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Ficha de Trabalho
Língua Portuguesa
Prof.ª Paula Marçal

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Era dia de comício da oposição em Alma, presidido por minha avó materna, Beatriz, em
representação de meu avô Geraldo Pais, chefe da Carbonária e fundador da República. (…)
Só que naquele dia não havia apenas o tão esperado comício da oposição. À mesma hora,
o Beira-Rio jogava contra o Vista Alegre. Por isso de nada serviram os rogos de minha avó e os
ralhos de minha mãe. Nada me fazia ceder. E por nada deste mundo, muito menos por causa
de um comício, eu estava disposto a perder o jogo no velho campo de São Cristóvão. Meu pai,
menos por falta de coragem do que por filosofia de vida, não estava para lhes fazer frente. Mas
nesse dia senti que secretamente admirava a minharesistência. E às duas por três, perante tal
insistência de uma e de outra, dei por mim a perguntar-me porque raio é que, afinal, eu não
havia de ser, também, monárquico?
Meu pai ouvia, calado. De quando em vez piscava-me o olho. E a minha avó porque tens
de ir, e a minha mãe era o que faltava que não. Até que subitamente meu pai explodiu: Não
vai, não quer ir não vai, ele é meu filho e quem decide sou eu. Vamos os dois ao jogo.
E fomos.
Aos vinte minutos, já o Beira-Rio estava a perder por três a zero. Zeca Sucateiro,
empoleirado na vedação, gritava para o Armandinho Alfaiate, que jogava a ponta esquerda: És
um entrevado. Ao que o outro respondia: Entrevada era a tua avó. Diga-se de passagem que
naquele tempo ainda um jogador podia saltar para fora do campo e ir às fuças à assistência.
Era uma cena que se repetia: Zeca Sucateiro atezanava Armandinho e este, quando menos se
esperava, ferrava-lhe dois tentos no focinho. Foi o que aconteceu ao findar a primeira parte,
continuava o Beira-Rio a levar três.
Meu pai, além de campeão de atletismo, tinha sido jogador de futebol da Académica e
possuía o diploma de treinador. Quando as coisas estavam a correr mal, o que era quase
sempre, pediam-lhe ao intervalo para ele ir às cabinas tentar virar o resultado. Ele chegara a
treinar o Beira-Rio, mas tinha-se chateado por causa de Zamora, o guarda-redes, (meu pai
dizia keeper), assim chamado por imitar o outro, o grande Zamora da seleção de Espanha.
Zamora, ou seja o Firmino, tinha qualidades. Era o que o meu pai dizia. O pior era o feitio.
Sempre que Manuel Tinoco ia para trás da baliza, a coisa dava para o torto. Não que não
gostasse de Zamora, mas tinha mau perder. Já com a seleção era a mesma coisa. Ao menos
levassem as cores da Monarquia, dizia o Manuel Tinoco, que era republicano, fumava charuto
e nunca tirava o chapéu à diplomata, nem mesmo para dormir, diziam as más línguas de Alma.
Quando a seleção levava nove da Espanha, era assim que ele desabafava: Ao menos vestissem
a camisola da monarquia, a da República não. E o mesmo acontecia sempre que, no seu
entender, Zamora dava um frango. O que, diga-se em abono da verdade, frequentemente
acontecia. Então, Manuel Tinoco começava a roer o charuto e dizia-lhe por detrás da baliza:
Ao menos tira a camisola, não sujes as cores da tua terra. Zamora, isto é, o Firmino, ouvia uma,
duas, três vezes. Mas às tantas não se aguentava: despia a camisola e desatava a correr pelo
campo fora. Meu pai, que juntamente com seu irmão Tiago, tinha sido campeão nacional de
estafeta de quatro por cem, levantava-se do banco e sprintava até o agarrar. Às vezes tinha de
lhe pregar um par de estalos. E Zamora lá voltava para as redes do Beira-Rio.
