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7 Mentiras sobre Nutrição que estão a
tornar as pessoas mais gordas
e doentes
Posted on 20 de Março de 2012
Aproveitando o impulso dado pelo Dr. Jonny Bowden e a revisão que tenho vindo a efectuar na
área da nutrição, acho importante dar a conhecer os principais mitos que temos sido levados a
acreditar em relação à forma como comemos e que nunca questionamos. Este artigo tem
basicamente dois objetivos: o primeiro é explicar de uma forma geral e compreensiva as razões
pelas quais estamos mais gordos e doentes, e o segundo é fazer as pessoas pensar e questionar
as escolhas que fazem todos os dias quando comem. Não sou especialista em nutrição e por
esse motivo tudo o que aqui partilho está referenciado por pessoas que se dedicam ao estudo
dessa temática. Também não sou nenhuma testemunha de jeová tentando mostrar o caminho do
Bem. Sou apenas alguém com um particular interesse nesta área que acredita profundamente
naquela célebre frase “somos o que comemos” e que acha que a boa informação merece ser
partilhada e divulgada. Divirta-se.
1. Temos que contar calorias para perder peso.
Functional Performance Training
Blog Oficial de Pedro Correia, Performance Specialist
“As calorias são todas parecidas, venham elas da carne de vaca, do whisky, do açúcar, do
amido, do queijo ou das bolachas de água e sal. Demasiadas calorias são sempre demasiadas
calorias.”
Fred Stare, fundador e antigo presidente do Departamento de Nutrição da Universidade de
Harvard.
Ainda paira no ar a teoria que as calorias são todas iguais e que para perdermos peso o melhor é
comermos menos. Mas as coisas não são assim tão simples e a forma como o nosso corpo
responde àquilo que comemos, varia em função do tipo de macronutriente que comemos, sejam
proteínas, hidratos de carbono ou gorduras.
A Teoria do Equilíbrio de Energia diz-nos que se consumimos mais do que aquilo que
queimamos, ganhamos peso e que se queimamos mais do que aquilo que consumimos,
perdemos peso. Mas, será mesmo assim? Esta ideia não é completamente errada mas é
certamente muito incompleta porque não considera as verdadeiras razões pelas quais
engordamos.
No século XIX, havia um homem de sucesso muito gordo chamado William Banting, que tinha
dificuldade em amarrar os atacadores e tinha que descer as escadas de costas. Em Agosto de
1862, Banting vai ver um médico chamado William Harvey, que, ao examinar a sua dieta verificou
que este consumia grandes quantidades de pão, açúcar, batatas, bolos, cerveja, alguma carne e
verdura. Ao se deparar com esta situação, o médico recomenda que Banting comece uma dieta
mais rica em carne, mais calórica e mais controlada em hidratos de carbono. Apesar do
consumo de calorias ser mais elevado que na sua dieta anterior, Banting perdeu mais de 20
quilos em seis meses e conseguiu manter esse peso até falecer com 81 anos.
Em 2002, um pediatra com excesso de peso chamado Stephen Sondike, decide fazer alguma
coisa em relação ao seu peso e começa uma dieta rica em proteína e gordura e baixa em
hidratos de carbono, parecida à dieta de Banting. Os seus colegas disseram-lhe que estava
louco e que ele podia morrer. O resultado: Sondike não só perdeu gordura como melhorou todos
os indicadores nas análises que realizou. Entusiasmado com os resultados, Sondike decide fazer
um estudo científico para validar os resultados que tinha observado na sua própria experiência.
No grupo I, os sujeitos iniciaram uma dieta tradicional baixa em gordura e no grupo II, os sujeitos
iniciaram uma dieta baixa em hidratos de carbono, tal como tinha testado em si mesmo. Após 12
semanas, os resultados foram os seguintes: o grupo com uma dieta baixa em gordura perdeu
uma média de 3,6 kilos, enquanto que o grupo com uma dieta baixa em hidratos de carbono
perdeu uma média de 8,6 kilos. Mais, o grupo I consumiu cerca de 1100 calorias diárias e o
grupo II consumiu cerca de 1800 calorias diárias!
Não sei em que ano foi feita a afirmação que vimos no início mas por esta altura parece-me ser
consensual afirmar que as calorias não são todas iguais. A comida tem um efeito hormonal no
nosso corpo que vai fazer com que armazenemos gordura ou não. Regra geral, se a nossa dieta
é composta por demasiados hidratos de carbono, principalmente refinados ou sem fibra (farinha
branca, arroz branco, massa branca, cereais, batatas, açúcar, etc.), será muito difícil não
engordar e não ficar doente!
Já que estamos a falar disto, deixo-vos mais um motivo para evitar tudo o que é branco: o
dióxido de cloro, um dos químicos usados para branquear a farinha (mesmo que depois venha
outra vez a ser tornada integral), vai combinar-se com a proteína residual na maioria destes
alimentos, formando aloxana, um tóxico que os investigadores usam em ratos de laboratório para
induzir diabetes. Exactamente – a aloxana é USADA para destruir as células beta do pâncreas e
produzir diabetes. Portanto, faça um favor a si mesmo e não coma coisas brancas.
E lembre-se: diferentes fontes de calorias = resultados diferentes.
2. Exercício é a melhor maneira de perder peso.
“Apesar de meio século de esforços para provar o contrário, os cientistas ainda não podem dizer
que o exercício vai ajudar a perder peso.”
Gary Taubes, cientista e autor de Good Calories, Bad Calories e Why We Get Fat.
A razão pela qual utilizo a frase de Taubes é porque quero chamar a atenção para o facto que a
melhor maneira de perder peso é através de uma alimentação equilibrada. Nao há margem para
dúvidas e é impossível superar uma má dieta para o que quer que seja.
No entanto, como profissional do exercício físico, não posso estar totalmente de acordo com a
sua afirmação no sentido em que ele diz que o exercício não vai ajudar a perder peso. Isto não é
verdade. O exercício pode potenciar a perda de peso de várias formas e isso vai depender do
tipo de exercício que fazemos. Se estamos a falar do típico cardio de 30-45 minutos na
passadeira ou na bicicleta é uma coisa, se estamos a falar de treino de força, treino de alta
intensidade ou treino de resistência metabólico, isto é outro fenómeno completamente diferente.
Eu penso que Taubes está a pensar apenas no primeiro e não é consciente dos beneficios dos
outros tipos de treino. O exercício pode ajudar de certeza a perder peso (entenda-se massa
gorda) mas…a nutrição obviamente está em primeiro lugar.
O trabalho e pesquisa que Taubes tem vindo a desenvolver na área da nutrição é pura e
simplesmente notável e merece ser seguido com atenção. Através de factos e argumentos bem
sustentados, Taubes põe em causa as organizações mundiais responsáveis pela saúde e
nutrição, dizendo que não se tem passado a mensagem correcta, no que concerne à forma mais
adequada como devemos comer. Está cimentada a ideia que uma dieta baixa em gorduras é a
mais eficaz para perder peso, no entanto, a verdade parece ser outra – o mais eficaz é uma dieta
baixa em hidratos de carbono! A pirâmide dos alimentos tal como a conhecemos potencia a
obesidade (vamos falar disso no número 5).
Voltando ao exemplo do cardio. Se fazemos uma actividade aeróbica de 30 minutos, intensidade
baixa-moderada, gastamos pouco mais de 200 calorias. Se fizermos o típico passeio a pé
durante uma hora podemos gastar cerca de 300 calorias. Isto são muito poucas calorías, se
pensarmos que uma simples sandes mista, que se come em 3 minutos, pode ter cerca de 350
calorias, um simples copo de leite com chocolate pode ter 150 calorias e o famoso big mac tem
560 calorias.
Os efeitos que este tipo de treino (cardio) tem no nosso metabolismo são pouco significativos
quando comparamos com os efeitos do treino de força ou de alta intensidade, nos quais
verificamos um aumento de produção das principais hormonas anabólicas como a hormona do
crescimento (somatotropina) e a testosterona, fundamentais na perda de massa gorda e aumento
de massa muscular. Além disso, o treino de alta intensidade vai também reduzir o stress
oxidativo, a inflamação e vai aumentar o EPOC (consumo excessivo de oxigénio pós-exercicio ou
simplesmente débito de oxigénio), podendo acelerar o nosso metabolismo durante as 24 horas
seguintes e asssim continuar a queima de gordura enquanto estamos a dormir ou a ver televisão.
No caso de um esforço de baixa intensidade, como vimos no exemplo do cardio de 30-45
minutos, os beneficios são muito mais reduzidos. Além da relação custo/benefício das calorias
queimadas, este tipo de exercício vai limitar o aumento de massa muscular e densidade óssea,
vai aumentar a inflamação e só vai melhorar o sistema aeróbico. Ambos (aeróbico e anaeróbico)
são necessários para um coração saudável.
3. A gordura torna-nos mais gordos.
“Os nossos cérebros são compostos principalmente por gordura, a maior parte dos nossos
nervos são gordura. As hormonas reprodutoras, sim, gordura (…) Isto pode parecer paradoxal
mas existem de facto gorduras essenciais, que se não as ingerimos através da dieta, vamos ficar
doentes ou vamos morrer.”
Rob Wollf, bioquímico e autor de The Paleo Solution, The Original Human Diet.
À primeira vista parece fazer sentido que comendo gordura vamos ficar gordos e doentes mas o
problema é que isto também não é verdade! Os nutricionistas dizem-nos que a gordura tem
demasiadas calorias. E isso é verdade, de facto a gordura tem 9 calorias por grama enquanto os
hidratos de carbono e as proteínas têm apenas 4. Portanto a gordura engorda mais, certo?
Vamos aos factos.
Em 1957, um estudo levado a cabo por Kekwick e Pawan, comparou três grupos colocados
com dietas caloricamente idênticas de 90% de gordura, 90% de proteína e 90% de hidratos de
carbono. Apesar de ter sido difícil assegurar a total conformidade do que cada um dos indivíduos
comia, os resultados foram estes:
1000 calorias a 90% de gordura – perda de 408 gramas por dia.
1000 calorias a 90% de proteína – perda de 272 gramas por dia.
1000 calorias a 90% de hidratos de carbono – aumentaram de peso ligeiramente.
Walter Willet, Director do Departamento de Nutrição da Harvard School of Public Health conduziu
dois dos estudos epidemiológicos mais importantes na área da saúde e nutrição, o Nurses’
Health Study e o Health Professionals Follow-Up Study. Estes dois estudos examinaram os
hábitos alimentares de mais de 150.000 pessoas durante mais de três décadas. No ano 2000,
depois de 20 anos a estudar de forma detalhada o efeito dos alimentos na nossa saúde, ele diz
que não encontrou nenhuma relação negativa entre a percentagem de calorias da gordura
ingerida e o estado de saúde dos indivíduos. Ou seja, Willet não verificou um risco acrescido para
as típicas doenças normalmente associadas ao consumo excessivo de gordura (doença
cardíaca, diabetes, cancro, obesidade).
As gorduras Ómega 3 e Ómega 6 são essenciais na nossa dieta e são tremendamente
importantes a reduzir a inflamação e a prevenir doenças como o cancro, Parkinson, Alzheimer e
infertilidade. Com excepção dos glóbulos vermelhos e de algumas partes do nosso cérebro, o
nosso corpo pode funcionar perfeitamente com gorduras armazenadas. Existem inclusivamente
estudos que suportam que os nossos principais órgãos (coração, rins e intestinos) funcionam
melhor com gordura.
E é isto que precisamos de entender: a gordura, ao contrário dos hidratos de carbono, não tem
impacto nas enzimas e hormonas responsáveis pela acumulação de gordura no nosso corpo e
fornece os ácidos gordos essenciais que não conseguimos obter das proteínas e dos hidratos de
carbono. A gordura até pode ser a nossa melhor amiga.
A ingestão de gordura não afecta a insulina. A insulina é a principal hormona responsável pelo
armazenamento de gordura no nosso corpo. Quando o nosso corpo produz demasiada insulina,
em resposta à ingestão excessiva de hidratos de carbono, aumentamos drasticamente as
hipóteses de acumular gordura e desencadear um conjunto de desequilíbrios e doenças, nada
interessantes para viver com mais saúde.
Existem vários tipos de gordura e provavelmente já ouviram falar nas gorduras monoinsaturadas,
polinsaturadas, saturadas e gorduras trans. As gorduras trans ou hidrogenadas são um veneno
que apareceu na nossa dieta há cerca de 50 anos e devem ser evitadas ao máximo. É como se
fosse plástico, um “não-alimento” que o nosso corpo não consegue processar. Podem ser
encontradas na margarina, donuts, bolachas e batatas fritas. As gorduras monoinsaturadas são
altamente benéficas e podem ser encontradas sobretudo no azeite, pêra abacate e nos frutos
secos. As gorduras polinsaturadas são as tais essenciais que vimos antes da familia Ómega 3 e
Ómega 6. As ómega 3 podem ser encontradas no peixe selvagem, ovos, linhaça e carne
alimentada em pasto e as ómega 6 (as que consumimos de forma desmesurada) são todas
aquelas presentes nos óleos vegetais (milho, cártamo, girassol, soja).
Na nossa dieta actual, estamos a ingerir demasiadas gorduras Ómega 6, isto é, o rácio de
Ómega 3 para Ómega 6 é de 1:10/20 (daí a inflamação e as subsequentes complicações
cardíacas) e o ideal seria que esta relação fosse 1:1 ou 1:2. Portanto, precisamos de limitar o
consumo de Ómega 6 e aumentar o consumo das Ómega 3 comendo, por exemplo, mais peixe
selvagem e carne alimentada em pasto.
Faltam as gorduras saturadas. E agora é que vem a grande revelação. Preparados? As gorduras
saturadas também são boas na sua maioria! Os ácidos láurico (encontrado no côco, óleo de
palma, leite materno) e esteárico (encontrado na carne, ovos e chocolate preto) são praticamente
neutros no que diz respeito à saúde cardiovascular e têm propiedades anti-virais, têm
propiedades que ajudam a curar irritações intestinais e até podem reduzir a inflamação.
Entre as gorduras saturadas, aquela que está mais associada ao aumento do colesterol LDL (que
não é necessariamente mau, como vamos ver no número 7) parece ser o ácido palmítico, que
pode ser encontrado no óleo de palma e nos produtos animais como a carne, ovos, leite, frango
e frutos do mar. No entanto, até este tipo de gordura saturada parece ter alguns benefícios no
que diz respeito à função cognitiva, se o seu consumo for moderado, isto é, se mantivermos uma
dieta baixa em hidratos de carbono. E isto porquê? Porque quando consumimos hidratos de
carbono em excesso, estes convertem-se em ácido palmítico, causando o aumento do colesterol
LDL mau (sim, porque existe um tipo de colesterol LDL inofensivo – explico tudo no número 7)! E
caso esteja a pensar cortar nos ovos e no frango por causa disto, não o faça. Os ovos
ecológicos são um dos alimentos mais completos que podemos comer e o frango (sem
hormonas) é uma das carnes mais magras e proteicas que existe.
Importante a reter: se mantivermos uma dieta baixa (quando digo baixa, quero dizer 100-120
gramas por dia) em hidratos de carbono, as gorduras saturadas não vão ter qualquer efeito no
desenvolvimento de doença cardiovascular. Os problemas surgem quando se combinam dietas
elevadas em hidratos de carbono (o pão nosso de cada dia) com dietas elevadas em gorduras
saturadas.
Eu sei, isto parece díficil de acreditar mas é o que nos diz a verdadeira ciência. Oscar Wilde tinha
razão: tudo o que é popular está errado.
4. A chave para perder peso é ter força de vontade.
“O açúcar não tem qualquer valor nutricional e é directamente nocivo para a saúde (…) o açúcar
é veneno para o metabolismo.”
Dr. Robert C. Atkins, cardiologista e autor de A Dieta Revolucionária do Dr. Atkins
Existem muitas pessoas com força de vontade para perder peso mas que nunca conseguem
atingir os seus objetivos. Porque será? As pessoas não estão mais gordas, doentes e cansadas
por acaso. As pessoas estão assim porque inventou-se a comida de plástico e os alimentos
processados que não têm qualquer valor nutricional.
Há 200 anos as pessoas ingeriam cerca de 4,5 kg de açúcar por ano em média e a farinha
branca era utilizada muito raramente. No final do século IXX a loucura dos refrigerantes começou
a surgir e a partir daí, quando se juntou a farinha com os doces e com os salgados, assitiu-se ao
nascimento de um novo mundo gordo. As estatísticas da USDA (Departamento de Agricultura
dos EUA) demonstram que em 1975 o americano médio consumia 56 kg de açúcar por ano
(sobretudo açúcar refinado), atingindo-se o valor mais alto em 1999 com 67 kg per capita e 64
kg mais recentemente em 2009.
Porquê que todas as pessoas que fazem dieta passam fome? Será que tem que ser assim? As
dietas baixas em gordura e calorias não têm dado resultado. Seguimos as recomendações das
principais organizações mundiais de saúde e os indicadores não melhoraram. A obesidade, as
doenças cardiovasculares, gota, a diabetes tipo II continuam a aumentar, os diferentes tipos de
cancro aparecem cada vez mais cedo, as pessoas estão mais sedentárias e com menos energia.
O problema não é a gordura. As gorduras são essenciais na nossa dieta. O problema é o
excesso de açúcar nos alimentos. No pão, nas bolachas, nos bolos, no leite de soja, no iogurte,
no bacon, nas batatas fritas, no ketchup, no fiambre, no salame, nos cereais, nos refrigerantes,
nos sumos, no molho de soja, nos produtos embalados, nos enlatados. Este é que é o
verdadeiro problema.
O açúcar é a nova droga do século XXI. O açúcar causa dependência, tal como a cocaína, a
heroína, a nicotina e o álcool. Já se desconfiava disto há algum tempo mas parece que faltava a
evidência científica. Em 2008, Nicole Avena, do Center for Addiction Research & Education da
Universidade da Florida, publicou dados que confirmam que o açúcar afecta os receptores de
ópio e dopamina do nosso cérebro, causando, portanto, adição. É verdade, às vezes não basta
ter força de vontade.
Estamos a intoxicar-nos e não temos consciência disso. A comida de plástico foi inventada para
causar dependência e não tem qualquer valor nutricional. O açúcar presente nos refrigerantes é
um autêntico veneno. Uma coca-cola e qualquer outro refrigerante de 33 cl tem cerca de 12-15
colheres pequenas de açúcar e o efeito que isso tem no nosso corpo é simplesmente
devastador. Precisamos de 32 copos de água para anular o prejuízo de apenas um refrigerante!
Este excesso de açúcar na dieta é também o motivo porque vemos crescer a obesidade nas
crianças.
Veja o exemplo coca-cola: A coca-cola tem um estimulante e um diurético (faz-nos perder água)
que se chama cafeína. Tem também outro componente chamado sódio. O que acha que
acontece quando tomamos sal e perdemos água? Ficamos com mais sede! Porque acha que a
coca-cola tem tanto açúcar? Para esconder o sal. A quantidade de açúcar é tão grande que nem
notamos o sal! Acha que isto é coincidência?
Já se percebeu que o açúcar é mesmo uma droga mas ainda há mais uma coisa importante a
desmistificar. Isto não é fácil de explicar em poucas linhas mas vou tentar. Existem vários tipos de
açúcares: monossacarídeos (1 açúcar), dissacarídeos (2 açúcares) e polissacarídeos (vários
açúcares). O arroz, a batata, o milho, a farinha são todos exemplos de polissacarídeos. Estes
constituem os hidratos de carbono complexos que nos disseram que são bons. Os dois
principais açúcares que vamos falar são a glucose e a frutose, todos os alimentos que ingerimos
são reduzidos bioquimicamente a estas moléculas simples para poderem ser utilizados no nosso
corpo.
A glucose pode ser utilizada por todas as células / orgãos do nosso corpo e é importante no
fornecimento de energia para a função muscular. Portanto, quanto menos activos somos, menos
glucose vamos precisar. A frutose, pelo contrário, apenas pode ser metabolizada no fígado e não
afecta a grelina, a hormona que é libertada quando estamos com fome. Isto é, se bebemos um
refrigerante (150 cal) o nosso cérebro não recebe o sinal que consumimos essas calorias.
Continuamos esfomeados. A frutose é sete vezes mais reactiva que a glucose a formar Produtos
Avançados de Glicação (AGE’s) – produtos que danificam proteínas, enzimas, DNA e receptores
hormonais na superfície das nossas células, causando o envelhecimento precoce. Isto passa-se
quando a proteína do sangue (hemoglobina) junta-se com o açúcar e acontece aquele fenómeno
de caramelização. Um simples iogurte açúcarado todos os dias pode ser suficiente. A frutose em
excesso vai converter-se em gordura (má) aumentando a resistência à insulina (a hormona
fundamental na nossa composição corporal) e potenciando o desenvolvimento de doenças
como: diabetes tipo II, cancro, obesidade, hipertensão, arteriosclerose. A frutose tem os mesmos
efeitos nocivos no nosso fígado que o álcool, aliás o álcool não é mais que açúcar fermentado.
Está a ver o perigo de tudo isto?
Para uma melhor compreensão das diferenças entre o metabolismo da glucose e da frutose
teríamos que socorrer-nos da bioquímica, no entanto, creio que isso não serviria os propósitos
deste post, que é fazer com que a informação possa ser entendida por qualquer pessoa.
Finalmente, desengane-se se pensa que os produtos light ou zero calorias são mais saudáveis
como tentam vender. Tudo o que é light é enriquecido com adoçantes artificiais como o
aspartame (fenilanina), acesulfame K, sacarina, sucralose (E-955), isto só para citar os mais
conhecidos. Além de obesidade, estes produtos podem causar perturbações no sono, disfunção
sexual, cancro, esclerose múltipla, lúpus, diabetes e outras doenças degenerativas.
5. A Pirâmide dos alimentos é um bom guia para comer de forma mais saudável.
A Pirâmide dos alimentos tal como a conhecemos é uma das razões para a desinformação que
tem sido prestada nesta área. Partimos do princípio que as organizações que estão por detrás
disto querem promover a saúde pública levando as pessoas a acreditar que este é o melhor
caminho para uma vida mais saudável. Damos como garantido que as recomendações dadas
por organizações como a USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) visam proteger o
interesse da saúde pública mas infelizmente as coisas não são bem assim. Pensamos,
erradamente, que se os alimentos chegam aos supermercados é porque não devem ser assim
tão maus. Porque existem organismos “credíveis” a regular e a controlar a qualidade dos
alimentos. E que se esses alimentos fossem mesmo maus, nunca chegariam aos supermercados
e as pessoas iriam saber disso mais tarde ou mais cedo. Pois, eu bem que gostaria que isso
fosse assim, mas já lá vai o tempo em que acreditava no Pai Natal.
A primeira Pirâmide dos alimentos surgiu pela primeira vez na Suécia em 1974 mas a mais
conhecida – aquela que podemos ver na figura – surgiu em 1992, pela mão da USDA. Desde
então foram feitas algumas alterações, primeiro em 2005 e mais recentemente em 2011. Vamos
falar da primeira mas antes de verificarmos o que está lá dentro, é importante saber isto. A USDA
é uma das principais entidades reguladoras mundiais na área da nutrição e tem dois objetivos
principais: 1) produzir informação científica para uma alimentação saudável e 2) proteger o
interesse económico da indústria americana e expandir e subsidiar as suas principais plantações:
milho, trigo, açúcar, soja e algodão. Aparentemente, o segundo tem tido mais que força que o
primeiro, portanto esta pirâmide representa a superioridade dos intereses políticos e económicos
sobre a ciência, o que é manifestamente lamentável para a nossa saúde e bem estar. Bem,
vamos às evidências, que é o que interessa.
A pirâmide tem na sua base os hidratos de carbono refinados (pão, massa, cereais, arroz), ou
seja, os alimentos que nos fazem engordar e ficar mais doentes. A ciência diz-nos que a
obesidade é o resultado de um desequilibrio hormonal e não de um desequilibrio calórico. Isso
acontece especificamente através da constante produção de insulina causada por alimentos
ricos em hidratos de carbono tais como aqueles que fazem parte da base da pirâmide. Esta é
que é a realidade e o problema é que já se sabe disto há muito tempo. Lembra-se da história de
Banting no número 1 onde chegamos à conclusão que o número de calorias é pouco relevante?
Foi a partir de 1960 que começaram as propagandas de desinformação, através de livros e
através de estudos manipulados pelas organizações políticas.
No segundo degrau da pirâmide estão as verduras e as frutas, que são também hidratos de
carbono, mas neste caso estes alimentos têm valor nutricional. As frutas e verduras são
excelentes fontes de fibra, minerais, vitaminas e anti-oxidantes, fundamentais para reduzir o
stress oxidativo, a inflamação e prevenir doenças.
No terceiro degrau da pirâmide aparecem as proteínas como a carne, o frango, os ovos, o peixe,
os feijões, os frutos secos, juntamente com os produtos lácteos como o leite, queijo e iogurte. E
no último degrau temos as gorduras, os óleos e os doces!
