2. Símbolos de Portugal
A Bandeira e o Hino são símbolos de
Portugal. As pessoas sabem-no mas nem
sempre compreendem porque motivo se
emocionam tanto quando, em certas
ocasiões, vêem flutuar ao vento a bandeira
portuguesa e ouvem o hino nacional.
Toda a gente vibra porque o sentimento de
pertencer a um povo se torna, de súbito,
muito forte e envolvente .
3. Símbolos de Portugal
No mastro não sobe apenas um rectângulo de
pano às cores. Também lá vão batalhas e lendas,
viagens, momentos de glória, crenças, sonhos,
grandes decisões, as etapas sucessivas do
percurso de uma nação com mais de oitocentos
anos de história. E o hino surgiu num momento
especial, como afirmação dessa longa caminhada
através dos séculos.
A bandeira e o hino transportam consigo a
História de Portugal.
4. As Bandeiras Medievais
Na Idade Média as bandeiras tinham um papel
importantíssimo na guerra porque serviam para orientar
os combatentes. Quando os exércitos se envolviam na
batalha os soldados precisavam de m ponto de referência
para saberem onde estavam os seus chefes e os seus
companheiros. Esse sinal era a bandeira flutuando bem à
vista de todos. Por isso o cargo de Porta-Bandeira tinha a
maior importância
5. A Forma das Bandeiras
Só a bandeira do rei podia ser quadrada e
chamava-se estandarte. As outras, fossem de
grandes senhores, das cidades ou dos grupos
profissionais, eram rectangulares,
triangulares ou farpadas na ponta e
chamavam-se pendões.
6. A Bandeira ao longo da História
Portugal tornou-se um país
independente em 1143
Ao longo de oitocentos anos de história
a bandeira foi-se modificando, mas as
alterações não surgiram por acaso.
Surgiram sempre por motivos concretos
que é interessante conhecer. Vamos a
isso!
7. A Bandeira de D. Afonso Henriques
Na Idade Média não havia distinção entre os
símbolos do rei e os símbolos do país que
governava. A bandeira de D. Afonso Henriques
era também a bandeira de Portugal e, segundo a
tradição, tinha uma cruz azul sobre fundo
branco, mas não se sabe ao certo se realmente
era assim. Conhecem-se no entanto os selos de D.
Afonso Henriques porque ficaram estampados
em documentos que chegaram aos nossos dias.
Todos incluíam uma cruz.
9. A Bandeira de D. Afonso Henriques
D. Afonso
Henriques
1143-1185
10. A Bandeira de D. Afonso Henriques
Portanto esta É branca e
foi a nossa tem a cruz de
primeira cristo em azul
bandeira.
Pode ter sido diferente mas esta é a recordada
pela lenda da batalha de Ourique , onde Jesus terá
aparecido ao próprio D. Afonso e Henriques e dito:
In hoc signo vinces
11. A Bandeira de D. Sancho
Não chegou aos nossos dias nenhuma bandeira
de D. Sancho I mas é possível reconstituí-la a
partir dos selos e das moedas do seu tempo.
Tinha fundo branco com cinco escudetes azuis
polvilhados de besantes (discos de metal)
prateados em número variável
D. Sancho preferiu cinco escudos azuis,
dispostos em cruz e apontados para o centro
cravejados de besantes.
12. A Bandeira de D. Sancho I
Segundo a tradição os escudetes dispostos em forma de
cruz representavam as cinco chagas de Cristo ou os
cinco reis mouros que o seu pai, Afonso Henriques, teria
vencido na Batalha de Ourique. Trata-se no entanto de
uma interpretação lendária pois não há documentos
sobre o assunto.
13. A Bandeira de D. Sancho I
Escudetes e besantes
D. Sancho e os reis que lhe sucederam
continuaram as guerras da conquista e as
bandeiras que hasteavam eram uma homenagem a
D. Afonso Henriques e aos ferimentos que este
sofrera na importante e decisiva batalha de
ourique.
