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Mega Tsunami de 100 metros pode atingir costa do Norte e
Nordeste do Brasil
2. 29/04/2013 | 11h02min
Um mega Tsunami pode atingir o Norte e Nordeste do Brasil e a Costa Leste dos USA. (abaixo foto de satélite das Ilhas
Canárias e o Vulcão Cumbre Vieja, na Ilha La Palma expelindo fumaça)
Um mega tsunami é um raro tsunami com ondas de mais de 100 metros de altura. Deixando de lado alguns grandes tsunamis
no Alasca, incluindo aí um de 520 metros de altura, na baia de Lituya.
Acredita-se que o último mega tsunami que atingiu uma área com população ocorreu há 4.000 anos. Geólogos dizem que tal
evento é causado por gigantescos deslocamentos de terra, originados por uma ilha em colapso, por exemplo, em um vasto
corpo d’água como um oceano ou um mar.
Mega tsunamis podem atingir alturas de centenas de metros, viajar a 900 km/h ao longo do oceano, potencialmente
alcançando 20 km ou mais terra adentro em regiões de plataformas continentais/costas de baixa altitude. Em oceanos
profundos, um mega tsunami é quase invisível. Move-se em um deslocamento vertical de aproximadamente um metro, com um
comprimento de ondas de centenas de quilômetros. Porém, a enorme quantidade de energia dentro deste movimento de
gigantesca massa líquida produz uma onda muito mais alta, à medida que a onda se aproxima de águas rasas situadas nas
costas litorâneas das plataformas continentais.
A Ilha de La Palma e a escura Cratera do Vulcão Cumbre Vieja
Terremotos geralmente não produzem tsunamis desta escala, a não ser que eles possam causar um grande deslocamento de
terra debaixo d’ água, tipicamente tais tsunamis têm uma altura de dez metros ou menos (seria o caso do Tsunami do Japão
em Março de 2011). Deslocamentos de terras que são grandes comparadas à profundidade atingem a água tão rapidamente
que a água que foi deslocada não pode se estabelecer antes que as rochas atinjam o fundo.
3. Isto significa que as rochas deslocam a água em velocidade total em todo seu caminho ao fundo. Se o nível da água é
profundo, o volume de água deslocado é muito grande e as partes baixas estão sob alta pressão. Isto resulta numa onda que
contém grande quantidade de energia.
Algumas pessoas assumem que mega tsunamis pré-históricos varreram antigas civilizações, como um castigo do(s) deus(es),
comum em muitas culturas ao redor do mundo. Porém, isto é improvável, considerando que mega tsunamis usualmente
acontecem sem qualquer aviso, atigindo apenas áreas costeiras e não necessariamente ocorrendo após uma chuva qualquer.
A hipótese de mega tsunamis foi criada por geólogos buscando por petróleo no Alasca. Eles observaram evidência de ondas
altas demais em uma baía próxima. Cinco anos depois, uma série de deslocamentos de terra foi revelada como a causa destas
altas ondas no Alasca. O histórico geológico mostra que mega tsunamis são muito raros, mas que devastam qualquer coisa
próxima à costa atingida. Alguns podem devastar costas de continentes inteiros. O último evento conhecido desta magnitude
aconteceu há 4 mil anos na Ilha de Reunião, leste de Madagascar.
UMA ONDA QUE ATINGIU 524 metros de ALTURA na BAIA DE LITUYA-ALASKA, EM 1958
Um fato sempre intrigou biólogos e geólogos na baia de Lituya, no Alaska. Ao redor de toda a baia, nas margens, existe uma
faixa de vegetação começando da linha d’água composta por arvores jovens e somente muitas dezenas e até centenas de
metros acima é que aparecem as árvores velhas. Os cientistas sempre souberam que as arvores jovens nasceram em
decorrência da morte das arvores velhas que ali estavam, mas não sabiam o que havia causado isso. Um evento geológico
colossal elucidou o enigma.
No dia 9 de julho de 1958, um grande terremoto de 8.5 graus na escala richter sacudiu a região da baia de Lituya. Uma grande
massa de rocha com volume estimado de 30 milhões de metros cúbicos se desprendeu de uma altura de 900 metros de uma
4. montanha, mergulhando na profunda baia de Lituya. O gigantesco e súbito deslocamento de água produziu uma descomunal
onda. Segundos depois, parte da onda atingiu a margem oposta ao deslizamento 1350 metros adiante e quebrou, subindo uma
outra montanha e derrubando arvores a inacreditáveis 524 metros de altura. O restante da onda seguiu adiante e arrasou com
a baia de Lituya derrubando arvores a até 200 metros de altura.
