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Roseli Gabriel
Curso : Tutor / Senai
                 2012
Principais correntes/enfoques teóricos
do processo de ensino-aprendizagem
• Corrente comportamentalista: o aprendiz é visto
  como um objeto da aprendizagem.
• Corrente cognitivista:o aprendiz é visto como sujeito;
  a cognição é um processo.
• Corrente humanística: o aprendiz é visto como
  sujeito, mas a ênfase é a sua auto-realização.
Corrente comportamentalista/
            Behaviorista
• Segundo essa corrente, o aprendiz responde a
  estímulos fornecidos pelo ambiente externo. Limita-
  se ao estudo de comportamentos manifestos e
  mensuráveis que podem ser controlados por suas
  consequências (modelo cientificista do positivismo).
  Não leva em consideração o que ocorre dentro da
  mente do indivíduo durante o processo de
  aprendizagem, pois o que importa é o resultado: o
  comportamento desejado.
• Principais teóricos nesta corrente: John Watson,
  Skinner e Gagné.
John Watson (1878-1958)
• John Watson foi considerado o pai do behaviorismo metodológico , ao
  publicar, em 1913, o artigo "Psicologia vista por um Behaviorista", que
  declarava a psicologia como um ramo objetivo e experimental das
  ciências naturais, que tinha como finalidade prever e controlar o
  comportamento de todo e qualquer indivíduo.
• Watson defendia a importância do meio na construção e
  desenvolvimento do indivíduo. Os seus estudos basearam-se no
  condicionamento clássico, conceito desenvolvido pelo fisiologista
  russo Ivan Pavlov (1849-1936), que ganhou o Prêmio Nobel de
  Medicina pelo seu trabalho sobre a atividade digestiva dos cães.
• Pavlov descobriu que os cães não salivavam apenas ao ver comida,
  mas também quando associavam algum som ou gesto à "chegada de
  comida" - ver a clássica experiência do cachorro de Pavlov. A este
  fenômeno de associação ele denominou de condicionamento
  clássico.
Comportamento Operante
• A principal contribuição de Skinner para a Psicologia foi o conceito de
   Comportamento Operante, que descreve a relação entre os
  organismos e o ambiente. Essa relação prevê dois subtipos de
  comportamento: respondente e operante.
• Comportamento respondente (reflexo ou involuntário): um estímulo
  gera uma determinada resposta, como a contração da pupila em
  presença da luz.
• Comportamento operante: uma resposta gera uma consequência que
  tem probabilidade de ocorrer novamente em um contexto semelhante
  . Consequências positivas tendem a ser reforçadas (recompensa ou
  reforçador positivo), ao passo que consequências adversas têm as
  respostas que as geraram punidas, reduzindo a probabilidade de que a
  mesma volte a ocorrer em um contexto semelhante (reforçador
  positivo ou castigo).
• Skinner acreditava que o condicionamento operante é responsável
  pela formação de maior parte do comportamento humano.
Implicações da teoria de Skinner na
   educação: Instrução programada
   Princípios básicos:
1. Pequenas etapas: a informação é apresentada através de
   pequenas e fáceis etapas; cada etapa constitui um “quadro”
   (frame)
2. Resposta ativa: o aluno aprende melhor se participa
   ativamente da aprendizagem;
3. Verificação imediata: o aluno aprende melhor quando
   verifica a resposta rapidamente;
4. Ritmo próprio: o aluno deve trabalhar no ritmo que
   desejar;
5. Testagem do programa: se a apresentação de um quadro
   estiver muito extensa ou pouco clara, isso se refletirá na s
   respostas dos estudantes.
Eventos de instrução e processos cognitivos
   correspondentes na teoria de Gagné
 1. obter atenção (recepção)
 2. informar o objetivo para os aprendizes (expectativa)
 3. estimular a lembrança do aprendizado anterior
 (recuperação)
 4. apresentar o estímulo (percepção seletiva)
 5. fornecer orientação de aprendizado (código semântico)
 6. obter desempenho (resposta)
 7. fornecer feedback (reforço)
 8. avaliar o desempenho (recuperação)
 9. aumentar a retenção e a transferência (generalização).
 Em termos de teorias do ensino, Gagné parece situar-se
 entre o behaviorismo e o cognitivismo, pois fala em
 estímulo e resposta, mas também processos internos de
 aprendizagem.