14. A Bandeira de D. Sancho I
Reis que usaram esta bandeira
D. Sancho I –
1185-1211
D. Afonso II –
1211-1223II –
D. Sancho
1223-1248
15. A Bandeira de D. Afonso III
O rei D. Sancho II não conseguiu governar e o
país mergulhou numa verdadeira anarquia.
Ninguém respeitava as leis e bandos
armados assaltavam constantemente
castelos, povoações, igrejas e conventos.
As pessoas cansadas da confusão, chamaram
o príncipe Afonso que vivia em França e
pediram-lhe que tomasse as rédeas do
governo.
16. A Bandeira de D. Afonso III
Ele aceitou o repto, mas foi
necessário lutar, porque apesar de
tudo houve portugueses que se
mantiveram fiéis a D. Sancho II.
Ora não faria sentido que os dois
irmãos se defrontassem no campo
de batalha sob a mesma bandeira.
17. A Bandeira de D. Afonso III
Por isso D. Afonso III acrescentou à
bandeira real uma bordadura vermelha
com castelos a ouro. Segundo a tradição,
estes seriam os castelos conquistados aos
mouros pelo seu bisavô, D. Afonso
Henriques, mas alguns historiadores
consideram que D. Afonso III se limitou a
usar o símbolo do brasão da mãe que era
princesa de Castela.
18. A Bandeira de D. Afonso III
Depois de ganhar a guerra e de subir ao
trono, D. Afonso III manteve a sua bandeira.
A partir deste reinado fixou-se para sempre
aquilo que se tornou o núcleo da bandeira
nacional: cinco escudetes azuis, com cinco
besantes brancos e uma faixa vermelha com
castelos.
19. A Bandeira de D. Afonso III
Uma Faixa com Castelos
O seu casamento com D. Beatriz de castela
influenciou assim a introdução de de uma
borda vermelha castelada a ouro. O facto
de ter sido d. Afonso III quem conquistou
definitivamente o Algarve levou à convicção
de que os castelos representavam o dito
território.
20. A Bandeira de D. Afonso III
Uma Faixa com Castelos
Reis que usaram esta bandeira
D. Afonso III – 1248-
1279
D. Dinis – 1279-1325
D. Afonso IV –
1325-1357
D. Fernando –
1367-1383
21. A Cruz de Avis
D. João, mestre de Avis, era filho bastardo do rei D. Pedro
I e segundo as leis da época não tinha direito a subir ao
trono.
Mas depois da revolução de 1383-1385 os portugueses
escolheram-no para reinar.
Assumiu o governo como D. João I e iniciou a dinastia de
avis.
Manteve a bandeira dos seus antepassados mas
introduziu-lhe uma modificação…
22. A Cruz de Avis
…a cruz da ordem militar de Avis, a verde.
Dessa cruz só aparecem os remates que
têm a forma de flor- de- lis
23. A Cruz de Avis
Reis que usaram esta bandeira
D. João I –
1383-1433
D. Duarte –
1433-1438
D. Afonso V –
1438-1481
24. A Bandeira de D. João II
A Coroa real
D. João II, homem dominador, de forte
personalidade, tomou muitas medidas para
reforçar o poder real e marcou profundamente a
história de Portugal. Alterar a bandeira foi
também uma forma de afirmar a sua autoridade.
25. A Bandeira de D. João II
A Coroa Real
Os símbolos tomaram a forma de escudo, terminado em
cunha.
Desapareceu a Cruz de Avis. As quinas viravam-se todas
para baixo tomando a posição que ainda hoje ocupam.
A esse núcleo acrescentou-se uma coroa e o conjunto
passou a aplicar-se em fundo branco
26. A Bandeira de D. João II
A Coroa Real
As armas reais fixaram-se sobre o fundo branco.
