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Introdução a Rádio e Áudio
Revisão
Prof. Alexandre Lenzi
lenzi.alexandre@gmail.com
Março/2013
 Em 1890, o italiano
Guglielmo Marconi
conseguiu transmitir sinais
sonoros a uma distância
de nove metros; depois,
de 275 metros; depois,
três quilômetros; e, em
1901, 3.200 quilômetros.
 Naquele tempo, o rádio
era apenas uma extensão
do telégrafo, usado para
se comunicar com navios
em alto-mar.
Rádio no Brasil
 No centenário da Independência Brasileira, em
1922, é inaugurado oficialmente o Rádio no Brasil.
 Na transmissão inédita, os brasileiros ouviram o
discurso do então presidente Epitácio Pessoa e
trechos da ópera O Guarany, de Carlos Gomes.
 Já em 1923, convicto de que era primordial fazer
rádio no Brasil, Edgar Roquette Pinto conseguiu
sensibilizar com suas idéias a Academia Brasileira
de Ciências, nascendo assim, no dia 20 de abril
daquele ano, a primeira estação de rádio do país, a
Sociedade Rádio do Rio, hoje Rádio MEC.
 No início as rádios se mantinham apenas
com a contribuição do público, mas com o
passar do tempo foi permitida a presença de
patrocinadores (março de 1932).
 De 1920 até o início da década de 1960, o
que se destaca são as radionovelas.
 Nos anos 1930, as marchinhas de carnaval
+ A Voz do Brasil (1935)
 Nos anos 1950, o radiojornalismo ganha
mais força.
Linguagem radiofônica - Recursos
 Comunicação afetiva
- poder de sugestão, estímulo à imaginação
- construção de imagens auditivas, ver por meio das palavras
 Empatia
- estético
- emocional
- interação com o ouvinte
 Elementos de identificação
- cotidiano, vivências
- caráter intimista
 Técnicas criativas
- explorar a potencialidade sonora do veículo: música, efeitos sonoros,
ruídos, silêncio, palavra e voz.
Linguagem radiofônica - Limitações
 Unisensorialidade (só usa um sentido - audição)
- cansaço
- distração
 Ausência do interlocutor
- unidirecionalidade
- desconhece a reação do ouvinte
 Receptor condicionado
- atenção superficial
- inconstância
- limitada capacidade de apreensão
 Fugacidade
- limitada capacidade de informação
- monotonia
O texto no Rádio
 Nitidez: a linguagem deve ser clara, inconfundível de modo que o
ouvinte possa ver através das palavras.
 Simplicidade: nunca escreva o que você não diria. O texto deve ser
simples, fácil de falar e de ser compreendido.
 Forte e incisiva: a linguagem dever ser convincente, que demonstre
segurança, firmeza, clareza e conhecimento do assunto.
 Síntese: é rigorosamente exigida para dar dinâmica.
 Invocativa: é fundamental colocar-se na posição do ouvinte,
reagindo como ele, dirigindo-se a ele, imaginando seus anseios e
maneira de pensar.
 Agradável: o texto deve ser agradável aos ouvidos, o que requer
escolha de termos e expressões que soem agradavelmente.
 Coloquial: ser natural, informal, usar linguagem simples são
condições absolutamente indispensáveis para quem fala no Rádio.
A estrutura do rádio
 A estrutura de
uma emissora
de rádio não é
complexa:
bastam microfone,
mesa de som,
transmissor,
antena, receptor...
 1 - O estúdio de uma
emissora de rádio é
acusticamente isolado,
geralmente com espuma.
Lá, o locutor fala ao
microfone, que é um
"transdutor": recebe
a vibração da voz em
ondas mecânicas e as converte em corrente elétrica
 2 - O microfone é ligado a uma mesa de som, assim
como o tocador de CD ou MP3 e o computador onde
ficam armazenados comerciais, efeitos sonoros e
músicas. A função da mesa de som é unir esses
sons a outros, como as ligações telefônicas dos
ouvintes, e fazer a peneira do que vai ao ar.
 3 - O sinal em forma de impulsos elétricos que sai da
mesa é fraco, por isso ele passa por um
amplificador, que aumenta a intensidade de corrente
elétrica por meio de um circuito eletrônico.
 4 - No alto da emissora fica a antena.
Lá, é mais fácil evitar que o sinal
seja interrompido. Ela recebe os
sinais elétricos e os transforma em
ondas eletromagnéticas.
 5 - Esses sinais chegam ao receptor,
o aparelho de rádio. Quando mexemos
no dial, um circuito interno faz com que a antena do
aparelho oscile de acordo com cada estação. Os
alto-falantes, então, convertem as ondas elétricas
em vibrações mecânicas (o som propriamente dito).
Funções na redação de uma rádio:
Áreas específica do comunicador/jornalista:
 Pauteiro
 Repórter
 Redator
 Produtor
 Chefe de reportagem
 Apresentador
 Locutor
 Comentarista
 Editores
 Diretor
Gêneros e formatos
Dramático
 Radioteatros, radionovelas, séries,
esquetes, cômicos, etc.
Jornalístico
 Notas simples e ampliadas, boletins,
entrevistas, reportagens, comentários,
editoriais, debates, entrevistas, etc.
Musical
 Programas de variedades,
programas de um ritmo só,
de um intérprete só, festivais,
pedidos dos ouvintes, etc.
Radiorevista
 Não chega a ser um quarto gênero, mas um
superformato onde cabe todo tipo de
recursos e formatos, sejam eles dramáticos,
jornalísticos ou musicais.
 Uma linha de 70 toques
cada = cinco segundos
 Uma lauda com
12 linhas = um minuto
 Lembrando que para facilitar a leitura e controle
do tempo, tudo deve ser escrito por extenso,
incluindo números e datas.
Roteiro básico
Legendas
LOC: Locutor
BG: Background
TEC: Técnico de estúdio
CONV: Convidado
ETV: Entrevistado
FADE: Diminui som
Pode ter LOC1, LOC2,
LOC3 (Se sabe quem vai
gravar, pode substituir
pelo nome do repórter)
 SONORA: Depoimento do entrevistado no meio da
matéria. Não deve ser muito longa.
Pode ter deixa inicial e deixa final da fala do
entrevistado.
 A fonte do roteiro deve ser limpa e de tamanho
razoável para que o locutor/leitor possa vê-la com
clareza (usar corpo de tamanho 12 para cima).
 OBS: O programa de rádio tem de ter agilidade para
mudar de assunto sempre que os acontecimentos
assim o exigirem. Durante a apresentação podem
ser incluídas informações atuais. Isso significa que
algo sairá do roteiro inicialmente previsto.
Outras expressões
 Ambiente: Sons que dão idéia do local da
transmissão. Podem ser ouvidos ao fundo das
narrações ou entrevistas, ou isolados em pequenos
trechos no meio das matérias. Som ambiente.
 Background (BG): Música, vozes ou ruído em
fundo que servem de suporte para a fala. Não
pode de forma alguma prejudicar o som da fala
(se sobrepor a ela).
 Chamada: Flash gravado sobre matéria
ou programa, transmitida várias vezes durante
a programação, para despertar o interesse
do ouvinte.
 Decupagem: Processo de registro da ordem e da
duração das diversas sequências de uma
reportagem gravada, anotando-se frases que
identifiquem essas sequências para editá-las.
 Edição: Preparo das gravações originais antes de
serem transmitidas; montagem de uma matéria, após
selecionar, cortar e emendar trechos da gravação.
 Enquete: Levantamento de testemunhos públicos.
O mesmo que fala povo.
 Fade: Efeito que consiste no aparecimento ou
desaparecimento gradual do som.
 Fade in: Elevação gradual do volume de um som
(música, fala ou ruídos)
 Fade out: Diminuição gradual do volume.
 Roteiro: Texto que apresenta o desenrolar total do
programa de rádio; também significa a relação de
comerciais que devem ser veiculados em ordem de
horário, no jargão radiofônico é o mesmo que “tripa”.
 Espelho: é o esqueleto do programa, o roteiro a ser
seguido, com a ordem das matérias e intervalos,
delimitando o tempo de cada tópico.
