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A Bandeira e o
    Hino
Símbolos de Portugal
Símbolos de Portugal
A Bandeira e o Hino são símbolos de
Portugal. As pessoas sabem-no mas nem
sempre compreendem porque motivo se
emocionam tanto quando, em certas
ocasiões, vêem flutuar ao vento a bandeira
portuguesa e ouvem o hino nacional.
Toda a gente vibra porque o sentimento de
pertencer a um povo se torna, de súbito,
muito forte e envolvente .
Símbolos de Portugal
No mastro não sobe apenas um rectângulo de
pano às cores. Também lá vão batalhas e lendas,
viagens, momentos de glória, crenças, sonhos,
grandes decisões, as etapas sucessivas do
percurso de uma nação com mais de oitocentos
anos de história. E o hino surgiu num momento
especial, como afirmação dessa longa caminhada
através dos séculos.
A bandeira e o hino transportam consigo a
História de Portugal.
As Bandeiras Medievais
Na Idade Média as bandeiras tinham um papel
importantíssimo na guerra porque serviam para orientar
os combatentes. Quando os exércitos se envolviam na
batalha os soldados precisavam de m ponto de referência
para saberem onde estavam os seus chefes e os seus
companheiros. Esse sinal era a bandeira flutuando bem à
vista de todos. Por isso o cargo de Porta-Bandeira tinha a
maior importância
A Forma das Bandeiras
Só a bandeira do rei podia ser quadrada e
chamava-se estandarte. As outras, fossem de
grandes senhores, das cidades ou dos grupos
profissionais, eram rectangulares,
triangulares ou farpadas na ponta e
chamavam-se pendões.
A Bandeira ao longo da História
Portugal tornou-se um país
independente em 1143
Ao longo de oitocentos anos de história
a bandeira foi-se modificando, mas as
alterações não surgiram por acaso.
 Surgiram sempre por motivos concretos
 que é interessante conhecer. Vamos a
 isso!
A Bandeira de D. Afonso Henriques
Na Idade Média não havia distinção entre os
símbolos do rei e os símbolos do país que
governava. A bandeira de D. Afonso Henriques
era também a bandeira de Portugal e, segundo a
tradição, tinha uma cruz azul sobre fundo
branco, mas não se sabe ao certo se realmente
era assim. Conhecem-se no entanto os selos de D.
Afonso Henriques porque ficaram estampados
em documentos que chegaram aos nossos dias.
Todos incluíam uma cruz.
Selos de D. Afonso Henriques
A Bandeira de D. Afonso Henriques




                D. Afonso
                Henriques
                     1143-1185
A Bandeira de D. Afonso Henriques
Portanto esta                     É branca e
foi a nossa                       tem a cruz de
primeira                          cristo em azul
bandeira.

Pode ter sido diferente mas esta é a recordada
pela lenda da batalha de Ourique , onde Jesus terá
aparecido ao próprio D. Afonso e Henriques e dito:

                In hoc signo vinces
A Bandeira de D. Sancho
Não chegou aos nossos dias nenhuma bandeira
de D. Sancho I mas é possível reconstituí-la a
partir dos selos e das moedas do seu tempo.
Tinha fundo branco com cinco escudetes azuis
polvilhados de besantes (discos de metal)
prateados em número variável
D. Sancho preferiu cinco escudos azuis,
dispostos em cruz e apontados para o centro
cravejados de besantes.
A Bandeira de D. Sancho I
Segundo a tradição os escudetes dispostos em forma de
cruz representavam as cinco chagas de Cristo ou os
cinco reis mouros que o seu pai, Afonso Henriques, teria
vencido na Batalha de Ourique. Trata-se no entanto de
uma interpretação lendária pois não há documentos
sobre o assunto.
A Bandeira de D. Sancho I
             Escudetes e besantes
D. Sancho e os reis que lhe sucederam
continuaram as guerras da conquista e as
bandeiras que hasteavam eram uma homenagem a
D. Afonso Henriques e aos ferimentos que este
sofrera na importante e decisiva batalha de
ourique.
A Bandeira de D. Sancho I
Reis que usaram esta bandeira


D. Sancho I –
1185-1211
D. Afonso II –
1211-1223II –
D. Sancho
1223-1248
A Bandeira de D. Afonso III
O rei D. Sancho II não conseguiu governar e o
país mergulhou numa verdadeira anarquia.
Ninguém respeitava as leis e bandos
armados assaltavam constantemente
castelos, povoações, igrejas e conventos.
As pessoas cansadas da confusão, chamaram
o príncipe Afonso que vivia em França e
pediram-lhe que tomasse as rédeas do
governo.
A Bandeira de D. Afonso III
Ele aceitou o repto, mas foi
necessário lutar, porque apesar de
tudo houve portugueses que se
mantiveram fiéis a D. Sancho II.
Ora não faria sentido que os dois
irmãos se defrontassem no campo
de batalha sob a mesma bandeira.
A Bandeira de D. Afonso III
Por isso D. Afonso III acrescentou à
bandeira real uma bordadura vermelha
com castelos a ouro. Segundo a tradição,
estes seriam os castelos conquistados aos
mouros pelo seu bisavô, D. Afonso
Henriques, mas alguns historiadores
consideram que D. Afonso III se limitou a
usar o símbolo do brasão da mãe que era
princesa de Castela.
A Bandeira de D. Afonso III
Depois de ganhar a guerra e de subir ao
trono, D. Afonso III manteve a sua bandeira.
A partir deste reinado fixou-se para sempre
aquilo que se tornou o núcleo da bandeira
nacional: cinco escudetes azuis, com cinco
besantes brancos e uma faixa vermelha com
castelos.
A Bandeira de D. Afonso III
          Uma Faixa com Castelos
O seu casamento com D. Beatriz de castela
influenciou assim a introdução de de uma
borda vermelha castelada a ouro. O facto
de ter sido d. Afonso III quem conquistou
definitivamente o Algarve levou à convicção
de que os castelos representavam o dito
território.
A Bandeira de D. Afonso III
                     Uma Faixa com Castelos
Reis que usaram esta bandeira


D. Afonso III – 1248-
1279
D. Dinis – 1279-1325
D. Afonso IV –
1325-1357
D. Fernando –
1367-1383
A Cruz de Avis
D. João, mestre de Avis, era filho bastardo do rei D. Pedro
I e segundo as leis da época não tinha direito a subir ao
trono.
Mas depois da revolução de 1383-1385 os portugueses
escolheram-no para reinar.