Os acontecimentos de 1958 no ALASCA mostraram que Tsunamis também podem ser criados por deslocamento de grandes
massas de rochas de ilhas vulcânicas e deslocamento de grandes massas de água sobre a plataforma continental, o que se
um dia ocorrer, será numa escala muito maior e poderá devastar faixas litorâneas inteiras de muitos países.
Ameaças de Mega tsunamis
Ilhas vulcânicas como as de Reunião e as Ilhas do Havaí podem causar megatsunamis porque elas não são mais do que
grandes e instáveis blocos de material mal agrupado por sucessivas erupções. Evidência de grandes deslocamentos de terra
foram encontradas na forma de grande quantidade de restos subaquáticos, material terrestre que caiu oceano adentro. Em
anos recentes, cinco de tais restos foram encontrados somente nas ilhas havaianas.
Alguns geólogos acreditam que o maior candidato para a causa do próximo megatsunami é a erupção do VULCÃO CUMBRE
VIEJA na ilha de La Palma, nas Ilhas Canárias, na costa oeste da África. Em 1949, uma erupção causou a queda do cume
de Cumbre Vieja e fez cair vários metros adentro do Oceano Atlântico. Acredita-se que a causa disto foi causada pela pressão
do magma em aquecimento e água vaporizando-se presa dentro da estrutura da ilha, causando um deslocamento da estrutura
da ilha.
A velocidade e a amplitude de deslocamento e o tamanho das ondas em caso de colapso do Vulcão Cumbre Vieja na Ilha de
La Palma.
Durante uma próxima erupção, que estima-se acontecerá em algum tempo nos próximos anos, séculos ou milênios, irá causar
um novo deslocamento da ilha, fazendo a metade ocidental, pesando talvez 500 milhões de toneladas, deslocar-se
catastroficamente em direção ao fundo do oceano e com isso gerando uma imensa onda em direção ao oeste, ao
norte/nordeste do Brasil e à costa leste dos EUA.
5. ”Isto irá automaticamente gerar um megatsunami com ondas locais com alturas de centenas de metros”.
Depois que o tsunami cruzar o Atlântico, provavelmente irá gerar uma onda com 10 a 25 metros de altura ao chegar no
Caribe e na costa leste da América do Norte várias horas depois (entre oito a dez horas), gerando grandes problemas
econômicos e sociais para as populações litorâneas sobreviventes dos países envolvidos e para a economia global como um
todo. Enquanto que potencialmente não tão destruidor como um super-vulcão, um mega tsunami seria um desastre sem
precedentes em quaisquer regiões em que este evento ocorra.
Investigação intensiva na seqüência da catástrofe do tsunami na Indonésia de 26 de dezembro de 2004 mostrou que muitas
outras zonas costeiras também estão em perigo de sofrerem impacto de tsunamis. Assim, as costas leste e oeste do Atlântico
e na costa do Mediterrâneo, não estão a salvo de maremotos e, portanto, devem ser mais bem protegidas.
TSUNAMIS NO ATLÂNTICO
Mapa de ocorrências históricas de Tsunamis no Atlântico:
Locais de ocorrências de Tsunamis na área do Oceano Atlântico. Em vermelho houve séria destruição, em amarelo destruição
moderada e em branco pequena destruição.
Poucas catástrofes como tsunamis ocorrem no Atlântico, em comparação com o Pacífico. Os maremotos em Lisboa (em 1º de
NOVEMBRO DE 1755, posterior ao grande terremoto acontecido no mesmo dia com epicentro no nordeste do Oceano
Atlântico e que destruiu Lisboa) e em Porto Rico foram até agora a maior catástrofe de tsunamis, quando milhares de pessoas
perderam suas vidas. Saiba mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sismo_de_Lisboa_de_1755
6. Localização potencial do epicentro do terremoto de 1755 em LISBOA e o tempo de propagação e chegada do
posterior tsunami, em horas após o sismo.
