DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
Movimentos artísticos vanguardistas da Primeira Guerra Mundial
1. Purismo
Orfismo
Vorticismo
n
Futurismo
Arte Moderna e Contemporânea
2. Contexto Histórico
n Disputa de mercados consumidores entre as nações
imperialistas.
n Rivalidade Anglo - Alemã: rápida industrialização
alemã e ameaça ao comércio inglês.
n Rivalidade Franco - Alemã: Guerra Franco-Prussiana
(1870-1871). Disputa pelo Marrocos.
n Rivalidade Russo - Alemã: Construção da Ferrovia
Berlim-Bagdá.
n Rivalidade Astro- Russa: Expansão da Rússia para ter
saída ao mar Mediterrâneo
n Nacionalismo da Sérvia
3. Primeira Guerra-Mundial
n Tríplice Aliança: Alemanha -
Itália - Áustria - Hungria -
Turquia e Bulgária
n Tríplice Entente: Inglaterra -
França - Rússia (EUA) -
Japão - Portugal - Romênia -
Grécia - Brasil - Canadá -
Argentina.
n Tratado de Versalhes (1919)
n Entre 1914 e 1918 - 9 milhões
de mortos e 40 milhões de
mutilados.
4. Primeira Guerra-Mundial
n Tríplice Aliança: Alemanha -
Itália - Áustria - Hungria -
Turquia e Bulgária
n Tríplice Entente: Inglaterra -
França - Rússia (EUA) -
Japão - Portugal - Romênia -
Grécia - Brasil - Canadá -
Argentina.
n Tratado de Versalhes (1919)
n Entre 1914 e 1918 - 9 milhões
de mortos e 40 milhões de
mutilados.
6. PURISMO
Aconteceu depois da I Guerra Mundial. (1914-1918). - Durou 8 anos.
Propõe novos caminhos a partir do cubismo.
Surge oficialmente em 1918 – publicação do livro “ Après le cubisme, “pelo pintor francês Amédée
Ozenfant, e pelo pintor, escultor e arquiteto suíço Charles-Edouard Jeanneret ou Le Corbusier
como era conhecido.
Requeriam a volta de uma arte saudável, baseada na clareza e na objetividade , e tempo
criticavam o cubismo dizendo ser esta uma forma elaborada de decorar .
Este movimento atinge as esferas internacionais através da arquitetura e do design.
As declarações puristas são vinculadas as revistas:-L'Esprit nouveau (1920-1925), fundada
pelos 2 criadores do movimento, e pelo poeta Paul Dermée, e conta com a colaboração de
demais artistas e intelectuais como Maurice Raynal, Pierre Reverdy, Blaise Cendrars , Fernand
Léger, entre outros.
Esse novo estilo é apresentado em 1925 em Paris no pavilhão Esprit Nouveau, por ocasião da
Exposição de Artes Decorativas.
Segundo os puristas existe no homem uma necessidade de ordem imutável, e essencial que
corresponde ao desejo de encontrar o equilíbrio humano.
Assim como a ciência a arte é capaz de trazer a proporção e a harmonia do espírito – o que leva o
homem a felicidade.
Inspiravam se nas máquinas e nas formas numéricas clássicas. (relação como renascimento
das leis harmônicas fundadas na proporção – estas são as leis da vida.
7. LE CORBUSIER. L'Esprit Nouveau. Revue
internationale d'esthétique. Numéro 3 au
PRECISÃO, SIMPLICIDADE , numéro 28. Paris: Éditions de l'Esprit Nouveau,
novembre 1920 - janvier 1925.
HARMONIA são qualidades
estéticas.
Arquitetura, design e engenharia
com caráter humanista. Deve haver
funcionalidade e equilíbrio plástico
nas proporções dos objetos e
formas.
n DKJFLK
Negam a abstração geométrica.
Retomam alguns temas cubistas
(objetos do cotidiano, instrumentos
de música)
Falta de ornamentação.
Influenciou Tarsila do Amaral e
Mário de Andrade que eram leitores
da revista.
http://www.christies.com/LotFinder/lot_details.aspx?intObjectID=5404335
8. PURISMO
“O quadro é uma máquina para transmissão dos sentimentos.”
( Le Corbusier. p119)
9. A casa purista de dois andares projetada pelo arquiteto suíço contém esculturas de Henri Laurens (1885-1954) e Jacques Lipchitz
(1891-1973), alguns objets types produzidos industrialmente, pinturas puristas e mobiliário de madeira de Thonet.
10. Interior view of Le Corbusier’s Pavillon de l’Esprit Nouveau (01925; reconstructed in Bologna, Italy in 01977)
Photo by Susumu Hirayama
11.
12. Falta de ornamentação.
Definição de contornos.
cores lisas e tenues.
Construção simples de perfil e
Profundidade.
Precisão geométrica.
Amedée Ozenfant. Garrafas e
vasilhas1920. Óleo sobre
lienzo. 72 x 60 cm. Museo
del Hermitage. San
Petersburgo. Rusia.
15. Jacques Lipchitz (American (born
Lithuania), Druskininkai 1891–1973
Capri) Homem sentado meditando.
