1. SISTEMÁTICA
Categorias taxonómicas
Regras básicas da nomenclatura
2. A SISTEMÁTICA é a ciência dedicada a
inventariar e descrever a biodiversidade e
compreender as relações filogenéticas entre os
organismos.
a taxonomia
Inclui
a filogenia
Em geral, diz-se que compreende a
classificação dos diversos organismos
vivos.
3. Sistemática : Utiliza os dados de
diversos ramos do conhecimento para
agrupar os seres vivos de acordo com o
seu grau de parentesco e a sua história
evolutiva. O seu objectivo é procurar as
relações evolutivas entre os organismos
e expressar essas relações em sistemas
taxonómicos.
4. Taxonomia - ciência da descoberta,
descrição e classificação das espécies e
grupo de espécies, com suas normas e
princípios.
Filogenia -relações evolutivas entre os
organismos.
5. Taxonomia : ramo da ciência que trata da
ordenação (classificação) e denominação
(nomenclatura) dos seres vivos, agrupando-
os de acordo com o seu grau de semelhança.
Tem dois objectivos principais:
considerar organismos estruturalmente
relacionados e separá-los pelas respectivas
espécies, descrevendo as características que
distinguem uma espécie da outra;
ordenar as espécies, por categorias
taxonómicas do género ao reino.
6. “A classificação dos seres vivos é parte da
sistemática.”
Sistemática é a ciência que estuda as
relações entre organismos, e que inclui:
a colecta, a preservação, estudo de
espécimes
a análise dos dados vindos de várias
áreas de pesquisa biológica.
7. O objectivo da classificação dos seres vivos, chamada
taxonomia, foi :
• inicialmente o de organizar as plantas e animais
conhecidos em categorias que pudessem ser referidas
(baseada apenas em características externas).
• Posteriormente a classificação passou a respeitar as
relações evolutivas entre organismos baseada nas
características
ecológicas,
fisiológicas,
todas as outras que estiverem disponíveis para o taxon em
questão.
(organização mais natural do que a baseada apenas em
características externas)
8. Nos últimos anos têm sido tentadas
classificações baseadas na semelhança
entre genomas, com grandes avanços em
algumas áreas, especialmente quando se
juntam a essas informações, aquelas
oriundas dos outros campos da Biologia.
9. Nomenclatura é a atribuição de nomes
(nome científico) a organismos e às
categorias nas quais são classificados.
O nome científico é aceite em todas as
línguas, e cada nome aplica-se apenas a uma
espécie.
Há duas organizações internacionais que
determinam as regras de nomenclatura,
uma para zoologia e outra para botânica.
10. Segundo as regras, o primeiro nome
publicado (a partir do trabalho de Lineu) é o
correcto, a menos que a espécie seja
reclassificada.
O Código Internacional de Nomenclatura
Zoológica preconiza que neste caso
mantém-se a referência a quem primeiro
descreveu a espécie, com o ano da
descrição, entre parênteses, e não inclui o
nome de quem reclassificou.
11. Taxonomia (do Grego verbo τασσεῖν ou tassein
= "para classificar" e νόμος ou nomos = lei,
ciência, administrar);
Foi uma vez, a ciência de classificar
organismos vivos (alfa taxonomia).
Mais tarde a palavra foi aplicada com
um sentido mais abrangente, podendo aplicar-
se a uma das duas:
• classificação de coisas
• ou aos princípios subjacentes da
classificação.
“Quase tudo - objectos animados, inanimados,
lugares e eventos - pode ser classificado de
acordo com algum esquema taxonómico.”
12. Táxon (plural taxa, em latim, ou táxons,
aportuguesado) é uma unidade taxonómica,
essencialmente associada a um sistema de
classificação.
Táxons (ou taxa) podem estar em qualquer nível
de um sistema de classificação:
• um reino é um táxon
• um género é um táxon,
• uma espécie também é um táxon
• ou qualquer outra unidade de um sistema de
classificação dos seres vivos.
13. Código Internacional de Nomenclatura
Zoológica
Mais conhecido como "O Código", é um documento
que regula a nomenclatura científica na zoologia.
Constitui um sistema de regras e recomendações acerca
da maneira correcta de compor e aplicar os nomes
zoológicos.
A Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica é a
entidade que mantêm e regula o Código, e também é a
responsável por promover as alterações mediante opiniões
e declarações.
14. O Código foi adoptado pelo XV Congresso Internacional
de Zoologia em Julho de 1958, na cidade de Londres. As
disposições do Código aplicam-se a todos os nomes e
publicações zoológicas após 1757, que afectem a
nomenclatura zoológica.
O objectivo do Código é "promover a estabilidade e a
universalidade dos nomes científicos dos animais, e
assegurar que o nome de cada táxon seja único e
distinto".
15. A hierarquia da classificação
científica dos seres vivos.
Categorias taxonómicas
16. Espécie : caracterizada por todos os
indivíduos terem o mesmo fundo
genético e se poderem cruzar entre si
originando descendentes férteis
(isolamento reprodutivo).
Nota: A espécie é um grupo natural visto que
está separada das outras espécies devido ao
isolamento reprodutivo e aos diferentes fundos
genéticos.
17. Nomenclatura binomial
O sistema actual identifica cada espécie por dois nomes em
latim:
o primeiro, em maiúscula, é o género,
o segundo, em minúscula, é o epíteto específico.
Os dois nomes juntos formam o nome da espécie.
Os nomes científicos podem vir :
do nome do cientista que descreveu a espécie,
de um nome popular desta,
de uma característica que apresente,
do lugar onde ocorre,
e outros.
18. Por convenção internacional,
o nome do género e da espécie é impresso em
itálico,
o das outras taxa não.
Subespécies têm um nome composto por três
palavras
19. Regras básicas de nomenclatura
A nomenclatura binomial é o método formal e
o único universalmente aceite para a
atribuição do nome científico a espécies (com
excepção dos vírus).
Como o termo "binomial" sugere, o nome
científico de uma espécie é formado pela
combinação de dois termos:
- o nome do género
- o descritor específico.
20. Apesar de alguns pormenores diferirem consoante o campo da
biologia em que a espécie se insere, os traços determinantes do
sistema são comuns e universalmente adoptados:
•As espécies são identificadas por um binome, isto é um
nome composto por dois nomes:
um nome genérico e um descritor específico.
Nenhum outro taxon pode ter nomes compostos por mais
de uma palavra.
•As subespécies (ou raça) têm um nome composto por
três nomes, ou seja um trinome, colocados pela seguinte
ordem:
nome genérico, descritor específico e descritor
subespecífico.
21. • Todos os taxa hierarquicamente superiores
à espécie tem nomes compostos por uma
única palavra, ou seja um "nome
uninominal".
• Os nomes científicos devem ser sempre
escritos em itálico, como em Homo sapiens.
Quando manuscritos, ou quando não esteja
disponível a opção de escrita em itálico,
devem ser sempre sublinhados.
22. • O primeiro termo, o nome genérico é sempre escrito
começando por uma maiúscula, enquanto o descritor
específico (em zoologia, o nome específico, em botânica o
epíteto específico) nunca começa por uma maiúscula, mesmo
quando seja derivado de um nome próprio ou de uma
designação geográfica.
Por exemplo, Canis lupus ou Anthus hodgsoni. Note-se que esta
convenção é recente.
Carolus Linnaeus usava sempre maiúscula no descritor específico e até princípios do
século XX era prática comum capitalizar o descritor específico se este derivasse de um
nome próprio. Apesar de incorrecto pelos padrões actuais, e inaceitáveis em contexto
científico, a utilização de descritores específicos com maiúscula é relativamente comum
em literatura não científica, particularmente quando reproduza fontes desactualizadas.
23. Espécie:
nomenclatura binominal
EXEMPLO
Canis familiaris (Lineu, 1758)
designação em latim, em itálico ou sublinhada (cada um dos
nomes Canis familiaris),
primeiro nome (o do género) começando com maiúscula
e o segundo (restritivo específico) com minúsculas,
entre parêntesis nome de quem primeiro classificou a espécie
e a data se for espécie ou subespécie.
Subespécie:
nomenclatura trinominal
EXEMPLO
Oryctolagus cuniculus algirus
Nota: Todos os taxa superiores à espécie têm nomenclatura
uninominal, escrita com maiúscula.