Assumiu o governo como D. João I e iniciou a dinastia de
avis.

Manteve a bandeira dos seus antepassados mas
introduziu-lhe uma modificação…
A Cruz de Avis
…a cruz da ordem militar de Avis, a verde.
Dessa cruz só aparecem os remates que
têm a forma de flor- de- lis
A Cruz de Avis
Reis que usaram esta bandeira



D. João I –
1383-1433
D. Duarte –
1433-1438
D. Afonso V –
1438-1481
A Bandeira de D. João II
                  A Coroa real
D. João II, homem dominador, de forte
personalidade, tomou muitas medidas para
reforçar o poder real e marcou profundamente a
história de Portugal. Alterar a bandeira foi
também uma forma de afirmar a sua autoridade.
A Bandeira de D. João II
                   A Coroa Real
Os símbolos tomaram a forma de escudo, terminado em
cunha.
Desapareceu a Cruz de Avis. As quinas viravam-se todas
para baixo tomando a posição que ainda hoje ocupam.
A esse núcleo acrescentou-se uma coroa e o conjunto
passou a aplicar-se em fundo branco
A Bandeira de D. João II
                   A Coroa Real
As armas reais fixaram-se sobre o fundo branco.
Tinham ao centro o escudo, com uma bordadura
de vermelho carregada de castelos em ouro,
sobre o qual foi colocada uma coroa real aberta
A Bandeira de D. João II
                      A Coroa Real
No tempo de D. Manuel I – 1495-1521) a esfera armilar
tornou-se um dos mais importantes símbolos do país e por
vezes foi incluída na bandeira.




A esfera armilar era o símbolo de D. Manuel e da
presença portuguesa no mundo.
Lembra por isso os Descobrimentos.
A Coroa Real
Reis que usaram esta bandeira


     D. João II – 1481-
           1495
     D. Manuel I – 1495-
     1521
     D. João III –
     1521-1557
A Coroa Imperial
A Coroa Imperial
O Rei D. Sebastião – 1557-1578 subiu ao trono
com apenas três anos de idade e foi educado no
sonho de fazer grandes conquistas no norte de
África, recuperar terras que se tinham perdido
no reinado anterior e alargar o império
português. Compreende-se pois que dentro
desses sonhos de grandeza a coroa real que
figurava na bandeira fosse substituída por uma
coroa imperial.
A Coroa Imperial
Quando o cardeal D. Henrique morreu levantou-
se um problema complicado de resolver: o rei
não deixara filhos e segundo as leis da sucessão
devia subir ao trono o parente mais próximo.
Ora, este era Filipe II, rei de Espanha. Muitos
portugueses reagiram e houve lutas porque não
queriam ser governados por um estrangeiro.
Mas Filipe II soube fazer valer os seus direitos e
iniciou a dinastia filipina que durou 60 anos.
A Coroa Imperial
Durante esse período Portugal
esteve unido à Espanha mas
manteve a sua bandeira porque
continuou a ser considerado um
reino com leis próprias. E a
bandeira não sofreu alterações.
A Coroa Imperial
 Reis que usaram esta bandeira


D. Sebastião –
1557-1578 Henrique –
Cardeal D.
1578-1580 Espanha –
Filipe II de
1581-1598 Espanha –
Filipe III de
1598-1621
Filipe IV de Espanha –
1621-1640
A Bandeira da Restauração


No dia 1 de Dezembro de 1640, depois de muitas revoltas
fracassadas e de longos preparativos, os portugueses
expulsaram os espanhóis e restauraram a independência
nacional. Subiu ao trono D. João, duque de Bragança que
era descendente da família real portuguesa. Iniciou-se
assim a Dinastia de Bragança e o rei assumiu o governo
como D. João IV.
A Bandeira da Restauração
Com a restauração a bandeira foi
ligeiramente modificada, ficando o
escudo com a ponta redonda, no
formato dito português.
A Bandeira da Restauração
Reis que usaram esta bandeira


D. João IV –                D. João V –
1640-1656                   1706-1750
D. Afonso VI –                  D. José I – 1750-
1656-1683                       1777
D. Pedro II –                   D. Maria –
Esfera armilar sobre fundo azul



Em 1808, a família real teve que fugir para defender o
trono das invasões francesas. O local escolhido para o
refúgio foi o Brasil, que nessa altura era uma colónia
portuguesa. D. João VI elevou o Brasil à categoria de Reino
Unido ao de Portugal.
Para Representar uma nova realidade alterou-se a
bandeira: incluiu-se a esfera armilar sobre fundo azul ( o
que se considerou símbolo do Brasil)
Esfera armilar sobre fundo azul
Rei que usou esta bandeira

D. João VI – 1816-
1826
A Guerra Civil
              Duas Bandeiras
No Século XIX, surgiram pela primeira vez
dois partidos políticos com ideias muito
diferentes sobre a forma de governar:

   Os Absolutistas

   Os Liberais
A Guerra Civil
            As duas bandeiras


Os Absolutistas
Queriam que tudo continuasse à
maneira antiga ou seja, o rei deveria
manter os três poderes: Governar,
fazer leis e ser o juiz supremo.
A Guerra Civil
               As duas bandeiras

