O documento discute três tipos de violência nas escolas: violência moral que envolve ridicularização e exclusão social; violência física causada por grupos que ridicularizam outros alunos; e violência sexual como abuso sexual infantil, um problema antigo mantido em silêncio que causava sofrimento físico e psicológico às crianças.
2. VIOLÊNCIA ORAL A violência moral na escola não é um fenómeno novo, podendo-se dizer que ela é tão antiga quanto o própria escola. A globalização e a consequente flexibilização das relações trabalhistas trouxeram gravidade, generalização, intensificação e banalização do problema
3. Violência física A principal causa deste grave problema prende-se à divisão dos jovens em grupos que, por vezes, ridicularizam alunos que, segundo os seus padrões, são considerados inferior aos outros e por isso são sujeitos às piadas, às reduções ao ridículo e até à violência física. Além destes casos, também se verificam situações de violência sexual.
4. violência sexual O abuso sexual de menores é um fenómeno antigo mas mantido em silêncio, sendo considerado tabu, assunto intocável e que não se podia revelar. Deste modo, a criança tornava-se “involuntariamente” cúmplice, sendo obrigada a sofrer calada terríveis consequências físicas e psicológicas do abuso. Não podia contar com o apoio, fosse dos seus parentes ou outras entidades. Portanto, o abuso sexual socialmente não existia. O presente estudo tem como objectivo geral caracterizar qualitativa e quantitativamente as formas, manifestações, percepções e atitudes para com o abuso sexual de raparigas nas escolas moçambicanas.