SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 66
Descargar para leer sin conexión
CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ
                 FILIPE SALOMÃO
             LEONARDO GRATTAROLA




     Fusões de Instituições Bancárias no Brasil:
Um Estudo Comparativo dos Desempenhos Econômico-
    Financeiros Anteriores e Posteriores à Fusão.




                SANTO ANDRÉ - SP
                        2012
FILIPE SALOMÃO
             LEONARDO GRATTAROLA




     Fusões de Instituições Bancárias no Brasil:
Um Estudo Comparativo dos Desempenhos Econômico-
    Financeiros Anteriores e Posteriores à Fusão.



                          Monografia apresentada como exigência
                          parcial   para   obtenção   do   título   de
                          Especialista em Banking - Gestão de
                          Negócios Financeiros, ao Centro de Pós-
                          Graduação, Pesquisa e Extensão do
                          Centro    Universitário   Fundação   Santo
                          André
                          Orientador:
                          Prof. Dr. Eduardo Braga




                SANTO ANDRÉ - SP
                        2012
Salomão, Filipe
Fusões de Instituições Bancárias no Brasil:
Um Estudo Comparativo dos Desempenhos Econômico-Financeiros
Anteriores e Posteriores à Fusão. / Filipe Salomão, Leonardo
Grattarola. - Santo André, 2012. – 64 f.




Monografia – Centro Universitário Fundação Santo André.
Pós graduação. Banking - Gestão de Negócios Financeiros
Orientador: Dr. Eduardo Braga




1º Fusão 2º Desempenho econômico-financeiro 3º sistema bancário
I. Grattarola, Leonardo II. Título
FILIPE SALOMÃO
                         LEONARDO GRATTAROLA


             Fusões de Instituições Bancárias no Brasil:
    Um Estudo Comparativo dos Desempenhos Econômico-
           Financeiros Anteriores e Posteriores à Fusão.




Esta monografia foi apresentada como exigência parcial para obtenção do título de
Especialista em Banking - Gestão de Negócios Financeiros, ao Centro de Pós-
Graduação, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Fundação Santo André


Data: ___ / ___ / ___




                   _____________________________________
                                     Orientador:
                               Prof. Dr. Eduardo Braga


                        Professores que compuseram a banca:




                   _____________________________________
                             Prof. ____________________




                   _____________________________________
                             Prof. ___________________
AGRADECIMENTOS




Agradecemos a todos os Seres Divinos que nos auxiliaram no transcorrer da
elaboração desta monografia e acima de tudo agradecemos a Deus pelo presente:
as nossas vidas.


Ao professor Eduardo Braga por sua dedicação, entusiasmo e conhecimento para
orientação deste trabalho.


E aos nossos familiares e amigos pela motivação e companheirismo, nos
encorajando e apoiando durante o decorrer do estudos.


Filipe: Mesmo que a palavra "obrigado" signifique tanto, não expressará tudo o que
gostaria de demonstrar por mais uma fase completada.


Agradeço aos meus pais, Jorge e Neide, dos quais tenho orgulho e são meus
maiores exemplos. Aos meus irmãos, Gabriela e Rafael, outros exemplos do que
fazer e, às vezes, do que não fazer.


A minha melhor amiga e namorada Bruna, por toda a ajuda, por todo amor, carinho,
que tem me dedicado.


Aos meus colegas de classe e trabalho e aos meus amigos que nos momentos de
exaustão sempre foram uma válvula de escape. Obrigada a todos.


Obrigado a Deus por toda a sorte que tenho!


Leonardo: Agradeço o amor, compreensão, união e força de meus pais, Stefano e
Idevania, minha irmã Gabriella e minha companheira Mayara.


Aos meus amigos e colegas, companheiros e alegrias para todos os momentos bons
e de dificuldade, somente tenho que agradecer por tudo.
"Veni, Vidi, Vici.''
  Júlio César, 47 a.C.
RESUMO




Essa monografia analisa o desempenho econômico-financeiro nos anos que
antecederam e também nos que sucederam o processo de fusão dos bancos Itaú e
Unibanco e também da fusão dos bancos Real e Santander, visando identificar os
reflexos da fusão em cada processo. Para a comparação desses dois tempos, houve
o levantamento documental e uma revisão bibliográfica referente ao tema proposto.
Dentre os dados analisados, estão dados contábeis e financeiros das instituições
dos anos de 2007, 2008, 2009 e 2010. Serão utilizados um procedimento de
comparação e uma abordagem dedutiva dos dados entre os anos anteriores e
posteriores. O levantamento dos dados foi feito através dos sites dos bancos
analisados e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).



Palavras-chave: Fusão Desempenho econômico-financeiro Sistema bancário.
ABSTRACT




This monograph analyzing financial performance in the years before and also in the
process that followed the merger of Itaú and Unibanco banks and also the merger of
Royal Bank and Santander, to identify the consequences of the merger in each
process. To compare these two times, there was a documentary survey and a
literature review on the topic proposed. Among the analyzed data are accounting
data and financial institutions in the years 2007, 2008, 2009 and 2010. A procedure
will be used for comparison and a deductive approach of data between the previous
and subsequent years. Data collection was done through the websites of banks
analyzed and the site of the Securities Commission (CVM).




Keywords: Merger Financial performance The banking system.
LISTA DE FIGURAS

Imagem 1: Logo Real ............................................................................................... 31
Imagem 2: Logo Santander ...................................................................................... 32
Imagem 3: Logo Unibanco ........................................................................................ 34
Imagem 4: Logo Itaú ................................................................................................. 35
LISTA DE GRÁFICOS E FORMULAS


Gráfico 1: Spread ..................................................................................................... 42
Gráfico 2: Leverage .................................................................................................. 43
Gráfico 3: RPL ........................................................................................................... 45
Gráfico 4: RIT ............................................................................................................ 46
Gráfico 5: Margem Financeira ................................................................................... 47


Fórmula 1 ................................................................................................................. 42
Fórmula 2 .................................................................................................................. 43
Fórmula 3 .................................................................................................................. 45
Fórmula 4 .................................................................................................................. 46
Fórmula 5 .................................................................................................................. 47
SUMÁRIO



1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
     1.1 Objetivos .......................................................................................................... 12
       1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................................ 12
       1.1.2 Objetivos Específicos................................................................................. 12
     1.2 Justificativas .................................................................................................... 13
     1.3 Procedimentos metodológicos ......................................................................... 13
     1.4 Delimitações da pesquisa ................................................................................ 13
     1.5 Estrutura do trabalho ....................................................................................... 14
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 15
     2.1 Motivos ............................................................................................................ 15
       2.1.1 Transformação ........................................................................................... 17
       2.1.2 Cisão.......................................................................................................... 17
       2.1.3 Fusão ......................................................................................................... 18
     2.2 Desvantagens .................................................................................................. 19
     2.3 Métricas de Desempenho das organizações. .................................................. 21
3. DADOS SOBRE FUSÔES .................................................................................... 25
     3.1 As grandes fusões do Brasil e a interferência do CADE. ................................. 25
     3.2 Cadê ................................................................................................................ 28
4.     METODOLOGIA ESTUDO                            DE CASO              - ANALISE              DO      DESEMPENHO
ECONÔMICO-FINANCEIRO..................................................................................... 31
     4.1 Históricos dos Bancos ..................................................................................... 31
       4.1.1 Banco Real ................................................................................................ 31
       4.1.2 Santander .................................................................................................. 32
       4.1.3 Unibanco .................................................................................................... 34
       4.1.4 Itaú ............................................................................................................. 35
     4.2 Demonstrativos contábeis................................................................................ 37
     4.3 Índices ............................................................................................................. 38
       4.3.1 Solvência e Liquidez .................................................................................. 39
       4.3.2 Capital e Risco ........................................................................................... 39
       4.3.3 Rentabilidade e lucratividade ..................................................................... 40
     4.4 Analise dos resultados dos índices .................................................................. 40
4.4.1 Spread Bancário ........................................................................................ 42
      4.4.2 Leverage (alavancagem) ........................................................................... 43
      4.4.3 Retorno sobre Patrimônio líquido............................................................... 45
      4.4.4 Retorno sobre o Investimento Total ........................................................... 46
      4.4.5 Margem Financeira .................................................................................... 47
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 48
5.1 RECOMENDAÇÕES PARA ESTUDOS FUTUROS ............................................ 49
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50
ANEXO ...................................................................................................................... 58
11



1 INTRODUÇÃO




O sistema financeiro brasileiro sofre muitas mudanças com o decorrer do tempo;
dentre as que mais afetam o segmento deste mercado estão as fusões, aquisições e
incorporações que ocorreram entre os bancos. A cada dia são criados diversas
especulações de novas fusões entre grandes bancos devido a problemas do
mercado interno e externo ou a tentativa de adquirir mais poder de mercado ou
fortalecimento da marca. Esses boatos muitas vezes se tornam fatos, como vários
exemplos que ocorreram dos últimos anos.


Os aspectos que motivaram essas grandes transformações são diversos, como a
alta concorrência interna e externa, a globalização e a busca por cada vez mais
lucros e spread das instituições. Essa monografia estuda duas grandes fusões, a
dos bancos Itaú e Unibanco e a aquisição do banco Real pelo Santander. Entende-
se aqui que fusão e aquisição que pode também ser descrita como incorporação têm
o mesmo sentido:


                    [...] explica que na primeira, desaparecem todas as sociedades que se
                    fusionam, integrando-se suas empresas e seus sócios em uma nova
                    sociedade, que para esse efeito se constitui; na segunda, uma ou mais
                    sociedades dissolvem-se e são absorvidas por outra sociedade existente.
                    Portanto, a fusão por criação de nova sociedade é a fusão propriamente dita
                    ou fusão “latu sensu”, reservando alguns autores e legislações, o termo
                    fusão para essa forma, opondo-a à fusão por absorção, a que denominam
                    de incorporação. Mas, na realidade, em ambos os casos, há fusão de
                    sociedades, pois o que é distinto é o procedimento para realizá-la. [...]
                    Portanto, entende-se que apenas alguns aspectos formais e secundários se
                    apresentam diversamente, não afetando a essência da fusão. (BUGARELI,
                    2000, p.71, apud SOUZA, 2011, p. 7).


Esses dois processos foram movidos pelos motivos citados anteriormente e
principalmente pela grande crise financeira que o mundo viveu nos últimos anos,
causado em grande parte pela crise Hipotecária dos Estados Unidos (EUA) ocorrida
em 2008, que fez com que houvesse redução do crédito no Brasil, dificultando
financiamentos de empresas e diminuindo o consumo das famílias brasileiras,
afetando assim o crescimento da economia do país. Porém os bancos brasileiros,
por conta das regulamentações e leis difundidas pelo sistema financeiro brasileiro,
conseguiu manter-se muito bem nesses tempos de crises. A fusão para os bancos é
12



uma maneira de garantir a sua sobrevivência no cenário nacional, pois, com a fusão
a instituição ganha mercado e grande competitividade. Em um processo de
incorporação de empresas há fatores negativos também comuns à todos os
processos, que se pode citar como a exposição da marca, demissões de
funcionários/colaboradores causando assim grande insatisfação e anseios dos
demais que ficaram, além de incentivar protestos e manifestações. É necessário
respeitar os clientes de cada instituição e seus colaboradores, uma vez que
nenhuma transformação desta passa sem deixar rastros ou marcas. Por isso os
donos, sócios, acionistas e CEOs destas empresas tiveram alguns problemas
girando em torno das vantagens que eles queriam tirar dessas transações. Entre
pontos negativos e positivos, os resultados financeiros dessas fusões são a base
para o problema dessa pesquisa: Comparativamente, qual o resultado do
desempenho econômico-financeiro entre as instituições antes e o depois da fusão?


1.1 Objetivos




1.1.1 Objetivo Geral




Identificar as verdadeiras mudanças financeiras dentro de cada instituição depois da
fusão.


1.1.2 Objetivos Específicos




A partir do objetivo geral, delimitaram-se os seguintes objetivos específicos:


Analisar o desempenho econômico-financeiro dos bancos, antes da fusão, de forma
separada, somando-as para uma comparação futura;
Analisar o desempenho econômico-financeiro dos bancos, depois da fusão;
Analisar e comparar a evolução do desempenho econômico-financeiro de antes e
depois da fusão.
13



Identificar as semelhanças e diferenças das evoluções entre as duas fusões
ocorridas no setor bancário.


1.2 Justificativas




Os riscos, dificuldades e problemas em uma fusão são inúmeras; o estudo visa
identificar os reais benefícios desse procedimento, para entender se é tão
benevolente ou lucrativo a ponto de colocar em risco o nome e marca de duas
grandes instituições. Com a pesquisa é possível identificar as causas e
consequências, analisando os motivos e resultados decorrentes da fusão, para que
possa verificar se há reais benefícios para a instituição de maneira econômico-
financeiro.


1.3 Procedimentos metodológicos




O método de abordagem e de procedimento para esse estudo será o dedutivo e
comparativo. Para a base do estudo, utilizará pesquisa documental: livros, sites,
revistas e jornais.


1.4 Delimitações da pesquisa




Serão utilizadas as demonstrações contábeis das quatro instituições financeiras de
forma padronizada, para que possa ser feita a comparação de maneira mais
confiável entre elas. Para isso limita-se aos anos 2007, 2009 e 2010, sendo 2007
analisadas as instituições separadamente, e já analisadas com as fusões efetuadas
a partir de 2009. De acordo com o modelo de Assaf Neto (2007) será feito o
comparativo de cada ano com o ano anterior. O ano de 2008, por ser o ano em que
foram feitas as fusões não será analisado por conflitos em números e reestruturação
das empresas; por esse motivo também, apenas serão analisados dados relevantes
aos quatro bancos, deixando de analisar possíveis empresas ligadas à gerencia dos
mesmos.
14



A análise do desempenho econômico financeiro será feita através dos dados
publicados, como patrimônio e lucro das instituições e por índices calculados através
dos   números     fornecidos   pelos   balanços   publicados   como:   alavancagem,
endividamento e liquidez.


1.5 Estrutura do trabalho




É abordado no capitulo 1 o conceito geral em relação a linha de pesquisa escolhida
para o trabalho e suas principais razões e motivações, assim como todo o
procedimento utilizado e os motivos de suas escolhas.


Posteriormente, no capitulo 2, é demonstrado o referencial teórico sobre fusões,
cisões, transformações de empresas, e as principais métricas de desempenho das
instituições financeiras .


No capitulo seguinte são dadas as contextualizações históricas das grandes fusões
ocorridas no Brasil, da abertura de mercado na década de 90 e a história e regras do
CADE, o órgão regulador das fusões no Brasil.


No capítulo 4 é apresentado o estudo de caso do trabalho, as duas fusões entre Itaú
e Unibanco e entre Santander e Real. Abordado ainda nesse capitulo, os aspectos
contábeis, a forma de análise dos índices e os comparativos entre os anos e as
instituições. Também serão destacadas as principais diferenças entre o antes e o
depois de cada fusão, e suas principais semelhanças. Mostrando a correlação de
crescimento econômico-financeiro de cada banco e de cada fusão.


Por ultimo, no final é identificada todas as conclusões sobre o problema do estudo
de caso abordado.
15



2 REFERENCIAL TEÓRICO




Para essa pesquisa, serão analisados alguns termos que entraram em moda no
Brasil nas ultimas décadas, a fusão. Conforme Gonçalves Neto (2010,p.279):


                      A transformação, a incorporação, a fusão e a cisão são alterações na
                      estrutura e conformação societárias que se caracterizam como institutos
                      jurídicos que têm a extraordinária vantagem de permitir a mudança da forma
                      societária ou a transmissão do patrimônio e do corpo associativo, sem
                      necessidade de dissolução e liquidação ou de outras formalidades mais
                      complexas.


Com base nisso será abordado as principais motivações que levam as empresas a
fazerem essas mudanças e como funciona cada um desses procedimentos nesse
capitulo.


2.1 Motivos




No cenário atual, o alto índice de crescimento dos mercados tem mostrado para as
empresas um grande aumento na concorrência entre as empresas nacionais, além
da entrada de empresas internacionais que estão fortemente no mercado brasileiro,
fora também o aumento dos diversos tributos e taxas que devem ser pagos ao
governo. Por isso é preciso que cada empresa se adapte para ser competitiva,
rentável para sobreviver no mercado atual.


As vezes algumas empresas podem não se sustentar sozinhas, e há a necessidade
de usar alguns tipos de estratégias mais agressivas do que as normais, estratégias
essas que muitas vezes se tornam o que se chama de '' junção '' com outra empresa
do mesmo ramo, ou até mesmo de outro segmento de mercado. No termo técnico
essas junções são as transformações, incorporação, cisão e fusão. Conforme a Lei
6.404/76, artigo 223 das sociedades anônimas de 1976: "a Incorporação, fusão ou
cisão podem ser operadas entre sociedades de tipos iguais ou diferentes e deverão
ser deliberadas na forma prevista para a alteração dos respectivos estatutos ou
contratos sociais".
16



Para que sejam feitas essas reformulações entre duas ou mais empresas, são
necessárias diversas precauções, estudos, além é claro, de trabalhar conforme os
órgãos reguladores e com as leis dentre outras burocracias.
Conforme a Lei Nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, tem-se:

                    Protocolo
                    Art. 224. As condições da incorporação, fusão ou cisão com incorporação
                    em sociedade existente constarão de protocolo firmado pelos órgãos de
                    administração ou sócios das sociedades interessadas, que incluirá:
                    I - o número, espécie e classe das ações que serão atribuídas em
                    substituição dos direitos de sócios que se extinguirão e os critérios
                    utilizados para determinar as relações de substituição;
                    II - os elementos ativos e passivos que formarão cada parcela do
                    patrimônio, no caso de cisão;
                    III - os critérios de avaliação do patrimônio líquido, a data a que será
                    referida a avaliação, e o tratamento das variações patrimoniais posteriores;
                    IV - a solução a ser adotada quanto às ações ou quotas do capital de uma
                    das sociedades possuídas por outra;
                    V - o valor do capital das sociedades a serem criadas ou do aumento ou
                    redução do capital das sociedades que forem parte na operação;
                    VI - o projeto ou projetos de estatuto, ou de alterações estatutárias, que
                    deverão ser aprovados para efetivar a operação;
                    VII - todas as demais condições a que estiver sujeita a operação.
                    Parágrafo único. Os valores sujeitos a determinação serão indicados por
                    estimativa. (BRASIL, 2012,apud CVM, 2012).


Dentre outros motivos que levam a empresa a toda essa nova etapa, além da
sobrevivência no mercado, tem o lado da agressividade da empresa em querer
ampliar seus investimentos e clientes, alcançar novos mercados e diversificar os
negócios e parceiros das empresas. Como Gonçalves Neto (2010, p.281) defende
“Servem-se as empresas para crescer, ajustando-se às exigências da produção em
massa e da economia de mercado”.
Dessa forma, as empresas agem de acordo com o mercado onde elas estão para a
sobrevivência, ou para expansão.
Porém, além de atender a todas as leis e obrigações, uma transformação dessa não
deve também desagradar sócios e acionistas, Assaf Neto (2007, p. 40) salienta que:


                    Para qualquer alteração que haja em uma sociedade deve haver o
                    consentimento unânime de todos os acionistas, exceto se constar no
                    estatuto ou contrato social que o sócio que não esteja de acordo, possa
                    deixar a sociedade. E completa, que a transformação societária não pode
                    prejudicar de forma alguma os credores, os quais continuam com as
                    mesmas garantias.


Depois de toda a análise, deve-se entender a diferença entre cada uma dessas
reformulações.
17



2.1.1 Transformação




Para todas as formas de incorporação existem regras que devem ser seguidas,
regras essas que protegem os acionistas e clientes da empresa, contra mudanças
de valores, monopólios ou prejuízos.


A principal diferença entre a fusão a cisão e a incorporação está no resultado final
da empresa, ou seja, como que ela fica após o processo. No caso da transformação,
conforme está descrito na lei, ''A transformação é a operação pela qual a sociedade
passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo para outro"
(BRASIL, 2012, art. 220), a mudança está no tipo de empresa que ela irá se tornar,
por exemplo, transformar uma empresa limitada (Ltda.) em uma Sociedade Anônima
(S.A.).


2.1.2 Cisão




Enquanto a transformação muda o tipo da empresa, a cisão efetuada entre duas ou
mais empresas é o ato de transferir seu patrimônio a uma ou mais empresas,
podendo ou não desaparecer, conforme descrito na lei (BRASIL, 2012, art. 229).


A cisão é uma estratégia segura para expandir ou defender o mercado, temos como
um bom exemplo, a Autolatina, cisão da Volkswagen e da Ford, feita para a
fabricação de motores de dois automóveis das marcas; essa cisão ocorreu de forma
parcial, onde cada empresa pegava e controlava a parte que lhe interessava, porém,
utilizando mesmo local e mão de obra.


Um grande problema do caso da cisão parcial é o fato de que em muitas vezes, as
ações da empresa menos valorizadas, vai ao mercado após a cisão com o valor
superestimado fazendo assim com que haja desvalorização do papel na sua
chegada a bolsa de valores.
18


                    As operações de cisão envolvendo companhias abertas são bem vistas
                    pelos especialistas, entretanto nem sempre se traduzem em ganho para os
                    investidores. Em alguns casos, as ações nascidas com a nova empresa
                    acabam sendo desprezadas pelo mercado.
                    (CISÃO,2012).

2.1.3 Fusão




Por último das três incorporações abordadas, na Fusão, diferente das anteriores,
ocorre a junção dos patrimônios de duas empresas e formam uma nova empresa
com essa união. Como exemplo, os bancos Itaú e Unibanco que formaram o banco
Itaú-Unibanco ou do grupo Pão de Açúcar com Casas Bahia.


Segundo a Lei nº 6.404/76(BRASIL, 2012, art.228), fusão é a união de duas ou mais
empresas gerando uma nova e única grande empresa.


Dentre as três incorporações vistas, a fusão é a mais ocorrente pelo simples motivo
de o acordo entre as empresas se tornar mais simples, uma vez que o resultado é
uma nova empresa, não há a briga por egos para ver qual será a empresa que
continuara utilizando o seu antigo nome, mesmo que esse nome seja o mesmo
nome antigo com um plus, assim como no caso do Itaú e o Unibanco que apenas
juntaram os seus dois nomes. De Acordo com a LEI Nº 6.404:


                    Fusão
                           Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais
                    sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os
                    direitos e obrigações.
                           1º A assembléia-geral de cada companhia, se aprovar o protocolo de
                    fusão, deverá nomear os peritos que avaliarão os patrimônios líquidos das
                    demais sociedades.
                          2º Apresentados os laudos, os administradores convocarão os sócios
                    ou acionistas das sociedades para uma assembléia-geral, que deles tomará
                    conhecimento e resolverá sobre a constituição definitiva da nova sociedade,
                    vedado aos sócios ou acionistas votar o laudo de avaliação do patrimônio
                    líquido da sociedade de que fazem parte.
                            3º Constituída a nova companhia, incumbirá aos primeiros
                    administradores promover o arquivamento e a publicação dos atos da fusão.
                    (BRASIL, 2012, art.228).
19



Assim como os outros dois processos, essa transação sempre tem como um objetivo
maior agregar novos valores as empresas, conforme Harding:

                     Joseph Bower, em um artigo referencia na Harvard Business Review
                     intitulado, 2001, “Nem todas as fusões e aquisições são parecidas – e isso é
                     importante” apresentou cinco motivos pelos quais uma empresa pode
                     querer fazer uma transação:
                     1.      Como uma ferramenta de reduzir a capacidade na industria.
                     2.      Como uma ferramenta para consolidar uma industria fragmentada
                     3.      Como uma maneira de estender segmentos de produto ou mercado.
                     4.      Como uma maneira de adquirir competência/ativos em P&D.
                     5.      Como uma ferramenta para construir um novo setor.(BOWER, 2001,
                     apud HARDING, ROVIT, 2004, p.26).