Tinham ao centro o escudo, com uma bordadura
de vermelho carregada de castelos em ouro,
sobre o qual foi colocada uma coroa real aberta
27. A Bandeira de D. João II
A Coroa Real
No tempo de D. Manuel I – 1495-1521) a esfera armilar
tornou-se um dos mais importantes símbolos do país e por
vezes foi incluída na bandeira.
A esfera armilar era o símbolo de D. Manuel e da
presença portuguesa no mundo.
Lembra por isso os Descobrimentos.
28. A Coroa Real
Reis que usaram esta bandeira
D. João II – 1481-
1495
D. Manuel I – 1495-
1521
D. João III –
1521-1557
30. A Coroa Imperial
O Rei D. Sebastião – 1557-1578 subiu ao trono
com apenas três anos de idade e foi educado no
sonho de fazer grandes conquistas no norte de
África, recuperar terras que se tinham perdido
no reinado anterior e alargar o império
português. Compreende-se pois que dentro
desses sonhos de grandeza a coroa real que
figurava na bandeira fosse substituída por uma
coroa imperial.
31. A Coroa Imperial
Quando o cardeal D. Henrique morreu levantou-
se um problema complicado de resolver: o rei
não deixara filhos e segundo as leis da sucessão
devia subir ao trono o parente mais próximo.
Ora, este era Filipe II, rei de Espanha. Muitos
portugueses reagiram e houve lutas porque não
queriam ser governados por um estrangeiro.
Mas Filipe II soube fazer valer os seus direitos e
iniciou a dinastia filipina que durou 60 anos.
32. A Coroa Imperial
Durante esse período Portugal
esteve unido à Espanha mas
manteve a sua bandeira porque
continuou a ser considerado um
reino com leis próprias. E a
bandeira não sofreu alterações.
33. A Coroa Imperial
Reis que usaram esta bandeira
D. Sebastião –
1557-1578 Henrique –
Cardeal D.
1578-1580 Espanha –
Filipe II de
1581-1598 Espanha –
Filipe III de
1598-1621
Filipe IV de Espanha –
1621-1640
34. A Bandeira da Restauração
No dia 1 de Dezembro de 1640, depois de muitas revoltas
fracassadas e de longos preparativos, os portugueses
expulsaram os espanhóis e restauraram a independência
nacional. Subiu ao trono D. João, duque de Bragança que
era descendente da família real portuguesa. Iniciou-se
assim a Dinastia de Bragança e o rei assumiu o governo
como D. João IV.
35. A Bandeira da Restauração
Com a restauração a bandeira foi
ligeiramente modificada, ficando o
escudo com a ponta redonda, no
formato dito português.
36. A Bandeira da Restauração
Reis que usaram esta bandeira
D. João IV – D. João V –
1640-1656 1706-1750
D. Afonso VI – D. José I – 1750-
1656-1683 1777
D. Pedro II – D. Maria –
37. Esfera armilar sobre fundo azul
Em 1808, a família real teve que fugir para defender o
trono das invasões francesas. O local escolhido para o
refúgio foi o Brasil, que nessa altura era uma colónia
portuguesa. D. João VI elevou o Brasil à categoria de Reino
Unido ao de Portugal.
Para Representar uma nova realidade alterou-se a
bandeira: incluiu-se a esfera armilar sobre fundo azul ( o
que se considerou símbolo do Brasil)
38. Esfera armilar sobre fundo azul
Rei que usou esta bandeira
D. João VI – 1816-
1826
39. A Guerra Civil
Duas Bandeiras
No Século XIX, surgiram pela primeira vez
dois partidos políticos com ideias muito
diferentes sobre a forma de governar:
Os Absolutistas
Os Liberais
40. A Guerra Civil
As duas bandeiras
Os Absolutistas
Queriam que tudo continuasse à
maneira antiga ou seja, o rei deveria
manter os três poderes: Governar,
fazer leis e ser o juiz supremo.