As comidas que nos mantêm saciados, magros e saudáveis são justamente aquelas que se
encontram no topo da pirâmide. Refiro-me nomeadamente às proteínas e gorduras (vimos a
importância destas últimas no número 3). Proteína é um nome derivado do grego protos que
significa a “mais importante” ou “a primeira”. As proteínas são feitas de cadeias complexas de
aminoácidos e são essenciais para a nossa pele, músculo, cabelo e todas as reacções químicas
que ocorrem no corpo humano. A nossa fisiologia utiliza 21 aminoácidos, sendo que nove deles
são considerados “essenciais”, isto é, como o nosso corpo não é capaz de os produzir temos
que obtê-los através da dieta. As melhores fontes de proteína são o peixe, frango, peru, carne,
ovos e marisco.
Ao contrário dos hidratos de carbono, as proteínas e as gorduras vão aumentar os sinais de
saciedade durante mais tempo e vão manter os níveis de glicémia mais estáveis, precisamente
porque as respostas hormonais destes macronutrientes são distintas. Ao comermos mais
proteína e mais gordura vamos estimular em maior escala a secreção da hormona peptídea YY
(PYY), que inibe a sensação de fome no nosso cérebro. Portanto, não se surpreenda se a taça
de cereais ou o pãozinho com marmelada ao pequeno almoço deixam-no esfomeado passadas
algumas horas. Os hidratos de carbono libertam muito pouca PYY. Esta hormona vai também
aumentar a sensibilidade à leptina, outra hormona que tem um papel fundamental no nosso
metabolismo e no controle do nosso apetite. Ou seja, quanto mais proteína e gordura
consumirmos, menos necessidade de comer vamos sentir.
Conclusão: Esta pirâmide dos alimentos não serve as nossas reais necesidades e como tal não é
um bom guia para prosperar. As proteínas e as gorduras deviam fazer parte da base da nossa
alimentação (pelas razões que vimos acima e no número 3 – são fisiologicamente essenciais),
juntamente com os hidratos de carbono das frutas e das verduras, pelo seu conteúdo em
vitaminas e minerais. Tudo aquilo para além disto, por mais estranho que pareça, não parece ser
essencial. Os produtos lácteos e os grãos (o glúten presente no trigo, centeio, aveia, cevada)
parecem ter efeitos bastante adversos no nosso corpo e o seu consumo abusivo está associado
a uma lista de problemas bastante frequentes: alergias, dores de cabeça, fatiga crónica,
depressão, asma, autismo, infertilidade, diabetes tipo I, esclerose múltipla, artrite, lúpus, vítiligo,
fibromialgia, esquizofrenia, doença de huntington, linfoma não hodgkin e hipotiroidismo. Pois é,
dá que pensar, não dá?
6. Precisamos de hidratos de carbono para energia.
“O limite inferior de hidratos de carbono compatíveis com a vida, aparentemente, é zero, desde
que quantidades adequadas de proteína e gordura sejam consumidas (…) há várias populações
que ingeriram uma dieta elevada em proteínas e gordura com um mínimo de hidratos de carbono
durante toda a vida, que não tiveram qualquer efeito na saúde e longevidade.”
Institute of Medicine of the National Academy of Sciences
Os hidratos de carbono não são alimentos essenciais na nossa dieta ao invés das gorduras e
proteínas. Vou repetir, os hidratos de carbono não são alimentos essenciais na nossa dieta. O
nosso corpo pode produzir todos os hidratos de carbono que necessita através das proteínas e
das gorduras. Embora a glucose possa ser utilizada por todas as nossas células, apenas uma
parte do cérebro e os glóbulos vermelhos precisam de glucose para funcionar. Isto é, o cérebro
precisa de pelo menos de 120-130 gramas diárias de glucose para funcionar, mas não precisa
de obter esssa quantidade específicamente dos hidratos de carbono.
O nosso corpo é capaz de produzir glucose através da molécula de glicerol dos ácidos gordos e
através de um processo chamado neoglucogénese (neo = novo; gluco = glucose; génese =
nascimento ou criação), que consiste na conversão dos aminoácidos em glucose. Portanto,
mesmo sem consumirmos hidratos de carbono directamente da dieta, o nosso corpo funciona.
Muitos médicos e profissionais de saúde querem que acreditemos que vamos cair e morrer sem
hidratos de carbono, mas isso não é completamente verdade.
Os nossos corpos têm dois sistemas de combustível para nos dar energia. O nosso combustível
primário é a glucose e o outro combustível é a gordura armazenada ou as cetonas. Quando
estamos em jejum ou numa dieta restritiva de hidratos de carbono, passamos a utilizar as
cetonas como fonte de energia e o corpo passa para um estado de cetose, um estado fisiológico
perfeitamente normal e que não tem nada a ver com a cetoacidose – uma condição perigosa
verificada nos diabéticos de Tipo I que ocorre quando o nível de glicemia está descontrolado e
não se consegue produzir insulina.
Vários estudos demonstram que o estado de cetose é benigno e que não tem efeitos
secundários quando efectuada em situações metabolicamente controladas. É através deste
estado que o nosso corpo encontra uma forma alternativa de produzir glucose.
Donald e Susan Voet, autores de Biochemistry in a Nutshell – Fundamentals of Biochemistry,
indicam que as cetonas servem como combustíveis metabólicos importantes para muitos
tecidos, particularmente para o coração e para os músculos esqueléticos. Outros autores referem
ainda que as cetonas fornecem uma fonte de energia eficiente para o cérebro e que o estado de
cetose leve (que se verifica numa dieta baixa em hidratos de carbono) pode ter inclusivamente
vários benefícios em doenças como Alzheimer e Parkinson.
Resumindo: Não existe uma necessidade fisiológica para consumirmos hidratos de carbono. No
entanto, é preciso que fique claro que não estou de maneira alguma a sugerir que não se devem
consumir. Como referi acima, os hidratos de carbono das frutas e verduras são importantíssimos
para obtermos as vitaminas, minerais e anti-oxidantes numa dieta saudável. O grande problema é
que a maioria das pessoas associa os hidratos de carbono exclusivamente ao pão, massa,
cereais, batata, arroz e estes alimentos não são, de maneira nehuma, essenciais.
7. O Colesterol elevado causa doença cardíaca.
“60% dos pacientes com ataques de coração têm colesterol normal.”
Dr. Lair Ribeiro, cardiologista brasileiro citando estudo de Framingham, o mais importante do
Mundo no que respeita ao desenvolvimento das doenças cardiovasculares.
O colesterol é uma substância gordurosa produzida pelo fígado que tem um papel crucial no
funcionamento do nosso corpo. O colesterol é um componente essencial das membranas
celulares e o nosso corpo precisa de colesterol para produzir hormonas, para sintetizar ácidos
biliares (importantes na digestão de gorduras) e para ajudar-nos na síntese de vitamina D.
Como sabemos, existem três tipos de colesterol que são transportados no sangue pelas
seguintes moléculas ou lipoproteínas: HDL (lipoproteína de alta densidade), LDL (lipoproteína de
baixa densidade) e triglicéridos (TG). O HDL é considerado o “bom” colesterol e transporta o
colesterol em excesso das células do nosso corpo para o fígado; o LDL, considerado o “mau”
colesterol, faz o oposto do HDL, transportando o colesterol do fígado para o corpo; os
Triglicéridos são uma medida das gorduras em circulação no nosso corpo, que, curiosamente,
não aumentam com o excesso de gordura mas sim com o excesso de hidratos de carbono e
com a resistência à insulina.
Portanto, é do conhecimento comum que um HDL baixo, um LDL alto e Triglicéridos altos,
quando comparados com os valores médios recomendados, são factores de risco irrefutáveis
associados às doenças cardiovasculares. Mas há mais coisas para além disto.
Em primeiro lugar, o perfil do colesterol tal como costuma ser analisado hoje em dia não parece
ser o indicador mais importante a ter em conta no aparecimento de doenças cardíacas. Segundo
as últimas investigações nesta área, dadas a conhecer pelo Dr. Mark Houston, Director do
Nashville Hypertension Institute, a inflamação, o stress oxidativo e a disfunção auto-imune das
artérias são os mecanismos fisiológicos mais importantes que causam doença cardíaca, pelo que
não é correcto predizer o aparecimento de doenças cardiovasculares sem medir os marcadores
de inflamação, stress oxidativo e disfunção auto-imune das artérias.
Em segundo lugar, o colesterol total alto por si mesmo não vai causar doença cardíaca. É o
tamanho das partículas que compõem o colesterol que vão determinar se este é ou não um
factor de risco. E o teste para medir o tamanho das partículas é o tipo de teste que não fazemos
quando “analisamos” o colesterol, podendo levar, desta forma, ao tratamento de um problema
que, na realidade, não existe. Vou explicar.
Sabemos desde os anos 80 que o colesterol LDL é mau porque pode formar placas nas paredes
das artérias impedindo uma normal circulação do sangue. No entanto, existem pelo menos cinco
diferentes tipos de partículas no LDL, sendo que duas delas são muito importantes distinguir.
Temos o LDL A, que é composto por partículas grandes e flutuantes e temos o LDL B, que é
composto por partículas pequenas e densas. O LDL A é completamente inofensivo enquanto
que o LDL B é especialmente perigoso porque é aquele que se cola à parede das artérias. O LDL
B (o mau) está directamente associado às dietas elevadas em hidratos de carbono e baixas em
gordura, enquanto que o LDL A (o inofensivo) está associado às dietas elevadas em gordura e
baixas em hidratos de carbono.
Mais, quando fazemos dietas elevadas em hidratos de carbono e baixas em gordura, baixamos o
colesterol HDL e aumentamos os triglicéridos, potenciando, desta forma, o risco de doença
cardíaca. Quando consumimos dietas elevadas em gordura e baixas em hidratos de carbono,
acontece o contrário, ou seja, melhoramos o perfil cardiovascular através do aumento do
colesterol HDL e da diminuição dos triglicéridos.
Portanto, quando se olha para o colesterol LDL, é preciso ter em atenção que a qualidade (saber
se as partículas são pequenas ou grandes) é mais importante que a quantidade.
Agora que percebemos que existem dois tipos de colesterol LDL, um inofensivo e um
aterogénico (mau), é importante voltar a falar nas gorduras saturadas, que vimos no número 3.
Se bem se recorda, as gorduras saturadas podem ser perfeitamente saudáveis se consumimos
poucos hidratos de carbono. E porquê? Porque a gordura saturada aumenta o HDL, aumenta o
LDL tipo A (o inofensivo) e baixa os triglicéridos. Ou seja, verifica-se de facto um aumento no
colesterol total mas o perfil lipídico é bem melhor!
A gordura saturada, tal como as restantes gorduras, tem um efeito mais saciante no nosso
organismo, vai ajudar-nos a manter os níveis de glicémia estáveis e não tem qualquer efeito na
produção de insulina. Hoje em dia utilizamos óleos vegetais para cozinhar a altas temperaturas
mas na realidade estes acabam por ser mais nocivos e pró-inflamatórios que a banha de porco
ou mesmo a manteiga clarificada, porque as gorduras saturadas toleram melhor as altas
temperaturas.
Agora já sabe, na próxima vez que for ao médico fazer análises para medir o colesterol, pergunte
pelo teste de partículas, pelos marcadores de inflamação, stress oxidativo e de disfunção auto-
imune das artérias. No mínimo o médico fica a saber que você está bem informado e você fica a
saber se tem de mudar de médico ou não.
Conclusão:
Hoje em dia existe muita desinformação em relação a muita coisa e é isso que me motiva a pôr
as coisas no papel. Espero sinceramente que a informação que foi aqui disponibilizada lhe tenha
sido útil para compreender mais algumas coisas sobre a importância da nutrição e para o
verdadeiro perigo das escolhas que fazemos todos os dias. Para mim foi de certeza e tenho a
convicção que ainda há muito mais por descobrir!
Até breve.
Pedro Correia
Referências
Avena NM; Hoebel BG; Rada P; (2008). “Evidence for sugar addiction: behavioral and
neurochemical effects of intermittent, excessive sugar intake”.
Gary Taubes (2011) – Why We Get Fat.
Gary Taubes at OSUMC – 2011 http://www.youtube.com/watch?v=bTUspjZG-wc
Gary Taubes at Google – 2011 http://www.youtube.com/watch?v=M6vpFV6Wkl4
Jonny Bowden (2011) – The (Ridiculous) New Cholesterol Guidelines for Children.
Jonny Bowden (2012) – 7 Nutrition Lies that are Making you Sick & Fat.
Lair Ribeiro (2011) – O Risco de Beber Água Engarrafada. http://www.youtube.com/watch?
v=k_J0oAC0sug
Loren Cordain (2011) – Origins and Evolution of the Western Diet: Health Implications for the 21st
Century. http://www.youtube.com/watch?v=5dw1MuD9EP4
Mark Houston (2011). Interview with Charles Poliquin. Latest Advances in Cardiovascular
Risk. http://www.youtube.com/watch?v=T2jpZNpVbkU&feature=player_embedded#!
Robb Wolf (2010) – The Paleo Solution.The Original Human Diet.
Robert Atkins (2002) – A Dieta Revolucionária do Dr. Atkins.
Robert Lustig (2009) – Sugar: The Bitter Truth. http://www.youtube.com/watch?v=dBnniua6-oM
Robert Lustig (2011) – Interventions to Reduce Sugar
Consumption. http://www.youtube.com/watch?v=7OaD_ACer_g
Robert Lustig (2011) – Sugar is a Toxin. http://www.youtube.com/watch?v=9-BEDX5AcTM
Timothy Ferriss (2010) – The 4 Hour Body.
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que-estao-a-tornar-as-pessoas-mais-gordas-e-doentes/] .
Sugar: The Bitter Truth -
A Verdade Amarga do
Açúcar
FED UP - Documentário
sobre Obesidade
Açúcar: será que
precisamos dele?
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A Verdade Amarga do
Açúcar
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precisamos dele?
In "Nutrição"
In "Interesse Geral" In "Nutrição"
In "Nutrição"
In "Interesse Geral" In "Nutrição"
Nádia Brazão
em 12 de Abril de 2012 às 18:59 disse:
Confesso que ainda não tive tempo para ler tudo … (mas vou tentar ler … ) o que li
pareceu-me muito bom, muito científico, e mais que isso: muito real e fundamental a ser
transmitido!
Vou continuar a acompanhar ..
Bjs =)
Functional Performance Training
em 13 de Abril de 2012 às 15:03 disse:
Muito obrigado. Mesmo assim acho que vale a pena ler tudo . Beijos.
Tânia Charrua
em 30 de Janeiro de 2014 às 23:33 disse:
Gostei muito ainda não li tudo, mas como sou interessada na alimenta‐
ção e qualidade de vida, achei muito profissional.Obrigada.
Iino Michiyo
em 2 de Fevereiro de 2014 às 13:02 disse:
Eu li o artigo todo e tenho três perguntas. Quem está a fazer dieta deve
optar por dar mais prefêrencia a que alimentos para consumir? E deve
eliminar quais alimentos completamente para resultados mais eficazes? A
carne não pode ser consumida se não for de pasto?
Functional Performance Training
em 2 de Fevereiro de 2014 às 13:59 disse:
Inês,
Recomendo que leia o artigo novamente ou que procure por um nutricio‐
nista para lhe ajudar nesse sentido.
Cumprimentos.
JPS
em 3 de Fevereiro de 2014 às 19:24 disse:
Muita informação interessante, mas ficam alguns reparos : Quando aprendi na
escola primária a numeração romana, escrevíamos 19 = XIX… aqui aparece séc.
IXX (???). “…adoçantes artificiais como o aspartame (fenilanina), acesulfame K,
sacarina, sucralose (E-955), sacarose, isto só para citar os mais conhecidos” Mas
a sacarose é o açúcar refinado que os adoçantes vão substituir ! “As melhores
fontes de proteína são o peixe, frango, peru, carne, ovos e marisco.” E o frango e
o perú não são carne ? E reparo, com agrado, que não aderiu ao “aborto torto‐
gráfico”, vulgo AO, mas palavra “objectivo” escapou e aparece feia e desfigurada
como “objetivo”…
Functional Performance Training
em 3 de Fevereiro de 2014 às 20:02 disse:
Agradeço os reparos ortográficos. Sim, a sacarose é o açúcar de mesa e
não deveria estar classificada como adoçante artificial (vou retirar para
não confundir os leitores). Frango e Peru são carne de aves. Em relação
às “palavras novas” do acordo ortográfico, é possível que as encontre
também noutros posts e que estejam misturadas com as antigas – eu
próprio ainda não decidi como prefiro escrever. Cumprimentos.
Miguel Melo
em 21 de Abril de 2012 às 01:42 disse:
Obrigado pela informação que que dispões, informação essa que até hoje esteve
completamente errada na minha cabeça e fico contente e agradecido por conseguires
mudar esta forma de pensar! Já agora, vim aqui parar através do teu irmão, meu colega
de turma da Fmh.
Functional Performance Training
em 21 de Abril de 2012 às 18:08 disse:
Obrigado, fico contente que tenha sido útil para ti também. Cumprimentos.
Celso Bettencourt
em 10 de Maio de 2012 às 01:00 disse:
Caro Pedro, este texto realmente leva-nos a uma série de interrogações e coloca em
causa muitas verdades que tomamos como adquiridas. Concordo plenamente com o
que dizes porque sou um exemplo de como uma dieta rica em proteina e pobre em
hidratos de carbono, aliada à prática de uma actividade física regular (alternando o treino
cardio com o treino de força) leva a uma perda maior de massa gorda através da sua
substutuição por massa muscular.
Desta forma perdi 20 Kg e evito oscilações acentuadas de peso, no entanto acredito que
não será nada fácil para a maioria das pessoas adoptar este tipo de hábitos alimentares,
quando diáriamente as grandes superfícies colocam ao seu dispor uma oferta enorme de
produtos essencialmente compostos por hidratos de carbono e açucar, para não falar
nos menus existentes na maioria da restauração, que privilegiam uma vez mais pratos
com uma forte presença de hidratos refinados.
Excelente texto, um abraço,
Celso
Functional Performance Training
em 10 de Maio de 2012 às 10:58 disse:
Pois é Celso, se perdeste 20 kilos o teu exemplo é perfeito. O problema é que a
maioria das pessoas não tem conhecimento deste tipo de informação, principal‐
mente no que diz respeito aos alimentos que verdadeiramente engordam e fazem
mal. E isso também acontece porque há muita desinformação e porque as pes‐
soas fazem caso aos médicos que não percebem nada de nutrição e da sua im‐
portância para evitar grande parte das doenças associadas ao nosso estilo de
vida. A sua forma de actuar é tratar os síntomas sem tentar perceber a causa. As
pessoas têm que começar a perceber que os problemas de diabetes, hiperten‐
são, doença cardiovascular, não se tratam com pastilhas, tratam-se com mudan‐
ças simples no seu estilo de vida, é isso que vai fazer a diferença. A mentalidade
não pode continuar a ser vou ao Mcdonald’s e continuo a tomar a minha multivi‐
tamina. Um grande abraço e obrigado pelo feedback.
PS – Eu acredito que se as pessoas forem educadas e perceberem de facto as
razoes, o porquê, a origem das doenças, haverá uma mudança grande no seu
estilo de vida mas é claro que isso não interessa às grandes empresas alimenta‐
res e farmaceûticas porque não se podem patentear brócolos ou tomate .
João Ralha
em 20 de Janeiro de 2013 às 20:13 disse:
De acordo. O importante é perceber as causas para prevenir. Mas não é
isso que interessa à indústria nem a alguns médicos que só sabem tratar,
pois não sabem ou não estão interessados em prevenir. Aliás, são pagos
para tratar, não para prevenir!
Sofia Nascimento
em 19 de Novembro de 2012 às 12:34 disse:
“A frutose tem os mesmos efeitos nocivos no nosso fígado que o álcool, aliás o álcool
não é mais que açúcar fermentado”
Assim sendo Pedro, o que será ideal consumir? Glucose ou Frutose? Aproveito para tirar
esta duvida…
E já agora aproveito para agradecer o que estás a fazer por todos… é muito importante
desmistificar estes mitos porque cada vez mais nos levam a uma sociedade mais obesa
e a cometer erros por falta de informação.
Cumprimentos
Functional Performance Training
em 19 de Novembro de 2012 às 13:27 disse:
Olá Sofia e obrigado pelo comentário.
Idealmente deve-se evitar ao máximo o consumo de frutose (mais info aqui:
https://pedrocorreiatraining.wordpress.com/2012/11/13/sugar-the-bitter-truth-a-
verdade-amarga-do-acucar/) e cingir a nossa ingestão de hidratos de carbono às
verduras e às frutas. A verdade é que o nosso organismo nao precisa dos típicos
hidratos de carbono refinados que as pessoas comem em abundância (arroz,
massa, pão, batata e tudo o que seja proveniente da farinha). A não ser alguns
atletas de elite que têm necessidades especiais (mas isto também varia consoan‐
te a modalidade), as pessoas comuns só têm a ganhar se consumirem cada vez
menos esse tipo de alimentos. Pode custar a acreditar mas é a pura verdade.
Melhores cumprimentos,
Pedro Correia
Sofia Nascimento
em 23 de Novembro de 2012 às 12:31 disse:
Obrigada pela resposta… E mais uma vez Parabéns pelo seu trabalho…;)
Dinis Mira
em 13 de Abril de 2014 às 02:01 disse:
ola,
Mas a frutose não é o açucar das frutas?
E não está presente em todas as frutas?
Functional Performance Training
em 13 de Abril de 2014 às 14:11 disse:
Olá Dinis,
Sim, a frutose é o açúcar das frutas, quando comemos a fruta no seu es‐
tado natural, usufruimos também do seu conteúdo total em nutrientes,
mas quando a esprememos para fazer sumo, perdem-se estes nutrientes
e fica apenas o açúcar.
Fernando Costa
em 29 de Junho de 2014 às 05:40 disse:
Okay mas vc fala em frutas, e frutas tem alto teor de frutose, como as‐
sim?
snafu
em 26 de Novembro de 2012 às 08:35 disse:
Olá, primeiro de tudo quero dar-te os parabéns pelo excelente blog. E segundo, podes
indicar-me uma imagem de uma roda de alimentos de acordo com as informações
contidas neste post?
Functional Performance Training
em 26 de Novembro de 2012 às 12:55 disse:
Olá Joao,
Neste link poderá ver uma evolução da pirâmide dos alimentos até à Paleo, a die‐
ta dos nossos ancestrais (na verdade nós é que evoluimos no sentido errado). Te‐
nha em conta que o importante é que a carne seja orgânica e alimentada em
pasto (a carne vermelha à disposição nos supermercados normalmente é criada
à base de milho e cereais, tornado a mesma muito mais tóxica) e que o peixe
seja selvagem.
http://www.livingpaleo.com/the-food-pyramids/
Veja também o vídeo.
Melhores cumprimentos,
Pedro Correia
João Pedro Machado Silva
em 6 de Dezembro de 2012 às 01:14 disse:
Muito bom…. gostei muito
Rui Ralha
em 26 de Dezembro de 2012 às 00:10 disse:
Mais uma vez Pedro, fantástico! Já tinha alguma informação sobre nutrição actualizada,
já conhecia designadamente a dieta Atkins, mas este artigo é muito esclarecedor. Vou
explorar a dieta Paleo e mudar muita coisa na minha alimentação, até para confirmar na
prática pessoal as noções, coerentes e lógicas, que aqui revi. O problema é que, como
colega de profissão, ando há anos a ensinar as “tretas alimentares” das pirâmides e
rodas alimentares dos livros escolares aos meus alunos. E isso é que vai ser difícil de
mudar, até porque há mais um problema: as carnes e peixes biológicos são dos
produtos mais caros do mercado. De qualquer forma, muito obrigado e continua o
excelente trabalho.
Functional Performance Training
em 26 de Dezembro de 2012 às 01:07 disse:
Muito obrigado Rui pelos comentários.
Em relação às carnes alimentadas em pasto, podes ver mais informação aqui:
http://www.solardagiesteira.pt/ ou então tentar encontrar carne dos Açores. Em
relação aos peixes podes encontrar mais info aqui http://www.peixedomar.pt/ ou
tentar encontrar peixe fresco (de preferência selvagem ou de mar) nos supermer‐
cados e/ou peixarias.
Um abraço,
Pedro Correia
Licinia
em 21 de Janeiro de 2013 às 22:45 disse:
Adorei o artigo.
Tenho opinião própria e não faço o que os médicos dizem.
Obrigada.
Licinia Castro
Functional Performance Training
em 21 de Janeiro de 2013 às 23:53 disse:
Obrigado Licínia.
Melhores cumprimentos.
Mafalda
em 9 de Maio de 2013 às 16:30 disse:
Caro Pedro,
Já tinha lido várias coisas sobre diferentes entidades que defendem a informação que tu,
muito bem, juntaste e resumiste, tornando o artigo de fácil leitura e entendimento.
Parabéns por isso!
Gostava de te perguntar, o que para ti seria um ou dois dias de refeições saudáveis. Ou
seja, o que comerias ao pequeno-almoço, meio da manhã, etc etc… e o pré/pós-treino,
claro!