A linha cognitivista
• Essa linha enfatiza o processo de cognição, através do qual
  o universo de significados do indivíduo tem origem:à
  medida que o ser se situa no mundo, estabelece relações
  de significação, ou seja, atribui significados à realidade em
  que se encontra. Preocupa-se com o processo de
  compreensão, transformação, armazenamento e uso da
  informação envolvida na cognição, e procura identificar
  regularidades (padrões) nesse processo. Ocupa-se
  particularmente dos processos mentais.
• Principal expoentes dessa linha: Piaget, Ausubel, Vigotsky
  e Bruner.
A teoria de Jean Piaget (1896- 1980)
 Piaget distingue quatro períodos gerais do
  desenvolvimento cognitivo, que se subdividem,
  por sua vez, em estágios ou níveis:
 Sensório-motor (do nascimento até cerca de 2
  anos de idade);
 Pré-operacional (2 a 6-7 anos)
 Operacional-concreto (6-7 a 11-12 anos)
 Operacional-formal (da pré-adolescência até a
  idade adulta)
Período pré-operacional
 À medida em que começa a dominar a linguagem, símbolos e
  imagens mentais, seu pensamento começa a se organizar. Sua atenção
  volta-se ao aspecto mais atraente dos acontecimentos, o que pode
  resultar em conclusões equivocadas (ex: experimento dos copos). Esse
  período subdivide-se no período simbólico e intuitivo.
 a)período simbólico (2 a 4 anos): surgimento da linguagem, do
  desenho, da imitação, da dramatização, etc.. o indivíduo “dá alma”
  (animismo) aos objetos ("o carro do papai foi 'dormir' na garagem").
  Outras características: nominalismo (dar nomes às coisas das quais
  não sabe o nome ainda), superdeterminação (“teimosia”),
  egocentrismo, etc.
 b) Período intuitivo: já existe um desejo de explicação dos fenômenos.
  É a “idade dos porquês”, pois o indíviduo pergunta o tempo todo.
  Distingue a fantasia do real, podendo dramatizar a fantasia sem que
  acredite nela. Já é capaz de organizar coleções e conjuntos , e , nas
  conversas, a adaptar sua fala ao contexto da fala do companheiro.
Outros termos importantes na
           teoria de Piaget
 Segundo Piaget, o crescimento cognitivo da criança se dá por meio de
  assimilação e acomodação.
 Assimilação é um processo mental pelo qual se incorporam (integram)
  os dados das experiências aos esquemas de ação e aos esquemas
  existentes. Quando a criança tem novas experiências , ela tenta adaptar
  esses novos estímulos às estruturas cognitivas que já possui.
 Esquemas são estruturas mentais ou cognitivas (padrão de
  comportamento ou pensamento) pelas quais os indivíduos
  intelectualmente se adaptam e organizam o meio. (Metáfora do fichário)
 Acomodação é um processo mental pelo qual os sistemas existentes vão
  modificar-se em função das experiências do meio. Ela acontece quando a
  criança não consegue assimilar um novo estímulo, ou seja, não existe uma
  estrutura cognitiva que assimile a nova informação em função das
  particularidades desse novo estímulo.
A teoria de David Ausubel (1918-2008)
         Aprendizagem significativa
 A teoria de Ausubel, assim como a de outros cognitivistas, se baseia
  na premissa de que existe uma estrutura na qual a integração e
  organização de novos conhecimentos se processa. No entanto, a
  aprendizagem precisa fazer sentido para o aluno (conceito de
  aprendizagem significativa ou meaningful learning) e, assim, a
  informação deverá se ancorar nos conceitos relevantes já existentes. O
  argumento básico é que a estrutura cognitiva já existente facilita a
  aprendizagem pois serve de âncora para a subsunção (subsumption)
  de novas informações. Quando isso não ocorre, a aprendizagem é
  apenas um armazenamento arbitrário de informações (rote learning
  ou aprendizagem mecânica).
 Uma segunda suposição do modelo é que o processo de ancoragem da
  nova informação resulta em crescimento e modificação do conceito
  subsunçor, e que tais conceitos permanecerão interligados na
  estrutura cognitiva.