Os Liberais
Propunham mudanças profundas. Queriam uma
divisão de poderes: o rei governava (Poder
executivo), o parlamento fazia as leis (poder
legislativo) e os Tribunais julgavam os crimes
(poder judicial). Queriam também que homens
eleitos pelo povo definissem uma lei geral para o
país – a constituição – a que todos tinham de
obedecer, incluindo o rei.
A Guerra Civil
                 As duas bandeiras
Durante o reinado de D. João VI – 1816-1826
– houve vários conflitos entre estes dois
partidos. Triunfaram os Liberais
E o rei aceitou a Constituição. Mas quando
morreu levantou-se um problema de sucessão
complicado: O príncipe mais velho, D. Pedro, era
liberal. Não podia, no entanto, subir ao trono
porque declarara a independência do Brasil
tornando-se imperador.
A Guerra Civil
                 As duas bandeiras
Havia um príncipe mais novo, D. Miguel, que
estava disponível, só que era absolutista e os
liberais não o aceitavam. O País dividiu-se.
D. Pedro acabou por abdicar do trono do Brasil a
favor do filho e regressou a Portugal. Estalou então
uma violenta guerra civil, que durou dois anos –
1832 a 1834.
Ora, os exércitos não podiam defrontar-se sob a
mesma bandeira.
A Guerra Civil
            As duas bandeiras

Os absolutistas que tanto defendiam a
tradição usaram a bandeira anterior à
independência do Brasil
A Guerra Civil
              As duas bandeiras

Os liberais criaram uma bandeira nova. O
modelo foi imaginado quando o exército de
D. Pedro se encontrava na ilha terceira do
arquipélago dos Açores.
O Fundo Azul e Branco
Na bandeira imaginada para o exército de D. Pedro IV
modificou-se a feitio da coroa e o fundo passou a ser azul
e branco. Estas cores tornaram-se símbolo das ideias
liberais. Como estes, os liberais, venceram a guerra civil, a
sua bandeira manteve-se e permaneceu idêntica até ao
final da monarquia
O Fundo azul e Branco
 E assim se manteve esta bandeira até ao final da Monarquia Portuguesa


Reis que usaram esta bandeira


D. Pedro IV -
1826
D. Maria II –
1834-1853
O Fundo Azul e Branco
           A última Bandeira da monarquia

Reis que usaram esta bandeira



D. Pedro V –
1853-1861
  D.Luís – 1861-
  1889
O Fundo Azul e Branco
                           A última bandeira da monarquia




  D. Carlos – 1889-1908




D. Manuel II – 1908-1910
As ideias Republicanas




  O símbolo da república é uma figura feminina com um
  barrete vermelho. O barrete frígio.
As ideias Republicanas
Quando a monarquia se tornou liberal, passou a haver
partidos políticos legais. Cada um tinha opiniões sobre a
melhor maneira de desenvolver o país e queria ganhar as
eleições para poder governar. No entanto estes partidos não
punham em causa a figura do rei. Eram partidos monárquicos.
No final do séc. XIX surgiu o Partido Republicano que
pretendia uma alteração radical: abolir a monarquia e
implantar a república. Considerava que o chefe máximo de
um país devia ser escolhido e eleito pelo povo e defendia
muitas outras ideias igualmente revolucionárias. Durante
vários anos o partido republicano apresentou-se às eleições
lado a lado com os partidos monárquicos.
Não ganhava mas ía divulgando as suas ideias.
As ideias republicanas
Alguns grupos republicanos estavam convencidos que,
com o decorrer do tempo, os portugueses acabariam
por votar na mudança. Outros consideravam que só
era possível abolir a monarquia e implantar a
república com uma revolução, mas esse projecto tinha
que ser discutido em segredo pois quem falasse
abertamente no assunto ía preso. Desenvolveram-se
nessa época várias sociedades secretas como a
Maçonaria e a carbonaria onde se conspirava contra a
monarquia e se faziam planos de revolução.
As ideias Republicanas
          Tentativas de Revolução
A 31 de janeiro de 1891 houve uma primeira
revolta republicana no Porto, mas foi
reprimida e os participantes foram presos.
Mais tarde, em 1907, fez-se outra tentativa
em Lisboa que também falhou. Apesar dos
fracassos as novas ideias não morreram, pelo
contrário, a República foi ganhando cada vez
mais adeptos
A República
Em Outubro de      1910
 Depois de vários meses de preparação houve uma revolução em Lisboa e
 desta vez com êxito. ÀS 9 horas da manhã do dia 5 de Outubro
Proclamava-se a República na varanda da Câmara Municipal de Lisboa. Saíram
milhares de pessoas para a rua a festejar, a notícia espalhou-se rapidamente pelo
país e a mudança tornou-se um facto consumado. As leis do novo regime aboliram os
privilégios por nascimento e procuraram maior liberdade e mais justiça social. A
Forma de governo Republicano permite que qualquer português que se distinga
pelas suas qualidades e seja eleito se torne o Presidente da República.
O Verde e Vermelho
Uma mudança tão profunda da Monarquia á República – exigia que
se escolhesse outra bandeira nacional. Mas que cores se deviam
usar?
E que símbolos?
 O novo governo não perdeu tempo e logo a 15 de Outubro reuniu
 um grupo de pessoas de prestígio para que elaborassem o
 projecto de uma nova bandeira. Desse grupo faziam parte: o
 pintor Columbano Bordalo Pinheiro, o jornalista João Chagas; o
 escritor Abel Acácio de Almeida Botelho; o capitão de Artilharia
 José Afonso Pala e o primeiro-tenente António ladislau Parreira.
 Naturalmente inspiraram-se nas bandeiras dos centros
 republicanos e das sociedades secretas que tinham contribuído
 para o êxito da revolução.
O Vermelho e o verde
             Primeira
             bandeira da
             causa
             republicana em
             Portugal. Foi
             usada na
             revolução do
             31 de Janeiro
             de 1891
O Vermelho e o verde
           Bandeira da
           socidade
           secreta
           “carbonária”
O Vermelho e o Verde
             Bandeira do
             centro
             republicano
             Fernando Botto
             machado.
             Quando se
             implantou a
             república foi
             hasteada porque
             ainda não havia a
             nova bandeira
O Vermelho e o Verde
            Primeira
            proposta
            apresentada
            pela
            comissão
            encarregue
            de estudar a
            bandeira
            nacional.
O Vermelho e o Verde
Para justificar os motivos da escolha, elaboraram um relatório. Os
Motivos, justificações apresentados, em resumo, eram os
seguintes:
                            As cores