Cumprimentos,
Mafalda
Functional Performance Training
em 9 de Maio de 2013 às 16:35 disse:
Obrigado Mafalda.
Há alguns dia pus um post no FB sobre isso. Veja aqui: https://www.facebook.‐
com/photo.php?
fbid=338209219635437&set=a.250067125116314.54866.245730335549993&t
ype=1&theater
No pré e pós treino iria depender da situaçao particular da pessoa.
Cumprimentos.
Bruno Semedo
em 12 de Maio de 2013 às 15:35 disse:
Artigo muito bom! É pena é que muita gente não acredite, mas essa é a razão principal
porque o escreveste, não? Não sou nutricionista nem dietista (embora goste muito de ler
artigos da área), mas nos anos que estudei saúde publica posso dizer que muitas
organizações (quase todas) funcionam devido aos lobbies, e a ciência funciona (na sua
maior parte), pelo dinheiro. Por isso recomendo a toda a gente que leia e faça
interpretações de várias fontes e não acredite piamente nas grandes organizações ou
grandes jornais científicos. E foram essas interpretações várias que foram feitas neste
artigo….
Functional Performance Training
em 22 de Maio de 2013 às 13:26 disse:
Muito obrigado Bruno pelo comentário.
Eu também gostava que toda a gente lesse mais de várias fontes independentes
e que tirasse as suas próprias conclusões. Dessa forma haveria menos espaço
para os lobbies.
Melhores cumprimentos.
Tiago
em 24 de Fevereiro de 2014 às 21:26 disse:
Boa tarde,
estou a meio do artigo e estou a gostar muito da forma como expõem as
questões.
Tenho tentado pesquisar na internet algumas informações (sendo que
esta área já é de si bastante confusa para mim) e tenho tido dificuldades
em escolher no que acreditar pois a maioria dos artigos não identificam
as referências como o Pedro o faz aqui.
Por estes dois motivos, desde já o meu obrigado.
Lurdes Lourenço
em 21 de Maio de 2013 às 16:32 disse:
Parabéns pelo artigo. E obrigada!
Sem saber, é o que faço.
E sou uma cota de 56 anos com um corpo de 20. (agora percebo porque)
baseio a minha alimentação em saladas, que adoro.
Junto de tudo, tomate alface, brócolos, atum, bacon, um pouco de tudo o que houver
no frio, tempero com azeite e ervas. Marcha tudo. eheheh
Felicidades e continue a brindar-nos com as suas pesquisas.
π
em 21 de Maio de 2013 às 23:34 disse:
Olá
Tendo em conta que exercicio aerobico trabalha grandes grupos. Treino de força é mais
eficaz para perda de peso rápido, mas não facilitará o efeito yo-yo, que nem os
suplementos para perda de peso, não existe uma maior alteraçao metabólica?
Gostaria realmente de deixar o alerta para o consumo excessivo de n-6 em razão dos n-
3 e seus efeitos catastróficos no nosso organismo. Não sou a favor das dietas
vegetarianas, mas estas são pobres em aminoácidos,principalmente essenciais
provenientes das carnes/peixe e no entanto estão associadas a “saude” fisica e baixo
nivel de obesidade. Se 40% dos “pacientes” com ataques do coração têm colesterol
elevado, isto não é muito, é imenso. Já para não falar nos que desenvolvem problemas
cardiovasculares sem nunca chegar a ter um ataque. O LDL aumenta com o consumo
de carnes e o HDL com cereais e vegetais, quanto aos TG, só aumentam com consumo
combinado de gordura e hidratos!
Peço desde já desculpas, mas no campo nutricional e alimentar, este “artigo” é no
minimo questionável…aborda, defende algumas das mais polémicas técnicas adoptadas
nos ultimos anos e refutadas pelos especialistas e profissionais de nutriçao e dietética, e
cujas consequencias a curto e longo prazo, parecem estar a revelar-se muito graves!
Obrigado pelas sugestões.
Saudaçoes
Functional Performance Training
em 22 de Maio de 2013 às 13:14 disse:
Agradeço o comentário.
O treino de força é mais eficaz para a perda de peso precisamente porque pro‐
move alterações metabólicas mais significativas.
Ninguém disse ao longo do artigo que 40% dos pacientes com ataques de cora‐
ção tinham colesterol elevado, essa foi uma interpretação sua. Aquilo que é preci‐
so perceber é que existem marcadores muito mais importantes que o colesterol
elevado para predizer doenças cardíacas e que devem ser avaliadas em primeira
instância. Se me puder facilitar explicações ou estudos que sugiram que o LDL, o
HDL e os TG só aumentam dessa forma, agradecia.
Acho bem que questione o artigo (aquilo que costumo dizer às pessoas é que
investiguem por sua conta) mas note que o mesmo está referenciado por cientis‐
tas, investigadores, bioquímicos e médicos especialistas em nutrição, com mui‐
tos trabalhos publicados em revistas científicas e que têm dedicado a sua vida ao
estudo deste tipo de coisas, sem qualquer tipo de afiliação política ou corporati‐
va.
Com os melhores cumprimentos,
Pedro Correia
π
em 22 de Maio de 2013 às 16:15 disse:
Muito obrigado pela atenção e muitos parabéns pelo trabalho, dedicação
e partilhas.
Cumprimentos
Estudante de Medicina
em 3 de Fevereiro de 2014 às 21:08 disse:
Boa noite,
Se 60% dos que têm enfartes do miocárdio (“ataques de coração”) não
têm colesterol elevado, significa que 40% têm colesterol elevado.
Acho bem falar-se desses temas, uma vez que há certos alimentos que
as pessoas comem convictas que lhes é benéfico, mas que acaba por
fazer o contrário. Um óptimo exemplo são os hidratos de carbono com‐
plexos, que as pessoas comem “à vontade” porque se crê que é uma
fonte relativamente segura de energia, porque não provoca picos de gli‐
cémia e consequentemente de insulina ao contrário dos açúcares mais
simples, não sobrecarregando assim o pâncreas. No entanto, os hidratos
de carbono complexos são digeridos e são absorvidos como açúcares
simples de qualquer forma…
O exemplo da frutose, que apresenta neste artigo, também é fundamen‐
tal, porque os diabéticos consomem-na pensando que é benéfica em re‐
lação à glicose, quando a frutose leva às alterações fisiopatológicas co‐
muns à diabetes (nomeadamente a glicosilação não enzimática), mas
sem ter sequer qualquer controlo hormonal, uma vez que a frutose não é
controlada pela insulina.
Dizem-se algumas informações importantes, mas tem de se ter cuidado
com o que se diz. Sugere que a cetose é benéfica (e pareceu-me muito
interessante o possível papel na prevenção de doenças neuro-degenera‐
tivas), mas a nível de rendimento de trabalho não me parece que assim
seja, por exemplo.
Nós sabemos que a PCR (marcador de inflamação) é um marcador im‐
portante de risco cardiovascular. Mas sabemos também que o colesterol
LDL é um marcador de risco cardiovascular, e enquanto não surgir uma
análise sanguínea mais específica que supere em termos de benefício e
custo a medição dele, vai-se continuar a medi-lo e a agir de acordo com
essa medição. Nós sabemos que só baixar o colesterol não chega para
baixar muito significativamente o risco cardiovascular. Por isso é que se
dão Estatinas como primeira linha, que têm efeitos benéficos a vários ní‐
veis, não só na diminuição do colesterol, mas também na diminuição da
inflamação, adesão celular, disfunção endotelial, etc. E por isso é que
também se aconselha exercício físico (essa questão do exercício anaeró‐
bio é bastante pertinente, uma vez que, embora muitos médicos se es‐
queçam desse facto, o exercício anaeróbio permite ter condição física
para fazer exercício aeróbio), abolição do tabagismo, modificação da die‐
ta, evitar a diabetes, ou se já presente controlá-la, evitar hipertensão arte‐
rial ou tratá-la…
Mas se uma pessoa quer ter aconselhamento dietético não deve real‐
mente ir ao médico, deve consultar um dietista ou nutricionista, porque a
formação do médico é dirigida para o tratamento e prevenção de doen‐
ças.
Cumprimentos e parabéns pelo trabalho.
Maria jose evora
em 22 de Maio de 2013 às 10:00 disse:
Parabens Pedro so que as vezes sentimo-nos confusas mas prometo mais estudos para
que clarifique as informacoes desse teu e nosso blog eu gosto do colorido da vida por
isso no meu prato retrato isso obrg
ANTONIO CARLOS SOBRINHO
em 6 de Agosto de 2013 às 14:00 disse:
Bom dia.. poderia falar alguma coisa sobre a nova febre no Brasil.. quinoa…
chia..linhaça..é bom mesmo????? são brancas….e….
Functional Performance Training
em 9 de Agosto de 2013 às 13:05 disse:
Olá António,
À partida esses alimentos têm um bom valor nutricional, pelo que se não tem
qualquer tipo de problema de saúde que possa ser afetado pela ingestão destes
alimentos, estes podem ser uma boa opção. No entanto, tenha em conta, que,
tal como o treino, a dieta para ser completamente funcional, deverá ser individua‐
lizada.
Cumprimentos.
Andrea
em 11 de Setembro de 2013 às 15:33 disse:
Li seu artigo todo e está de parabéns. Muito bem escrito e esclarecedor. Há tempos
estou atrás de respostas para o meu ganho de peso, onde não me considero uma
pessoa que exagera nas refeições. Já faço acompanhamento com nutricionista, mas
confesso que fiquei surpresa ao saber das proteínas e gorduras. Eu moro no Brasil e
onde vivo não há muita oferta de carnes ou outros produtos orgânicos. Como faço neste
caso? Faria o mesmo efeito consumir carnes em menor quantidade? No caso do arroz,
quando me der vontade de comer, posso consumir o integral? Obrigada desde já
Functional Performance Training
em 11 de Setembro de 2013 às 21:38 disse:
Olá Andrea, obrigado pelas simpáticas palavras. Aquilo que recomendo é que se
tente informar onde pode comprar esses alimentos, comer menores quantidades
nao é solução, até porque a carne de pasto é uma excelente fonte de proteína.
No caso do arroz, apesar de no artigo estar referenciado o arroz integral, o refina‐
do acaba por ser mais adequado, porque o integral tem fibra insolúvel (resistente
à atividade enzimática humana) e pode aumentar a inflamação no intestino (per‐
meabilidade intestinal). O melhor mesmo é que veja estes assuntos com o seu
nutricionista.
Melhores cumprimentos.
EDNA PRADO
em 11 de Dezembro de 2013 às 03:41 disse:
Amei, muito obrigada!
Pollyanna
em 27 de Janeiro de 2014 às 19:54 disse:
Muito, muito, mais muito bom. Excelente post, obrigado!
Sara
em 30 de Janeiro de 2014 às 09:01 disse:
Olá Pedro,
o que pensa acerca do consumo (moderado) de Stevia, em vez do normal açucar
refinado?
Functional Performance Training
em 30 de Janeiro de 2014 às 12:52 disse:
Olá Sara,
A stevia “parece” ser mais segura que os restantes edulcorantes mais comuns
(aspartame, acesulfame K, sucralose) mas digo “parece” porque ainda existem
poucos estudos feitos com stevia e aqueles que foram feitos (em animais) têm
apresentado resultados pouco interessantes. O ideal é minimizar o consumo de
substâncias que o nosso corpo não precisa e a stevia é uma delas.
Cumprimentos.
Sara
em 30 de Janeiro de 2014 às 13:03 disse:
Pois, essa é também a minha opinião e apesar de evitar todo este tipo de
produtos na minha dieta, a verdade é que ao prescrevermos dietas para
pessoas obesas e “viciadas” em açucar, temos de ser realistas e saber
que 95% não vão deixar de um dia para o outro de consumir “doces”, daí
a proposta de utilização de stevia como uma forma de transição mais
saudável.
Obrigada.
Functional Performance Training
em 30 de Janeiro de 2014 às 12:53 disse:
Sara,
A stevia “parece” ser mais segura que os restantes edulcorantes mais comuns
(aspartame, acesulfame K, sucralose) mas digo “parece” porque ainda existem
poucos estudos feitos com stevia e aqueles que foram feitos (em animais) têm
apresentado resultados pouco interessantes. O ideal é minimizar o consumo de
substâncias que o nosso corpo não precisa e a stevia é uma delas.
Cumprimentos.
João Coucelo
em 30 de Janeiro de 2014 às 11:48 disse:
Parabéns pelo artigo. Sou médico e também adoro nutrição e desporto, questiono tudo.
Desde cedo que “caço” novas ideias e exploro hipóteses. Desde há algum tempo que
encontrei a linha da paleo diet e trophology. Entre trabalho, vida e inclusive batalhar para
aplicar estes princípios é difícil uma pessoa organizar as ideias e dissertar desta maneira
sobre este tema. Parabéns. A questão que me fica é de como é possível tanta gente
estar tão enganada. E o mais incrível é que nem é só na nutrição e saúde. Hábitos que
tomamos por rotineiros e seguros são autênticas agressões. Enfim, é ai que claro está
uma pessoa chega às diferentes indústrias, lobbies, à falta de instrução e educação e
outras. O Pedro já falou disto no seu artigo mas para outros que queiram mais umas
luzes penso que este blog e em particular este texto de uma psiquiatra norte americana é
bastante interessante e elucidativo
http://evolutionarypsychiatry.blogspot.pt/2013/11/gluten-and-schizophrenia-again-
with.html
O blog tem links para todo um mundo ao qual o Pedro obviamente já pertence mas fica
para os outros que estão agora a descobrir.
Fica com o meu email, gostava que me contacta-se para poder ficar com o seu. Vou
sugeri-lo para falar em algumas reuniões médicas relacionadas com nutrição, dieta
mediterrânea, obesidade, doenças cardiovasculares. Há reuniões onde o debate
acontece e as portas estão abertas à novidade, embora perceba que generaliza quando
fala dos “médicos”, tenho a certeza que sabe que pode encontrar receptividade em
alguns.
Functional Performance Training
em 30 de Janeiro de 2014 às 12:59 disse:
Olá João,
Muito obrigado pelos seus comentários, é bom saber que existe essa abertura e
receptividade em alguns médicos no que diz respeito à importância de uma mu‐
dança de paradigma neste âmbito.
O meu e-mail é pedrocorreiatraining@gmail.com, terei todo o gosto em trocar
ideias consigo.
Um abraço e obrigado pelo link.
João Coucelo
em 30 de Janeiro de 2014 às 14:17 disse:
*Fica com o meu email, gostava que me contactasse para poder ficar com o seu.
ps_ detesto este erro gramatical, razão pela qual faço a correcção. Obrigado
pelo comentário em resposta tão pronto.
Abraço
Mafalda
em 30 de Janeiro de 2014 às 13:33 disse:
Olá Pedro,
Gostei bastante do artigo e identifico-me em vários pontos com ele.
Tenho no entanto uma dúvida em relação às proteínas de que falou. Sou vegetariana há
mais de 10 anos, porque simplesmente o meu corpo rejeita carne e peixe. Mas tenho
uma actividade fisica intensa, com corridas semanais, treinos de alta intensidade e
também sou instrutora de yoga. Tento sempre ter especial cuidado com quantidade de
proteinas que ingiro, sendo muito à base de feijão, grão, ovos, bróculos, cogumelos,
espinafres. Considera que há alguma falta de aminoácidos essenciais? Se sim, quais os
alimentos que os podem substituir?
Obrigada pelo esclarecimento
Functional Performance Training
em 30 de Janeiro de 2014 às 17:34 disse:
Olá Mafalda,
No seu caso eu tomaria atenção aos níveis de Vit. B12, cálcio, iodo, gordura
ómega 3, vitamina D e zinco porque podem estar abaixo daquilo que necessita.
Eu acho que é possível seguir uma dieta vegetariana saudável mas o meu conse‐
lho é que a faça da forma mais consciente possível e/ou com um acompanha‐
mento profissional, porque provavelmente necessitará de algum tipo de suple‐
mentação.
Julgo que neste site poderá encontrar informação para ajudá-la a tomar algumas
decisões de uma forma mais consciente: http://rawfoodsos.com/.
Melhores cumprimentos.
Bruno Filipe
em 30 de Janeiro de 2014 às 14:04 disse:
Este é mais um daqueles estudos a favor do MAIOR negocio do Mundo que é a comida
e principalmente a comida de origem animal principalmente carnes vermelhas. este é
como o estudo que nos fez acreditar desde miudo que a roda dos alimentos é saudavel.
Todo o tipo de gorduras e proteinas principalmente de carnes vermelhas juntamente com
ovos, leite e queijo sao o MAIOR veneno existente na nossa alimentação e vem agora um
estudo falar que os cereais sao prejudiciais a saude e que as gorduras nao o
são!?!?!?!?!? Se querem comprovar o que digo vejam este documentario Forks Over
Knifes e vejam a verdade incoveniente sobre a alimentação e sobre todo o esquema que
é feito para iludir as pessoas como o estudo apresentado em cima.
http://www.wareztuga.tv/movie.php?m=Forks_Over_Knives
Functional Performance Training
em 30 de Janeiro de 2014 às 16:56 disse:
Bruno,
Como eu sei que algumas pessoas podem ler o seu comentário e ficarem nova‐
mente confusas, gostava de esclarecer o seguinte:
1) O problema das carnes vermelhas serem mais tóxicas hoje é porque as vacas
são alimentadas com cereais (milho), ou seja, o problema é que nós estamos ex‐
postos à carne de animais obesos e doentes. Se fossem alimentadas em pasto
(tal como evoluiram naturalmente), esse problema não se colocaria.
2) As gorduras não são todas iguais, por isso colocá-las a todas no mesmo pa‐
cote (como toda a gente o faz, profissionais de saúde incluídos) foi o que nos
trouxe até a este mundo doente e obeso. Se quiser saber mais sobre isto reco‐
mendo que veja o trabalho do Chris Masterjonh (PhD em Ciências da Nutrição),
aí também vai perceber que os ovos são dos alimentos mais nutritivos que pode‐
mos comer e que é na gema que está a maior parte dos nutrientes. Link:
http://www.cholesterol-and-health.com/about-cholesterol-and-health.html.
3) Se quiser saber porquê que os cereais de hoje em dia são alimentos pouco
funcionais para a nossa fisiologia, recomendo que comece por ler este artigo do
Prof. Loren Cordain, autor de mais de uma centena de artigos peer-reviewed em
jornais científicos de referência: http://www.direct-ms.org/pdf/EvolutionPaleo‐
lithic/Cereal%20Sword.pdf e/ou por ler este livro do médico cardiologista William
Davis: http://www.amazon.es/Sem-Trigo-Barriga-Livre-se-trigo-ebo‐
ok/dp/B00BX9LQO6.
Eu entendo que este tipo de informação pode ser contraditório a tudo aquilo que
ouviu dizer (eu também já passei por isso), mas o meu conselho é que procure
pela evidência científica e não se deixe ficar pela evidência de café.
Cumprimentos.
Helena
em 30 de Janeiro de 2014 às 14:32 disse:
Caro Pedro Correia. Na prática isto significa que é preferível um pequeno almoço de
bacon e ovos, a torradas com meia de leite?
Obg. E muitos parabéns pelo artigo.
Helena
em 30 de Janeiro de 2014 às 14:41 disse:
Olá Pedro Correia. Antes de mais parabéns pelo artigo, que é bastante elucidativo e
interessante. Tenho uma questão prática: seguindo a lógica do seu artigo, será preferível
um pequeno-almoço de bacon, ovos e queijo, ao invés de torradas e café com leite?
Será preferível fazer caminhadas ao invés de corridas? Muito obrigada.
Functional Performance Training
em 30 de Janeiro de 2014 às 15:59 disse:
Olá Helena,
Sim, é preferível comer ovos com bacon que torradas com leite. Em relação ao
exercício, é preferível fazer treino de força. Para fazer corridas é preciso garantir
que o corpo esteja capacitado para tal.
Cumprimentos.
Helena
em 30 de Janeiro de 2014 às 20:05 disse:
Obrigada pela resposta. Vou partilhar esta informação, acho que posso,
não é? Vou tentar uma nova dieta e verificar os efeitos, pois consumo
muitos hidratos de carbono. Muito obrigada pela informação. Cumpri‐
mentos.
Silvino
em 23 de Março de 2015 às 12:07 disse:
O corpo esteja capacitado para tal?Como assim?Obrigado.
Daniel Deusdado
em 31 de Janeiro de 2014 às 02:19 disse:
Muitos parabéns. O artigo faz uma excelente síntese de muita informação que fui lendo
ao longo do tempo e que a minha médica me foi passando
Pedro Correia
em 31 de Janeiro de 2014 às 20:11 disse:
Muito obrigado Daniel.
miguel nunes
em 31 de Janeiro de 2014 às 03:04 disse:
Gostei do artigo, mas como sou muito desconfiado, fico sempre na duvida em qual das
partes deva confiar… se nas suas teorias se nas da USDA. Na realidade tudo o que vem
da america deixa-me de pe atras, e pensando bem fiz uma dieta à cerca de dois anos e
a minha alimentaçao baseava-se naquilo que vc diz ser bom, e realmente foi. Mas onde
posso encontrar uma lista com as coisas boas que devo comer e na a lista da USDA.
Obrigado. Miguel
Functional Performance Training
em 31 de Janeiro de 2014 às 17:45 disse:
Miguel,
As teorias não são minhas, estas coisas estão suportadas pela evidência científi‐
ca. Se começar por comer alimentos reais e evitar todos os alimentos processa‐
dos, não precisa de nenhuma lista.
Cumprimentos.
Igor
em 31 de Janeiro de 2014 às 06:15 disse:
caro pedro, parabéns pelo post.
excepto alguns pormenores sobre o exercício q não são muuito correctos, ou pelo
menos postos numa perspectiva q não abrange toda a verdade, e uma predominância
sobre proteína animal q não é tão saudável como se faz querer, tudo o resto é óptimo. há
muitos anos q sou autonomamente formado em muita coisa sobre desporto, nutrição e
saúde. ( Sou profissional de saúde) e sigo muita coisa, livros, artigos, conferências,
alguns com pouca visibilidade em Portugal.
desafio-o a pesquisar, e tentar saber mais sobre proteína vegetal, e respectivos alimentos
– aquela q portanto não nos dá músculos tão grandinhos – e o como essas sim nos são
essenciais, e não as de origem animal. arrisco dizer q se completar essa parte dos seus
conhecimentos e perspectiva global da complexidade q é a alimentação e ainda mais
complexidade q é a metabolização/tolerância/adaptação do nosso corpo a tudo de bom
e mau q comemos, ficará mais elucidado e no limiar do perfeito sobre o bom e mau q
comemos! =)
Cumprimentos
Functional Performance Training
em 31 de Janeiro de 2014 às 17:59 disse:
Olá Igor,
Obrigado pelo comentário.
Se puder agradecia que me informasse quais os pormenores sobre o exercício
que não estão corretos (recordo que o post não era sobre exercício).
Em relação à proteína vegetal e/ou animal, se olharmos para a forma como o
nosso genoma se desenvolveu, verificamos que cerca de 50-60% da proteína
que ingerimos foi proveniente de fonte animal (carne, marisco, ovos, aves) – acho
que também é importante ter isto presente. Isto são dados da equipa de investi‐
gação do Prof. Loren Cordain, o maior investigador da Dieta Paleolítica.
Com certeza que irei continuar a pesquisar e a estudar, tudo o que envolva ali‐
mentação e exercício pode tornar-se bastante complexo, tudo depende da forma
como nós olhamos para as coisas.
Cumprimentos.
luis carneiro
em 31 de Janeiro de 2014 às 11:19 disse:
Bom dia
Fazendo eu uma alimentação tradiconal mediterranica em que incluo suplementos
(omega 3/ multivitaminas / fibras) e faço um pequeno almoço à base de batido com
proteina de soja e praticando desporto com regularidade (3 vezes por semana) tendo
como apoio nutricional suplemento à base de proteina de soro de leite
/hidratos/aminoácidos, estou com uma suplementação correcta ou devo alterar alguma
coisa ?
nota. estes suplementos contém vitaminas/sais minerais/sódio/hidratos/lipidos/l-
glutamina/l-carnitina/l-isoleucina/l-leucina/l-valina e BCAA.
obrigado desde já pela atenção dispensada.
cumprimentos
Functional Performance Training
em 31 de Janeiro de 2014 às 18:02 disse:
Caro Luís,
Para responder efectivamente às questões que me coloca, precisava de saber
mais sobre si e sobre o seu estilo de vida.
Espero que compreenda.
Cumprimentos.
João Santos
em 31 de Janeiro de 2014 às 13:02 disse:
Boa tarde
O texto é mto bom e bastante fundamentado! Tenho-me informado em relação a dieta a
base de proteínas e faz mto sentido! Tenho a seguinte questão! Esta o nosso organismo
(“fígado”) preparado para processar tantas proteínas? Estando a maioria o alcance de
carnes, peixes e ovos na sua maioria de grandes explorações onde são autênticas
fábricas!