Condições para a ocorrência da
     Aprendizagem Significativa
 Idéias simbolicamente expressas devem ser relacionadas de forma não
  literal e não arbitrária ao que o aprendiz já sabe e lhe é relevante, ou
  seja, que tenha os subsunçores adequados. Um material com essas
  características é chamado de potencialmente significativo.
 Independentemente do quão potencialmente significativo seja um
  material a ser aprendido, se a intenção do aprendiz for apenas de
  memorizá-lo, o processo de aprendizagem e o seu produto serão
  mecânicos.
 A aprendizagem significativa se subdivide em representacional
  (capacidade de dar significado a símbolos, que passam a significar
  para o indivíduo aquilo que seus referentes significam), de conceitos
  (capacidade de representar abstrações genéricas e categóricas dos
  atributos essenciais dos referentes), e proposicional (capacidade de
  formular e compreender proposições a partir do significado dos
  conceitos).
A teoria de Lev Vigotsky (1896- 1934)
 Para este teórico, as interações interpessoais tem um papel de
  destaque na aprendizagem. A linguagem, essencialmente
  interativa, intervém no processo de desenvolvimento
  intelectual da criança desde o nascimento-- sozinha, não seria
  capaz de adquirir aquilo que obtém por intermédio de sua
  interação com os adultos e com as outras crianças, num
  processo em que a linguagem é fundamental.
 Em sua teoria, Vygotsky apresenta a noção de que o bom
  aprendizado é aquele que considera o nível de desenvolvimento
  potencial ou proximal, ou seja, o que as crianças são capazes de
  realizar com e sem a ajuda externa .
Estrutura do conhecimento
  Possui três características fundamentais:
 forma de representação utilizada (ativa, icônica ou
  simbólica);
 economia: está relacionada à quantidade de informação a
  ser conservada na mente e a ser processada para resolver
  um problema (ex: decorar as fórmulas na matemática ou
  na física);
 potência efetiva: é caracterizada pela capacidade de um
  estudante para relacionar assuntos aparentemente
  distintos, ou seja, ao valor generativo de um conjunto de
  idéias ou raciocínios aprendidos.
A instrução e o papel do professor
          segundo Bruner
 Ao contrário de outros teóricos, Bruner acredita que as teorias de
  aprendizagem devem ser não apenas descritivas, mas prescritivas, ou
  seja, concentrarem-se em como otimizar o ensino.
 Segundo Bruner, o ensino deve ser planejado levando em conta o que
  se sabe sobre o desenvolvimento do aprendiz, a fim de melhor
  organizar a sequência da matéria.
 Deve-se conhecer as quatro características básicas de uma teoria do
  ensino: predisposições, estrutura do conhecimento, sequência e
  reforço.
 O reforço de Bruner é diferente do reforço de Skinner; para Bruner, o
  processo de aprendizagem deve levar o estudante a se auto-reforçar a
  fim de que a aprendizagem seja reforço de si própria.
A orientação humanística
• O aluno, nesse enfoque, é visto primordialmente
  como pessoa. O importante é a auto-realização e
  crescimento pessoal do indivíduo, que é visto como
  um todo, e não apenas como intelecto. Ele é a fonte
  de todos os atos, pois é essencialmente livre para fazer
  escolhas. Nesse enfoque, a aprendizagem não se
  limita a um aumento de conhecimentos, pois influi
  nas escolhas e atitudes do aprendiz.
• Principais expoentes dessa orientação: Carl Rogers e
  Alexander Neill.
A teoria de Carl Rogers (1902 – 1987)
A pedagogia centrada no aluno

 A formação de Carl Rogers foi em Psicologia e, ao contrário do
  que se possa imaginar, desenvolveu uma teoria aplicável em
  qualquer tipo de relacionamento, seja entre professor e aluno,
  seja entre pais e filhos, amigos ou mesmo na vida profissional, já
  que suas observações são frutos da vivência dentro de seu
  próprio consultório – entre terapeuta e paciente. Somente em
  1971 dirigiu sua atenção especialmente para a Educação, com a
  proposta da pedagogia centrada no aluno.
 Para Rogers, ensinar é mais que transmitir conhecimento – é
  despertar a curiosidade, é instigar o desejo de ir além do
  conhecido. É desafiar a pessoa a confiar em si mesma e a dar um
  novo passo em busca de mais. É educar para a vida e para novos
  relacionamentos.