Mas um dia, em que Manuel Tinoco tinha sido especialmente cáustico, ao ponto de lhe
dizer: vai vestir a camisola do Beira-Mar, que era a pior coisa que se podia dizer a umbeirariense, o Firmino não esteve com meias aquelas: saiu da baliza, amachucou o chapéu de
Manuel Tinoco, o que por muitos foi tomado quase como um sacrilégio, despiu-se todo e saiu
45 do campo em pelo.
Aí o meu pai chateou-se: Não corro atrás de um gajo nu.
 E nunca mais treinou o BeiraRio.
 Mas lá ia às cabinas sempre que lhe pediam e as coisas, como era costume, estavam
acorrer para o torto. Não sei o que lhes disse naquele dia, mas aos dez minutos da segunda
parte, já o Beira-Rio tinha reduzido para dois a três. Lembro-me perfeitamente do segundo
50 golo: Armandinho foi marcar um corner, meu pai deu umas instruções e Almiro veio de trás e
marcou. Foi de tal modo que Manuel Tinoco se virou para o meu pai e disse-lhe: Amigo
Lourenço, este golo é seu.
Estava o jogo em ponto de rebuçado, quando apareceu Gonçalo Pena, republicano de
sangue azul, vagamente primo do meu pai e ainda um pouco mais alto do que ele. Tinha um
55 grande nariz curvo e o lábio inferior um pouco caído. Como o dos Braganças, dizia o meu pai.
Vinha a pedido da minha avó. Está toda a gente à tua espera, disse ele. É uma vergonha se não
vais.
Manuel Alegre, Alma
1. Classifica o narrador do texto quanto à presença e à ciência. Justifica a tua resposta com
exemplos do texto.
2. Explicita a relação que o narrador tem com o seu pai.
3. Faz a caracterização do pai do narrador.
4. Explicita o significado da seguinte expressão:
a. “Estava o jogo em ponto de rebuçado” (l. 53)
5. Relê o último parágrafo. Identifica dois recursos estilísticos e comenta a sua expressividade.
6. Este pode ser considerado um texto autobiográfico. Identifica e explicita três características
que o comprovem.
7. Identifica os registos de língua presentes no excerto, exemplificando-os.
8. Analisa sintaticamente as expressões sublinhadas:
a. “Por isso de nada serviram os rogos de minha avó e os ralhos de minha mãe.
Nada me fazia ceder. E por nada deste mundo, muito menos por causa de um
comício, eu estava disposto a perder o jogo no velho campo de São Cristóvão.
Meu pai, menos por falta de coragem do que por filosofia de vida, não estava para
lhes fazer frente. Mas nesse dia senti que secretamente admirava a
minharesistência.”
9. Divide e classifica as orações:
a. Nesse dia senti que secretamente admirava a minharesistência.
b. (...) gritava para o Armandinho Alfaiate, que jogava a ponta esquerda
c. Sempre que Manuel Tinoco ia para trás da baliza, a coisa dava para o torto.
d. Foi de tal modo que Manuel Tinoco se virou para o meu pai(...)
10. Indica a classe e subclasse das seguintes palavras:
a. “Lembro-me perfeitamente do segundo golo: Armandinho foi marcar um
corner, meu pai deu umas instruções e Almiro veio de trás e marcou. Foi de tal
modo que Manuel Tinoco se virou para o meu pai e disse-lhe: Amigo Lourenço,
este golo é seu.”
b. “Ao menos levassem as cores da Monarquia, dizia o Manuel Tinoco, que era
republicano, fumava charuto e nunca tirava o chapéu à diplomata, nem mesmo
para dormir, diziam as más línguas de Alma.”
