1) O documento descreve várias revoltas que ocorreram na colônia brasileira durante o período regencial, incluindo as Rusgas Cuiabanas, a Cabanagem, a Revolta do Malês e a Sabinada.
2) Essas revoltas foram motivadas por tensões entre a elite portuguesa e os grupos locais, assim como por escravos que lutavam pela liberdade e homens livres pobres que queriam melhores condições de vida.
3) Muitas dessas revoltas se espalharam pelo interior e ganharam for
2. Revoltas na colônia
Eram comuns e aconteceram durante todo
o período regencial
Motivos:
1. comerciantes locais lutavam contra o domínio
da elite mercantil portuguesa;
2. no sul e no nordeste, proprietários rurais e
camadas médias urbanas lutavam por mais
autonomia para as províncias;
3. escravos lutavam pela liberdade;
4. homens livres pobres lutavam por melhores
condições de vida.
3.
4. Rusgas Cuiabanas:
“Abaixo a Regência! Morte aos bicudos!”
Bicudo:
Apelido pejorativo
Grito dos homens que iniciaram o levante dado aos
conhecido como Rusgas Cuiabanas, ocorrido portugueses ou
no Mato Grosso em 1834: pessoas de origem
Sociedade dos Zelosos de Cuiabá: grupo portuguesa que
liberal que se reunia desde 1833, formada por habitavam a região
proprietários rurais, comerciantes, militares e de Cuiabá
prodissionais liberais;
Objetivos: combatiam a elite comercial
portuguesa na região e defendiam mais
outonomia para a província do Mato Grosso.
5. O desenrolar
dos
acontecimento
s
Em maio de 1834 o
presidente da província já havia
abandonado o cargo temendo a
insurreição, sendo substituido
pelo vice-presidente, João
Pepino Caldas
Caldas, não
conseguindo conter a revolta,
apelou para o governo central.
Os rebeldes foram
derrotados, seus principais
lideres foram presos no Rio de
Janeiro e libertados
posteriormente.
6. A Cabanagem
Ocorreu na antiga província do Grão-
Pará, no norte do Brasil;
A província tinha vínculos fortes com
Portugal e só reconheceu a
independencia em 1823, por
imposição do imperador.
Tensão social: maioria da população
era formada por negros, indios e
mestiços pobres, que formavam a
mão de obra escrava ou
Cabanos: maioria
semiescrava, contra uma minoria de
pobre da popoulação
comerciantes brancos ricos. que vivia em cabanas
Os cabanos exigiam a expulsão dos na beira dos rios ou
portugueses e melhores condições igarapés.
de vida.
7. dos
acontecimento
s
A revolta se alastrou
para o interior e o movimento
ganhou força em 1834.
Em 1835 os cabanos
tomaram Belém, executaram o
governador e outras autoridades
e colocaram no governo o
fazendeiro Félix Clemente
Malcher que, mal sucedido foi
executado pelos cabanos.
Após vários revezes e
uma epidemis de variola, os
cabanos acabaram vencidos
pelas tropas regenciais em maio
de 1836.
Fugindo para o
interior, só foram derrotados
definitivamente em
1840, deixando um saldo de 40
mil mortos.
8. A Revolta do Malês
Revolta protagonizada por escravos
africanos das etnias nagô (ou iorubá) e
haussá, em 1835;
Os malês eram monoteistas e usavam
amuletos com os versículos do Corão.
Muitos sabiam ler e
escrever, aprendizado incentivado nas
escolas islâmicas para a leitura do
Coráo.
A interpretação mais
Objetivos: lutavam contra a escravidão
provável para a
e conta a conversão forçada ao expressão “malê” é que
catolicismo. o nome denominasse,
na lingua iorubá, o
africano muçulmano,
ou seja, que tinha se
convertido ao islã.
9. O desenrolar dos
acontecimentos
A revolta, que deveria
eclodir em janeiro de 1835 foi
delatada por escravos libertos
aos antigos senhores.