A relação professor-aluno sob a
           ótica de Rogers
 Para Rogers, o relacionamento entre professor e aprendiz deve
  ser afetuoso e cooperativo, um aprendendo com o outro,
  caminhando para o aprendizado significativo. Essa humildade
  por parte do professor o levará, segundo ele, a um
  relacionamento autêntico e transparente com o educando. A
  autenticidade será a principal ferramenta do educador, que
  conduzirá o aluno à aprendizagem significava.
 O professor passa a ser considerado um facilitador da
  aprendizagem, não mais aquele que transmite conhecimento, e
  sim aquele que auxilia os educandos a aprender a viver como
  indivíduos em processo de transformação. O educando é
  instado a buscar o seu próprio conhecimento, consciente de sua
  constante transformação.
Qualificações necessárias ao professor-
       facilitador segundo Rogers
 Autenticidade: qualidade que conquista o respeito dos
  educandos. É preciso se mostrar pessoa como eles também são:
  com defeitos e qualidades, sentimentos e desejos, alegrias e
  tristezas. Um ser real e comum com sua própria história de
  vida.
 Apreço, aceitação e confiança: é necessário ter carinho pelo
  estudante e por tudo que ele representa; considerar suas ações e
  reações e aceitá-los como pessoas reais.
 Compreensão empática: ocorre quando o facilitador deixa o
  julgamento de lado e compreende o educando, cultivando a
  capacidade de olhar o outro de seu ponto de vista, o que será de
  extrema importância para a aprendizagem.
A avaliação no contexto da
     pedagogia centrada no aluno
 O aluno não tem que se preocupar em ser avaliado pelo
  professor, pois faz parte do processo de aprendizagem a auto-
  avaliação responsável. Uma vez que neste tipo de
  aprendizagem o aluno torna-se gestor de seu próprio processo
  de busca do conhecimento, ele aprende também a estabelecer
  critérios, a determinar os objetivos a serem alcançados e
  verificar se foram alcançados. Dentro desse critério é que se
  embasa a auto-avaliação do aluno e a avaliação do professor.
 Quanto um erro é cometido pelo aluno durante o processo de
  aprendizado, ele será orientado pelo facilitador a reencontrar o
  caminho certo, sem ser diminuído, julgado ou menosprezado .
Fontes consultadas
 MOREIRA, Marco Antônio. Ensino e Aprendizagem:
  enfoques teóricos. São Paulo: Editora Moraes, 1985.
 http://www.cerebromente.org.br/n08/mente/construtivism
 http://www.webartigos.com/articles/35533/1/o-humanismo
 http://www.robertexto.com/archivo1/socio_construtivista.

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Teorias de aprendizagem trabalho

  • 1. Roseli Gabriel Curso : Tutor / Senai 2012
  • 2. Principais correntes/enfoques teóricos do processo de ensino-aprendizagem • Corrente comportamentalista: o aprendiz é visto como um objeto da aprendizagem. • Corrente cognitivista:o aprendiz é visto como sujeito; a cognição é um processo. • Corrente humanística: o aprendiz é visto como sujeito, mas a ênfase é a sua auto-realização.
  • 3. Corrente comportamentalista/ Behaviorista • Segundo essa corrente, o aprendiz responde a estímulos fornecidos pelo ambiente externo. Limita- se ao estudo de comportamentos manifestos e mensuráveis que podem ser controlados por suas consequências (modelo cientificista do positivismo). Não leva em consideração o que ocorre dentro da mente do indivíduo durante o processo de aprendizagem, pois o que importa é o resultado: o comportamento desejado. • Principais teóricos nesta corrente: John Watson, Skinner e Gagné.
  • 4. John Watson (1878-1958) • John Watson foi considerado o pai do behaviorismo metodológico , ao publicar, em 1913, o artigo "Psicologia vista por um Behaviorista", que declarava a psicologia como um ramo objetivo e experimental das ciências naturais, que tinha como finalidade prever e controlar o comportamento de todo e qualquer indivíduo. • Watson defendia a importância do meio na construção e desenvolvimento do indivíduo. Os seus estudos basearam-se no condicionamento clássico, conceito desenvolvido pelo fisiologista russo Ivan Pavlov (1849-1936), que ganhou o Prêmio Nobel de Medicina pelo seu trabalho sobre a atividade digestiva dos cães. • Pavlov descobriu que os cães não salivavam apenas ao ver comida, mas também quando associavam algum som ou gesto à "chegada de comida" - ver a clássica experiência do cachorro de Pavlov. A este fenômeno de associação ele denominou de condicionamento clássico.
