O que levo do Barão: a alegria do estarjunto e as juventudes multiplicando saberes nos tecidos da educação
Roitberg, Julio Cesar, 1957-
“O que levo do Barão: a alegria do estarjunto e as juventudes multiplicando saberes nos tecidos da educação” / Julio Cesar Roitberg. – 2011.
142 f. : il.
Orientador: Marcelo Almeida Bairral.
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares.
Inclui bibliografia.
In: http://www.ufrrj.br/posgrad/ppgeduc/paginas/home.php?id=Dissertacoes
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
O que levo do Barão: a alegria do estarjunto e as juventudes multiplicando saberes nos tecidos da educação
1. Exame de Qualificação, em 11/08/2011
O que levo do Barão: a alegria do estarjunto
e as juventudes multiplicando saberes
nos tecidos da educação.
Candidato: Julio Cesar Roitberg
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Almeida Bairral
2. Dos trilhos urbanos para o ciberespaço
• Ao verificar as relações entre o potencial das redes sociais
para a educação, considerando a juventude através de seu trânsito
nas páginas de relacionamento social, percebi a necessidade da
leitura de seus gestos, expressões e outros elementos
interacionais, perseguindo suas rotas de fuga, tanto no
ciberespaço quanto em lugares, incluindo, aqui, os outros e os
não-lugares movimentando-me e sendo movimentado pela pesquisa.
3. Eixos
• identidades;
• redes de aprendizagem;
• juventudes;
• Orkut;
• redes sociais;
• aprendizagem colaborativa;
• tecnologias de comunicação e
informação;
• cibercultura.
5. Objetivos
I. Observar a relação entre aprendizagem/colaboração/tecnologia;
III.Verificar as possibilidades de aproximação entre as concepções
humanísticas freireanas e os usos que as juventudes fazem das
redes sociais e a educação;
V. Perceber se as propostas tiveram um impacto positivo no processo
de socialização;
VII.Analisar se houve ganho substancial com a utilização da
virtualidade (Wiki, blogs; páginas de relacionamento);
IX. Verificar quais os limites e as possibilidades em se trabalhar
com projetos, em um ambiente de aprendizagem colaborativo,
consoante a uma educação emancipatória;
XI. Observar, nos diversos espaços físicos da unidade escolar, o que é
(in)conveniente para a educação colaborativa.
6. ¹__ Kяร ♪ - 21 mar
01) Crodoaldo Máconho - Deixa vim que nois distrooi ♫
16 mar - ¹__ Kяร ♪ - 20 mar
FALA AI LEKE. Não mexe com nois , seus Vermes
COMO VC ESTA ? Fudidos ♫
TEM NOTICIAS DA ¹__ Kяร ♪ - 20 mar
SUELEN ? Nois tava no Alto do Morrão , é
SO TO PERGUNTANDO claro marcando na contenção ♫
POR PERGUNTAR EN. ¹__ Kяร ♪ - 20 mar
KKKKK. VLW ABRAÇO Dizem que Não mais Bandido tem
PRA VC E PRA SUA coração ♫
FAMILHA. ¹__ Kяร ♪ - 20 mar
Quando a Bala tá comendo , nois
BANDIDA não arreda o pé ♫
03) ω૯รℓ૯y (Caxumba) GFTeam - Nois é FALCÃO , FALCÃO do
6 mar morro se nois cair nois levanta
koe cara me add ai na mine dinovoo ♫
fazenda ja te mandei presente @ SP - 19 mar
hoje
8. 1 – INTRODUÇÃO
• Um pouco de narrativas: da Academia ao botequim ou
“Eu caçador de mim...
• O que eu pensara buscar...: no encontro com o outro,
mudanças de perspectivas e de rumos entre pesquisador e
pesquisado
9. 1 – GALOS, FORMIGAS E... ARTISTAS
ou NÃO DÁ PRA SER FELIZ SOZINHO
3 - NÓS É CRIA”: UM ESTUDO SOBRE IDENTIDADES
EM REDES DE APRENDIZAGEM
4 - SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO: ESTRATÉGIAS DE
RESISTÊNCIAS NOS FAZERES E USOS COTIDIANOS
10. Tecnologia digital, cibercultura e educação
Acesso leitura
à informação
linear hipertextual
comandos cliques
janelas abas
armazenagem upload
programas On line
E a educação ?!