 Vinheta: Mensagem transmitida no intervalo de
programas, composta de um texto curto, música
e efeitos sonoros. Pode haver vinheta para
chamar uma matéria ou programa, campanha
institucional e outras.
 “Break”: intervalo comercial entre um bloco e
outro do produto radiojornalístico.
 Teaser: pequeno trecho de entrevista,
destacado para servir como chamada no início
de um produto radiojornalístico ou durante a
programação.
 Cabeça: é o texto que serve para chamar uma
reportagem e que apresenta o assunto ao ouvinte.
Não deve ser muito extenso. O texto da cabeça das
matérias deve introduzir o assunto e não repetir o
que o repórter falará.
 Nota-pé: após a matéria apresentada pelo repórter,
o locutor ainda se refere ao assunto reportagem para
complementar ou acrescentar informações.
 Suíte: breve resumo dos acontecimentos anteriores,
relacionados ao fato que se vai comentar/noticiar.
 Chamada interblocos: é o destaque anunciado
pelo locutor para o próximo (ou próximos) bloco.
Seu objetivo é anunciar as notícias que vêm
depois do intervalo.
 Deixa: é a última ou as últimas palavras de uma
sonora, às quais o locutor deve estar atento para
retomar a locução/apresentação.
 Escalada: é a leitura do conjunto de títulos em
destaque (manchetes) na abertura do radiojornal
ou boletim.
Entrevistas
O objetivo de uma entrevista é fornecer,
nas próprias palavras do entrevistado,
fatos, razões ou opiniões sobre um
determinado assunto.
 Há três tipos básicos de entrevistas: informativa,
interpretativa e emocional
 O objetivo da entrevista informativa é transmitir
informações ao ouvinte.
 O repórter faz perguntas abertas buscando revelar
informações novas (o quê? quem? quando? onde?
como? e por quê?).
 O objetivo da entrevista interpretativa é expor o
raciocínio do entrevistado, permitindo ao ouvinte
fazer um julgamento sobre o senso de valores ou as
prioridades do entrevistado.
 Checa a opinião do entrevistado sobre um
determinado assunto. Busca ampliar e esclarecer
fatos já conhecidos
 O objetivo da entrevista emocional é dar
uma idéia do estado de espírito do
entrevistado, de modo que o ouvinte possa
entender melhor o que ocorre em termos
humanos.
 Marcada pela sensibilidade e espontaneidade
(Exemplo: Captar impressões de um atleta
que acabou de receber um prêmio). O silêncio
é uma ferramenta interessante.
 Existe o perigo de cair no sensacionalismo.
Deve-se permitir a manifestação emocional,
com base na solidariedade e não na
exploração.
Convergência
 Convergência é um conceito que surge com força
dentro das empresas de comunicação jornalística
mundo afora. Lourival Sant’Anna (2008) aponta que
a experiência internacional, sobretudo nos Estados
Unidos e na Inglaterra, indica que há uma tendência
para a fusão de veículos rumo à convergência dos
meios de comunicação, acompanhada por uma
gestão mais profissional das redações. Neste novo
quadro, repórteres de jornais impressos podem
produzir textos para os sites, assim como jornalistas
das versões digitais podem ter sua produção
publicada na versão de papel.
 O que exige muita competência para ser feito em um
único meio – impresso, televisivo, radiofônico ou
digital – torna-se ainda mais difícil quando se exige
do jornalista atuação em mais de uma frente.
Sant’Anna acredita que a sobrecarga de tarefas e
de preocupações com aspectos técnicos, por mais
simples que sejam as operações dos novos
aparelhos, pode afetar a qualidade na apuração.
 Diante deste quadro, a alternativa não é desistir de
uma produção multimídia, mas investir na formação
de um novo perfil de jornalistas, no qual o
individualismo e o protagonismo cederiam algum
espaço para o trabalho em equipe.
 Uma nova mídia não necessariamente acaba
com sua antecessora, mas exige sua
revisão/transformação/atualização.
Heródoto Barbeiro e
Paulo Rodolfo de Lima:
 A internet não acabará com o rádio. A internet não
concorre com o rádio; é a salvação deste. O avanço
tecnológico não deixa outra saída para o rádio senão
a internet, o que proporcionará um salto de
qualidade tanto em propagação como em conteúdo.
 É preciso separar a ideia de rádio como aquele
aparelhinho quadrado, com botões, e que
retransmite emissoras de áudio. O rádio,
comunicação auditiva, eletrônica a distância,
pode se materializar no computador, basta que
este tenha instalado um programa de áudio.
 O rádio via internet potencializa interatividade.
 A propagação da rádio via internet globaliza
o meio. Basta digitar o endereço eletrônico e
uma pequena rádio comunitária, por exemplo,
cujo alcance pela antena FM é de apenas um
quilômetro em volta da praça da vila, é ouvida
em qualquer lugar do
mundo, com todas as
características desse
tipo de comunicação,
algo inimaginável
na era da antena
e das ondas
eletromagnéticas.
Debora Cristina Lopez
 O rádio informativo enfrenta dois desafios: o
incremento da concorrência e o
envelhecimento da audiência.
 E a resposta está na própria origem deste
novo cenário: a internet, que estabelece um
novo modelo narrativo baseado na linguagem
multimídia e no hipertexto; que impõe novas
rotinas produtivas e novos tempos de
programação e escuta; e que gera uma
conversação renovada e interativa.
 Multimídia - Marcos Palacios (2003) aponta a
multimidialidade como a convergência dos
formatos das mídias tradicionais (imagem, texto
e som) na narração de um fato jornalístico numa
situação de agregação e complementaridade.
 Palacios reconhece que essa multimidialidade
na internet é uma continuidade, se
considerarmos que na TV já ocorre uma
conjugação de formatos (imagem, som e texto).
No entanto, é igualmente evidente que a web,
pela facilidade de conjugação dos diferentes
formatos, potencializa essa característica.
 Hipermídia - É o conjunto de meios que permite
o acesso simultâneo a textos, imagens e sons
de modo interativo e não-linear, possibilitando
fazer links entre elementos de mídia, controlar a
própria navegação e, até, extrair telas, imagens
e sons cuja sequência constituirá uma versão
pessoal do usuário
 De todos os suportes digitais, a internet se
apresenta como o espaço propulsor de uma
nova rádio que exige a atualização das
estratégias, conceitos e hábitos de trabalho
tradicionais do meio.
 O rádio precisa despertar para o novo ambiente
em que está inserido e, ainda que
gradualmente, precisa rever ações e
estratégias. O rádio não desaparecerá, mas
será fortalecido pelas possibilidades que a
internet e, acredita-se, a digitalização, oferecem.
 O rádio na TV, na internet,
em dispositivos móveis
ou no rádio digital
ainda é rádio.
Desde que tenha
como base a
transmissão sonora
e as rotinas produtivas
de comunicação radiofônica,
ainda é rádio e produz conteúdo
radiojornalístico multimídia.
 O uso das tecnologias da informação e da
comunicação e este novo cenário fazem com que
o rádio contemporâneo se encontre em um marco,
que determinará mais uma vez uma mudança em
sua concepção e em suas rotinas – na produção
radiofônica de maneira geral e, de maneira mais
pontual, no radiojornalismo.
 Como em outros momentos da história do rádio, a
mudança atual tem uma origem tecnológica
imediata. É a tecnologia digital que afeta a
produção (com maior qualidade); a transmissão
(com um sinal mais resistente a interferências); e
os sistemas de recepção dos programas (com
condições técnicas melhores).
 A tendência, para o futuro do rádio em sua
configuração hipermidiática, é que ele passe a
congregar produções audiovisuais, fotográficas,
infográficas e de texto, buscando a
complementação
do conteúdo sonoro.
Com isso, novas
habilidades serão
demandadas do
profissional deste
meio e novas funções
serão criadas nesse
ambiente de
convergência.
Convergência de primeiro,
segundo e terceiro níveis
 Estes níveis são integrados,
complementares e compõem um
processo de construção da identidade e de
determinação do papel da comunicação
radiofônica no novo cenário que se instaura.