  • 5. Comportamento Operante • A principal contribuição de Skinner para a Psicologia foi o conceito de Comportamento Operante, que descreve a relação entre os organismos e o ambiente. Essa relação prevê dois subtipos de comportamento: respondente e operante. • Comportamento respondente (reflexo ou involuntário): um estímulo gera uma determinada resposta, como a contração da pupila em presença da luz. • Comportamento operante: uma resposta gera uma consequência que tem probabilidade de ocorrer novamente em um contexto semelhante . Consequências positivas tendem a ser reforçadas (recompensa ou reforçador positivo), ao passo que consequências adversas têm as respostas que as geraram punidas, reduzindo a probabilidade de que a mesma volte a ocorrer em um contexto semelhante (reforçador positivo ou castigo). • Skinner acreditava que o condicionamento operante é responsável pela formação de maior parte do comportamento humano.
  • 6. Implicações da teoria de Skinner na educação: Instrução programada Princípios básicos: 1. Pequenas etapas: a informação é apresentada através de pequenas e fáceis etapas; cada etapa constitui um “quadro” (frame) 2. Resposta ativa: o aluno aprende melhor se participa ativamente da aprendizagem; 3. Verificação imediata: o aluno aprende melhor quando verifica a resposta rapidamente; 4. Ritmo próprio: o aluno deve trabalhar no ritmo que desejar; 5. Testagem do programa: se a apresentação de um quadro estiver muito extensa ou pouco clara, isso se refletirá na s respostas dos estudantes.
  • 7. Eventos de instrução e processos cognitivos correspondentes na teoria de Gagné 1. obter atenção (recepção) 2. informar o objetivo para os aprendizes (expectativa) 3. estimular a lembrança do aprendizado anterior (recuperação) 4. apresentar o estímulo (percepção seletiva) 5. fornecer orientação de aprendizado (código semântico) 6. obter desempenho (resposta) 7. fornecer feedback (reforço) 8. avaliar o desempenho (recuperação) 9. aumentar a retenção e a transferência (generalização). Em termos de teorias do ensino, Gagné parece situar-se entre o behaviorismo e o cognitivismo, pois fala em estímulo e resposta, mas também processos internos de aprendizagem.
  • 8. A linha cognitivista • Essa linha enfatiza o processo de cognição, através do qual o universo de significados do indivíduo tem origem:à medida que o ser se situa no mundo, estabelece relações de significação, ou seja, atribui significados à realidade em que se encontra. Preocupa-se com o processo de compreensão, transformação, armazenamento e uso da informação envolvida na cognição, e procura identificar regularidades (padrões) nesse processo. Ocupa-se particularmente dos processos mentais. • Principal expoentes dessa linha: Piaget, Ausubel, Vigotsky e Bruner.
  • 9. A teoria de Jean Piaget (1896- 1980)  Piaget distingue quatro períodos gerais do desenvolvimento cognitivo, que se subdividem, por sua vez, em estágios ou níveis:  Sensório-motor (do nascimento até cerca de 2 anos de idade);  Pré-operacional (2 a 6-7 anos)  Operacional-concreto (6-7 a 11-12 anos)  Operacional-formal (da pré-adolescência até a idade adulta)
  • 10. Período pré-operacional  À medida em que começa a dominar a linguagem, símbolos e imagens mentais, seu pensamento começa a se organizar. Sua atenção volta-se ao aspecto mais atraente dos acontecimentos, o que pode resultar em conclusões equivocadas (ex: experimento dos copos). Esse período subdivide-se no período simbólico e intuitivo.  a)período simbólico (2 a 4 anos): surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização, etc.. o indivíduo “dá alma” (animismo) aos objetos ("o carro do papai foi 'dormir' na garagem"). Outras características: nominalismo (dar nomes às coisas das quais não sabe o nome ainda), superdeterminação (“teimosia”), egocentrismo, etc.  b) Período intuitivo: já existe um desejo de explicação dos fenômenos. É a “idade dos porquês”, pois o indíviduo pergunta o tempo todo. Distingue a fantasia do real, podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. Já é capaz de organizar coleções e conjuntos , e , nas conversas, a adaptar sua fala ao contexto da fala do companheiro.