            O Vermelho “cor combativa e quente, é a cor da conquista e do
            riso. Uma cor cantante, ardente, alegre. Lembra o sangue e incita à
            vitória”.




            O Verde, “cor de esperança e do relâmpago, significa uma
            mudança representativa na vida do país.
O Vermelho e o Verde
                   Os símbolos
A esfera armilar
                          Lembra os
                          Descobrimentos
                          portugueses que é
                          a fase mais
                          brilhante da nossa
                          história, portanto
                          deve aparecer na
                          bandeira
O Vermelho e o verde
                        Os símbolos
A faixa com sete castelos
                            Também deve
                            permanecer
                            porque
                            representa a
                            independência
                            nacional
O vermelho e o verde
                   Os Símbolos

O escudo com as quinas
                         Deve continuar
                         na bandeira como
                         homenagem à
                         bravura e aos
                         feitos dos
                         portugueses que
                         lutaram pela
                         independência
O Vermelho e o Verde
O governo aceitou a proposta mas fez algumas alterações: mudou a posição relativa e a
dimensão das cores, eliminou a estrela e modificou um pouco o escudo e a esfera
armilar. A bandeira nacional acabou por ficar assim.




       Bandeira nacional aprovada pelo Governo em 29 de Novembro de 1910 e
       homologada pela Assembleia Constituinte em 11 de Junho de 1911.
Outras Propostas
A escolha da bandeira provocou grandes
discussões e houve gente que imaginou outros
modelos. Muitos desses modelos foram
publicados em jornais, revistas, postais e num
almanaque da época.
                                Proposta de Guerra
                                Junqueiro
                             Guerra Junqueiro insistiu
                             muito para que se
                             mantivesse o azul e branco.
                             dIzia que não eram as
                             cores do rei mas da “alma
                             nacional” e portanto não
                             deviam ser abolidas
Outras Propostas
Proposta de Joaquim Augusto Fernandes

                  “Sobre fundo de candura cinco traços de
                  heroísmo e esperança. Em cima, junto à
                  haste, o céu estrelado da nossa fantasia. A
                  lua ostenta um sonho dourado, já realizado
                  – a História de Portugal representada pela
                  esfera armilar e pelo escudo. As dez estrelas
                  maiores são os dez cantos dos lusíadas. As
                  quatro mais pequenas representam a obra
                  dos portugueses na África, Ásia, América e
                  Oceania.
Outras Propostas
   Proposta de Jacinto Rosiers
Outras Propostas
A Festa da Bandeira
Os Republicanos quiseram deixar claro que o facto de
terem implantado um novo regime não significava
uma ruptura com a história de Portugal. Muito pelo
contrário, a construção do país fora longa e passar
por muitas etapas. Esta era mais uma que
representava o progresso. Por isso escolheram o dia 1
de dezembro, data em que se comemora a
Restauração da Independência, para ser também o
dia da Bandeira nacional. Assim, a 1 de Dezembro de
1910, organizou-se um cortejo em Lisboa. Apesar do
mau tempo, a população saiu à rua para festejar a
nova bandeira verde e vermelha.
Características da Bandeira

           A bandeira portuguesa tem que obedecer ao
A forma    modelo oficial. Tem que ser rectangular e pode ser
           feita de muitos tamanhos, desde que se respeitem
           as proporções entre o comprimento e a altura: o
           comprimento é igual a uma vez e meia a altura


              A cor verde ocupa dois quintos do espaço e
As cores
              fica do lado do mastro. A cor vermelha
              ocupa três quintos do espaço.
Características da Bandeira

O escudo coloca-se sobre a união entre as
duas cores
O aspecto

A bandeira deve apresentar-se sempre
impecável. Quando as cores começam a
desbotoar ou, se por qualquer motivo for
danificada, tem que ser imediatamente
substituída por uma nova. Caso contrário o
símbolo nacional perde a dignidade
Hastear e arrear a Bandeira
A bandeira portuguesa pode ser hasteada em
qualquer lugar, cantado que sejam respeitadas
determinadas regras.
Onde estiver um português pode içar a sua
bandeira.
 A bandeira é hasteada todos os dias em edifícios
 públicos que são sede de órgãos de soberania.
   Aos domingos e feriados deve ser hasteada
   nos edifícios públicos como , por exemplo,
   escolas, quartéis e monumentos nacionais
Posição entre outras
Em território nacional, a bandeira portuguesa tem sempre lugar de honra.


Se forem em número ímpar é o do meio.


Se forem em número par, é o primeiro à direita do ponto central

Se forem muitas e não estiverem em linha recta , o lugar de honra é o primeiro da
direita.

 Se forem só duas, é o da direita
Notas finais
Em países estrangeiros , a bandeira portuguesa também tem direito ao lugar de
honra, nas embaixadas de Portugal, porque uma embaixada é considerada território
nacional.

