviços sociais
18 578
2,1
17,5
12 077
1,7
11,4
Artes, cultura, esporte e recreação
10 987
1,2
29,3
8 035
1,1
21,4
Outras atividades de serviços
26 730
3,0
26,1
22 544
3,1
22,0
12
0,0
23,5
6
0,0
11,8
Atividades imobiliárias
Administração pública, defesa e seguridade social
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
A Tabela 4 apresenta o pessoal ocupado total e o assalariado nas empresas que
entraram e que saíram do mercado por seção da CNAE 2.0. Assim como no número de
empresas, Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, Indústrias de
transformação foram as atividades com as maiores participações relativas em ambas as
variáveis, tanto na entrada como na saída de empresas. Do total de 1,98 milhão de pessoal
ocupado total das empresas entrantes, 839,0 mil (42,4%) foram gerados no Comércio,
reparação de veículos automotores e motocicletas e 222,0 mil (11,2%) nas Indústrias de
transformação. Construção surge na terceira colocação com 154,4 mil pessoas ocupadas.
Do total de 1,4 milhão de pessoal ocupado das empresas que saíram do mercado, 603,2
mil (44,2%) estavam no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas,
175,6 mil (12,9%) nas Indústrias de transformação e 118,2 mil (8,7%) nas Atividades administrativas e serviços complementares.
27. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
Tabela 4 - Pessoal ocupado total e assalariado nas entradas e saídas de empresas
do mercado, total e respectiva distribuição percentual,
segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008
Pessoal ocupado em 31.12
Total
Entradas
Seções da CNAE 2.0
Total
Total
Agricultura, pecuária, produção florestal,
pesca e aquicultura
Indústrias extrativas
Indústrias de transformação
Eletricidade e gás
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
1 980 383
Assalariado
Saídas
Distribuição
percentual
(%)
Total
100,0 1 365 064
Entradas
Distribuição
percentual (%)
Total
Saídas
Distribuição
percentual (%)
Total
Distribuição
percentual (%)
100,0
817 854
100,0
414 908
100,0
2,8
27 850
1,4
19 971
1,5
17 695
2,2
11 583
4 948
0,2
3 845
0,3
2 344
0,3
1 279
0,3
221 954
11,2
175 552
12,9
130 571
16,0
95 067
22,9
937
0,0
318
0,0
314
0,0
72
0,0
6 296
0,3
4 294
0,3
3 852
0,5
2 679
0,6
Construção
154 406
7,8
63 262
4,6
101 158
12,4
27 418
6,6
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
838 979
42,4
603 191
44,2
284 983
34,8
125 744
30,3
95 822
4,8
64 298
4,7
43 503
5,3
24 994
6,0
Alojamento e alimentação
151 288
7,6
84 397
6,2
75 065
9,2
22 466
5,4
Informação e comunicação
61 196
3,1
48 403
3,5
12 660
1,5
6 757
1,6
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
29 349
1,5
17 624
1,3
11 583
1,4
2 373
0,6
Atividades imobiliárias
17 131
0,9
9 488
0,7
3 632
0,4
1 362
0,3
Atividades profissionais, científicas e
técnicas
89 372
4,5
54 164
4,0
21 252
2,6
7 601
1,8
Atividades administrativas e serviços
complementares
132 694
6,7
118 194
8,7
60 523
7,4
61 923
14,9
Transporte, armazenagem e correio
Administração pública, defesa e seguridade
social
769
0,0
164
0,0
610
0,1
44
0,0
Educação
39 064
2,0
21 309
1,6
18 433
2,3
7 149
1,7
Saúde humana e serviços sociais
39 984
2,0
28 065
2,1
9 751
1,2
8 212
2,0
Artes, cultura, esporte e recreação
19 430
1,0
13 810
1,0
4 736
0,6
2 745
0,7
Outras atividades de serviços
48 595
2,5
34 693
2,5
14 877
1,8
5 424
1,3
319
-
22
0,0
312
0,0
16
0,0
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Sobrevivência das empresas que nasceram em 2007
A análise de sobrevivência pode ser realizada, também, a partir do acompanhamento das novas empresas em um ano t-n até o ano t8. Analisamos, neste item, as taxas de
sobrevivência das empresas que entraram em atividade em 2007 e permaneceram ativas
em 2008. O Gráfico 2 apresenta as taxas de sobrevivência dessas empresas segundo o
porte. Do total de 464,7 mil empresas que apareceram pela primeira vez no mercado em
2007 353,5 mil (76,1%) sobreviveram no mercado em 2008.
,
Observa-se que a taxa de sobrevivência apresenta uma relação direta com o porte
da empresa. Entre as empresas sem pessoal assalariado, a taxa foi de 70,6%, nas empresas
com 1 a 9 pessoas assalariadas foi de 91,8% e nas com 10 ou mais pessoas foi de 95,7%.
Portanto, as empresas maiores, com maior capital imobilizado, tendem a permanecer
8
Neste caso, t é o ano de referência e n é o número de anos anteriores ao de referência. Neste estudo, analisaremos a
sobrevivência das empresas novas em 2007 (t-1) que permaneceram ativas em 2008 (t).
28. Análise de resultados ___________________________________________________________________________
mais tempo no mercado, pois os custos de saída costumam ser elevados, dentre outros
fatores. Já nas empresas sem pessoal assalariado, quase 30,0% não existiam mais no
ano seguinte.
