1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ– CCSE – DART LICENCIATURA PLENA EM MÚSICA Disciplina: Música Antiga Prof. Ricardo Catete – rcatete@gmail.com A Música Barroca Entre o excesso e a austeridade.
2. Barroco A palavra Barroco significa pérola de formato irregular. De início era usada para designar o estilo da arte do século XVII, caracterizado pelo excesso de ornamentos. Mais tarde, o termo passou a ser empregado para indicar o período da história da música que vai do aparecimento da ópera e do oratório até a morte de J. S. Bach.
3. Modos Foi durante o século XVII que o sistema de modos acabou por ruir de vez. Os compositores foram se acostumando a sustenizar e bemolizar as notas, resultando na perda de identidade dos modos, que, por fim, ficaram reduzidos a apenas dois: o Jônio e o Eólio. Daí se desenvolveu o sistema tonal maior-menor sobre o qual a harmonia iria se basear nos dois séculos seguintes.
4. Monodia Monodia: uma única linha vocal, sustentada por uma linha de baixo instrumental, sobre a qual os acordes eram construídos.
5. Recitativo A linha melódica vocal ondulava de acordo com o significado do texto e acompanhava de perto o ritmo da pronúncia natural das palavras. Foi esse estilo (meio cantado, meio recitado) que ficou conhecido como Recitativo.
6. Baixo Continuo O acompanhamento era extremamente simples. Tudo que o compositor escrevia sob a melodia, resumia-se a uma linha do baixo que deveria ser tocada por algum instrumento grave de corda, como o Cello, por exemplo.
7. Baixo Cifrado Estes acordes deveriam ser improvisados, deixando a música na dependência do talento do instrumentista. Naturalmente, as notas do baixo contínuo forneciam algumas pistas, e o compositor anotava, às vezes, sob estas, números que expressavam os acordes que tinha em mente. Por isso que essa linha do baixo é também chamada de Baixo Cifrado..
8. A Opera A princípio, a música escrita no estilo monódico foi chamada de La NuoveMusiche. Em 1597, essas novas idéias foram aplicadas a todo um drama musical. O Orfeo de Claudio Monteverdi (1567-1643), composto em 1607, é de fato, a primeira grande ópera, com uma música que acentua o impacto dramático da história.
9. Opera Italiana Na Itália, a ópera alcançou um enorme desenvolvimento, e dentre os seus compositores, o mais popular no final do século XVII, foi Alessandro Scarlatti (1660-1725). Suas óperas (ele compôs 115), iniciavam com uma peça dividida em três partes (rápida-lenta-rápida). Esse esquema tornou-se conhecido como Abertura Italiana, e sua importância reside no fato de que a partir dele se desenvolveria a Sinfonia Clássica.
10. Opera Francesa Na França, os principais compositores de ópera eram Jean-BaptisteLully (1632- 1687) e Jean-Philippe Rameau (1682-1764). Lully tornou-se músico da corte de Luís XIV (1638-1715). Suas óperas iniciavam com a Abertura Francesa: um início lento e majestoso, de ritmo incisivo e pontuado, levando a uma seção mais rápida, com o emprego da imitação.
11. Opera Inglesa A Inglaterra mostrou-se lenta na adoção do gênero operístico. A única ópera inglesa do século XVII é Dido e Enéias, de Henry Purcell (1659-1695), por sinal, uma pequena obra-prima. Depois de Purcell, seguiu-se o compositor alemão Georg Friedrich Haendel (1685-1759) que compôs cerca de 30 ou mais óperas à italiana. Sendo Theodora (1750) um desses melhores exemplos.
12. Musica Sacra Na música, contudo, o barroco estendeu-se por toda a Europa marcando profundamente as composições sacras, quer sejam católicas ou protestantes, produzindo inúmeras formas que se tornaram célebres na história da música, dentre elas, uma das mais influentes, foi certamente o Oratório.
13. O Oratorio Oratório é outra importante forma de música vocal. Compunham-se de recitativos, árias e coros, e apresentavam cenários e fantasias. A principal diferença é que os oratórios se baseavam em histórias sacras, geralmente tiradas da Bíblia. Com o decorrer dos anos, porém, deixaram de ser representados, constituindo-se apenas apresentações musicais, realizadas em igrejas ou salas de concerto.
14. O Oratorio Os principais compositores de oratórios no século XVII foram o italiano Carissimi (1605-1674) e o alemão Schütz (1585-1672), mas os maiores oratórios do período barroco são os de Haendel e J.S. Bach.
15. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ– CCSE – DART LICENCIATURA PLENA EM MÚSICA Disciplina: Música Antiga Prof. Ricardo Catete – rcatete@gmail.com A Música Barroca Entre o excesso e a austeridade.