11. Classifica as seguintes palavras quanto ao processo de formação.
a. “guarda-redes” (l. 25)
b. “sprintava” (l. 39)
c. “corner” (l. 50)
d. “perfeitamente” (l. 49)
e. “Beira-Rio” (l. 4)

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Texto autobiográfico (excerto de Alma de Manuel Alegre)

  • 1. Ficha de Trabalho Língua Portuguesa Prof.ª Paula Marçal 1 5 10 15 20 25 30 35 40 Era dia de comício da oposição em Alma, presidido por minha avó materna, Beatriz, em representação de meu avô Geraldo Pais, chefe da Carbonária e fundador da República. (…) Só que naquele dia não havia apenas o tão esperado comício da oposição. À mesma hora, o Beira-Rio jogava contra o Vista Alegre. Por isso de nada serviram os rogos de minha avó e os ralhos de minha mãe. Nada me fazia ceder. E por nada deste mundo, muito menos por causa de um comício, eu estava disposto a perder o jogo no velho campo de São Cristóvão. Meu pai, menos por falta de coragem do que por filosofia de vida, não estava para lhes fazer frente. Mas nesse dia senti que secretamente admirava a minharesistência. E às duas por três, perante tal insistência de uma e de outra, dei por mim a perguntar-me porque raio é que, afinal, eu não havia de ser, também, monárquico? Meu pai ouvia, calado. De quando em vez piscava-me o olho. E a minha avó porque tens de ir, e a minha mãe era o que faltava que não. Até que subitamente meu pai explodiu: Não vai, não quer ir não vai, ele é meu filho e quem decide sou eu. Vamos os dois ao jogo. E fomos. Aos vinte minutos, já o Beira-Rio estava a perder por três a zero. Zeca Sucateiro, empoleirado na vedação, gritava para o Armandinho Alfaiate, que jogava a ponta esquerda: És um entrevado. Ao que o outro respondia: Entrevada era a tua avó. Diga-se de passagem que naquele tempo ainda um jogador podia saltar para fora do campo e ir às fuças à assistência. Era uma cena que se repetia: Zeca Sucateiro atezanava Armandinho e este, quando menos se esperava, ferrava-lhe dois tentos no focinho. Foi o que aconteceu ao findar a primeira parte, continuava o Beira-Rio a levar três. Meu pai, além de campeão de atletismo, tinha sido jogador de futebol da Académica e possuía o diploma de treinador. Quando as coisas estavam a correr mal, o que era quase sempre, pediam-lhe ao intervalo para ele ir às cabinas tentar virar o resultado. Ele chegara a treinar o Beira-Rio, mas tinha-se chateado por causa de Zamora, o guarda-redes, (meu pai dizia keeper), assim chamado por imitar o outro, o grande Zamora da seleção de Espanha. Zamora, ou seja o Firmino, tinha qualidades. Era o que o meu pai dizia. O pior era o feitio. Sempre que Manuel Tinoco ia para trás da baliza, a coisa dava para o torto. Não que não gostasse de Zamora, mas tinha mau perder. Já com a seleção era a mesma coisa. Ao menos levassem as cores da Monarquia, dizia o Manuel Tinoco, que era republicano, fumava charuto e nunca tirava o chapéu à diplomata, nem mesmo para dormir, diziam as más línguas de Alma. Quando a seleção levava nove da Espanha, era assim que ele desabafava: Ao menos vestissem a camisola da monarquia, a da República não. E o mesmo acontecia sempre que, no seu entender, Zamora dava um frango. O que, diga-se em abono da verdade, frequentemente acontecia. Então, Manuel Tinoco começava a roer o charuto e dizia-lhe por detrás da baliza: Ao menos tira a camisola, não sujes as cores da tua terra. Zamora, isto é, o Firmino, ouvia uma, duas, três vezes. Mas às tantas não se aguentava: despia a camisola e desatava a correr pelo campo fora. Meu pai, que juntamente com seu irmão Tiago, tinha sido campeão nacional de estafeta de quatro por cem, levantava-se do banco e sprintava até o agarrar. Às vezes tinha de lhe pregar um par de estalos. E Zamora lá voltava para as redes do Beira-Rio. Mas um dia, em que Manuel Tinoco tinha sido especialmente cáustico, ao ponto de lhe
  • 2. dizer: vai vestir a camisola do Beira-Mar, que era a pior coisa que se podia dizer a umbeirariense, o Firmino não esteve com meias aquelas: saiu da baliza, amachucou o chapéu de Manuel Tinoco, o que por muitos foi tomado quase como um sacrilégio, despiu-se todo e saiu 45 do campo em pelo. Aí o meu pai chateou-se: Não corro atrás de um gajo nu.