Gráfico 2 - Taxas de sobrevivência das empresas criadas em 2007,
segundo as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008
%
95,7
91,8
76,1
70,6
Total
0
1a9
10 ou mais
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Gráfico 3 - Taxas de sobrevivência das empresas criadas em 2007,
segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008
Educação
81,1
Artes, cultura, esporte e
recreação
80,9
Eletricidade e gás
79,3
Construção
79,1
Água, esgoto, atividades de gestão
de resíduos e descontaminação
78,5
Alojamento e alimentação
78,1
Saúde humana
78,0
Atividades administrativa e
serviços complementares
Atividades profissionais,
científicas e técnicas
Atividades financeiras e
de serviços relacionados
77,4
77,0
76,3
Agricultura, pecuária
76,1
Transporte, armazenagem
e correio
76,0
Administração pública, defesa e
seguridade social
75,4
74,6
Informação e comunicação
73,1
Comércio
Atividades imobiliárias
72,6
Indústrias extrativas
71,9
Indústrias de transformação
71,8
Organismos internacionais
71,5
Outras atividades de serviços
71,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
%
O Gráfico 3 apresenta
as taxas de sobrevivência das
empresas que entraram em
atividade em 2007 segundo a
seção da CNAE 2.0. As taxas
oscilaram de 71,4% a 81,1%.
É possível observar que as
atividades econômicas onde
mais empresas sobreviveram após 1 ano no mercado
foram Educação com 81,1%,
Artes, Cultura e Esportes
com 80,9% e Eletricidade e
gás com 79,3%. Por sua vez,
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, que, como observado
anteriormente, é a atividade
com maior quantidade de
empresas entrando e saindo
do mercado apresentou taxa
de sobrevivência de 73,1%.
Indústrias de transformação, que é a segunda mais
importante nos movimentos
de entrada e de saída, apresentou taxa de sobrevivência
de 71,8%. Ou seja, ambas
abaixo da taxa média, 76,1%.
29. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
Mobilidade das empresas
A Tabela 5 apresenta a mobilidade por porte das empresas criadas em 2007 e que
sobreviveram em 2008. O objetivo é compreender as mudanças ocorridas nas empresas
entre o início de operação e após um ano de funcionamento. No ano imediatamente
posterior ao nascimento, 77
,9% das empresas sem pessoal assalariado, 75,4% de 1 a 9
pessoas assalariadas e 78,7% das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas permaneceram em 2008 no mesmo porte que foram criadas em 2007
.
Das empresas que iniciaram suas atividades em 2007 sem pessoal assalariado,
20,7% já havia crescido e alcançado a faixa de 1 a 9 pessoas assalariadas no ano seguinte. Observa-se que 1,4% das empresas sem pessoal assalariado alcançou a faixa de
10 ou mais pessoas assalariadas em 2008. Em contrapartida, 17
,9% das empresas que
nasceram na faixa de 1 a 9 reduziram seu tamanho e passaram a fazer parte da faixa sem
pessoal assalariado, enquanto 6,8% cresceram e passaram para a faixa de 10 ou mais
pessoas assalariadas. Na faixa de 10 ou mais pessoas assalariadas, 16,1% passaram para
faixa de 1 a 9 pessoas assalariadas e 5,2% reduziram ainda mais e passaram a atuar sem
empregados. Portanto, de cada 10 empresas, oito tendem a permanecer no mesmo porte
no ano seguinte e duas tendem a migrar.
Tabela 5 - Mobilidade das empresas criadas em 2007 entre as faixas
de pessoal ocupado assalariado em 2008 - Brasil - 2007-2008
Faixas
de pessoal ocupado
assalariado em 2008
Mobilidade das empresas criadas, por faixas de
pessoal assalariado em 2007
0
1a9
10 ou mais
0
77,9
17,9
5,2
1a9
20,7
75,4
16,1
1,4
6,8
78,7
10 ou mais
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2007-2008.
Análise regional
A análise regional é realizada a partir das informações de unidades locais, que são
os endereços de atuação das empresas. A Tabela 6 apresenta o número de unidades locais
por tipo de evento demográfico e Regiões Geográficas. As 4,1 milhões de empresas ativas
em 2008 tinham 4,4 milhões de unidades locais, das quais 51,7% localizadas na Região
Sudeste, 22,4% na Região Sul, 15,0% na Região Nordeste, 7
,5% na Região Centro-Oeste
e 3,4% na Região Norte.
Do total de 4,4 milhões de unidades locais, 3,4 milhões eram sobreviventes em
relação a 2007 ( 78,1%), 960,6 mil foram entradas (21,9%), sendo 613,0 mil (13,9%)
nascimentos e 347 mil (7
,6
,9%) reentradas. As saídas de empresas totalizaram 770,8 mil
empresas (17
,5%).
Em todos os tipos de evento, a participação relativa segundo as Regiões Geográficas segue o mesmo padrão observado na distribuição das unidades locais. As maiores
participações foram, portanto, observadas na Região Sudeste em todos os eventos,
destacadamente entre as empresas sobreviventes com 52,4%. Ressalta-se, contudo,
que nas entradas e nas saídas, as participações relativas das Regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste foram superiores às suas participações relativas de unidades locais. Ou
seja, nessas regiões existe um maior dinamismo de entrada e de saída de unidades locais
das empresas do que nas demais regiões, ou seja, as empresas nascem, mas morrem
em um ritmo elevado.
30. Análise de resultados ___________________________________________________________________________
Tabela 6 - Número de unidades locais, por Grandes Regiões, total e respectiva
distribuição percentual, segundo o tipo do evento demográfico - 2008
Tipo de evento
demográfico
Número de unidades locais, por Grandes Regiões
Brasil
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Total
Ativas
4 394 182
147 440
660 416
2 272 884
984 565
328 877
Sobreviventes
3 433 597
104 788
498 649
1 798 577
785 252
246 331
960 585
42 652
161 767
474 307
199 313
82 546
Nascimentos
612 954
26 735
100 195
303 016
127 137
55 871
Reentradas
Entradas
347 631
15 917
61 572
171 291
72 176
26 675
Saídas
770 769
32 375
132 743
376 183
168 850
60 618
Ativas
100,0
3,4
15,0
51,7
22,4
7,5
Sobreviventes
100,0
3,1
14,5
52,4
22,9
7,2
Distribuição percentual (%)
Entradas
Nascimentos
100,0
4,4
16,3
49,4
20,7
9,1
Reentradas
100,0
4,6
17,7
49,3
20,8
7,7
100,0
4,2
17,2
48,8
21,9
7,9
Saídas
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Para corroborar essas informações, a Tabela 7 apresenta as taxas de unidades
locais por tipo de evento demográfico. As Regiões Sudeste e Sul foram as que apresentaram as maiores taxas de sobreviventes, 79,1% e 79,8%, respectivamente, acima
da média nacional (78,1%). Por outro lado, as maiores taxas de entrada e de saída
foram observadas na Região Norte (28,9% e 22,0%), Centro-Oeste (25,1% e 18,4%) e
Nordeste (24,5% e 20,1%), assim como as menores taxas de sobrevivência ,71,1%,
74,9% e 75,5%, respectivamente.