Honras militares – A bandeira tem direito a honras militares. Sempre que é
hasteada ou arreada faz-se uma cerimónia




   Além disso, tem lugar de destaque em circunstâncias
   especiais como, por exemplo, formaturas, escoltas de
   honra a cavalo ou motorizadas.
Notas Finais
                Outras bandeiras oficiais


Depois de aprovada a Bandeira nacional, definiram-se outras bandeiras oficiais




                                                             Bandeira
                                                             Militar
Notas Finais
   Outras Bandeiras




                      Bandeira
                      da
                      Assemblei
                      a da
                      República
Notas Finais
  Outras bandeiras


                     Estandart
                     e do
                     President
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A evolução da bandeira portuguesa através dos séculos

  • 1. A Bandeira e o Hino Símbolos de Portugal
  • 2. Símbolos de Portugal A Bandeira e o Hino são símbolos de Portugal. As pessoas sabem-no mas nem sempre compreendem porque motivo se emocionam tanto quando, em certas ocasiões, vêem flutuar ao vento a bandeira portuguesa e ouvem o hino nacional. Toda a gente vibra porque o sentimento de pertencer a um povo se torna, de súbito, muito forte e envolvente .
  • 3. Símbolos de Portugal No mastro não sobe apenas um rectângulo de pano às cores. Também lá vão batalhas e lendas, viagens, momentos de glória, crenças, sonhos, grandes decisões, as etapas sucessivas do percurso de uma nação com mais de oitocentos anos de história. E o hino surgiu num momento especial, como afirmação dessa longa caminhada através dos séculos. A bandeira e o hino transportam consigo a História de Portugal.
  • 4. As Bandeiras Medievais Na Idade Média as bandeiras tinham um papel importantíssimo na guerra porque serviam para orientar os combatentes. Quando os exércitos se envolviam na batalha os soldados precisavam de m ponto de referência para saberem onde estavam os seus chefes e os seus companheiros. Esse sinal era a bandeira flutuando bem à vista de todos. Por isso o cargo de Porta-Bandeira tinha a maior importância
  • 5. A Forma das Bandeiras Só a bandeira do rei podia ser quadrada e chamava-se estandarte. As outras, fossem de grandes senhores, das cidades ou dos grupos profissionais, eram rectangulares, triangulares ou farpadas na ponta e chamavam-se pendões.
  • 6. A Bandeira ao longo da História Portugal tornou-se um país independente em 1143 Ao longo de oitocentos anos de história a bandeira foi-se modificando, mas as alterações não surgiram por acaso. Surgiram sempre por motivos concretos que é interessante conhecer. Vamos a isso!
  • 7. A Bandeira de D. Afonso Henriques Na Idade Média não havia distinção entre os símbolos do rei e os símbolos do país que governava. A bandeira de D. Afonso Henriques era também a bandeira de Portugal e, segundo a tradição, tinha uma cruz azul sobre fundo branco, mas não se sabe ao certo se realmente era assim. Conhecem-se no entanto os selos de D. Afonso Henriques porque ficaram estampados em documentos que chegaram aos nossos dias. Todos incluíam uma cruz.
  • 8. Selos de D. Afonso Henriques
  • 9. A Bandeira de D. Afonso Henriques D. Afonso Henriques 1143-1185
  • 10. A Bandeira de D. Afonso Henriques Portanto esta É branca e foi a nossa tem a cruz de primeira cristo em azul bandeira. Pode ter sido diferente mas esta é a recordada pela lenda da batalha de Ourique , onde Jesus terá aparecido ao próprio D. Afonso e Henriques e dito: In hoc signo vinces
  • 11. A Bandeira de D. Sancho Não chegou aos nossos dias nenhuma bandeira de D. Sancho I mas é possível reconstituí-la a partir dos selos e das moedas do seu tempo. Tinha fundo branco com cinco escudetes azuis polvilhados de besantes (discos de metal) prateados em número variável D. Sancho preferiu cinco escudos azuis, dispostos em cruz e apontados para o centro cravejados de besantes.
  • 12. A Bandeira de D. Sancho I Segundo a tradição os escudetes dispostos em forma de cruz representavam as cinco chagas de Cristo ou os cinco reis mouros que o seu pai, Afonso Henriques, teria vencido na Batalha de Ourique. Trata-se no entanto de uma interpretação lendária pois não há documentos sobre o assunto.
  • 13. A Bandeira de D. Sancho I Escudetes e besantes D. Sancho e os reis que lhe sucederam continuaram as guerras da conquista e as bandeiras que hasteavam eram uma homenagem a D. Afonso Henriques e aos ferimentos que este sofrera na importante e decisiva batalha de ourique.
  • 14. A Bandeira de D. Sancho I Reis que usaram esta bandeira D. Sancho I – 1185-1211 D. Afonso II – 1211-1223II – D. Sancho 1223-1248
  • 15. A Bandeira de D. Afonso III O rei D. Sancho II não conseguiu governar e o país mergulhou numa verdadeira anarquia. Ninguém respeitava as leis e bandos armados assaltavam constantemente castelos, povoações, igrejas e conventos. As pessoas cansadas da confusão, chamaram o príncipe Afonso que vivia em França e pediram-lhe que tomasse as rédeas do governo.
  • 16. A Bandeira de D. Afonso III Ele aceitou o repto, mas foi necessário lutar, porque apesar de tudo houve portugueses que se mantiveram fiéis a D. Sancho II. Ora não faria sentido que os dois irmãos se defrontassem no campo de batalha sob a mesma bandeira.