Vulcão pode provocar tsunami nos EUA e no norte do Brasil, dizem cientistas
Por Daniel Flynn - www.reuters.com
Madri, Espanha (Reuters) - Uma onda de 50 metros de altura atingindo o litoral atlântico dos Estados Unidos e destruindo tudo
no seu caminho –não se trata de um filme de Hollywood, mas de uma sombria previsão de cientistas britânicos e norteamericanos, que também incluem o BRASIL na lista de possíveis lugares atingidos.
Enquanto a comunidade internacional tentava ajudar as vítimas do devastador maremoto de dezembro no sul da Ásia, os
especialistas alertam que a erupção de um vulcão nas ilhas Canárias (que pertencem à Espanha e ficam no litoral norte da
África) pode provocar a maior tsumami já registrado na história humana.
Cálculo do tamanho e da evolução das ondas do Tsunami com o colapso do Vulcão Cumbre Vieja nas Ilhas Canárias:
7. Cálculo da evolução da propagação das ondas do tsunami: A = 2 minutos, B = 5 minutos, C = 10 minutos, D = 15 minutos, E =
30 minutos, F = 1 hora, G = 3 horas, H = 6 horas atinge o Norte/Nordeste do BRASIL e I = 9 horas atingindo a Flórida.
Segundo um polêmico estudo desses cientistas, uma explosão no vulcão Cumbre Vieja, na ilha de La Palma, pode lançar uma
montanhas de rochas do tamanho de uma ilha dentro do Atlântico, a uma velocidade de até 350 quilômetros por hora. Mas
muitos cientistas dizem que o risco de uma megatsunami provocado por tal erupção está sendo exagerado. Nesse estudo, a
energia liberada pela erupção seria equivalente ao consumo de eletricidade nos Estados Unidos durante seis meses. As ondas
sísmicas se deslocariam pelo Atlântico na velocidade de um avião a jato (900 km/hora).
A devastação nos Estados Unidos provocaria prejuízos de trilhões de dólares e ameaçaria dezenas de milhões de pessoas.
Países como a Espanha, Portugal, Grã-Bretanha, França, BRASIL, Região do Caribe, Guianas, Venezuela e todos os países
da África Ocidental também poderiam ser atingidos pelas ondas gigantes. “Isso pode ocorrer na próxima erupção, que pode
acontecer no próximo ano, ou pode levar dez mil anos para acontecer”, disse Bill McGuire, do Centro de Pesquisas Benfield
Hazard, da Grã-Bretanha. (Sobre os EUA ver no Link: http://thoth3126.com.br/o-futuro-dos-eua-por-ned-dougherty/
O Cumbre Vieja, que teve sua última explosão em 1971, normalmente tem erupções em intervalos de 20 a 200
anos.“Simplesmente não sabemos quando vai acontecer, mas há alguém preparado para assumir o risco depois dos incidentes
do Oceano Índico?”, disse McGuire, propondo a criação de um programa para monitorar a atividade sísmica na encosta do
vulcão.
“Precisamos fazer com que as pessoas saiam antes do colapso em si. Uma vez que o colapso tenha acontecido, o Caribe teria
nove horas, e os EUA de 6 a 12 horas, para retirar dezenas de milhões de pessoas.” Mas outros especialistas vêem exageros
na previsão sobre o Cumbre Vieja ou sobre o vulcão havaiano de Kilauea. A Sociedade Tsunami, que reúne especialistas de
vários países, diz que essas teorias só servem para assustar as pessoas.
O grupo argumenta que o Cumbre Vieja não explodiria em uma única rocha e que a onda criada seria muito menor (apesar de
haver registros históricos de mega explosões como a do Vulcão submerso THERA em Santorini, no arquipélago das ilhas
gregas conhecidas como As Cíclades, no Mar Egeu, que em torno de 1.680 a.C. explodiu violentamente, literalmente jogando
pelos ares a maior parte da ilha Santorini e o topo da montanha.
8. Fotos de satélite de SANTORINI, no Mar Egeu e o gigantesco buraco/vazio deixado na ilha pela explosão do vulcão THERA
em 1.680 a.C.
O impacto daquela erupção fez-se sentir em toda a Terra, mas com particular intensidade na bacia do Mar Mediterrâneo. A
erupção do vulcão THERA em Santorini parece estar ligada ao colapso da Civilização Minóica na ilha de Creta, distante de
Santorini 110 km ao sul.
Acredita-se que tal cataclismo tenha inspirado as posteriores lendas acerca de Atlântida. Ver mais
em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Santorini ).