Tabela 7 - Taxas de unidades locais, por Grandes Regiões,
segundo o tipo de evento demográfico - Brasil - 2008
Tipo de evento
demográfico
Taxas de unidades locais, por Grandes Regiões
Brasil
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Sobreviventes
78,1
71,1
75,5
79,1
79,8
74,9
Entradas
21,9
28,9
24,5
20,9
20,2
25,1
13,9
18,1
15,2
13,3
12,9
17,0
7,9
10,8
9,3
7,5
7,3
8,1
17,5
22,0
20,1
16,6
17,1
18,4
Nascimentos
Reentradas
Saídas
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Unidades da Federação
As informações contidas na Tabela 8 são referentes às taxas de sobreviventes,
entradas e saídas do mercado segundo as Unidades da Federação. Os Estados de
Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais apresentaram as maiores taxas de
sobrevivência, 82,2%, 80,5% e 79,6%, respectivamente. Por outro lado, Amapá, Roraima e Acre apresentaram as menores taxas, 66,0%, 66,2% e 66,9%, respectivamente.
31. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
As maiores taxas de entrada e saída do mercado encontraram-se em quatro
Unidades da Federação da Região Norte: Amapá, Roraima, Acre e Amazonas. Estas
Unidades, naturalmente, apresentam baixos valores absolutos de unidades locais
novas e extintas e também de unidades ativas, o que faz com pequenas variações
ocasionem taxas de entrada e saída do mercado elevadas.
Por outro lado, as Unidades da Federação das Regiões Sul e Sudeste apresentaram elevadas variações absolutas no número de unidades locais, porém como elas
concentram um elevado número de unidades locais, as taxas de entrada e saída do
mercado são pequenas, relativamente às demais Unidades da Federação. São Paulo,
Minas Gerais e Rio Grande do Sul foram as Unidades da Federação que mais apresentaram o maior quantitativo de entradas de unidades locais no mercado (296 138,
97 460 e 84 133, respectivamente), porém com baixas taxas de entrada no mercado
(21,3%, 20,4% e 20,6%), se comparadas com Amapá, por exemplo, onde 2 139 unidades
entraram no mercado, mas cuja taxa de entrada foi de 34,0%.
Tabela 8 - Número de unidades locais, por tipo de evento demográfico,
com indicação da respectiva taxa, segundo as Unidades da Federação - 2008
Número de unidades locais
Unidades
da
Federação
Tipo de evento demográfico
Ativas
Sobreviventes
Total
Brasil
Rondônia
Acre
Amazonas
Roraima
Pará
Amapá
Entradas
Taxa
(%)
Total
Saídas de atividade
Taxa
(%)
Total
Taxa
(%)
4 394 182
3 433 597
78,1
960 585
21,9
770 769
17,5
25 163
18 602
73,9
6 561
26,1
5 657
22,5
7 237
4 840
66,9
2 397
33,1
1 683
23,3
27 175
18 503
68,1
8 672
31,9
6 760
24,9
6 070
4 016
66,2
2 054
33,8
1 224
20,2
55 525
40 053
72,1
15 472
27,9
11 340
20,4
24,5
6 283
4 144
66,0
2 139
34,0
1 537
Tocantins
19 987
14 630
73,2
5 357
26,8
4 174
20,9
Maranhão
49 324
36 166
73,3
13 158
26,7
11 182
22,7
Piauí
33 060
25 162
76,1
7 898
23,9
6 218
18,8
Ceará
121 148
91 536
75,6
29 612
24,4
24 978
20,6
45 036
33 660
74,7
11 376
25,3
8 353
18,5
Rio Grande do Norte
Paraíba
44 859
35 591
79,3
9 268
20,7
7 873
17,6
105 212
79 232
75,3
25 980
24,7
22 546
21,4
Alagoas
30 414
22 740
74,8
7 674
25,2
5 836
19,2
Sergipe
23 389
18 275
78,1
5 114
21,9
4 140
17,7
Bahia
207 974
156 287
75,1
51 687
24,9
41 617
20,0
Minas Gerais
477 797
380 337
79,6
97 460
20,4
81 864
17,1
Pernambuco
Espírito Santo
85 246
66 602
78,1
18 644
21,9
14 621
17,2
Rio de Janeiro
318 698
256 633
80,5
62 065
19,5
52 836
16,6
São Paulo
1 391 143
1 095 005
78,7
296 138
21,3
226 862
16,3
Paraná
338 118
265 139
78,4
72 979
21,6
60 237
17,8
Santa Catarina
237 476
195 275
82,2
42 201
17,8
31 901
13,4
Rio Grande do Sul
408 971
324 838
79,4
84 133
20,6
76 712
18,8
51 662
39 686
76,8
11 976
23,2
9 121
17,7
Mato Grosso do Sul
Mato Grosso
Goiás
Distrito Federal
70 048
51 076
72,9
18 972
27,1
14 164
20,2
132 897
99 605
74,9
33 292
25,1
25 595
19,3
74 270
55 964
75,4
18 306
24,6
11 738
15,8
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
32. Análise de resultados ___________________________________________________________________________
Empresas de alto crescimento
Na demografia das empresas, além dos movimentos de entrada, de saída, de
sobrevivência e de mobilidade das empresas, outros eventos podem ser observados
para analisar a dinâmica empresarial e seu impacto na geração de empregos.