24. •Em textos académicos e científicos, a primeira referência a um
taxon, nomeadamente a uma espécie, é seguida do sobrenome
do cientista que primeiro validamente o publicou (na zoologia)
ou da sua abreviatura padrão (botânica e micologia). Se a
espécie teve a sua posição taxonómica alterada por inclusão em
género diferente do original, o sobrenome ou a abreviatura
padrão do autor original e a data de publicação original são
fornecidos em parêntesis antes da indicação de quem publicou
o novo nome.
Por exemplo, Amaranthus retroflexus L. ou Passer domesticus
(Linnaeus, 1758) – o último foi originalmente descrita como
uma espécie do género Fringilla, daí o parêntesis.
25. •Quando usado em conjunção com o nome vernáculo
da espécie, o nome científico normalmente aparece
imediatamente a seguir no texto, incluído em
parêntesis.
Por exemplo, "A população do pardal doméstico
(Passer domesticus) está a decrescer na Europa."
26. •O nome científico deve ser sempre usado por extenso na sua primeira
ocorrência no texto e sempre que diversas espécies do mesmo género
estiverem a ser discutidas no mesmo documento.
•Nos usos subsequentes, as referências podem ser abreviadas à inicial do
género, seguida de um ponto e do nome específico completo.
Por exemplo, após a primeira referência, Canis lupus pode ser referido como
C. lupus. Em alguns casos, em literatura não científica, a abreviatura é mais
conhecida do que o nome completo da espécie: — a bactéria Escherichia
coli é frequentemente referida simplesmente por E. coli; o Tyrannosaurus
rex é provavelmente mais conhecido por T. rex.
27. •A abreviatura "sp." (zoologia) ou "spec." (botânica) é usada
quando o nome da espécie não pode ou não interessa ser
explicitado.
•A abreviatura "spp." (plural) indica "várias espécies".
Por exemplo: "Canis sp." significa "uma espécie do género
Canis".
•Facilmente confundíveis com a anterior são as abreviaturas
"ssp." (zoologia) e "subsp." (botânica), que indicam uma
subespécie não especificada (veja trinome, nome ternário).
•As abreviaturas "sspp." ou "subspp." indicam "um número
não especificado de subespécies".
28. •A abreviatura "cf." é utilizada quando a identificação
da espécie requer confirmação por ser incerta ou estar
a ser citada através de uma referência secundária não
verificável.
Por exemplo Corvus cf. corax indica "um pássaro similar
ao corvo-comum, mas não identificado com segurança
como sendo da espécie.
•A nomenclatura binomial é também referida como
Sistema de classificação binomial ou como sistema
lineano.
29. Vantagens da nomenclatura
binomial
As principais vantagens da nomenclatura binomial
derivam essencialmente da sua economia
descritiva, do seu uso generalizado e da
estabilidade de nomes que é por ele favorecida:
Todas as espécies podem ser identificadas, sem
risco de ambiguidade, por apenas duas palavras.
O mesmo nome é de uso universal, independente
da língua de trabalho, evitando erros e problemas
de tradução.
30. •Apesar da estabilidade dos nomes estar longe de ser uma
regra absoluta, os procedimentos estabelecidos em relação
à renomeação de espécies favorecem fortemente a
estabilidade.
• Por exemplo, quando uma espécie é transferida para um
género diferente, o que não é incomum face aos avanços da
ciência, sempre que possível o descritor específico é
mantido.
•O mesmo acontece quando uma espécie é desqualificada
como independente e é integrada noutra pré-
existente, situação em que o descritor é mantido ao nível
subespecífico.
31. Apesar das regras existentes terem como objectivo garantir
que cada nome é único e que não há ambiguidades na
nomenclatura, na prática algumas espécies têm vários nomes
científicos em circulação na literatura, o uso de cada um deles
dependendo da opinião taxonómica do autor do texto. Daí que
a sinonímia biológica seja um campo de grande
complexidade, sendo frequente o aparecimento de espécies
com longas listas de sinónimos.
A mais importante fonte de instabilidade no sistema binomial é
a ressurreição de nomes esquecidos, mas para os quais se
pode reclamar validamente prioridade na publicação. Neste
caso, contudo, nos códigos de nomenclatura estão previstas
normas de conservação de nomes que permitem a
manutenção, pelo menos em certos casos, do nome de uso
mais comum.