O movimento foi
sufocado e seus líderes mortos.
Os demais foram
punidos com prisão, açoites ou
degredo para a África.
10. A Sabinada
Dois anos depois da Revolta do
Malês, Salvador é sacudida por uma nova
rebelião. Em 1937 tinha início a Sabinada.
Movimento urbano do qual participaram
soldados, trabalhadores livres pobres e
profissionais liberais.
Objetivo: separar a Bahia do resto do
país e fundar uma república. Queriam
um regime democrático que garantisse
uma melhor condição de vida para a Sabinada:
população. Nome tirado de um de
seus líderes, o médico
Francisco Sabino
Álvares da Rocha.
11. O desenrolar dos acontecimentos
Os rebeldes
apossaram-se de Salvador.
As tropas do governo
cercaram a capital
impedindo que entrassem
nela alimentos.
Sem comida os
rebeldes enfraqueceram.
Em fevereiro do
mesmo ano as tropas
conseguiram acabar com a
rebelião deixando um saldo
de 1.200 mortos e 3 mil
prisioneiros.
12. A Revolta dos Farrapos
Revolução Farroupilha ou Revolta dos
Farrapos: a mais longa do período
regencial durou 10 anos e aconteceu na
província do Rio Grande so Sul.
Movimento liderado por grandes
proprietários de terra e criadores de gado –
os estancieiros;
Criadora de gado a provincia tinha a sua
economia voltada para o mercado interno
produzindo charque, a base da alimentação
dos escravos, diferentemente dos estados
do sudeste e nordeste, de economia Farroupilha:
voltada para a exportação;
pessoa mal vestida,
Objetivos da revolta: insatisfeitos com os maltrapilha, miserável.
altos impostos cobrados sobre o charque e Embora o movimento
com o desinteresse do governo em atender
as suas reivindicações, os estanceiros tenha sido liderado pela
pretendiam separar o R G Sul do restante elite sulista, ele foi
do Brasil e formar uma república apoiada pelo Partido
independente; Liberal Exaltado,
conhecido como
“farroupilha”.
13. O desenrolar dos Muitos brancos, mulatos, indios e
escravos compuseram as tropas rebeldes,
acontecimentos motivados pela promessa de serem alforriados
no final da revolta.
Em 1835 eclodiu o Em 1836 os revoltosos venceram a
movimento, liderado por Bento promeira batalha e proclamaram a República
Gonçalves, um rico estancieiro. Rio-Gransense ou Piratini.
O governador da província foi Em 1838, comandados por
derrubado e os revoltosos dominaram Giuseppe Garibalde e sua companheira Anita,
Porto Alegre, a capital da província. os revoltosos ocuparam Santa Catarina e
O governo regencial enviou proclamaram a República Juliana.
tropas que encontraram forte resistência. Em 1845 as tropas governistas sob
o comando de Luis Alves de Lima e Silva, o
barão de Caxias, derrotou o movimento e
promoveu um acordo com as lideranças locais:
• anistia para os revoltosos;
• os gaúchos poderiam escolher o presidente
da província;
• os impostos sobre o charque argentino foi
aumentado.
A República Farroupilha nunca
libertou seus escravos.
14. A Balaiada
Maranhão, 1838: criadores de gado
do interior reagem contra a Lei dos
Prefeitos – homens nomeados pelo
presidente da provincia para
governar os municipios.
Os líderes perderam o controle e ela se
transformou numa revolta de homens
livres pobres que haviam sido
mobilizados por seus patrões;
A repressão aos rebeldes foi
comandada por Luís Alves de Lima e
Silva, o barão de Caxias; Balaiada:
A rebelião passou a uma terceira fase Nome originado de
quando, escravos fugidos liderados por Manoel Balaio,
um deles chamado Cosme, invadem vendedor de balaios de
fazendas para libertar mais escravos. palha e um dos líderes
Lima e Silva reprimiu-os violentamente. da rebelião em sua
segunda fase.