Neste estudo, trataremos das empresas de alto crescimento, conforme definição
constante no EUROSTAT-OECD manual on business demography statistics, divulgado
em 2007, as quais apresentam crescimento médio do pessoal ocupado assalariado
maior que 20% ao ano, por um período de três anos9, e têm pelo menos 10 pessoas
assalariadas no ano inicial de observação. As empresas de alto crescimento com até
cinco anos de idade no ano inicial são denominadas "gazelas". Essas empresas foram
analisadas para o período 2005-2008.
Ressalta-se que podem ser definidas, ainda, empresas de médio crescimento
como aquelas que apresentaram crescimento de pessoal assalariado maior que 5%
e até 20,0% ao ano e as empresas de baixo crescimento aquelas com crescimento
maior que 1º até 5% ao ano10.
Os indicadores das empresas de alto crescimento são calculados com base no
total de empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas no ano de referência. Isto evita
distorções nas taxas de crescimento, pois nas empresas com até 9 pessoas pequenas
variações absolutas no pessoal assalariado podem ocasionar grandes variações em
termos relativos.
Em 2008, havia 371 610 empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas no
País, sendo 8,3% (30 954) de alto crescimento, 18,8% (69 902) de médio crescimento
e 8,6% (31 876) de baixo crescimento, como apresentado no Gráfico 4. Apesar de a
participação das empresas de alto crescimento ter ficado bem abaixo do somatório das
participações relativas das empresas de médio e baixo crescimento, este é o padrão
observado internacionalmente e, no caso brasileiro, a participação de 8,3% pode ser
considerada elevada para os padrões internacionais11.
Nesta análise, concentramos nosso foco nas informações das empresas de
alto crescimento e nas empresas “gazelas” O intuito é conhecer melhor este tipo de
.
empresa, que foi responsável pela geração de 2,9 milhões dos 5,0 milhões de postos
de trabalho assalariados formais criados entre 2005 e 2008. São apresentadas informações segundo o porte, a atividade econômica e a localização geográfica.
9
Este cálculo pode ser realizado com pessoal ocupado assalariado (“employees”) ou com receita (turnover), segundo a
OCDE. Como no CEMPRE não existe informação de receita para a totalidade das empresas, optamos por calcular a taxa de
crescimento com base no número de pessoas ocupadas assalariadas na empresa entre 2005 e 2008.
10
Estas definições ainda não foram apropriadas pela OCDE, mas já estão em estudos de alguns países europeus como
a Dinamarca, por exemplo.
11
Os dados internacionais apontam para participações de empresas de médio e de baixo crescimento acima das empresas de alto crescimento. Em países selecionados apontados nos Indicadores de Empreendedorismo 2009 da OCDE,
as empresas de alto crescimento estão na faixa de 3,0 a 6,0% das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas. Nos
Estados Unidos e na Espanha estaria próximo a 6,0%, enquanto na Áustria e no Canadá estaria pouco acima de 3,0%,
para o período 2002-2005 (MEASURING..., 2009).
33. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
Gráfico 4 - Empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas,
segundo as faixas de crescimento - Brasil - 2008
%
18,8
8,6
8,3
Alto crescimento
Médio crescimento
Baixo crescimento
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Empresas de alto crescimento - Porte
Para a análise das informações segundo o porte, neste estudo adotamos a definição da OCDE, segundo a qual empresas com 1 a 9 pessoas ocupadas são consideradas
microempresas, empresas com 10 a 49 pessoas foram consideradas pequenas, com
50 a 249 pessoas, médias, e, por fim, com 250 ou mais pessoas, empresas grandes12
(SCHMIEMANN, 2008).
As empresas de alto crescimento totalizaram 30 954 empresas, empregaram 4,5
milhões, o que representa 16,8% do total de 27 milhões de pessoas ocupadas assalariadas
,0
das empresas. O salário médio mensal pago foi de 2,4 salários mínimos.
Dentre as empresas de alto crescimento, 12 359 empresas eram “gazelas” que
,
empregaram 1,3 milhão de pessoas assalariadas. Nas “gazelas” foram pagos, em média,
,
2,1 salários mínimos mensais. Em relação ao total de empresas de alto crescimento, as
“gazelas” representaram, portanto, 39,9% das empresas de alto crescimento, empregaram
28,0% do pessoal assalariado e 22,4% dos salários e outras remunerações das empresas
de alto crescimento.
Por porte, as pequenas empresas apresentaram as maiores participações em número de empresas, contudo as médias e as grandes empresas foram as que apresentaram
as maiores participações no pessoal assalariado. Como pode ser observado no Gráfico 5,
51,6% das empresas de alto crescimento e 55,2% das empresas “gazelas” eram pequenas,
39,0% e 38,4% eram “médias” e 9,3% e 6,4% eram grandes, respectivamente.
No pessoal assalariado, as grandes empresas apresentaram a maior participação
nas empresas de alto crescimento, 61,6%. Nas “gazelas”tanto as empresas médias como
,
as grandes mostraram-se significativas com 37
,0% e 45,9% do pessoal assalariado, respectivamente.
12
Esta definição não foi adotada em um momento anterior, pois estávamos trabalhando somente com três faixas de pessoal assalariado. A partir deste ponto, as faixas serão desagregadas, permitindo uma compatibilidade com as definições
de porte da OCDE.
34. Análise de resultados ___________________________________________________________________________
Gráfico 5 - Distribuição percentual das empresas de alto crescimento, das empresas
gazelas e do pessoal ocupado assalariado, por faixas de pessoal
ocupado assalariado - Brasil - 2008
%
61,6
55,2
51,6
45,9
39,0
38,4
37,0
27,2
17,1
11,2
9,3
6,4
Empresas de alto
crescimento
Empresas gazelas
10 a 49
Pessoal assalariado
em empresas de alto
crescimento
50 a 249
Pessoal assalariado
em empresas gazelas
250 ou mais
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
De cada dez empresas de alto crescimento, quatro eram “gazelas” A sua parti.
cipação foi mais expressiva entre as empresas pequenas, representando 42,7% das
empresas de alto crescimento, 42,9% do pessoal assalariado e 40,5% dos salários e
outras remunerações das empresas com este porte, como pode ser observado na
Tabela 9. A participação das empresas médias também foi significativa com 39,2% das
empresas, 38,0% do pessoal assalariado e 34,1% dos salários. Nas grandes empresas
de alto crescimento, contudo, as “gazelas” corresponderam a somente 27,4% das
empresas, 20,9% do pessoal assalariado e 16,1% dos salários e outras remunerações.