41. A Guerra Civil
As duas bandeiras
Os Liberais
Propunham mudanças profundas. Queriam uma
divisão de poderes: o rei governava (Poder
executivo), o parlamento fazia as leis (poder
legislativo) e os Tribunais julgavam os crimes
(poder judicial). Queriam também que homens
eleitos pelo povo definissem uma lei geral para o
país – a constituição – a que todos tinham de
obedecer, incluindo o rei.
42. A Guerra Civil
As duas bandeiras
Durante o reinado de D. João VI – 1816-1826
– houve vários conflitos entre estes dois
partidos. Triunfaram os Liberais
E o rei aceitou a Constituição. Mas quando
morreu levantou-se um problema de sucessão
complicado: O príncipe mais velho, D. Pedro, era
liberal. Não podia, no entanto, subir ao trono
porque declarara a independência do Brasil
tornando-se imperador.
43. A Guerra Civil
As duas bandeiras
Havia um príncipe mais novo, D. Miguel, que
estava disponível, só que era absolutista e os
liberais não o aceitavam. O País dividiu-se.
D. Pedro acabou por abdicar do trono do Brasil a
favor do filho e regressou a Portugal. Estalou então
uma violenta guerra civil, que durou dois anos –
1832 a 1834.
Ora, os exércitos não podiam defrontar-se sob a
mesma bandeira.
44. A Guerra Civil
As duas bandeiras
Os absolutistas que tanto defendiam a
tradição usaram a bandeira anterior à
independência do Brasil
45. A Guerra Civil
As duas bandeiras
Os liberais criaram uma bandeira nova. O
modelo foi imaginado quando o exército de
D. Pedro se encontrava na ilha terceira do
arquipélago dos Açores.
46. O Fundo Azul e Branco
Na bandeira imaginada para o exército de D. Pedro IV
modificou-se a feitio da coroa e o fundo passou a ser azul
e branco. Estas cores tornaram-se símbolo das ideias
liberais. Como estes, os liberais, venceram a guerra civil, a
sua bandeira manteve-se e permaneceu idêntica até ao
final da monarquia
47. O Fundo azul e Branco
E assim se manteve esta bandeira até ao final da Monarquia Portuguesa
Reis que usaram esta bandeira
D. Pedro IV -
1826
D. Maria II –
1834-1853
48. O Fundo Azul e Branco
A última Bandeira da monarquia
Reis que usaram esta bandeira
D. Pedro V –
1853-1861
D.Luís – 1861-
1889
49. O Fundo Azul e Branco
A última bandeira da monarquia
D. Carlos – 1889-1908
D. Manuel II – 1908-1910
50. As ideias Republicanas
O símbolo da república é uma figura feminina com um
barrete vermelho. O barrete frígio.
51. As ideias Republicanas
Quando a monarquia se tornou liberal, passou a haver
partidos políticos legais. Cada um tinha opiniões sobre a
melhor maneira de desenvolver o país e queria ganhar as
eleições para poder governar. No entanto estes partidos não
punham em causa a figura do rei. Eram partidos monárquicos.
No final do séc. XIX surgiu o Partido Republicano que
pretendia uma alteração radical: abolir a monarquia e
implantar a república. Considerava que o chefe máximo de
um país devia ser escolhido e eleito pelo povo e defendia
muitas outras ideias igualmente revolucionárias. Durante
vários anos o partido republicano apresentou-se às eleições
lado a lado com os partidos monárquicos.
Não ganhava mas ía divulgando as suas ideias.
52. As ideias republicanas
Alguns grupos republicanos estavam convencidos que,
com o decorrer do tempo, os portugueses acabariam
por votar na mudança. Outros consideravam que só
era possível abolir a monarquia e implantar a
república com uma revolução, mas esse projecto tinha
que ser discutido em segredo pois quem falasse
abertamente no assunto ía preso. Desenvolveram-se
nessa época várias sociedades secretas como a
Maçonaria e a carbonaria onde se conspirava contra a
monarquia e se faziam planos de revolução.