1925
16. ORFISMO
“O cubismo órfico (...) é a arte de pintar novas
estruturas a partir de elementos (...)
inteiramente criados pelo próprio artista , (...)
dotados de plenitude da realidade. “
Guillaume Apollinaire (1880 - 1918)
17. ORFISMO
Paris entre 1911 e 1914.
Tendência à abstração ou pintura pura.
Termo cubismo órfico é utilizado pela primeira vez por Guillaume Apollinaire
(poeta e crítico francês.
Pintores que a partir do cubismo se dirigiam a abstração.
Faz referência a Orfeu da mitologia , (poeta e tocador de lira que buscou formas
puras de música, e simboliza a fusão desta com outras artes.) – irracionalidade da
arte
Pintores órficos Robert Delaunay (1885 - 1941), Fernand Léger (1881 - 1955),
Marcel Duchamp (1887 - 1968) e Francis Picabia (1879 - 1953). O pintor e
artista gráfico tcheco Frank Kupka embora este não seja mencionado pelo
poeta.(1871 - 1957)
Delaunay e Picabia permanece pouco tempo no movimento,embora se identifique
como nome dado pelo poeta.
Recuperação de um certo lirismo e espiritualidade na pintura, em contraposição ao
o cubismo intelectual e austero
19. Marcel Duchamp. Nu descendo uma escada
nº2. 1912. Aquarela, tinta, lápis e pastel sobre
papel fotográfico147x89cm.
Filadélfia, Museum of Art
20. Francis Picabia. Primeira Bailarina no
transatlântico 1913. Aquarela. 75 x 55 cm.
Colección privada.
21. Francis Picabia. 1914. O Apuro.Aquarela lápiz sobre papel e cartão. 54 x 65 cm. Museo
Thyssen-Bornemisza.
22. Robert Delaunay (1885-1941)
Para Delaunay...
a abstração chega em 1913, com a série Contrastes Simultâneos: Sol e Lua.
Restringe o termo, ao uso da cor e formas não representativas como meio de
comunicar emoções e simular o agitação e dinamismo do mundo
moderno.
Acreditava em um resultado lógico da revolução impressionista.
Improviso na tela, sem esboços e desenho prévios.
Consciência moderna e dinâmica. Ideal justificado por Apollinaire, que diz
sobre: "um novo mundo com suas leis específicas".
Em 1913 Apollinaire perde o interesse pelo Orfismo, rompendo com
Delaunay em 1914 Robert e sua esposa Sonia Delaunay-Terk, são os que
permanecem por mais tempo associados ao movimento.
23. Robert Delaunay. 1913. Contrastes Simultâneos: Sol e Lua. Óleo sobre tela. 134.5 cm dim. Mrs. Simon Guggenheim Fund.
The Museum of Modern Art. New York.
26. Projet de couverture pour Vogue, 1916
Aquarelle, crayon, crayon de couleur, gouache
0.345 x 0.235 m.
Musée National d'Art Moderne - Centre Georges Pompidou, Paris
33. Frank Kupka (1871 - 1957)
Kupka – um dos pioneiros da arte abstrata
Série - Discos de Newton (1911 - 1912) -
propriedades físicas da cor e representação pictórica
do movimento.
Em sua carreira, Kupka empenha-se em transmitir o
significado espiritual por meio da cor e das formas
abstratas.
a obra Amorpha: Fuga em Duas Cores (1912) causa
sensação no Salão de Outono de 1912
Predomínio de movimentos circulares e estruturas,
com pequenos campos com cor.
35. Discos de Newton (1912)
Descripción: Óleo sobre tela. 49.5 x 65 cm.
Localización: Museé National d'Art Moderne. París. Autor: Frantisek Kupka
36. FUTURISMO
"...queremos libertar esse país (a Itália) de
sua fétida gangrena de professores,
arqueólogos, cicerones e antiquários“
Marinetti.
37. FUTURISMO
O Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti, é publicado em Paris em
1909. O primeiro de uma série de manifestos até 1924.
Partindo da Itália para o mundo, o movimento coloca-se contra o "passadismo" burguês e o
tradicionalismo cultural.
A exaltação da máquina, a velocidade do mundo, associada a técnica e a ciência torna se a nova
atitude estética e política.
De origem literária, o futurismo se expande com a adesão de um grupo de artistas reunidos em
torno do Manifesto dos Pintores Futuristas e do Manifesto Técnico dos Pintores.
Experimentação técnica e estilística nas artes, sem deixar o o debate político-ideológico.
Umberto Boccioni (1882 - 1916), Carlo Carrà (1881 - 1966), Luigi Russolo (1885 - 1947), Giacomo
Balla (1871 - 1958) e Gino Severini (1883 - 1966).
Em 1916, com a morte de Boccioni e com a crise social e política instaurada pela Primeira Guerra
Mundial (1914 - 1918), surge um segundo futurismo, apresentando Fortunato Depero.
Dinamismo e simultaneidade são paradigmas do futurismo.
38. FUTURISMO
A forte politização do movimento é traço marcante
No romance Mafarka, o Futurista, de Marinetti, e no Manifesto Técnico da Literatura Futurista.