Tabela 9 - Empresas de alto crescimento, pessoal ocupado assalariado, salários e
outras remunerações, total e participação relativa das empresas gazelas,
segundo as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008
Empresas de alto crescimento
Faixas
de pessoal
ocupado
assalariado
Total
Pessoal ocupado assalariado
Empresas gazelas
Total
Total
Participação
relativa
Salários e outras remunerações
(1 000 R$ )
Empresas gazelas
Empresas gazelas
Total
Total
Participação
relativa
30 954
12 359
39,9
6 827
42,7
50 a 249
12 084
4 740
39,2
1 226 732
466 078
38,0
16 656 591
5 681 688
34,1
2 892
792
27,4
2 775 956
578 932
20,9
47 346 860
7 635 660
16,1
215 648
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
42,9
69 488 876 15 539 906
Participação
relativa
15 978
502 549
28,0
Total
10 a 49
250 ou mais
4 505 237 1 260 658
Total
5 485 425
2 222 559
22,4
40,5
35. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
De acordo com as informações apresentadas no Gráfico 6, as empresas de alto
crescimento pagaram, em média, 2,4 salários mínimos mensais. As “gazelas” pagaram
2,1 salários mínimos, que corresponde a 12,5% menos. Esses valores salariais são próximos aos salários pagos pelas empresas com pessoal assalariado (2,5 salários mínimos),
que considera empresas de todos os portes, inclusive as microempresas. Contudo, esses valores correspondem, respectivamente, a 72,7% e a 63,6% dos valores pagos pelas
empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas (3,3 salários mínimos).
Gráfico 6 - Salários médios mensais, em salários mínimos,
segundo o tipo de empresa - Brasil - 2008
salários mínimos
3,3
2,5
2,4
2,1
Empresas com
pessoal assalariado
Empresas com
10 ou mais pessoas
assalariadas
Empresas de alto
crescimento
Empresas gazelas
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Os salários pagos pelas empresas de alto crescimento apresentaram relação direta
com o porte da empresa, como pode ser visto no Gráfico 7 As empresas pequenas pa.
garam 2,1 salários mínimos, 12,5% abaixo da média. As empresas médias pagaram 2,6
salários e as grandes 2,9 salários mínimos, 8,3% e 20,8% acima da média, respectivamente.
A diferença entre os valores pagos pelas empresas pequenas e as grandes foi de 38,1%.
Gráfico 7 - Salários médios mensais, em salários mínimos,
nas empresas de alto crescimento, segundo as faixas
de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008
salários mínimos
2,9
2,6
2,4
2,1
Total
10 a 49
50 a 249
250 ou mais
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
36. Análise de resultados ___________________________________________________________________________
Empresas de alto crescimento - Atividades
econômicas
Em número de empresas, as seções da CNAE 2.0 que apresentaram as maiores
participações relativas nas empresas de alto crescimento foram Indústrias de transformação, 27
,4%, Comércio, 26,4%, Construção, 12,2% e Atividades administrativas e serviços complementares, 7
,8%, como pode ser observado na Tabela 10. Entre as empresas
“gazelas” essas atividades se repetem , porém com participações maiores nas duas pri,
meiras atividades e com ordem inversa na terceira e na quarta colocações: Indústrias de
transformação com 27
,9%, Comércio com 27
,3%, Atividades administrativas e serviços
complementares com 10,3% e Construção com 9,2%.
Em termos de pessoal assalariado, essas atividades econômicas também foram
as que apresentaram as maiores participações relativas, tanto nas empresas de alto
crescimento como nas empresas “gazelas” porém, na seguinte ordem: Indústrias de
,
transformação, 25,9% e 24,2%, Atividades administrativas e serviços complementares,
16,5% e 22,4%, Comércio, 16,1% e 19,2% e Construção, 15,7% e 10,7%, respectivamente. Em conjunto, essas atividades foram responsáveis por 73,8% das empresas de alto
crescimento e por 74,7% das “gazelas” correspondendo a 74,2% e 76,7% do pessoal
,
assalariado, respectivamente.