2.2 Desvantagens




A probabilidade de o processo de incorporação entre duas ou mais empresas ter
problemas ou ser um completo fracasso são enormes; são inúmeros problemas e
detalhes que devem ser estudados antes de começar o procedimento. É necessário
que haja um bom planejamento, um integração rápida e sem traumas entres as
empresas, e não por menos, que haja sorte, pois fatos imprevistos podem acontecer
a qualquer momento e levar diversos problemas a mais para as empresas.


                     Muitas transações fracassaram em grande parte por causa da avaliações
                     extremamente otimistas da promessa de aumento de receitas através de
                     uma fusão ou aquisição. Na verdade, a simples noção de “sinergia” tem sido
                     praticamente desacreditada, pelo numero de vezes que foi utilizada para
                     justificar aquisições que mais tarde fracassaram.
                     (HARDING, ROVIT, 2004, p.103).


Mas como preparar duas empresas, e todos seus funcionários, quando o tempo para
esse preparo é mínimo? Como visto, um dos principais fatores do grande número de
fusões ocorridos no Brasil, é exatamente o perigo de falência e de concorrências
desleais no mercado, fazendo com que as empresas procurem rapidamente uma
alternativa para o rápido crescimento.


Segundo dados de Souza (2011) a empresa de auditoria Pricewaterhouse Coopers
(2010), em 2007, foram realizadas 721 fusões ou aquisições no Brasil, esse número
é mais de 30% maior do que em 2006.
20



Com todas essas fusões, nem todas são pensadas com tempo e tranquilidade
suficiente, aumentando assim, as chances de erros,
De acordo com Steensman e Gould (1999),


                    para se evitar o trauma de processos integradores exageradamente
                    forçados, as instituições devem efetuar um planejamento de oportunidades
                    para a aprendizagem cruzada entre as empresas em fusão, de forma a
                    estabelecer naturalmente pontos de afinidade nas etapas críticas do
                    processo. (STEENSMAN, GOULD, 1999, apud ALMEIDA, 2010, p.43).


Sem essas afinidades, é fácil ocorreram demissões, e insatisfação dos funcionários,
podendo até a empresa perder grandes talentos.


                    A verdade é que nenhuma transação acontece conforme o planejado.
                    (algumas não chegam nem perto). As suposições se provam erradas,
                    Pessoas se demitem. Os concorrentes tiram vantagens da situação. Os
                    clientes ficam contrariados.(HARDING, ROVIT, 2008, p.30).


Diante de toda essas tempestades que vão aparecendo durante o processo, a
empresa continua sofrendo pressão de seus concorrentes, podendo perder a
confiança por causa de sua instabilidade diante de todo esse processo complicado;
''[...] seus concorrentes não estão esperando sentados; eles estão se mobilizando
para tirar vantagem de qualquer fraqueza sua relevada após a fusão.''(HARDING,
ROVIT, 2008, p.107).


Por isso que todo o estudo e preocupação antes do processo, dificilmente será
suficiente, sempre será necessário gerentes preparados para qualquer imprevisto,
assim como que depois de feita a fusão, é necessário muita experiência para
conseguir segurar a empresa no momento que se segue, que também é muito
conturbado.


                    Entendem que esse processo também poderá encontrar problemas, como
                    dificuldade de integração, avaliação inadequada do alvo, dívidas grandes ou
                    extraordinárias adquiridas por meio da aquisição, demasiada diversificação
                    e gerentes abertamente focalizados na aquisição, que não percebem
                    estratégias mais adequadas à nova circunstância da empresa. (HITT,
                    IRELAND, HOSKISSON, 2005, apud ALMEIDA, 2012, p.37).
21



2.3 Métricas de Desempenho das organizações.




Esse trabalho tem o objetivo tem entender os reais benefícios das transformações
de duas empresas em uma; esses benefícios podem serem vistos de diversas
formas. Para caracterizar esses avanços são utilizados índices financeiros e
econômicos.


Como a maioria das mudanças da empresa ocorrem para a principal finalidade de
agregar valores e mais lucro para ela e seus acionistas, são analisados os principais
índices escolhidos pelas empresas de consultorias nacionais e internacionais para
conseguir identificar quais são as métricas utilizadas para verificar o crescimento de
uma empresa.


                     1) Fluxo de Caixa Descontado (FCD) – popularizado pela LEK/Alcar
                     Consulting Group. Esta métrica demonstra que o valor de mercado de uma
                     empresa pode ser expresso como valor presente das expectativas futuras
                     de fluxo de capital, descontadas a uma taxa (custo de capital) que reflita o
                     risco da empresa.
                     2) Fluxo de Caixa do Retorno sobre Investimento (CFROI) – popularizado
                     pela BCG-HOLT. O CFROI representa o fluxo de caixa da empresa gerado
                     em um dado período como porcentagem do montante investido nos ativos
                     da empresa.
                     3) Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) – popularizado pela
                     McKinsey&Co. É o quociente entre o Lucro Operacional Menos os Ajustes
                     de Impostos (NOPLAT) e o Capital Investido (soma do capital de giro
                     líquido, dos ativos fixos líquidos e de outros ativos).
                                                                  ®
                     4) Valor Econômico Adicionado (EVA ) – popularizado pela Stern
                     Stewart&Co. É uma medida de lucro residual (lucro econômico). O cálculo
                              ®                                                 ®
                     do EVA leva em conta ajustes contábeis. Portanto, o EVA é calculado a
                     partir dos Lucros Operacionais Depois dos Impostos (NOPAT) (ajustados
                     por uma série de fatores, como capitalização e amortização de P&D) menos
                     os ajustes de capital. O indicador mensura o excesso de retorno que o
                     acionista ganharia comparativamente a outro ativo de mesmo risco. (RYAN;
                     TRANHAN, 1997, p.65-79, apud BASTOS et al, 2012).




Cada métrica utilizada não pode ser considerada uma verdade absoluta, pois,
métricas e índices, mesmo quando não são mascarados pelas empresas, não são
fidedignas de uma conclusão, pois, para isso é necessário um estudo completo dos
objetivos da empresa, de sua região e do tempo e momento histórico. Muitas vezes
um índice que se demonstra como um resultado negativo, pode ser apenas um
momento onde a empresa está enfrentando novos desafios, como por exemplo, na
22



alavancagem de uma empresa, os índices de endividamento sobem, porém, a
empresa está batalhando por resultados de longo prazo, mostrando assim uma falha
no estudo de índices.


Mesmo sem a exatidão pretendida, o estudo dos índices, na maioria das vezes da
um rumo para onde a empresa se encaminha.


                       O verdadeiro objetivo da mensuração de valor é ajudar os gestores na
                       tomada de decisões criadoras de valor e orientar os empregados das
                       empresas sobre a criação de valor. Contudo, alertam os autores, as
                       tentativas de comparar indicadores que têm objetivos diferentes podem criar
                       certa confusão. (COPELAND; KOLLER; MURRIN, 2002, p.65-79, apud
                       BASTOS et al, 2012)


Mesmo o estudo de lucro, sempre tão esperado por todos, não recebe total
aprovação de todos. A analise de lucro da empresa muitas vezes recebe maior
tratamento e importância do que realmente merece. Porém ele é sempre muito
utilizado uma vez que são obrigatoriamente disponíveis nos relatórios financeiros e
nos balanços, também obrigatórios das empresas.
A técnica de analise de balanços esta presente a mais de um século, porém no
Brasil iniciou nos anos 70.


Apenas com os balanços podemos ter a análise das demonstrações contábeis de
uma instituição. Os dados que devem ser verdadeiros, mas que muitas vezes são
mascarados, nos dão a maioria das informações que precisamos para calcular os
índices financeiros.


                       ''[...] essa técnica considera os diversos demonstrativos contábeis como
                       fonte de dados, que são compilados em índices, cuja análise histórica
                       possibilita identificar a evolução do desempenho econômico e financeiro da
                       organização.'' (CAMARGOS; BARBOSA, 2005, apud BORTOLUZZI, 2012
                       p.3).


Através desses índices podemos chegar a diversas conclusões, nem sempre exatas,
a respeito da empresa estudada. Os índices encontrados podem nos dar margem de
para onde a empresa está indo, quais os motivos de suas fusões, e quais suas
consequências.
23



Macedo, Silva e Santos (2006), ''[...] a análise de desempenho de uma organização
é sempre algo passível de muitas discussões e questionamentos sobre quais
indicadores utilizar e como consolidá-los".(MACEDO; SILVA; SANTO, 2006, apud
BORTOLUZZI, 2012, p.3).


Por isso, com os e índices à mão, devemos saber fazer a leitura correta dos dados,
para não interpretar mal os resultados obtidos, tendo assim uma visão errada do
estudo.


Há diversas formas de fazer a analise dos índices, a utilizada nesse trabalho é a
análise horizontal, onde com os mesmos índices de ano diferentes, será analisada e
comparada a evolução entre eles, para definir qual o rumo que a empresa esta
tomando após a fusão. Assim estudamos os dados presentes com dados passados,
para que se possamos entender e traçar como o futuro irá acontecer. Podendo
assim acompanhar ano a ano as mudanças que ocorrem na empresa.


Os índices econômico-financeiros nos demonstram aspectos específicos de cada
área do balanço fornecidos, será utilizados os índices que de certo modo, nos dão
uma visão do que a fusão pode mudar no desempenho da organização.


São através desses índices que empresas especializadas enumeram as melhores
empresas do Brasil. A seguir será apresentado e explicado algum dos índices
básicos mais comuns:


a)     Índices de Solvência: Liquidez Geral – apresenta a proporção dos bens e
direitos a serem realizados a curto e longo prazo em relação às dívidas totais.
b)     Liquidez Corrente – representa a capacidade de pagamento de dívidas de
curto prazo da organização.
c)     Liquidez Seca – mede a relação entre os ativos de liquidez maior e o passivo
circulante.
d)     Índices de Estrutura Patrimonial: Participação do capital de terceiros em
relação ao capital próprio – representa o quanto de dívidas a organização apresenta
em relação aos recursos dos acionistas.
24



e)    Composição do Endividamento - mede a existência de dívidas de curto prazo
com relação as exigibilidades totais. Uma participação muito elevada de
endividamento a curto prazo, pode significar aperto financeiro.
f)    Endividamento Geral - mede a dependência de recursos de terceiros no
financiamento dos ativos da organização. Se este índice apresentar-se elevado, ou
maior que 1,0, representa que a organização este excessivamente endividada.
g)    Imobilização do Capital Próprio - mede o quanto do capital está imobilizado,
demonstrando de certo modo que quanto maior, mais prejudicada está a liquidez.
h)    O retorno sobre as vendas ou ROS (return on sales).
i)    O retorno sobre o investimento ou ROI (return on investiment).
j)    Retorno sobre o patrimônio líquido ou ROE (return on equity).
k)    A alavancagem tem a capacidade de contribuir para aumentar o resultado
operacional e líquido da organização. Ela pode ser operacional, financeira ou total.
(ASSAF NETO, 2008).
25



3. DADOS SOBRE FUSÔES




3.1 As grandes fusões do Brasil e a interferência do CADE.




As incorporações que ocorrem no mundo, mesmo com toda a burocracia e regras
que existam para se transformar uma empresa, são muitas; de acordo com a
Exame:


                    São Paulo – Em 2011 foram anunciadas 179 fusões e aquisições, que
                    atingiram o valor total de 142,8 bilhões de reais. O número de transações foi
                    recorde e o valor total foi o segundo maior desde 2006 – quando o ranking
                    começou a ser feito. Mesmo assim, o valor total foi inferior aos 184,8 bilhões
                    de reais movimentados em 2010.(OLIVON, 2012)


Apesar desse número em 2011 ser um recorde, o valor total do produto das fusões
não superou o de 2010, recorde registrado até hoje no Brasil, um valor de 184,8
bilhões de reais movimentados.


Com as novas regras do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)
órgão responsável pelas fusões e aquisições do Brasil que será mais visto nos
próximos capítulos, houve um aumento nos números de negócios do primeiro
semestre de 2012 em relação ao ano passado.


Por esses números tão altos, é difícil fazer um ranking preciso de todos os
processos. A seguir haverá o ranking das maiores operações de 2011, a analise de
algumas das mais importantes fusões, incorporações e aquisições do Brasil, e de
como elas mudam nossas vidas.
26



O ranking dos 10 maiores negócios feitos em 2011 conforme a repórter de economia
Olivon (2012) é:


1- A maior operação de 2011 foi a reestruturação societária das controladas pela
Telemar Participações, resultando na simplificação da estrutura societária, com o
valor dos minoritários de 20,8 bilhões de reais;
2- Incorporação da Vivo pela Telesp por 11,3 bilhões de reais;
3- Aumento do capital da Petrogal Brasil com a entrada da Sinopec de 9,1 bilhões de
reais;
4- Entrada da Ternium na Usiminas totalizando 5,8 bilhões de reais;
5- Aquisição de participação na Pride Internacional pela Ensco, parte Brasil no
volume de 5,5 bilhões de reais;
6- Incorporação da Wtorre pela BR Properties por 4,9 bilhões de reais;
7- A Ashmore Energy vendeu sua participação na Elektro para a Iberdrola por 4,8
bilhões de reais;
8- Aquisição da Aleadri pela Kirin, representando 50,45% da Schincariol por 4,7
bilhões de reais;
9- Aquisição de participação na Wtorre pelo BTG Pactual, totalizando 3,4 bilhões de
reais;
10- Compra de participação na Cia Brasileira de Metalurgia e Mineração por
consórcio de japoneses e coreanos no volume de 3,2 bilhões de reais;


Com todos esses negócios, ve que estamos sendo alvos de empresas
internacionais, principalmente da Europa, por está passando por crises financeiras
recentes. Como exemplo temos a fatia de 60% da concessionária rodoviária OHL
levada pela espanhola Abertis, chegando a 2,5 bilhões de dólares.
Entre os maiores negócios já fechados no Brasil de todos os tempos, tem-se:


                     • BM&F e Bovespa anunciaram a Fusão em oito de maio de 2008 com um
                     valor de R$ 34,57 bilhões se tornando a segunda maior bolsa do mundo em
                     valor de mercado e foi batizada de BM&FBOVESPA.
                      • Santander anuncia a compra do Banco Real em primeiro de novembro de
                     2007 no valor de R$ 30,49 bilhões, foi feito um consórcio composto pelo
                     Santander Portugal, The Royal Banks of Scotland Group PLC, FortisSA/NV
                     e Fortis N.V. que adquiriu 96,95% do capital do ABN AMRO controlador do
                     Banco Real.
                     • A reestruturação da societária das controladoras pela Telemar
                     participações foi à maior operação de 2011, resultando na simplificação de
27


                    sua estrutura com o valor dos minoritários de R$ 20,8 bilhões.
                    • A Telefônica comprou 50% da Brasilcel em julho de 2010 e obteve o
                    controle da Vivo por R$ 18,2 bilhões, o acordo foi junto da Portugal Telecom
                    no qual eram sócios igualitários na Brasilcel.
                    • A TAM e a LAN se associaram em agosto de 2010 assinando um
                    memorando de entendimento para unir suas operações com um contrato de
                    R$ 14,4 bilhões criando assim a LATAM, A fusão só foi aprovada pelo
                    CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), na data de 14 de
                    dezembro de 2011.
                    • O Itaú e Unibanco anunciaram a fusão em três de novembro de 2008 com
                    um valor de R$ 106,92 bilhões, de modo a formar o maior conglomerado
                    financeiro privado do Hemisfério Sul. (CJMBB, 2012)


Todos os negócios fechados, recebem a aprovação, ou não do CADE, isso porque
muitas dessas incorporações afetam os concorrentes, os consumidores e o mercado
brasileiro, como exemplo, a seguir temos detalhes de algumas desses negócios e
seus efeitos colaterais para os consumidores.


No caso da fusão entra a sadia e a perdigão, onde foi criada a Brasil Foods, essa
nova empresa se tornou uma gigante no ramo dos alimentos, tendo uma
participação de 90% nos segmentos de lasanhas, só para se ter ideia. Isso sem
contar que uma empresa desse porte tem pouquíssimos concorrentes, dessa forma,
ela fica livre para aumentar os preços dependendo apenas de sua vontade. Por que
então houve a aprovação de um negocio desses pelo Cadê? Para casos assim, são
criados mecanismo de defesas em prol do consumidor e dos concorrentes, porém,
esses mecanismos nem sempre são eficazes.


Para o caso da Brasil Foods, dentre as intervenções do Cadê, temos a suspensão
das marcas Perdigão e Batavo em alguns segmentos, abrindo maior espaço para os
concorrentes, alem de o Cadê obrigar a Brasil Foods a vender uma série de ativos
para “criar” um concorrente. “Toda intervenção tem algum tipo de custo. Nesse caso,
tirar as marcas pode causar um dano menor ao consumidor, em prol do benefício da
entrada de uma nova empresa” (WILTGEN, 2012).


Outro caso que temos, foi a compra da companhia aérea Pantanal pela já líder do
mercado TAM em 2010, nesse caso houve a aprovação do Cadê pois, a atuação da
Pantanal era apenas regional, desse modo não haveria sobreposição de rotas. No
entanto, a realidade foi diferente, com a aquisição da Pantanal a TAM se apoderou
de 100 slots no aeroporto de Congonhas, deixando outras companhias fora desse
28



precioso espaço, e o utilizando para rotas mais valiosas, dominando mais ainda o
mercado aéreo brasileiro.


Um caso mais antigo, de 1997, ocorreu entre a Colgate-Kolynos. Na época, o CADE
obrigou a acabarem com a marca Kolynos, porém, não havia nada falado sobre a
criação de uma nova marca, e é o que foi feito. Houve o lançamento da Sorriso pela
empresa, marca essa, semelhante a antiga Kolynos. “A lógica da exigência do
CADE, na época, foi semelhante à da Brasil Foods, só que a estratégia não foi bem
executada” ( WILTGEN, 2012).


Em 1999 houve uma das mais polemicas fusões do Brasil, a AmBev, que dominou
75% do mercado com a junção da Brahma e Antártica. O mecanismo de defesa
criado pelo CADE para essa operação foi apenas à restrição da marca Bavária.
Dentre várias fusões que o CADE não aprovou, uma que gerou um certo calor no
mercado brasileiro foi a compra da Garoto pela Nestlé em 2002. O grupo resultante
ficaria com uma parcela muito alto do mercado brasileiro, desse modo, a operação é
prejudicial ao consumidor. Há um processo em andamento na justiça movido pela
Nestlé para liberar essa aquisição.


Dessa forma, o CADE trabalha para ajudar empresas, consumidores e o mercado
em si.


A seguir será analisado esse órgão tão importante nos meios das fusões


3.2 CADE




Todos os processos intitulados incorporações, fusões, transformações etc, devem
receber a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – o CADE
tantas vezes citados nesse trabalho. O CADE como o chamaremos daqui a diante é
uma autarquia federal. Autarquia, veio do grego e significa “comandar a si mesmo”,
esse conceito segue pertinente nas autarquias em vários campos do Brasil, assim
como nas federais, e mantêm o conceito de exercer poder sobre si mesmo.
29



O Cade é vinculada ao Ministério da Justiça e exerce seus poderes em todo o
território nacional.


Como visto anteriormente, nas intervenções que o Cade teve em muitas das
principais fusões ocorridas no Brasil, a missão do Cade é zelar pela livre
concorrência no mercado, e da livre concorrência.
Como é visto no Manual das Sociedades Anônimas ''[...] vale ainda destacar a
questão da licitude das concentrações empresariais, pois constitucionalmente é
vedado o abuso do poder econômico".(GONÇALVES NETO, 2010, p. 284).


É ele quem investiga e decide o futuro das empresas que querem passar por algum
tipo de transformação. Ele tem como obrigação orientar, fiscalizar, prevenir e apurar
abusos do poder econômico. As três funções do Cade, de acordo com o próprio são:


                            Preventiva

                       Analisar e posteriormente decidir sobre as fusões, aquisições de controle,
                       incorporações e outros atos de concentração econômica entre grandes
                       empresas que possam colocar em risco a livre concorrência.

                            Repressiva

                       Investigar, em todo o território nacional, e posteriormente julgar cartéis e
                       outras condutas nocivas à livre concorrência.

                            Educacional ou pedagógica

                       Instruir o público em geral sobre as diversas condutas que possam
                       prejudicar a livre concorrência; incentivar e estimular estudos e pesquisas
                       acadêmicas sobre o tema, firmando parcerias com universidades, institutos
                       de pesquisa, associações e órgãos do governo; realizar ou apoiar cursos,
                       palestras, seminários e eventos relacionados ao assunto; editar
                       publicações, como a Revista de Direito da Concorrência e cartilhas. (CADE,
                       2012)


O Cade faz parte de uma estrutura denominado de Sistema Brasileiro de Defesa da
Concorrência – SBDC. Onde dentro desse sistema se encontra o Cade e pela
Secretaria de Acompanhamento Econômico - Seae do Ministério da Fazenda.


Essa autarquia federal foi criada em 1962, criado pela lei 4.137/62 e transformado
em autarquia vinculada ao Ministério da Justiça, pela lei 8.884, de 11 de junho de
30



1994. Em 1962 funcionava como um órgão integrante do Poder Executivo do
governo do Presidente João Goulart, conforme a legislação do próprio órgão.


Hoje, é formado por um Plenário composto por um presidente e seis conselheiros
que só podem ser destituídos em condições muito especiais, fazendo assim, com
que todos os membros tenham uma grande autonomia em suas decisões para julgar
atos de concentração, processos de conduta, monopolização do mercado.
Em relação ao nosso trabalho, se tratando de instituições financeiras, o Cade age
em conjunto ao Banco Central do Brasil que é outra autarquia Federal que atende as
atribuições e normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional, conforme o art.
9º da Lei nº. 4.595/1964.