53. As ideias Republicanas
Tentativas de Revolução
A 31 de janeiro de 1891 houve uma primeira
revolta republicana no Porto, mas foi
reprimida e os participantes foram presos.
Mais tarde, em 1907, fez-se outra tentativa
em Lisboa que também falhou. Apesar dos
fracassos as novas ideias não morreram, pelo
contrário, a República foi ganhando cada vez
mais adeptos
54. A República
Em Outubro de 1910
Depois de vários meses de preparação houve uma revolução em Lisboa e
desta vez com êxito. ÀS 9 horas da manhã do dia 5 de Outubro
Proclamava-se a República na varanda da Câmara Municipal de Lisboa. Saíram
milhares de pessoas para a rua a festejar, a notícia espalhou-se rapidamente pelo
país e a mudança tornou-se um facto consumado. As leis do novo regime aboliram os
privilégios por nascimento e procuraram maior liberdade e mais justiça social. A
Forma de governo Republicano permite que qualquer português que se distinga
pelas suas qualidades e seja eleito se torne o Presidente da República.
55. O Verde e Vermelho
Uma mudança tão profunda da Monarquia á República – exigia que
se escolhesse outra bandeira nacional. Mas que cores se deviam
usar?
E que símbolos?
O novo governo não perdeu tempo e logo a 15 de Outubro reuniu
um grupo de pessoas de prestígio para que elaborassem o
projecto de uma nova bandeira. Desse grupo faziam parte: o
pintor Columbano Bordalo Pinheiro, o jornalista João Chagas; o
escritor Abel Acácio de Almeida Botelho; o capitão de Artilharia
José Afonso Pala e o primeiro-tenente António ladislau Parreira.
Naturalmente inspiraram-se nas bandeiras dos centros
republicanos e das sociedades secretas que tinham contribuído
para o êxito da revolução.
56. O Vermelho e o verde
Primeira
bandeira da
causa
republicana em
Portugal. Foi
usada na
revolução do
31 de Janeiro
de 1891
57. O Vermelho e o verde
Bandeira da
socidade
secreta
“carbonária”
58. O Vermelho e o Verde
Bandeira do
centro
republicano
Fernando Botto
machado.
Quando se
implantou a
república foi
hasteada porque
ainda não havia a
nova bandeira
59. O Vermelho e o Verde
Primeira
proposta
apresentada
pela
comissão
encarregue
de estudar a
bandeira
nacional.
60. O Vermelho e o Verde
Para justificar os motivos da escolha, elaboraram um relatório. Os
Motivos, justificações apresentados, em resumo, eram os
seguintes:
As cores
O Vermelho “cor combativa e quente, é a cor da conquista e do
riso. Uma cor cantante, ardente, alegre. Lembra o sangue e incita à
vitória”.
O Verde, “cor de esperança e do relâmpago, significa uma
mudança representativa na vida do país.
61. O Vermelho e o Verde
Os símbolos
A esfera armilar
Lembra os
Descobrimentos
portugueses que é
a fase mais
brilhante da nossa
história, portanto
deve aparecer na
bandeira
62. O Vermelho e o verde
Os símbolos
A faixa com sete castelos
Também deve
permanecer
porque
representa a
independência
nacional
63. O vermelho e o verde
Os Símbolos
O escudo com as quinas
Deve continuar
na bandeira como
homenagem à
bravura e aos
feitos dos
portugueses que
lutaram pela
independência
64. O Vermelho e o Verde
O governo aceitou a proposta mas fez algumas alterações: mudou a posição relativa e a
dimensão das cores, eliminou a estrela e modificou um pouco o escudo e a esfera
armilar. A bandeira nacional acabou por ficar assim.
Bandeira nacional aprovada pelo Governo em 29 de Novembro de 1910 e
homologada pela Assembleia Constituinte em 11 de Junho de 1911.