 O primeiro nível deste
processo diz respeito
ao período de
informatização das
redações, que teve
consequências
importantes para
o jornalismo, permitindo a edição digital
de sons e textos e agilizando o processo de
construção da informação na emissora.
 Já o segundo nível engloba a tecnologização
de diversas etapas do processo.
 Trata-se do momento em que se estabelece
um diálogo entre as ferramentas de apuração,
produção e transmissão de informações, sem,
no entanto, afetar diretamente a estrutura
narrativa e a composição do produto.
 Neste nível, a diferença para o produto final
diz respeito à velocidade com que a
informação é composta e transmitida e a
qualidade do som.
 Já na convergência de terceiro nível, a
inserção das tecnologias da informação da
comunicação no processo de construção e
transmissão da notícia afeta a configuração do
veículo, suas definições tradicionais e suas
estratégias de linguagem.
 É o momento em que se configura a produção
multimídia, com repórteres multiplataforma
produzindo conteúdo em áudio, vídeo, texto,
fotografia e infografia para a emissora.
 Assim, no radiojornalismo é possível
considerar convergência de terceiro nível a
produção multimídia. Para o desenvolvimento
desta, o rádio conta com dois ambientes
tecnológicos distintos: a utilização da internet
como um suporte para a transmissão de dados
complementares e a definição por um padrão
de rádio digital, que permita no próprio
aparelho receptor a construção de uma
narrativa multimídia e, a depender do sistema
adotado, propicie ferramentas de interação.
Hipermidiático
 Jornalismo online, telejornalismo,
radiojornalismo e jornalismo impresso
hoje dialogam. Grupos de comunicação
permitem a visualização mais intensa dos
processos de convergência – seja em um
âmbito ou em outro. É importante considerar
que nem sempre as iniciativas buscam a
integração das redações.
 Entre as principais alterações identificadas nas
rotinas do rádio pela adoção de novas
tecnologias está a demanda por conteúdos
multimídia e complementares, como vídeos,
áudios, textos, imagens e infografias.
 Trata-se da configuração do rádio
hipermidiático, o que vai além da transmissão
em antena, ampliando sua produção pela
internet e dispositivos de rádio digital, mas que
ainda mantém a raiz no conteúdo sonoro.
 A eficácia informativa do rádio hipermidiático
tem origem e fim na difusão sonora.
 O conteúdo multiplataforma, embora importante,
não se apresenta como fundamental para a
compreensão da mensagem. Trata-se de uma
produção complementar, de aprofundamento,
detalhamento, memória ou utilidade pública.
 Informações de trânsito ou tempo, por exemplo,
além de serem transmitidas
no ar são disponibilizadas
de maneira mais organizada
e personalizada na internet.
 Neste contexto, o rádio precisa atender a duas
demandas:
 a) integrar-se aos ambientes de interação e de
convívio do ouvinte-internauta, participando
ativamente de redes sociais, da blogosfera, da
twittosfera, entre outros.
 b) investir na criação radiofônica, na
atualização da estética sonora e dos usos da
forma como colaboração para a construção do
conteúdo. A integração às redes sociais é vista
como fundamental.
 Surgem, desta forma, novos formatos
para rádio hipermidiático.
 Formatos estes que, aliados às novas
funções e habilidades do jornalista de rádio
propiciam a revisão estrutural do veículo.
 Ressurge o espaço da criação
radiofônica, intensifica-se o espaço da
análise e são apresentadas novas
estratégias de envolvimento e relação
com o ouvinte-internauta.
 A análise, a discussão e a contextualização,
embora convivam com o hard news, assumem
um papel central, com a predominância de
mesas redondas, comentários e âncoras.
Streaming live e on demand
 Com a internet banda larga, surgiram aplicações
com a tecnologia de streaming de áudio e vídeo.
Para tornar mais leve e rápido o download, a
tecnologia de streaming utiliza a execução de áudio
e vídeo na web por permitir escutar e visualizar os
arquivos enquanto se faz o download.
 Caso não utilize streaming para mostrar um
conteúdo multimídia na rede, o usuário terá de
descarregar primeiro o arquivo inteiro no seu
computador e mais tarde executá-lo, para
finalmente ver e ouvir o conteúdo do arquivo.
Entretanto, o streaming permite que esta tarefa seja
realizada durante o download do arquivo.
 O streaming funciona da seguinte maneira:
primeiro o computador do cliente conecta com o
servidor e este começa a lhe mandar o arquivo;
 O cliente começa a receber o arquivo e constrói
um buffer, onde começa a salvar a informação;
 Quando se enche o buffer com uma pequena
parte do arquivo, o cliente começa a mostrar e ao
mesmo tempo continua o download;
 Se em algum momento a conexão sofre
decréscimos de velocidade, utiliza-se a
informação existente no buffer, de modo que se
pode suportar um pouco esse decréscimo; caso a
comunicação interrompa durante muito tempo, o
buffer se esvazia e a execução do arquivo irá
cortar até que haja a restauração do sinal.
 Existem dois modos de
transmissão por streaming.
 Streaming on Demand, que trata arquivos já
gravados, que podem ser acessados em
qualquer momento e quantas vezes
necessárias.
 Streaming Live, uma transmissão “ao vivo”, em
que todas as pessoas escutam ou assistem a
mesma coisa, ao mesmo tempo.
Transmissão assíncrona
 A transmissão assíncrona (ou sob demanda) é a
melhor opção para quem não tem condições de
fazer uma rádio ao vivo, mas sim utilizando arquivos
de áudio (MP3 ou outro formato pré-gravado e
armazenado no seu site).
 Os áudios são gravados num computador qualquer
e em seguida são enviados a um servidor de
internet, junto com uma lista contendo o nome
desses arquivos. Quem quiser escutar algum
desses programas simplesmente utiliza um
programa de áudio para solicitar esses arquivos
diretamente do servidor.
Transmissão síncrona
 A transmissão síncrona ("ao vivo“) é um pouco mais
complicada e é usada para veicular uma rádio ao
vivo pela internet. Pra começar, é preciso um
computador com internet e uma placa de som.
 Note que "ao vivo" não quer dizer no mesmo
instante. É inviável ter uma transmissão/recepção
instantânea. Primeiro porque, no universo
observável, a velocidade máxima da informação é a
velocidade da luz. No caso da transmissão via
ondas eletromagnéticas (rádio AM, FM, etc) esse
limite é quase atingido, mas no caso da internet
existem vários fatores que fazer com que ocorram
até três minutos de diferença entre a mensagem
se enviada e recebida.
 Na transmissão síncrona, é possível tanto transmitir
músicas armazenadas no computador (nos
formatos MP3, OGG, etc) quanto veicular áudio
externo, que é inserido na transmissão através da
placa de som do computador. A primeira etapa de é
selecionar essas fontes de áudio.
 Na segunda etapa, o áudio das fontes é comprimido
e codificado nos formatos MP3 ou OGG. Em
seguida, esse áudio é enviado ao servidor.
 Do outro lado da transmissão está o computador do
ouvinte, que por um programa reprodutor de áudio
se conecta ao servidor de webradio, recebe o áudio
e faz com que este seja reproduzido no auto-falante
do seu computador.
 Resumindo, uma transmissão síncrona é
equivalente a produzir e enviar pela internet um
arquivo de MP3 (ou similar) em tempo real. A
cada etapa do processo há um pequeno atraso
devido ao processamento dos computadores, à
velocidade da conexão, etc.
Áudio comprimido: MP3 e OGG
 O áudio digitalizado ocupa muita informação.
Armazenar arquivos do tipo WAV gasta tanto espaço
que você não conseguiria ter muitas horas de música
no computador. Transmitir pela internet, nem pensar.
 A solução foi a compressão dos arquivos de áudio.
Da mesma forma que você compacta um arquivo de
texto ou imagem, também é possível comprimir áudio.
Isso é feito eliminando do áudio frequências
inaudíveis ou pouco audíveis por seres humanos e
utilizando métodos de compactação de dados. Um
arquivo comprimido pode ser mais de dez vezes
menor do que o arquivo WAV original. Esse tamanho
reduzido possibilita as rádios via internet.