Obrigado
Functional Performance Training
em 31 de Janeiro de 2014 às 18:35 disse:
Olá Joao,
Obrigado pelo comentário. Se estivermos a falar de indivíduos saudáveis, à parti‐
da não haverá problema nenhum por “excesso” de proteína, no entanto, é preci‐
so ter em conta que a nutrição, tal como o exercício, deve respeitar sempre a in‐
dividualidade funcional de cada um. Tal como em todos os macronutrientes exis‐
tem uns que são mais e/ou menos funcionais que outros, mas para saber isso
com segurança é preciso saber o historial de cada um.
Um abraço.
Tiago
em 31 de Janeiro de 2014 às 16:21 disse:
Boas tardes Pedro e a todos os demais, desde já gostaria de lhe dar os parabéns por
este “despertar” de informação e por se mostrar disponível em esclarecer quaisquer
dúvidas que possam aparecer. A minha principal dúvida é a seguinte, como obter
informação sobre que alimentos comer, passo a explicar-me melhor. Por exemplo, decido
tentar mudar a minha alimentação que já se prolonga há 37 anos, mas não sei por onde
começar. Que alimentos comer ao pequeno almoço, lanches , almoços, jantares … Tem
conhecimento de algum site que disponibilize algumas “tabelas” de alimentação de
acordo com a nova pirâmide de alimentos ?
Pois por vezes a força de vontade não é suficiente para a mudança, convém ter
informação para que se consiga melhores resultados.
Desde já o meu muito obrigado pelo despertar. Parabéns Pelo artigo.
Abraços.
Functional Performance Training
em 31 de Janeiro de 2014 às 18:20 disse:
Olá Tiago,
O ideal é começar a mudar pequenos hábitos mas para isso aquilo que recomen‐
do é que procure alguém (um nutricionista e/ou dietista) que lhe possa orientar
nesse sentido. Se quiser eu posso ajudá-lo a encontrar alguém da minha confian‐
ça, envie-me um e-mail se estiver interessado.
Em relação à questão que me coloca, não tenho conhecimento de nenhum site
com essa informação – mas não se guie muito pela pirâmide (na verdade, a ver‐
são mais recente da mesma é um prato) dos alimentos.
Um abraço.
Pedro Rocha
em 31 de Janeiro de 2014 às 17:19 disse:
Boas Pedro, tal como muitos colegas gosto de ler e analisar tudo o que publicas, mas
hoje ao ler este decidi comentar. Não falando de caso específico nenhum, o artigo fala
quase sempre em dietas para reduzir peso ou emagrecer, logo a minha dúvida prende se
com o oposto, os atletas de alta competição ou aqueles que praticam treinos de alta
intensidade diariamente com gastos caloricos elevados, a alimentação rica em proteínas
irá sem dúvida defendi los, baixar a % de gordura mas conseguiram melhorar a
performance ou aumentar a massa muscular! sem ter de ingerir proporções elevadas de
proteínas devido ao consumo calórico diário? Deixo no ar algo que ao ler muitos artigos
Pingback: [Boas Descobertas] 7 Mentiras sobre Nutrição que estão a tornar as pessoas
mais gordas e doentes | Os Fantásticos mundos de Elsa
se nota a relação com o emagrecimento e pouca incidência no potenciar os atletas
quase profissionais que hoje temos cada vez mais.
Bom trabalho
Abraço
Pedro Rocha
Functional Performance Training
em 31 de Janeiro de 2014 às 18:25 disse:
Olá Pedro,
Obrigado pelo comentário e por seguir o blog.
No caso da melhoria de performance em atletas, existem algumas diferenças e
como tal essas devem ser avaliadas caso a caso (até porque nem todas as mo‐
dalidades exigem o mesmo nível de intensidade).
Um abraço.
Filipe
em 31 de Janeiro de 2014 às 21:38 disse:
Boa noite. Desde já os meus parabéns pelo artigo. Sendo eu um português típico q
come de tudo e mal, mas que tem vontade de mudar, gostaria de ter a sua opinião de
como devo fazer para me reeducar. Mais,foi – me detectada há 2 meses uma doença
rara chamada CIDP e que o tratamento passa por levar doses elevadas de
hemoglobina,gostaria de saber q efeitos o tratamento poderá ter numa dita dieta sem
hidratos de carbono. Muito obrigado!
Functional Performance Training
em 1 de Fevereiro de 2014 às 12:38 disse:
Muito obrigado Filipe.
Para se reeducar, recomendo que procure por profissionais especializados na
área da nutrição para lhe orientar nesse sentido. De acordo com aquilo que sei o
CIDP é uma doença-autoimune e tal como todas as doenças auto-imunes reque‐
rem uma atenção ainda mais especial. Penso que vai achar este post útil:
https://pedrocorreiatraining.wordpress.com/2012/11/01/como-alimentar-a-nos‐
sa-mitocondria-e-prevenir-doencas/.
Se estiver interessado eu posso ajudá-lo a encontrar alguém, envie-me um e-mail
a pedrocorreiatraining@gmail.com.
Cumprimentos.
luis fonseca
em 31 de Janeiro de 2014 às 23:05 disse:
e a primeira vez que leio este blog mas gosto muito de estar informado ja ouvi de tudo e
tenho o meu cerebro todo baralhado isto da resultado para quem quer baixar a retenção
de liquidos e a massa gorda e continuar a ganhar massa magra? faço 5 dias de
musculação por semana 1 hora de cardio de manha e 1.30 h de ferro a tardee tomo a
suplementação basica de um praticante de musculação,proteina,creatina,bcaa,glutamina
e um multivitaminico centrum gostava de saber a sua opinião obrigada
Functional Performance Training
em 1 de Fevereiro de 2014 às 12:23 disse:
Luís,
À partida sim, mas o meu conselho é que veja essa situação de forma mais indi‐
vidualizada. Há várias variáveis a considerar.
Cumprimentos.
Diogo
em 31 de Janeiro de 2014 às 23:28 disse:
“A frutose tem os mesmos efeitos nocivos no nosso fígado que o álcool, aliás o álcool
não é mais que açúcar fermentado”
Pelo que sei as frutas são ricas em frutose, queres dizer com isto que não devemos
comer fruta?
Diogo
em 31 de Janeiro de 2014 às 23:39 disse:
E aproveito para perguntar qual a tua opinião em relação aos hidratos de carbo‐
no proveniente de cereais inteiros.
Functional Performance Training
em 1 de Fevereiro de 2014 às 12:21 disse:
Olá Diogo,
Quanto à fruta, não digo para não comer, digo apenas para comê-la intei‐
ra para aproveitar ao máximo a sua fibra, vitaminas e minerais. Em rela‐
ção aos cereais tradicionais, não recomendo porque são alimentos com
um potencial inflamatório grande. Vê este post: https://pedrocorreiatrai‐
ning.wordpress.com/2012/11/13/sugar-the-bitter-truth-a-verdade-amar‐
ga-do-acucar/
Um abraço.
Diogo
em 1 de Fevereiro de 2014 às 17:48 disse:
Obrigado, mas estava a referir-me aos cereais integrais
Functional Performance Training
em 1 de Fevereiro de 2014 às 18:29 disse:
Também eu Diogo!
Queirós Pereira
em 1 de Fevereiro de 2014 às 01:17 disse:
Sou prof de Ed. Física, treinei atletas de média-alta competição e tive ginásios de
musculação. Tudo há já alguns anos atrás. Já nessa altura dizia este tipo de coisas:
privilegiar o treino muscular de alta intensidade, evitar os açúcares “escondidos”, ingerir
proteínas e gorduras em vez de hidratos. A maioria das pessoas chamava-me maluco,
claro, pois tinha chegado a estas conclusões de forma empírica e sem apoio científico e
bibliográfico. É, por isso, com muita satisfação, que li este texto. Já posso morrer de
consciência tranquila. Obrigado, Pedro. Parabéns!.
Functional Performance Training
em 1 de Fevereiro de 2014 às 13:51 disse:
Muito obrigado! O Salvador Dali tinha uma frase engraçada: “A única diferença
entre um louco e eu, é que eu não estou louco”.
Cumprimentos.
Pedro Leite
em 1 de Fevereiro de 2014 às 04:27 disse:
Boas Pedro, gostei muito do teu post, li mais por curiosidade, gostei de ver que
andamos a consumir os “alimentos” errados em demasia..algumas já sabia, mas
realmente fiquei admirado com muitas contrariedades que evidenciaste, menos admirado
quando quem passa a informação para uma vida supostamente saudável alimentar é na
realidade os mesmos que querem é que as pessoas consumam os alimentos que eles
próprios promovem, esses os supostos alimentos ricos em hidratos de carbono.
Por curiosidade, não tens nenhum texto sobre como engordar, para pessoas que são
magras e por muito que comam, que o apetite é grande, nunca conseguem ultrapassar o
aumento de peso em 2kg, pois o metabolismo dá cabo desses dois kg num instante.
Espero que ninguém fique ofendido com o que perguntei, mas eu sou magro, 1,85cm,
60kg, demasiado até para a minha altura, quando tento fazer para comer mais, ou
melhorar as minhas refeições, o máximo que consigo é 2kg de aumento de peso, mas o
meu organismo rápido dá cabo deste aumento, devido ao stress, sou uma pessoa muito
activa, desporto algum, das duas refeições principais uma delas algumas vezes é uma
sopa e fruta, penso que estes factores influenciam em não conseguir aumentar de peso.
Mais uma vez, peço desculpa pela pergunta, muita gente secalhar agora está-me a
chamar “nomes” ou assim, mas há pessoas que são magras e não só quem quer
diminuir o seu peso para estar melhor consigo mesmo tanto de saúde como em
aparência, eu também gostava de poder fazer uma dieta em que consegui-se aos
poucos aumentar o meu peso de maneira a também poder sentir-me melhor comigo
mesmo e evitar mesmo os comentários que são sempre os mesmos, “estás tão magro,
ainda apanhas uma doença”…. irrita!
Pedro, obrigado mais uma vez pelo post, gostei de ler e até vou aproveitar para partilhar
com uns amigos que tenho.
Cumps.
Functional Performance Training
em 1 de Fevereiro de 2014 às 12:14 disse:
Olá Pedro,
Penso que este site pode ajudá-lo: http://www.scrawnytobrawny.com/.
Um abraço.
Francisco Lopes
em 1 de Fevereiro de 2014 às 13:13 disse:
A mensagem chegou!
Parabéns
Não me lembro de ter falado da água
Que quantidade diária deveríamos ingerir para corrigir o resto das asneiras?
Ou não é assim tão linear?
Um abraço
Functional Performance Training
em 1 de Fevereiro de 2014 às 13:24 disse:
Obrigado Francisco, realmente não falei na água neste post, mas falei aqui:
https://pedrocorreiatraining.wordpress.com/2013/10/17/acha-que-bebe-agua-
suficiente-para-mante-loa-jovem-e-saudavel/.
Um abraço.
Joana Mendes Cruz
em 1 de Fevereiro de 2014 às 17:22 disse:
Boa tarde Pedro. Antes de mais gostaria de lhe dar os parabéns pelos textos que
escreve, os quais tenho acompanhado, embora nem sempre concorde (o que me parece
também saudável).
Sou nutricionista, professora de nutrição e formadora e gostaria de deixar a minha
opinião acerca deste artigo. Parece-me que em contraponto às ideias impostas pela
indústria alimentar, os defensores de algumas “doutrinas” alimentares como a paleo e
outras, acabam por cair no mesmo fundamentalismo e na minha opinião o que nos tem
tornado mais doentes são as ideias fundamentalistas. Quando refere que tudo o que
escreve está assente em dados científicos também sabe bem como a ciência é feita e
que seria fácil, igualmente com dados científicos, refutar tudo o que diz…Não podemos
por um lado atacar as instituições que dizem apoiar-se nessa ciência e por outro
defendermo-nos com ela (não sou avogada do diabo, porque em muitas pontos
concordo consigo, mas discordo destes argumentos). Parece-me que verdades
absolutas serão difíceis de encontrar, até porque parece, também, que não
metabolizamos todos os nutrientes da mesma forma e o impacto dos nutrientes no
metabolismo pode ser diferente consoante características metabólicas e genéticas
especifícas.
Sou uma defensora das “boas gorduras” e da ideia que de facto a alimentação não pode
nem deve ser pobre em gordura, aliás temos culturalmente esse ideal com a “Dieta
Mediterrânica” que tento preservar e ensinar. Concordo também que a visão médica de
avaliar o risco de aterosclerose e DCV pelo colesterol total é completamente errada e até
posso acrescentar que vejo semanalmente idosos a tomar estatinas, com valores de
colesterol de 120-130 mg/dl de sangue (que o médico acha fantástico), o que pode
potenciar o aparecimento ou desenvolvimento de demências e estados depressivos.
Relativamente à frutose, estou de acordo, mas de facto o que diz parece um pouco
contraditório, pois incentiva o consumo de fruta, que é rica em frutose. Frutose não,
quando utilizada como adoçante de outros produtos, não poderia estar mais de acordo.
Esteatose hepática não alcoólica na certa…mas a fruta também tem quantidades
limitadas;)
Para finalizar, que o texto já vai longo, relativamente ao ómega 6 e relação ómega 3 e
ómega 6. Não são ambos anti-inflamatórios…são antagonistas, mas necessitamos de
facto dos dois nas proporções que refere (porque também precisamos de inflamação…),
contudo as fontes alimentares que refere embora estejam corretas, o homem está a ir
buscar o ómega 6 à carne, devido à alimentação dos animais, por muito que isto que
custe a aceitar:) Não sei se lida com muita gente diariamente, mas julgo que sim…
Portugal é um país de pobres e remediados, o povo não tem dinheiro para comprar
carne dos pastos e mesmo esta, atenção, a indústria é a indústria…um pouco de pasto,
um pouco de farinha…
É importante levantar estas questões, mas para mim é muito importante que se
eduquem as pessoas a comer o que podem comer, o que têm disponível, com o menor
prejuízo possível e antes de colocar todos os cereais no mesmo saco, ensinar a distinguir
o trigo do joio e, principalmente, ensinar as pessoas a não comprarem produtos
embalados, de grande durabilidade…acredite que melhoraríamos em muito as nossas
taxas de obesidade e DCV.
Parabéns e Obrigada!
Joana
PS.: Peço desculpa pela “provocação” mas, então o bacon tem ou não tem farinhas e/ou
açúcares adicionados??? Neste artigo diz que sim, noutro post refere que é melhor
comer 4 ovos (presumo que biológicos, mas livres de excrementos) e bacon no
pequeno-almoço…não lhe parece que as charcutarias, principalmente as mais salgadas
deveriam mesmo ser evitadas. Ora se os ovos já são riquíssimos em sódio, vamos juntar
bacon cheio de cloreto de sódio???
Functional Performance Training
em 1 de Fevereiro de 2014 às 20:07 disse:
Olá Joana,
Muito obrigado pelo apoio e pelas suas opiniões.
Em resposta aos seus comentários, tenho a dizer o seguinte:
1) Eu não olho para a Dieta Paleo como uma “doutrina alimentar”, mas antes
como um template que merece ser seguido com mais atenção. Aliás, apelidar de
“Dieta Paleo” é uma abordagem demasiado reducionista, porque mais que uma
dieta, este é um estilo de vida que contempla a adopção de novos hábitos com‐
portamentais no que diz respeito à alimentação, ao exercício físico, à exposição
solar, aos padrões de sono, apelando a uma vida menos tóxica e mais ativa. A
alimentação (que consiste na ingestão de alimentos frescos e não processados),
é apenas uma parte da equação, portanto, se na sua opinião isto é fundamenta‐
lismo, lembro-lhe que isso é apenas a sua opinião.
2) No que diz respeito à ciência, é preciso entender que existe uma hierarquia re‐
ferente ao nível de evidência científica apresentada (http://www.cebm.net/?
o=1025). Segundo aquilo que sei, a maior parte das recomendações nutricionais
têm sido feitas com base em epidemiologia e este nível de evidência científica é
relativamente fraco (correlação não é igual a causalidade) se compararamos com
estudos de intervenção aleatórios. Portanto, é fundamental saber interpretar es‐
tes estudos à luz da hierarquia existente na investigação científica.
3) Verdades absolutas não existem, aí estou de acordo consigo, mas parece-me
ser importante partirmos de uma premissa fundamental: ficarmos atentos à evi‐
dência científica.
4) Em relação à Dieta Mediterrânica, como é que essa pode ser ideal se o núme‐
ro de pessoas obesas e doentes não para de aumentar. Será que os culpados
somos apenas nós que não seguimos as boas práticas alimentares? Eu acho (e
tenho evidência que lhe posso facultar se estiver interessada) que o problema é
mais profundo que isso, e faz-me muita confusão que se continue a recomendar
a ingestão de pão, de cereais integrais e de lacticínios na dieta. Por exemplo, na
sua mais recente conferência, na Gluten Summit, o Dr. Alessio Fasano (investiga‐
dor mundialmente reconhecido pela sua investigação pioneira na doença celíaca)
afirmou que “nenhum humano é capaz de digerir glúten” e como tal “não são
apenas os doentes celíacos que têm que ter cuidado com o glúten.” O Dr. Willi‐
am Davis (médico especialista em cardiologia preventiva), autor do livro “Sem Tri‐
go, Sem Barriga” disse: “se você quisesse infligir diabetes no mundo numa esca‐
la incrivelmente sem precedentes, bastaria dar às pessoas uma grande quantida‐
de de cereais integrais saudáveis” (o “saudáveis” é para ler com ironia). Em rela‐
ção ao leite e lacticínios, recomendo que veja este post: https://pedrocorreiatrai‐
ning.wordpress.com/2013/02/20/o-mito-do-leite-desfeito/. E acho que nem vale
a pena falar nas recomendações referentes ao número limite de ovos por sema‐
na.
5) Relativamente à frutose e à fruta, esta questão também é complexa, depende
se estamos a recomendar a fruta para alguém obeso, resistente à insulina, com
diabetes ou para um indivíduo saudável e que pratica desporto com regularidade.
Cada pessoa terá necessidades diferentes e aí será importante distinguir as fru‐
tas com maior ou menor teor em frutose ou mesmo eliminá-las durante um tem‐
po.
6) Gorduras Ómega 3 e Ómega 6. Eu não disse no texto que ambas são anti-in‐
flamatórias, na verdade, as ómega 3 são mais anti-inflamatórias e as ómega 6
são mais pró-inflamatórias – precisamos de ambas! O que é preciso é equilibrar o
rácio e aí julgo que estamos de acordo. Também é verdade aquilo que diz em re‐
lação ao excesso de ómega 6 da carne e por isso é que no artigo destaco sem‐
pre a ingestão de carne alimentada em pasto.
7) É claro que nem todas as pessoas têm os recursos financeiros ideais para pôr
em prática a alimentaçao ideal, mas julgo que ainda existe um longo caminho a
percorrer no sentido de educá-las a fazer melhor escolhas no dia a dia, mesmo
com alguns constrangimentos financeiros que todos nós sabemos que existem.
8) Finalmente, e para responder à sua “provocação”, é verdade que o bacon de
supermercado tem muitos aditivos (açúcares e outros) que não interessam para
nada, no entanto, se me perguntarem se é melhor comer torradas / cereais com
leite ou bacon com ovos ao pequeno almoço, eu não tenho dúvidas em dizer
que o último vai ser melhor em 100% dos casos. Se o sódio é uma preocupação,
se calhar é melhor retirar a clara, já que 87% do sódio está na clara: http://www.‐
cholesterol-and-health.com/Egg_Yolk.html.
Tenho a certeza que poderemos encontrar muitos pontos em comum (e que aqui
não dá para falarmos de todos) no que concerne à Nutrição e agradeço mais
uma vez a sua intervenção, isso significa que também está interessada em me‐
lhorar o estado das coisas.
Cumprimentos.
Nuno
em 2 de Fevereiro de 2014 às 00:30 disse:
Bastou-me o primeiro ponto para nem avançar mais… “Glucose also provides complete
protection against all toxic effects of alloxan both in vivo and in vitro [2]. This universal
protection is achieved through the prevention of glucokinase inhibition and the
preservation of the antioxidative defence mechanisms of the beta cell”
http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00125-007-0886-7/fulltext.html
Aconselho-o também, quando dá estudos como referência, a ver qual foi a metodologia
usada no estudo, hoje em dia apresentar um estudo como referência chega apenas para
os menos criticos.
Functional Performance Training
em 2 de Fevereiro de 2014 às 11:59 disse:
Olá Nuno,
Realmente a evidência ainda parece ser fraca no que diz respeito à toxicidade da
aloxana em humanos, devido ao alegado efeito protector da glucose. A minha
preocupação aqui consiste em saber que quantidades de aloxana (nos alimentos)
são necessárias para superar esse efeito protector da glucose nas células beta
do pâncreas – se tiver informação nesse sentido agradeço que partilhe, estou
sempre disponível para aprender.
Mais três notas:
i) Se teve oportunidade de ler este artigo Lenzen S, Panten U (1988) Alloxan: his‐
tory and mechanism of action. Diabetologia 31:337–342, na explicação do meca‐
nismo de ação da aloxana na célula pancreática, existe mesmo uma referência
nesse sentido: “High alloxan concentrations can overcome the glucose protection
of the pancreatic islets [60] and of the glucokinase against alloxan action (S. Len‐
zen, unpublished observation)”. Link: http://link.springer.com/arti‐
cle/10.1007%2FBF02341500.
ii) Apesar deste estudo ser epidemiológico (e como tal carente de evidência cien‐
tífica forte) Mrozikiewicz A, Kiełczewska-Mrozikiewicz D, Lowicki Z, Chmara E,
Korzeniowska K, Mrozikiewicz PM. Blood levels of alloxan in children with insulin-
dependent diabetes mellitus. Acta Diabetol. 1994 Dec;31(4):236-7, os autores
chegaram às seguintes conclusões: “The metabolism of alloxan leads to the pro‐
duction of free superoxide radicals which, as is well known, injure cells and cause
conditions conducive to the occurrence of diseases from autoimmunity. The re‐
sults obtained suggest therefore that higher levels of alloxan in diabetic children
are of significance in the onset of insulin-dependent diabetes mellitus.” Link:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7888696?dopt=Abstract.
iii) Independentemente da aloxana ter um não um papel no desenvolvimento da
diabetes, penso que concordará comigo que a farinha refinada e todos os ali‐
mentos que contenham farinha refinada, são alimentos de qualidade inferior (ca‐
lorias vazias) e indutores de uma resposta insulinémica e inflamatória não desejá‐
vel para quem quer ficar doente menos vezes.
Obrigado pela partilha do estudo e pelo conselho.
Cumprimentos.
Nuno
em 2 de Fevereiro de 2014 às 20:17 disse:
Sim estou de acordo, quanto menos processada a comida, melhor.
Cumprimentos.
Manuela Alves
em 2 de Fevereiro de 2014 às 00:35 disse:
Olà Pedro, gostei muito do seu artigo. Uma pergunta: que dizer do grão-de-bico, feijao
seco, ervilhas, favas?? Eu gosto muito, é preciso evitar?
Tambèm gostaria saber se tem alguns colegas na França que poderia contactar no que
diz respeito ao que pedir para anàlise do colesterol (porque minha mae mora na França e
nao sei como se diz “teste de partículas, marcadores de inflamação, stress oxidativo e de
disfunção auto-imune das artérias”.
Obrigada
Manuela
Functional Performance Training
em 2 de Fevereiro de 2014 às 12:26 disse:
Olá Manuela,
Obrigado pelo comentário.
Na verdade essa situação depende da sua tolerância e historial clínico. Aquilo
que lhe posso dizer é que essa classe de alimentos, as leguminosas, têm com‐
postos (lectinas) que inibem a absorção de vários nutrientes importantes e como
tal a estratégia que pode adoptar para minimizar esses efeitos, é cozê-los duran‐
te bastante tempo.
No que diz respeito à análise do colesterol, o teste que deve tentar fazer é este:
Lipoprotein Particle Profile Testing (LPP). Infelizmente não conheço nenhum cole‐
ga em França que lhe possa ajudar nesse sentido mas vou tentar ver com os
meus contactos, mande-me um e-mail a pedrocorreiatraining@gmail para ficar
com o seu contacto.
Cumprimentos.
sachinha
em 2 de Fevereiro de 2014 às 05:10 disse:
Olá Pedro, parabéns pelo artigo.
Gostava de deixar aqui um alerta para quem o siga ou venha a ler o post. Tenho 48 anos
e há mais de 30 que sofria de enxaquecas. Nos últimos 10 ficaram mais fortes e
frequentes, cerca de uma incapacitante a cada cinco a sete dias. Surgiam de repente e
evoluíam rapidamente. Geralmente acordava com elas, aparentemente sem razão.
Cheguei a ter enxaquecas de três dias seguidos que só passavam com comprimidos e
dieta forçada (quase não conseguia comer nesses períodos). Como tento fazer uma
alimentação saudável (variada de carne de aves, peixe, legumes e fruta, sem excessos
ou comidas processadas nem álcool e quase sem açúcares ou leite e seus derivados)
sem fundamentalismos, estava sem saber o que fazer. Já tinha afastado as razões
hormonais ou de olhos (uso óculos) e, pensava eu, também as alérgicas, para as minhas
enxaquecas.