  • 17. A Bandeira de D. Afonso III Por isso D. Afonso III acrescentou à bandeira real uma bordadura vermelha com castelos a ouro. Segundo a tradição, estes seriam os castelos conquistados aos mouros pelo seu bisavô, D. Afonso Henriques, mas alguns historiadores consideram que D. Afonso III se limitou a usar o símbolo do brasão da mãe que era princesa de Castela.
  • 18. A Bandeira de D. Afonso III Depois de ganhar a guerra e de subir ao trono, D. Afonso III manteve a sua bandeira. A partir deste reinado fixou-se para sempre aquilo que se tornou o núcleo da bandeira nacional: cinco escudetes azuis, com cinco besantes brancos e uma faixa vermelha com castelos.
  • 19. A Bandeira de D. Afonso III Uma Faixa com Castelos O seu casamento com D. Beatriz de castela influenciou assim a introdução de de uma borda vermelha castelada a ouro. O facto de ter sido d. Afonso III quem conquistou definitivamente o Algarve levou à convicção de que os castelos representavam o dito território.
  • 20. A Bandeira de D. Afonso III Uma Faixa com Castelos Reis que usaram esta bandeira D. Afonso III – 1248- 1279 D. Dinis – 1279-1325 D. Afonso IV – 1325-1357 D. Fernando – 1367-1383
  • 21. A Cruz de Avis D. João, mestre de Avis, era filho bastardo do rei D. Pedro I e segundo as leis da época não tinha direito a subir ao trono. Mas depois da revolução de 1383-1385 os portugueses escolheram-no para reinar. Assumiu o governo como D. João I e iniciou a dinastia de avis. Manteve a bandeira dos seus antepassados mas introduziu-lhe uma modificação…
  • 22. A Cruz de Avis …a cruz da ordem militar de Avis, a verde. Dessa cruz só aparecem os remates que têm a forma de flor- de- lis
  • 23. A Cruz de Avis Reis que usaram esta bandeira D. João I – 1383-1433 D. Duarte – 1433-1438 D. Afonso V – 1438-1481
  • 24. A Bandeira de D. João II A Coroa real D. João II, homem dominador, de forte personalidade, tomou muitas medidas para reforçar o poder real e marcou profundamente a história de Portugal. Alterar a bandeira foi também uma forma de afirmar a sua autoridade.
  • 25. A Bandeira de D. João II A Coroa Real Os símbolos tomaram a forma de escudo, terminado em cunha. Desapareceu a Cruz de Avis. As quinas viravam-se todas para baixo tomando a posição que ainda hoje ocupam. A esse núcleo acrescentou-se uma coroa e o conjunto passou a aplicar-se em fundo branco
  • 26. A Bandeira de D. João II A Coroa Real As armas reais fixaram-se sobre o fundo branco. Tinham ao centro o escudo, com uma bordadura de vermelho carregada de castelos em ouro, sobre o qual foi colocada uma coroa real aberta
  • 27. A Bandeira de D. João II A Coroa Real No tempo de D. Manuel I – 1495-1521) a esfera armilar tornou-se um dos mais importantes símbolos do país e por vezes foi incluída na bandeira. A esfera armilar era o símbolo de D. Manuel e da presença portuguesa no mundo. Lembra por isso os Descobrimentos.
  • 28. A Coroa Real Reis que usaram esta bandeira D. João II – 1481- 1495 D. Manuel I – 1495- 1521 D. João III – 1521-1557
  • 30. A Coroa Imperial O Rei D. Sebastião – 1557-1578 subiu ao trono com apenas três anos de idade e foi educado no sonho de fazer grandes conquistas no norte de África, recuperar terras que se tinham perdido no reinado anterior e alargar o império português. Compreende-se pois que dentro desses sonhos de grandeza a coroa real que figurava na bandeira fosse substituída por uma coroa imperial.
  • 31. A Coroa Imperial Quando o cardeal D. Henrique morreu levantou- se um problema complicado de resolver: o rei não deixara filhos e segundo as leis da sucessão devia subir ao trono o parente mais próximo. Ora, este era Filipe II, rei de Espanha. Muitos portugueses reagiram e houve lutas porque não queriam ser governados por um estrangeiro. Mas Filipe II soube fazer valer os seus direitos e iniciou a dinastia filipina que durou 60 anos.
  • 32. A Coroa Imperial Durante esse período Portugal esteve unido à Espanha mas manteve a sua bandeira porque continuou a ser considerado um reino com leis próprias. E a bandeira não sofreu alterações.
  • 33. A Coroa Imperial Reis que usaram esta bandeira D. Sebastião – 1557-1578 Henrique – Cardeal D. 1578-1580 Espanha – Filipe II de 1581-1598 Espanha – Filipe III de 1598-1621 Filipe IV de Espanha – 1621-1640
  • 34. A Bandeira da Restauração No dia 1 de Dezembro de 1640, depois de muitas revoltas fracassadas e de longos preparativos, os portugueses expulsaram os espanhóis e restauraram a independência nacional. Subiu ao trono D. João, duque de Bragança que era descendente da família real portuguesa. Iniciou-se assim a Dinastia de Bragança e o rei assumiu o governo como D. João IV.
  • 35. A Bandeira da Restauração Com a restauração a bandeira foi ligeiramente modificada, ficando o escudo com a ponta redonda, no formato dito português.
  • 36. A Bandeira da Restauração Reis que usaram esta bandeira D. João IV – D. João V – 1640-1656 1706-1750 D. Afonso VI – D. José I – 1750- 1656-1683 1777 D. Pedro II – D. Maria –
  • 37. Esfera armilar sobre fundo azul Em 1808, a família real teve que fugir para defender o trono das invasões francesas. O local escolhido para o refúgio foi o Brasil, que nessa altura era uma colónia portuguesa. D. João VI elevou o Brasil à categoria de Reino Unido ao de Portugal. Para Representar uma nova realidade alterou-se a bandeira: incluiu-se a esfera armilar sobre fundo azul ( o que se considerou símbolo do Brasil)
  • 38. Esfera armilar sobre fundo azul Rei que usou esta bandeira D. João VI – 1816- 1826
  • 39. A Guerra Civil Duas Bandeiras No Século XIX, surgiram pela primeira vez dois partidos políticos com ideias muito diferentes sobre a forma de governar: Os Absolutistas Os Liberais