“Estamos falando de milhares de anos no futuro. Qualquer coisa pode acontecer. Nesse meio tempo um asteróide também
poderia cair na Terra”, disse George Pararas-Carayannis, fundador da Sociedade Tsunami.
Muitos especialistas acham que as tsunamis provocadas por deslizamentos abruptos duram menos do que aquelas gerados
por terremotos fortes, como o de 26 de dezembro de 2004, na Indonésia que matou cerca de trezentas mil pessoas.
Santorini à esquerda.
Charles Mader, editor de uma revista do Hazards sobre tsunamis, prevê que mesmo um enorme deslizamento em La Palma
provocaria ondas de apenas um metro de altura nos EUA.
De qualquer forma, especialistas avaliam que a ameaça das tsunamis estava subestimada antes da tragédia asiática, que
matou mais de 150 mil pessoas. “Não seria surpresa para mim se amanhã víssemos outra tsunami como essa,” disse PararasCarayannis, apontando para as falhas geológicas de Portugal, de Porto Rico e do Peru como riscos possíveis.
Para McGuire, um sistema de alerta no Oceano Índico teria evitado completamente as mortes em Sri Lanka e na Índia, já que
na maioria dos casos a população precisava se deslocar apenas um quilômetro para ficar a salvo. Na opinião dele, o risco dos
tsunamis para a Terra só é inferior ao do aquecimento global. “Com as costas fortemente ocupadas agora, particularmente nos
países em desenvolvimento, as tsunamis são um grande problema porque, ao contrário dos terremotos, transmitem a morte e
a destruição através de oceanos inteiros.”
9. O arquipélago da Ilhas Canárias. Na Ilha de EL HIERRO, AO SUL DA ILHA DE PALMA, onde está o CUMBRE VIEJA está
acontecendo uma enorme atividade sísmica, com muitos terremotos (alguns são submarinos)
Ilhas Canárias: Risco de erupção vulcânica em El Hierro ao sul de LA PALMA
Nos últimos dias do ano de 2011, se registrou uma série de movimentos sísmicos na ILHA DE EL HIERRO, e especialistas
estão agora a avaliar se o magma está subindo.
Barcos transportando equipes da Unidade Militar de Emergências do governo espanhol local partiram, no final da manhã, para
El Hierro, para uma eventual operação de evacuação. Cinquenta e três pessoas foram já realojadas e o principal túnel da ilha,
entre as localidades de Frontera e Valverde, foi fechado.
Foto à direita: El Hierro, nas Ilhas Canárias: Risco de erupção vulcânica. Esferas azuis e vermelhas marcam a ocorrência de
Terremotos recentes.
As autoridades espanholas estão a mobilizar-se para uma eventual evacuação da ilha de El Hierro, no arquipélago espanhol
das Canárias, devido ao risco de uma erupção vulcânica.
Desde o dia 19 de Julho até às 11h16 de hoje, foram registados 8.356 eventos sísmicos (TERREMOTOS) na ilha de EL
HIERRO, segundo dados do Instituto Geográfico Nacional (IGN) dA Espanha. Apenas 15 teriam sido sentidos de fato pela
população, segundo a edição online do diário espanhol El Pais.
Mas o número de sismos aumentou e alguns mais recentes parecem estar ocorrendo a uma profundidade menor do que a
maioria, o que pode significar um aumento do nível do magma sob a ilha.
10. Especialistas dizem que esta ocorrendo erupções submarinas em EL HIERRO, que se localizam a cerca de 2.000 metros de
profundidade no leito do oceano e a uma distância entre cinco e sete quilômetros da costa.
De qualquer forma, com o aumento na frequência dos eventos sísmicos o governo das Ilhas Canárias acionou o nível
“amarelo” de alerta – o segundo menos grave numa escla de quatro cores, e que implica em maior informação à população e
planificação de recursos. As autoridades estão se preparando para, caso necessário, retirar 4.000 pessoas da Ilha de El Hierro
em quatro horas.
Segundo Maria del Carmen Romero, professora de Geografia da Universidade de Laguna, citada pelo jornal La Vanguardia,
um dos principais riscos é o de desmoronamentos de terras, já que a ilha tem encostas muito acentuadas. No entanto, pode
não chegar a haver uma erupção vulcânica, lembrando de uma crise sísmica semelhante, descrita em crônicas de 1793, sem
erupção vulcânica.
Tradução, composição e imagens de várias fontes: Thoth3126@gmail.com
Thot 3126