É anticlerical - revelam os manifestos políticos lançados em 1909, 1911, 1913 e 1918.
Anti-socialista, pela defesa da modernização da indústria e da agricultura, da não redenção e de
uma política exterior agressiva.
Vários aderem ao fascismo.
- Futurismo e Fascismo (1924), Marinetti reúne discursos e relatos
Na música, o teórico, pintor e músico Russolo defende "a arte dos ruídos“.
O teatro sintético futurista (1915) prevê ações simultâneas que tomam o palco e a plateia.
O cinema a partir de 1915, é visto como a nova forma de expressão artística, para a
expressividade plural e múltipla, declara o manifesto Cinema Futurista (1916)
Influenciou outros artista e movimentos como Mikhail Larionov (1881 - 1964), Natalia
Gontcharova (1881 - 1962) e de Kasimir Malevich (1878 - 1935) o grupo dada o vorticismo,...
39. Nas Artes Visuais
Formas Únicas na
Continuidade do Espaço
(1913), de Boccioni
FORMAS ÚNICAS DA CONTINUIDADE NO ESPAÇO, 1913
BRONZE; 116.0 x 85.0 x 38.0 cm . MASP
47. “Os modernistas reunidos na
Semana de Arte Moderna de 1922,
em São Paulo, recebem
imediatamente a alcunha de
"futuristas" (configuram o
chamado futurismo paulista), em
virtude das propostas estéticas
renovadoras e das intervenções
estéticas de vanguarda. A
consideração cuidadosa das obras
de modernismo, entretanto,
permite aferir a distância entre a
vanguarda modernista brasileira e
a italiana.” ItaúCultural
http://bibliobelas.wordpress.com/2012/02/13/semana-de-arte-moderna-de-1922-90-anos-artigo-e-documentario/
50. VORTICISMO
“ No centro de um redemoinho existe
um grande lugar silencioso onde toda
energia se concentra. Ali, no ponto de
concentração, está o vorticismo”
Wyndhan Lewis. p 111
51. Edward Wadsworth (1889-1949) Granite Quarries, Darby Hill, Oldbury1919 Pen and ink on paper 254 x 362 mm Collection Tate
52. VORTICISMO
1914-1917, fundado em Londres por Wyndham Lewis.
Se inspira no futurismo italiano, e na defesa de um estilo puro e dinâmico capaz de trazer a
ação.
O termo do latim vortice, "redemoinho" é cunhado pelo poeta Ezra Pound, com base na obra
de Boccione.
A criação artística emana de um vórtice emocional.
A máquina, velocidade, técnica e ciência, são importantes para os vorticistas.
Primeira expressão do abstracionismo em solo inglês.
Se vale dos ideais Cubistas e do Cavaleiro Azul.
Visa romper com os modelos da tradição artística inglesa, por meio de uma síntese entre
elementos do futurismo e do simultaneidade de Robert Delaunay, que articula cor e movimento
Uma única exposição é realizada em Londres, em 1915.
Roger Fry e Wyndham Lewis, e outros vão formar, em 1914, o Centro Rebelde de Arte, matriz do
grupo.
53. VORTICISMO
As ideias surge como uma resposta de Lewis ao manifesto Arte Inglesa Vital de Marinetti, de
junho de 1914. Assim um artigo do pintor, escritor e crítico inglês, é editado no primeiro
número da revista Blast: Review of the Great English Vortex [Explosão: Revista do Grande
Vórtice Inglês], de 1914 que se torna o “Manifesto Vorticista”
Pound e Lewis são os principais artistas.
Defende uma poesia dotada de precisão, clareza e economia de linguagem, construída com
base no ritmo musical
A impessoalidade das imagens de Lewis, suas linhas retas, cortadas em ângulos, reaparece nos
trabalhos sobre a guerra, na qual ele serve como artilheiro e artista oficial.
Tem forte influência no modernismo britânico.
68. Fontes das Aulas
ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna. Tradução Denise Bottmann e Federico Carotti.
Prefácio Rodrigo Naves. São Paulo: Cia. das Letras, 1993. 709 p. il p&b. color.
CHALVERS, Ian. Dicionário Oxford de Arte. Tradução Marcelo Brandão Cipolla. 2.ed. São
Paulo: Martins Fontes, 2001.
DEMPSEY. Amy . Estilos escolas e movimentos.Cosac Nayf. São Paulo.2009
Stangos. Nikos (org). Conceitos da Arte Moderna.Zahar. Rio de janeiro. 1992.
GOMBRICH, Ernst H. A História da Arte. Rio de Janeiro: LTC. 16ª Edição, 1999.
JANSON. H.W. História Geral da Arte v.3 Arte Moderna - 2ºed. São Paulo: Martins Fontes,
2001.
JANSON, H. W. JANSON, Anthony. Iniciação à História da Arte. São Paulo:
Martins Fontes, 2000.
STRICKLAND, Carol. Arte Comentada – Da Pré-História ao Pós-Moderno. Ediouro
Publicações. Rio de
Janeiro, 1999.
Webgrafia:
Itaucultural. Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?
cd_pagina=2690>. Acesso em 24.09.2012