 Os dois formatos de áudio comprimidos mais
conhecidos são o MP3 e o OGG.
 Para fazer um arquivo em MP3 ou OGG, é
necessário comprimir o áudio original. Para
ouvi-lo, é preciso descompactá-lo, e isso é
feito pelos programas de áudio.
O que é podcast
 Um arquivo de áudio,
geralmente salvo no formato
MP3, que pode ser ouvido
na internet ou transferido para
o computador do internauta
para ser ouvido mais tarde.
 Neologismo que funde duas
palavras: iPod, o tocador de arquivos digitais
de áudio da Apple, e broadcast, que significa
transmissão em inglês.
No celular
 Os celulares deram uma contribuição importante
à popularização do podcast.
 O principal ingrediente dessa receita é o fato de
o podcast poder ser
ouvido em tantos
aparelhos eletrônicos,
em qualquer lugar,
qualquer hora.
Dicas para fazer um bom podcast
 Programas de rádio são os ancestrais do podcast.
Com eles, você aprende sobre fidelizar o ouvinte.
Seja claro. A linguagem deve ser simples.
 Seja qual for o estilo escolhido - musical,
noticioso, humorístico, educativo, de entrevistas -
lembre-se de que você conduz o ouvinte para um
universo feito apenas de imaginação e sons.
 Assim como o rádio, o podcast libera o público
para fazer outras atividades enquanto ouve o
programa. Evite despejar uma avalanche de
dados por segundo sobre o ouvinte. Procure ser
redundante, mas de forma inteligente.
 Faça um breve roteiro
 Esboce o caminho que pretende seguir. Não é
necessário criar uma estrutura rígida com todos
os detalhes previstos, ela pode roubar a
simpatia e a naturalidade.
 O roteiro serve para você não esquecer o que
vai falar e contribui para eliminar parte daqueles
murmúrios de indecisão. Ajuda também no
cálculo do tempo do programa.
 Edição
 Identifique os pontos fortes e procure valorizá-
los. Elimine ruídos, acrescente som de fundo,
corte momentos de silêncio. São muitos os
recursos. Não use todos ao mesmo tempo, não
crie um carro alegórico de efeitos.
 Use vinhetas para demarcar partes do
programa. Como uma boa moldura, a vinheta
valoriza a obra.
Alguns usos dos podcasts
 Programas de entretenimento (cultura pop,
cinema e tecnologia são os temas mais comum)
 Rádios (transmissão de programas das rádios
tradicionais como forma de aumentar audiência
e atingir um novo público)
 Entrevistas (depoimentos de especialistas e
consultores sobre assuntos específicos)
 Educação (aulas em aúdio para ensino a
distância ou complemento das aulas
tradicionais, cursos de idiomas, etc.)
 Propaganda política (prefeituras e governos
adotaram o podcast para divulgar discursos,
fazer campanha, prestar contas, estreitar o
relacionamento com o eleitor).
Rádios Comunitárias
 Conceito do governo:
Trata-se de radiodifusão de sons, em
frequência modulada (FM), de baixa potência
(25 Watts), que dá condições à comunidade de
ter um canal de comunicação inteiramente
dedicado a ela, abrindo oportunidade para
divulgação de suas ideias, manifestações
culturais, tradições e hábitos sociais.
 Não pode ter fins lucrativos.
Lei nº 9.612, de 20 de fevereiro de 1998
O que diz a lei federal
 A legislação atual confere existência legal às
emissoras de rádio comunitárias, detalhando
que elas devem ter como finalidade primordial a
prestação de serviços de utilidade pública,
oportunizando a difusão de suas idéias,
culturas, tradições e hábitos. Devem também
oferecer mecanismos que visem a integração da
comunidade por meio de estímulos ao lazer,
cultura e convívio social, fortalecendo o direito
de expressão dos seus integrantes.
 Art. 3º - Finalidades das rádios comunitárias:
 I - dar oportunidade à
difusão de ideias,
elementos de cultura,
tradições e hábitos
sociais da comunidade;
 II - oferecer mecanismos
à formação e integração
da comunidade, estimulando
o lazer, a cultura e o convívio social;
 III - prestar serviços de utilidade pública,
integrando-se aos serviços de defesa civil,
sempre que necessário;
 IV - contribuir para o aperfeiçoamento
profissional nas áreas de atuação dos
jornalistas e radialistas, de conformidade com a
legislação profissional vigente;
 V - permitir a capacitação dos cidadãos no
exercício do direito de expressão da forma mais
acessível possível.
 Art. 4º Princípios da programação:
 I - preferência a finalidades educativas,
artísticas, culturais e informativas em benefício
do desenvolvimento geral da comunidade;
 II - promoção das atividades artísticas e
jornalísticas na comunidade e da integração dos
membros da comunidade atendida;
 III - respeito aos valores éticos e sociais da
pessoa e da família, favorecendo a integração
dos membros da comunidade atendida;
 IV - não discriminação de raça, religião, sexo,
preferências sexuais, convicções político-
ideológico-partidárias e condição social nas
relações comunitárias.
 § 1º É vedado o proselitismo de qualquer
natureza (como as propagandas religiosas ou
políticas, por exemplo).
 § 2º As programações opinativa e informativa
observarão os princípios da pluralidade de
opinião, divulgando, sempre, as diferentes
interpretações relativas aos fatos noticiados.
 § 3º Qualquer cidadão da comunidade
beneficiada terá direito a emitir opiniões sobre
quaisquer assuntos abordados na programação
da emissora, devendo observar apenas o
momento adequado
da programação para
fazê-lo, mediante pedido
encaminhado à
Direção responsável
pela Rádio Comunitária.
Limitações técnicas
 Entende-se por cobertura restrita aquela
destinada ao atendimento de determinada
comunidade de um bairro e/ou vila.
 Mas a lei estabelece como alcance
o raio de um quilômetro
a partir da antena.
 Gera críticas, muitas
rádios desobedecem.
Uma alternativa legal
é a transmissão
pela internet.
 Sinal fora do dial
 No Brasil, o dial definido para FM vai
de 88 a 108 MGz, que é a frequência captada
pelos principais aparelhos do mercado.
 Mas a normatização do governo para as
Rádios Comunitárias prevê a utilização dos
canais 200 (87,9 MHz), 199 (87,7MHz)
e 198 (87,5MHz), dificultando a sintonização.
 A Rádio Comunitária
só pode ter apoio
cultural (dar nome
e contatos das
empresas apoiadoras)
 Não pode ter
publicidade
tradicional.
Jornalismo na Rádio Comunitária
 Para Cicilia Peruzzo, são características do
jornalismo nas rádios comunitárias:
 Parte do local - Isto é, interessa mais (não só)
a notícia de proximidade, tanto a geográfica
como provindas de outras identidades
comunitárias. Enquanto o critério número um da
grande imprensa é abordar temas que
interessam a um grande número de pessoas, o
jornalismo comunitária privilegia assuntos que
dizem respeito diretamente às pessoas que
vivem em uma dada localidade ou que
compartilha de outras afinidades.
 Esse "jornalismo de proximidade",
porém, não ocorre em todas as
rádios comunitárias, seja por falta
de equipe para apurar os fatos,
pela carência de formação ou
porque a emissora ainda está
na fase de imitar as
rádios comerciais.
 Profissionais, geralmente,
são voluntários. Jornalistas
em início de carreira, que se
qualificam e mudam para
as rádios comerciais em
busca de salários melhores.
 As principais fontes são pessoas comuns -
São as lideranças populares e cidadão comuns
que vivem as situações tratadas.
 Linguagem coloquial - A padronização no
formato leal, em geral, não chega a ser
respeitada nos meios populares.
 As abordagens são mais características do
formato debate, entrevistas simples e
notas do que reportagens.
 Preponderantemente ao vivo.
 Caráter denunciativo
O poder público é
denunciado quando comete
atos irregulares
ou presta serviços
inadequados.
 Jornalismo como
serviço social
Ênfase a esclarecimentos sobre campanhas,
orientações, seja para inscrição para
participação em uma determinada atividade ou
acesso a serviços regulares.