  • 40. A Guerra Civil As duas bandeiras Os Absolutistas Queriam que tudo continuasse à maneira antiga ou seja, o rei deveria manter os três poderes: Governar, fazer leis e ser o juiz supremo.
  • 41. A Guerra Civil As duas bandeiras Os Liberais Propunham mudanças profundas. Queriam uma divisão de poderes: o rei governava (Poder executivo), o parlamento fazia as leis (poder legislativo) e os Tribunais julgavam os crimes (poder judicial). Queriam também que homens eleitos pelo povo definissem uma lei geral para o país – a constituição – a que todos tinham de obedecer, incluindo o rei.
  • 42. A Guerra Civil As duas bandeiras Durante o reinado de D. João VI – 1816-1826 – houve vários conflitos entre estes dois partidos. Triunfaram os Liberais E o rei aceitou a Constituição. Mas quando morreu levantou-se um problema de sucessão complicado: O príncipe mais velho, D. Pedro, era liberal. Não podia, no entanto, subir ao trono porque declarara a independência do Brasil tornando-se imperador.
  • 43. A Guerra Civil As duas bandeiras Havia um príncipe mais novo, D. Miguel, que estava disponível, só que era absolutista e os liberais não o aceitavam. O País dividiu-se. D. Pedro acabou por abdicar do trono do Brasil a favor do filho e regressou a Portugal. Estalou então uma violenta guerra civil, que durou dois anos – 1832 a 1834. Ora, os exércitos não podiam defrontar-se sob a mesma bandeira.
  • 44. A Guerra Civil As duas bandeiras Os absolutistas que tanto defendiam a tradição usaram a bandeira anterior à independência do Brasil
  • 45. A Guerra Civil As duas bandeiras Os liberais criaram uma bandeira nova. O modelo foi imaginado quando o exército de D. Pedro se encontrava na ilha terceira do arquipélago dos Açores.
  • 46. O Fundo Azul e Branco Na bandeira imaginada para o exército de D. Pedro IV modificou-se a feitio da coroa e o fundo passou a ser azul e branco. Estas cores tornaram-se símbolo das ideias liberais. Como estes, os liberais, venceram a guerra civil, a sua bandeira manteve-se e permaneceu idêntica até ao final da monarquia
  • 47. O Fundo azul e Branco E assim se manteve esta bandeira até ao final da Monarquia Portuguesa Reis que usaram esta bandeira D. Pedro IV - 1826 D. Maria II – 1834-1853
  • 48. O Fundo Azul e Branco A última Bandeira da monarquia Reis que usaram esta bandeira D. Pedro V – 1853-1861 D.Luís – 1861- 1889
  • 49. O Fundo Azul e Branco A última bandeira da monarquia D. Carlos – 1889-1908 D. Manuel II – 1908-1910
  • 50. As ideias Republicanas O símbolo da república é uma figura feminina com um barrete vermelho. O barrete frígio.
  • 51. As ideias Republicanas Quando a monarquia se tornou liberal, passou a haver partidos políticos legais. Cada um tinha opiniões sobre a melhor maneira de desenvolver o país e queria ganhar as eleições para poder governar. No entanto estes partidos não punham em causa a figura do rei. Eram partidos monárquicos. No final do séc. XIX surgiu o Partido Republicano que pretendia uma alteração radical: abolir a monarquia e implantar a república. Considerava que o chefe máximo de um país devia ser escolhido e eleito pelo povo e defendia muitas outras ideias igualmente revolucionárias. Durante vários anos o partido republicano apresentou-se às eleições lado a lado com os partidos monárquicos. Não ganhava mas ía divulgando as suas ideias.
  • 52. As ideias republicanas Alguns grupos republicanos estavam convencidos que, com o decorrer do tempo, os portugueses acabariam por votar na mudança. Outros consideravam que só era possível abolir a monarquia e implantar a república com uma revolução, mas esse projecto tinha que ser discutido em segredo pois quem falasse abertamente no assunto ía preso. Desenvolveram-se nessa época várias sociedades secretas como a Maçonaria e a carbonaria onde se conspirava contra a monarquia e se faziam planos de revolução.
  • 53. As ideias Republicanas Tentativas de Revolução A 31 de janeiro de 1891 houve uma primeira revolta republicana no Porto, mas foi reprimida e os participantes foram presos. Mais tarde, em 1907, fez-se outra tentativa em Lisboa que também falhou. Apesar dos fracassos as novas ideias não morreram, pelo contrário, a República foi ganhando cada vez mais adeptos
  • 54. A República Em Outubro de 1910 Depois de vários meses de preparação houve uma revolução em Lisboa e desta vez com êxito. ÀS 9 horas da manhã do dia 5 de Outubro Proclamava-se a República na varanda da Câmara Municipal de Lisboa. Saíram milhares de pessoas para a rua a festejar, a notícia espalhou-se rapidamente pelo país e a mudança tornou-se um facto consumado. As leis do novo regime aboliram os privilégios por nascimento e procuraram maior liberdade e mais justiça social. A Forma de governo Republicano permite que qualquer português que se distinga pelas suas qualidades e seja eleito se torne o Presidente da República.
  • 55. O Verde e Vermelho Uma mudança tão profunda da Monarquia á República – exigia que se escolhesse outra bandeira nacional. Mas que cores se deviam usar? E que símbolos? O novo governo não perdeu tempo e logo a 15 de Outubro reuniu um grupo de pessoas de prestígio para que elaborassem o projecto de uma nova bandeira. Desse grupo faziam parte: o pintor Columbano Bordalo Pinheiro, o jornalista João Chagas; o escritor Abel Acácio de Almeida Botelho; o capitão de Artilharia José Afonso Pala e o primeiro-tenente António ladislau Parreira. Naturalmente inspiraram-se nas bandeiras dos centros republicanos e das sociedades secretas que tinham contribuído para o êxito da revolução.