                     Dentre as atribuições do Bacen, Niyama e Gomes (2006, p. 6), destacam:
                           Emitir papel e moeda metálica;
                           Executar serviços do meio circulante;
                           Determinar os percentuais de recolhimento compulsório e receber os
                     depósitos à vista das instituições financeiras;
                           Realizar operações de redesconto e empréstimos ás instituições
                     financeiras
                           Controlar capitais estrangeiros;
                           Ser depositário das reservas de ouro e moeda estrangeira e de
                     direitos especiais de saque;
                           Fiscalizar as instituições financeiras e aplicar as penalidades
                     previstas;
                           Conceder autorização para as instituições financeiras de
                     funcionamento, e instalação inclusive no exterior;
                           Conceder autorizações para transformações, fusões e cisões;
                           Autorização para praticar operações de câmbio, crédito rural, venda
                     de títulos da dívida pública federal, estadual e municipal, ações, debêntures,
                     letras hipotecárias, e outros títulos;
                           Entender – se em nome do governo brasileiro, com as instituições
                     financeiras estrangeiras e internacionais;
                           Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e
                     outros papéis; e.
                           Exercer vigilância nos mercados financeiros e de capitais sobre
                     empresas que interfiram nesses mercados, em relação à modalidade ou
                     processos operacionais que utilizem. (NIYAMA; GOMES, 2006, apud
                     POETA, 2010, p. 32)


Vemos assim que uma das suas principais atribuições é conceder autorizações para
transformações, fusões e cisões para as instituições financeiras junto ao Cade
ajudando dessa forma o mercado brasileiro.


As normas, fiscalização e supervisão, controladas pelo Banco Central, aumentam a
solidez, confiabilidade e a transparência no ramo bancária.
31



4. METODOLOGIA ESTUDO DE CASO - ANALISE DO DESEMPENHO
ECONÔMICO-FINANCEIRO




4.1 Históricos dos Bancos




4.1.1 Banco Real




Imagem 1: Logo Real
Fonte: Google Imagens (2012).


Conforme os dados retirados dos sites de pesquisas e de BONINI (2012), pois após
a fusão com o Santander todos os seus datas oficias e sua Homepage foram
deletados da World Wide Web dificultando assim em obter os históricos descritos
pelos próprios.


A história do banco inicia com o ABN AMRO Bank iniciando suas transações no
Brasil como o banco Holandês da America do Sul, com agencias no Rio de Janeiro e
Santos em 1917.


Em 1925 Clemente de Faria um político e banqueiro brasileiro, nascido no norte de
Minas Gerais monta a Cooperativa Bancária, três anos depois renomeada como
banco da Lavoura de Minas Gerais, assim antecessor do banco Real.
32



Em 1963 O banco Holandês Unido adquiriu cinquenta por cento das ações da
Aymoré de Crédito, Financiamento e Investimento, após 8 anos foi adquirido os cem
por cento da participação e logo em seguida o banco da Lavoura de Minas Gerais
torna-se banco Real S/A, e estabelece a sede em São Paulo dois anos depois. No
ano de 1993 O banco Holandês é renomeado ABN AMRO Bank e transfere sua
sede do Rio de Janeiro para São Paulo e em 1994 a operação brasileira do ABN
AMRO Bank apresentam o terceiro melhor lucro líquido do grupo internacional que
em julho de 1998, o ABN AMRO Bank anuncia a compra do Banco Real, concluída
em novembro, quando comprou também o Bandepe. Já em 2000 ocorre a
integração do Banco Real com o ABN AMRO Bank S/A e em 2004 o mesmo
adquiriu o Sudameris.


O Grupo ABN AMRO adquirido mundialmente pelo consórcio formado pelos bancos
RBS, Fortis e Santander em outubro de 2007. No Brasil, a união foi concretizada em
2008, quando o Santander assumiu total controle do banco Real.


4.1.2 Santander




Imagem 2: Logo Santander
Fonte: Google Imagens (2012).


Conforme dados da homepage oficial do Santander (2012) conta que em 1982, foi
instalado o primeiro escritório de representação do Santander no Brasil e, nove anos
depois, começaram as operações do Santander Investment.
33



O processo de forte crescimento dos negócios no Brasil foi iniciado em 1997 com a
aquisição do banco Geral do Comércio S.A.. Nos anos seguintes, foram mais três
aquisições, que fizeram o grupo Santander ganhar posição entre os maiores grupos
financeiros do setor no país.


Em 1998, foi comprado o banco Noroeste S.A.. Já em janeiro de 2000, foi anunciada
a aquisição do Conglomerado Financeiro Meridional - formado pelos bancos
Meridional e Bozano, Simonsen. Em novembro do mesmo ano, o Santander
comprou o controle do banco do Estado de São Paulo S.A. - BANESPA.


Em agosto de 2006, as diretorias executivas do banco Santander Meridional S.A.
(BSM), do banco Santander Brasil S.A. (BSB), do banco Santander S.A. (BSSA) e
do banco do Estado de São Paulo S.A. (Banespa) e o Conselho de Administração
do Banespa aprovaram a proposta de reestruturação societária constituída pelas
incorporações do BSB, do BSSA e do Banespa pelo BSM, que passará a
denominar-se    banco    Santander      Banespa      S.A.,    que    continuará     vinculado
societariamente, em nível mundial, ao banco Santander Central Hispano.


E partir do ano de 2007 começa a ocorrer a fusão do Real e o Santander como é
descrito em seu histórico abaixo:


                     Em 1º de novembro de 2007, o RFS Holdings B.V., um consórcio composto
                     pelo Santander Espanha, The Royal Bank of Scotland Group PLC, Fortis
                     SA/NV e Fortis N.V., adquiriu 96,95% do capital do ABN AMRO, então
                     controlador do Banco Real. Na sequência, em 12 de dezembro de 2007, o
                     CADE aprovou sem ressalvas a aquisição das pessoas jurídicas brasileiras
                     do ABN AMRO pelo consórcio. No primeiro trimestre de 2008, o Fortis e
                     Santander Espanha chegaram a um acordo por meio do qual o Santander
                     Espanha adquiriu direito às atividades de administração de ativos do ABN
                     AMRO no Brasil, que o Fortis havia adquirido como parte da compra pelo
                     consórcio do ABN AMRO.

                     Em 24 de julho de 2008, o Santander Espanha assumiu o controle acionário
                     indireto do Banco Real. Nas assembleias gerais de acionistas do Santander
                     Brasil e do Banco Real realizadas em 29 de agosto de 2008, foi aprovada a
                     incorporação pelo Banco Santander (Brasil) S.A. das ações de emissão do
                     Banco Real, passando o Banco Real a ser uma subsidiária integral do
                     Santander Brasil. Naquele momento, o Banco Real era o quarto maior
                     banco privado do Brasil em quantidade de ativos. Por fim, em 30 de abril de
                     2009, o Banco Real foi incorporado pelo Santander Brasil e foi extinto como
                     pessoa jurídica independente. A incorporação está pendente de aprovação
                     pelo Banco Central. Como resultado dessa aquisição, o Santander Brasil
                     tornou-se o terceiro maior banco privado do Brasil em termos de
                     ativos.(SANTANDER, 2012)
34



4.1.3 Unibanco




Imagem 3: Logo Unibanco
Fonte: Google Imagens (2012).


A instituição bancária brasileira Unibanco, que tem seu nome vindo da junção de
União de Bancos Brasileiros, é original de Minas Gerais, fundada em 1924. O
Unibanco teve seu inicio na cidade de Poços de Caldas, funcionando como uma
seção bancária da casa Moreira Salles, uma loja de comércio. Em 1931 a instituição
alcançou a independência e se tornou a casa bancária Moreira Salles, tornando-se
em 1940 o banco Moreira Salles.


Teve um grande impulso no seu poder econômico Um fator importante para o
crescimento do Unibanco foi em 1955 quando houve a compra de parte dos ativos
do banco Nacional.


Mas foi só em 1967, diante da fusão com o banco Agrícola Mercantil que surgiu
a União de bancos Brasileiros S.A, conhecido na época como Unibanco.
Em 1975, União de bancos Brasileiros S.A já era um poderoso no ramo bancário, e
foi nesse ano que todas as empresas desse conglomerado ficaram denominadas
oficialmente como Unibanco.O Unibanco sempre prezou pela inovação, tendo em
sua história, tentado várias vezes novos produtos e operações.
Também se destaca por suas campanhas de marketing, onde o slogan "Nem parece
Banco" foi muitas vezes utilizados mesmo depois de sua fusão com o Itaú.
35



Como a maioria dos bancos nacionais, o Unibanco passou desde sua criação, por
diversas fusões bem sucedidas, fazendo assim com que ele se tornasse cada vez
maior, dentre aquisições, compras, e fusões do Unibanco podemos citar: a aquisição
de 50% da Fininvest e a aquisição do Hipercard.


Dentre seus feitos, a agência Moody´s deu a ele o grau de investimento (Investment
grade) na emissão de dívida em moeda local liquidada no exterior, sendo assim o
primeiro banco da América Latina a alcançar esse grau.


Pedro Moreira Salles, neto do fundador e que presidia o banco em 2007, foi quem
passou pela crise de 2008 com o banco, enfrentando a ultima crise que o Unibanco
vivenciaria antes da Fusão de 2008; que como a maioria do bancos brasileiros
passou pela crise sem grandes agravamentos. (POETA, 2012, p.26)


4.1.4 Itaú




Imagem 4: Logo Itaú
Fonte: Google Imagens (2012).


O banco brasileiro banco Itaú S.A, é o principal banco do conglomerado do Itaú
Unibanco Holding S.A. um banco que atende atualmente o setor de varejo e de
banco múltiplo. O começo do Itaú ocorreu em meados da década de 40, durante a
segunda guerra. Com o fechamento de alguns banco estrangeiros no Brasil, Alfredo
Egídio de Souza Aranha, fundou o banco central de Crédito, que mudou seu nome
em 1952 para banco Federal de Crédito por ordem do governo, para que não
houvesse a confusão com o banco Central.
36




Em meados dos anos 60 houveram a fusão com os bancos União de Crédito e Itaú
América, dando um enorme impulso para o Itaú, e em 1973, veio finalmente a ter o
nome de Itaú, que vem do Tupi-Guarani significa Pedra Escura.


Como o Unibanco, o Itaú contou para o seu crescimento com várias incorporações e
fusões, nas quais podemos citar: o Banco do estado do Rio de Janeiro (BANERJ),
banco de estado de Minas Gerais (BEMGE), banco do estado Paraná (Banestado) e
o banco do estado de Goiás (BEG) dentre outras.


O Itaú optou por diversas formas de estratégias para conquistar o mercado
brasileiro, como por exemplo a compra de bancos estrangeiros e o marketing para
atender a tipos diferentes de publico (nicho), como por exemplo, em 1995, com a
compra do banco Francês e Brasileiro, criador da marca Personnalité, que o Itaú se
lançou na área de atender públicos com alto poder aquisitivo, a unidade de private
banking. (POETA, 2012, p.27).


O Itaú continuou investindo em 1998 na atuação no mercosul também, comprando
assim o banco Del Buen Ayre, incorporado ao Itaú Argentina, atual Itaú Buen Ayre.
Em 2008, conforme a homepage do banco, ele foi eleito como a marca mais valiosa
na América Latina pela consultoria Intelbrand.
Dessa forma o banco continua, com o passar do tempo, se mostrando cada vez
mais sólido e confiável, sabendo aproveitar as oportunidades que aparecem, e
sabendo inovar em suas ações, q na maioria das vezes sempre dão certo.
Alcançando assim o seu objetivo, como podemos ver em sua missão, apresentado
pelo próprio banco:


                      Ser o Banco Líder em performance e perene, reconhecimento sólido e ético,
                      destacando-se por equipes motivadas, comprometidas com a satisfação dos
                      clientes, com a comunidade e com a criação de diferenciais competitivos.
                      Os valores mais importantes de um banco não se guardam em cofres. O
                      compromisso de compartilhar e praticar valores faz parte da história do Itaú.
                      O respeito ao ser humano, o comportamento ético, o estrito cumprimento
                      das leis e a vocação para o desenvolvimento são os princípios que
                      fundamentam a cultura e direcionam a atuação do Banco. (ITAU, 2012)
37



4.2 Demonstrativos contábeis




Para os fundamentos do estudo, coletamos as demonstrações contábeis das
instituições financeiras dos anos anteriores e posteriores a fusão destes bancos,
retirados os demonstrativos diretamente do homepage da CVM (Comissão de
Valores Mobiliários) .


A maioria das informações importantes da parte financeiras das instituições com
capital aberto, despesas, gastos e investimentos aparecem nas demonstrações
financeiras publicadas nos relatórios trimestrais e anuais aos acionistas.


É muitas vezes através de um balanço, esse que é feito de acordo com as normas
da contabilidade, que são tomadas as decisões para o futuro da empresa.


Apesar      de seguir as normas da contabilidade, uma demonstração de uma
instituição bancaria tem seus atributos diferentes que devem ser lidos com mais
atenção.


                         [...]Um banco, mais bem entendido como um intermediário financeiro, atua
                         operacionalmente com base em duas grandes decisões financeiras: ativo –
                         decisões de investimento (aplicações) – e passivo – decisões de
                         financiamento (captações). (Assaf Neto, 2012, p. 301)


Dentre algumas contas que estão no Ativo do Banco como a principal fonte de
recurso de um banco que são os depósitos ao publico, empréstimos recebidos,
capital, e reserva, recursos esses que fazem parte do Ativo do banco.


As aplicações em ouro e os encaixes bancários, que é o dinheiro livremente
movimentado pelo banco, temos a chamada disponibilidades, e é o grupo com maior
liquidez.


As operações de crédito são distribuídas da seguinte forma:
Empréstimos, títulos descontados e financiamentos.
38



As contas do Passivo da demonstração de um banco dividem-se da seguinte forma:
Passivo Circulante e o Exigível a Longo Prazo, formam as obrigações para com
terceiro.


O Empréstimos e repasse é constituído pelas dividas dos bancos com outras
instituições, separado das em outras obrigações, que estão as dividas fiscais e
tributárias.


E no Patrimônio Liquido, são mostrados os próprios recursos do banco.


O Spread bancário é um processo de intermediação financeira de um banco, como
Assaf Neto (2012) salienta:


                      [...] taxa de juros cobrada ao tomador de recursos visa fundamentalmente
                      remunerar o titular da poupança, cobrir os riscos e demais custos da
                      operação e despesas administrativas, alem de gerar um resultado que
                      remunere o capital investido na instituição [...] (Assaf Neto, 2012, p. 302)


Apesar de todo o trabalho dos estudos dos índices terem sido feitos com base nos
demonstrativos bancários, não podemos levar esses resultados como resposta
absoluta aos nossos problemas, pois, pode haver limitações, principalmente no que
se refere à qualidade das informações contidas nos relatórios disponibilizados pelas
empresas.


4.3 Índices




Índices econômicos são as grandezas das empresas expressa em valores
numéricos, utilizando para isso, os resultados alcançados pela empresa num
determinado período, sua principal utilidade é a aferição dos níveis de
desenvolvimento da instituição, os mais comuns são os de resultados líquidos,
montante de capitais próprio e total do ativo. A seguir explicaremos a importância de
alguns para as instituições financeiras.
39



4.3.1 Solvência e Liquidez




Conforme Assaf Neto (2012, p. 303) “[...]solvência evidencia, em outras palavras, os
recursos próprios de uma instituição oferecidos ao risco de sua atividade.”, ou seja,
quando o valor de seus ativos supera o valor de seus passivos, é como uma boa
administração mantém um adequado montante de patrimônio liquido.


Já a liquidez é ligada a capacidade de atender as obrigações financeiras da
instituição, sendo em caixas, empréstimos, financiamentos, de fluxo de pagamentos
operacionais etc.


4.3.2 Capital e Risco




Assaf Neto (2012, p.306) salienta, “[...]o montante de capital próprio a ser mantido
por uma instituição financeira é fortemente dependente do risco assumido em seus
negócios, devendo ser suficiente para cobrir eventuais perdas que possam ocorrer”,
é difícil determinar qual exato risco que um banco sofre em suas operações, por
isso, fica quase que inviável definir qual o adequado capital que um banco deve ter
para cobrir os seus riscos. Mesmo com o estudo dos demonstrativos contábeis não
podemos levar as informações conseguidas como uma verdade absoluta.


Conforme o Acordo da Basiléia citado por Assaf Neto (2012):


                        [...]foi recomendado aos bancos a formação de um capital próprio mínimo
                        baseado em seu Ativo Ponderado pelo Risco(APR). Por exemplo, ao se
                        definir 1m 11% do APR o capital próprio mínimo, tem-se que para cada R$
                        100,00 de aplicações, o banco deve preservar R$ 11,00 de patrimônio
                        liquido na operação. (Assaf Neto, 2012, p. 307)


O risco está presente em todas as operações, não existe o chamado risco zero,
principalmente por ser impossível prever o futuro. Em uma instituição financeira os
principais riscos são divididos em dois grupos: risco operacional e risco financeiro.
40



As formas de prevenir ou de aumentar esses risco são impossíveis de serem
numeradas, assim como a forma de avaliação. Assaf Neto(pág. 308) diz que,


                     [...] a analise do risco de uma instituição financeira envolve
                     necessariamente a determinação apresentada de indicadores dos relatórios
                     contábeis, a maioria deles baseada na relação entre patrimônio liquido e os
                     depósitos, empréstimos e ativo total. (Assaf Neto, 2012, p. 308)


4.3.3 Rentabilidade e lucratividade




Rentabilidade é a remuneração do capital investido na empresa, ou em outras
palavras, o retorno esperado de um investimento descontando custos, tarifas e
inflação.


Já lucratividade é o ganho líquido total propiciado por uma operação. Como na bolsa
o lucro vem da valorização de uma ação e do recebimento de proventos dividendos
etc.


Nos bancos o conceito é semelhante, Assaf Neto (2012, p. 310) afirma que “[...]o
banco tem como objetivo maximizar a riqueza de seus proprietários pelo
estabelecimento de uma adequada relação risco-retorno”.


4.4 Análise dos resultados dos índices




Para analise econômico-financeiro proposta dos bancos Real, Santander, Unibanco
e Itaú e em suas respectivas fusões, foram retirados dados de seus balanços no
período dos anos de 2006 á 2011, para assim demonstrar a situação e
comportamento de cada índice escolhido e seu dados antes e depois da fusão com
suas variações e comportamentos.


Os balaços anuais utilizados estão disponibilizados na homepage da CVM
(Comissão de Valores Mobiliários), perante a lei das S.A. n.6404/76, onde torna-se
obrigatório sua publicação em meios públicos para ter transparência á seus
41



acionistas e demais investidores. Também seus demonstrativos podem seus
localizados na homepages oficiais dos bancos, porem os sites do Real e Unibanco
como foram encerrados pela fusão, o único local para localizar esses demonstráveis
foram juntamente a CVM.


Logo de inicio á analisar dos índices, pode-se verificar uma variação; oscilação
durante o ano das fusão, ocorrendo no ano de 2008 para ambos os bancos,
oscilando assim nos dados obtidos durante analise e mostrando como uma
mudança necessita de um acompanhamento administrativo financeiros forte e
competente para conseguir estabilizar essas adversidades e não assustando ou
preocupando seus colaboradores e acionistas perdendo sua credibilidade e imagem
no mercado.


Outro fator relevantem é entender e recordar o comportamento e a situação
econômica no seguimento bancário, tendo em vista que nos últimos anos no Brasil
os bancos, tanto privados como públicos, vem tendo uma linha vertical de
crescimento de seus lucros e spreads, conforme o Bacen (2012).


Fatores também, como o crescimento e o reconhecimento mundial do sistema
econômico financeiro solido do Brasil, onde passou pela crise econômicas de 2008
dos Estados Unidos da America, em sua quebra das instituições financeiras, em que
seus processos ocasionaram um impacto mundial, afetando todas as balanças
econômicas.


Sem esquecer as mudanças dos governos FHC (1995 a 2002) para administração
dos presidentes petistas (representantes do partido político dos trabalhadores, PT.)
Luiz Inácio Lula da Silva (2003 a 2011) e sua sucessora Dilma Vana Rousseff e seus
fomentos no mercado.


Dentre os índices disponibilizados pelo Assaf neto (2012) foram escolhidos por sua
relevância e valores mais precisos informados nos balanços, sendo:
42



4.4.1 Spread Bancário




Spread Bancário = Receitas de Intermediação - Despesas com Intermediação
Fórmula 1




Gráfico 1: Spread
Fonte: Elaborado pelos autores.



Spread é o termo inglês que significa Margem, na área bancaria, é a diferença
encontrada entre as captações e as concessões que uma instituição financeira
efetua é o spread bancário, ou seja, é a margem do lucro das operações de credito
que o banco realiza; em outras palavras, a diferença entre o preço de compra e
venda de um produto. No todo do valor do spread bancário, além do lucro do banco
também estão embutidos alguns impostos como o IOF. No Brasil, temos um dos
mais altos spread bancário do mundo.


Analisando os gráficos pode-se obter a mesma conclusão para ambos os casos,
onde após as fusões os spreads bancários dos bancos Itaú e Santander, fundidos,
tiveram um alto crescimento em uma curva ascendente. Com base apenas nessas
informações, tirando toda a situação do mercado na época, a fusão foi altamente
benéficas para ambas instituições.
43



4.4.2 Leverage (alavancagem)




Leverage = Ativo ÷ Patrimônio Líquido        .
Fórmula 2




Gráfico 2: Leverage
Fonte: Elaborado pelos autores.



Leverage é o termo inglês para o que chamamos de alavacagem, que é, como a
própria palavra já diz, uma maneira de tentar levantar o desempenho da empresa
com recursos de terceiros ou instrumentos financeiros. Essa operação aumenta
também por outro lado, o risco que a empresa corre de no fim, sair no prejuízo, as
vezes podendo ser até vista como um tipo de financiamento.


Para entender se a alavancagem (Leverage) é benéfica a instituição, o nível de
retorno sobre o investimento deve ser maior ou igual a taxa de juros paga pelo
capital de terceiros, conseguido na alavancagem.


Analisando a alavancagem (Leverage), entende-se que o índice quanto mais longe
da margem zero torna-se mais segura e solida para honrar e saldar suas dividas
tomadas, através de recursos de terceiros.


No gráfico, verifica que os dois bancos adquiridos, tinham seus índices elevados e
em crescimento. O índice do Santander antes da fusão tinha uma margem
considerada segura e alta, conforme visto, durante o ano da fusão ocorreram
mudanças drásticas em seus índices, fazendo com que sofre-se uma queda. Após a
44



fusão o Santander retomou sua linha de crescimento, alcançando um bom índice em
recuperação, mas não atingindo o seu índice anterior a fusão. Esse índice de
desempenho econômico, não mostrou muitos benefícios para a fusão do Santander
com o real.


No decorrer de todos anos no caso do Itaú, seus índices de alavancagem
(Leverage) manteve-se estável, porem baixo, não sendo tão seguro de riscos quanto
as outras instituições. Está estabilidade mostra que a fusão não impactou tanto
nesse índice econômico financeiro.