 Podemos, então, agrupar os informes de
uma rádio comunitária em três linhas:
 1 - Notícia - O fato ou acontecimento nos
moldes do jornalismo tradicional, com suas
peculiaridades.
 2 - Serviço - Campanhas, oferta de
emprego, localização de pessoa
desaparecida, documentos perdidos, etc.
 3 - Social/afetivo - Informes pessoais ou das
famílias, reuniões, casamentos, etc.

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Introdução à Rádio e Áudio

  • 1. Introdução a Rádio e Áudio Revisão Prof. Alexandre Lenzi lenzi.alexandre@gmail.com Março/2013
  • 2.  Em 1890, o italiano Guglielmo Marconi conseguiu transmitir sinais sonoros a uma distância de nove metros; depois, de 275 metros; depois, três quilômetros; e, em 1901, 3.200 quilômetros.  Naquele tempo, o rádio era apenas uma extensão do telégrafo, usado para se comunicar com navios em alto-mar.
  • 3. Rádio no Brasil  No centenário da Independência Brasileira, em 1922, é inaugurado oficialmente o Rádio no Brasil.  Na transmissão inédita, os brasileiros ouviram o discurso do então presidente Epitácio Pessoa e trechos da ópera O Guarany, de Carlos Gomes.  Já em 1923, convicto de que era primordial fazer rádio no Brasil, Edgar Roquette Pinto conseguiu sensibilizar com suas idéias a Academia Brasileira de Ciências, nascendo assim, no dia 20 de abril daquele ano, a primeira estação de rádio do país, a Sociedade Rádio do Rio, hoje Rádio MEC.
  • 4.  No início as rádios se mantinham apenas com a contribuição do público, mas com o passar do tempo foi permitida a presença de patrocinadores (março de 1932).  De 1920 até o início da década de 1960, o que se destaca são as radionovelas.  Nos anos 1930, as marchinhas de carnaval + A Voz do Brasil (1935)  Nos anos 1950, o radiojornalismo ganha mais força.
  • 5. Linguagem radiofônica - Recursos  Comunicação afetiva - poder de sugestão, estímulo à imaginação - construção de imagens auditivas, ver por meio das palavras  Empatia - estético - emocional - interação com o ouvinte  Elementos de identificação - cotidiano, vivências - caráter intimista  Técnicas criativas - explorar a potencialidade sonora do veículo: música, efeitos sonoros, ruídos, silêncio, palavra e voz.
  • 6. Linguagem radiofônica - Limitações  Unisensorialidade (só usa um sentido - audição) - cansaço - distração  Ausência do interlocutor - unidirecionalidade - desconhece a reação do ouvinte  Receptor condicionado - atenção superficial - inconstância - limitada capacidade de apreensão  Fugacidade - limitada capacidade de informação - monotonia
  • 7. O texto no Rádio  Nitidez: a linguagem deve ser clara, inconfundível de modo que o ouvinte possa ver através das palavras.  Simplicidade: nunca escreva o que você não diria. O texto deve ser simples, fácil de falar e de ser compreendido.  Forte e incisiva: a linguagem dever ser convincente, que demonstre segurança, firmeza, clareza e conhecimento do assunto.  Síntese: é rigorosamente exigida para dar dinâmica.  Invocativa: é fundamental colocar-se na posição do ouvinte, reagindo como ele, dirigindo-se a ele, imaginando seus anseios e maneira de pensar.  Agradável: o texto deve ser agradável aos ouvidos, o que requer escolha de termos e expressões que soem agradavelmente.  Coloquial: ser natural, informal, usar linguagem simples são condições absolutamente indispensáveis para quem fala no Rádio.
  • 8. A estrutura do rádio  A estrutura de uma emissora de rádio não é complexa: bastam microfone, mesa de som, transmissor, antena, receptor...
  • 9.  1 - O estúdio de uma emissora de rádio é acusticamente isolado, geralmente com espuma. Lá, o locutor fala ao microfone, que é um "transdutor": recebe a vibração da voz em ondas mecânicas e as converte em corrente elétrica  2 - O microfone é ligado a uma mesa de som, assim como o tocador de CD ou MP3 e o computador onde ficam armazenados comerciais, efeitos sonoros e músicas. A função da mesa de som é unir esses sons a outros, como as ligações telefônicas dos ouvintes, e fazer a peneira do que vai ao ar.
  • 10.  3 - O sinal em forma de impulsos elétricos que sai da mesa é fraco, por isso ele passa por um amplificador, que aumenta a intensidade de corrente elétrica por meio de um circuito eletrônico.  4 - No alto da emissora fica a antena. Lá, é mais fácil evitar que o sinal seja interrompido. Ela recebe os sinais elétricos e os transforma em ondas eletromagnéticas.  5 - Esses sinais chegam ao receptor, o aparelho de rádio. Quando mexemos no dial, um circuito interno faz com que a antena do aparelho oscile de acordo com cada estação. Os alto-falantes, então, convertem as ondas elétricas em vibrações mecânicas (o som propriamente dito).
  • 11. Funções na redação de uma rádio: Áreas específica do comunicador/jornalista:  Pauteiro  Repórter  Redator  Produtor  Chefe de reportagem  Apresentador  Locutor  Comentarista  Editores  Diretor
  • 12. Gêneros e formatos Dramático  Radioteatros, radionovelas, séries, esquetes, cômicos, etc. Jornalístico  Notas simples e ampliadas, boletins, entrevistas, reportagens, comentários, editoriais, debates, entrevistas, etc.
  • 13. Musical  Programas de variedades, programas de um ritmo só, de um intérprete só, festivais, pedidos dos ouvintes, etc. Radiorevista  Não chega a ser um quarto gênero, mas um superformato onde cabe todo tipo de recursos e formatos, sejam eles dramáticos, jornalísticos ou musicais.
  • 14.
  • 15.  Uma linha de 70 toques cada = cinco segundos  Uma lauda com 12 linhas = um minuto  Lembrando que para facilitar a leitura e controle do tempo, tudo deve ser escrito por extenso, incluindo números e datas.
  • 16. Roteiro básico Legendas LOC: Locutor BG: Background TEC: Técnico de estúdio CONV: Convidado ETV: Entrevistado FADE: Diminui som Pode ter LOC1, LOC2, LOC3 (Se sabe quem vai gravar, pode substituir pelo nome do repórter)
  • 17.  SONORA: Depoimento do entrevistado no meio da matéria. Não deve ser muito longa. Pode ter deixa inicial e deixa final da fala do entrevistado.  A fonte do roteiro deve ser limpa e de tamanho razoável para que o locutor/leitor possa vê-la com clareza (usar corpo de tamanho 12 para cima).  OBS: O programa de rádio tem de ter agilidade para mudar de assunto sempre que os acontecimentos assim o exigirem. Durante a apresentação podem ser incluídas informações atuais. Isso significa que algo sairá do roteiro inicialmente previsto.
  • 18. Outras expressões  Ambiente: Sons que dão idéia do local da transmissão. Podem ser ouvidos ao fundo das narrações ou entrevistas, ou isolados em pequenos trechos no meio das matérias. Som ambiente.  Background (BG): Música, vozes ou ruído em fundo que servem de suporte para a fala. Não pode de forma alguma prejudicar o som da fala (se sobrepor a ela).  Chamada: Flash gravado sobre matéria ou programa, transmitida várias vezes durante a programação, para despertar o interesse do ouvinte.
  • 19.  Decupagem: Processo de registro da ordem e da duração das diversas sequências de uma reportagem gravada, anotando-se frases que identifiquem essas sequências para editá-las.  Edição: Preparo das gravações originais antes de serem transmitidas; montagem de uma matéria, após selecionar, cortar e emendar trechos da gravação.  Enquete: Levantamento de testemunhos públicos. O mesmo que fala povo.