  • 11. Outros termos importantes na teoria de Piaget  Segundo Piaget, o crescimento cognitivo da criança se dá por meio de assimilação e acomodação.  Assimilação é um processo mental pelo qual se incorporam (integram) os dados das experiências aos esquemas de ação e aos esquemas existentes. Quando a criança tem novas experiências , ela tenta adaptar esses novos estímulos às estruturas cognitivas que já possui.  Esquemas são estruturas mentais ou cognitivas (padrão de comportamento ou pensamento) pelas quais os indivíduos intelectualmente se adaptam e organizam o meio. (Metáfora do fichário)  Acomodação é um processo mental pelo qual os sistemas existentes vão modificar-se em função das experiências do meio. Ela acontece quando a criança não consegue assimilar um novo estímulo, ou seja, não existe uma estrutura cognitiva que assimile a nova informação em função das particularidades desse novo estímulo.
  • 12. A teoria de David Ausubel (1918-2008) Aprendizagem significativa  A teoria de Ausubel, assim como a de outros cognitivistas, se baseia na premissa de que existe uma estrutura na qual a integração e organização de novos conhecimentos se processa. No entanto, a aprendizagem precisa fazer sentido para o aluno (conceito de aprendizagem significativa ou meaningful learning) e, assim, a informação deverá se ancorar nos conceitos relevantes já existentes. O argumento básico é que a estrutura cognitiva já existente facilita a aprendizagem pois serve de âncora para a subsunção (subsumption) de novas informações. Quando isso não ocorre, a aprendizagem é apenas um armazenamento arbitrário de informações (rote learning ou aprendizagem mecânica).  Uma segunda suposição do modelo é que o processo de ancoragem da nova informação resulta em crescimento e modificação do conceito subsunçor, e que tais conceitos permanecerão interligados na estrutura cognitiva.
  • 13. Condições para a ocorrência da Aprendizagem Significativa  Idéias simbolicamente expressas devem ser relacionadas de forma não literal e não arbitrária ao que o aprendiz já sabe e lhe é relevante, ou seja, que tenha os subsunçores adequados. Um material com essas características é chamado de potencialmente significativo.  Independentemente do quão potencialmente significativo seja um material a ser aprendido, se a intenção do aprendiz for apenas de memorizá-lo, o processo de aprendizagem e o seu produto serão mecânicos.  A aprendizagem significativa se subdivide em representacional (capacidade de dar significado a símbolos, que passam a significar para o indivíduo aquilo que seus referentes significam), de conceitos (capacidade de representar abstrações genéricas e categóricas dos atributos essenciais dos referentes), e proposicional (capacidade de formular e compreender proposições a partir do significado dos conceitos).
  • 14. A teoria de Lev Vigotsky (1896- 1934)  Para este teórico, as interações interpessoais tem um papel de destaque na aprendizagem. A linguagem, essencialmente interativa, intervém no processo de desenvolvimento intelectual da criança desde o nascimento-- sozinha, não seria capaz de adquirir aquilo que obtém por intermédio de sua interação com os adultos e com as outras crianças, num processo em que a linguagem é fundamental.  Em sua teoria, Vygotsky apresenta a noção de que o bom aprendizado é aquele que considera o nível de desenvolvimento potencial ou proximal, ou seja, o que as crianças são capazes de realizar com e sem a ajuda externa .
  • 15. Estrutura do conhecimento Possui três características fundamentais:  forma de representação utilizada (ativa, icônica ou simbólica);  economia: está relacionada à quantidade de informação a ser conservada na mente e a ser processada para resolver um problema (ex: decorar as fórmulas na matemática ou na física);  potência efetiva: é caracterizada pela capacidade de um estudante para relacionar assuntos aparentemente distintos, ou seja, ao valor generativo de um conjunto de idéias ou raciocínios aprendidos.
