Este documento compara o sistema educacional da Colômbia com o do Brasil. Ele descreve que na Colômbia o ensino primário vai dos 6 aos 11 anos, o secundário dos 12 aos 18, e o superior é pago com taxas baseadas na renda. O documento também explica que o Brasil está adotando um sistema semelhante de aprovação automática e usa o ENEM para ingresso universitário, mas difere na gratuidade do ensino superior público.
Fichamento do livro de Carlos Brandão "O Que é Educação Popular" cap. 2 e 3
Comparação entre educação brasileira e colombiana
1. EDU01004 - História Da Educação: Hist. Da Escolarização Bras. E Proc. Pedagógicos
ESTEVÃO L. Q. ANTUNES JÚNIOR
Turma E
ENSAIO FINAL DA DISCIPLINA
Baseando-se em uma palestra desenvolvida pela professora colombiana Cristina
Muñoz na Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS) no vigésimo sexto dia do mês de novembro do ano de dois mil e doze e
no que se conhece acerca da educação - pública e privada - no Brasil, busca-se fazer
uma breve relação entre a educação na Colômbia e a educação no Brasil, considerando
o ensino primário, secundário, a forma de ingresso à Universidade e também o Ensino
Superior em si.
Por se tratar de um país com diversidade étnica e, portanto, cultural, a educação
na Colômbia é processada de forma bastante complicada, considerando que cerca de
400.000 crianças não estão nas escolas, muitas abandonam para trabalhar e ajudar a
família e, além disso, deve-se ressaltar que há uma grande carência no número de
professores nas escolas devido à periculosidade que se encontra nas mesmas. Dados os
fatos, isto faz com que a procura pela carreira docente diminua de forma progressiva.
Na Colômbia, o ensino primário abrange crianças na faixa etária dos 6 aos 11
anos, em que ocorre o que se chama de “promoção automática”, isto é, a proibição
referente à reprovação dos alunos. O ensino secundário colombiano vai dos 12 aos 18
anos. Ao término do deste, os alunos devem optar pela realização de uma prova bastante
similar ao ENEM para tentar garantir o ingresso na Universidade, seja pública ou
privada, ou ainda se ingressar no programa de educação informal, que nada mais é que
uma preparação direta para o mercado de trabalho, podendo ser também público ou
privado. Entretanto, há um detalhe que se deve frisar: qualquer forma de ingresso à
Universidade após o termino do ensino secundário é pago, não importando se é da rede
pública ou privada. O fato, é que os valores das mensalidades dependem da renda do
aluno, para tal, as pessoas são “classificadas” por um sistema chamado de extrato, em
que números classificam a população de acordo com a situação rentável. As categorias
numéricas vão de 0 a 6, em que as “classes” 1, 2 e 3 pagam um valor devidamente
baixo, as “classes” 4 e 5 pagam um preço razoável e a “classe” 6 paga um valor bastante
elevado. O ensino superior no país em questão é de cerca de 3 anos, após a conclusão,
2. se pode optar por fazer mestrado e doutorado, que também estão presentes na educação
colombiana.
Fazendo algumas ligações com o que ocorre na educação brasileira, pode-se ver
que, aos poucos, também é implantado o sistema de “aprovação automática” onde
alunos de ensino primário, ou o nosso ensino fundamental, são aprovados
automaticamente. Outra questão que se assemelha, é a questão da prova de acesso à
Universidade, o ENEM está cada vez mais influente e dominando os acessos às
Universidades Públicas, além de haver muitos programas do governo a fim de botar
jovens mais cedo no mercado de trabalho, como os Pronatec, a diferença é que no Brasil
é gratuito. Pode-se fazer um “link” nesta relação com as bolsas do ProUni, onde alunos
devem comprovar a renda para ganhar uma bolsa de estudos à nível superior, mas não
se compara às “classificações” socioeconômicas colombianas. A Colômbia ocupa hoje
posições acima do Brasil no ranking da educação mundial, segundo o Programa
Internacional de Avaliação de Estudantes, sendo o Brasil o 39º colocado e a Colômbia a
36ª colocada. Esta pesquisa leva em consideração o aprendizado de matemática, leitura
e ciências durante o ciclo fundamental.
Pode-se analisar, portanto, que o ensino colombiano e o brasileiro possuem
alguns traços em comum, embora não se deva dizer que são semelhantes, tendo em vista
que o ensino superior público brasileiro é completamente gratuito, o número de crianças
que abandonam as escolas está cada vez diminuindo mais, existem programas do
governo juntamente com a CAPES que buscam aumentar a procura por cursos de
licenciatura além de promover bolsas de iniciação à docência a fim de promover uma
proximidade entre os futuros docentes da realidade escolar. Embora o Brasil se encontre
em um desenvolvimento educacional, ainda não é o suficiente, é necessário que
providências sejam tomadas para que o desenvolvimento seja produtivo, como a
valorização da carreira docente, o incentivo ao curso superior e a melhora estrutural das
escolas públicas brasileiras.