  • 20.  Fade: Efeito que consiste no aparecimento ou desaparecimento gradual do som.  Fade in: Elevação gradual do volume de um som (música, fala ou ruídos)  Fade out: Diminuição gradual do volume.  Roteiro: Texto que apresenta o desenrolar total do programa de rádio; também significa a relação de comerciais que devem ser veiculados em ordem de horário, no jargão radiofônico é o mesmo que “tripa”.  Espelho: é o esqueleto do programa, o roteiro a ser seguido, com a ordem das matérias e intervalos, delimitando o tempo de cada tópico.
  • 21.  Vinheta: Mensagem transmitida no intervalo de programas, composta de um texto curto, música e efeitos sonoros. Pode haver vinheta para chamar uma matéria ou programa, campanha institucional e outras.  “Break”: intervalo comercial entre um bloco e outro do produto radiojornalístico.  Teaser: pequeno trecho de entrevista, destacado para servir como chamada no início de um produto radiojornalístico ou durante a programação.
  • 22.  Cabeça: é o texto que serve para chamar uma reportagem e que apresenta o assunto ao ouvinte. Não deve ser muito extenso. O texto da cabeça das matérias deve introduzir o assunto e não repetir o que o repórter falará.  Nota-pé: após a matéria apresentada pelo repórter, o locutor ainda se refere ao assunto reportagem para complementar ou acrescentar informações.  Suíte: breve resumo dos acontecimentos anteriores, relacionados ao fato que se vai comentar/noticiar.
  • 23.  Chamada interblocos: é o destaque anunciado pelo locutor para o próximo (ou próximos) bloco. Seu objetivo é anunciar as notícias que vêm depois do intervalo.  Deixa: é a última ou as últimas palavras de uma sonora, às quais o locutor deve estar atento para retomar a locução/apresentação.  Escalada: é a leitura do conjunto de títulos em destaque (manchetes) na abertura do radiojornal ou boletim.
  • 24. Entrevistas O objetivo de uma entrevista é fornecer, nas próprias palavras do entrevistado, fatos, razões ou opiniões sobre um determinado assunto.
  • 25.  Há três tipos básicos de entrevistas: informativa, interpretativa e emocional  O objetivo da entrevista informativa é transmitir informações ao ouvinte.  O repórter faz perguntas abertas buscando revelar informações novas (o quê? quem? quando? onde? como? e por quê?).  O objetivo da entrevista interpretativa é expor o raciocínio do entrevistado, permitindo ao ouvinte fazer um julgamento sobre o senso de valores ou as prioridades do entrevistado.  Checa a opinião do entrevistado sobre um determinado assunto. Busca ampliar e esclarecer fatos já conhecidos
  • 26.  O objetivo da entrevista emocional é dar uma idéia do estado de espírito do entrevistado, de modo que o ouvinte possa entender melhor o que ocorre em termos humanos.  Marcada pela sensibilidade e espontaneidade (Exemplo: Captar impressões de um atleta que acabou de receber um prêmio). O silêncio é uma ferramenta interessante.  Existe o perigo de cair no sensacionalismo. Deve-se permitir a manifestação emocional, com base na solidariedade e não na exploração.
  • 27.
  • 28. Convergência  Convergência é um conceito que surge com força dentro das empresas de comunicação jornalística mundo afora. Lourival Sant’Anna (2008) aponta que a experiência internacional, sobretudo nos Estados Unidos e na Inglaterra, indica que há uma tendência para a fusão de veículos rumo à convergência dos meios de comunicação, acompanhada por uma gestão mais profissional das redações. Neste novo quadro, repórteres de jornais impressos podem produzir textos para os sites, assim como jornalistas das versões digitais podem ter sua produção publicada na versão de papel.
  • 29.  O que exige muita competência para ser feito em um único meio – impresso, televisivo, radiofônico ou digital – torna-se ainda mais difícil quando se exige do jornalista atuação em mais de uma frente. Sant’Anna acredita que a sobrecarga de tarefas e de preocupações com aspectos técnicos, por mais simples que sejam as operações dos novos aparelhos, pode afetar a qualidade na apuração.  Diante deste quadro, a alternativa não é desistir de uma produção multimídia, mas investir na formação de um novo perfil de jornalistas, no qual o individualismo e o protagonismo cederiam algum espaço para o trabalho em equipe.
  • 30.  Uma nova mídia não necessariamente acaba com sua antecessora, mas exige sua revisão/transformação/atualização.
  • 31. Heródoto Barbeiro e Paulo Rodolfo de Lima:  A internet não acabará com o rádio. A internet não concorre com o rádio; é a salvação deste. O avanço tecnológico não deixa outra saída para o rádio senão a internet, o que proporcionará um salto de qualidade tanto em propagação como em conteúdo.  É preciso separar a ideia de rádio como aquele aparelhinho quadrado, com botões, e que retransmite emissoras de áudio. O rádio, comunicação auditiva, eletrônica a distância, pode se materializar no computador, basta que este tenha instalado um programa de áudio.
  • 32.  O rádio via internet potencializa interatividade.
  • 33.  A propagação da rádio via internet globaliza o meio. Basta digitar o endereço eletrônico e uma pequena rádio comunitária, por exemplo, cujo alcance pela antena FM é de apenas um quilômetro em volta da praça da vila, é ouvida em qualquer lugar do mundo, com todas as características desse tipo de comunicação, algo inimaginável na era da antena e das ondas eletromagnéticas.
  • 34. Debora Cristina Lopez  O rádio informativo enfrenta dois desafios: o incremento da concorrência e o envelhecimento da audiência.  E a resposta está na própria origem deste novo cenário: a internet, que estabelece um novo modelo narrativo baseado na linguagem multimídia e no hipertexto; que impõe novas rotinas produtivas e novos tempos de programação e escuta; e que gera uma conversação renovada e interativa.
  • 35.  Multimídia - Marcos Palacios (2003) aponta a multimidialidade como a convergência dos formatos das mídias tradicionais (imagem, texto e som) na narração de um fato jornalístico numa situação de agregação e complementaridade.  Palacios reconhece que essa multimidialidade na internet é uma continuidade, se considerarmos que na TV já ocorre uma conjugação de formatos (imagem, som e texto). No entanto, é igualmente evidente que a web, pela facilidade de conjugação dos diferentes formatos, potencializa essa característica.
  • 36.  Hipermídia - É o conjunto de meios que permite o acesso simultâneo a textos, imagens e sons de modo interativo e não-linear, possibilitando fazer links entre elementos de mídia, controlar a própria navegação e, até, extrair telas, imagens e sons cuja sequência constituirá uma versão pessoal do usuário
  • 37.  De todos os suportes digitais, a internet se apresenta como o espaço propulsor de uma nova rádio que exige a atualização das estratégias, conceitos e hábitos de trabalho tradicionais do meio.  O rádio precisa despertar para o novo ambiente em que está inserido e, ainda que gradualmente, precisa rever ações e estratégias. O rádio não desaparecerá, mas será fortalecido pelas possibilidades que a internet e, acredita-se, a digitalização, oferecem.
  • 38.  O rádio na TV, na internet, em dispositivos móveis ou no rádio digital ainda é rádio. Desde que tenha como base a transmissão sonora e as rotinas produtivas de comunicação radiofônica, ainda é rádio e produz conteúdo radiojornalístico multimídia.
  • 39.  O uso das tecnologias da informação e da comunicação e este novo cenário fazem com que o rádio contemporâneo se encontre em um marco, que determinará mais uma vez uma mudança em sua concepção e em suas rotinas – na produção radiofônica de maneira geral e, de maneira mais pontual, no radiojornalismo.  Como em outros momentos da história do rádio, a mudança atual tem uma origem tecnológica imediata. É a tecnologia digital que afeta a produção (com maior qualidade); a transmissão (com um sinal mais resistente a interferências); e os sistemas de recepção dos programas (com condições técnicas melhores).
  • 40.  A tendência, para o futuro do rádio em sua configuração hipermidiática, é que ele passe a congregar produções audiovisuais, fotográficas, infográficas e de texto, buscando a complementação do conteúdo sonoro. Com isso, novas habilidades serão demandadas do profissional deste meio e novas funções serão criadas nesse ambiente de convergência.
  • 41. Convergência de primeiro, segundo e terceiro níveis  Estes níveis são integrados, complementares e compõem um processo de construção da identidade e de determinação do papel da comunicação radiofônica no novo cenário que se instaura.