 E nunca mais treinou o BeiraRio.
 Mas lá ia às cabinas sempre que lhe pediam e as coisas, como era costume, estavam acorrer para o torto. Não sei o que lhes disse naquele dia, mas aos dez minutos da segunda parte, já o Beira-Rio tinha reduzido para dois a três. Lembro-me perfeitamente do segundo 50 golo: Armandinho foi marcar um corner, meu pai deu umas instruções e Almiro veio de trás e marcou. Foi de tal modo que Manuel Tinoco se virou para o meu pai e disse-lhe: Amigo Lourenço, este golo é seu. Estava o jogo em ponto de rebuçado, quando apareceu Gonçalo Pena, republicano de sangue azul, vagamente primo do meu pai e ainda um pouco mais alto do que ele. Tinha um 55 grande nariz curvo e o lábio inferior um pouco caído. Como o dos Braganças, dizia o meu pai. Vinha a pedido da minha avó. Está toda a gente à tua espera, disse ele. É uma vergonha se não vais. Manuel Alegre, Alma 1. Classifica o narrador do texto quanto à presença e à ciência. Justifica a tua resposta com exemplos do texto. 2. Explicita a relação que o narrador tem com o seu pai. 3. Faz a caracterização do pai do narrador. 4. Explicita o significado da seguinte expressão: a. “Estava o jogo em ponto de rebuçado” (l. 53) 5. Relê o último parágrafo. Identifica dois recursos estilísticos e comenta a sua expressividade. 6. Este pode ser considerado um texto autobiográfico. Identifica e explicita três características que o comprovem. 7. Identifica os registos de língua presentes no excerto, exemplificando-os. 8. Analisa sintaticamente as expressões sublinhadas: a. “Por isso de nada serviram os rogos de minha avó e os ralhos de minha mãe. Nada me fazia ceder. E por nada deste mundo, muito menos por causa de um comício, eu estava disposto a perder o jogo no velho campo de São Cristóvão. Meu pai, menos por falta de coragem do que por filosofia de vida, não estava para lhes fazer frente. Mas nesse dia senti que secretamente admirava a minharesistência.” 9. Divide e classifica as orações: a. Nesse dia senti que secretamente admirava a minharesistência. b. (...) gritava para o Armandinho Alfaiate, que jogava a ponta esquerda c. Sempre que Manuel Tinoco ia para trás da baliza, a coisa dava para o torto. d. Foi de tal modo que Manuel Tinoco se virou para o meu pai(...)
  • 3. 10. Indica a classe e subclasse das seguintes palavras: a. “Lembro-me perfeitamente do segundo golo: Armandinho foi marcar um corner, meu pai deu umas instruções e Almiro veio de trás e marcou. Foi de tal modo que Manuel Tinoco se virou para o meu pai e disse-lhe: Amigo Lourenço, este golo é seu.” b. “Ao menos levassem as cores da Monarquia, dizia o Manuel Tinoco, que era republicano, fumava charuto e nunca tirava o chapéu à diplomata, nem mesmo para dormir, diziam as más línguas de Alma.” 11. Classifica as seguintes palavras quanto ao processo de formação. a. “guarda-redes” (l. 25) b. “sprintava” (l. 39) c. “corner” (l. 50) d. “perfeitamente” (l. 49) e. “Beira-Rio” (l. 4)