Tabela 10 - Empresas de alto crescimento, empresas gazelas e
pessoal assalariado, total e respectiva distribuição percentual,
segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008
Empresas de alto crescimento
Total
Seções da CNAE 2.0
Total
Agricultura, pecuária, produção
florestal, pesca e aquicultura
Indústrias extrativas
Indústrias de transformação
Eletricidade e gás
Água, esgoto, atividades de gestão
de resíduos e descontaminação
Construção
Pessoal assalariado
Distribuição
percentual (%)
Total
30 954
Empresas gazelas
Total
100,0 4 505 237
Distribuição
percentual (%)
Total
Pessoal assalariado
Distribuição
percentual (%)
Total
100,0
12 359
Distribuição
percentual (%)
Total
100,0 1 260 658
100,0
413
1,3
102 466
2,3
191
1,5
34 097
186
0,6
62 060
1,4
64
0,5
6 715
0,5
27,4 1 166 897
25,9
3 449
27,9
305 533
24,2
0,1
9
0,1
x
x
8 486
19
0,1
4 388
2,7
153
0,5
37 484
0,8
81
0,7
10 589
0,8
3 770
12,2
707 339
15,7
1 136
9,2
134 627
10,7
Comércio; reparação de veículos
automotores e motocicletas
Transporte, armazenagem e correio
8 161
26,4
725 040
16,1
3 373
27,3
241 433
19,2
1 907
6,2
294 014
6,5
726
5,9
76 403
6,1
Alojamento e alimentação
1 428
4,6
124 775
2,8
686
5,6
41 721
3,3
Informação e comunicação
680
2,2
168 144
3,7
233
1,9
28 933
2,3
Atividades financeiras, de seguros
e serviços relacionados
Atividades imobiliárias
377
1,2
82 362
1,8
86
0,7
7 256
0,6
106
0,3
8 789
0,2
29
0,2
2 743
0,2
865
2,8
118 216
2,6
252
2,0
33 450
2,7
2 419
7,8
742 041
16,5
1 268
10,3
281 773
22,4
Atividades profissionais, científicas
e técnicas
Atividades administrativas e serviços
complementares
Administração pública, defesa e
seguridade social
Educação
5
0,0
1 363
0,0
2
0,0
x
x
934
3,0
66 560
1,5
413
3,3
33 149
2,6
Saúde humana e serviços sociais
540
1,7
60 618
1,3
119
1,0
7 318
0,6
Artes, cultura, esporte e recreação
102
0,3
6 613
0,1
49
0,4
3 192
0,3
Outras atividades de serviços
403
1,3
26 068
0,6
193
1,6
10 912
0,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
37. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
As empresas “gazelas” representaram 39,9% das empresas de alto crescimento. Contudo, essa participação variou conforme a atividade econômica, oscilando de
22,0% em Saúde humana e serviços sociais, e a 52,9% em Água, esgoto, atividades
de gestão de resíduos e descontaminação, como apresentado no Gráfico 8.
Nas atividades econômicas que se destacaram no número de empresas e no
pessoal assalariado apontadas acima, as participações relativas das empresas “gazelas” nas empresas de alto crescimento foram de 30,1% na Construção, 40,6% nas
Indústrias de transformação, 41,3% no Comércio e 52,4% nas Atividades administrativas e serviços complementares.
Gráfico 8 - Participação relativa das empresas gazelas nas empresas
de alto crescimento, segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008
39,9
Total
Água, esgoto, atividades de gestão
de resíduos e descontaminação
52,9
Atividades administrativa e
serviços complementares
52,4
Alojamento e alimentação
48,0
Artes, cultura, esporte e
recreação
48,0
Outras atividades de serviços
47,9
47,4
Eletricidade e gás
46,2
Agricultura, pecuária
44,2
Educação
41,3
Comércio
40,6
Indústrias de transformação
Administração pública, defesa e
seguridade social
40,0
Transporte, armazenagem
e correio
38,1
Indústrias extrativas
34,4
Informação e comunicação
34,3
30,1
Construção
Atividades profissionais,
científicas e técnicas
29,1
Atividades imobiliárias
Atividades financeiras,
de seguros e serviços relacionados
Saúde humana e serviços sociais
27,4
22,8
22,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
%
38. Análise de resultados ___________________________________________________________________________
Geração de postos de trabalho assalariados das
empresas de alto crescimento
Apesar de serem poucas em termos quantitativos, pois representam somente
1,7% do total de empresas com pessoal assalariado13 em 2008 e 8,3% das empresas
com 10 ou mais pessoas assalariadas, as empresas de alto crescimento apresentam
um papel relevante na estrutura empresarial brasileira, particularmente na geração
de empregos formais.
Para se ter uma ideia da importância dessas empresas no universo das empresas
brasileiras, elas foram responsáveis pela geração de 2,9 milhões de postos de trabalho
assalariados entre 2005 e 2008, o que corresponde a 57,4% do total de 5,0 milhões de
postos assalariados formais gerados no período.
Em 2005, as 30 954 empresas de alto crescimento empregaram 1,6 milhão de
postos assalariados formais. Em 2008, este volume havia atingido 4,5 milhões, o que
representou um crescimento de 173,7% no pessoal assalariado. No mesmo período,
o pessoal ocupado assalariado em todas as empresas aumentou 22,2%, passando de
22,1 para 27,0 milhões de pessoas assalariadas. Como consequência, a participação
relativa do pessoal assalariado das empresas de alto crescimento no total do pessoal
assalariado das empresas passou de 7,5%, em 2005, para 16,7%, em 2008, o que representa um acréscimo de 9,2 pontos percentuais. Em média, cada empresa de alto
crescimento empregou mais 98,4 pessoas.
Em termos de porte, observa-se a importância das grandes empresas na geração
de total de postos de trabalho assalariados nas empresas de alto crescimento. Elas foram responsáveis por 63,3% do acréscimo no pessoal assalariado, as empresas médias
por 27
,1%, enquanto as pequenas por somente 9,6%, como apresentado no Gráfico 9.
Gráfico 9 - Distribuição percentual do saldo do pessoal ocupado
assalariado das empresas de alto crescimento entre 2005 e 2008,
por faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008
9,6%
27,1%
63,3%
10 a 49
50 a 249
250 ou mais
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
13
Em 2008, havia 1,9 milhão de empresas com pessoal assalariado do total de 4,1 milhões de empresas ativas.
39. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
Considerando as atividades econômicas, segundo a seção da CNAE 2.0, observase que quatro atividades foram responsáveis por quase ¾ do acréscimo no pessoal
assalariado (74,2%) entre 2005 e 2008. Essas atividades foram responsáveis, em termos
absolutos, por mais 2,1 milhões de pessoas ocupadas assalariadas. As Indústrias de
transformação responderam por 25,1% do acréscimo no pessoal assalariado, Atividades
administrativas e serviços complementares por 17
,3%, Construção por 16,1% e Comércio
por 15,7%, como apresentado naTabela 11. As demais atividades econômicas responderam por 25,8% do acréscimo.
Em temos salariais, as empresas de alto crescimento pagaram, em média, 2,4 salários mínimos mensais. Contudo, nas quatro atividades econômicas que mais geraram
postos de trabalho assalariados, as empresas pagaram salários abaixo da média (Tabela
11). Nas Indústrias de transformação foram pagos, em média, 2,3 salários mínimos, nas
Atividades administrativas e serviços complementares, 1,9 salário, enquanto Construção
e Comércio pagaram 2,1 salários mínimos.