  • 42.  O primeiro nível deste processo diz respeito ao período de informatização das redações, que teve consequências importantes para o jornalismo, permitindo a edição digital de sons e textos e agilizando o processo de construção da informação na emissora.
  • 43.  Já o segundo nível engloba a tecnologização de diversas etapas do processo.  Trata-se do momento em que se estabelece um diálogo entre as ferramentas de apuração, produção e transmissão de informações, sem, no entanto, afetar diretamente a estrutura narrativa e a composição do produto.  Neste nível, a diferença para o produto final diz respeito à velocidade com que a informação é composta e transmitida e a qualidade do som.
  • 44.  Já na convergência de terceiro nível, a inserção das tecnologias da informação da comunicação no processo de construção e transmissão da notícia afeta a configuração do veículo, suas definições tradicionais e suas estratégias de linguagem.  É o momento em que se configura a produção multimídia, com repórteres multiplataforma produzindo conteúdo em áudio, vídeo, texto, fotografia e infografia para a emissora.
  • 45.  Assim, no radiojornalismo é possível considerar convergência de terceiro nível a produção multimídia. Para o desenvolvimento desta, o rádio conta com dois ambientes tecnológicos distintos: a utilização da internet como um suporte para a transmissão de dados complementares e a definição por um padrão de rádio digital, que permita no próprio aparelho receptor a construção de uma narrativa multimídia e, a depender do sistema adotado, propicie ferramentas de interação.
  • 46. Hipermidiático  Jornalismo online, telejornalismo, radiojornalismo e jornalismo impresso hoje dialogam. Grupos de comunicação permitem a visualização mais intensa dos processos de convergência – seja em um âmbito ou em outro. É importante considerar que nem sempre as iniciativas buscam a integração das redações.
  • 47.  Entre as principais alterações identificadas nas rotinas do rádio pela adoção de novas tecnologias está a demanda por conteúdos multimídia e complementares, como vídeos, áudios, textos, imagens e infografias.  Trata-se da configuração do rádio hipermidiático, o que vai além da transmissão em antena, ampliando sua produção pela internet e dispositivos de rádio digital, mas que ainda mantém a raiz no conteúdo sonoro.  A eficácia informativa do rádio hipermidiático tem origem e fim na difusão sonora.
  • 48.  O conteúdo multiplataforma, embora importante, não se apresenta como fundamental para a compreensão da mensagem. Trata-se de uma produção complementar, de aprofundamento, detalhamento, memória ou utilidade pública.  Informações de trânsito ou tempo, por exemplo, além de serem transmitidas no ar são disponibilizadas de maneira mais organizada e personalizada na internet.
  • 49.  Neste contexto, o rádio precisa atender a duas demandas:  a) integrar-se aos ambientes de interação e de convívio do ouvinte-internauta, participando ativamente de redes sociais, da blogosfera, da twittosfera, entre outros.  b) investir na criação radiofônica, na atualização da estética sonora e dos usos da forma como colaboração para a construção do conteúdo. A integração às redes sociais é vista como fundamental.
  • 50.  Surgem, desta forma, novos formatos para rádio hipermidiático.  Formatos estes que, aliados às novas funções e habilidades do jornalista de rádio propiciam a revisão estrutural do veículo.  Ressurge o espaço da criação radiofônica, intensifica-se o espaço da análise e são apresentadas novas estratégias de envolvimento e relação com o ouvinte-internauta.
  • 51.  A análise, a discussão e a contextualização, embora convivam com o hard news, assumem um papel central, com a predominância de mesas redondas, comentários e âncoras.
  • 52. Streaming live e on demand  Com a internet banda larga, surgiram aplicações com a tecnologia de streaming de áudio e vídeo. Para tornar mais leve e rápido o download, a tecnologia de streaming utiliza a execução de áudio e vídeo na web por permitir escutar e visualizar os arquivos enquanto se faz o download.  Caso não utilize streaming para mostrar um conteúdo multimídia na rede, o usuário terá de descarregar primeiro o arquivo inteiro no seu computador e mais tarde executá-lo, para finalmente ver e ouvir o conteúdo do arquivo. Entretanto, o streaming permite que esta tarefa seja realizada durante o download do arquivo.
  • 53.  O streaming funciona da seguinte maneira: primeiro o computador do cliente conecta com o servidor e este começa a lhe mandar o arquivo;  O cliente começa a receber o arquivo e constrói um buffer, onde começa a salvar a informação;  Quando se enche o buffer com uma pequena parte do arquivo, o cliente começa a mostrar e ao mesmo tempo continua o download;  Se em algum momento a conexão sofre decréscimos de velocidade, utiliza-se a informação existente no buffer, de modo que se pode suportar um pouco esse decréscimo; caso a comunicação interrompa durante muito tempo, o buffer se esvazia e a execução do arquivo irá cortar até que haja a restauração do sinal.
  • 54.  Existem dois modos de transmissão por streaming.  Streaming on Demand, que trata arquivos já gravados, que podem ser acessados em qualquer momento e quantas vezes necessárias.  Streaming Live, uma transmissão “ao vivo”, em que todas as pessoas escutam ou assistem a mesma coisa, ao mesmo tempo.
  • 55. Transmissão assíncrona  A transmissão assíncrona (ou sob demanda) é a melhor opção para quem não tem condições de fazer uma rádio ao vivo, mas sim utilizando arquivos de áudio (MP3 ou outro formato pré-gravado e armazenado no seu site).  Os áudios são gravados num computador qualquer e em seguida são enviados a um servidor de internet, junto com uma lista contendo o nome desses arquivos. Quem quiser escutar algum desses programas simplesmente utiliza um programa de áudio para solicitar esses arquivos diretamente do servidor.
  • 56.
  • 57. Transmissão síncrona  A transmissão síncrona ("ao vivo“) é um pouco mais complicada e é usada para veicular uma rádio ao vivo pela internet. Pra começar, é preciso um computador com internet e uma placa de som.  Note que "ao vivo" não quer dizer no mesmo instante. É inviável ter uma transmissão/recepção instantânea. Primeiro porque, no universo observável, a velocidade máxima da informação é a velocidade da luz. No caso da transmissão via ondas eletromagnéticas (rádio AM, FM, etc) esse limite é quase atingido, mas no caso da internet existem vários fatores que fazer com que ocorram até três minutos de diferença entre a mensagem se enviada e recebida.
  • 58.  Na transmissão síncrona, é possível tanto transmitir músicas armazenadas no computador (nos formatos MP3, OGG, etc) quanto veicular áudio externo, que é inserido na transmissão através da placa de som do computador. A primeira etapa de é selecionar essas fontes de áudio.  Na segunda etapa, o áudio das fontes é comprimido e codificado nos formatos MP3 ou OGG. Em seguida, esse áudio é enviado ao servidor.  Do outro lado da transmissão está o computador do ouvinte, que por um programa reprodutor de áudio se conecta ao servidor de webradio, recebe o áudio e faz com que este seja reproduzido no auto-falante do seu computador.
  • 59.  Resumindo, uma transmissão síncrona é equivalente a produzir e enviar pela internet um arquivo de MP3 (ou similar) em tempo real. A cada etapa do processo há um pequeno atraso devido ao processamento dos computadores, à velocidade da conexão, etc.
  • 60. Áudio comprimido: MP3 e OGG  O áudio digitalizado ocupa muita informação. Armazenar arquivos do tipo WAV gasta tanto espaço que você não conseguiria ter muitas horas de música no computador. Transmitir pela internet, nem pensar.  A solução foi a compressão dos arquivos de áudio. Da mesma forma que você compacta um arquivo de texto ou imagem, também é possível comprimir áudio. Isso é feito eliminando do áudio frequências inaudíveis ou pouco audíveis por seres humanos e utilizando métodos de compactação de dados. Um arquivo comprimido pode ser mais de dez vezes menor do que o arquivo WAV original. Esse tamanho reduzido possibilita as rádios via internet.