Para concluir o comentário, bem mais longo do que queria, em 16 de outubro de 2013,
depois de tropeçar num artigo semelhante a este na net e de perceber que o glúten
podia provocar enxaquecas, deixei de comer cereais. A mudança foi radical e
extraordinária: NUNCA mais tive desde essa data as enxaquecas que tinha até então.
Faço melhor as digestões. E se de vez em quando fico com a cabeça pesada sei
perfeitamente que asneiras fiz, habitualmente comi alimentos com glúten que não pude
evitar, num restaurante ou refeição, chocolate à noite ou outra parvoíce dessas.
Sei que sou só um caso. Mas pode ser que ajude outros que tenham o mesmo
problema.
De notar que não me considero celíaca mas apenas intolerante à lactose e ao glúten.
Desculpe o “testamento” já agora.
Functional Performance Training
em 2 de Fevereiro de 2014 às 12:31 disse:
Obrigado pelo seu testemunho, a evidência científica é importante mas os casos
reais das pessoas é que fazem a diferença. Ainda bem que está melhor!
Cumprimentos.
Liliana Ribeiro
em 2 de Fevereiro de 2014 às 13:06 disse:
Obrigado Pedro pela informação partilhada neste texto! Ajuda muito a esclarecer ou a
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7 mentiras sobre nutrição que estão a tornar as pessoas mais gordas e doentes | functional performan

  • 1. 7 Mentiras sobre Nutrição que estão a tornar as pessoas mais gordas e doentes Posted on 20 de Março de 2012 Aproveitando o impulso dado pelo Dr. Jonny Bowden e a revisão que tenho vindo a efectuar na área da nutrição, acho importante dar a conhecer os principais mitos que temos sido levados a acreditar em relação à forma como comemos e que nunca questionamos. Este artigo tem basicamente dois objetivos: o primeiro é explicar de uma forma geral e compreensiva as razões pelas quais estamos mais gordos e doentes, e o segundo é fazer as pessoas pensar e questionar as escolhas que fazem todos os dias quando comem. Não sou especialista em nutrição e por esse motivo tudo o que aqui partilho está referenciado por pessoas que se dedicam ao estudo dessa temática. Também não sou nenhuma testemunha de jeová tentando mostrar o caminho do Bem. Sou apenas alguém com um particular interesse nesta área que acredita profundamente naquela célebre frase “somos o que comemos” e que acha que a boa informação merece ser partilhada e divulgada. Divirta-se. 1. Temos que contar calorias para perder peso. Functional Performance Training Blog Oficial de Pedro Correia, Performance Specialist
  • 2. “As calorias são todas parecidas, venham elas da carne de vaca, do whisky, do açúcar, do amido, do queijo ou das bolachas de água e sal. Demasiadas calorias são sempre demasiadas calorias.” Fred Stare, fundador e antigo presidente do Departamento de Nutrição da Universidade de Harvard. Ainda paira no ar a teoria que as calorias são todas iguais e que para perdermos peso o melhor é comermos menos. Mas as coisas não são assim tão simples e a forma como o nosso corpo responde àquilo que comemos, varia em função do tipo de macronutriente que comemos, sejam proteínas, hidratos de carbono ou gorduras. A Teoria do Equilíbrio de Energia diz-nos que se consumimos mais do que aquilo que queimamos, ganhamos peso e que se queimamos mais do que aquilo que consumimos, perdemos peso. Mas, será mesmo assim? Esta ideia não é completamente errada mas é certamente muito incompleta porque não considera as verdadeiras razões pelas quais engordamos. No século XIX, havia um homem de sucesso muito gordo chamado William Banting, que tinha dificuldade em amarrar os atacadores e tinha que descer as escadas de costas. Em Agosto de 1862, Banting vai ver um médico chamado William Harvey, que, ao examinar a sua dieta verificou que este consumia grandes quantidades de pão, açúcar, batatas, bolos, cerveja, alguma carne e verdura. Ao se deparar com esta situação, o médico recomenda que Banting comece uma dieta mais rica em carne, mais calórica e mais controlada em hidratos de carbono. Apesar do consumo de calorias ser mais elevado que na sua dieta anterior, Banting perdeu mais de 20 quilos em seis meses e conseguiu manter esse peso até falecer com 81 anos. Em 2002, um pediatra com excesso de peso chamado Stephen Sondike, decide fazer alguma coisa em relação ao seu peso e começa uma dieta rica em proteína e gordura e baixa em hidratos de carbono, parecida à dieta de Banting. Os seus colegas disseram-lhe que estava louco e que ele podia morrer. O resultado: Sondike não só perdeu gordura como melhorou todos os indicadores nas análises que realizou. Entusiasmado com os resultados, Sondike decide fazer um estudo científico para validar os resultados que tinha observado na sua própria experiência. No grupo I, os sujeitos iniciaram uma dieta tradicional baixa em gordura e no grupo II, os sujeitos iniciaram uma dieta baixa em hidratos de carbono, tal como tinha testado em si mesmo. Após 12
  • 3. semanas, os resultados foram os seguintes: o grupo com uma dieta baixa em gordura perdeu uma média de 3,6 kilos, enquanto que o grupo com uma dieta baixa em hidratos de carbono perdeu uma média de 8,6 kilos. Mais, o grupo I consumiu cerca de 1100 calorias diárias e o grupo II consumiu cerca de 1800 calorias diárias! Não sei em que ano foi feita a afirmação que vimos no início mas por esta altura parece-me ser consensual afirmar que as calorias não são todas iguais. A comida tem um efeito hormonal no nosso corpo que vai fazer com que armazenemos gordura ou não. Regra geral, se a nossa dieta é composta por demasiados hidratos de carbono, principalmente refinados ou sem fibra (farinha branca, arroz branco, massa branca, cereais, batatas, açúcar, etc.), será muito difícil não engordar e não ficar doente! Já que estamos a falar disto, deixo-vos mais um motivo para evitar tudo o que é branco: o dióxido de cloro, um dos químicos usados para branquear a farinha (mesmo que depois venha outra vez a ser tornada integral), vai combinar-se com a proteína residual na maioria destes alimentos, formando aloxana, um tóxico que os investigadores usam em ratos de laboratório para induzir diabetes. Exactamente – a aloxana é USADA para destruir as células beta do pâncreas e produzir diabetes. Portanto, faça um favor a si mesmo e não coma coisas brancas. E lembre-se: diferentes fontes de calorias = resultados diferentes. 2. Exercício é a melhor maneira de perder peso. “Apesar de meio século de esforços para provar o contrário, os cientistas ainda não podem dizer que o exercício vai ajudar a perder peso.” Gary Taubes, cientista e autor de Good Calories, Bad Calories e Why We Get Fat. A razão pela qual utilizo a frase de Taubes é porque quero chamar a atenção para o facto que a melhor maneira de perder peso é através de uma alimentação equilibrada. Nao há margem para
  • 4. dúvidas e é impossível superar uma má dieta para o que quer que seja. No entanto, como profissional do exercício físico, não posso estar totalmente de acordo com a sua afirmação no sentido em que ele diz que o exercício não vai ajudar a perder peso. Isto não é verdade. O exercício pode potenciar a perda de peso de várias formas e isso vai depender do tipo de exercício que fazemos. Se estamos a falar do típico cardio de 30-45 minutos na passadeira ou na bicicleta é uma coisa, se estamos a falar de treino de força, treino de alta intensidade ou treino de resistência metabólico, isto é outro fenómeno completamente diferente. Eu penso que Taubes está a pensar apenas no primeiro e não é consciente dos beneficios dos outros tipos de treino. O exercício pode ajudar de certeza a perder peso (entenda-se massa gorda) mas…a nutrição obviamente está em primeiro lugar. O trabalho e pesquisa que Taubes tem vindo a desenvolver na área da nutrição é pura e simplesmente notável e merece ser seguido com atenção. Através de factos e argumentos bem sustentados, Taubes põe em causa as organizações mundiais responsáveis pela saúde e nutrição, dizendo que não se tem passado a mensagem correcta, no que concerne à forma mais adequada como devemos comer. Está cimentada a ideia que uma dieta baixa em gorduras é a mais eficaz para perder peso, no entanto, a verdade parece ser outra – o mais eficaz é uma dieta baixa em hidratos de carbono! A pirâmide dos alimentos tal como a conhecemos potencia a obesidade (vamos falar disso no número 5). Voltando ao exemplo do cardio. Se fazemos uma actividade aeróbica de 30 minutos, intensidade baixa-moderada, gastamos pouco mais de 200 calorias. Se fizermos o típico passeio a pé durante uma hora podemos gastar cerca de 300 calorias. Isto são muito poucas calorías, se pensarmos que uma simples sandes mista, que se come em 3 minutos, pode ter cerca de 350 calorias, um simples copo de leite com chocolate pode ter 150 calorias e o famoso big mac tem 560 calorias. Os efeitos que este tipo de treino (cardio) tem no nosso metabolismo são pouco significativos quando comparamos com os efeitos do treino de força ou de alta intensidade, nos quais verificamos um aumento de produção das principais hormonas anabólicas como a hormona do crescimento (somatotropina) e a testosterona, fundamentais na perda de massa gorda e aumento de massa muscular. Além disso, o treino de alta intensidade vai também reduzir o stress oxidativo, a inflamação e vai aumentar o EPOC (consumo excessivo de oxigénio pós-exercicio ou simplesmente débito de oxigénio), podendo acelerar o nosso metabolismo durante as 24 horas seguintes e asssim continuar a queima de gordura enquanto estamos a dormir ou a ver televisão.
  • 5. No caso de um esforço de baixa intensidade, como vimos no exemplo do cardio de 30-45 minutos, os beneficios são muito mais reduzidos. Além da relação custo/benefício das calorias queimadas, este tipo de exercício vai limitar o aumento de massa muscular e densidade óssea, vai aumentar a inflamação e só vai melhorar o sistema aeróbico. Ambos (aeróbico e anaeróbico) são necessários para um coração saudável. 3. A gordura torna-nos mais gordos. “Os nossos cérebros são compostos principalmente por gordura, a maior parte dos nossos nervos são gordura. As hormonas reprodutoras, sim, gordura (…) Isto pode parecer paradoxal mas existem de facto gorduras essenciais, que se não as ingerimos através da dieta, vamos ficar doentes ou vamos morrer.” Rob Wollf, bioquímico e autor de The Paleo Solution, The Original Human Diet. À primeira vista parece fazer sentido que comendo gordura vamos ficar gordos e doentes mas o problema é que isto também não é verdade! Os nutricionistas dizem-nos que a gordura tem demasiadas calorias. E isso é verdade, de facto a gordura tem 9 calorias por grama enquanto os hidratos de carbono e as proteínas têm apenas 4. Portanto a gordura engorda mais, certo? Vamos aos factos. Em 1957, um estudo levado a cabo por Kekwick e Pawan, comparou três grupos colocados com dietas caloricamente idênticas de 90% de gordura, 90% de proteína e 90% de hidratos de
  • 6. carbono. Apesar de ter sido difícil assegurar a total conformidade do que cada um dos indivíduos comia, os resultados foram estes: 1000 calorias a 90% de gordura – perda de 408 gramas por dia. 1000 calorias a 90% de proteína – perda de 272 gramas por dia. 1000 calorias a 90% de hidratos de carbono – aumentaram de peso ligeiramente. Walter Willet, Director do Departamento de Nutrição da Harvard School of Public Health conduziu dois dos estudos epidemiológicos mais importantes na área da saúde e nutrição, o Nurses’ Health Study e o Health Professionals Follow-Up Study. Estes dois estudos examinaram os hábitos alimentares de mais de 150.000 pessoas durante mais de três décadas. No ano 2000, depois de 20 anos a estudar de forma detalhada o efeito dos alimentos na nossa saúde, ele diz que não encontrou nenhuma relação negativa entre a percentagem de calorias da gordura ingerida e o estado de saúde dos indivíduos. Ou seja, Willet não verificou um risco acrescido para as típicas doenças normalmente associadas ao consumo excessivo de gordura (doença cardíaca, diabetes, cancro, obesidade). As gorduras Ómega 3 e Ómega 6 são essenciais na nossa dieta e são tremendamente importantes a reduzir a inflamação e a prevenir doenças como o cancro, Parkinson, Alzheimer e infertilidade. Com excepção dos glóbulos vermelhos e de algumas partes do nosso cérebro, o nosso corpo pode funcionar perfeitamente com gorduras armazenadas. Existem inclusivamente estudos que suportam que os nossos principais órgãos (coração, rins e intestinos) funcionam melhor com gordura. E é isto que precisamos de entender: a gordura, ao contrário dos hidratos de carbono, não tem impacto nas enzimas e hormonas responsáveis pela acumulação de gordura no nosso corpo e fornece os ácidos gordos essenciais que não conseguimos obter das proteínas e dos hidratos de carbono. A gordura até pode ser a nossa melhor amiga.
  • 7. A ingestão de gordura não afecta a insulina. A insulina é a principal hormona responsável pelo armazenamento de gordura no nosso corpo. Quando o nosso corpo produz demasiada insulina, em resposta à ingestão excessiva de hidratos de carbono, aumentamos drasticamente as hipóteses de acumular gordura e desencadear um conjunto de desequilíbrios e doenças, nada interessantes para viver com mais saúde. Existem vários tipos de gordura e provavelmente já ouviram falar nas gorduras monoinsaturadas, polinsaturadas, saturadas e gorduras trans. As gorduras trans ou hidrogenadas são um veneno que apareceu na nossa dieta há cerca de 50 anos e devem ser evitadas ao máximo. É como se fosse plástico, um “não-alimento” que o nosso corpo não consegue processar. Podem ser encontradas na margarina, donuts, bolachas e batatas fritas. As gorduras monoinsaturadas são altamente benéficas e podem ser encontradas sobretudo no azeite, pêra abacate e nos frutos secos. As gorduras polinsaturadas são as tais essenciais que vimos antes da familia Ómega 3 e Ómega 6. As ómega 3 podem ser encontradas no peixe selvagem, ovos, linhaça e carne alimentada em pasto e as ómega 6 (as que consumimos de forma desmesurada) são todas aquelas presentes nos óleos vegetais (milho, cártamo, girassol, soja). Na nossa dieta actual, estamos a ingerir demasiadas gorduras Ómega 6, isto é, o rácio de Ómega 3 para Ómega 6 é de 1:10/20 (daí a inflamação e as subsequentes complicações cardíacas) e o ideal seria que esta relação fosse 1:1 ou 1:2. Portanto, precisamos de limitar o consumo de Ómega 6 e aumentar o consumo das Ómega 3 comendo, por exemplo, mais peixe selvagem e carne alimentada em pasto.
  • 8. Faltam as gorduras saturadas. E agora é que vem a grande revelação. Preparados? As gorduras saturadas também são boas na sua maioria! Os ácidos láurico (encontrado no côco, óleo de palma, leite materno) e esteárico (encontrado na carne, ovos e chocolate preto) são praticamente neutros no que diz respeito à saúde cardiovascular e têm propiedades anti-virais, têm propiedades que ajudam a curar irritações intestinais e até podem reduzir a inflamação. Entre as gorduras saturadas, aquela que está mais associada ao aumento do colesterol LDL (que não é necessariamente mau, como vamos ver no número 7) parece ser o ácido palmítico, que pode ser encontrado no óleo de palma e nos produtos animais como a carne, ovos, leite, frango e frutos do mar. No entanto, até este tipo de gordura saturada parece ter alguns benefícios no que diz respeito à função cognitiva, se o seu consumo for moderado, isto é, se mantivermos uma dieta baixa em hidratos de carbono. E isto porquê? Porque quando consumimos hidratos de carbono em excesso, estes convertem-se em ácido palmítico, causando o aumento do colesterol LDL mau (sim, porque existe um tipo de colesterol LDL inofensivo – explico tudo no número 7)! E caso esteja a pensar cortar nos ovos e no frango por causa disto, não o faça. Os ovos ecológicos são um dos alimentos mais completos que podemos comer e o frango (sem hormonas) é uma das carnes mais magras e proteicas que existe. Importante a reter: se mantivermos uma dieta baixa (quando digo baixa, quero dizer 100-120 gramas por dia) em hidratos de carbono, as gorduras saturadas não vão ter qualquer efeito no desenvolvimento de doença cardiovascular. Os problemas surgem quando se combinam dietas elevadas em hidratos de carbono (o pão nosso de cada dia) com dietas elevadas em gorduras saturadas. Eu sei, isto parece díficil de acreditar mas é o que nos diz a verdadeira ciência. Oscar Wilde tinha razão: tudo o que é popular está errado. 4. A chave para perder peso é ter força de vontade. “O açúcar não tem qualquer valor nutricional e é directamente nocivo para a saúde (…) o açúcar é veneno para o metabolismo.” Dr. Robert C. Atkins, cardiologista e autor de A Dieta Revolucionária do Dr. Atkins
  • 9. Existem muitas pessoas com força de vontade para perder peso mas que nunca conseguem atingir os seus objetivos. Porque será? As pessoas não estão mais gordas, doentes e cansadas por acaso. As pessoas estão assim porque inventou-se a comida de plástico e os alimentos processados que não têm qualquer valor nutricional. Há 200 anos as pessoas ingeriam cerca de 4,5 kg de açúcar por ano em média e a farinha branca era utilizada muito raramente. No final do século IXX a loucura dos refrigerantes começou a surgir e a partir daí, quando se juntou a farinha com os doces e com os salgados, assitiu-se ao nascimento de um novo mundo gordo. As estatísticas da USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) demonstram que em 1975 o americano médio consumia 56 kg de açúcar por ano (sobretudo açúcar refinado), atingindo-se o valor mais alto em 1999 com 67 kg per capita e 64 kg mais recentemente em 2009. Porquê que todas as pessoas que fazem dieta passam fome? Será que tem que ser assim? As dietas baixas em gordura e calorias não têm dado resultado. Seguimos as recomendações das principais organizações mundiais de saúde e os indicadores não melhoraram. A obesidade, as doenças cardiovasculares, gota, a diabetes tipo II continuam a aumentar, os diferentes tipos de cancro aparecem cada vez mais cedo, as pessoas estão mais sedentárias e com menos energia. O problema não é a gordura. As gorduras são essenciais na nossa dieta. O problema é o excesso de açúcar nos alimentos. No pão, nas bolachas, nos bolos, no leite de soja, no iogurte, no bacon, nas batatas fritas, no ketchup, no fiambre, no salame, nos cereais, nos refrigerantes, nos sumos, no molho de soja, nos produtos embalados, nos enlatados. Este é que é o verdadeiro problema. O açúcar é a nova droga do século XXI. O açúcar causa dependência, tal como a cocaína, a heroína, a nicotina e o álcool. Já se desconfiava disto há algum tempo mas parece que faltava a evidência científica. Em 2008, Nicole Avena, do Center for Addiction Research & Education da Universidade da Florida, publicou dados que confirmam que o açúcar afecta os receptores de ópio e dopamina do nosso cérebro, causando, portanto, adição. É verdade, às vezes não basta ter força de vontade.
  • 10. Estamos a intoxicar-nos e não temos consciência disso. A comida de plástico foi inventada para causar dependência e não tem qualquer valor nutricional. O açúcar presente nos refrigerantes é um autêntico veneno. Uma coca-cola e qualquer outro refrigerante de 33 cl tem cerca de 12-15 colheres pequenas de açúcar e o efeito que isso tem no nosso corpo é simplesmente devastador. Precisamos de 32 copos de água para anular o prejuízo de apenas um refrigerante! Este excesso de açúcar na dieta é também o motivo porque vemos crescer a obesidade nas crianças. Veja o exemplo coca-cola: A coca-cola tem um estimulante e um diurético (faz-nos perder água) que se chama cafeína. Tem também outro componente chamado sódio. O que acha que acontece quando tomamos sal e perdemos água? Ficamos com mais sede! Porque acha que a coca-cola tem tanto açúcar? Para esconder o sal. A quantidade de açúcar é tão grande que nem notamos o sal! Acha que isto é coincidência? Já se percebeu que o açúcar é mesmo uma droga mas ainda há mais uma coisa importante a desmistificar. Isto não é fácil de explicar em poucas linhas mas vou tentar. Existem vários tipos de açúcares: monossacarídeos (1 açúcar), dissacarídeos (2 açúcares) e polissacarídeos (vários açúcares). O arroz, a batata, o milho, a farinha são todos exemplos de polissacarídeos. Estes constituem os hidratos de carbono complexos que nos disseram que são bons. Os dois principais açúcares que vamos falar são a glucose e a frutose, todos os alimentos que ingerimos são reduzidos bioquimicamente a estas moléculas simples para poderem ser utilizados no nosso corpo. A glucose pode ser utilizada por todas as células / orgãos do nosso corpo e é importante no fornecimento de energia para a função muscular. Portanto, quanto menos activos somos, menos glucose vamos precisar. A frutose, pelo contrário, apenas pode ser metabolizada no fígado e não afecta a grelina, a hormona que é libertada quando estamos com fome. Isto é, se bebemos um refrigerante (150 cal) o nosso cérebro não recebe o sinal que consumimos essas calorias. Continuamos esfomeados. A frutose é sete vezes mais reactiva que a glucose a formar Produtos Avançados de Glicação (AGE’s) – produtos que danificam proteínas, enzimas, DNA e receptores hormonais na superfície das nossas células, causando o envelhecimento precoce. Isto passa-se quando a proteína do sangue (hemoglobina) junta-se com o açúcar e acontece aquele fenómeno de caramelização. Um simples iogurte açúcarado todos os dias pode ser suficiente. A frutose em excesso vai converter-se em gordura (má) aumentando a resistência à insulina (a hormona
  • 11. fundamental na nossa composição corporal) e potenciando o desenvolvimento de doenças como: diabetes tipo II, cancro, obesidade, hipertensão, arteriosclerose. A frutose tem os mesmos efeitos nocivos no nosso fígado que o álcool, aliás o álcool não é mais que açúcar fermentado. Está a ver o perigo de tudo isto? Para uma melhor compreensão das diferenças entre o metabolismo da glucose e da frutose teríamos que socorrer-nos da bioquímica, no entanto, creio que isso não serviria os propósitos deste post, que é fazer com que a informação possa ser entendida por qualquer pessoa. Finalmente, desengane-se se pensa que os produtos light ou zero calorias são mais saudáveis como tentam vender. Tudo o que é light é enriquecido com adoçantes artificiais como o aspartame (fenilanina), acesulfame K, sacarina, sucralose (E-955), isto só para citar os mais conhecidos. Além de obesidade, estes produtos podem causar perturbações no sono, disfunção sexual, cancro, esclerose múltipla, lúpus, diabetes e outras doenças degenerativas. 5. A Pirâmide dos alimentos é um bom guia para comer de forma mais saudável. A Pirâmide dos alimentos tal como a conhecemos é uma das razões para a desinformação que tem sido prestada nesta área. Partimos do princípio que as organizações que estão por detrás disto querem promover a saúde pública levando as pessoas a acreditar que este é o melhor caminho para uma vida mais saudável. Damos como garantido que as recomendações dadas por organizações como a USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) visam proteger o interesse da saúde pública mas infelizmente as coisas não são bem assim. Pensamos, erradamente, que se os alimentos chegam aos supermercados é porque não devem ser assim tão maus. Porque existem organismos “credíveis” a regular e a controlar a qualidade dos alimentos. E que se esses alimentos fossem mesmo maus, nunca chegariam aos supermercados e as pessoas iriam saber disso mais tarde ou mais cedo. Pois, eu bem que gostaria que isso fosse assim, mas já lá vai o tempo em que acreditava no Pai Natal. A primeira Pirâmide dos alimentos surgiu pela primeira vez na Suécia em 1974 mas a mais conhecida – aquela que podemos ver na figura – surgiu em 1992, pela mão da USDA. Desde
  • 12. então foram feitas algumas alterações, primeiro em 2005 e mais recentemente em 2011. Vamos falar da primeira mas antes de verificarmos o que está lá dentro, é importante saber isto. A USDA é uma das principais entidades reguladoras mundiais na área da nutrição e tem dois objetivos principais: 1) produzir informação científica para uma alimentação saudável e 2) proteger o interesse económico da indústria americana e expandir e subsidiar as suas principais plantações: milho, trigo, açúcar, soja e algodão. Aparentemente, o segundo tem tido mais que força que o primeiro, portanto esta pirâmide representa a superioridade dos intereses políticos e económicos sobre a ciência, o que é manifestamente lamentável para a nossa saúde e bem estar. Bem, vamos às evidências, que é o que interessa. A pirâmide tem na sua base os hidratos de carbono refinados (pão, massa, cereais, arroz), ou seja, os alimentos que nos fazem engordar e ficar mais doentes. A ciência diz-nos que a obesidade é o resultado de um desequilibrio hormonal e não de um desequilibrio calórico. Isso acontece especificamente através da constante produção de insulina causada por alimentos ricos em hidratos de carbono tais como aqueles que fazem parte da base da pirâmide. Esta é que é a realidade e o problema é que já se sabe disto há muito tempo. Lembra-se da história de Banting no número 1 onde chegamos à conclusão que o número de calorias é pouco relevante? Foi a partir de 1960 que começaram as propagandas de desinformação, através de livros e através de estudos manipulados pelas organizações políticas. No segundo degrau da pirâmide estão as verduras e as frutas, que são também hidratos de carbono, mas neste caso estes alimentos têm valor nutricional. As frutas e verduras são excelentes fontes de fibra, minerais, vitaminas e anti-oxidantes, fundamentais para reduzir o stress oxidativo, a inflamação e prevenir doenças. No terceiro degrau da pirâmide aparecem as proteínas como a carne, o frango, os ovos, o peixe, os feijões, os frutos secos, juntamente com os produtos lácteos como o leite, queijo e iogurte. E no último degrau temos as gorduras, os óleos e os doces! As comidas que nos mantêm saciados, magros e saudáveis são justamente aquelas que se encontram no topo da pirâmide. Refiro-me nomeadamente às proteínas e gorduras (vimos a importância destas últimas no número 3). Proteína é um nome derivado do grego protos que significa a “mais importante” ou “a primeira”. As proteínas são feitas de cadeias complexas de aminoácidos e são essenciais para a nossa pele, músculo, cabelo e todas as reacções químicas que ocorrem no corpo humano. A nossa fisiologia utiliza 21 aminoácidos, sendo que nove deles são considerados “essenciais”, isto é, como o nosso corpo não é capaz de os produzir temos que obtê-los através da dieta. As melhores fontes de proteína são o peixe, frango, peru, carne, ovos e marisco.