32. Códigos de nomenclatura
A partir de meados do século XIX passou a ser
aparente a necessidade de um corpo de regras que
governassem de forma inequívoca a atribuição de
nomes científicos. Tais normas foram inicialmente
vertidas nos actuais códigos de nomenclatura
o ICZN, governando a atribuição de nomes a
animais;
o ICBN, governando a atribuição de nomes a plantas,
incluindo os fungos, algas e cianobactérias;
o ICNB governando a nomenclatura de bactérias e
vírus.
33. Apesar de um crescente esforço de convergência, estes códigos
diferem em aspectos significativos:
•Por exemplo, o ICBN, o código da botânica, não permite o uso
de tautónimos, isto é a utilização de um descritor específico
igual ao nome do género, o que é permitido pelo ICZN, o código
zoológico.
•As datas a partir das quais os códigos se aplicam
(retroactivamente) variam: na botânica o ponto de partida é em
geral 1753, o ano em que Carolus Linnaeus publicou a 10ª
edição de Species Plantarum); em zoologia é 1758; em
bacteriologia foi decidido fazer tábua rasa (quase) do passado e
a data de referência inicial é 1980.
34. Derivação de nomes
O nome do género e do descritor específico podem derivar
de qualquer palavra ou provir de qualquer fonte, tendo
apenas como exigência o serem latinizados.
Em geral são palavras latinas, mas muitas delas são
derivadas de palavras do grego antigo, de nomes de regiões
ou lugares, do nome de pessoas (de preferência naturalistas)
ou de uma palavra numa língua vernácula.
Na prática, os taxonomistas têm criado nomes a partir de
uma imensa variedade de fontes de inspiração, incluindo, ao
que se diz, alguns casos em que se pretendeu ser jocoso ou
criar trocadilhos.
35. Contudo, os nomes são sempre tratados gramaticalmente como se fossem uma
frase latina. Por essa razão, o nome científico da espécie é frequentemente
referido como o "nome latino" da espécie, apesar da expressão não colher a
aprovação de taxonomistas e de filologistas, os quais tendem a favorecer a
designação, mais neutra, de "nome científico".
O nome do género deve obrigatoriamente ser único dentro de cada reino. Os
descritores específicos são frequentemente repetidos e são, obrigatoriamente,
um modificador adjectivo do nome do género, devendo com ele concordar
gramaticalmente.
Os nomes das famílias são frequentemente derivados de um género
particularmente representativo que a integre
37. A hierarquia
da
Taxon Mosca-da-fruta Humano Ervilha Amanita E. coli
classificação
científica dos
Domínio Eukaryota Eukaryota Eukaryota Eukaryota Bacteria
seres vivos.
Reino Animalia Animalia Plantae Fungi Monera
Phylum ou
Arthropoda Chordata Magnoliophyta Basidiomycota Proteobacteria
Divisão
O quadro seguinte
apresenta a
classificação Subphylum ou
Hexapoda Vertebrata Magnoliophytina Hymenomycotina
científica de cinco subdivisão
espécies
pertencentes a
estruturas
taxonómicas Classe Insecta Mammalia Magnoliopsida Homobasidiomycetae Proteobacteria
diversas: a
mosca-da-fruta Gammaproteobacteri
(Drosophila Subclasse Pterygota Eutheria Magnoliidae Hymenomycetes
melanogaster), o a
ser humano, a
ervilha, o
cogumelo amanita Ordem Diptera Primatas Fabales Agaricales Enterobacteriales
e a bactéria
Escherichia coli. Subordem Brachycera Haplorrhini Fabineae Agaricineae
Com ele
pretende-se
demonstrar a Família Drosophilidae Hominidae Fabaceae Amanitaceae Enterobacteriaceae
flexibilidade e a
universalidade do
sistema, incluindo
numa mesma Subfamília Drosophilinae Homininae Faboideae Amanitoideae
estrutura
organismos tão Género Drosophila Homo Pisum Amanita Escherichia
diversos como os
seleccionados.
Espécie D. melanogaster H. sapiens P. sativum A. muscaria E. coli