  • 61.  Os dois formatos de áudio comprimidos mais conhecidos são o MP3 e o OGG.  Para fazer um arquivo em MP3 ou OGG, é necessário comprimir o áudio original. Para ouvi-lo, é preciso descompactá-lo, e isso é feito pelos programas de áudio.
  • 62. O que é podcast  Um arquivo de áudio, geralmente salvo no formato MP3, que pode ser ouvido na internet ou transferido para o computador do internauta para ser ouvido mais tarde.  Neologismo que funde duas palavras: iPod, o tocador de arquivos digitais de áudio da Apple, e broadcast, que significa transmissão em inglês.
  • 63. No celular  Os celulares deram uma contribuição importante à popularização do podcast.  O principal ingrediente dessa receita é o fato de o podcast poder ser ouvido em tantos aparelhos eletrônicos, em qualquer lugar, qualquer hora.
  • 64. Dicas para fazer um bom podcast  Programas de rádio são os ancestrais do podcast. Com eles, você aprende sobre fidelizar o ouvinte. Seja claro. A linguagem deve ser simples.  Seja qual for o estilo escolhido - musical, noticioso, humorístico, educativo, de entrevistas - lembre-se de que você conduz o ouvinte para um universo feito apenas de imaginação e sons.  Assim como o rádio, o podcast libera o público para fazer outras atividades enquanto ouve o programa. Evite despejar uma avalanche de dados por segundo sobre o ouvinte. Procure ser redundante, mas de forma inteligente.
  • 65.  Faça um breve roteiro  Esboce o caminho que pretende seguir. Não é necessário criar uma estrutura rígida com todos os detalhes previstos, ela pode roubar a simpatia e a naturalidade.  O roteiro serve para você não esquecer o que vai falar e contribui para eliminar parte daqueles murmúrios de indecisão. Ajuda também no cálculo do tempo do programa.
  • 66.  Edição  Identifique os pontos fortes e procure valorizá- los. Elimine ruídos, acrescente som de fundo, corte momentos de silêncio. São muitos os recursos. Não use todos ao mesmo tempo, não crie um carro alegórico de efeitos.  Use vinhetas para demarcar partes do programa. Como uma boa moldura, a vinheta valoriza a obra.
  • 67. Alguns usos dos podcasts  Programas de entretenimento (cultura pop, cinema e tecnologia são os temas mais comum)  Rádios (transmissão de programas das rádios tradicionais como forma de aumentar audiência e atingir um novo público)  Entrevistas (depoimentos de especialistas e consultores sobre assuntos específicos)
  • 68.  Educação (aulas em aúdio para ensino a distância ou complemento das aulas tradicionais, cursos de idiomas, etc.)  Propaganda política (prefeituras e governos adotaram o podcast para divulgar discursos, fazer campanha, prestar contas, estreitar o relacionamento com o eleitor).
  • 69. Rádios Comunitárias  Conceito do governo: Trata-se de radiodifusão de sons, em frequência modulada (FM), de baixa potência (25 Watts), que dá condições à comunidade de ter um canal de comunicação inteiramente dedicado a ela, abrindo oportunidade para divulgação de suas ideias, manifestações culturais, tradições e hábitos sociais.  Não pode ter fins lucrativos. Lei nº 9.612, de 20 de fevereiro de 1998
  • 70. O que diz a lei federal  A legislação atual confere existência legal às emissoras de rádio comunitárias, detalhando que elas devem ter como finalidade primordial a prestação de serviços de utilidade pública, oportunizando a difusão de suas idéias, culturas, tradições e hábitos. Devem também oferecer mecanismos que visem a integração da comunidade por meio de estímulos ao lazer, cultura e convívio social, fortalecendo o direito de expressão dos seus integrantes.
  • 71.  Art. 3º - Finalidades das rádios comunitárias:  I - dar oportunidade à difusão de ideias, elementos de cultura, tradições e hábitos sociais da comunidade;  II - oferecer mecanismos à formação e integração da comunidade, estimulando o lazer, a cultura e o convívio social;  III - prestar serviços de utilidade pública, integrando-se aos serviços de defesa civil, sempre que necessário;
  • 72.  IV - contribuir para o aperfeiçoamento profissional nas áreas de atuação dos jornalistas e radialistas, de conformidade com a legislação profissional vigente;  V - permitir a capacitação dos cidadãos no exercício do direito de expressão da forma mais acessível possível.
  • 73.  Art. 4º Princípios da programação:  I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas em benefício do desenvolvimento geral da comunidade;  II - promoção das atividades artísticas e jornalísticas na comunidade e da integração dos membros da comunidade atendida;
  • 74.  III - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família, favorecendo a integração dos membros da comunidade atendida;  IV - não discriminação de raça, religião, sexo, preferências sexuais, convicções político- ideológico-partidárias e condição social nas relações comunitárias.
  • 75.  § 1º É vedado o proselitismo de qualquer natureza (como as propagandas religiosas ou políticas, por exemplo).  § 2º As programações opinativa e informativa observarão os princípios da pluralidade de opinião, divulgando, sempre, as diferentes interpretações relativas aos fatos noticiados.
  • 76.  § 3º Qualquer cidadão da comunidade beneficiada terá direito a emitir opiniões sobre quaisquer assuntos abordados na programação da emissora, devendo observar apenas o momento adequado da programação para fazê-lo, mediante pedido encaminhado à Direção responsável pela Rádio Comunitária.
  • 77. Limitações técnicas  Entende-se por cobertura restrita aquela destinada ao atendimento de determinada comunidade de um bairro e/ou vila.  Mas a lei estabelece como alcance o raio de um quilômetro a partir da antena.  Gera críticas, muitas rádios desobedecem. Uma alternativa legal é a transmissão pela internet.
  • 78.  Sinal fora do dial  No Brasil, o dial definido para FM vai de 88 a 108 MGz, que é a frequência captada pelos principais aparelhos do mercado.  Mas a normatização do governo para as Rádios Comunitárias prevê a utilização dos canais 200 (87,9 MHz), 199 (87,7MHz) e 198 (87,5MHz), dificultando a sintonização.
  • 79.  A Rádio Comunitária só pode ter apoio cultural (dar nome e contatos das empresas apoiadoras)  Não pode ter publicidade tradicional.
  • 80. Jornalismo na Rádio Comunitária  Para Cicilia Peruzzo, são características do jornalismo nas rádios comunitárias:  Parte do local - Isto é, interessa mais (não só) a notícia de proximidade, tanto a geográfica como provindas de outras identidades comunitárias. Enquanto o critério número um da grande imprensa é abordar temas que interessam a um grande número de pessoas, o jornalismo comunitária privilegia assuntos que dizem respeito diretamente às pessoas que vivem em uma dada localidade ou que compartilha de outras afinidades.
  • 81.  Esse "jornalismo de proximidade", porém, não ocorre em todas as rádios comunitárias, seja por falta de equipe para apurar os fatos, pela carência de formação ou porque a emissora ainda está na fase de imitar as rádios comerciais.  Profissionais, geralmente, são voluntários. Jornalistas em início de carreira, que se qualificam e mudam para as rádios comerciais em busca de salários melhores.
  • 82.  As principais fontes são pessoas comuns - São as lideranças populares e cidadão comuns que vivem as situações tratadas.  Linguagem coloquial - A padronização no formato leal, em geral, não chega a ser respeitada nos meios populares.  As abordagens são mais características do formato debate, entrevistas simples e notas do que reportagens.  Preponderantemente ao vivo.
  • 83.  Caráter denunciativo O poder público é denunciado quando comete atos irregulares ou presta serviços inadequados.  Jornalismo como serviço social Ênfase a esclarecimentos sobre campanhas, orientações, seja para inscrição para participação em uma determinada atividade ou acesso a serviços regulares.
  • 84.  Podemos, então, agrupar os informes de uma rádio comunitária em três linhas:  1 - Notícia - O fato ou acontecimento nos moldes do jornalismo tradicional, com suas peculiaridades.  2 - Serviço - Campanhas, oferta de emprego, localização de pessoa desaparecida, documentos perdidos, etc.  3 - Social/afetivo - Informes pessoais ou das famílias, reuniões, casamentos, etc.