  • 13. Ao contrário dos hidratos de carbono, as proteínas e as gorduras vão aumentar os sinais de saciedade durante mais tempo e vão manter os níveis de glicémia mais estáveis, precisamente porque as respostas hormonais destes macronutrientes são distintas. Ao comermos mais proteína e mais gordura vamos estimular em maior escala a secreção da hormona peptídea YY (PYY), que inibe a sensação de fome no nosso cérebro. Portanto, não se surpreenda se a taça de cereais ou o pãozinho com marmelada ao pequeno almoço deixam-no esfomeado passadas algumas horas. Os hidratos de carbono libertam muito pouca PYY. Esta hormona vai também aumentar a sensibilidade à leptina, outra hormona que tem um papel fundamental no nosso metabolismo e no controle do nosso apetite. Ou seja, quanto mais proteína e gordura consumirmos, menos necessidade de comer vamos sentir. Conclusão: Esta pirâmide dos alimentos não serve as nossas reais necesidades e como tal não é um bom guia para prosperar. As proteínas e as gorduras deviam fazer parte da base da nossa alimentação (pelas razões que vimos acima e no número 3 – são fisiologicamente essenciais), juntamente com os hidratos de carbono das frutas e das verduras, pelo seu conteúdo em vitaminas e minerais. Tudo aquilo para além disto, por mais estranho que pareça, não parece ser essencial. Os produtos lácteos e os grãos (o glúten presente no trigo, centeio, aveia, cevada) parecem ter efeitos bastante adversos no nosso corpo e o seu consumo abusivo está associado a uma lista de problemas bastante frequentes: alergias, dores de cabeça, fatiga crónica, depressão, asma, autismo, infertilidade, diabetes tipo I, esclerose múltipla, artrite, lúpus, vítiligo, fibromialgia, esquizofrenia, doença de huntington, linfoma não hodgkin e hipotiroidismo. Pois é, dá que pensar, não dá? 6. Precisamos de hidratos de carbono para energia. “O limite inferior de hidratos de carbono compatíveis com a vida, aparentemente, é zero, desde que quantidades adequadas de proteína e gordura sejam consumidas (…) há várias populações que ingeriram uma dieta elevada em proteínas e gordura com um mínimo de hidratos de carbono durante toda a vida, que não tiveram qualquer efeito na saúde e longevidade.” Institute of Medicine of the National Academy of Sciences
  • 14. Os hidratos de carbono não são alimentos essenciais na nossa dieta ao invés das gorduras e proteínas. Vou repetir, os hidratos de carbono não são alimentos essenciais na nossa dieta. O nosso corpo pode produzir todos os hidratos de carbono que necessita através das proteínas e das gorduras. Embora a glucose possa ser utilizada por todas as nossas células, apenas uma parte do cérebro e os glóbulos vermelhos precisam de glucose para funcionar. Isto é, o cérebro precisa de pelo menos de 120-130 gramas diárias de glucose para funcionar, mas não precisa de obter esssa quantidade específicamente dos hidratos de carbono. O nosso corpo é capaz de produzir glucose através da molécula de glicerol dos ácidos gordos e através de um processo chamado neoglucogénese (neo = novo; gluco = glucose; génese = nascimento ou criação), que consiste na conversão dos aminoácidos em glucose. Portanto, mesmo sem consumirmos hidratos de carbono directamente da dieta, o nosso corpo funciona. Muitos médicos e profissionais de saúde querem que acreditemos que vamos cair e morrer sem hidratos de carbono, mas isso não é completamente verdade. Os nossos corpos têm dois sistemas de combustível para nos dar energia. O nosso combustível primário é a glucose e o outro combustível é a gordura armazenada ou as cetonas. Quando estamos em jejum ou numa dieta restritiva de hidratos de carbono, passamos a utilizar as cetonas como fonte de energia e o corpo passa para um estado de cetose, um estado fisiológico perfeitamente normal e que não tem nada a ver com a cetoacidose – uma condição perigosa verificada nos diabéticos de Tipo I que ocorre quando o nível de glicemia está descontrolado e não se consegue produzir insulina. Vários estudos demonstram que o estado de cetose é benigno e que não tem efeitos secundários quando efectuada em situações metabolicamente controladas. É através deste estado que o nosso corpo encontra uma forma alternativa de produzir glucose. Donald e Susan Voet, autores de Biochemistry in a Nutshell – Fundamentals of Biochemistry, indicam que as cetonas servem como combustíveis metabólicos importantes para muitos tecidos, particularmente para o coração e para os músculos esqueléticos. Outros autores referem
  • 15. ainda que as cetonas fornecem uma fonte de energia eficiente para o cérebro e que o estado de cetose leve (que se verifica numa dieta baixa em hidratos de carbono) pode ter inclusivamente vários benefícios em doenças como Alzheimer e Parkinson. Resumindo: Não existe uma necessidade fisiológica para consumirmos hidratos de carbono. No entanto, é preciso que fique claro que não estou de maneira alguma a sugerir que não se devem consumir. Como referi acima, os hidratos de carbono das frutas e verduras são importantíssimos para obtermos as vitaminas, minerais e anti-oxidantes numa dieta saudável. O grande problema é que a maioria das pessoas associa os hidratos de carbono exclusivamente ao pão, massa, cereais, batata, arroz e estes alimentos não são, de maneira nehuma, essenciais. 7. O Colesterol elevado causa doença cardíaca. “60% dos pacientes com ataques de coração têm colesterol normal.” Dr. Lair Ribeiro, cardiologista brasileiro citando estudo de Framingham, o mais importante do Mundo no que respeita ao desenvolvimento das doenças cardiovasculares. O colesterol é uma substância gordurosa produzida pelo fígado que tem um papel crucial no funcionamento do nosso corpo. O colesterol é um componente essencial das membranas celulares e o nosso corpo precisa de colesterol para produzir hormonas, para sintetizar ácidos biliares (importantes na digestão de gorduras) e para ajudar-nos na síntese de vitamina D.
  • 16. Como sabemos, existem três tipos de colesterol que são transportados no sangue pelas seguintes moléculas ou lipoproteínas: HDL (lipoproteína de alta densidade), LDL (lipoproteína de baixa densidade) e triglicéridos (TG). O HDL é considerado o “bom” colesterol e transporta o colesterol em excesso das células do nosso corpo para o fígado; o LDL, considerado o “mau” colesterol, faz o oposto do HDL, transportando o colesterol do fígado para o corpo; os Triglicéridos são uma medida das gorduras em circulação no nosso corpo, que, curiosamente, não aumentam com o excesso de gordura mas sim com o excesso de hidratos de carbono e com a resistência à insulina. Portanto, é do conhecimento comum que um HDL baixo, um LDL alto e Triglicéridos altos, quando comparados com os valores médios recomendados, são factores de risco irrefutáveis associados às doenças cardiovasculares. Mas há mais coisas para além disto. Em primeiro lugar, o perfil do colesterol tal como costuma ser analisado hoje em dia não parece ser o indicador mais importante a ter em conta no aparecimento de doenças cardíacas. Segundo as últimas investigações nesta área, dadas a conhecer pelo Dr. Mark Houston, Director do Nashville Hypertension Institute, a inflamação, o stress oxidativo e a disfunção auto-imune das artérias são os mecanismos fisiológicos mais importantes que causam doença cardíaca, pelo que não é correcto predizer o aparecimento de doenças cardiovasculares sem medir os marcadores de inflamação, stress oxidativo e disfunção auto-imune das artérias. Em segundo lugar, o colesterol total alto por si mesmo não vai causar doença cardíaca. É o tamanho das partículas que compõem o colesterol que vão determinar se este é ou não um factor de risco. E o teste para medir o tamanho das partículas é o tipo de teste que não fazemos quando “analisamos” o colesterol, podendo levar, desta forma, ao tratamento de um problema que, na realidade, não existe. Vou explicar. Sabemos desde os anos 80 que o colesterol LDL é mau porque pode formar placas nas paredes das artérias impedindo uma normal circulação do sangue. No entanto, existem pelo menos cinco diferentes tipos de partículas no LDL, sendo que duas delas são muito importantes distinguir. Temos o LDL A, que é composto por partículas grandes e flutuantes e temos o LDL B, que é composto por partículas pequenas e densas. O LDL A é completamente inofensivo enquanto
  • 17. que o LDL B é especialmente perigoso porque é aquele que se cola à parede das artérias. O LDL B (o mau) está directamente associado às dietas elevadas em hidratos de carbono e baixas em gordura, enquanto que o LDL A (o inofensivo) está associado às dietas elevadas em gordura e baixas em hidratos de carbono. Mais, quando fazemos dietas elevadas em hidratos de carbono e baixas em gordura, baixamos o colesterol HDL e aumentamos os triglicéridos, potenciando, desta forma, o risco de doença cardíaca. Quando consumimos dietas elevadas em gordura e baixas em hidratos de carbono, acontece o contrário, ou seja, melhoramos o perfil cardiovascular através do aumento do colesterol HDL e da diminuição dos triglicéridos. Portanto, quando se olha para o colesterol LDL, é preciso ter em atenção que a qualidade (saber se as partículas são pequenas ou grandes) é mais importante que a quantidade. Agora que percebemos que existem dois tipos de colesterol LDL, um inofensivo e um aterogénico (mau), é importante voltar a falar nas gorduras saturadas, que vimos no número 3. Se bem se recorda, as gorduras saturadas podem ser perfeitamente saudáveis se consumimos poucos hidratos de carbono. E porquê? Porque a gordura saturada aumenta o HDL, aumenta o LDL tipo A (o inofensivo) e baixa os triglicéridos. Ou seja, verifica-se de facto um aumento no colesterol total mas o perfil lipídico é bem melhor! A gordura saturada, tal como as restantes gorduras, tem um efeito mais saciante no nosso organismo, vai ajudar-nos a manter os níveis de glicémia estáveis e não tem qualquer efeito na produção de insulina. Hoje em dia utilizamos óleos vegetais para cozinhar a altas temperaturas mas na realidade estes acabam por ser mais nocivos e pró-inflamatórios que a banha de porco ou mesmo a manteiga clarificada, porque as gorduras saturadas toleram melhor as altas temperaturas. Agora já sabe, na próxima vez que for ao médico fazer análises para medir o colesterol, pergunte pelo teste de partículas, pelos marcadores de inflamação, stress oxidativo e de disfunção auto- imune das artérias. No mínimo o médico fica a saber que você está bem informado e você fica a saber se tem de mudar de médico ou não. Conclusão: Hoje em dia existe muita desinformação em relação a muita coisa e é isso que me motiva a pôr as coisas no papel. Espero sinceramente que a informação que foi aqui disponibilizada lhe tenha sido útil para compreender mais algumas coisas sobre a importância da nutrição e para o verdadeiro perigo das escolhas que fazemos todos os dias. Para mim foi de certeza e tenho a convicção que ainda há muito mais por descobrir! Até breve. Pedro Correia Referências
  • 18. Avena NM; Hoebel BG; Rada P; (2008). “Evidence for sugar addiction: behavioral and neurochemical effects of intermittent, excessive sugar intake”. Gary Taubes (2011) – Why We Get Fat. Gary Taubes at OSUMC – 2011 http://www.youtube.com/watch?v=bTUspjZG-wc Gary Taubes at Google – 2011 http://www.youtube.com/watch?v=M6vpFV6Wkl4 Jonny Bowden (2011) – The (Ridiculous) New Cholesterol Guidelines for Children. Jonny Bowden (2012) – 7 Nutrition Lies that are Making you Sick & Fat. Lair Ribeiro (2011) – O Risco de Beber Água Engarrafada. http://www.youtube.com/watch? v=k_J0oAC0sug Loren Cordain (2011) – Origins and Evolution of the Western Diet: Health Implications for the 21st Century. http://www.youtube.com/watch?v=5dw1MuD9EP4 Mark Houston (2011). Interview with Charles Poliquin. Latest Advances in Cardiovascular Risk. http://www.youtube.com/watch?v=T2jpZNpVbkU&feature=player_embedded#! Robb Wolf (2010) – The Paleo Solution.The Original Human Diet. Robert Atkins (2002) – A Dieta Revolucionária do Dr. Atkins. Robert Lustig (2009) – Sugar: The Bitter Truth. http://www.youtube.com/watch?v=dBnniua6-oM Robert Lustig (2011) – Interventions to Reduce Sugar Consumption. http://www.youtube.com/watch?v=7OaD_ACer_g Robert Lustig (2011) – Sugar is a Toxin. http://www.youtube.com/watch?v=9-BEDX5AcTM Timothy Ferriss (2010) – The 4 Hour Body. SHARE THIS: Twitter 86 Facebook 723 LinkedIn 10 About these ads    Gosto 4 bloggers like this.  RELATED
  • 19. 220 THOUGHTS ON “7 MENTIRAS SOBRE NUTRIÇÃO QUE ESTÃO A TORNAR AS PESSOAS MAIS GORDAS E DOENTES” Esta entrada foi publicada em Nutrição, com as etiquetas Calorias, Colesterol, Doença, Exercício, Gordura, Gorduras, Hidratos de Carbono, Nutrição, Perda de Peso, Proteínas, Saúde, por Functional Performance Training. Ligação permanente [https://pedrocorreiatraining.wordpress.com/2012/03/20/7-mentiras-sobre-nutricao- que-estao-a-tornar-as-pessoas-mais-gordas-e-doentes/] . Sugar: The Bitter Truth - A Verdade Amarga do Açúcar FED UP - Documentário sobre Obesidade Açúcar: será que precisamos dele? Sugar: The Bitter Truth - A Verdade Amarga do Açúcar FED UP - Documentário sobre Obesidade Açúcar: será que precisamos dele? In "Nutrição" In "Interesse Geral" In "Nutrição" In "Nutrição" In "Interesse Geral" In "Nutrição" Nádia Brazão em 12 de Abril de 2012 às 18:59 disse: Confesso que ainda não tive tempo para ler tudo … (mas vou tentar ler … ) o que li pareceu-me muito bom, muito científico, e mais que isso: muito real e fundamental a ser transmitido! Vou continuar a acompanhar .. Bjs =) Functional Performance Training em 13 de Abril de 2012 às 15:03 disse: Muito obrigado. Mesmo assim acho que vale a pena ler tudo . Beijos. Tânia Charrua em 30 de Janeiro de 2014 às 23:33 disse: Gostei muito ainda não li tudo, mas como sou interessada na alimenta‐ ção e qualidade de vida, achei muito profissional.Obrigada.
  • 20. Iino Michiyo em 2 de Fevereiro de 2014 às 13:02 disse: Eu li o artigo todo e tenho três perguntas. Quem está a fazer dieta deve optar por dar mais prefêrencia a que alimentos para consumir? E deve eliminar quais alimentos completamente para resultados mais eficazes? A carne não pode ser consumida se não for de pasto? Functional Performance Training em 2 de Fevereiro de 2014 às 13:59 disse: Inês, Recomendo que leia o artigo novamente ou que procure por um nutricio‐ nista para lhe ajudar nesse sentido. Cumprimentos. JPS em 3 de Fevereiro de 2014 às 19:24 disse: Muita informação interessante, mas ficam alguns reparos : Quando aprendi na escola primária a numeração romana, escrevíamos 19 = XIX… aqui aparece séc. IXX (???). “…adoçantes artificiais como o aspartame (fenilanina), acesulfame K, sacarina, sucralose (E-955), sacarose, isto só para citar os mais conhecidos” Mas a sacarose é o açúcar refinado que os adoçantes vão substituir ! “As melhores fontes de proteína são o peixe, frango, peru, carne, ovos e marisco.” E o frango e o perú não são carne ? E reparo, com agrado, que não aderiu ao “aborto torto‐ gráfico”, vulgo AO, mas palavra “objectivo” escapou e aparece feia e desfigurada como “objetivo”… Functional Performance Training em 3 de Fevereiro de 2014 às 20:02 disse: Agradeço os reparos ortográficos. Sim, a sacarose é o açúcar de mesa e não deveria estar classificada como adoçante artificial (vou retirar para não confundir os leitores). Frango e Peru são carne de aves. Em relação
  • 21. às “palavras novas” do acordo ortográfico, é possível que as encontre também noutros posts e que estejam misturadas com as antigas – eu próprio ainda não decidi como prefiro escrever. Cumprimentos. Miguel Melo em 21 de Abril de 2012 às 01:42 disse: Obrigado pela informação que que dispões, informação essa que até hoje esteve completamente errada na minha cabeça e fico contente e agradecido por conseguires mudar esta forma de pensar! Já agora, vim aqui parar através do teu irmão, meu colega de turma da Fmh. Functional Performance Training em 21 de Abril de 2012 às 18:08 disse: Obrigado, fico contente que tenha sido útil para ti também. Cumprimentos. Celso Bettencourt em 10 de Maio de 2012 às 01:00 disse: Caro Pedro, este texto realmente leva-nos a uma série de interrogações e coloca em causa muitas verdades que tomamos como adquiridas. Concordo plenamente com o que dizes porque sou um exemplo de como uma dieta rica em proteina e pobre em hidratos de carbono, aliada à prática de uma actividade física regular (alternando o treino cardio com o treino de força) leva a uma perda maior de massa gorda através da sua substutuição por massa muscular. Desta forma perdi 20 Kg e evito oscilações acentuadas de peso, no entanto acredito que não será nada fácil para a maioria das pessoas adoptar este tipo de hábitos alimentares, quando diáriamente as grandes superfícies colocam ao seu dispor uma oferta enorme de produtos essencialmente compostos por hidratos de carbono e açucar, para não falar nos menus existentes na maioria da restauração, que privilegiam uma vez mais pratos com uma forte presença de hidratos refinados.
  • 22. Excelente texto, um abraço, Celso Functional Performance Training em 10 de Maio de 2012 às 10:58 disse: Pois é Celso, se perdeste 20 kilos o teu exemplo é perfeito. O problema é que a maioria das pessoas não tem conhecimento deste tipo de informação, principal‐ mente no que diz respeito aos alimentos que verdadeiramente engordam e fazem mal. E isso também acontece porque há muita desinformação e porque as pes‐ soas fazem caso aos médicos que não percebem nada de nutrição e da sua im‐ portância para evitar grande parte das doenças associadas ao nosso estilo de vida. A sua forma de actuar é tratar os síntomas sem tentar perceber a causa. As pessoas têm que começar a perceber que os problemas de diabetes, hiperten‐ são, doença cardiovascular, não se tratam com pastilhas, tratam-se com mudan‐ ças simples no seu estilo de vida, é isso que vai fazer a diferença. A mentalidade não pode continuar a ser vou ao Mcdonald’s e continuo a tomar a minha multivi‐ tamina. Um grande abraço e obrigado pelo feedback. PS – Eu acredito que se as pessoas forem educadas e perceberem de facto as razoes, o porquê, a origem das doenças, haverá uma mudança grande no seu estilo de vida mas é claro que isso não interessa às grandes empresas alimenta‐ res e farmaceûticas porque não se podem patentear brócolos ou tomate . João Ralha em 20 de Janeiro de 2013 às 20:13 disse: De acordo. O importante é perceber as causas para prevenir. Mas não é isso que interessa à indústria nem a alguns médicos que só sabem tratar, pois não sabem ou não estão interessados em prevenir. Aliás, são pagos para tratar, não para prevenir! Sofia Nascimento em 19 de Novembro de 2012 às 12:34 disse: “A frutose tem os mesmos efeitos nocivos no nosso fígado que o álcool, aliás o álcool não é mais que açúcar fermentado”
  • 23. Assim sendo Pedro, o que será ideal consumir? Glucose ou Frutose? Aproveito para tirar esta duvida… E já agora aproveito para agradecer o que estás a fazer por todos… é muito importante desmistificar estes mitos porque cada vez mais nos levam a uma sociedade mais obesa e a cometer erros por falta de informação. Cumprimentos Functional Performance Training em 19 de Novembro de 2012 às 13:27 disse: Olá Sofia e obrigado pelo comentário. Idealmente deve-se evitar ao máximo o consumo de frutose (mais info aqui: https://pedrocorreiatraining.wordpress.com/2012/11/13/sugar-the-bitter-truth-a- verdade-amarga-do-acucar/) e cingir a nossa ingestão de hidratos de carbono às verduras e às frutas. A verdade é que o nosso organismo nao precisa dos típicos hidratos de carbono refinados que as pessoas comem em abundância (arroz, massa, pão, batata e tudo o que seja proveniente da farinha). A não ser alguns atletas de elite que têm necessidades especiais (mas isto também varia consoan‐ te a modalidade), as pessoas comuns só têm a ganhar se consumirem cada vez menos esse tipo de alimentos. Pode custar a acreditar mas é a pura verdade. Melhores cumprimentos, Pedro Correia Sofia Nascimento em 23 de Novembro de 2012 às 12:31 disse: Obrigada pela resposta… E mais uma vez Parabéns pelo seu trabalho…;) Dinis Mira em 13 de Abril de 2014 às 02:01 disse: ola, Mas a frutose não é o açucar das frutas? E não está presente em todas as frutas?
  • 24. Functional Performance Training em 13 de Abril de 2014 às 14:11 disse: Olá Dinis, Sim, a frutose é o açúcar das frutas, quando comemos a fruta no seu es‐ tado natural, usufruimos também do seu conteúdo total em nutrientes, mas quando a esprememos para fazer sumo, perdem-se estes nutrientes e fica apenas o açúcar. Fernando Costa em 29 de Junho de 2014 às 05:40 disse: Okay mas vc fala em frutas, e frutas tem alto teor de frutose, como as‐ sim? snafu em 26 de Novembro de 2012 às 08:35 disse: Olá, primeiro de tudo quero dar-te os parabéns pelo excelente blog. E segundo, podes indicar-me uma imagem de uma roda de alimentos de acordo com as informações contidas neste post? Functional Performance Training em 26 de Novembro de 2012 às 12:55 disse: Olá Joao, Neste link poderá ver uma evolução da pirâmide dos alimentos até à Paleo, a die‐ ta dos nossos ancestrais (na verdade nós é que evoluimos no sentido errado). Te‐ nha em conta que o importante é que a carne seja orgânica e alimentada em pasto (a carne vermelha à disposição nos supermercados normalmente é criada à base de milho e cereais, tornado a mesma muito mais tóxica) e que o peixe
  • 25. seja selvagem. http://www.livingpaleo.com/the-food-pyramids/ Veja também o vídeo. Melhores cumprimentos, Pedro Correia João Pedro Machado Silva em 6 de Dezembro de 2012 às 01:14 disse: Muito bom…. gostei muito Rui Ralha em 26 de Dezembro de 2012 às 00:10 disse: Mais uma vez Pedro, fantástico! Já tinha alguma informação sobre nutrição actualizada, já conhecia designadamente a dieta Atkins, mas este artigo é muito esclarecedor. Vou explorar a dieta Paleo e mudar muita coisa na minha alimentação, até para confirmar na prática pessoal as noções, coerentes e lógicas, que aqui revi. O problema é que, como colega de profissão, ando há anos a ensinar as “tretas alimentares” das pirâmides e rodas alimentares dos livros escolares aos meus alunos. E isso é que vai ser difícil de mudar, até porque há mais um problema: as carnes e peixes biológicos são dos produtos mais caros do mercado. De qualquer forma, muito obrigado e continua o excelente trabalho. Functional Performance Training em 26 de Dezembro de 2012 às 01:07 disse: Muito obrigado Rui pelos comentários. Em relação às carnes alimentadas em pasto, podes ver mais informação aqui:
  • 26. http://www.solardagiesteira.pt/ ou então tentar encontrar carne dos Açores. Em relação aos peixes podes encontrar mais info aqui http://www.peixedomar.pt/ ou tentar encontrar peixe fresco (de preferência selvagem ou de mar) nos supermer‐ cados e/ou peixarias. Um abraço, Pedro Correia Licinia em 21 de Janeiro de 2013 às 22:45 disse: Adorei o artigo. Tenho opinião própria e não faço o que os médicos dizem. Obrigada. Licinia Castro Functional Performance Training em 21 de Janeiro de 2013 às 23:53 disse: Obrigado Licínia. Melhores cumprimentos. Mafalda em 9 de Maio de 2013 às 16:30 disse: Caro Pedro, Já tinha lido várias coisas sobre diferentes entidades que defendem a informação que tu, muito bem, juntaste e resumiste, tornando o artigo de fácil leitura e entendimento. Parabéns por isso!
