4. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
SEGUNDA – Sl 2.1-4; Is 44.23-28
Deus frustra os maus intentos
TERÇA – Ex 34.5-7; Na 1.3
Deus é paciente e tardio em irar-se
QUARTA – Nm14 .18-20
Deus não tem ao culpado por inocente
QUINTA – Gl 6.7
De Deus não se zomba
SEXTA – Is 42.8
Deus não dá a sua glória a outrem
SÁBADO – 1Cr 29.10-14
Deus é Senhor sobre reis e nações
6. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
Na lição de hoje estudaremos a respeito de um fato ocorrido durante o reinado
de Bel- sazar. Este rei, tomado pelo vinho, decide zombar de Deus, utilizando os utensílios
sagrados do Templo em um banquete. O Altíssimo não tolera escárnio. Naquela mesma
noite o juízo de Deus foi visto por todos. Uma mão misteriosa escreveu uma sentença nas
paredes do palácio. O rei aterrorizado quer saber a interpretação e mais uma vez o
profeta Daniel entra em cena para desvendar os mistérios divinos. Deus revela os seus
segredos aos seus profetas (Am 3.7). Naquela mesma noite, o rei foi morto e os persas
passaram a dominar a cidade. Que venhamos realizar a obra de Deus com temor e
reverência, pois um dia também seremos julgados pelo nosso Senhor.
8. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
A lição desta semana mostra mais uma vez a soberania divina. Após a morte
de Nabucodonosor, em 562 a.C., Evil-Merodaque, o seu filho, sucedeu-o ao trono
babilônico. Entretanto, dois anos depois, Evil Merodaque foi assassinado pelo seu
cunhado, Neriglissar. Mas quem assumiu o trono foi Nabonido, o genro de
Nabucodonosor. Nabonido era o pai de Belsazar, o qual se tornou corregente com o seu
pai, três anos mais tarde. Cruel, devasso e profanador do sagrado são adjetivos, ainda
leves, para qualificar a Belsazar. Foi numa noite de festa, regada a muito vinho e
prostituição, que o rei Belsazar viu o reino escapar da sua mão e teve sua morte
decretada. O reino babilônico daria lugar ao Medo-Persa, representado pelo peito e
braços de prata da estátua sonhada por Nabucodonosor.
Profanação - Desrespeito ou violação do que é santo, sagrado; insulto, irreverência
9. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
O incidente desse quinto capítulo serve como clímax da jornada meteórica ao
longo da história do reino Babilônico. Após a morte de Nabucodonosor, o seu filho, Evil-
Merodaque, o sucedeu no trono. Esse é o rei que deu honra especial ao rei Joaquim,
depois de 37 anos de exílio, ao soltá-lo da prisão e designar-lhe uma pensão (Jr 52.31-34;
2 Rs 25.27-30). Depois de dois anos, Neriglissar, o cunhado de Evil-Merodaque, liderou
uma revolta e o assassinou. Neriglissar tinha se casado com uma das filhas de
Nabucodonosor e reivindicava um certo direito real, especialmente por meio do seu filho,
Labashi-Marduque. Mas o jovem não recebeu apoio e logo foi morto pelos seus amigos
de confiança. Os generais e líderes políticos escolheram Nabonido, outro genro de
Nabucodonosor, um auxiliar experimentado e de confiança durante a maior parte do seu
reinado. Nitocris, filha de Nabucodonosor, deu um filho a Nabonido. Seu nome era
Belsazar. Por causa do seu sangue real, Belsazar, três anos após a ascensão de Nabonido
ao trono, foi feito co-regente com seu pai. Ele tinha a incumbência de governar a cidade e
província da Babilônia. Esse foi o rei Belsazar descrito por Daniel, como os caracteres
cuneiformes têm revelado após décadas de confusão sobre a sua identidade, mesmo
entre estudiosos conservadores.
11. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
I. O FESTIM PROFANO DE BELSAZAR
O rei Belsazar deu um grande banquete para os maiorais do seu reino. A festa
ocorreu no palácio babilônico, mas ele não demonstrou nenhum escrúpulo com a religião
alheia, o Judaísmo. Embriagado, o rei mandou vir os utensílios sagrados do Templo de
Jerusalém, trazidos como espólio de guerra por seu avô, Nabucodonosor, para serem
usados no banquete por ele oferecido. Homens corruptos e prostitutas profanariam o
sagrado. Uma orgia com o que era santo! Belsazar foi longe demais, pois para satisfazer
os seus instintos baixos, frívolos e profanos, escarneceu do Deus de Israel e do seu povo.
12. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
Belsazar (Bel proteja o rei!) foi o último rei da Babilônia, ainda que Belsazar
tenha sido um rei para todos os propósitos práticos, mesmo que ele não tivesse sido um
rei no sentido real. As inscrições nunca o mencionam com o um rei que estivesse
governando, a lista de reis da Babilônia, Lista de Reis de Uruk, não menciona Belsazar
como rei da Babilônia, com Ciro sendo o sucessor de Nabonido, que reinou por dezessete
anos (555 - 539 a.C.). A partir de fontes babilônicas sabemos que Belsazar foi colocado no
comando dos negócios, na Babilônia, enquanto seu pai, Nabonido, o último rei da
Babilônia, passou longos períodos de tempo em Tema, na Arábia. Os acontecimentos do
capítulo 5 teve lugar em 539 a.C., Ano da queda de Babilônia para os persas, quarenta e
dois anos após a morte de Nabucodonosor em 563 a.C. Esta grande festa oferecida por
Belsazar era a maneira dos reis orientais mostrarem sua magnificência. Neste caso, foi
loucura deste déspota, já que ele não deveria festejar quando a cidade estava sitiada e
pronta para ser tomada por Dario, o medo.
13. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
I. O FESTIM PROFANO DE BELSAZAR
Segundo os historiadores, enquanto o pai de Belsazar, Nabonido, estava no
campo de batalha para defender os interesses do reino, ele, Belsazar, divertia-se com
mulheres e amigos para satisfazer as suas paixões. O festim de Belsazar era incompatível
com o período de enfraquecimento do império da Babilônia. Habituado a ter tudo ao seu
alcance, o rei não hesitava em fazer sua vontade prevalecer, tanto para matar os seus
oponentes quanto para se cercar de pessoas de sua estirpe. Belsazar era um homem
cruel!
14. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
O rei festejava com “os seus grandes”, pois todos supunham estarem protegidos
pelas muralhas maciças da cidade. O que não podiam imaginar é que as forças persas
haviam mudado o curso do rio que atravessava a cidade. Com a queda do nível da água, o
inimigo simplesmente caminhou ao longo da cabeceira do rio, por baixo das grades de
proteção, e surpreendeu os babilônios no interior da cidade.
Devido à vastidão do lugar, mesmo muito tempo depois que as áreas periféricas
haviam sido tomadas, os habitantes ainda continuavam a ignorar o que vinha ocorrendo,
pois, como estavam envolvidos na festa, continuaram dançando e se divertindo até que,
finalmente tomaram conhecimento do ocorrido”. Que semelhança entre tanta gente da
atualidade, que se sente segura por trás dos muros da riqueza ou da posição social, jamais
imaginando que a ruína está tão perto, até que seja tarde demais. RICHARDS. Lawrence O. Guia do
Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Editora CPAD. pag. 517
15. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
I. O FESTIM PROFANO DE BELSAZAR
A despeito da grandeza e da opulência imperial, a festa oferecida p or B elsa z
ar e dedic ada aos maiorais do reino, era um festejo degenerado, pois ia desde as
bebedeiras às orgias com homens e mulheres. Onde a luxúria, a riqueza e a ostentação
predominam, há prazeres pervertidos e maldades. Assim foi aquela festa dedicada aos
deuses babilônicos! Havia, a partir do palácio, uma forte influência dos demônios, o que
confirma o que disse Paulo aos crentes coríntios (1 Co 10.20).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Belsazar não temia ao Senhor, por isso utilizou os objetos sagrados do Templo em sua
festa profana
16. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
Como se não bastasse a luxúria e insensatez do rei Belsazar, ele também tornou-se
profano quando mandou buscar os utensílios do Templo de Jerusalém, levados por
Nabucodonosor à Babilônia (II Rs 24.13; IICr 36.7; Ed 5.14; 6.5; Dn 1.2), para embriagar-se
com seus convidados, demonstrando total desrespeito com as coisas sagradas. “Havendo
Belsazar provado o vinho, mandou trazer os vasos de ouro e de prata, que
Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para que
bebessem neles o rei, os seus príncipes, as suas mulheres e concubinas” (Dn 5.2). Levar os
utensílios do Templo para Babilônia estava de acordo com os costumes de guerra, até
porque eram vasos de ouro e de prata, ou seja, valiosos. Mas, retirá-los do depósito
nacional para uma orgia, era sacrilégio, ou seja, uso indevido de objetos consagrados a
Deus.
18. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
II. O IRREVOGÁVEL JUÍZO DE DEUS
A resposta divina foi imediata: Deus interferiu naquela festa escrevendo sua
sentença na parede do salão, diante dos olhos de Belsazar e de todos os seus convivas.
Ali, o barulho das taças e dos jarros de vinhos, bem como a "alegria" de outrora,
cessaram. De modo assombroso e assustador estava escrito a sentença contra o rei
Belsazar e o seu reino. Aquela visão demonstrava o fruto do desprezo do rei babilônico
ao Deus de Israel: o Reino da Babilônia foi rasgado. Fez-se um silêncio sepulcral no
recinto!
19. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
O mistério da mão escrevendo na parede era confuso, porque Deus confunde os sábios do
mundo, porque eles não sabem discernir as coisas espirituais (1Co 2.14-16). O Comentário Bíblico de
Matthew Henrytraz um comentário interessante do versículo 5: “O anjo Gabriel”, diz um rabino,
“estava dirigindo esses dedos e escrevendo através deles”. “A mão divina” (diz o nosso próprio rabino,
Dr. Lightfoot) “que havia escrito as duas tábuas da lei para o seu povo, agora está escrevendo a
condenação de Babel e de Belsazar sobre a parede”. Nada havia sido enviado que pudesse assustá-los
com seu barulho ou ameaçar a sua vida. Nenhum estrondo de trovão nem clarões de raios, nenhum
anjo destruidor trazendo uma espada na mão, mas apenas um dedo escrevendo sobre a parede, e à
frente do castiçal, para que todos pudessem ver à luz das suas velas. Note que quando lhe apraz fazer
isso, a palavra escrita de Deus é suficiente para levar o mais atrevido dos pecadores a se aterrorizar. O
rei viu apenas uma parte da mão que estava escrevendo, mas não viu a pessoa a quem essa mão
pertencia. E era isso que tornava a situação ainda mais assustadora. Observe que aquilo que vemos
de Deus, isto é, a parte da sua mão que escreve no livro das criaturas e no livro das Escrituras (que
são partes dos seus caminhos, Jó 26.14), pode servir para nos encher de pensamentos terríveis a
respeito daquilo que não somos capazes de ver no Deus precioso. Se esse é o dedo de Deus, por que o
seu braço está estendido? E o que Ele é? HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias.
Editora CPAD. pag. 855
20. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
II. O IRREVOGÁVEL JUÍZO DE DEUS
A mensagem na parede estava numa linguagem ininteligível (v.7). No primeiro
momento, ninguém compreendia o que estava escrito. Belsazar convocou todos os sábios
para decifrar o "enigma". Entretanto, eles foram incapazes de fazê-lo.
Quando ouviu as palavras do rei e percebendo um movimento diferente no palácio, a
rainha, filha de Nabucodonosor, mãe do rei B elsazar, entrou na presença do seu filho
para saber o que acontecera. Após inteirar-se do assunto, a rainha lembrou-se de Daniel,
um homem de confiança tanto do seu pai quanto do seu marido. Ele podia interpretar a
mensagem que o rei vira. Mas Daniel não estava no palácio.
21. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
Elienai Cabral afirma que seu nome era Nitocris, filha de Nabucodonosor e mãe
de Belsazar. A rainha-mãe, ao ouvir os gritos do filho, adentrou o salão de festa onde
estava o rei para saber o que estava acontecendo. Se apresentou como pessoa de
autoridade superior às das muitas concubinas do rei. Daniel era conhecido pela corte
inteira, incluindo a rainha-mãe, que foi o instrumento para solucionar o mistério. Ao ver o
misterioso escrito sobre a parede, lembrou-se de Daniel, e orienta o rei a mandar buscá-lo
(Dn 5.13). Daniel a essa altura, já era um velho, respeitado e se manteve ausente do
palácio por mais de 20 anos, desde a morte de Nabucodonosor. Ele era conhecido como um
psíquico extraordinário, o chefe dos sábios profissionais, a casta dos caldeus (Dn 2.48, 4.9).
Nabucodonosor tivera seus problemas solucionados por Daniel. Seja como for, Daniel era o
homem de sabedoria e compreensão que nunca errara em suas interpretações. Ele tinha a
sabedoria dada por Deus, e nenhum membro da casta dos caldeus — encantadores, magos
ou adivinhos — podia comparar-se a ele (Dn 1.20; 2.2-4,27; 4.7).
22. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
II. O IRREVOGÁVEL JUÍZO DE DEUS
Belsazar não via a Daniel como servo do Deus Altíssimo, mas apenas como um
dos sábios do palácio. A mãe de Belsazar, contrariamente, o conhecia e tinha certeza que
Daniel era uma pessoa diferente e o seu Deus, poderoso. Ela mesma havia
testemunhado as proezas do Deus de Israel em outras ocasiões da história daquele reino.
Daniel era um homem que não fazia concessões a sua fé. Ele entrou na presença do rei e
após lhe oferecerem presentes, o profeta rejeitou-os diante do imperador (Dn 5.17).
SINOPSE DO TÓPICO (2)
O juízo de Deus contra o profano rei Belsazar era irrevogável e se cumpriu naquela
mesma noite
23. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
“A apresentação de Daniel ao rei, e o pedido para que ele lesse e explicasse as
palavras escritas na parede. Daniel já havia sido levado à presença do rei anteriormente (v.
13). Porém, nessa ocasião, ele tinha quase noventa anos de idade, de modo que seus
anos, e as suas honras e promoções anteriores o habilitavam a ter livre acesso à
presença do rei. No entanto ele desejava ser conduzido pelo mestre de cerimônias como se
fosse um estranho. Observe: 1. O rei perguntou, mostrando um ar de arrogância: “És tu
aquele Daniel, dos cativos de Judá, que o rei, meu pai, trouxe de Judá?” Como Daniel era
judeu, e um cativo, o rei relutava, pois não queria ser obrigado a recebê-lo, e desejava que
tudo isso pudesse ser evitado.” HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias.
Editora CPAD. pag. 857.
25. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
III. A SENTENÇA CONTRA BELSAZAR
E A QUEDA DA BABILÔNIA
(Dn 5.22-28)
A mensagem era curta e objetiva, mas as palavras eram desconhecidas dos
sábios do palácio e eles não puderam decifrá-l a . Por isso Daniel é chamado, não pelo
rei Belsazar, mas por indicação de sua mãe, para desvendar-lhe o mistério. O profeta
Daniel tinha o Espírito Santo em sua vida, por isso, Deus o revelou o significado daquelas
palavras (Dn 5.10-12).
26. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
Deus confunde os sábios do mundo com Seus mistérios (Dn 5.7,8). O rei busca
uma explicação para a misteriosa aparição nos sábios da Babilônia. Mas eles são
impotentes. Eles não podem discernir as coisas espirituais. A sabedoria humana não pode
ajudar um homem aflito, em rebelião contra Deus. O rei declara a incapacidade daqueles
sábios diante daquele mistério. Pois aquilo que a mão misteriosa escrevera não se achava
inserido em nenhum código deste mundo. As coisas espirituais são para os espirituais, “O
segredo do Senhor é para os que o temem; e ele lhes fará saber o seu concerto” (SI 25.14).