Outra vertente para essa analise do caso, conforme o capítulo 2, que define as
diferentes formas de fusão; e acompanhando a historia dos bancos no capitulo 4, foi
o fato de que o Santander comprou (adquiriu) o banco real, tendo mais gastos e
adaptações a fazer em seus balanços, enquanto o Itaú e o Unibanco se fundiram,
sem ter ocorrido muitos impactos no balanços, especificadamente em seus ativos.


Por isso, este índice para analise das fusões, não teve um parecer totalmente
positivo, mas mostra-se importante para se acompanhar o andamento das
instituições, tendo invista a diferença de cada uma delas.
45



4.4.3 Retorno sobre Patrimônio líquido




Retorno sobre Patrimônio líquido = Lucro Líquido ÷ Patrimônio Líquido o
Fórmula 3




Gráfico 3: RPL
Fonte: Elaborado pelos autores.


Retorno sobre o patrimônio liquido ao contrario da alavancagem, é o retorno que
uma instituição alcança através dos seus próprios recursos. Através desse índice
que muitos medem a estabilidade de uma empresa.


Esses é um dos índices mais importante para se analisar o comportamento de
empresas durante o processo de fusão, pois, demonstra o risco do capital
empregado para a aquisição; esse gasto faz com que os índices caiam, diminuindo
assim a capacidade de liquidez imediata da empresa.


O comportamento das duas instituições, Santander e Itaú, após a fusão
apresentaram uma queda brusca aumentando assim o risco de ambas empresas,
não favorecendo a fusão de imediato, porém mostra uma curva de crescimento após
a queda, havendo possibilidade a longo prazo de se reestabelecerem.
46



4.4.4 Retorno sobre o Investimento Total




Retorno sobre o Investimento Total = Lucro Líquido ÷ Ativo Total
Fórmula 4




Gráfico 4: RIT
Fonte: Elaborado pelos autores.



Pode-se citar o retorno sobre o investimento com um dos índices mais populares e
importantes no meio econômico, ele demonstra, dentre outras palavras, o quanto
uma empresa ganha a cada quantia gasta por ela. Pode também ser demonstrada
negativamente, isso é, a taxa que uma empresa perdeu em relação ao capital
investido.


Aparentemente os índices das instituições, Santander e Itaú, antes da fusão,
estavam em crescimento, tendo uma brusca queda após o processo. Para os dois
bancos adquirido (Real e Unibanco), seus índices eram baixos e em queda, porem,
após o ano de fusão cada gráfico apresentou um comportamento diferente;
enquanto o retorno sobre o investimento total do Santander, a cada ano vem
oscilando, o do Itaú vem apresentando um ligeiro crescimento.


Desta forma não a uma conclusão satisfatória para interferência deste índice no
processo de fusão.
47



4.4.5 Margem Financeira




Margem Financeira = Resultado Bruto da Intermediação Financeira ÷ Ativo Total
Fórmula 5




Gráfico 5: Margem Financeira
Fonte: Elaborado pelos autores.



A margem financeira é a margem referente a tudo o que foi vendido pela instituição,
no caso dos bancos, todas as operações financeiras que foram vendidas, tirando
disso, todo o custo operacional e com impostos. Em outras palavras é a diferença
entre as taxas de juros que é cobrada por um financiamento.


Diferente do spread, a margem financeira é o resultado do spread confrontado com
o ativo total, com isso, consegue todas as operações feitas livres do custo
operacional e dos impostos.


Conforme o gráfico, os índices dos bancos adquiridos (Real e Unibanco) encontrava
em queda, enquanto que os bancos Santander e Itaú, apesar de uma queda durante
os processos de aquisições, conseguiram retomar o crescimento, porem o Itaú foi o
único a alcançar um ganho maior.


Apesar no caso do índice do Itaú foi favorável após a fusão, como os demais
apresentaram uma grande oscilação, não há como comprovar valor aparente no
índice para uma fusão .
48



5. CONSIDERAÇÕES FINAIS




Pôde-se averiguar neste trabalho que a análise das demonstrações contábeis
através de índices são muito importante para identificar o desempenho das
instituições financeiras em vários pontos, servindo como instrumento de decisão,
analisando sua situação econômico-financeira e se há necessidades para criar
formas para melhorar o desempenho.


Este trabalho teve como objetivo avaliar as demonstrações contábeis dos bancos
Santander, Real, Itaú e Unibanco, através de índices econômico-financeiros antes e
depois da reorganizações societária que ocorreu em 2008 e após a suas devidas
fusões até seus demonstrativo mais atual que foi do ano de 2011.


Como dito, sem levar para analise de todo o mercado da época, as situações
econômicas, tanto do setor quanto do pais, a atuação do governo e as tendências
dos mercados internacionais, apenas analisando os índices estudados nesse
trabalho pôde-se verificar diversos comportamentos dos bancos em uma fusão


Portanto, aferidos todos os dados propostos para o estudo, os fatos inestimáveis
encontrados foram que para todas as instituições em seu ano de fusão mostram
drásticas variações e oscilações, tanto para uma fusão ou aquisição como vistas no
decorrer do trabalho, mas mesmo com essas mudanças não necessariamente
mostrou-se negativa, pois como muitos dos índices que tiveram quedas durante a
fusão retomaram em seus anos seguintes uma volta de crescimento. O fator
importante a se levar em conta é a importância de ter um acompanhamento forte
nestes períodos a fusão, com planejamento futuro e gerenciamento, para mostrar a
seus stakeholders e acionistas, solidez e consistência da instituição, pois apenas
olhando os dados imediatos no ano da fusão pode vir a preocupar e a sustar novos
e atuais investidores.


Com tudo devido ao curto período das fusões até a presente data, não houve a
possibilidade de demonstrar nos gráficos a total situações das instituições pós fusão,
mas de imediato as novas instituições mostram dados positivos.
49



5.1 RECOMENDAÇÕES PARA ESTUDOS FUTUROS




Recomenda-se para estudos futuros, continuar analise dos bancos Itaú e Santander
por mais alguns anos para verificar se ocorrerá mais mudanças e as oscilações dos
índices atuais.


Juntamente recomenda-se analisar mais índices, para melhorar as informações
adquiridas e verificar a possibilidade de um índice especifico ser mais importante
para uma fusão, em um período de mais longo prazo.


Outra possibilidade é analise dos índices financeiros usados neste trabalhos, para
cruzar com mais dados retirando juntamente as instituições financeiras, ou com
dados do mercado sócio econômico do país, ou com as políticas do mercado
durante esses anos.


As sugestões apresentadas são para todos que de alguma maneira se interessam
por Instituições Financeiras.
50



REFERÊNCIAS




ALMEIDA, Rodrigo Ramalhosa de. O processo de integração de redes de
instituições financeiras: o caso da fusão Itaú Unibanco, sob a ótica de seus
gerentes de agência. 2010. 84 f. Dissertação( mestrado em Administração) -
Universidade Paulista, São Paulo, 2010. Anais eletrônicos. Disponível em:
<http://www3.unip.br/ensino/po1s_graduacao/strictosensu/administracao/download/a
dm_rodrigoramalhosadealmeida.swf>. Acesso em: 11 mar. 2012.


ANDRADE, Luis Felipe Figueiredo de; NIYAMA, Jorge Katsumi; SANTANA, Cláudio
Moreira. Nível de “Disclosure” sobre riscos de mercado e operacional: Uma
análise comparativa dos vinte maiores bancos brasileiros. In: CONGRESSO USP DE
CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 9., 2009. São Paulo. Disponível em:
<http://www.congressousp.fipecafi.org/artigos/92009/212>. Acesso em: 12 jul. 2012.


APROVAÇÃO, prévia do Cade dá mais segurança às fusões societárias, segundo
juristas. DCI, Brasília, 3 de junho de 2012. Disponível em:
<http://www.dci.com.br/aprovacao-previa-do-cade-da-mais-seguranca-as-fusoes-
societarias,-segundo-juristas-id296987.html>. Acesso em: 21 jul. 2012.


ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços. 8º ed. São Paulo:
Atlas, 2007.


___________, Alexandre. Estrutura e análise de balanços. 10º ed.São Paulo:
Atlas, 2012.


AYRES, Marcela. As 10 maiores fusões e aquisições do semestre. Exame.com,
São Paulo, 10 de julho de 2012. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/aquisicoes-fusoes/album-de-fotos/as-
10-maiores-fusoes-e-aquisicoes-do-semestre>. Acesso em: 11 ago. 2012.
51



BARRUECO, Fernando Mauro; PERROTTI, Miguel Fernando Ribeiro; PERROTTI,
Paulo Salvador Ribeiro. Manual de fusões e aquisições de empresas. São Paulo,
Anais eletrônicos, São Paulo, 2007, p.15. Disponível em:
<http://www.investtech.com.br/lib/manual/manual-aquisicoes-final.pdf>. Acesso em:
21 jul. 2012.
BACEN, Banco Central do Brasil. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br> Acesso
em: 21 jul. 2012.


BARRETO, E. A contabilidade a valor justo e a crise financeira mundial.
2009.135 f. Tese (Mestrado em Ciências Contábeis) – Faculdade de Economia,
administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo. São Paulo. Anais
eletrônicos. Disponível em: <http://www.teses.usp.br>. Acesso em: 02 jul 2012.


BASTOS, Douglas Dias; et al. A RELAÇÃO ENTRE O RETORNO ... Revista de
Gestão USP, São Paulo, v. 16, n. 3, p. 65-79, julho-setembro 2009. Disponível em:
<http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/rege/v16n3/v16n3a05.pdf>. Acesso em: 21
jul. 2012.


BODIE, Zvie; MERTON, Robert c. Finanças. 1º ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.


BONINI, Luci. Banco Real e o conceito de sustentabilidade no propaganda.
Relatório de pesquisa do PPM do grupo Green, 18 de outubro de 2009. Disponível
em:<http://www.slideshare.net/lucibonini/banco-real-e-o-conceito-de-
sustentabilidade-no-propaganda> Acesso em: 21 jul. 2012.


BORTOLUZZI, Sandro César. Avaliação de desempenho econômico-financeiro.
Congresso       Brasileiro   de   Custos,   14º,   Curitiba,   2008.   Disponível   em:
<http://pessoal.utfpr.edu.br/sandro/arquivos/CBC%202008%201.pdf.> Acesso em:
01 set. 2012.




BRASIL. Lei das Sociedades Anônimas n.6404/76, de 15 de dezembro de 1976.
Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Legislação Federal, Brasília, 15 de
dezembro de 1976; 155º da Independência e 88º da República. Disponível em:
52



<http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/105530/lei-das-sociedades-anonimas-de-
1976-lei-6404-76> Acesso em: 21 jun. 2012.


CADE. Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Disponível em:
<http://www.cade.gov.br>. Acesso em 21 jul. 2012.


_____. Lei n. 4.137, de 10 de setembro de 1962. Regula e repressão ao abuso do
Poder Econômico. Brasília, DF, 23 novembro de 1962; 141º da Independência e 74º
da República. Disponível em:
<http://www.cade.gov.br/Default.aspx?281beb3dd44ade24f644142f3a>. Acesso em:
21 jul. 2012.


_____. Lei n. 8.884, de 11 de julho de 1994. Dispõe sobre a prevenção e a
repressão às infrações contra a ordem econômica. Brasília, DF, 11 de junho de
1994; 173º da Independência e 106º da República. Disponível em:
<http://www.cade.gov.br/Default.aspx?281beb3dd44ade24f6441b>. Acesso em: 21
jul. 2012.


CAMARGOS, Marcos Antônio de; BARBOSA, Francisco Vidal. Análise do
desempenho econômico e financeiro e da criação de sinergia em processos de
fusões e aquisições do mercado brasileiro ocorridos entre 1995 e 1999. Rege
USP, Jun. 2005, vol12, nº.2, 9.99-115. ISS. 1809-2276.


CARVALHO, L. Nelson; LEMES, Sirlei; COSTA, Fábio Moraes da. Contabilidade
Internacional. São Paulo: Atlas, 2009.


CARVALHOSA, Modesto. Comentários à lei de sociedade anônima. São Paulo:
Saraiva, 1998.


CISÃO, de empresas não beneficia investidor. Estadão, São Paulo, 22 de fevereiro
de 2001. Disponível em:
<http://www.estadao.com.br/arquivo/economia/2001/not20010222p11196.htm>.
Acesso em: 14 jun. 2012.
53



CJMBB. As 10 Maiores Fusões e Aquisições No Brasil. Trabalhos Feitos, São
Paulo, 08 de abril de 2012. Disponível em:
<http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/As-10-Maiores-Fus%C3%B5es-e-
Aquisi%C3%A7%C3%B5es/166733.html>. Acesso em: 14 jun. 2012.


CVM. Comissão de Valores Mobiliários. Disponível em: <http://www.cvm.gov.br>
Acesso em: 21 jul. 2012.


COSTA, F. M. D; GOLDNER, F.; GALDI, F. C. Análise dos fatores que
influenciam no Disclosure dos maiores bancos brasileiros. In: CONGRESSO
USP DECONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 7., 2007, São Paulo. Controladoria
e Contabilidade em Prol do Desenvolvimento. Anais eletrônicos. Disponível em:
<http://www.congressousp.fipecafi.or/artigos72007/687>. Acesso em: 12 jul. 2012.


DIEESE. Fusões no setor bancário: emprego e concorrência. Net, nov. 2007.
Disponível em: <http://www.dieese.org.br/notatecnica/notatec55FusaoBancaria.pdf>
Acesso em: 21 jul. 2012.


ERNEST; YONG. FIPECAFI. Manual de normas internacionais da contabilidade.
1 ed. São Paulo: Atlas, 2009.


FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 2º ed. São Paulo: Atlas, 1993.


FALCINI, Primo. Avaliação econômica de empresas: Técnica e Prática. 2ª ed. São
Paulo: Atlas, 1995.


FARIA, João Adelino; MARINHO, Alexandre; PAULA, Luiz Fernando de. Fusões e
aquisições bancárias no Brasil: uma avaliação da eficiência técnica. São Paulo:
Ipea, 2006.


FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: produtos e serviços. 18ª ed. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2010.
54



FUSÃO, banco Real e Santander. Tudo em Foco. Net, 27 de março de 2009.
Disponível em: <http://www.tudoemfoco.com.br/fusao-banco-real-santander.html>
Acesso em: 21 jul. 2012.


GIL, A.C. Projeto de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1988.


GONÇALVES NETO, Alfredo de Assis. Manual das companhias ou sociedades
anônimas. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010. p.320, 2ª ed.


GOLDNER, Fábio; ARAÚJO, Carlos Alberto Gonçalves de. Estratégia de fusão e
aquisição bancária no Brasil: Evidências Empíricas sobre Retornos. 3º Simpósio
FUCAPE de Produção Científica. Espírito Santo, 2004. Anais eletrônicos. FUCAPE,
Espírito Santo, 2004. Disponível em:
<http://www.fucape.br/simposio/3/artigos/fabio%20goldner%20e%20carlos%20albert
o%20araujo.pdf>. Acesso em: 02 jun. 2012.


HARDING, David; ROVIT, Sam. Garantindo o sucesso em fusões e aquisições.
São Paulo: Campus, 2004.


HOJI, M. Administração financeira: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas,
2003.


ITAU. BANCO ITAÚ UNIBANCO S.A. Relatório de sustentabilidade. Disponível
em:     <http://www.itauunibanco.com.br/relatoriodesustentabilidade/pt-br/index.html>.
Acesso em: 12 jun. 2012.


ITAÚ E UNIBANCO, anunciam Fusão e criam maior grupo financeiro do Hemisfério
Sul.    Folha,   São   Paulo,     03   de   novembro   de   2008.    Disponível   em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u463386.shtml >. Acesso em: 12
jun. 2012.


JUNIOR, Pedro Anan. Fusão, Cisão e Incorporação de Sociedades. 3ª ed.
Curitiba: Quartier Latin, 2003.
55



KPMG. Corporate Finance. Fusões e aquisições. Relatório disponível em:
<http://www.kpmg.com/BR/PT/Estudos_Analises/artigosepublicacoes/Documents/Fu
soes%20e%20Aquisicoes/2012/FA-2otrim-2012.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2012.


MÁLAGA, Tomás; MAZIERO, Pricila; WERLANG, Sérgio Ribeiro da Costa. Estudo
de rentabilidade bancária. Consultoria Econômica, Banco Itaú. São Paulo, 2002.
Disponível em:
<http://www.febraban.org.br/Arquivo/Destaques/Werlang_Malaga_Rentabilidade.pd>
Acesso em: 21 jul. 2012


MARTELANC, Roy; CAVALVANTE, Francisco; PASIN, Rodrigo. Avaliação de
empresas: Um guia para fusões e aquisições e private equity. São Paulo: Pearson
P T R, 2010.


MATARAZZO, Dante Carmine. Analise financeira de balanços: abordagem básica
e gerencial: como avaliar empresas, análise da gestão de caixa, análise da gestão
de lucro, desempenho da diretoria. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1998.


MELO, Denilson Rodrigues Reis. Estudo de Caso: Fusão dos Bancos. 2008.
Universidade Federal do Ceará do curso de Ciências Econômicas. Sobral.
Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAJeMAI/estudo-caso-fusao-
dos-bancos> Acesso em: 14 jul. 2012.


MOURA, Ruy. Como 7 grandes fusões afetaram os brasileiros. Fusões &
aquisições, São Paulo, 15 de julho de 2011. Disponível em:
<http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br/2011/07/como-7-grandes-fusoes-afetaram-
os.html>. Acesso em: 21 jul. 2012.


MUNIZ, Ian. Fusões e Aquisições: Aspectos Fiscais e Societários. 2ª ed. Porto
Alegre: Quartier Latin, 2011.
OLIVON, Beatriz. Veja as dez maiores fusões e aquisições de 2011. Exame.com,
São Paulo, 15 de fevereiro de 2012 Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/aquisicoes-fusoes/album-de-
fotos/veja-as-dez-maiores-fusoes-e-aquisicoes-de-2011>. Acesso em: 21 jul. 2012.
Fusões de Instituições Bancárias no Brasil
Fusões de Instituições Bancárias no Brasil
Fusões de Instituições Bancárias no Brasil
Fusões de Instituições Bancárias no Brasil
Fusões de Instituições Bancárias no Brasil
Fusões de Instituições Bancárias no Brasil
Fusões de Instituições Bancárias no Brasil
Fusões de Instituições Bancárias no Brasil
Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

Más contenido relacionado

Destacado

De Reis van de Heldin december 2015
De Reis van de Heldin december 2015De Reis van de Heldin december 2015
De Reis van de Heldin december 2015Peter de Kuster
 
Error messages
Error messagesError messages
Error messagesrtinkelman
 
Gfpi f-019 guia de aprendizaje 01 tda orientar fpi
Gfpi f-019 guia de aprendizaje 01 tda orientar fpiGfpi f-019 guia de aprendizaje 01 tda orientar fpi
Gfpi f-019 guia de aprendizaje 01 tda orientar fpilisbet bravo
 
Análisis situacional integral de salud final
 Análisis situacional integral de salud final Análisis situacional integral de salud final
Análisis situacional integral de salud finalEstefanía Echeverría
 
JULIOPARI - Elaborando un Plan de Negocios
JULIOPARI - Elaborando un Plan de NegociosJULIOPARI - Elaborando un Plan de Negocios
JULIOPARI - Elaborando un Plan de NegociosJulio Pari
 
El emprendedor y el empresario profesional cert
El emprendedor y el empresario profesional certEl emprendedor y el empresario profesional cert
El emprendedor y el empresario profesional certMaestros Online
 
1ºBACH Economía Tema 5 Oferta y demanda
1ºBACH Economía Tema 5 Oferta y demanda1ºBACH Economía Tema 5 Oferta y demanda
1ºBACH Economía Tema 5 Oferta y demandaGeohistoria23
 
Onderzoeksrapport acrs v3.0_definitief
Onderzoeksrapport acrs v3.0_definitiefOnderzoeksrapport acrs v3.0_definitief
Onderzoeksrapport acrs v3.0_definitiefrloggen
 
Como hacer un plan de negocios
Como hacer un plan de negociosComo hacer un plan de negocios
Como hacer un plan de negociosXPINNERPablo
 
Estructura del sistema nacional de salud en
Estructura del sistema nacional de salud enEstructura del sistema nacional de salud en
Estructura del sistema nacional de salud enEl Barto
 
Schrijven voor het web
Schrijven voor het webSchrijven voor het web
Schrijven voor het webSimone Levie
 
Evidence: Describing my kitchen. ENGLISH DOT WORKS 2. SENA.
Evidence: Describing my kitchen. ENGLISH DOT WORKS 2. SENA.Evidence: Describing my kitchen. ENGLISH DOT WORKS 2. SENA.
Evidence: Describing my kitchen. ENGLISH DOT WORKS 2. SENA... ..
 
Estrategias competitivas básicas
Estrategias competitivas básicasEstrategias competitivas básicas
Estrategias competitivas básicasLarryJimenez
 
2. describing cities and places. ENGLISH DOT WORKS 2. SENA. semana 4 acitivda...
2. describing cities and places. ENGLISH DOT WORKS 2. SENA. semana 4 acitivda...2. describing cities and places. ENGLISH DOT WORKS 2. SENA. semana 4 acitivda...
2. describing cities and places. ENGLISH DOT WORKS 2. SENA. semana 4 acitivda..... ..
 

Destacado (20)

De Reis van de Heldin december 2015
De Reis van de Heldin december 2015De Reis van de Heldin december 2015
De Reis van de Heldin december 2015
 
Error messages
Error messagesError messages
Error messages
 
Gfpi f-019 guia de aprendizaje 01 tda orientar fpi
Gfpi f-019 guia de aprendizaje 01 tda orientar fpiGfpi f-019 guia de aprendizaje 01 tda orientar fpi
Gfpi f-019 guia de aprendizaje 01 tda orientar fpi
 
Análisis situacional integral de salud final
 Análisis situacional integral de salud final Análisis situacional integral de salud final
Análisis situacional integral de salud final
 
Geheugen verbeteren
Geheugen verbeterenGeheugen verbeteren
Geheugen verbeteren
 
JULIOPARI - Elaborando un Plan de Negocios
JULIOPARI - Elaborando un Plan de NegociosJULIOPARI - Elaborando un Plan de Negocios
JULIOPARI - Elaborando un Plan de Negocios
 
De impact van adhd
De impact van adhdDe impact van adhd
De impact van adhd
 
PMP Sonora Saludable 2010 2015
PMP Sonora Saludable 2010   2015  PMP Sonora Saludable 2010   2015
PMP Sonora Saludable 2010 2015
 
El emprendedor y el empresario profesional cert
El emprendedor y el empresario profesional certEl emprendedor y el empresario profesional cert
El emprendedor y el empresario profesional cert
 
1ºBACH Economía Tema 5 Oferta y demanda
1ºBACH Economía Tema 5 Oferta y demanda1ºBACH Economía Tema 5 Oferta y demanda
1ºBACH Economía Tema 5 Oferta y demanda
 
Tears In The Rain
Tears In The RainTears In The Rain
Tears In The Rain
 
Onderzoeksrapport acrs v3.0_definitief
Onderzoeksrapport acrs v3.0_definitiefOnderzoeksrapport acrs v3.0_definitief
Onderzoeksrapport acrs v3.0_definitief
 
Como hacer un plan de negocios
Como hacer un plan de negociosComo hacer un plan de negocios
Como hacer un plan de negocios
 
Estructura del sistema nacional de salud en
Estructura del sistema nacional de salud enEstructura del sistema nacional de salud en
Estructura del sistema nacional de salud en
 
Schrijven voor het web
Schrijven voor het webSchrijven voor het web
Schrijven voor het web
 
Evidence: Describing my kitchen. ENGLISH DOT WORKS 2. SENA.
Evidence: Describing my kitchen. ENGLISH DOT WORKS 2. SENA.Evidence: Describing my kitchen. ENGLISH DOT WORKS 2. SENA.
Evidence: Describing my kitchen. ENGLISH DOT WORKS 2. SENA.
 
