O documento discute como a escola pública contemporânea reflete o modo de produção capitalista monopolista, caracterizado por cartéis, trustes e domínio do capital financeiro. A escola cumpre funções como controlar o desemprego e reproduzir a ideologia burguesa, mas seu conteúdo é "aviltado" devido aos manuais didáticos ultrapassados. Sua expansão é necessária para alocar trabalhadores excedentes, mas também gera novas atividades econômicas.
A escola pública na perspectiva do capitalismo monopolista
1.
2. A PRODUÇÃO MATERIAL DA
ESCOLA PÚBLICA
CONTEMPORÂNEA
3. Ênfase na necessidade de evidenciar a
forma pela qual a escola vem sendo
produzida materialmente...
... na perspectiva do capitalismo monopolista.
4. Uma fase histórica do capitalismo, aque
apresenta três peculiaridades:
- Capitalismo monopolista
- Capitalismo parasitário ou em
decomposição.
- Capitalismo agonizante.
5. 1 – Cartéis, consórcios e trustes.
2 – Monopólio de grandes bancos.
3 – Conquista das fontes de matéria prima
pelos trustes e pela oligarquia financeira.
4 – A repartição do mundo pelos cartéis
internacionais.
5 – Fim da divisão territorial do mundo em
colônias.
6. O cartel é a união secreta de empresas
do mesmo ramo de negócios, que
estabelecem entre si acordos para fixar
um mesmo preço para seus produtos.
7. Consórcios: trata-se de uma integração
horizontal entre empresas, com o
objetivo de estabelecer uma relação de
coordenação de interesses autônomos,
visando a um fim específico comum.
8. Os trustes são associações de empresas
que surgiram a partir da fusão de várias
empresas que já controlavam a maior
parte do mercado. Portanto, trustes são
formados quando proprietários de
empresas concorrentes se tornam sócios de
uma única grande empresa. Assim, passam
a controlar grande parte do mercador
consumidor, diminuindo também a
concorrência e a possibilidade de o
consumidor encontrar produtos com
menores preços.
9. - Domínio do capital financeiro (resultado
da fusão entre o capital industrial e o
capital bancário).
- O Estado exerce uma função reguladora da
sociedade burguesa.
10. Na fase competitiva da sociedade
capitalista, tínhamos o Estado da
burguesia...
- Na fase monopolista se consolidou o Estado
do capital.
11. A escola pública se desenvolveu no
interior dessa tendência de expansão
das atividades improdutivas por força
da ação reguladora do Estado.
- Mantém uma organização didática anacrônica e
descomprometida com o conhecimento, pelo
aviltamento de seus conteúdos curriculares.
12. Sua expansão é necessária, do ponto
de vista material, pois permite a
alocação de trabalhadores expulsos
das atividades produtivas junto às
camadas intermediárias da sociedade,
executoras de atividades improdutivas.
13. Assegurar a alocação em atividade
improdutiva de trabalhadores liberados
das atividades produtivas e...
- ... manter, no interior das camadas médias, os
filhos de seus integrantes.
14. O aviltado conteúdo da escola é um
produto necessariamente decorrente
do instrumento de trabalho básico do
professor: o superado manual didático.
15. A escola assume o caráter de atividade
parasitária, quando deixa de ser
socialmente útil.
Dado o anacronismo de sua organização
didática e o aviltamento de seu conteúdo, a
escola não tem exercido uma função
socialmente útil.
16. Se a expansão da escola é expressão
do grau de parasitismo na sociedade,
também se faz acompanhar da
expansão de atividades produtivas.
17. A expansão escolar produz
necessidades que determinam a
expansão da indústria de construção,
da indústria de papel, da indústria
editorial, de móveis, lápis, canetas,
cadernos, borrachas etc.
18. Existe também, na escola, uma
indiscutível ação no sentido de
reproduzir a ideologia burguesa.
Para Althusser o Aparelho Ideológico de
Estado (AIE) dominante na sociedade
capitalista seria o AIE escolar.
19. A escola exerce a função de
reprodução da ideologia burguesa...
... em consonância com outras funções
sociais que lhe são atribuídas:
20. 1 – Controle dos níveis de desemprego.
2 – Prolongamento da permanência do
jovem na escola, impedindo que pressione,
imediatamente, um mercado de trabalho já
saturado.
3 – A liberação da mulher para o trabalho.
21. 4 – Servir como refeitório para sua
“clientela”: o programa de merenda
escolar se constitui, de fato, num
subsídio do Estado à reprodução da
força de trabalho...
... afinal, por meio desse mecanismo, é
ministrada aos filhos dos trabalhadores
uma pequena parte dos meios de
subsistência necessários a tal reprodução.
22. 5 – A escola como local de lazer e
convivência social.
24. Qual o espaço de atuação de uma
política pública dentro deste contexto
legal, considerando os determinantes
históricos do modo de produção
capitalista?
25. Ao reconhecermos o “aviltamento” do
conteúdo trabalhado na escola, bem
como o “anacronismo” dos
procedimentos didáticos, qual é o
sentido que aplicamos aos termos e o
que podemos fazer para superá-los?
26. Com a crescente industrialização e
urbanização, professores leigos
assumiram a educação pública,
gerando consequentemente a
diminuição do nível de ensino e a
proliferação de agentes manipulados
e/ou manipuladores, colocando
colocando como função da escola, a
reprodução do parasitismo, ...
27. ... contrariando a concepção da escola
como casa do saber.
Conhecendo o processo histórico das
relações sociais, econômicas e culturais
que impactaram diretamente a
educação publica no país, quais ações
a gestão educacional da REME deve
planejar para provocar mudanças
significativas?