  • 56. O Vermelho e o verde Primeira bandeira da causa republicana em Portugal. Foi usada na revolução do 31 de Janeiro de 1891
  • 57. O Vermelho e o verde Bandeira da socidade secreta “carbonária”
  • 58. O Vermelho e o Verde Bandeira do centro republicano Fernando Botto machado. Quando se implantou a república foi hasteada porque ainda não havia a nova bandeira
  • 59. O Vermelho e o Verde Primeira proposta apresentada pela comissão encarregue de estudar a bandeira nacional.
  • 60. O Vermelho e o Verde Para justificar os motivos da escolha, elaboraram um relatório. Os Motivos, justificações apresentados, em resumo, eram os seguintes: As cores O Vermelho “cor combativa e quente, é a cor da conquista e do riso. Uma cor cantante, ardente, alegre. Lembra o sangue e incita à vitória”. O Verde, “cor de esperança e do relâmpago, significa uma mudança representativa na vida do país.
  • 61. O Vermelho e o Verde Os símbolos A esfera armilar Lembra os Descobrimentos portugueses que é a fase mais brilhante da nossa história, portanto deve aparecer na bandeira
  • 62. O Vermelho e o verde Os símbolos A faixa com sete castelos Também deve permanecer porque representa a independência nacional
  • 63. O vermelho e o verde Os Símbolos O escudo com as quinas Deve continuar na bandeira como homenagem à bravura e aos feitos dos portugueses que lutaram pela independência
  • 64. O Vermelho e o Verde O governo aceitou a proposta mas fez algumas alterações: mudou a posição relativa e a dimensão das cores, eliminou a estrela e modificou um pouco o escudo e a esfera armilar. A bandeira nacional acabou por ficar assim. Bandeira nacional aprovada pelo Governo em 29 de Novembro de 1910 e homologada pela Assembleia Constituinte em 11 de Junho de 1911.
  • 65. Outras Propostas A escolha da bandeira provocou grandes discussões e houve gente que imaginou outros modelos. Muitos desses modelos foram publicados em jornais, revistas, postais e num almanaque da época. Proposta de Guerra Junqueiro Guerra Junqueiro insistiu muito para que se mantivesse o azul e branco. dIzia que não eram as cores do rei mas da “alma nacional” e portanto não deviam ser abolidas
  • 66. Outras Propostas Proposta de Joaquim Augusto Fernandes “Sobre fundo de candura cinco traços de heroísmo e esperança. Em cima, junto à haste, o céu estrelado da nossa fantasia. A lua ostenta um sonho dourado, já realizado – a História de Portugal representada pela esfera armilar e pelo escudo. As dez estrelas maiores são os dez cantos dos lusíadas. As quatro mais pequenas representam a obra dos portugueses na África, Ásia, América e Oceania.
  • 67. Outras Propostas Proposta de Jacinto Rosiers
  • 69. A Festa da Bandeira Os Republicanos quiseram deixar claro que o facto de terem implantado um novo regime não significava uma ruptura com a história de Portugal. Muito pelo contrário, a construção do país fora longa e passar por muitas etapas. Esta era mais uma que representava o progresso. Por isso escolheram o dia 1 de dezembro, data em que se comemora a Restauração da Independência, para ser também o dia da Bandeira nacional. Assim, a 1 de Dezembro de 1910, organizou-se um cortejo em Lisboa. Apesar do mau tempo, a população saiu à rua para festejar a nova bandeira verde e vermelha.
  • 70. Características da Bandeira A bandeira portuguesa tem que obedecer ao A forma modelo oficial. Tem que ser rectangular e pode ser feita de muitos tamanhos, desde que se respeitem as proporções entre o comprimento e a altura: o comprimento é igual a uma vez e meia a altura A cor verde ocupa dois quintos do espaço e As cores fica do lado do mastro. A cor vermelha ocupa três quintos do espaço.
  • 71. Características da Bandeira O escudo coloca-se sobre a união entre as duas cores O aspecto A bandeira deve apresentar-se sempre impecável. Quando as cores começam a desbotoar ou, se por qualquer motivo for danificada, tem que ser imediatamente substituída por uma nova. Caso contrário o símbolo nacional perde a dignidade
  • 72. Hastear e arrear a Bandeira A bandeira portuguesa pode ser hasteada em qualquer lugar, cantado que sejam respeitadas determinadas regras. Onde estiver um português pode içar a sua bandeira. A bandeira é hasteada todos os dias em edifícios públicos que são sede de órgãos de soberania. Aos domingos e feriados deve ser hasteada nos edifícios públicos como , por exemplo, escolas, quartéis e monumentos nacionais
  • 73. Posição entre outras Em território nacional, a bandeira portuguesa tem sempre lugar de honra. Se forem em número ímpar é o do meio. Se forem em número par, é o primeiro à direita do ponto central Se forem muitas e não estiverem em linha recta , o lugar de honra é o primeiro da direita. Se forem só duas, é o da direita
  • 74. Notas finais Em países estrangeiros , a bandeira portuguesa também tem direito ao lugar de honra, nas embaixadas de Portugal, porque uma embaixada é considerada território nacional. Honras militares – A bandeira tem direito a honras militares. Sempre que é hasteada ou arreada faz-se uma cerimónia Além disso, tem lugar de destaque em circunstâncias especiais como, por exemplo, formaturas, escoltas de honra a cavalo ou motorizadas.
  • 75. Notas Finais Outras bandeiras oficiais Depois de aprovada a Bandeira nacional, definiram-se outras bandeiras oficiais Bandeira Militar
  • 76. Notas Finais Outras Bandeiras Bandeira da Assemblei a da República
  • 77. Notas Finais Outras bandeiras Estandart e do President e da República