Sabendo que os seus magos e astrólogos nada podiam fazer, reconheceu que Daniel era
servo de um Deus muito mais poderoso que todos os deuses da Babilônia. Sem dúvida
alguma, a tragédia de Belsazar e da Babilônia foi a oportunidade que Deus tinha para que
seu servo Daniel fosse reconhecido e voltasse a ter a primazia dentro do palácio.
27. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
III. A SENTENÇA CONTRA BELSAZAR
E A QUEDA DA BABILÔNIA
(Dn 5.22-28)
As palavras escritas na parede não foram interpretadas pelos sábios do
império. Estes não achavam o sentido delas. Porém, sem medo e seguro, Daniel as
interpretou. As duas primeiras palavras estavam repetidas - MENE, MENE - e
significavam "contar ou contado". A palavra TEQUEL tinha o sentido de "pesado". A
última palavra, PARSIM, significava "dividido" (Dn 5.25). Para interpretar a mensagem
Daniel usou o termo " PERES", palavra correlata de PARSIM. O sentido daquela é o
mesmo desta.
Então, dos versículos 26 ao 28, o profeta explicou cada uma das palavras: "Esta
é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado
foste na balança e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos
medos e aos persas".
28. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
Hernandes Dias Lopes citando Osvaldo Litz, diz que essas três palavras
fundamentalmente significam número, peso, divisão. O Reino de Belsazar foi contado,
pesado, dividido e dado aos medos e persas. Leupold observa que Mene significa tanto
“contar” como fixar o limite de algo”. TEQUEL: Carballosa diz que tekel procede do verbo
“teqal”, que significa “pesar” e também “ser leve ou falto de peso”. Deus pesou cada ato de
sua vida. Ele tomou notas das oportunidades que Belsazar rejeitara desde sua juventude.
Anotou todos os convites que ele desprezara. UFARSIM - PERES: peres, derivado do verbo
“peras” significa “romper”, “dividir”. O Reino de Belsazar foi dividido. Seu reino seria
dividido e destruído. Isso aconteceu pelo poder dos medos e dos persas. O mesmo Deus que
dera o reino a Nabucodonozor (v. 18), agora o dará aos medos e aos persas (v. 28). E não
foi somente aquele reino que Belsazar perdeu, ele perdeu também o Reino de Deus. O rei
atravessou a linha divisória da paciência de Deus. Tudo que o espera agora é “uma
expectação terrível de juízo, e um ardor de fogo que há de devorar os adversários” (Hb
10.27).
29. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
III. A SENTENÇA CONTRA BELSAZAR
E A QUEDA DA BABILÔNIA
(Dn 5.22-28)
Naquela noite fatídica Deus demonstrou a sua soberania sobre os reis da
Terra. Ele é o Todo-Poderoso e tem o cetro do governo do mundo em suas mãos. Nada
escapa aos seus olhos. Tão logo foi dada a interpretação da mensagem e as honrarias
feitas a Daniel para ser o terceiro homem do império, o rei Belsazar foi morto e o exército
de Dario entrou na cidade da Babilônia. Os medos e os persas passariam a reinar no
lugar do império da Babilônia.
No capítulo cinco de Daniel, aprendemos a lição de que não podemos nos fechar em nós
mesmos. Deus não suporta uma vida de egoísmo, soberba e perversidade. Não podemos
profanar aquilo que o nosso Pai consagrou como santo. Não sejamos profanos.
Santifiquemo-nos a Deus com as nossas vidas.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Deus é o justo juiz, Ele não aceita escárnio ou zombaria de homem algum.
30. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
Olhando escatologicamente a queda da Babilônia a identificamos como uma
figura da Babilônia religiosa do Apocalipse 17 e a figura da Babilônia comercial de
Apocalipse 18. No texto de Ap 18.10 está escrito: “Ai, ai daquela grande cidade Babilônia,
aquela forte cidade! Pois numa hora veio o seu juízo”. Do mesmo modo como Ciro, o persa,
desviou as águas do rio Eufrates e o secou para invadir com seus exércitos a grande
Babilônia, nos faz lembrar a profecia do secamento do rio Eufrates como juízo divino
expresso na abertura do sexto selo. Esse juízo significa a preparação do caminho aos reis
do Oriente para invadirem com seus exércitos para a grande Batalha do Armagedom (Ap
16.12). Após Daniel ter interpretado a escrita na parede e ter deixado pasmos a todos,
Belsazar ordenou que vestissem a Daniel com roupas de púrpura e lhe pusessem uni colar
de ouro ao pescoço o proclamando como o terceiro homem do reino, a autoridade mais
importante do império depois do rei Nabonido e de Belsazar. Mas Deus é reto em seus
desígnios e permitiu que Belsazar fosse morto naquela mesma noite e, Dario entrou na
Babilônia assumindo o seu trono (Dn 5.29-31).
31. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
A opulência da Babilônia, a crueldade de Belsazar e as orgias do reino tipificam
uma vida tremendamente fechada em si mesma. A intervenção de Deus em meio aquela
festa profana demonstra que Ele não admite a soberba e o egoísmo. O Pai Celestial, em
Jesus Cristo, julgará a todos os que se mostram soberbos e arrogantes. A queda do
império babilônico é uma lição para todos nós. Um dia, quando da segunda vinda
gloriosa de Jesus, todos os povos serão julgados pelo nosso Senhor.
32. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
"A escritura (5.25)
Não existem vogais na forma escrita da família de línguas às quais pertencem
o hebraico e o aramaico. O manuscrito pode muito bem ter sido grafado como a 'mina',
o 'siclo' e o 'peres' (meio siclo). Esta ordem é de valor decrescente, de acordo com a
expressão monetária. Conquanto possa representar uma desvalorização progressiva do
reino, certa feita liderado por Nabucodonosor, sua interpretação permanece um
mistério. Daniel acrescenta vogais diferentes para que se possa ler 'numerado,
numerado, pesado, dividido'. Ainda assim, não tem significado algum até que os atos de
Belsazar fossem explicados, cuidadosamente numerados, pesados e considerados
insuficientes por Daniel. Seu reino estava prestes a ser dividido e dominado. Deus
enumera e pesa os atos de todos os homens e mulheres. Que não nos encontremos em
falta" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a
Apocalipse capítulo por capítulo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.517).
33. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
"Segurança falsa
O rei festejava com 'os seus grandes', pois todos supunham estarem protegidos pelas
muralhas maciças. O que não podiam imaginar é que as forças persas haviam mudado o
curso do rio que atravessava a cidade. Com a queda do nível de água, o inimigo
simplesmente caminhou ao longo da cabeceira do rio, por baixo das grades de proteção,
e surpreendeu os babilônios no interior da cidade.
Devido à vastidão do lugar, mesmo muito tempo depois que as áreas periféricas haviam
sido tomadas, os habitantes ainda continuavam a ignorar o que vinha ocorrendo, pois,
como estavam envolvidos na festa, continuaram dançando e se divertindo até que,
finalmente tomaram conhecimento do ocorrido. Que semelhança entre tanta gente da
atualidade, que se sente segura por trás dos muros da riqueza ou da posição social,
jamais imaginando que a ruína está tão perto, até que seja tarde demais" (RICHARDS,
Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo
por capítulo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.517).
34. Assembléia de Deus
Ministério Shekinah
1. O que o rei Belsazar mandou trazer para usar no banquete oferecido por ele?
R. Mandou trazer os utensílios sagrados do Templo.
2. Que tipo de festejo era o banquete oferecido por Belsazar?
R. Era um festejo degenerado, profano.
3. Belsazar via a Daniel como um servo de Deus?
R. Belsazar não via a Daniel como servo do Deus Altíssimo, mas apenas como um dos
sábios do palácio.
4. Quais os significados das palavras MENE, TEQUEL e PARSIM?
R. MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste
achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas.
5. O que aprendemos com o capítulo cinco de Daniel?
R. No capítulo cinco de Daniel, aprendemos a lição de que não podemos nos fechar em
nós mesmos. Deus não suporta uma vida de egoísmo, soberba e perversidade. Não
podemos profanar aquilo que o nosso Pai consagrou como santo.