Estrategias competitivas básicas
Estrategias competitivas básicasEstrategias competitivas básicas
Estrategias competitivas básicas
 
Cápsula 1. estudios de mercado
Cápsula 1. estudios de mercadoCápsula 1. estudios de mercado
Cápsula 1. estudios de mercado
 
Rodriguez alvarez
Rodriguez alvarezRodriguez alvarez
Rodriguez alvarez
 
2. describing cities and places. ENGLISH DOT WORKS 2. SENA. semana 4 acitivda...
2. describing cities and places. ENGLISH DOT WORKS 2. SENA. semana 4 acitivda...2. describing cities and places. ENGLISH DOT WORKS 2. SENA. semana 4 acitivda...
2. describing cities and places. ENGLISH DOT WORKS 2. SENA. semana 4 acitivda...
 

Similar a Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

Plano de negocios para abertura de um restaurante
Plano de negocios para abertura de um restaurantePlano de negocios para abertura de um restaurante
Plano de negocios para abertura de um restauranteJosilene Silva Alves
 
Andrea souza mello_meirelles(_trab._pronto)[1]
Andrea souza mello_meirelles(_trab._pronto)[1]Andrea souza mello_meirelles(_trab._pronto)[1]
Andrea souza mello_meirelles(_trab._pronto)[1]RAMINIROSA
 
REFORMULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL DO PMI ES
REFORMULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL DO PMI ESREFORMULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL DO PMI ES
REFORMULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL DO PMI ESLuiz Aquino
 
contabilidade de instituições financeiras. Contabilidade
contabilidade de instituições financeiras. Contabilidadecontabilidade de instituições financeiras. Contabilidade
contabilidade de instituições financeiras. ContabilidadeMarcia Silva
 
Plano de negocios para retaurante vegetariano
Plano de negocios para retaurante vegetarianoPlano de negocios para retaurante vegetariano
Plano de negocios para retaurante vegetarianoJosilene Silva Alves
 
CHIANCA, Cauê; Braga. Relatório Final de Estágio Supervisionado | Final Repor...
CHIANCA, Cauê; Braga. Relatório Final de Estágio Supervisionado | Final Repor...CHIANCA, Cauê; Braga. Relatório Final de Estágio Supervisionado | Final Repor...
CHIANCA, Cauê; Braga. Relatório Final de Estágio Supervisionado | Final Repor...Cauê Chianca
 
BUSINESS INTELLIGENCE APLICADO AO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DE PACIENTES (PEP).
BUSINESS INTELLIGENCE APLICADO AO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DE PACIENTES (PEP).BUSINESS INTELLIGENCE APLICADO AO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DE PACIENTES (PEP).
BUSINESS INTELLIGENCE APLICADO AO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DE PACIENTES (PEP).Fulvio Amato
 
TCC - MBA em Gestão de Projetos - PMI da Faculdade IBTA
TCC - MBA em Gestão de Projetos - PMI da Faculdade IBTATCC - MBA em Gestão de Projetos - PMI da Faculdade IBTA
TCC - MBA em Gestão de Projetos - PMI da Faculdade IBTALeonardo Lima
 
Tcc fia final-midiassociais
Tcc fia final-midiassociaisTcc fia final-midiassociais
Tcc fia final-midiassociaisricardodepaula
 
TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS
TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMASTRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS
TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMASdaviepsudesc
 
TCC - Mídias Sociais como oportunidade de negócios: A nova relação entre empr...
TCC - Mídias Sociais como oportunidade de negócios: A nova relação entre empr...TCC - Mídias Sociais como oportunidade de negócios: A nova relação entre empr...
TCC - Mídias Sociais como oportunidade de negócios: A nova relação entre empr...Aline Moura
 
Tcc ana flavia f s matos
Tcc ana flavia f s matosTcc ana flavia f s matos
Tcc ana flavia f s matosanaflaviamatos
 
Dissertação de Mestrado Tiago Carvalho Machado
Dissertação de Mestrado Tiago Carvalho MachadoDissertação de Mestrado Tiago Carvalho Machado
Dissertação de Mestrado Tiago Carvalho MachadoTiago Machado
 
Dissertação de Mestrado Tiago Carvalho Machado
Dissertação de Mestrado Tiago Carvalho MachadoDissertação de Mestrado Tiago Carvalho Machado
Dissertação de Mestrado Tiago Carvalho MachadoTiago Machado
 
Marketing Digital - TCC Fatec
Marketing Digital - TCC FatecMarketing Digital - TCC Fatec
Marketing Digital - TCC FatecLeonardo Ventura
 
Projeto de Comunicação para Promon
Projeto de Comunicação para PromonProjeto de Comunicação para Promon
Projeto de Comunicação para Promonmairamed
 

Similar a Fusões de Instituições Bancárias no Brasil (20)

Plano de negocios para abertura de um restaurante
Plano de negocios para abertura de um restaurantePlano de negocios para abertura de um restaurante
Plano de negocios para abertura de um restaurante
 
plano de negocios
plano de negociosplano de negocios
plano de negocios
 
000790048
000790048000790048
000790048
 
Preprojeto de pesquisa
Preprojeto de pesquisaPreprojeto de pesquisa
Preprojeto de pesquisa
 
Andrea souza mello_meirelles(_trab._pronto)[1]
Andrea souza mello_meirelles(_trab._pronto)[1]Andrea souza mello_meirelles(_trab._pronto)[1]
Andrea souza mello_meirelles(_trab._pronto)[1]
 
REFORMULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL DO PMI ES
REFORMULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL DO PMI ESREFORMULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL DO PMI ES
REFORMULAÇÃO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL DO PMI ES
 
contabilidade de instituições financeiras. Contabilidade
contabilidade de instituições financeiras. Contabilidadecontabilidade de instituições financeiras. Contabilidade
contabilidade de instituições financeiras. Contabilidade
 
Plano de negocios para retaurante vegetariano
Plano de negocios para retaurante vegetarianoPlano de negocios para retaurante vegetariano
Plano de negocios para retaurante vegetariano
 
CHIANCA, Cauê; Braga. Relatório Final de Estágio Supervisionado | Final Repor...
CHIANCA, Cauê; Braga. Relatório Final de Estágio Supervisionado | Final Repor...CHIANCA, Cauê; Braga. Relatório Final de Estágio Supervisionado | Final Repor...
CHIANCA, Cauê; Braga. Relatório Final de Estágio Supervisionado | Final Repor...
 
Tcc
TccTcc
Tcc
 
BUSINESS INTELLIGENCE APLICADO AO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DE PACIENTES (PEP).
BUSINESS INTELLIGENCE APLICADO AO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DE PACIENTES (PEP).BUSINESS INTELLIGENCE APLICADO AO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DE PACIENTES (PEP).
BUSINESS INTELLIGENCE APLICADO AO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DE PACIENTES (PEP).
 
TCC - MBA em Gestão de Projetos - PMI da Faculdade IBTA
TCC - MBA em Gestão de Projetos - PMI da Faculdade IBTATCC - MBA em Gestão de Projetos - PMI da Faculdade IBTA
TCC - MBA em Gestão de Projetos - PMI da Faculdade IBTA
 
Tcc fia final-midiassociais
Tcc fia final-midiassociaisTcc fia final-midiassociais
Tcc fia final-midiassociais
 
TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS
TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMASTRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS
TRABALHO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS
 
TCC - Mídias Sociais como oportunidade de negócios: A nova relação entre empr...
TCC - Mídias Sociais como oportunidade de negócios: A nova relação entre empr...TCC - Mídias Sociais como oportunidade de negócios: A nova relação entre empr...
TCC - Mídias Sociais como oportunidade de negócios: A nova relação entre empr...
 
Tcc ana flavia f s matos
Tcc ana flavia f s matosTcc ana flavia f s matos
Tcc ana flavia f s matos
 
Dissertação de Mestrado Tiago Carvalho Machado
Dissertação de Mestrado Tiago Carvalho MachadoDissertação de Mestrado Tiago Carvalho Machado
Dissertação de Mestrado Tiago Carvalho Machado
 
Dissertação de Mestrado Tiago Carvalho Machado
Dissertação de Mestrado Tiago Carvalho MachadoDissertação de Mestrado Tiago Carvalho Machado
Dissertação de Mestrado Tiago Carvalho Machado
 
Marketing Digital - TCC Fatec
Marketing Digital - TCC FatecMarketing Digital - TCC Fatec
Marketing Digital - TCC Fatec
 
Projeto de Comunicação para Promon
Projeto de Comunicação para PromonProjeto de Comunicação para Promon
Projeto de Comunicação para Promon
 