Os maiores salários, por outro lado, foram pagos em atividades que tiveram pequena participação na geração de pessoal assalariado. Na Administração pública, defesa
e seguridade social foram pagos 8,9 salários, na Eletricidade e gás 8,7 salários e em
Atividades financeiras, de seguros relacionados 8,3 salários. Essas atividades, porém,
foram responsáveis por cerca de 2,0% do saldo de pessoal assalariado.
Tabela 11 - Pessoal ocupado assalariado nas empresas de alto crescimento, variação
absoluta e participação relativa, com indicação dos salários médios mensais,
segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2005/2008
Pessoal ocupado assalariado nas
empresas de alto crescimento
Seções da CNAE 2.0
2005
Total
Indústrias de transformação
2008
Variação
absoluta
Participação
relativa (%)
Salários
médios
mensais
(salários
mínimos)
1 653 762
4 505 237
2 851 475
100,0
2,4
445 702
1 166 897
721 195
25,3
2,3
Atividades administrativas e serviços
complementares
244 301
742 041
497 740
17,5
1,9
Construção
245 491
707 339
461 848
16,2
2,1
Comércio; reparação de veículos automotores e
motocicletas
295 337
725 040
429 703
15,1
2,1
Transporte, armazenagem e correio
110 124
294 014
183 890
6,4
2,5
Informação e comunicação
52 868
168 144
115 276
4,0
5,0
Atividades profissionais, científicas e técnicas
39 707
118 216
78 509
2,8
4,6
Alojamento e alimentação
47 459
124 775
77 316
2,7
1,5
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca
e aquicultura
31 110
102 466
71 356
2,5
1,9
Atividades financeiras, de seguros e serviços
relacionados
29 545
82 362
52 817
1,9
8,3
Educação
27 455
66 560
39 105
1,4
1,9
Saúde humana e serviços sociais
25 782
60 618
34 836
1,2
2,5
Indústrias extrativas
30 013
62 060
32 047
1,1
3,6
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e
descontaminação
11 894
37 484
25 590
0,9
2,2
Outras atividades de serviços
9 937
26 068
16 131
0,6
1,9
Atividades imobiliárias
3 228
8 789
5 561
0,2
3,9
Artes, cultura, esporte e recreação
2 528
6 613
4 085
0,1
1,7
Eletricidade e gás
1 063
4 388
3 325
0,1
8,7
218
1 363
1 145
0,0
8,9
Administração pública, defesa e seguridade social
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005/2008.
Nota: Valor médio anual do salário mínimo = R$ 409,62 em 2008.
40. Análise de resultados ___________________________________________________________________________
Para conhecer de forma mais detalhada as atividades econômicas que se destacam
no acréscimo de pessoal assalariado, as Tabelas 12 e 13 apresentam os rankings das 25
classes da CNAE 2.0, que é o nível mais detalhado da classificação econômica, segundo
a participação relativa no saldo de pessoal ocupado assalariado.
Nas empresas de alto crescimento, o ranking é liderado por Construção de edifícios
com 198 246 novos postos, seguido de Limpeza em prédios e em domicílios com 117 283,
seguida de Locação de mão de obra temporária com 114 975. As 25 principais atividades
foram responsáveis por 44,7% do saldo de pessoal ocupado assalariado.
Nas empresas “gazelas”as mesmas atividades destacaram-se, porém, na seguinte
,
ordem: Locação de mão de obra temporária com 57 882, Limpeza em prédios e em domicílios com 45 554 e Construção de edifícios com 44 938 novos postos. Neste caso, as
25 principais atividades foram responsáveis por 47
,5% do saldo.
Observa-se que entre as empresas de alto crescimento 11 das 25 atividades estão
relacionadas com atividades industriais. Entre as “gazelas” por sua vez, 11 das 25 ativi,
dades estão relacionadas com atividade de serviços.
Tabela 12 - Empresas de alto crescimento, por saldo do pessoal ocupado
assalariado, segundo as 25 principais classes da CNAE 2.0, em ordem crescente da
posição - Brasil - período 2005/2008
Pessoal ocupado
assalariado
Posição
Classes da CNAE 2.0
Variação
absoluta
Participação
relativa (%)
Total
2 851 475
100,0
Subtotal
1 273 562
44,7
1º
Construção de edifícios
198 246
7,0
2º
Limpeza em prédios e em domicílios
117 283
4,1
3º
Locação de mão de obra temporária
114 975
4,0
4º
Atividades de vigilância e segurança privada
106 628
3,7
5º
Transporte rodoviário de carga
75 104
2,6
6º
Fabricação de açúcar em bruto
56 039
2,0
7º
Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas
49 906
1,8
8º
Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos
alimentícios hipermercados e supermercados
49 623
1,7
9º
Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações
45 028
1,6
10º
Construção de rodovias e ferrovias
44 798
1,6
1,6
11º
Atividades de teleatendimento
44 668
12º
Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas
40 352
1,4
13º
Fabricação de álcool
37 533
1,3
14º
Comércio a varejo e por atacado de veículos automotores
29 043
1,0
15º
Serviços de engenharia
27 321
1,0
16º
Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda
26 646
0,9
17º
Serviços de catering , bufê e outros serviços de comida preparada
25 214
0,9
18º
Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios
24 775
0,9
19º
Construção de redes de transportes por dutos, exceto para água e esgoto
24 712
0,9
20º
Bancos múltiplos, com carteira comercial
23 774
0,8
21º
Fabricação de calçados de couro
23 296
0,8
22º
Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal
e em região metropolitana
22 703
0,8
23º
Fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos
22 068
0,8
24º
Montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas
22 035
0,8
25º
Abate de suínos, aves e outros pequenos animais
21 792
0,8
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005/2008.
41. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
Tabela 13 - Empresas gazelas, por saldo do pessoal ocupado assalariado,
segundo as 25 principais classes da CNAE 2.0, em ordem crescente da
posição - Brasil - período 2005/2008
Pessoal ocupado
assalariado
Posição
Classes da CNAE 2.0
Variação
absoluta
Participação
relativa (%)
Total
843 489
100,0
Subtotal
400 332
47,5
1º
Locação de mão de obra temporária
57 882
6,9
2º
Limpeza em prédios e em domicílios
45 554
5,4
3º
Construção de edifícios
44 938
5,3
4º
Atividades de vigilância e segurança privada
34 564
4,1
5º
Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos
alimentícios hipermercados e supermercados
19 807
2,3
6º
Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas
17 821
2,1
7º
Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas
17 510
2,1
8º
Transporte rodoviário de carga
17 327
2,1
9º
Fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos
16 027
1,9
10º
Atividades de teleatendimento
15 130
1,8
11º
Abate de reses, exceto suínos
10 606
1,3
12º
Comércio a varejo e por atacado de veículos automotores
10 365
1,2
13º
Atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas
anteriormente
8 654
1,0
14º
Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal
e em região metropolitana
8 398
1,0
15º
Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica
8 146
1,0
16º
Educação superior - graduação e pós-graduação
7 793
0,9
17º
Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações
7 771
0,9
18º
Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral
7 104
0,8
7 006
0,8
6 815
0,8
19º
Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios
20º
Comércio atacadista de mercadorias em geral, com predominância de produtos
21º
Serviços combinados para apoio a edifícios, exceto condomínios prediais
6 663
0,8
22º
Seleção e agenciamento de mão de obra
6 173
0,7
0,7
alimentícios
23º
Obras de engenharia civil não especificadas anteriormente
6 169
24º
Fabricação de artefatos de material plástico não especificados anteriormente
6 114
0,7
25º
Fabricação de calçados de couro
5 995
0,7
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005/2008.
Resultados regionais das empresas de alto
crescimento
Para conhecer a localização das empresas de alto crescimento no País, são
apresentadas informações referentes às suas unidades locais.
Em 2008, as 30 954 empresas de alto crescimento possuíam 67 561 unidades
locais ativas. A distribuição das unidades locais das empresas de alto crescimento e
das empresas com pessoal assalariado segundo a Região Geográfica é apresentada
no Gráfico 10.
42. Análise de resultados ___________________________________________________________________________
A Região Sudeste concentrava pouco mais da metade das unidades locais das
empresas com pessoal ocupado assalariado, 50,6%, seguida da Região Sul com 22,2%,
Nordeste com 15,4%, Centro-Oeste com 8,0% e Norte com 3,8%. Já as unidades locais
das empresas de alto crescimento estão ainda mais fortemente concentradas na Região
Sudeste, 53,6%, enquanto nas Regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste as participações
são relativamente menores do que as apresentadas nas unidades locais das empresas
com pessoal assalariado, 19,6%, 14,8% e 7,4%, respectivamente.
Gráfico 10 - Distribuição percentual das unidades locais das empresas com pessoal
assalariado, das empresas de alto crescimento e das empresas gazelas,
segundo as Grandes Regiões - 2008
%
53,6
50,6
50,9
22,2
19,6
17,3
18,3
15,4 14,8
8,0
3,8
4,6
Norte
7,4
8,0
5,5
Nordeste
Unidades locais das empresas
com pessoal assalariado
Sudeste
Sul
Unidades locais das empresas
de alto crescimento
Centro-Oeste
Unidades locais
de empresas gazelas
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
As três Unidades da Federação com as maiores participações nas unidades
locais das empresas de alto crescimento estavam na Região Sudeste: São Paulo,
com mais de ⅓ das unidades locais das empresas de alto crescimento (33,8%), Minas
Gerais com 9,7% e Rio de Janeiro, na terceira colocação com 7,9%, como pode ser
observado na Tabela 14.
43. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
Tabela 14 - Unidades locais de empresas de alto crescimento e de empresas gazelas,
total e respectiva distribuição percentual, com indicação da proporção de
empresas gazelas no total das unidades locais de alto crescimento,
segundo as Unidades da Federação - 2008
Unidades locais
Empresas de alto crescimento
Unidades da Federação
Total
Brasil
São Paulo
Minas Gerais
Rio de Janeiro
Rio Grande do Sul
Paraná
Santa Catarina
Bahia
Pernambuco
Goiás
Ceará
Espírito Santo
Mato Grosso
Distrito Federal
Pará
Rio Grande do Norte
Amazonas
Mato Grosso do Sul
Maranhão
Paraíba
Rondônia
Alagoas
Sergipe
Piauí
Tocantins
Acre
Amapá
Roraima
67 561
22 863
6 531
5 369
4 888
4 661
3 682
2 805
1 932
1 752
1 678
1 426
1 262
1 251
1 160
922
807
754
722
618
529
469
434
432
261
145
113
95
Distribuição
percentual
(%)
100,0
33,8
9,7
7,9
7,2
6,9
5,4
4,2
2,9
2,6
2,5
2,1
1,9
1,9
1,7
1,4
1,2
1,1
1,1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,6
0,4
0,2
0,2
0,1
Empresas gazelas
Total
15 694
4 909
1 545
1 401
952
1 102
885
686
494
409
475
332
340
276
330
205
210
163
182
165
126
126
114
99
61
52
31
24
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Distribuição
percentual
(%)
100,0
31,3
9,8
8,9
6,1
7,0
5,6
4,4
3,1
2,6
3,0
2,1
2,2
1,8
2,1
1,3
1,3
1,0
1,2
1,1
0,8
0,8
0,7
0,6
0,4
0,3
0,2
0,2
Proporção de
empresas
gazelas no total
das unidade
locais de alto
crescimento
23,2
21,5
23,7
26,1
19,5
23,6
24,0
24,5
25,6
23,3
28,3
23,3
26,9
22,1
28,4
22,2
26,0
21,6
25,2
26,7
23,8
26,9
26,3
22,9
23,4
35,9
27,4
25,3