  • 27. Gostava de te perguntar, o que para ti seria um ou dois dias de refeições saudáveis. Ou seja, o que comerias ao pequeno-almoço, meio da manhã, etc etc… e o pré/pós-treino, claro! Cumprimentos, Mafalda Functional Performance Training em 9 de Maio de 2013 às 16:35 disse: Obrigado Mafalda. Há alguns dia pus um post no FB sobre isso. Veja aqui: https://www.facebook.‐ com/photo.php? fbid=338209219635437&set=a.250067125116314.54866.245730335549993&t ype=1&theater No pré e pós treino iria depender da situaçao particular da pessoa. Cumprimentos. Bruno Semedo em 12 de Maio de 2013 às 15:35 disse: Artigo muito bom! É pena é que muita gente não acredite, mas essa é a razão principal porque o escreveste, não? Não sou nutricionista nem dietista (embora goste muito de ler artigos da área), mas nos anos que estudei saúde publica posso dizer que muitas organizações (quase todas) funcionam devido aos lobbies, e a ciência funciona (na sua maior parte), pelo dinheiro. Por isso recomendo a toda a gente que leia e faça interpretações de várias fontes e não acredite piamente nas grandes organizações ou grandes jornais científicos. E foram essas interpretações várias que foram feitas neste artigo…. Functional Performance Training em 22 de Maio de 2013 às 13:26 disse: Muito obrigado Bruno pelo comentário.
  • 28. Eu também gostava que toda a gente lesse mais de várias fontes independentes e que tirasse as suas próprias conclusões. Dessa forma haveria menos espaço para os lobbies. Melhores cumprimentos. Tiago em 24 de Fevereiro de 2014 às 21:26 disse: Boa tarde, estou a meio do artigo e estou a gostar muito da forma como expõem as questões. Tenho tentado pesquisar na internet algumas informações (sendo que esta área já é de si bastante confusa para mim) e tenho tido dificuldades em escolher no que acreditar pois a maioria dos artigos não identificam as referências como o Pedro o faz aqui. Por estes dois motivos, desde já o meu obrigado. Lurdes Lourenço em 21 de Maio de 2013 às 16:32 disse: Parabéns pelo artigo. E obrigada! Sem saber, é o que faço. E sou uma cota de 56 anos com um corpo de 20. (agora percebo porque) baseio a minha alimentação em saladas, que adoro. Junto de tudo, tomate alface, brócolos, atum, bacon, um pouco de tudo o que houver no frio, tempero com azeite e ervas. Marcha tudo. eheheh Felicidades e continue a brindar-nos com as suas pesquisas. π
  • 29. em 21 de Maio de 2013 às 23:34 disse: Olá Tendo em conta que exercicio aerobico trabalha grandes grupos. Treino de força é mais eficaz para perda de peso rápido, mas não facilitará o efeito yo-yo, que nem os suplementos para perda de peso, não existe uma maior alteraçao metabólica? Gostaria realmente de deixar o alerta para o consumo excessivo de n-6 em razão dos n- 3 e seus efeitos catastróficos no nosso organismo. Não sou a favor das dietas vegetarianas, mas estas são pobres em aminoácidos,principalmente essenciais provenientes das carnes/peixe e no entanto estão associadas a “saude” fisica e baixo nivel de obesidade. Se 40% dos “pacientes” com ataques do coração têm colesterol elevado, isto não é muito, é imenso. Já para não falar nos que desenvolvem problemas cardiovasculares sem nunca chegar a ter um ataque. O LDL aumenta com o consumo de carnes e o HDL com cereais e vegetais, quanto aos TG, só aumentam com consumo combinado de gordura e hidratos! Peço desde já desculpas, mas no campo nutricional e alimentar, este “artigo” é no minimo questionável…aborda, defende algumas das mais polémicas técnicas adoptadas nos ultimos anos e refutadas pelos especialistas e profissionais de nutriçao e dietética, e cujas consequencias a curto e longo prazo, parecem estar a revelar-se muito graves! Obrigado pelas sugestões. Saudaçoes Functional Performance Training em 22 de Maio de 2013 às 13:14 disse: Agradeço o comentário. O treino de força é mais eficaz para a perda de peso precisamente porque pro‐ move alterações metabólicas mais significativas. Ninguém disse ao longo do artigo que 40% dos pacientes com ataques de cora‐ ção tinham colesterol elevado, essa foi uma interpretação sua. Aquilo que é preci‐ so perceber é que existem marcadores muito mais importantes que o colesterol elevado para predizer doenças cardíacas e que devem ser avaliadas em primeira instância. Se me puder facilitar explicações ou estudos que sugiram que o LDL, o HDL e os TG só aumentam dessa forma, agradecia. Acho bem que questione o artigo (aquilo que costumo dizer às pessoas é que investiguem por sua conta) mas note que o mesmo está referenciado por cientis‐ tas, investigadores, bioquímicos e médicos especialistas em nutrição, com mui‐ tos trabalhos publicados em revistas científicas e que têm dedicado a sua vida ao estudo deste tipo de coisas, sem qualquer tipo de afiliação política ou corporati‐ va.
  • 30. Com os melhores cumprimentos, Pedro Correia π em 22 de Maio de 2013 às 16:15 disse: Muito obrigado pela atenção e muitos parabéns pelo trabalho, dedicação e partilhas. Cumprimentos Estudante de Medicina em 3 de Fevereiro de 2014 às 21:08 disse: Boa noite, Se 60% dos que têm enfartes do miocárdio (“ataques de coração”) não têm colesterol elevado, significa que 40% têm colesterol elevado. Acho bem falar-se desses temas, uma vez que há certos alimentos que as pessoas comem convictas que lhes é benéfico, mas que acaba por fazer o contrário. Um óptimo exemplo são os hidratos de carbono com‐ plexos, que as pessoas comem “à vontade” porque se crê que é uma fonte relativamente segura de energia, porque não provoca picos de gli‐ cémia e consequentemente de insulina ao contrário dos açúcares mais simples, não sobrecarregando assim o pâncreas. No entanto, os hidratos de carbono complexos são digeridos e são absorvidos como açúcares simples de qualquer forma… O exemplo da frutose, que apresenta neste artigo, também é fundamen‐ tal, porque os diabéticos consomem-na pensando que é benéfica em re‐ lação à glicose, quando a frutose leva às alterações fisiopatológicas co‐ muns à diabetes (nomeadamente a glicosilação não enzimática), mas sem ter sequer qualquer controlo hormonal, uma vez que a frutose não é controlada pela insulina. Dizem-se algumas informações importantes, mas tem de se ter cuidado com o que se diz. Sugere que a cetose é benéfica (e pareceu-me muito interessante o possível papel na prevenção de doenças neuro-degenera‐ tivas), mas a nível de rendimento de trabalho não me parece que assim seja, por exemplo. Nós sabemos que a PCR (marcador de inflamação) é um marcador im‐
  • 31. portante de risco cardiovascular. Mas sabemos também que o colesterol LDL é um marcador de risco cardiovascular, e enquanto não surgir uma análise sanguínea mais específica que supere em termos de benefício e custo a medição dele, vai-se continuar a medi-lo e a agir de acordo com essa medição. Nós sabemos que só baixar o colesterol não chega para baixar muito significativamente o risco cardiovascular. Por isso é que se dão Estatinas como primeira linha, que têm efeitos benéficos a vários ní‐ veis, não só na diminuição do colesterol, mas também na diminuição da inflamação, adesão celular, disfunção endotelial, etc. E por isso é que também se aconselha exercício físico (essa questão do exercício anaeró‐ bio é bastante pertinente, uma vez que, embora muitos médicos se es‐ queçam desse facto, o exercício anaeróbio permite ter condição física para fazer exercício aeróbio), abolição do tabagismo, modificação da die‐ ta, evitar a diabetes, ou se já presente controlá-la, evitar hipertensão arte‐ rial ou tratá-la… Mas se uma pessoa quer ter aconselhamento dietético não deve real‐ mente ir ao médico, deve consultar um dietista ou nutricionista, porque a formação do médico é dirigida para o tratamento e prevenção de doen‐ ças. Cumprimentos e parabéns pelo trabalho. Maria jose evora em 22 de Maio de 2013 às 10:00 disse: Parabens Pedro so que as vezes sentimo-nos confusas mas prometo mais estudos para que clarifique as informacoes desse teu e nosso blog eu gosto do colorido da vida por isso no meu prato retrato isso obrg ANTONIO CARLOS SOBRINHO em 6 de Agosto de 2013 às 14:00 disse: Bom dia.. poderia falar alguma coisa sobre a nova febre no Brasil.. quinoa…
  • 32. chia..linhaça..é bom mesmo????? são brancas….e…. Functional Performance Training em 9 de Agosto de 2013 às 13:05 disse: Olá António, À partida esses alimentos têm um bom valor nutricional, pelo que se não tem qualquer tipo de problema de saúde que possa ser afetado pela ingestão destes alimentos, estes podem ser uma boa opção. No entanto, tenha em conta, que, tal como o treino, a dieta para ser completamente funcional, deverá ser individua‐ lizada. Cumprimentos. Andrea em 11 de Setembro de 2013 às 15:33 disse: Li seu artigo todo e está de parabéns. Muito bem escrito e esclarecedor. Há tempos estou atrás de respostas para o meu ganho de peso, onde não me considero uma pessoa que exagera nas refeições. Já faço acompanhamento com nutricionista, mas confesso que fiquei surpresa ao saber das proteínas e gorduras. Eu moro no Brasil e onde vivo não há muita oferta de carnes ou outros produtos orgânicos. Como faço neste caso? Faria o mesmo efeito consumir carnes em menor quantidade? No caso do arroz, quando me der vontade de comer, posso consumir o integral? Obrigada desde já Functional Performance Training em 11 de Setembro de 2013 às 21:38 disse: Olá Andrea, obrigado pelas simpáticas palavras. Aquilo que recomendo é que se tente informar onde pode comprar esses alimentos, comer menores quantidades nao é solução, até porque a carne de pasto é uma excelente fonte de proteína. No caso do arroz, apesar de no artigo estar referenciado o arroz integral, o refina‐ do acaba por ser mais adequado, porque o integral tem fibra insolúvel (resistente à atividade enzimática humana) e pode aumentar a inflamação no intestino (per‐ meabilidade intestinal). O melhor mesmo é que veja estes assuntos com o seu nutricionista.
  • 33. Melhores cumprimentos. EDNA PRADO em 11 de Dezembro de 2013 às 03:41 disse: Amei, muito obrigada! Pollyanna em 27 de Janeiro de 2014 às 19:54 disse: Muito, muito, mais muito bom. Excelente post, obrigado! Sara em 30 de Janeiro de 2014 às 09:01 disse: Olá Pedro, o que pensa acerca do consumo (moderado) de Stevia, em vez do normal açucar refinado? Functional Performance Training em 30 de Janeiro de 2014 às 12:52 disse: Olá Sara, A stevia “parece” ser mais segura que os restantes edulcorantes mais comuns (aspartame, acesulfame K, sucralose) mas digo “parece” porque ainda existem poucos estudos feitos com stevia e aqueles que foram feitos (em animais) têm apresentado resultados pouco interessantes. O ideal é minimizar o consumo de substâncias que o nosso corpo não precisa e a stevia é uma delas.
  • 34. Cumprimentos. Sara em 30 de Janeiro de 2014 às 13:03 disse: Pois, essa é também a minha opinião e apesar de evitar todo este tipo de produtos na minha dieta, a verdade é que ao prescrevermos dietas para pessoas obesas e “viciadas” em açucar, temos de ser realistas e saber que 95% não vão deixar de um dia para o outro de consumir “doces”, daí a proposta de utilização de stevia como uma forma de transição mais saudável. Obrigada. Functional Performance Training em 30 de Janeiro de 2014 às 12:53 disse: Sara, A stevia “parece” ser mais segura que os restantes edulcorantes mais comuns (aspartame, acesulfame K, sucralose) mas digo “parece” porque ainda existem poucos estudos feitos com stevia e aqueles que foram feitos (em animais) têm apresentado resultados pouco interessantes. O ideal é minimizar o consumo de substâncias que o nosso corpo não precisa e a stevia é uma delas. Cumprimentos. João Coucelo em 30 de Janeiro de 2014 às 11:48 disse: Parabéns pelo artigo. Sou médico e também adoro nutrição e desporto, questiono tudo. Desde cedo que “caço” novas ideias e exploro hipóteses. Desde há algum tempo que encontrei a linha da paleo diet e trophology. Entre trabalho, vida e inclusive batalhar para aplicar estes princípios é difícil uma pessoa organizar as ideias e dissertar desta maneira sobre este tema. Parabéns. A questão que me fica é de como é possível tanta gente
  • 35. estar tão enganada. E o mais incrível é que nem é só na nutrição e saúde. Hábitos que tomamos por rotineiros e seguros são autênticas agressões. Enfim, é ai que claro está uma pessoa chega às diferentes indústrias, lobbies, à falta de instrução e educação e outras. O Pedro já falou disto no seu artigo mas para outros que queiram mais umas luzes penso que este blog e em particular este texto de uma psiquiatra norte americana é bastante interessante e elucidativo http://evolutionarypsychiatry.blogspot.pt/2013/11/gluten-and-schizophrenia-again- with.html O blog tem links para todo um mundo ao qual o Pedro obviamente já pertence mas fica para os outros que estão agora a descobrir. Fica com o meu email, gostava que me contacta-se para poder ficar com o seu. Vou sugeri-lo para falar em algumas reuniões médicas relacionadas com nutrição, dieta mediterrânea, obesidade, doenças cardiovasculares. Há reuniões onde o debate acontece e as portas estão abertas à novidade, embora perceba que generaliza quando fala dos “médicos”, tenho a certeza que sabe que pode encontrar receptividade em alguns. Functional Performance Training em 30 de Janeiro de 2014 às 12:59 disse: Olá João, Muito obrigado pelos seus comentários, é bom saber que existe essa abertura e receptividade em alguns médicos no que diz respeito à importância de uma mu‐ dança de paradigma neste âmbito. O meu e-mail é pedrocorreiatraining@gmail.com, terei todo o gosto em trocar ideias consigo. Um abraço e obrigado pelo link. João Coucelo em 30 de Janeiro de 2014 às 14:17 disse: *Fica com o meu email, gostava que me contactasse para poder ficar com o seu. ps_ detesto este erro gramatical, razão pela qual faço a correcção. Obrigado pelo comentário em resposta tão pronto. Abraço
  • 36. Mafalda em 30 de Janeiro de 2014 às 13:33 disse: Olá Pedro, Gostei bastante do artigo e identifico-me em vários pontos com ele. Tenho no entanto uma dúvida em relação às proteínas de que falou. Sou vegetariana há mais de 10 anos, porque simplesmente o meu corpo rejeita carne e peixe. Mas tenho uma actividade fisica intensa, com corridas semanais, treinos de alta intensidade e também sou instrutora de yoga. Tento sempre ter especial cuidado com quantidade de proteinas que ingiro, sendo muito à base de feijão, grão, ovos, bróculos, cogumelos, espinafres. Considera que há alguma falta de aminoácidos essenciais? Se sim, quais os alimentos que os podem substituir? Obrigada pelo esclarecimento Functional Performance Training em 30 de Janeiro de 2014 às 17:34 disse: Olá Mafalda, No seu caso eu tomaria atenção aos níveis de Vit. B12, cálcio, iodo, gordura ómega 3, vitamina D e zinco porque podem estar abaixo daquilo que necessita. Eu acho que é possível seguir uma dieta vegetariana saudável mas o meu conse‐ lho é que a faça da forma mais consciente possível e/ou com um acompanha‐ mento profissional, porque provavelmente necessitará de algum tipo de suple‐ mentação. Julgo que neste site poderá encontrar informação para ajudá-la a tomar algumas decisões de uma forma mais consciente: http://rawfoodsos.com/. Melhores cumprimentos. Bruno Filipe em 30 de Janeiro de 2014 às 14:04 disse: Este é mais um daqueles estudos a favor do MAIOR negocio do Mundo que é a comida
  • 37. e principalmente a comida de origem animal principalmente carnes vermelhas. este é como o estudo que nos fez acreditar desde miudo que a roda dos alimentos é saudavel. Todo o tipo de gorduras e proteinas principalmente de carnes vermelhas juntamente com ovos, leite e queijo sao o MAIOR veneno existente na nossa alimentação e vem agora um estudo falar que os cereais sao prejudiciais a saude e que as gorduras nao o são!?!?!?!?!? Se querem comprovar o que digo vejam este documentario Forks Over Knifes e vejam a verdade incoveniente sobre a alimentação e sobre todo o esquema que é feito para iludir as pessoas como o estudo apresentado em cima. http://www.wareztuga.tv/movie.php?m=Forks_Over_Knives Functional Performance Training em 30 de Janeiro de 2014 às 16:56 disse: Bruno, Como eu sei que algumas pessoas podem ler o seu comentário e ficarem nova‐ mente confusas, gostava de esclarecer o seguinte: 1) O problema das carnes vermelhas serem mais tóxicas hoje é porque as vacas são alimentadas com cereais (milho), ou seja, o problema é que nós estamos ex‐ postos à carne de animais obesos e doentes. Se fossem alimentadas em pasto (tal como evoluiram naturalmente), esse problema não se colocaria. 2) As gorduras não são todas iguais, por isso colocá-las a todas no mesmo pa‐ cote (como toda a gente o faz, profissionais de saúde incluídos) foi o que nos trouxe até a este mundo doente e obeso. Se quiser saber mais sobre isto reco‐ mendo que veja o trabalho do Chris Masterjonh (PhD em Ciências da Nutrição), aí também vai perceber que os ovos são dos alimentos mais nutritivos que pode‐ mos comer e que é na gema que está a maior parte dos nutrientes. Link: http://www.cholesterol-and-health.com/about-cholesterol-and-health.html. 3) Se quiser saber porquê que os cereais de hoje em dia são alimentos pouco funcionais para a nossa fisiologia, recomendo que comece por ler este artigo do Prof. Loren Cordain, autor de mais de uma centena de artigos peer-reviewed em jornais científicos de referência: http://www.direct-ms.org/pdf/EvolutionPaleo‐ lithic/Cereal%20Sword.pdf e/ou por ler este livro do médico cardiologista William Davis: http://www.amazon.es/Sem-Trigo-Barriga-Livre-se-trigo-ebo‐ ok/dp/B00BX9LQO6. Eu entendo que este tipo de informação pode ser contraditório a tudo aquilo que ouviu dizer (eu também já passei por isso), mas o meu conselho é que procure pela evidência científica e não se deixe ficar pela evidência de café. Cumprimentos.
  • 38. Helena em 30 de Janeiro de 2014 às 14:32 disse: Caro Pedro Correia. Na prática isto significa que é preferível um pequeno almoço de bacon e ovos, a torradas com meia de leite? Obg. E muitos parabéns pelo artigo. Helena em 30 de Janeiro de 2014 às 14:41 disse: Olá Pedro Correia. Antes de mais parabéns pelo artigo, que é bastante elucidativo e interessante. Tenho uma questão prática: seguindo a lógica do seu artigo, será preferível um pequeno-almoço de bacon, ovos e queijo, ao invés de torradas e café com leite? Será preferível fazer caminhadas ao invés de corridas? Muito obrigada. Functional Performance Training em 30 de Janeiro de 2014 às 15:59 disse: Olá Helena, Sim, é preferível comer ovos com bacon que torradas com leite. Em relação ao exercício, é preferível fazer treino de força. Para fazer corridas é preciso garantir que o corpo esteja capacitado para tal. Cumprimentos. Helena em 30 de Janeiro de 2014 às 20:05 disse: Obrigada pela resposta. Vou partilhar esta informação, acho que posso, não é? Vou tentar uma nova dieta e verificar os efeitos, pois consumo muitos hidratos de carbono. Muito obrigada pela informação. Cumpri‐ mentos.
  • 39. Silvino em 23 de Março de 2015 às 12:07 disse: O corpo esteja capacitado para tal?Como assim?Obrigado. Daniel Deusdado em 31 de Janeiro de 2014 às 02:19 disse: Muitos parabéns. O artigo faz uma excelente síntese de muita informação que fui lendo ao longo do tempo e que a minha médica me foi passando Pedro Correia em 31 de Janeiro de 2014 às 20:11 disse: Muito obrigado Daniel. miguel nunes em 31 de Janeiro de 2014 às 03:04 disse: Gostei do artigo, mas como sou muito desconfiado, fico sempre na duvida em qual das partes deva confiar… se nas suas teorias se nas da USDA. Na realidade tudo o que vem da america deixa-me de pe atras, e pensando bem fiz uma dieta à cerca de dois anos e a minha alimentaçao baseava-se naquilo que vc diz ser bom, e realmente foi. Mas onde posso encontrar uma lista com as coisas boas que devo comer e na a lista da USDA. Obrigado. Miguel Functional Performance Training em 31 de Janeiro de 2014 às 17:45 disse:
  • 40. Miguel, As teorias não são minhas, estas coisas estão suportadas pela evidência científi‐ ca. Se começar por comer alimentos reais e evitar todos os alimentos processa‐ dos, não precisa de nenhuma lista. Cumprimentos. Igor em 31 de Janeiro de 2014 às 06:15 disse: caro pedro, parabéns pelo post. excepto alguns pormenores sobre o exercício q não são muuito correctos, ou pelo menos postos numa perspectiva q não abrange toda a verdade, e uma predominância sobre proteína animal q não é tão saudável como se faz querer, tudo o resto é óptimo. há muitos anos q sou autonomamente formado em muita coisa sobre desporto, nutrição e saúde. ( Sou profissional de saúde) e sigo muita coisa, livros, artigos, conferências, alguns com pouca visibilidade em Portugal. desafio-o a pesquisar, e tentar saber mais sobre proteína vegetal, e respectivos alimentos – aquela q portanto não nos dá músculos tão grandinhos – e o como essas sim nos são essenciais, e não as de origem animal. arrisco dizer q se completar essa parte dos seus conhecimentos e perspectiva global da complexidade q é a alimentação e ainda mais complexidade q é a metabolização/tolerância/adaptação do nosso corpo a tudo de bom e mau q comemos, ficará mais elucidado e no limiar do perfeito sobre o bom e mau q comemos! =) Cumprimentos Functional Performance Training em 31 de Janeiro de 2014 às 17:59 disse: Olá Igor, Obrigado pelo comentário. Se puder agradecia que me informasse quais os pormenores sobre o exercício que não estão corretos (recordo que o post não era sobre exercício). Em relação à proteína vegetal e/ou animal, se olharmos para a forma como o
  • 41. nosso genoma se desenvolveu, verificamos que cerca de 50-60% da proteína que ingerimos foi proveniente de fonte animal (carne, marisco, ovos, aves) – acho que também é importante ter isto presente. Isto são dados da equipa de investi‐ gação do Prof. Loren Cordain, o maior investigador da Dieta Paleolítica. Com certeza que irei continuar a pesquisar e a estudar, tudo o que envolva ali‐ mentação e exercício pode tornar-se bastante complexo, tudo depende da forma como nós olhamos para as coisas. Cumprimentos. luis carneiro em 31 de Janeiro de 2014 às 11:19 disse: Bom dia Fazendo eu uma alimentação tradiconal mediterranica em que incluo suplementos (omega 3/ multivitaminas / fibras) e faço um pequeno almoço à base de batido com proteina de soja e praticando desporto com regularidade (3 vezes por semana) tendo como apoio nutricional suplemento à base de proteina de soro de leite /hidratos/aminoácidos, estou com uma suplementação correcta ou devo alterar alguma coisa ? nota. estes suplementos contém vitaminas/sais minerais/sódio/hidratos/lipidos/l- glutamina/l-carnitina/l-isoleucina/l-leucina/l-valina e BCAA. obrigado desde já pela atenção dispensada. cumprimentos Functional Performance Training em 31 de Janeiro de 2014 às 18:02 disse: Caro Luís, Para responder efectivamente às questões que me coloca, precisava de saber mais sobre si e sobre o seu estilo de vida. Espero que compreenda. Cumprimentos.