Fusões de Instituições Bancárias no Brasil

  • 1. CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ FILIPE SALOMÃO LEONARDO GRATTAROLA Fusões de Instituições Bancárias no Brasil: Um Estudo Comparativo dos Desempenhos Econômico- Financeiros Anteriores e Posteriores à Fusão. SANTO ANDRÉ - SP 2012
  • 2. FILIPE SALOMÃO LEONARDO GRATTAROLA Fusões de Instituições Bancárias no Brasil: Um Estudo Comparativo dos Desempenhos Econômico- Financeiros Anteriores e Posteriores à Fusão. Monografia apresentada como exigência parcial para obtenção do título de Especialista em Banking - Gestão de Negócios Financeiros, ao Centro de Pós- Graduação, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Fundação Santo André Orientador: Prof. Dr. Eduardo Braga SANTO ANDRÉ - SP 2012
  • 3. Salomão, Filipe Fusões de Instituições Bancárias no Brasil: Um Estudo Comparativo dos Desempenhos Econômico-Financeiros Anteriores e Posteriores à Fusão. / Filipe Salomão, Leonardo Grattarola. - Santo André, 2012. – 64 f. Monografia – Centro Universitário Fundação Santo André. Pós graduação. Banking - Gestão de Negócios Financeiros Orientador: Dr. Eduardo Braga 1º Fusão 2º Desempenho econômico-financeiro 3º sistema bancário I. Grattarola, Leonardo II. Título
  • 4. FILIPE SALOMÃO LEONARDO GRATTAROLA Fusões de Instituições Bancárias no Brasil: Um Estudo Comparativo dos Desempenhos Econômico- Financeiros Anteriores e Posteriores à Fusão. Esta monografia foi apresentada como exigência parcial para obtenção do título de Especialista em Banking - Gestão de Negócios Financeiros, ao Centro de Pós- Graduação, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Fundação Santo André Data: ___ / ___ / ___ _____________________________________ Orientador: Prof. Dr. Eduardo Braga Professores que compuseram a banca: _____________________________________ Prof. ____________________ _____________________________________ Prof. ___________________
  • 5. AGRADECIMENTOS Agradecemos a todos os Seres Divinos que nos auxiliaram no transcorrer da elaboração desta monografia e acima de tudo agradecemos a Deus pelo presente: as nossas vidas. Ao professor Eduardo Braga por sua dedicação, entusiasmo e conhecimento para orientação deste trabalho. E aos nossos familiares e amigos pela motivação e companheirismo, nos encorajando e apoiando durante o decorrer do estudos. Filipe: Mesmo que a palavra "obrigado" signifique tanto, não expressará tudo o que gostaria de demonstrar por mais uma fase completada. Agradeço aos meus pais, Jorge e Neide, dos quais tenho orgulho e são meus maiores exemplos. Aos meus irmãos, Gabriela e Rafael, outros exemplos do que fazer e, às vezes, do que não fazer. A minha melhor amiga e namorada Bruna, por toda a ajuda, por todo amor, carinho, que tem me dedicado. Aos meus colegas de classe e trabalho e aos meus amigos que nos momentos de exaustão sempre foram uma válvula de escape. Obrigada a todos. Obrigado a Deus por toda a sorte que tenho! Leonardo: Agradeço o amor, compreensão, união e força de meus pais, Stefano e Idevania, minha irmã Gabriella e minha companheira Mayara. Aos meus amigos e colegas, companheiros e alegrias para todos os momentos bons e de dificuldade, somente tenho que agradecer por tudo.
  • 6. "Veni, Vidi, Vici.'' Júlio César, 47 a.C.
  • 7. RESUMO Essa monografia analisa o desempenho econômico-financeiro nos anos que antecederam e também nos que sucederam o processo de fusão dos bancos Itaú e Unibanco e também da fusão dos bancos Real e Santander, visando identificar os reflexos da fusão em cada processo. Para a comparação desses dois tempos, houve o levantamento documental e uma revisão bibliográfica referente ao tema proposto. Dentre os dados analisados, estão dados contábeis e financeiros das instituições dos anos de 2007, 2008, 2009 e 2010. Serão utilizados um procedimento de comparação e uma abordagem dedutiva dos dados entre os anos anteriores e posteriores. O levantamento dos dados foi feito através dos sites dos bancos analisados e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Palavras-chave: Fusão Desempenho econômico-financeiro Sistema bancário.
  • 8. ABSTRACT This monograph analyzing financial performance in the years before and also in the process that followed the merger of Itaú and Unibanco banks and also the merger of Royal Bank and Santander, to identify the consequences of the merger in each process. To compare these two times, there was a documentary survey and a literature review on the topic proposed. Among the analyzed data are accounting data and financial institutions in the years 2007, 2008, 2009 and 2010. A procedure will be used for comparison and a deductive approach of data between the previous and subsequent years. Data collection was done through the websites of banks analyzed and the site of the Securities Commission (CVM). Keywords: Merger Financial performance The banking system.
  • 9. LISTA DE FIGURAS Imagem 1: Logo Real ............................................................................................... 31 Imagem 2: Logo Santander ...................................................................................... 32 Imagem 3: Logo Unibanco ........................................................................................ 34 Imagem 4: Logo Itaú ................................................................................................. 35
  • 10. LISTA DE GRÁFICOS E FORMULAS Gráfico 1: Spread ..................................................................................................... 42 Gráfico 2: Leverage .................................................................................................. 43 Gráfico 3: RPL ........................................................................................................... 45 Gráfico 4: RIT ............................................................................................................ 46 Gráfico 5: Margem Financeira ................................................................................... 47 Fórmula 1 ................................................................................................................. 42 Fórmula 2 .................................................................................................................. 43 Fórmula 3 .................................................................................................................. 45 Fórmula 4 .................................................................................................................. 46 Fórmula 5 .................................................................................................................. 47
  • 11. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11 1.1 Objetivos .......................................................................................................... 12 1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................................ 12 1.1.2 Objetivos Específicos................................................................................. 12 1.2 Justificativas .................................................................................................... 13 1.3 Procedimentos metodológicos ......................................................................... 13 1.4 Delimitações da pesquisa ................................................................................ 13 1.5 Estrutura do trabalho ....................................................................................... 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 15 2.1 Motivos ............................................................................................................ 15 2.1.1 Transformação ........................................................................................... 17 2.1.2 Cisão.......................................................................................................... 17 2.1.3 Fusão ......................................................................................................... 18 2.2 Desvantagens .................................................................................................. 19 2.3 Métricas de Desempenho das organizações. .................................................. 21 3. DADOS SOBRE FUSÔES .................................................................................... 25 3.1 As grandes fusões do Brasil e a interferência do CADE. ................................. 25 3.2 Cadê ................................................................................................................ 28 4. METODOLOGIA ESTUDO DE CASO - ANALISE DO DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO..................................................................................... 31 4.1 Históricos dos Bancos ..................................................................................... 31 4.1.1 Banco Real ................................................................................................ 31 4.1.2 Santander .................................................................................................. 32 4.1.3 Unibanco .................................................................................................... 34 4.1.4 Itaú ............................................................................................................. 35 4.2 Demonstrativos contábeis................................................................................ 37 4.3 Índices ............................................................................................................. 38 4.3.1 Solvência e Liquidez .................................................................................. 39 4.3.2 Capital e Risco ........................................................................................... 39 4.3.3 Rentabilidade e lucratividade ..................................................................... 40 4.4 Analise dos resultados dos índices .................................................................. 40
  • 12. 4.4.1 Spread Bancário ........................................................................................ 42 4.4.2 Leverage (alavancagem) ........................................................................... 43 4.4.3 Retorno sobre Patrimônio líquido............................................................... 45 4.4.4 Retorno sobre o Investimento Total ........................................................... 46 4.4.5 Margem Financeira .................................................................................... 47 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 48 5.1 RECOMENDAÇÕES PARA ESTUDOS FUTUROS ............................................ 49 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50 ANEXO ...................................................................................................................... 58
  • 13. 11 1 INTRODUÇÃO O sistema financeiro brasileiro sofre muitas mudanças com o decorrer do tempo; dentre as que mais afetam o segmento deste mercado estão as fusões, aquisições e incorporações que ocorreram entre os bancos. A cada dia são criados diversas especulações de novas fusões entre grandes bancos devido a problemas do mercado interno e externo ou a tentativa de adquirir mais poder de mercado ou fortalecimento da marca. Esses boatos muitas vezes se tornam fatos, como vários exemplos que ocorreram dos últimos anos. Os aspectos que motivaram essas grandes transformações são diversos, como a alta concorrência interna e externa, a globalização e a busca por cada vez mais lucros e spread das instituições. Essa monografia estuda duas grandes fusões, a dos bancos Itaú e Unibanco e a aquisição do banco Real pelo Santander. Entende- se aqui que fusão e aquisição que pode também ser descrita como incorporação têm o mesmo sentido: [...] explica que na primeira, desaparecem todas as sociedades que se fusionam, integrando-se suas empresas e seus sócios em uma nova sociedade, que para esse efeito se constitui; na segunda, uma ou mais sociedades dissolvem-se e são absorvidas por outra sociedade existente. Portanto, a fusão por criação de nova sociedade é a fusão propriamente dita ou fusão “latu sensu”, reservando alguns autores e legislações, o termo fusão para essa forma, opondo-a à fusão por absorção, a que denominam de incorporação. Mas, na realidade, em ambos os casos, há fusão de sociedades, pois o que é distinto é o procedimento para realizá-la. [...] Portanto, entende-se que apenas alguns aspectos formais e secundários se apresentam diversamente, não afetando a essência da fusão. (BUGARELI, 2000, p.71, apud SOUZA, 2011, p. 7). Esses dois processos foram movidos pelos motivos citados anteriormente e principalmente pela grande crise financeira que o mundo viveu nos últimos anos, causado em grande parte pela crise Hipotecária dos Estados Unidos (EUA) ocorrida em 2008, que fez com que houvesse redução do crédito no Brasil, dificultando financiamentos de empresas e diminuindo o consumo das famílias brasileiras, afetando assim o crescimento da economia do país. Porém os bancos brasileiros, por conta das regulamentações e leis difundidas pelo sistema financeiro brasileiro, conseguiu manter-se muito bem nesses tempos de crises. A fusão para os bancos é
  • 14. 12 uma maneira de garantir a sua sobrevivência no cenário nacional, pois, com a fusão a instituição ganha mercado e grande competitividade. Em um processo de incorporação de empresas há fatores negativos também comuns à todos os processos, que se pode citar como a exposição da marca, demissões de funcionários/colaboradores causando assim grande insatisfação e anseios dos demais que ficaram, além de incentivar protestos e manifestações. É necessário respeitar os clientes de cada instituição e seus colaboradores, uma vez que nenhuma transformação desta passa sem deixar rastros ou marcas. Por isso os donos, sócios, acionistas e CEOs destas empresas tiveram alguns problemas girando em torno das vantagens que eles queriam tirar dessas transações. Entre pontos negativos e positivos, os resultados financeiros dessas fusões são a base para o problema dessa pesquisa: Comparativamente, qual o resultado do desempenho econômico-financeiro entre as instituições antes e o depois da fusão? 1.1 Objetivos 1.1.1 Objetivo Geral Identificar as verdadeiras mudanças financeiras dentro de cada instituição depois da fusão. 1.1.2 Objetivos Específicos A partir do objetivo geral, delimitaram-se os seguintes objetivos específicos: Analisar o desempenho econômico-financeiro dos bancos, antes da fusão, de forma separada, somando-as para uma comparação futura; Analisar o desempenho econômico-financeiro dos bancos, depois da fusão; Analisar e comparar a evolução do desempenho econômico-financeiro de antes e depois da fusão.
  • 15. 13 Identificar as semelhanças e diferenças das evoluções entre as duas fusões ocorridas no setor bancário. 1.2 Justificativas Os riscos, dificuldades e problemas em uma fusão são inúmeras; o estudo visa identificar os reais benefícios desse procedimento, para entender se é tão benevolente ou lucrativo a ponto de colocar em risco o nome e marca de duas grandes instituições. Com a pesquisa é possível identificar as causas e consequências, analisando os motivos e resultados decorrentes da fusão, para que possa verificar se há reais benefícios para a instituição de maneira econômico- financeiro. 1.3 Procedimentos metodológicos O método de abordagem e de procedimento para esse estudo será o dedutivo e comparativo. Para a base do estudo, utilizará pesquisa documental: livros, sites, revistas e jornais. 1.4 Delimitações da pesquisa Serão utilizadas as demonstrações contábeis das quatro instituições financeiras de forma padronizada, para que possa ser feita a comparação de maneira mais confiável entre elas. Para isso limita-se aos anos 2007, 2009 e 2010, sendo 2007 analisadas as instituições separadamente, e já analisadas com as fusões efetuadas a partir de 2009. De acordo com o modelo de Assaf Neto (2007) será feito o comparativo de cada ano com o ano anterior. O ano de 2008, por ser o ano em que foram feitas as fusões não será analisado por conflitos em números e reestruturação das empresas; por esse motivo também, apenas serão analisados dados relevantes aos quatro bancos, deixando de analisar possíveis empresas ligadas à gerencia dos mesmos.
  • 16. 14 A análise do desempenho econômico financeiro será feita através dos dados publicados, como patrimônio e lucro das instituições e por índices calculados através dos números fornecidos pelos balanços publicados como: alavancagem, endividamento e liquidez. 1.5 Estrutura do trabalho É abordado no capitulo 1 o conceito geral em relação a linha de pesquisa escolhida para o trabalho e suas principais razões e motivações, assim como todo o procedimento utilizado e os motivos de suas escolhas. Posteriormente, no capitulo 2, é demonstrado o referencial teórico sobre fusões, cisões, transformações de empresas, e as principais métricas de desempenho das instituições financeiras . No capitulo seguinte são dadas as contextualizações históricas das grandes fusões ocorridas no Brasil, da abertura de mercado na década de 90 e a história e regras do CADE, o órgão regulador das fusões no Brasil. No capítulo 4 é apresentado o estudo de caso do trabalho, as duas fusões entre Itaú e Unibanco e entre Santander e Real. Abordado ainda nesse capitulo, os aspectos contábeis, a forma de análise dos índices e os comparativos entre os anos e as instituições. Também serão destacadas as principais diferenças entre o antes e o depois de cada fusão, e suas principais semelhanças. Mostrando a correlação de crescimento econômico-financeiro de cada banco e de cada fusão. Por ultimo, no final é identificada todas as conclusões sobre o problema do estudo de caso abordado.
  • 17. 15 2 REFERENCIAL TEÓRICO Para essa pesquisa, serão analisados alguns termos que entraram em moda no Brasil nas ultimas décadas, a fusão. Conforme Gonçalves Neto (2010,p.279): A transformação, a incorporação, a fusão e a cisão são alterações na estrutura e conformação societárias que se caracterizam como institutos jurídicos que têm a extraordinária vantagem de permitir a mudança da forma societária ou a transmissão do patrimônio e do corpo associativo, sem necessidade de dissolução e liquidação ou de outras formalidades mais complexas. Com base nisso será abordado as principais motivações que levam as empresas a fazerem essas mudanças e como funciona cada um desses procedimentos nesse capitulo. 2.1 Motivos No cenário atual, o alto índice de crescimento dos mercados tem mostrado para as empresas um grande aumento na concorrência entre as empresas nacionais, além da entrada de empresas internacionais que estão fortemente no mercado brasileiro, fora também o aumento dos diversos tributos e taxas que devem ser pagos ao governo. Por isso é preciso que cada empresa se adapte para ser competitiva, rentável para sobreviver no mercado atual. As vezes algumas empresas podem não se sustentar sozinhas, e há a necessidade de usar alguns tipos de estratégias mais agressivas do que as normais, estratégias essas que muitas vezes se tornam o que se chama de '' junção '' com outra empresa do mesmo ramo, ou até mesmo de outro segmento de mercado. No termo técnico essas junções são as transformações, incorporação, cisão e fusão. Conforme a Lei 6.404/76, artigo 223 das sociedades anônimas de 1976: "a Incorporação, fusão ou cisão podem ser operadas entre sociedades de tipos iguais ou diferentes e deverão ser deliberadas na forma prevista para a alteração dos respectivos estatutos ou contratos sociais".
  • 18. 16 Para que sejam feitas essas reformulações entre duas ou mais empresas, são necessárias diversas precauções, estudos, além é claro, de trabalhar conforme os órgãos reguladores e com as leis dentre outras burocracias. Conforme a Lei Nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, tem-se: Protocolo Art. 224. As condições da incorporação, fusão ou cisão com incorporação em sociedade existente constarão de protocolo firmado pelos órgãos de administração ou sócios das sociedades interessadas, que incluirá: I - o número, espécie e classe das ações que serão atribuídas em substituição dos direitos de sócios que se extinguirão e os critérios utilizados para determinar as relações de substituição; II - os elementos ativos e passivos que formarão cada parcela do patrimônio, no caso de cisão; III - os critérios de avaliação do patrimônio líquido, a data a que será referida a avaliação, e o tratamento das variações patrimoniais posteriores; IV - a solução a ser adotada quanto às ações ou quotas do capital de uma das sociedades possuídas por outra; V - o valor do capital das sociedades a serem criadas ou do aumento ou redução do capital das sociedades que forem parte na operação; VI - o projeto ou projetos de estatuto, ou de alterações estatutárias, que deverão ser aprovados para efetivar a operação; VII - todas as demais condições a que estiver sujeita a operação. Parágrafo único. Os valores sujeitos a determinação serão indicados por estimativa. (BRASIL, 2012,apud CVM, 2012). Dentre outros motivos que levam a empresa a toda essa nova etapa, além da sobrevivência no mercado, tem o lado da agressividade da empresa em querer ampliar seus investimentos e clientes, alcançar novos mercados e diversificar os negócios e parceiros das empresas. Como Gonçalves Neto (2010, p.281) defende “Servem-se as empresas para crescer, ajustando-se às exigências da produção em massa e da economia de mercado”. Dessa forma, as empresas agem de acordo com o mercado onde elas estão para a sobrevivência, ou para expansão. Porém, além de atender a todas as leis e obrigações, uma transformação dessa não deve também desagradar sócios e acionistas, Assaf Neto (2007, p. 40) salienta que: Para qualquer alteração que haja em uma sociedade deve haver o consentimento unânime de todos os acionistas, exceto se constar no estatuto ou contrato social que o sócio que não esteja de acordo, possa deixar a sociedade. E completa, que a transformação societária não pode prejudicar de forma alguma os credores, os quais continuam com as mesmas garantias. Depois de toda a análise, deve-se entender a diferença entre cada uma dessas reformulações.
  • 19. 17 2.1.1 Transformação Para todas as formas de incorporação existem regras que devem ser seguidas, regras essas que protegem os acionistas e clientes da empresa, contra mudanças de valores, monopólios ou prejuízos. A principal diferença entre a fusão a cisão e a incorporação está no resultado final da empresa, ou seja, como que ela fica após o processo. No caso da transformação, conforme está descrito na lei, ''A transformação é a operação pela qual a sociedade passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo para outro" (BRASIL, 2012, art. 220), a mudança está no tipo de empresa que ela irá se tornar, por exemplo, transformar uma empresa limitada (Ltda.) em uma Sociedade Anônima (S.A.). 2.1.2 Cisão Enquanto a transformação muda o tipo da empresa, a cisão efetuada entre duas ou mais empresas é o ato de transferir seu patrimônio a uma ou mais empresas, podendo ou não desaparecer, conforme descrito na lei (BRASIL, 2012, art. 229). A cisão é uma estratégia segura para expandir ou defender o mercado, temos como um bom exemplo, a Autolatina, cisão da Volkswagen e da Ford, feita para a fabricação de motores de dois automóveis das marcas; essa cisão ocorreu de forma parcial, onde cada empresa pegava e controlava a parte que lhe interessava, porém, utilizando mesmo local e mão de obra. Um grande problema do caso da cisão parcial é o fato de que em muitas vezes, as ações da empresa menos valorizadas, vai ao mercado após a cisão com o valor superestimado fazendo assim com que haja desvalorização do papel na sua chegada a bolsa de valores.
  • 20. 18 As operações de cisão envolvendo companhias abertas são bem vistas pelos especialistas, entretanto nem sempre se traduzem em ganho para os investidores. Em alguns casos, as ações nascidas com a nova empresa acabam sendo desprezadas pelo mercado. (CISÃO,2012). 2.1.3 Fusão Por último das três incorporações abordadas, na Fusão, diferente das anteriores, ocorre a junção dos patrimônios de duas empresas e formam uma nova empresa com essa união. Como exemplo, os bancos Itaú e Unibanco que formaram o banco Itaú-Unibanco ou do grupo Pão de Açúcar com Casas Bahia. Segundo a Lei nº 6.404/76(BRASIL, 2012, art.228), fusão é a união de duas ou mais empresas gerando uma nova e única grande empresa. Dentre as três incorporações vistas, a fusão é a mais ocorrente pelo simples motivo de o acordo entre as empresas se tornar mais simples, uma vez que o resultado é uma nova empresa, não há a briga por egos para ver qual será a empresa que continuara utilizando o seu antigo nome, mesmo que esse nome seja o mesmo nome antigo com um plus, assim como no caso do Itaú e o Unibanco que apenas juntaram os seus dois nomes. De Acordo com a LEI Nº 6.404: Fusão Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. 1º A assembléia-geral de cada companhia, se aprovar o protocolo de fusão, deverá nomear os peritos que avaliarão os patrimônios líquidos das demais sociedades. 2º Apresentados os laudos, os administradores convocarão os sócios ou acionistas das sociedades para uma assembléia-geral, que deles tomará conhecimento e resolverá sobre a constituição definitiva da nova sociedade, vedado aos sócios ou acionistas votar o laudo de avaliação do patrimônio líquido da sociedade de que fazem parte. 3º Constituída a nova companhia, incumbirá aos primeiros administradores promover o arquivamento e a publicação dos atos da fusão. (BRASIL, 2012, art.228).
  • 21. 19 Assim como os outros dois processos, essa transação sempre tem como um objetivo maior agregar novos valores as empresas, conforme Harding: Joseph Bower, em um artigo referencia na Harvard Business Review intitulado, 2001, “Nem todas as fusões e aquisições são parecidas – e isso é importante” apresentou cinco motivos pelos quais uma empresa pode querer fazer uma transação: 1. Como uma ferramenta de reduzir a capacidade na industria. 2. Como uma ferramenta para consolidar uma industria fragmentada 3. Como uma maneira de estender segmentos de produto ou mercado. 4. Como uma maneira de adquirir competência/ativos em P&D. 5. Como uma ferramenta para construir um novo setor.(BOWER, 2001, apud HARDING, ROVIT, 2004, p.26). 2.2 Desvantagens A probabilidade de o processo de incorporação entre duas ou mais empresas ter problemas ou ser um completo fracasso são enormes; são inúmeros problemas e detalhes que devem ser estudados antes de começar o procedimento. É necessário que haja um bom planejamento, um integração rápida e sem traumas entres as empresas, e não por menos, que haja sorte, pois fatos imprevistos podem acontecer a qualquer momento e levar diversos problemas a mais para as empresas. Muitas transações fracassaram em grande parte por causa da avaliações extremamente otimistas da promessa de aumento de receitas através de uma fusão ou aquisição. Na verdade, a simples noção de “sinergia” tem sido praticamente desacreditada, pelo numero de vezes que foi utilizada para justificar aquisições que mais tarde fracassaram. (HARDING, ROVIT, 2004, p.103). Mas como preparar duas empresas, e todos seus funcionários, quando o tempo para esse preparo é mínimo? Como visto, um dos principais fatores do grande número de fusões ocorridos no Brasil, é exatamente o perigo de falência e de concorrências desleais no mercado, fazendo com que as empresas procurem rapidamente uma alternativa para o rápido crescimento. Segundo dados de Souza (2011) a empresa de auditoria Pricewaterhouse Coopers (2010), em 2007, foram realizadas 721 fusões ou aquisições no Brasil, esse número é mais de 30% maior do que em 2006.