65. Outras Propostas
A escolha da bandeira provocou grandes
discussões e houve gente que imaginou outros
modelos. Muitos desses modelos foram
publicados em jornais, revistas, postais e num
almanaque da época.
Proposta de Guerra
Junqueiro
Guerra Junqueiro insistiu
muito para que se
mantivesse o azul e branco.
dIzia que não eram as
cores do rei mas da “alma
nacional” e portanto não
deviam ser abolidas
66. Outras Propostas
Proposta de Joaquim Augusto Fernandes
“Sobre fundo de candura cinco traços de
heroísmo e esperança. Em cima, junto à
haste, o céu estrelado da nossa fantasia. A
lua ostenta um sonho dourado, já realizado
– a História de Portugal representada pela
esfera armilar e pelo escudo. As dez estrelas
maiores são os dez cantos dos lusíadas. As
quatro mais pequenas representam a obra
dos portugueses na África, Ásia, América e
Oceania.
69. A Festa da Bandeira
Os Republicanos quiseram deixar claro que o facto de
terem implantado um novo regime não significava
uma ruptura com a história de Portugal. Muito pelo
contrário, a construção do país fora longa e passar
por muitas etapas. Esta era mais uma que
representava o progresso. Por isso escolheram o dia 1
de dezembro, data em que se comemora a
Restauração da Independência, para ser também o
dia da Bandeira nacional. Assim, a 1 de Dezembro de
1910, organizou-se um cortejo em Lisboa. Apesar do
mau tempo, a população saiu à rua para festejar a
nova bandeira verde e vermelha.
70. Características da Bandeira
A bandeira portuguesa tem que obedecer ao
A forma modelo oficial. Tem que ser rectangular e pode ser
feita de muitos tamanhos, desde que se respeitem
as proporções entre o comprimento e a altura: o
comprimento é igual a uma vez e meia a altura
A cor verde ocupa dois quintos do espaço e
As cores
fica do lado do mastro. A cor vermelha
ocupa três quintos do espaço.
71. Características da Bandeira
O escudo coloca-se sobre a união entre as
duas cores
O aspecto
A bandeira deve apresentar-se sempre
impecável. Quando as cores começam a
desbotoar ou, se por qualquer motivo for
danificada, tem que ser imediatamente
substituída por uma nova. Caso contrário o
símbolo nacional perde a dignidade
72. Hastear e arrear a Bandeira
A bandeira portuguesa pode ser hasteada em
qualquer lugar, cantado que sejam respeitadas
determinadas regras.
Onde estiver um português pode içar a sua
bandeira.
A bandeira é hasteada todos os dias em edifícios
públicos que são sede de órgãos de soberania.
Aos domingos e feriados deve ser hasteada
nos edifícios públicos como , por exemplo,
escolas, quartéis e monumentos nacionais
73. Posição entre outras
Em território nacional, a bandeira portuguesa tem sempre lugar de honra.
Se forem em número ímpar é o do meio.
Se forem em número par, é o primeiro à direita do ponto central
Se forem muitas e não estiverem em linha recta , o lugar de honra é o primeiro da
direita.
Se forem só duas, é o da direita
74. Notas finais
Em países estrangeiros , a bandeira portuguesa também tem direito ao lugar de
honra, nas embaixadas de Portugal, porque uma embaixada é considerada território
nacional.
Honras militares – A bandeira tem direito a honras militares. Sempre que é
hasteada ou arreada faz-se uma cerimónia
Além disso, tem lugar de destaque em circunstâncias
especiais como, por exemplo, formaturas, escoltas de
honra a cavalo ou motorizadas.
75. Notas Finais
Outras bandeiras oficiais
Depois de aprovada a Bandeira nacional, definiram-se outras bandeiras oficiais
Bandeira
Militar
76. Notas Finais
Outras Bandeiras
Bandeira
da
Assemblei
a da
República
77. Notas Finais
Outras bandeiras
Estandart
e do
President
e da
República