  • 16. A instrução e o papel do professor segundo Bruner  Ao contrário de outros teóricos, Bruner acredita que as teorias de aprendizagem devem ser não apenas descritivas, mas prescritivas, ou seja, concentrarem-se em como otimizar o ensino.  Segundo Bruner, o ensino deve ser planejado levando em conta o que se sabe sobre o desenvolvimento do aprendiz, a fim de melhor organizar a sequência da matéria.  Deve-se conhecer as quatro características básicas de uma teoria do ensino: predisposições, estrutura do conhecimento, sequência e reforço.  O reforço de Bruner é diferente do reforço de Skinner; para Bruner, o processo de aprendizagem deve levar o estudante a se auto-reforçar a fim de que a aprendizagem seja reforço de si própria.
  • 17. A orientação humanística • O aluno, nesse enfoque, é visto primordialmente como pessoa. O importante é a auto-realização e crescimento pessoal do indivíduo, que é visto como um todo, e não apenas como intelecto. Ele é a fonte de todos os atos, pois é essencialmente livre para fazer escolhas. Nesse enfoque, a aprendizagem não se limita a um aumento de conhecimentos, pois influi nas escolhas e atitudes do aprendiz. • Principais expoentes dessa orientação: Carl Rogers e Alexander Neill.
  • 18. A teoria de Carl Rogers (1902 – 1987) A pedagogia centrada no aluno  A formação de Carl Rogers foi em Psicologia e, ao contrário do que se possa imaginar, desenvolveu uma teoria aplicável em qualquer tipo de relacionamento, seja entre professor e aluno, seja entre pais e filhos, amigos ou mesmo na vida profissional, já que suas observações são frutos da vivência dentro de seu próprio consultório – entre terapeuta e paciente. Somente em 1971 dirigiu sua atenção especialmente para a Educação, com a proposta da pedagogia centrada no aluno.  Para Rogers, ensinar é mais que transmitir conhecimento – é despertar a curiosidade, é instigar o desejo de ir além do conhecido. É desafiar a pessoa a confiar em si mesma e a dar um novo passo em busca de mais. É educar para a vida e para novos relacionamentos.
  • 19. A relação professor-aluno sob a ótica de Rogers  Para Rogers, o relacionamento entre professor e aprendiz deve ser afetuoso e cooperativo, um aprendendo com o outro, caminhando para o aprendizado significativo. Essa humildade por parte do professor o levará, segundo ele, a um relacionamento autêntico e transparente com o educando. A autenticidade será a principal ferramenta do educador, que conduzirá o aluno à aprendizagem significava.  O professor passa a ser considerado um facilitador da aprendizagem, não mais aquele que transmite conhecimento, e sim aquele que auxilia os educandos a aprender a viver como indivíduos em processo de transformação. O educando é instado a buscar o seu próprio conhecimento, consciente de sua constante transformação.
  • 20. Qualificações necessárias ao professor- facilitador segundo Rogers  Autenticidade: qualidade que conquista o respeito dos educandos. É preciso se mostrar pessoa como eles também são: com defeitos e qualidades, sentimentos e desejos, alegrias e tristezas. Um ser real e comum com sua própria história de vida.  Apreço, aceitação e confiança: é necessário ter carinho pelo estudante e por tudo que ele representa; considerar suas ações e reações e aceitá-los como pessoas reais.  Compreensão empática: ocorre quando o facilitador deixa o julgamento de lado e compreende o educando, cultivando a capacidade de olhar o outro de seu ponto de vista, o que será de extrema importância para a aprendizagem.
  • 21. A avaliação no contexto da pedagogia centrada no aluno  O aluno não tem que se preocupar em ser avaliado pelo professor, pois faz parte do processo de aprendizagem a auto- avaliação responsável. Uma vez que neste tipo de aprendizagem o aluno torna-se gestor de seu próprio processo de busca do conhecimento, ele aprende também a estabelecer critérios, a determinar os objetivos a serem alcançados e verificar se foram alcançados. Dentro desse critério é que se embasa a auto-avaliação do aluno e a avaliação do professor.  Quanto um erro é cometido pelo aluno durante o processo de aprendizado, ele será orientado pelo facilitador a reencontrar o caminho certo, sem ser diminuído, julgado ou menosprezado .
  • 22. Fontes consultadas  MOREIRA, Marco Antônio. Ensino e Aprendizagem: enfoques teóricos. São Paulo: Editora Moraes, 1985.  http://www.cerebromente.org.br/n08/mente/construtivism  http://www.webartigos.com/articles/35533/1/o-humanismo  http://www.robertexto.com/archivo1/socio_construtivista.