  • 22. 20 Com todas essas fusões, nem todas são pensadas com tempo e tranquilidade suficiente, aumentando assim, as chances de erros, De acordo com Steensman e Gould (1999), para se evitar o trauma de processos integradores exageradamente forçados, as instituições devem efetuar um planejamento de oportunidades para a aprendizagem cruzada entre as empresas em fusão, de forma a estabelecer naturalmente pontos de afinidade nas etapas críticas do processo. (STEENSMAN, GOULD, 1999, apud ALMEIDA, 2010, p.43). Sem essas afinidades, é fácil ocorreram demissões, e insatisfação dos funcionários, podendo até a empresa perder grandes talentos. A verdade é que nenhuma transação acontece conforme o planejado. (algumas não chegam nem perto). As suposições se provam erradas, Pessoas se demitem. Os concorrentes tiram vantagens da situação. Os clientes ficam contrariados.(HARDING, ROVIT, 2008, p.30). Diante de toda essas tempestades que vão aparecendo durante o processo, a empresa continua sofrendo pressão de seus concorrentes, podendo perder a confiança por causa de sua instabilidade diante de todo esse processo complicado; ''[...] seus concorrentes não estão esperando sentados; eles estão se mobilizando para tirar vantagem de qualquer fraqueza sua relevada após a fusão.''(HARDING, ROVIT, 2008, p.107). Por isso que todo o estudo e preocupação antes do processo, dificilmente será suficiente, sempre será necessário gerentes preparados para qualquer imprevisto, assim como que depois de feita a fusão, é necessário muita experiência para conseguir segurar a empresa no momento que se segue, que também é muito conturbado. Entendem que esse processo também poderá encontrar problemas, como dificuldade de integração, avaliação inadequada do alvo, dívidas grandes ou extraordinárias adquiridas por meio da aquisição, demasiada diversificação e gerentes abertamente focalizados na aquisição, que não percebem estratégias mais adequadas à nova circunstância da empresa. (HITT, IRELAND, HOSKISSON, 2005, apud ALMEIDA, 2012, p.37).
  • 23. 21 2.3 Métricas de Desempenho das organizações. Esse trabalho tem o objetivo tem entender os reais benefícios das transformações de duas empresas em uma; esses benefícios podem serem vistos de diversas formas. Para caracterizar esses avanços são utilizados índices financeiros e econômicos. Como a maioria das mudanças da empresa ocorrem para a principal finalidade de agregar valores e mais lucro para ela e seus acionistas, são analisados os principais índices escolhidos pelas empresas de consultorias nacionais e internacionais para conseguir identificar quais são as métricas utilizadas para verificar o crescimento de uma empresa. 1) Fluxo de Caixa Descontado (FCD) – popularizado pela LEK/Alcar Consulting Group. Esta métrica demonstra que o valor de mercado de uma empresa pode ser expresso como valor presente das expectativas futuras de fluxo de capital, descontadas a uma taxa (custo de capital) que reflita o risco da empresa. 2) Fluxo de Caixa do Retorno sobre Investimento (CFROI) – popularizado pela BCG-HOLT. O CFROI representa o fluxo de caixa da empresa gerado em um dado período como porcentagem do montante investido nos ativos da empresa. 3) Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) – popularizado pela McKinsey&Co. É o quociente entre o Lucro Operacional Menos os Ajustes de Impostos (NOPLAT) e o Capital Investido (soma do capital de giro líquido, dos ativos fixos líquidos e de outros ativos). ® 4) Valor Econômico Adicionado (EVA ) – popularizado pela Stern Stewart&Co. É uma medida de lucro residual (lucro econômico). O cálculo ® ® do EVA leva em conta ajustes contábeis. Portanto, o EVA é calculado a partir dos Lucros Operacionais Depois dos Impostos (NOPAT) (ajustados por uma série de fatores, como capitalização e amortização de P&D) menos os ajustes de capital. O indicador mensura o excesso de retorno que o acionista ganharia comparativamente a outro ativo de mesmo risco. (RYAN; TRANHAN, 1997, p.65-79, apud BASTOS et al, 2012). Cada métrica utilizada não pode ser considerada uma verdade absoluta, pois, métricas e índices, mesmo quando não são mascarados pelas empresas, não são fidedignas de uma conclusão, pois, para isso é necessário um estudo completo dos objetivos da empresa, de sua região e do tempo e momento histórico. Muitas vezes um índice que se demonstra como um resultado negativo, pode ser apenas um momento onde a empresa está enfrentando novos desafios, como por exemplo, na
  • 24. 22 alavancagem de uma empresa, os índices de endividamento sobem, porém, a empresa está batalhando por resultados de longo prazo, mostrando assim uma falha no estudo de índices. Mesmo sem a exatidão pretendida, o estudo dos índices, na maioria das vezes da um rumo para onde a empresa se encaminha. O verdadeiro objetivo da mensuração de valor é ajudar os gestores na tomada de decisões criadoras de valor e orientar os empregados das empresas sobre a criação de valor. Contudo, alertam os autores, as tentativas de comparar indicadores que têm objetivos diferentes podem criar certa confusão. (COPELAND; KOLLER; MURRIN, 2002, p.65-79, apud BASTOS et al, 2012) Mesmo o estudo de lucro, sempre tão esperado por todos, não recebe total aprovação de todos. A analise de lucro da empresa muitas vezes recebe maior tratamento e importância do que realmente merece. Porém ele é sempre muito utilizado uma vez que são obrigatoriamente disponíveis nos relatórios financeiros e nos balanços, também obrigatórios das empresas. A técnica de analise de balanços esta presente a mais de um século, porém no Brasil iniciou nos anos 70. Apenas com os balanços podemos ter a análise das demonstrações contábeis de uma instituição. Os dados que devem ser verdadeiros, mas que muitas vezes são mascarados, nos dão a maioria das informações que precisamos para calcular os índices financeiros. ''[...] essa técnica considera os diversos demonstrativos contábeis como fonte de dados, que são compilados em índices, cuja análise histórica possibilita identificar a evolução do desempenho econômico e financeiro da organização.'' (CAMARGOS; BARBOSA, 2005, apud BORTOLUZZI, 2012 p.3). Através desses índices podemos chegar a diversas conclusões, nem sempre exatas, a respeito da empresa estudada. Os índices encontrados podem nos dar margem de para onde a empresa está indo, quais os motivos de suas fusões, e quais suas consequências.
  • 25. 23 Macedo, Silva e Santos (2006), ''[...] a análise de desempenho de uma organização é sempre algo passível de muitas discussões e questionamentos sobre quais indicadores utilizar e como consolidá-los".(MACEDO; SILVA; SANTO, 2006, apud BORTOLUZZI, 2012, p.3). Por isso, com os e índices à mão, devemos saber fazer a leitura correta dos dados, para não interpretar mal os resultados obtidos, tendo assim uma visão errada do estudo. Há diversas formas de fazer a analise dos índices, a utilizada nesse trabalho é a análise horizontal, onde com os mesmos índices de ano diferentes, será analisada e comparada a evolução entre eles, para definir qual o rumo que a empresa esta tomando após a fusão. Assim estudamos os dados presentes com dados passados, para que se possamos entender e traçar como o futuro irá acontecer. Podendo assim acompanhar ano a ano as mudanças que ocorrem na empresa. Os índices econômico-financeiros nos demonstram aspectos específicos de cada área do balanço fornecidos, será utilizados os índices que de certo modo, nos dão uma visão do que a fusão pode mudar no desempenho da organização. São através desses índices que empresas especializadas enumeram as melhores empresas do Brasil. A seguir será apresentado e explicado algum dos índices básicos mais comuns: a) Índices de Solvência: Liquidez Geral – apresenta a proporção dos bens e direitos a serem realizados a curto e longo prazo em relação às dívidas totais. b) Liquidez Corrente – representa a capacidade de pagamento de dívidas de curto prazo da organização. c) Liquidez Seca – mede a relação entre os ativos de liquidez maior e o passivo circulante. d) Índices de Estrutura Patrimonial: Participação do capital de terceiros em relação ao capital próprio – representa o quanto de dívidas a organização apresenta em relação aos recursos dos acionistas.
  • 26. 24 e) Composição do Endividamento - mede a existência de dívidas de curto prazo com relação as exigibilidades totais. Uma participação muito elevada de endividamento a curto prazo, pode significar aperto financeiro. f) Endividamento Geral - mede a dependência de recursos de terceiros no financiamento dos ativos da organização. Se este índice apresentar-se elevado, ou maior que 1,0, representa que a organização este excessivamente endividada. g) Imobilização do Capital Próprio - mede o quanto do capital está imobilizado, demonstrando de certo modo que quanto maior, mais prejudicada está a liquidez. h) O retorno sobre as vendas ou ROS (return on sales). i) O retorno sobre o investimento ou ROI (return on investiment). j) Retorno sobre o patrimônio líquido ou ROE (return on equity). k) A alavancagem tem a capacidade de contribuir para aumentar o resultado operacional e líquido da organização. Ela pode ser operacional, financeira ou total. (ASSAF NETO, 2008).
  • 27. 25 3. DADOS SOBRE FUSÔES 3.1 As grandes fusões do Brasil e a interferência do CADE. As incorporações que ocorrem no mundo, mesmo com toda a burocracia e regras que existam para se transformar uma empresa, são muitas; de acordo com a Exame: São Paulo – Em 2011 foram anunciadas 179 fusões e aquisições, que atingiram o valor total de 142,8 bilhões de reais. O número de transações foi recorde e o valor total foi o segundo maior desde 2006 – quando o ranking começou a ser feito. Mesmo assim, o valor total foi inferior aos 184,8 bilhões de reais movimentados em 2010.(OLIVON, 2012) Apesar desse número em 2011 ser um recorde, o valor total do produto das fusões não superou o de 2010, recorde registrado até hoje no Brasil, um valor de 184,8 bilhões de reais movimentados. Com as novas regras do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) órgão responsável pelas fusões e aquisições do Brasil que será mais visto nos próximos capítulos, houve um aumento nos números de negócios do primeiro semestre de 2012 em relação ao ano passado. Por esses números tão altos, é difícil fazer um ranking preciso de todos os processos. A seguir haverá o ranking das maiores operações de 2011, a analise de algumas das mais importantes fusões, incorporações e aquisições do Brasil, e de como elas mudam nossas vidas.
  • 28. 26 O ranking dos 10 maiores negócios feitos em 2011 conforme a repórter de economia Olivon (2012) é: 1- A maior operação de 2011 foi a reestruturação societária das controladas pela Telemar Participações, resultando na simplificação da estrutura societária, com o valor dos minoritários de 20,8 bilhões de reais; 2- Incorporação da Vivo pela Telesp por 11,3 bilhões de reais; 3- Aumento do capital da Petrogal Brasil com a entrada da Sinopec de 9,1 bilhões de reais; 4- Entrada da Ternium na Usiminas totalizando 5,8 bilhões de reais; 5- Aquisição de participação na Pride Internacional pela Ensco, parte Brasil no volume de 5,5 bilhões de reais; 6- Incorporação da Wtorre pela BR Properties por 4,9 bilhões de reais; 7- A Ashmore Energy vendeu sua participação na Elektro para a Iberdrola por 4,8 bilhões de reais; 8- Aquisição da Aleadri pela Kirin, representando 50,45% da Schincariol por 4,7 bilhões de reais; 9- Aquisição de participação na Wtorre pelo BTG Pactual, totalizando 3,4 bilhões de reais; 10- Compra de participação na Cia Brasileira de Metalurgia e Mineração por consórcio de japoneses e coreanos no volume de 3,2 bilhões de reais; Com todos esses negócios, ve que estamos sendo alvos de empresas internacionais, principalmente da Europa, por está passando por crises financeiras recentes. Como exemplo temos a fatia de 60% da concessionária rodoviária OHL levada pela espanhola Abertis, chegando a 2,5 bilhões de dólares. Entre os maiores negócios já fechados no Brasil de todos os tempos, tem-se: • BM&F e Bovespa anunciaram a Fusão em oito de maio de 2008 com um valor de R$ 34,57 bilhões se tornando a segunda maior bolsa do mundo em valor de mercado e foi batizada de BM&FBOVESPA. • Santander anuncia a compra do Banco Real em primeiro de novembro de 2007 no valor de R$ 30,49 bilhões, foi feito um consórcio composto pelo Santander Portugal, The Royal Banks of Scotland Group PLC, FortisSA/NV e Fortis N.V. que adquiriu 96,95% do capital do ABN AMRO controlador do Banco Real. • A reestruturação da societária das controladoras pela Telemar participações foi à maior operação de 2011, resultando na simplificação de
  • 29. 27 sua estrutura com o valor dos minoritários de R$ 20,8 bilhões. • A Telefônica comprou 50% da Brasilcel em julho de 2010 e obteve o controle da Vivo por R$ 18,2 bilhões, o acordo foi junto da Portugal Telecom no qual eram sócios igualitários na Brasilcel. • A TAM e a LAN se associaram em agosto de 2010 assinando um memorando de entendimento para unir suas operações com um contrato de R$ 14,4 bilhões criando assim a LATAM, A fusão só foi aprovada pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), na data de 14 de dezembro de 2011. • O Itaú e Unibanco anunciaram a fusão em três de novembro de 2008 com um valor de R$ 106,92 bilhões, de modo a formar o maior conglomerado financeiro privado do Hemisfério Sul. (CJMBB, 2012) Todos os negócios fechados, recebem a aprovação, ou não do CADE, isso porque muitas dessas incorporações afetam os concorrentes, os consumidores e o mercado brasileiro, como exemplo, a seguir temos detalhes de algumas desses negócios e seus efeitos colaterais para os consumidores. No caso da fusão entra a sadia e a perdigão, onde foi criada a Brasil Foods, essa nova empresa se tornou uma gigante no ramo dos alimentos, tendo uma participação de 90% nos segmentos de lasanhas, só para se ter ideia. Isso sem contar que uma empresa desse porte tem pouquíssimos concorrentes, dessa forma, ela fica livre para aumentar os preços dependendo apenas de sua vontade. Por que então houve a aprovação de um negocio desses pelo Cadê? Para casos assim, são criados mecanismo de defesas em prol do consumidor e dos concorrentes, porém, esses mecanismos nem sempre são eficazes. Para o caso da Brasil Foods, dentre as intervenções do Cadê, temos a suspensão das marcas Perdigão e Batavo em alguns segmentos, abrindo maior espaço para os concorrentes, alem de o Cadê obrigar a Brasil Foods a vender uma série de ativos para “criar” um concorrente. “Toda intervenção tem algum tipo de custo. Nesse caso, tirar as marcas pode causar um dano menor ao consumidor, em prol do benefício da entrada de uma nova empresa” (WILTGEN, 2012). Outro caso que temos, foi a compra da companhia aérea Pantanal pela já líder do mercado TAM em 2010, nesse caso houve a aprovação do Cadê pois, a atuação da Pantanal era apenas regional, desse modo não haveria sobreposição de rotas. No entanto, a realidade foi diferente, com a aquisição da Pantanal a TAM se apoderou de 100 slots no aeroporto de Congonhas, deixando outras companhias fora desse
  • 30. 28 precioso espaço, e o utilizando para rotas mais valiosas, dominando mais ainda o mercado aéreo brasileiro. Um caso mais antigo, de 1997, ocorreu entre a Colgate-Kolynos. Na época, o CADE obrigou a acabarem com a marca Kolynos, porém, não havia nada falado sobre a criação de uma nova marca, e é o que foi feito. Houve o lançamento da Sorriso pela empresa, marca essa, semelhante a antiga Kolynos. “A lógica da exigência do CADE, na época, foi semelhante à da Brasil Foods, só que a estratégia não foi bem executada” ( WILTGEN, 2012). Em 1999 houve uma das mais polemicas fusões do Brasil, a AmBev, que dominou 75% do mercado com a junção da Brahma e Antártica. O mecanismo de defesa criado pelo CADE para essa operação foi apenas à restrição da marca Bavária. Dentre várias fusões que o CADE não aprovou, uma que gerou um certo calor no mercado brasileiro foi a compra da Garoto pela Nestlé em 2002. O grupo resultante ficaria com uma parcela muito alto do mercado brasileiro, desse modo, a operação é prejudicial ao consumidor. Há um processo em andamento na justiça movido pela Nestlé para liberar essa aquisição. Dessa forma, o CADE trabalha para ajudar empresas, consumidores e o mercado em si. A seguir será analisado esse órgão tão importante nos meios das fusões 3.2 CADE Todos os processos intitulados incorporações, fusões, transformações etc, devem receber a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – o CADE tantas vezes citados nesse trabalho. O CADE como o chamaremos daqui a diante é uma autarquia federal. Autarquia, veio do grego e significa “comandar a si mesmo”, esse conceito segue pertinente nas autarquias em vários campos do Brasil, assim como nas federais, e mantêm o conceito de exercer poder sobre si mesmo.
  • 31. 29 O Cade é vinculada ao Ministério da Justiça e exerce seus poderes em todo o território nacional. Como visto anteriormente, nas intervenções que o Cade teve em muitas das principais fusões ocorridas no Brasil, a missão do Cade é zelar pela livre concorrência no mercado, e da livre concorrência. Como é visto no Manual das Sociedades Anônimas ''[...] vale ainda destacar a questão da licitude das concentrações empresariais, pois constitucionalmente é vedado o abuso do poder econômico".(GONÇALVES NETO, 2010, p. 284). É ele quem investiga e decide o futuro das empresas que querem passar por algum tipo de transformação. Ele tem como obrigação orientar, fiscalizar, prevenir e apurar abusos do poder econômico. As três funções do Cade, de acordo com o próprio são:  Preventiva Analisar e posteriormente decidir sobre as fusões, aquisições de controle, incorporações e outros atos de concentração econômica entre grandes empresas que possam colocar em risco a livre concorrência.  Repressiva Investigar, em todo o território nacional, e posteriormente julgar cartéis e outras condutas nocivas à livre concorrência.  Educacional ou pedagógica Instruir o público em geral sobre as diversas condutas que possam prejudicar a livre concorrência; incentivar e estimular estudos e pesquisas acadêmicas sobre o tema, firmando parcerias com universidades, institutos de pesquisa, associações e órgãos do governo; realizar ou apoiar cursos, palestras, seminários e eventos relacionados ao assunto; editar publicações, como a Revista de Direito da Concorrência e cartilhas. (CADE, 2012) O Cade faz parte de uma estrutura denominado de Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência – SBDC. Onde dentro desse sistema se encontra o Cade e pela Secretaria de Acompanhamento Econômico - Seae do Ministério da Fazenda. Essa autarquia federal foi criada em 1962, criado pela lei 4.137/62 e transformado em autarquia vinculada ao Ministério da Justiça, pela lei 8.884, de 11 de junho de
  • 32. 30 1994. Em 1962 funcionava como um órgão integrante do Poder Executivo do governo do Presidente João Goulart, conforme a legislação do próprio órgão. Hoje, é formado por um Plenário composto por um presidente e seis conselheiros que só podem ser destituídos em condições muito especiais, fazendo assim, com que todos os membros tenham uma grande autonomia em suas decisões para julgar atos de concentração, processos de conduta, monopolização do mercado. Em relação ao nosso trabalho, se tratando de instituições financeiras, o Cade age em conjunto ao Banco Central do Brasil que é outra autarquia Federal que atende as atribuições e normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional, conforme o art. 9º da Lei nº. 4.595/1964. Dentre as atribuições do Bacen, Niyama e Gomes (2006, p. 6), destacam:  Emitir papel e moeda metálica;  Executar serviços do meio circulante;  Determinar os percentuais de recolhimento compulsório e receber os depósitos à vista das instituições financeiras;  Realizar operações de redesconto e empréstimos ás instituições financeiras  Controlar capitais estrangeiros;  Ser depositário das reservas de ouro e moeda estrangeira e de direitos especiais de saque;  Fiscalizar as instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas;  Conceder autorização para as instituições financeiras de funcionamento, e instalação inclusive no exterior;  Conceder autorizações para transformações, fusões e cisões;  Autorização para praticar operações de câmbio, crédito rural, venda de títulos da dívida pública federal, estadual e municipal, ações, debêntures, letras hipotecárias, e outros títulos;  Entender – se em nome do governo brasileiro, com as instituições financeiras estrangeiras e internacionais;  Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; e.  Exercer vigilância nos mercados financeiros e de capitais sobre empresas que interfiram nesses mercados, em relação à modalidade ou processos operacionais que utilizem. (NIYAMA; GOMES, 2006, apud POETA, 2010, p. 32) Vemos assim que uma das suas principais atribuições é conceder autorizações para transformações, fusões e cisões para as instituições financeiras junto ao Cade ajudando dessa forma o mercado brasileiro. As normas, fiscalização e supervisão, controladas pelo Banco Central, aumentam a solidez, confiabilidade e a transparência no ramo bancária.
  • 33. 31 4. METODOLOGIA ESTUDO DE CASO - ANALISE DO DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO 4.1 Históricos dos Bancos 4.1.1 Banco Real Imagem 1: Logo Real Fonte: Google Imagens (2012). Conforme os dados retirados dos sites de pesquisas e de BONINI (2012), pois após a fusão com o Santander todos os seus datas oficias e sua Homepage foram deletados da World Wide Web dificultando assim em obter os históricos descritos pelos próprios. A história do banco inicia com o ABN AMRO Bank iniciando suas transações no Brasil como o banco Holandês da America do Sul, com agencias no Rio de Janeiro e Santos em 1917. Em 1925 Clemente de Faria um político e banqueiro brasileiro, nascido no norte de Minas Gerais monta a Cooperativa Bancária, três anos depois renomeada como banco da Lavoura de Minas Gerais, assim antecessor do banco Real.
  • 34. 32 Em 1963 O banco Holandês Unido adquiriu cinquenta por cento das ações da Aymoré de Crédito, Financiamento e Investimento, após 8 anos foi adquirido os cem por cento da participação e logo em seguida o banco da Lavoura de Minas Gerais torna-se banco Real S/A, e estabelece a sede em São Paulo dois anos depois. No ano de 1993 O banco Holandês é renomeado ABN AMRO Bank e transfere sua sede do Rio de Janeiro para São Paulo e em 1994 a operação brasileira do ABN AMRO Bank apresentam o terceiro melhor lucro líquido do grupo internacional que em julho de 1998, o ABN AMRO Bank anuncia a compra do Banco Real, concluída em novembro, quando comprou também o Bandepe. Já em 2000 ocorre a integração do Banco Real com o ABN AMRO Bank S/A e em 2004 o mesmo adquiriu o Sudameris. O Grupo ABN AMRO adquirido mundialmente pelo consórcio formado pelos bancos RBS, Fortis e Santander em outubro de 2007. No Brasil, a união foi concretizada em 2008, quando o Santander assumiu total controle do banco Real. 4.1.2 Santander Imagem 2: Logo Santander Fonte: Google Imagens (2012). Conforme dados da homepage oficial do Santander (2012) conta que em 1982, foi instalado o primeiro escritório de representação do Santander no Brasil e, nove anos depois, começaram as operações do Santander Investment.
  • 35. 33 O processo de forte crescimento dos negócios no Brasil foi iniciado em 1997 com a aquisição do banco Geral do Comércio S.A.. Nos anos seguintes, foram mais três aquisições, que fizeram o grupo Santander ganhar posição entre os maiores grupos financeiros do setor no país. Em 1998, foi comprado o banco Noroeste S.A.. Já em janeiro de 2000, foi anunciada a aquisição do Conglomerado Financeiro Meridional - formado pelos bancos Meridional e Bozano, Simonsen. Em novembro do mesmo ano, o Santander comprou o controle do banco do Estado de São Paulo S.A. - BANESPA. Em agosto de 2006, as diretorias executivas do banco Santander Meridional S.A. (BSM), do banco Santander Brasil S.A. (BSB), do banco Santander S.A. (BSSA) e do banco do Estado de São Paulo S.A. (Banespa) e o Conselho de Administração do Banespa aprovaram a proposta de reestruturação societária constituída pelas incorporações do BSB, do BSSA e do Banespa pelo BSM, que passará a denominar-se banco Santander Banespa S.A., que continuará vinculado societariamente, em nível mundial, ao banco Santander Central Hispano. E partir do ano de 2007 começa a ocorrer a fusão do Real e o Santander como é descrito em seu histórico abaixo: Em 1º de novembro de 2007, o RFS Holdings B.V., um consórcio composto pelo Santander Espanha, The Royal Bank of Scotland Group PLC, Fortis SA/NV e Fortis N.V., adquiriu 96,95% do capital do ABN AMRO, então controlador do Banco Real. Na sequência, em 12 de dezembro de 2007, o CADE aprovou sem ressalvas a aquisição das pessoas jurídicas brasileiras do ABN AMRO pelo consórcio. No primeiro trimestre de 2008, o Fortis e Santander Espanha chegaram a um acordo por meio do qual o Santander Espanha adquiriu direito às atividades de administração de ativos do ABN AMRO no Brasil, que o Fortis havia adquirido como parte da compra pelo consórcio do ABN AMRO. Em 24 de julho de 2008, o Santander Espanha assumiu o controle acionário indireto do Banco Real. Nas assembleias gerais de acionistas do Santander Brasil e do Banco Real realizadas em 29 de agosto de 2008, foi aprovada a incorporação pelo Banco Santander (Brasil) S.A. das ações de emissão do Banco Real, passando o Banco Real a ser uma subsidiária integral do Santander Brasil. Naquele momento, o Banco Real era o quarto maior banco privado do Brasil em quantidade de ativos. Por fim, em 30 de abril de 2009, o Banco Real foi incorporado pelo Santander Brasil e foi extinto como pessoa jurídica independente. A incorporação está pendente de aprovação pelo Banco Central. Como resultado dessa aquisição, o Santander Brasil tornou-se o terceiro maior banco privado do Brasil em termos de ativos.(SANTANDER, 2012)
  • 36. 34 4.1.3 Unibanco Imagem 3: Logo Unibanco Fonte: Google Imagens (2012). A instituição bancária brasileira Unibanco, que tem seu nome vindo da junção de União de Bancos Brasileiros, é original de Minas Gerais, fundada em 1924. O Unibanco teve seu inicio na cidade de Poços de Caldas, funcionando como uma seção bancária da casa Moreira Salles, uma loja de comércio. Em 1931 a instituição alcançou a independência e se tornou a casa bancária Moreira Salles, tornando-se em 1940 o banco Moreira Salles. Teve um grande impulso no seu poder econômico Um fator importante para o crescimento do Unibanco foi em 1955 quando houve a compra de parte dos ativos do banco Nacional. Mas foi só em 1967, diante da fusão com o banco Agrícola Mercantil que surgiu a União de bancos Brasileiros S.A, conhecido na época como Unibanco. Em 1975, União de bancos Brasileiros S.A já era um poderoso no ramo bancário, e foi nesse ano que todas as empresas desse conglomerado ficaram denominadas oficialmente como Unibanco.O Unibanco sempre prezou pela inovação, tendo em sua história, tentado várias vezes novos produtos e operações. Também se destaca por suas campanhas de marketing, onde o slogan "Nem parece Banco" foi muitas vezes utilizados mesmo depois de sua fusão com o Itaú.
  • 37. 35 Como a maioria dos bancos nacionais, o Unibanco passou desde sua criação, por diversas fusões bem sucedidas, fazendo assim com que ele se tornasse cada vez maior, dentre aquisições, compras, e fusões do Unibanco podemos citar: a aquisição de 50% da Fininvest e a aquisição do Hipercard. Dentre seus feitos, a agência Moody´s deu a ele o grau de investimento (Investment grade) na emissão de dívida em moeda local liquidada no exterior, sendo assim o primeiro banco da América Latina a alcançar esse grau. Pedro Moreira Salles, neto do fundador e que presidia o banco em 2007, foi quem passou pela crise de 2008 com o banco, enfrentando a ultima crise que o Unibanco vivenciaria antes da Fusão de 2008; que como a maioria do bancos brasileiros passou pela crise sem grandes agravamentos. (POETA, 2012, p.26) 4.1.4 Itaú Imagem 4: Logo Itaú Fonte: Google Imagens (2012). O banco brasileiro banco Itaú S.A, é o principal banco do conglomerado do Itaú Unibanco Holding S.A. um banco que atende atualmente o setor de varejo e de banco múltiplo. O começo do Itaú ocorreu em meados da década de 40, durante a segunda guerra. Com o fechamento de alguns banco estrangeiros no Brasil, Alfredo Egídio de Souza Aranha, fundou o banco central de Crédito, que mudou seu nome em 1952 para banco Federal de Crédito por ordem do governo, para que não houvesse a confusão com o banco Central.