18. Orkut - Fotomania e saudades
antecipadas
Pode ser que um diα o
tempo pαsse. Mαs, se α
αmizαde permαnecer, um do
outro hα de se lembrαr.
Pode ser que um diα nos
αfαstemos. mαs ,se formos
sinceroos de verdαde, α
αmizαde nos reαproximαrα.
Pode ser que um diα nαo
mαis existαmos. Mαs se
αinda sobrαr αmizαde ,
nαsceremos de novo, (...)”
20. Comunidades
Sinto falta do meu gato NÓIS É CRIA!!!
Eu odeio fofocas!!!! Eu odeio injustiças
Não suporto cheiro de cigarro
Não vivo sem PERFUME Nelson mandela
Toca sinal. Toca! Eu sou contra o preconceito
Santa Cruz RJ
Vai pra aula? Ñ. Pro hospício
Gatinhos
Vc tem vida? Cuida da sua! RESPEITO: passe adiante!
Eu ñ compro cd. Eu baixo!
Fala sério, pai!
Fala sério, mãe!
24. Considerações finais
• Uma proposta de reestruturação que vise práticas de
aprendizagens colaborativas não pode conviver - sem baixas - com um
ensino verticalizado e fascista, comum em nossas instituições
de ensino.
• Não se trata, simplesmente, de planejar atividades em grupos ou
um trabalho interdisciplinar, através de projetos.
• Se não se discutir os aspectos políticos, como decidir pela
organização do currículo em séries ou em ciclos? Como organizar
as salas de aula tendo em vista a formação de grupos ?
• O ato pedagógico não se concretiza sem as ferramentas
políticas, ou seja, o ato educacional, apropriado pelo Estado, é
um ato político, por ser um direito do cidadão.
25. O QUE LEVO DO BARÃO
A ALEGRIA DO ESTARJUNTO E AS JUVENTUDES
INTERMINÁVEIS MULTIPLICANDO SABERES NOS
TECIDOS DA EDUCAÇÃO
Agradecimentos a tod@s os presentes; aos colegas
do GEPETICEM (Grupo de Pesquisas em Tecnologia
da Informação e Comunicação em Educação
Matemática – UFRRJ); GPIdentiDoc (Grupo de
Pesquisa de Formação e Identidade Docente –
UFRRJ); GPDOC (Grupo de Pesquisas Docência e
Cibercultura - UERJ); Grupo de Estudos Culturais
em Educação e Arte – UFRRJ/UERJ; Prof. Márcia
Fátima (Diretora do Colégio Estadual Barão do Rio
Branco); aos meus professores/alunos; ao colegas
da Banca; a quem eu amo e por quem sou amado...
Julio Roitberg
profroit@gmail.com
Notas del editor
O tribalismo e o assalto ao privado enquanto perigo e desafio pela juventude As representações e o simulacro “ O que faz nascer um jovem grraffiter (...)? A pobreza? O subúrbio? O tag (...)? O risco? O visual? (Pais; Blass, 2004, p. 13) protesto latente > cultura da pixação Pixadores encarnam o ‘noema’ (Husserl, em linguagem fenomenológica), “ou sentido noêmico, aquela camada de sentido que se intercala entre a palavra e a coisa = interessa a relação, a ponte, a mediação “ O desafio é desfilar palavras, emblemas, estilos, com a pressão do risco de ser apanhado pela polícia. Impõem-se uma actuação rápida, ter o instito do instante” (Pais; Blass, 2004, p. 13)
“ Pode, inclusive, auxiliar a construir impressões de popularidade que transpassem ao espaço off-line” (Recuero, 2010 p. 107) “ Como a aranha cujo mundo inteiro está enfeixado na teia que ela tece a partir de seu próprio abdome, o único apio com que estranhos que se encontrm podem contar deverá ser tecido do fio fino e solto de sua aparêncaia, palavras e gestos. (...) O que se segue é que a vida urbana requer um tipo de atividade muito especial e sofisticada, de fato um grupo de habilidades que Senett listou sob a rubrica “civilidade”, i.e, a atividade que protege as pessoas umas das outras, permitindo, contudo, que possam estar juntas. Usar uma máscara é a essência da civilidade (...)” (Bauman, 2001, pp. 111-112)
Que influência essas mudanças trazem a dinâmica da escola? E a formação do professor? Todo mundo sabe da importância de uma formação continuada, mas só isso dá conta dessa demanda de novidades e mudanças no comportamento, no modo de aprender, no modo de ver o mundo que nossos alunos trazem para a escola? 4) Autoria coletiva; democratismo tecnológico; clivagem social 5) Alterações sociotécnicas: Liberação do pólo de emissão (...) 6) Nova configuração psicossocial