  • 38. 36 Em meados dos anos 60 houveram a fusão com os bancos União de Crédito e Itaú América, dando um enorme impulso para o Itaú, e em 1973, veio finalmente a ter o nome de Itaú, que vem do Tupi-Guarani significa Pedra Escura. Como o Unibanco, o Itaú contou para o seu crescimento com várias incorporações e fusões, nas quais podemos citar: o Banco do estado do Rio de Janeiro (BANERJ), banco de estado de Minas Gerais (BEMGE), banco do estado Paraná (Banestado) e o banco do estado de Goiás (BEG) dentre outras. O Itaú optou por diversas formas de estratégias para conquistar o mercado brasileiro, como por exemplo a compra de bancos estrangeiros e o marketing para atender a tipos diferentes de publico (nicho), como por exemplo, em 1995, com a compra do banco Francês e Brasileiro, criador da marca Personnalité, que o Itaú se lançou na área de atender públicos com alto poder aquisitivo, a unidade de private banking. (POETA, 2012, p.27). O Itaú continuou investindo em 1998 na atuação no mercosul também, comprando assim o banco Del Buen Ayre, incorporado ao Itaú Argentina, atual Itaú Buen Ayre. Em 2008, conforme a homepage do banco, ele foi eleito como a marca mais valiosa na América Latina pela consultoria Intelbrand. Dessa forma o banco continua, com o passar do tempo, se mostrando cada vez mais sólido e confiável, sabendo aproveitar as oportunidades que aparecem, e sabendo inovar em suas ações, q na maioria das vezes sempre dão certo. Alcançando assim o seu objetivo, como podemos ver em sua missão, apresentado pelo próprio banco: Ser o Banco Líder em performance e perene, reconhecimento sólido e ético, destacando-se por equipes motivadas, comprometidas com a satisfação dos clientes, com a comunidade e com a criação de diferenciais competitivos. Os valores mais importantes de um banco não se guardam em cofres. O compromisso de compartilhar e praticar valores faz parte da história do Itaú. O respeito ao ser humano, o comportamento ético, o estrito cumprimento das leis e a vocação para o desenvolvimento são os princípios que fundamentam a cultura e direcionam a atuação do Banco. (ITAU, 2012)
  • 39. 37 4.2 Demonstrativos contábeis Para os fundamentos do estudo, coletamos as demonstrações contábeis das instituições financeiras dos anos anteriores e posteriores a fusão destes bancos, retirados os demonstrativos diretamente do homepage da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) . A maioria das informações importantes da parte financeiras das instituições com capital aberto, despesas, gastos e investimentos aparecem nas demonstrações financeiras publicadas nos relatórios trimestrais e anuais aos acionistas. É muitas vezes através de um balanço, esse que é feito de acordo com as normas da contabilidade, que são tomadas as decisões para o futuro da empresa. Apesar de seguir as normas da contabilidade, uma demonstração de uma instituição bancaria tem seus atributos diferentes que devem ser lidos com mais atenção. [...]Um banco, mais bem entendido como um intermediário financeiro, atua operacionalmente com base em duas grandes decisões financeiras: ativo – decisões de investimento (aplicações) – e passivo – decisões de financiamento (captações). (Assaf Neto, 2012, p. 301) Dentre algumas contas que estão no Ativo do Banco como a principal fonte de recurso de um banco que são os depósitos ao publico, empréstimos recebidos, capital, e reserva, recursos esses que fazem parte do Ativo do banco. As aplicações em ouro e os encaixes bancários, que é o dinheiro livremente movimentado pelo banco, temos a chamada disponibilidades, e é o grupo com maior liquidez. As operações de crédito são distribuídas da seguinte forma: Empréstimos, títulos descontados e financiamentos.
  • 40. 38 As contas do Passivo da demonstração de um banco dividem-se da seguinte forma: Passivo Circulante e o Exigível a Longo Prazo, formam as obrigações para com terceiro. O Empréstimos e repasse é constituído pelas dividas dos bancos com outras instituições, separado das em outras obrigações, que estão as dividas fiscais e tributárias. E no Patrimônio Liquido, são mostrados os próprios recursos do banco. O Spread bancário é um processo de intermediação financeira de um banco, como Assaf Neto (2012) salienta: [...] taxa de juros cobrada ao tomador de recursos visa fundamentalmente remunerar o titular da poupança, cobrir os riscos e demais custos da operação e despesas administrativas, alem de gerar um resultado que remunere o capital investido na instituição [...] (Assaf Neto, 2012, p. 302) Apesar de todo o trabalho dos estudos dos índices terem sido feitos com base nos demonstrativos bancários, não podemos levar esses resultados como resposta absoluta aos nossos problemas, pois, pode haver limitações, principalmente no que se refere à qualidade das informações contidas nos relatórios disponibilizados pelas empresas. 4.3 Índices Índices econômicos são as grandezas das empresas expressa em valores numéricos, utilizando para isso, os resultados alcançados pela empresa num determinado período, sua principal utilidade é a aferição dos níveis de desenvolvimento da instituição, os mais comuns são os de resultados líquidos, montante de capitais próprio e total do ativo. A seguir explicaremos a importância de alguns para as instituições financeiras.
  • 41. 39 4.3.1 Solvência e Liquidez Conforme Assaf Neto (2012, p. 303) “[...]solvência evidencia, em outras palavras, os recursos próprios de uma instituição oferecidos ao risco de sua atividade.”, ou seja, quando o valor de seus ativos supera o valor de seus passivos, é como uma boa administração mantém um adequado montante de patrimônio liquido. Já a liquidez é ligada a capacidade de atender as obrigações financeiras da instituição, sendo em caixas, empréstimos, financiamentos, de fluxo de pagamentos operacionais etc. 4.3.2 Capital e Risco Assaf Neto (2012, p.306) salienta, “[...]o montante de capital próprio a ser mantido por uma instituição financeira é fortemente dependente do risco assumido em seus negócios, devendo ser suficiente para cobrir eventuais perdas que possam ocorrer”, é difícil determinar qual exato risco que um banco sofre em suas operações, por isso, fica quase que inviável definir qual o adequado capital que um banco deve ter para cobrir os seus riscos. Mesmo com o estudo dos demonstrativos contábeis não podemos levar as informações conseguidas como uma verdade absoluta. Conforme o Acordo da Basiléia citado por Assaf Neto (2012): [...]foi recomendado aos bancos a formação de um capital próprio mínimo baseado em seu Ativo Ponderado pelo Risco(APR). Por exemplo, ao se definir 1m 11% do APR o capital próprio mínimo, tem-se que para cada R$ 100,00 de aplicações, o banco deve preservar R$ 11,00 de patrimônio liquido na operação. (Assaf Neto, 2012, p. 307) O risco está presente em todas as operações, não existe o chamado risco zero, principalmente por ser impossível prever o futuro. Em uma instituição financeira os principais riscos são divididos em dois grupos: risco operacional e risco financeiro.
  • 42. 40 As formas de prevenir ou de aumentar esses risco são impossíveis de serem numeradas, assim como a forma de avaliação. Assaf Neto(pág. 308) diz que, [...] a analise do risco de uma instituição financeira envolve necessariamente a determinação apresentada de indicadores dos relatórios contábeis, a maioria deles baseada na relação entre patrimônio liquido e os depósitos, empréstimos e ativo total. (Assaf Neto, 2012, p. 308) 4.3.3 Rentabilidade e lucratividade Rentabilidade é a remuneração do capital investido na empresa, ou em outras palavras, o retorno esperado de um investimento descontando custos, tarifas e inflação. Já lucratividade é o ganho líquido total propiciado por uma operação. Como na bolsa o lucro vem da valorização de uma ação e do recebimento de proventos dividendos etc. Nos bancos o conceito é semelhante, Assaf Neto (2012, p. 310) afirma que “[...]o banco tem como objetivo maximizar a riqueza de seus proprietários pelo estabelecimento de uma adequada relação risco-retorno”. 4.4 Análise dos resultados dos índices Para analise econômico-financeiro proposta dos bancos Real, Santander, Unibanco e Itaú e em suas respectivas fusões, foram retirados dados de seus balanços no período dos anos de 2006 á 2011, para assim demonstrar a situação e comportamento de cada índice escolhido e seu dados antes e depois da fusão com suas variações e comportamentos. Os balaços anuais utilizados estão disponibilizados na homepage da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), perante a lei das S.A. n.6404/76, onde torna-se obrigatório sua publicação em meios públicos para ter transparência á seus
  • 43. 41 acionistas e demais investidores. Também seus demonstrativos podem seus localizados na homepages oficiais dos bancos, porem os sites do Real e Unibanco como foram encerrados pela fusão, o único local para localizar esses demonstráveis foram juntamente a CVM. Logo de inicio á analisar dos índices, pode-se verificar uma variação; oscilação durante o ano das fusão, ocorrendo no ano de 2008 para ambos os bancos, oscilando assim nos dados obtidos durante analise e mostrando como uma mudança necessita de um acompanhamento administrativo financeiros forte e competente para conseguir estabilizar essas adversidades e não assustando ou preocupando seus colaboradores e acionistas perdendo sua credibilidade e imagem no mercado. Outro fator relevantem é entender e recordar o comportamento e a situação econômica no seguimento bancário, tendo em vista que nos últimos anos no Brasil os bancos, tanto privados como públicos, vem tendo uma linha vertical de crescimento de seus lucros e spreads, conforme o Bacen (2012). Fatores também, como o crescimento e o reconhecimento mundial do sistema econômico financeiro solido do Brasil, onde passou pela crise econômicas de 2008 dos Estados Unidos da America, em sua quebra das instituições financeiras, em que seus processos ocasionaram um impacto mundial, afetando todas as balanças econômicas. Sem esquecer as mudanças dos governos FHC (1995 a 2002) para administração dos presidentes petistas (representantes do partido político dos trabalhadores, PT.) Luiz Inácio Lula da Silva (2003 a 2011) e sua sucessora Dilma Vana Rousseff e seus fomentos no mercado. Dentre os índices disponibilizados pelo Assaf neto (2012) foram escolhidos por sua relevância e valores mais precisos informados nos balanços, sendo:
  • 44. 42 4.4.1 Spread Bancário Spread Bancário = Receitas de Intermediação - Despesas com Intermediação Fórmula 1 Gráfico 1: Spread Fonte: Elaborado pelos autores. Spread é o termo inglês que significa Margem, na área bancaria, é a diferença encontrada entre as captações e as concessões que uma instituição financeira efetua é o spread bancário, ou seja, é a margem do lucro das operações de credito que o banco realiza; em outras palavras, a diferença entre o preço de compra e venda de um produto. No todo do valor do spread bancário, além do lucro do banco também estão embutidos alguns impostos como o IOF. No Brasil, temos um dos mais altos spread bancário do mundo. Analisando os gráficos pode-se obter a mesma conclusão para ambos os casos, onde após as fusões os spreads bancários dos bancos Itaú e Santander, fundidos, tiveram um alto crescimento em uma curva ascendente. Com base apenas nessas informações, tirando toda a situação do mercado na época, a fusão foi altamente benéficas para ambas instituições.
  • 45. 43 4.4.2 Leverage (alavancagem) Leverage = Ativo ÷ Patrimônio Líquido . Fórmula 2 Gráfico 2: Leverage Fonte: Elaborado pelos autores. Leverage é o termo inglês para o que chamamos de alavacagem, que é, como a própria palavra já diz, uma maneira de tentar levantar o desempenho da empresa com recursos de terceiros ou instrumentos financeiros. Essa operação aumenta também por outro lado, o risco que a empresa corre de no fim, sair no prejuízo, as vezes podendo ser até vista como um tipo de financiamento. Para entender se a alavancagem (Leverage) é benéfica a instituição, o nível de retorno sobre o investimento deve ser maior ou igual a taxa de juros paga pelo capital de terceiros, conseguido na alavancagem. Analisando a alavancagem (Leverage), entende-se que o índice quanto mais longe da margem zero torna-se mais segura e solida para honrar e saldar suas dividas tomadas, através de recursos de terceiros. No gráfico, verifica que os dois bancos adquiridos, tinham seus índices elevados e em crescimento. O índice do Santander antes da fusão tinha uma margem considerada segura e alta, conforme visto, durante o ano da fusão ocorreram mudanças drásticas em seus índices, fazendo com que sofre-se uma queda. Após a
  • 46. 44 fusão o Santander retomou sua linha de crescimento, alcançando um bom índice em recuperação, mas não atingindo o seu índice anterior a fusão. Esse índice de desempenho econômico, não mostrou muitos benefícios para a fusão do Santander com o real. No decorrer de todos anos no caso do Itaú, seus índices de alavancagem (Leverage) manteve-se estável, porem baixo, não sendo tão seguro de riscos quanto as outras instituições. Está estabilidade mostra que a fusão não impactou tanto nesse índice econômico financeiro. Outra vertente para essa analise do caso, conforme o capítulo 2, que define as diferentes formas de fusão; e acompanhando a historia dos bancos no capitulo 4, foi o fato de que o Santander comprou (adquiriu) o banco real, tendo mais gastos e adaptações a fazer em seus balanços, enquanto o Itaú e o Unibanco se fundiram, sem ter ocorrido muitos impactos no balanços, especificadamente em seus ativos. Por isso, este índice para analise das fusões, não teve um parecer totalmente positivo, mas mostra-se importante para se acompanhar o andamento das instituições, tendo invista a diferença de cada uma delas.
  • 47. 45 4.4.3 Retorno sobre Patrimônio líquido Retorno sobre Patrimônio líquido = Lucro Líquido ÷ Patrimônio Líquido o Fórmula 3 Gráfico 3: RPL Fonte: Elaborado pelos autores. Retorno sobre o patrimônio liquido ao contrario da alavancagem, é o retorno que uma instituição alcança através dos seus próprios recursos. Através desse índice que muitos medem a estabilidade de uma empresa. Esses é um dos índices mais importante para se analisar o comportamento de empresas durante o processo de fusão, pois, demonstra o risco do capital empregado para a aquisição; esse gasto faz com que os índices caiam, diminuindo assim a capacidade de liquidez imediata da empresa. O comportamento das duas instituições, Santander e Itaú, após a fusão apresentaram uma queda brusca aumentando assim o risco de ambas empresas, não favorecendo a fusão de imediato, porém mostra uma curva de crescimento após a queda, havendo possibilidade a longo prazo de se reestabelecerem.
  • 48. 46 4.4.4 Retorno sobre o Investimento Total Retorno sobre o Investimento Total = Lucro Líquido ÷ Ativo Total Fórmula 4 Gráfico 4: RIT Fonte: Elaborado pelos autores. Pode-se citar o retorno sobre o investimento com um dos índices mais populares e importantes no meio econômico, ele demonstra, dentre outras palavras, o quanto uma empresa ganha a cada quantia gasta por ela. Pode também ser demonstrada negativamente, isso é, a taxa que uma empresa perdeu em relação ao capital investido. Aparentemente os índices das instituições, Santander e Itaú, antes da fusão, estavam em crescimento, tendo uma brusca queda após o processo. Para os dois bancos adquirido (Real e Unibanco), seus índices eram baixos e em queda, porem, após o ano de fusão cada gráfico apresentou um comportamento diferente; enquanto o retorno sobre o investimento total do Santander, a cada ano vem oscilando, o do Itaú vem apresentando um ligeiro crescimento. Desta forma não a uma conclusão satisfatória para interferência deste índice no processo de fusão.
  • 49. 47 4.4.5 Margem Financeira Margem Financeira = Resultado Bruto da Intermediação Financeira ÷ Ativo Total Fórmula 5 Gráfico 5: Margem Financeira Fonte: Elaborado pelos autores. A margem financeira é a margem referente a tudo o que foi vendido pela instituição, no caso dos bancos, todas as operações financeiras que foram vendidas, tirando disso, todo o custo operacional e com impostos. Em outras palavras é a diferença entre as taxas de juros que é cobrada por um financiamento. Diferente do spread, a margem financeira é o resultado do spread confrontado com o ativo total, com isso, consegue todas as operações feitas livres do custo operacional e dos impostos. Conforme o gráfico, os índices dos bancos adquiridos (Real e Unibanco) encontrava em queda, enquanto que os bancos Santander e Itaú, apesar de uma queda durante os processos de aquisições, conseguiram retomar o crescimento, porem o Itaú foi o único a alcançar um ganho maior. Apesar no caso do índice do Itaú foi favorável após a fusão, como os demais apresentaram uma grande oscilação, não há como comprovar valor aparente no índice para uma fusão .
  • 50. 48 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Pôde-se averiguar neste trabalho que a análise das demonstrações contábeis através de índices são muito importante para identificar o desempenho das instituições financeiras em vários pontos, servindo como instrumento de decisão, analisando sua situação econômico-financeira e se há necessidades para criar formas para melhorar o desempenho. Este trabalho teve como objetivo avaliar as demonstrações contábeis dos bancos Santander, Real, Itaú e Unibanco, através de índices econômico-financeiros antes e depois da reorganizações societária que ocorreu em 2008 e após a suas devidas fusões até seus demonstrativo mais atual que foi do ano de 2011. Como dito, sem levar para analise de todo o mercado da época, as situações econômicas, tanto do setor quanto do pais, a atuação do governo e as tendências dos mercados internacionais, apenas analisando os índices estudados nesse trabalho pôde-se verificar diversos comportamentos dos bancos em uma fusão Portanto, aferidos todos os dados propostos para o estudo, os fatos inestimáveis encontrados foram que para todas as instituições em seu ano de fusão mostram drásticas variações e oscilações, tanto para uma fusão ou aquisição como vistas no decorrer do trabalho, mas mesmo com essas mudanças não necessariamente mostrou-se negativa, pois como muitos dos índices que tiveram quedas durante a fusão retomaram em seus anos seguintes uma volta de crescimento. O fator importante a se levar em conta é a importância de ter um acompanhamento forte nestes períodos a fusão, com planejamento futuro e gerenciamento, para mostrar a seus stakeholders e acionistas, solidez e consistência da instituição, pois apenas olhando os dados imediatos no ano da fusão pode vir a preocupar e a sustar novos e atuais investidores. Com tudo devido ao curto período das fusões até a presente data, não houve a possibilidade de demonstrar nos gráficos a total situações das instituições pós fusão, mas de imediato as novas instituições mostram dados positivos.
  • 51. 49 5.1 RECOMENDAÇÕES PARA ESTUDOS FUTUROS Recomenda-se para estudos futuros, continuar analise dos bancos Itaú e Santander por mais alguns anos para verificar se ocorrerá mais mudanças e as oscilações dos índices atuais. Juntamente recomenda-se analisar mais índices, para melhorar as informações adquiridas e verificar a possibilidade de um índice especifico ser mais importante para uma fusão, em um período de mais longo prazo. Outra possibilidade é analise dos índices financeiros usados neste trabalhos, para cruzar com mais dados retirando juntamente as instituições financeiras, ou com dados do mercado sócio econômico do país, ou com as políticas do mercado durante esses anos. As sugestões apresentadas são para todos que de alguma maneira se interessam por Instituições Financeiras.
  • 52. 50 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Rodrigo Ramalhosa de. O processo de integração de redes de instituições financeiras: o caso da fusão Itaú Unibanco, sob a ótica de seus gerentes de agência. 2010. 84 f. Dissertação( mestrado em Administração) - Universidade Paulista, São Paulo, 2010. Anais eletrônicos. Disponível em: <http://www3.unip.br/ensino/po1s_graduacao/strictosensu/administracao/download/a dm_rodrigoramalhosadealmeida.swf>. Acesso em: 11 mar. 2012. ANDRADE, Luis Felipe Figueiredo de; NIYAMA, Jorge Katsumi; SANTANA, Cláudio Moreira. Nível de “Disclosure” sobre riscos de mercado e operacional: Uma análise comparativa dos vinte maiores bancos brasileiros. In: CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 9., 2009. São Paulo. Disponível em: <http://www.congressousp.fipecafi.org/artigos/92009/212>. Acesso em: 12 jul. 2012. APROVAÇÃO, prévia do Cade dá mais segurança às fusões societárias, segundo juristas. DCI, Brasília, 3 de junho de 2012. Disponível em: <http://www.dci.com.br/aprovacao-previa-do-cade-da-mais-seguranca-as-fusoes- societarias,-segundo-juristas-id296987.html>. Acesso em: 21 jul. 2012. ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços. 8º ed. São Paulo: Atlas, 2007. ___________, Alexandre. Estrutura e análise de balanços. 10º ed.São Paulo: Atlas, 2012. AYRES, Marcela. As 10 maiores fusões e aquisições do semestre. Exame.com, São Paulo, 10 de julho de 2012. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/aquisicoes-fusoes/album-de-fotos/as- 10-maiores-fusoes-e-aquisicoes-do-semestre>. Acesso em: 11 ago. 2012.
  • 53. 51 BARRUECO, Fernando Mauro; PERROTTI, Miguel Fernando Ribeiro; PERROTTI, Paulo Salvador Ribeiro. Manual de fusões e aquisições de empresas. São Paulo, Anais eletrônicos, São Paulo, 2007, p.15. Disponível em: <http://www.investtech.com.br/lib/manual/manual-aquisicoes-final.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2012. BACEN, Banco Central do Brasil. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br> Acesso em: 21 jul. 2012. BARRETO, E. A contabilidade a valor justo e a crise financeira mundial. 2009.135 f. Tese (Mestrado em Ciências Contábeis) – Faculdade de Economia, administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo. São Paulo. Anais eletrônicos. Disponível em: <http://www.teses.usp.br>. Acesso em: 02 jul 2012. BASTOS, Douglas Dias; et al. A RELAÇÃO ENTRE O RETORNO ... Revista de Gestão USP, São Paulo, v. 16, n. 3, p. 65-79, julho-setembro 2009. Disponível em: <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/rege/v16n3/v16n3a05.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2012. BODIE, Zvie; MERTON, Robert c. Finanças. 1º ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. BONINI, Luci. Banco Real e o conceito de sustentabilidade no propaganda. Relatório de pesquisa do PPM do grupo Green, 18 de outubro de 2009. Disponível em:<http://www.slideshare.net/lucibonini/banco-real-e-o-conceito-de- sustentabilidade-no-propaganda> Acesso em: 21 jul. 2012. BORTOLUZZI, Sandro César. Avaliação de desempenho econômico-financeiro. Congresso Brasileiro de Custos, 14º, Curitiba, 2008. Disponível em: <http://pessoal.utfpr.edu.br/sandro/arquivos/CBC%202008%201.pdf.> Acesso em: 01 set. 2012. BRASIL. Lei das Sociedades Anônimas n.6404/76, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Legislação Federal, Brasília, 15 de dezembro de 1976; 155º da Independência e 88º da República. Disponível em:
  • 54. 52 <http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/105530/lei-das-sociedades-anonimas-de- 1976-lei-6404-76> Acesso em: 21 jun. 2012. CADE. Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Disponível em: <http://www.cade.gov.br>. Acesso em 21 jul. 2012. _____. Lei n. 4.137, de 10 de setembro de 1962. Regula e repressão ao abuso do Poder Econômico. Brasília, DF, 23 novembro de 1962; 141º da Independência e 74º da República. Disponível em: <http://www.cade.gov.br/Default.aspx?281beb3dd44ade24f644142f3a>. Acesso em: 21 jul. 2012. _____. Lei n. 8.884, de 11 de julho de 1994. Dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica. Brasília, DF, 11 de junho de 1994; 173º da Independência e 106º da República. Disponível em: <http://www.cade.gov.br/Default.aspx?281beb3dd44ade24f6441b>. Acesso em: 21 jul. 2012. CAMARGOS, Marcos Antônio de; BARBOSA, Francisco Vidal. Análise do desempenho econômico e financeiro e da criação de sinergia em processos de fusões e aquisições do mercado brasileiro ocorridos entre 1995 e 1999. Rege USP, Jun. 2005, vol12, nº.2, 9.99-115. ISS. 1809-2276. CARVALHO, L. Nelson; LEMES, Sirlei; COSTA, Fábio Moraes da. Contabilidade Internacional. São Paulo: Atlas, 2009. CARVALHOSA, Modesto. Comentários à lei de sociedade anônima. São Paulo: Saraiva, 1998. CISÃO, de empresas não beneficia investidor. Estadão, São Paulo, 22 de fevereiro de 2001. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/arquivo/economia/2001/not20010222p11196.htm>. Acesso em: 14 jun. 2012.
  • 55. 53 CJMBB. As 10 Maiores Fusões e Aquisições No Brasil. Trabalhos Feitos, São Paulo, 08 de abril de 2012. Disponível em: <http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/As-10-Maiores-Fus%C3%B5es-e- Aquisi%C3%A7%C3%B5es/166733.html>. Acesso em: 14 jun. 2012. CVM. Comissão de Valores Mobiliários. Disponível em: <http://www.cvm.gov.br> Acesso em: 21 jul. 2012. COSTA, F. M. D; GOLDNER, F.; GALDI, F. C. Análise dos fatores que influenciam no Disclosure dos maiores bancos brasileiros. In: CONGRESSO USP DECONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 7., 2007, São Paulo. Controladoria e Contabilidade em Prol do Desenvolvimento. Anais eletrônicos. Disponível em: <http://www.congressousp.fipecafi.or/artigos72007/687>. Acesso em: 12 jul. 2012. DIEESE. Fusões no setor bancário: emprego e concorrência. Net, nov. 2007. Disponível em: <http://www.dieese.org.br/notatecnica/notatec55FusaoBancaria.pdf> Acesso em: 21 jul. 2012. ERNEST; YONG. FIPECAFI. Manual de normas internacionais da contabilidade. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2009. FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 2º ed. São Paulo: Atlas, 1993. FALCINI, Primo. Avaliação econômica de empresas: Técnica e Prática. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1995. FARIA, João Adelino; MARINHO, Alexandre; PAULA, Luiz Fernando de. Fusões e aquisições bancárias no Brasil: uma avaliação da eficiência técnica. São Paulo: Ipea, 2006. FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: produtos e serviços. 18ª ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2010.
  • 56. 54 FUSÃO, banco Real e Santander. Tudo em Foco. Net, 27 de março de 2009. Disponível em: <http://www.tudoemfoco.com.br/fusao-banco-real-santander.html> Acesso em: 21 jul. 2012. GIL, A.C. Projeto de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1988. GONÇALVES NETO, Alfredo de Assis. Manual das companhias ou sociedades anônimas. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010. p.320, 2ª ed. GOLDNER, Fábio; ARAÚJO, Carlos Alberto Gonçalves de. Estratégia de fusão e aquisição bancária no Brasil: Evidências Empíricas sobre Retornos. 3º Simpósio FUCAPE de Produção Científica. Espírito Santo, 2004. Anais eletrônicos. FUCAPE, Espírito Santo, 2004. Disponível em: <http://www.fucape.br/simposio/3/artigos/fabio%20goldner%20e%20carlos%20albert o%20araujo.pdf>. Acesso em: 02 jun. 2012. HARDING, David; ROVIT, Sam. Garantindo o sucesso em fusões e aquisições. São Paulo: Campus, 2004. HOJI, M. Administração financeira: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2003. ITAU. BANCO ITAÚ UNIBANCO S.A. Relatório de sustentabilidade. Disponível em: <http://www.itauunibanco.com.br/relatoriodesustentabilidade/pt-br/index.html>. Acesso em: 12 jun. 2012. ITAÚ E UNIBANCO, anunciam Fusão e criam maior grupo financeiro do Hemisfério Sul. Folha, São Paulo, 03 de novembro de 2008. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u463386.shtml >. Acesso em: 12 jun. 2012. JUNIOR, Pedro Anan. Fusão, Cisão e Incorporação de Sociedades. 3ª ed. Curitiba: Quartier Latin, 2003.
  • 57. 55 KPMG. Corporate Finance. Fusões e aquisições. Relatório disponível em: <http://www.kpmg.com/BR/PT/Estudos_Analises/artigosepublicacoes/Documents/Fu soes%20e%20Aquisicoes/2012/FA-2otrim-2012.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2012. MÁLAGA, Tomás; MAZIERO, Pricila; WERLANG, Sérgio Ribeiro da Costa. Estudo de rentabilidade bancária. Consultoria Econômica, Banco Itaú. São Paulo, 2002. Disponível em: <http://www.febraban.org.br/Arquivo/Destaques/Werlang_Malaga_Rentabilidade.pd> Acesso em: 21 jul. 2012 MARTELANC, Roy; CAVALVANTE, Francisco; PASIN, Rodrigo. Avaliação de empresas: Um guia para fusões e aquisições e private equity. São Paulo: Pearson P T R, 2010. MATARAZZO, Dante Carmine. Analise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial: como avaliar empresas, análise da gestão de caixa, análise da gestão de lucro, desempenho da diretoria. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1998. MELO, Denilson Rodrigues Reis. Estudo de Caso: Fusão dos Bancos. 2008. Universidade Federal do Ceará do curso de Ciências Econômicas. Sobral. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAJeMAI/estudo-caso-fusao- dos-bancos> Acesso em: 14 jul. 2012. MOURA, Ruy. Como 7 grandes fusões afetaram os brasileiros. Fusões & aquisições, São Paulo, 15 de julho de 2011. Disponível em: <http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br/2011/07/como-7-grandes-fusoes-afetaram- os.html>. Acesso em: 21 jul. 2012. MUNIZ, Ian. Fusões e Aquisições: Aspectos Fiscais e Societários. 2ª ed. Porto Alegre: Quartier Latin, 2011. OLIVON, Beatriz. Veja as dez maiores fusões e aquisições de 2011. Exame.com, São Paulo, 15 de fevereiro de 2012 Disponível em: <http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/aquisicoes-fusoes/album-de- fotos/veja-as-dez-maiores-fusoes-e-aquisicoes-de-2011>. Acesso em: 21 jul. 2012.