Biblioteca: entre o reunir e o dispersar “ Um bom leitor é alguém que evita um certo número de livros, um bom bibliotecário é um jardineiro que poda sua biblioteca, um bom arquivista seleciona aquilo que se deve refugar ao invés de armazenar. Eia aí temas inéditos de nossa época” (Chartier, 1998, p. 127)
Ler em companhia, mesmo quando em silêncio, é estabelecer cumplicidade” (Chartier, 1998, p. 129. Auguste Renoier, Les deux soeurs , 1889)
“ Apresentam-nos o texto eletrônico como uma revolução: a história do livro já viu outras” Volumen (Pompéia, séc. I) > livro (séc. XVI) = libertação das mãos (Chartier, 1998, pp. 14-15)
Laboratórios = “castelos” da informática x lans, mídias locativas... 2) Tecnologias e “máquinas” pensantes 3) Cibercultura 4) Novo regime de vigilância na era da mobilidade: panóptico > escópico> rastreamento
1) Multirreferencialidade 2) Celular (mp3, sms, foto) > cresce à medida que o tamanho diminui 3) Presença constante em todos os lugares 4) Alteração no comportamente psicossocial > levar à utilização com criticidade (Santaella, 2007, p. 233) 5) Ubiquidade > em que espacotempo se encontram os estudantes consultando sms e ouvindo mp3?! (André Lemos)
Real e virtual > as narrativas que requerem um novo estatuto do corpo “ Toda imagem representada tem o caráter de duplo. No caso das imagens figurativas, isto é, imagens que duplicam, de alguma maneira, coisas perceptivamente visíveis no mundo, esse caráter de duplo é evidente, como, por exemplo, na imagem representada de uma paisagem existente ou na de um rosto (Santaella, 2001 Apud Santaella, 2010, p. 355)
“ Essas redes [de filiação] podem (...) mostrar laços já estabelecidos pelos atores envolvidos em outros espaços, mas não necessariamente através da Internet” (Recuero, 2010, p. 98) “ no Orkut um determinado ator pode ter rapidamente 300 ou 400 amigos. Essa quantidade de conexões, que dificilmente o ator terá na vida off-line influencia várias coisas. Pode, assim, torná-lo mais visível na rede social. Pode, inclusive...
“ A rede (...) centra-se em atores sociais, ou seja, indivíduos com interesses, desejos e aspirações que têm papel ativo na formação de suas conexões sociais” (Recuero, 2010, p. 143) “ Na comunicação mediada por computador, as pessoas trocam não apenas informações, mas, bens, suporte emocional e companheirismo” (Idem, p. 143) Ela “é capaz de suportar laços especializados e multiplexos, que são essenciais para o surgimento de laços fortes
Comunidades virtuais > tendências Utópica > defensores da verdade das comunidades virtuais nas redes. Estas desenvolvem autenticamente suas identidades, interação, sociabilidade e engajamento político, além do conforto emocional superior ao das comunidades presenciais. (Santaella, 2010, pp. 312-313) Distópica >frágeis e falsas, impossibilitadas de manifestarem preocupações morais com o outro, posto que sem interação cara a cara. Comtemporizadora > analisa os modos pelos quais a sociabilidade, a política, as comunidades m si podem se desenvolver nos ambientes virtuais e como as interações ao mesmo tempo virtuais e físicas, crescentemente operativas (...) produzem formas únicas de expressão social”. As duas primeiras convergem na polarização que a última sintetiza e avança para o fato de que “essas comunidades virtuais vêem-se provando realis na pulsação vital com que vibram acima de quaisquer suspeitas sobre sua verdade ou falsidade.” (Idem)
Estudo 1 – Capital social e ferramentas de publicização nos sites de redes sociais Julio Roitberg (05/06/2011) 1) Estratégias de construção e manutenção de laços de pertencimento nas interconexões na rede 2) Freqüência em comunidades (p.6)
Leitura da imagem: quadro de giz x máquinas (?!) Desinteresse (?!) Máquinas estimulam o individualismo (?!) > processos colaborativos de aprendizagem. (Discussão no fórum do GPDOC)