  • 42. João Santos em 31 de Janeiro de 2014 às 13:02 disse: Boa tarde O texto é mto bom e bastante fundamentado! Tenho-me informado em relação a dieta a base de proteínas e faz mto sentido! Tenho a seguinte questão! Esta o nosso organismo (“fígado”) preparado para processar tantas proteínas? Estando a maioria o alcance de carnes, peixes e ovos na sua maioria de grandes explorações onde são autênticas fábricas! Obrigado Functional Performance Training em 31 de Janeiro de 2014 às 18:35 disse: Olá Joao, Obrigado pelo comentário. Se estivermos a falar de indivíduos saudáveis, à parti‐ da não haverá problema nenhum por “excesso” de proteína, no entanto, é preci‐ so ter em conta que a nutrição, tal como o exercício, deve respeitar sempre a in‐ dividualidade funcional de cada um. Tal como em todos os macronutrientes exis‐ tem uns que são mais e/ou menos funcionais que outros, mas para saber isso com segurança é preciso saber o historial de cada um. Um abraço. Tiago em 31 de Janeiro de 2014 às 16:21 disse: Boas tardes Pedro e a todos os demais, desde já gostaria de lhe dar os parabéns por este “despertar” de informação e por se mostrar disponível em esclarecer quaisquer dúvidas que possam aparecer. A minha principal dúvida é a seguinte, como obter informação sobre que alimentos comer, passo a explicar-me melhor. Por exemplo, decido
  • 43. tentar mudar a minha alimentação que já se prolonga há 37 anos, mas não sei por onde começar. Que alimentos comer ao pequeno almoço, lanches , almoços, jantares … Tem conhecimento de algum site que disponibilize algumas “tabelas” de alimentação de acordo com a nova pirâmide de alimentos ? Pois por vezes a força de vontade não é suficiente para a mudança, convém ter informação para que se consiga melhores resultados. Desde já o meu muito obrigado pelo despertar. Parabéns Pelo artigo. Abraços. Functional Performance Training em 31 de Janeiro de 2014 às 18:20 disse: Olá Tiago, O ideal é começar a mudar pequenos hábitos mas para isso aquilo que recomen‐ do é que procure alguém (um nutricionista e/ou dietista) que lhe possa orientar nesse sentido. Se quiser eu posso ajudá-lo a encontrar alguém da minha confian‐ ça, envie-me um e-mail se estiver interessado. Em relação à questão que me coloca, não tenho conhecimento de nenhum site com essa informação – mas não se guie muito pela pirâmide (na verdade, a ver‐ são mais recente da mesma é um prato) dos alimentos. Um abraço. Pedro Rocha em 31 de Janeiro de 2014 às 17:19 disse: Boas Pedro, tal como muitos colegas gosto de ler e analisar tudo o que publicas, mas hoje ao ler este decidi comentar. Não falando de caso específico nenhum, o artigo fala quase sempre em dietas para reduzir peso ou emagrecer, logo a minha dúvida prende se com o oposto, os atletas de alta competição ou aqueles que praticam treinos de alta intensidade diariamente com gastos caloricos elevados, a alimentação rica em proteínas irá sem dúvida defendi los, baixar a % de gordura mas conseguiram melhorar a performance ou aumentar a massa muscular! sem ter de ingerir proporções elevadas de proteínas devido ao consumo calórico diário? Deixo no ar algo que ao ler muitos artigos
  • 44. Pingback: [Boas Descobertas] 7 Mentiras sobre Nutrição que estão a tornar as pessoas mais gordas e doentes | Os Fantásticos mundos de Elsa se nota a relação com o emagrecimento e pouca incidência no potenciar os atletas quase profissionais que hoje temos cada vez mais. Bom trabalho Abraço Pedro Rocha Functional Performance Training em 31 de Janeiro de 2014 às 18:25 disse: Olá Pedro, Obrigado pelo comentário e por seguir o blog. No caso da melhoria de performance em atletas, existem algumas diferenças e como tal essas devem ser avaliadas caso a caso (até porque nem todas as mo‐ dalidades exigem o mesmo nível de intensidade). Um abraço. Filipe em 31 de Janeiro de 2014 às 21:38 disse: Boa noite. Desde já os meus parabéns pelo artigo. Sendo eu um português típico q come de tudo e mal, mas que tem vontade de mudar, gostaria de ter a sua opinião de como devo fazer para me reeducar. Mais,foi – me detectada há 2 meses uma doença rara chamada CIDP e que o tratamento passa por levar doses elevadas de hemoglobina,gostaria de saber q efeitos o tratamento poderá ter numa dita dieta sem hidratos de carbono. Muito obrigado! Functional Performance Training em 1 de Fevereiro de 2014 às 12:38 disse: Muito obrigado Filipe. Para se reeducar, recomendo que procure por profissionais especializados na
  • 45. área da nutrição para lhe orientar nesse sentido. De acordo com aquilo que sei o CIDP é uma doença-autoimune e tal como todas as doenças auto-imunes reque‐ rem uma atenção ainda mais especial. Penso que vai achar este post útil: https://pedrocorreiatraining.wordpress.com/2012/11/01/como-alimentar-a-nos‐ sa-mitocondria-e-prevenir-doencas/. Se estiver interessado eu posso ajudá-lo a encontrar alguém, envie-me um e-mail a pedrocorreiatraining@gmail.com. Cumprimentos. luis fonseca em 31 de Janeiro de 2014 às 23:05 disse: e a primeira vez que leio este blog mas gosto muito de estar informado ja ouvi de tudo e tenho o meu cerebro todo baralhado isto da resultado para quem quer baixar a retenção de liquidos e a massa gorda e continuar a ganhar massa magra? faço 5 dias de musculação por semana 1 hora de cardio de manha e 1.30 h de ferro a tardee tomo a suplementação basica de um praticante de musculação,proteina,creatina,bcaa,glutamina e um multivitaminico centrum gostava de saber a sua opinião obrigada Functional Performance Training em 1 de Fevereiro de 2014 às 12:23 disse: Luís, À partida sim, mas o meu conselho é que veja essa situação de forma mais indi‐ vidualizada. Há várias variáveis a considerar. Cumprimentos. Diogo em 31 de Janeiro de 2014 às 23:28 disse:
  • 46. “A frutose tem os mesmos efeitos nocivos no nosso fígado que o álcool, aliás o álcool não é mais que açúcar fermentado” Pelo que sei as frutas são ricas em frutose, queres dizer com isto que não devemos comer fruta? Diogo em 31 de Janeiro de 2014 às 23:39 disse: E aproveito para perguntar qual a tua opinião em relação aos hidratos de carbo‐ no proveniente de cereais inteiros. Functional Performance Training em 1 de Fevereiro de 2014 às 12:21 disse: Olá Diogo, Quanto à fruta, não digo para não comer, digo apenas para comê-la intei‐ ra para aproveitar ao máximo a sua fibra, vitaminas e minerais. Em rela‐ ção aos cereais tradicionais, não recomendo porque são alimentos com um potencial inflamatório grande. Vê este post: https://pedrocorreiatrai‐ ning.wordpress.com/2012/11/13/sugar-the-bitter-truth-a-verdade-amar‐ ga-do-acucar/ Um abraço. Diogo em 1 de Fevereiro de 2014 às 17:48 disse: Obrigado, mas estava a referir-me aos cereais integrais Functional Performance Training em 1 de Fevereiro de 2014 às 18:29 disse: Também eu Diogo!
  • 47. Queirós Pereira em 1 de Fevereiro de 2014 às 01:17 disse: Sou prof de Ed. Física, treinei atletas de média-alta competição e tive ginásios de musculação. Tudo há já alguns anos atrás. Já nessa altura dizia este tipo de coisas: privilegiar o treino muscular de alta intensidade, evitar os açúcares “escondidos”, ingerir proteínas e gorduras em vez de hidratos. A maioria das pessoas chamava-me maluco, claro, pois tinha chegado a estas conclusões de forma empírica e sem apoio científico e bibliográfico. É, por isso, com muita satisfação, que li este texto. Já posso morrer de consciência tranquila. Obrigado, Pedro. Parabéns!. Functional Performance Training em 1 de Fevereiro de 2014 às 13:51 disse: Muito obrigado! O Salvador Dali tinha uma frase engraçada: “A única diferença entre um louco e eu, é que eu não estou louco”. Cumprimentos. Pedro Leite em 1 de Fevereiro de 2014 às 04:27 disse: Boas Pedro, gostei muito do teu post, li mais por curiosidade, gostei de ver que andamos a consumir os “alimentos” errados em demasia..algumas já sabia, mas realmente fiquei admirado com muitas contrariedades que evidenciaste, menos admirado quando quem passa a informação para uma vida supostamente saudável alimentar é na realidade os mesmos que querem é que as pessoas consumam os alimentos que eles próprios promovem, esses os supostos alimentos ricos em hidratos de carbono. Por curiosidade, não tens nenhum texto sobre como engordar, para pessoas que são magras e por muito que comam, que o apetite é grande, nunca conseguem ultrapassar o aumento de peso em 2kg, pois o metabolismo dá cabo desses dois kg num instante. Espero que ninguém fique ofendido com o que perguntei, mas eu sou magro, 1,85cm, 60kg, demasiado até para a minha altura, quando tento fazer para comer mais, ou
  • 48. melhorar as minhas refeições, o máximo que consigo é 2kg de aumento de peso, mas o meu organismo rápido dá cabo deste aumento, devido ao stress, sou uma pessoa muito activa, desporto algum, das duas refeições principais uma delas algumas vezes é uma sopa e fruta, penso que estes factores influenciam em não conseguir aumentar de peso. Mais uma vez, peço desculpa pela pergunta, muita gente secalhar agora está-me a chamar “nomes” ou assim, mas há pessoas que são magras e não só quem quer diminuir o seu peso para estar melhor consigo mesmo tanto de saúde como em aparência, eu também gostava de poder fazer uma dieta em que consegui-se aos poucos aumentar o meu peso de maneira a também poder sentir-me melhor comigo mesmo e evitar mesmo os comentários que são sempre os mesmos, “estás tão magro, ainda apanhas uma doença”…. irrita! Pedro, obrigado mais uma vez pelo post, gostei de ler e até vou aproveitar para partilhar com uns amigos que tenho. Cumps. Functional Performance Training em 1 de Fevereiro de 2014 às 12:14 disse: Olá Pedro, Penso que este site pode ajudá-lo: http://www.scrawnytobrawny.com/. Um abraço. Francisco Lopes em 1 de Fevereiro de 2014 às 13:13 disse: A mensagem chegou! Parabéns Não me lembro de ter falado da água Que quantidade diária deveríamos ingerir para corrigir o resto das asneiras? Ou não é assim tão linear? Um abraço Functional Performance Training
  • 49. em 1 de Fevereiro de 2014 às 13:24 disse: Obrigado Francisco, realmente não falei na água neste post, mas falei aqui: https://pedrocorreiatraining.wordpress.com/2013/10/17/acha-que-bebe-agua- suficiente-para-mante-loa-jovem-e-saudavel/. Um abraço. Joana Mendes Cruz em 1 de Fevereiro de 2014 às 17:22 disse: Boa tarde Pedro. Antes de mais gostaria de lhe dar os parabéns pelos textos que escreve, os quais tenho acompanhado, embora nem sempre concorde (o que me parece também saudável). Sou nutricionista, professora de nutrição e formadora e gostaria de deixar a minha opinião acerca deste artigo. Parece-me que em contraponto às ideias impostas pela indústria alimentar, os defensores de algumas “doutrinas” alimentares como a paleo e outras, acabam por cair no mesmo fundamentalismo e na minha opinião o que nos tem tornado mais doentes são as ideias fundamentalistas. Quando refere que tudo o que escreve está assente em dados científicos também sabe bem como a ciência é feita e que seria fácil, igualmente com dados científicos, refutar tudo o que diz…Não podemos por um lado atacar as instituições que dizem apoiar-se nessa ciência e por outro defendermo-nos com ela (não sou avogada do diabo, porque em muitas pontos concordo consigo, mas discordo destes argumentos). Parece-me que verdades absolutas serão difíceis de encontrar, até porque parece, também, que não metabolizamos todos os nutrientes da mesma forma e o impacto dos nutrientes no metabolismo pode ser diferente consoante características metabólicas e genéticas especifícas. Sou uma defensora das “boas gorduras” e da ideia que de facto a alimentação não pode nem deve ser pobre em gordura, aliás temos culturalmente esse ideal com a “Dieta Mediterrânica” que tento preservar e ensinar. Concordo também que a visão médica de avaliar o risco de aterosclerose e DCV pelo colesterol total é completamente errada e até posso acrescentar que vejo semanalmente idosos a tomar estatinas, com valores de colesterol de 120-130 mg/dl de sangue (que o médico acha fantástico), o que pode potenciar o aparecimento ou desenvolvimento de demências e estados depressivos. Relativamente à frutose, estou de acordo, mas de facto o que diz parece um pouco contraditório, pois incentiva o consumo de fruta, que é rica em frutose. Frutose não, quando utilizada como adoçante de outros produtos, não poderia estar mais de acordo. Esteatose hepática não alcoólica na certa…mas a fruta também tem quantidades limitadas;)
  • 50. Para finalizar, que o texto já vai longo, relativamente ao ómega 6 e relação ómega 3 e ómega 6. Não são ambos anti-inflamatórios…são antagonistas, mas necessitamos de facto dos dois nas proporções que refere (porque também precisamos de inflamação…), contudo as fontes alimentares que refere embora estejam corretas, o homem está a ir buscar o ómega 6 à carne, devido à alimentação dos animais, por muito que isto que custe a aceitar:) Não sei se lida com muita gente diariamente, mas julgo que sim… Portugal é um país de pobres e remediados, o povo não tem dinheiro para comprar carne dos pastos e mesmo esta, atenção, a indústria é a indústria…um pouco de pasto, um pouco de farinha… É importante levantar estas questões, mas para mim é muito importante que se eduquem as pessoas a comer o que podem comer, o que têm disponível, com o menor prejuízo possível e antes de colocar todos os cereais no mesmo saco, ensinar a distinguir o trigo do joio e, principalmente, ensinar as pessoas a não comprarem produtos embalados, de grande durabilidade…acredite que melhoraríamos em muito as nossas taxas de obesidade e DCV. Parabéns e Obrigada! Joana PS.: Peço desculpa pela “provocação” mas, então o bacon tem ou não tem farinhas e/ou açúcares adicionados??? Neste artigo diz que sim, noutro post refere que é melhor comer 4 ovos (presumo que biológicos, mas livres de excrementos) e bacon no pequeno-almoço…não lhe parece que as charcutarias, principalmente as mais salgadas deveriam mesmo ser evitadas. Ora se os ovos já são riquíssimos em sódio, vamos juntar bacon cheio de cloreto de sódio??? Functional Performance Training em 1 de Fevereiro de 2014 às 20:07 disse: Olá Joana, Muito obrigado pelo apoio e pelas suas opiniões. Em resposta aos seus comentários, tenho a dizer o seguinte: 1) Eu não olho para a Dieta Paleo como uma “doutrina alimentar”, mas antes como um template que merece ser seguido com mais atenção. Aliás, apelidar de “Dieta Paleo” é uma abordagem demasiado reducionista, porque mais que uma dieta, este é um estilo de vida que contempla a adopção de novos hábitos com‐ portamentais no que diz respeito à alimentação, ao exercício físico, à exposição solar, aos padrões de sono, apelando a uma vida menos tóxica e mais ativa. A alimentação (que consiste na ingestão de alimentos frescos e não processados), é apenas uma parte da equação, portanto, se na sua opinião isto é fundamenta‐ lismo, lembro-lhe que isso é apenas a sua opinião.
  • 51. 2) No que diz respeito à ciência, é preciso entender que existe uma hierarquia re‐ ferente ao nível de evidência científica apresentada (http://www.cebm.net/? o=1025). Segundo aquilo que sei, a maior parte das recomendações nutricionais têm sido feitas com base em epidemiologia e este nível de evidência científica é relativamente fraco (correlação não é igual a causalidade) se compararamos com estudos de intervenção aleatórios. Portanto, é fundamental saber interpretar es‐ tes estudos à luz da hierarquia existente na investigação científica. 3) Verdades absolutas não existem, aí estou de acordo consigo, mas parece-me ser importante partirmos de uma premissa fundamental: ficarmos atentos à evi‐ dência científica. 4) Em relação à Dieta Mediterrânica, como é que essa pode ser ideal se o núme‐ ro de pessoas obesas e doentes não para de aumentar. Será que os culpados somos apenas nós que não seguimos as boas práticas alimentares? Eu acho (e tenho evidência que lhe posso facultar se estiver interessada) que o problema é mais profundo que isso, e faz-me muita confusão que se continue a recomendar a ingestão de pão, de cereais integrais e de lacticínios na dieta. Por exemplo, na sua mais recente conferência, na Gluten Summit, o Dr. Alessio Fasano (investiga‐ dor mundialmente reconhecido pela sua investigação pioneira na doença celíaca) afirmou que “nenhum humano é capaz de digerir glúten” e como tal “não são apenas os doentes celíacos que têm que ter cuidado com o glúten.” O Dr. Willi‐ am Davis (médico especialista em cardiologia preventiva), autor do livro “Sem Tri‐ go, Sem Barriga” disse: “se você quisesse infligir diabetes no mundo numa esca‐ la incrivelmente sem precedentes, bastaria dar às pessoas uma grande quantida‐ de de cereais integrais saudáveis” (o “saudáveis” é para ler com ironia). Em rela‐ ção ao leite e lacticínios, recomendo que veja este post: https://pedrocorreiatrai‐ ning.wordpress.com/2013/02/20/o-mito-do-leite-desfeito/. E acho que nem vale a pena falar nas recomendações referentes ao número limite de ovos por sema‐ na. 5) Relativamente à frutose e à fruta, esta questão também é complexa, depende se estamos a recomendar a fruta para alguém obeso, resistente à insulina, com diabetes ou para um indivíduo saudável e que pratica desporto com regularidade. Cada pessoa terá necessidades diferentes e aí será importante distinguir as fru‐ tas com maior ou menor teor em frutose ou mesmo eliminá-las durante um tem‐ po. 6) Gorduras Ómega 3 e Ómega 6. Eu não disse no texto que ambas são anti-in‐ flamatórias, na verdade, as ómega 3 são mais anti-inflamatórias e as ómega 6 são mais pró-inflamatórias – precisamos de ambas! O que é preciso é equilibrar o rácio e aí julgo que estamos de acordo. Também é verdade aquilo que diz em re‐ lação ao excesso de ómega 6 da carne e por isso é que no artigo destaco sem‐ pre a ingestão de carne alimentada em pasto. 7) É claro que nem todas as pessoas têm os recursos financeiros ideais para pôr
  • 52. em prática a alimentaçao ideal, mas julgo que ainda existe um longo caminho a percorrer no sentido de educá-las a fazer melhor escolhas no dia a dia, mesmo com alguns constrangimentos financeiros que todos nós sabemos que existem. 8) Finalmente, e para responder à sua “provocação”, é verdade que o bacon de supermercado tem muitos aditivos (açúcares e outros) que não interessam para nada, no entanto, se me perguntarem se é melhor comer torradas / cereais com leite ou bacon com ovos ao pequeno almoço, eu não tenho dúvidas em dizer que o último vai ser melhor em 100% dos casos. Se o sódio é uma preocupação, se calhar é melhor retirar a clara, já que 87% do sódio está na clara: http://www.‐ cholesterol-and-health.com/Egg_Yolk.html. Tenho a certeza que poderemos encontrar muitos pontos em comum (e que aqui não dá para falarmos de todos) no que concerne à Nutrição e agradeço mais uma vez a sua intervenção, isso significa que também está interessada em me‐ lhorar o estado das coisas. Cumprimentos. Nuno em 2 de Fevereiro de 2014 às 00:30 disse: Bastou-me o primeiro ponto para nem avançar mais… “Glucose also provides complete protection against all toxic effects of alloxan both in vivo and in vitro [2]. This universal protection is achieved through the prevention of glucokinase inhibition and the preservation of the antioxidative defence mechanisms of the beta cell” http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00125-007-0886-7/fulltext.html Aconselho-o também, quando dá estudos como referência, a ver qual foi a metodologia usada no estudo, hoje em dia apresentar um estudo como referência chega apenas para os menos criticos. Functional Performance Training em 2 de Fevereiro de 2014 às 11:59 disse: Olá Nuno, Realmente a evidência ainda parece ser fraca no que diz respeito à toxicidade da
  • 53. aloxana em humanos, devido ao alegado efeito protector da glucose. A minha preocupação aqui consiste em saber que quantidades de aloxana (nos alimentos) são necessárias para superar esse efeito protector da glucose nas células beta do pâncreas – se tiver informação nesse sentido agradeço que partilhe, estou sempre disponível para aprender. Mais três notas: i) Se teve oportunidade de ler este artigo Lenzen S, Panten U (1988) Alloxan: his‐ tory and mechanism of action. Diabetologia 31:337–342, na explicação do meca‐ nismo de ação da aloxana na célula pancreática, existe mesmo uma referência nesse sentido: “High alloxan concentrations can overcome the glucose protection of the pancreatic islets [60] and of the glucokinase against alloxan action (S. Len‐ zen, unpublished observation)”. Link: http://link.springer.com/arti‐ cle/10.1007%2FBF02341500. ii) Apesar deste estudo ser epidemiológico (e como tal carente de evidência cien‐ tífica forte) Mrozikiewicz A, Kiełczewska-Mrozikiewicz D, Lowicki Z, Chmara E, Korzeniowska K, Mrozikiewicz PM. Blood levels of alloxan in children with insulin- dependent diabetes mellitus. Acta Diabetol. 1994 Dec;31(4):236-7, os autores chegaram às seguintes conclusões: “The metabolism of alloxan leads to the pro‐ duction of free superoxide radicals which, as is well known, injure cells and cause conditions conducive to the occurrence of diseases from autoimmunity. The re‐ sults obtained suggest therefore that higher levels of alloxan in diabetic children are of significance in the onset of insulin-dependent diabetes mellitus.” Link: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7888696?dopt=Abstract. iii) Independentemente da aloxana ter um não um papel no desenvolvimento da diabetes, penso que concordará comigo que a farinha refinada e todos os ali‐ mentos que contenham farinha refinada, são alimentos de qualidade inferior (ca‐ lorias vazias) e indutores de uma resposta insulinémica e inflamatória não desejá‐ vel para quem quer ficar doente menos vezes. Obrigado pela partilha do estudo e pelo conselho. Cumprimentos. Nuno em 2 de Fevereiro de 2014 às 20:17 disse: Sim estou de acordo, quanto menos processada a comida, melhor. Cumprimentos.
  • 54. Manuela Alves em 2 de Fevereiro de 2014 às 00:35 disse: Olà Pedro, gostei muito do seu artigo. Uma pergunta: que dizer do grão-de-bico, feijao seco, ervilhas, favas?? Eu gosto muito, é preciso evitar? Tambèm gostaria saber se tem alguns colegas na França que poderia contactar no que diz respeito ao que pedir para anàlise do colesterol (porque minha mae mora na França e nao sei como se diz “teste de partículas, marcadores de inflamação, stress oxidativo e de disfunção auto-imune das artérias”. Obrigada Manuela Functional Performance Training em 2 de Fevereiro de 2014 às 12:26 disse: Olá Manuela, Obrigado pelo comentário. Na verdade essa situação depende da sua tolerância e historial clínico. Aquilo que lhe posso dizer é que essa classe de alimentos, as leguminosas, têm com‐ postos (lectinas) que inibem a absorção de vários nutrientes importantes e como tal a estratégia que pode adoptar para minimizar esses efeitos, é cozê-los duran‐ te bastante tempo. No que diz respeito à análise do colesterol, o teste que deve tentar fazer é este: Lipoprotein Particle Profile Testing (LPP). Infelizmente não conheço nenhum cole‐ ga em França que lhe possa ajudar nesse sentido mas vou tentar ver com os meus contactos, mande-me um e-mail a pedrocorreiatraining@gmail para ficar com o seu contacto. Cumprimentos.
  • 55. sachinha em 2 de Fevereiro de 2014 às 05:10 disse: Olá Pedro, parabéns pelo artigo. Gostava de deixar aqui um alerta para quem o siga ou venha a ler o post. Tenho 48 anos e há mais de 30 que sofria de enxaquecas. Nos últimos 10 ficaram mais fortes e frequentes, cerca de uma incapacitante a cada cinco a sete dias. Surgiam de repente e evoluíam rapidamente. Geralmente acordava com elas, aparentemente sem razão. Cheguei a ter enxaquecas de três dias seguidos que só passavam com comprimidos e dieta forçada (quase não conseguia comer nesses períodos). Como tento fazer uma alimentação saudável (variada de carne de aves, peixe, legumes e fruta, sem excessos ou comidas processadas nem álcool e quase sem açúcares ou leite e seus derivados) sem fundamentalismos, estava sem saber o que fazer. Já tinha afastado as razões hormonais ou de olhos (uso óculos) e, pensava eu, também as alérgicas, para as minhas enxaquecas. Para concluir o comentário, bem mais longo do que queria, em 16 de outubro de 2013, depois de tropeçar num artigo semelhante a este na net e de perceber que o glúten podia provocar enxaquecas, deixei de comer cereais. A mudança foi radical e extraordinária: NUNCA mais tive desde essa data as enxaquecas que tinha até então. Faço melhor as digestões. E se de vez em quando fico com a cabeça pesada sei perfeitamente que asneiras fiz, habitualmente comi alimentos com glúten que não pude evitar, num restaurante ou refeição, chocolate à noite ou outra parvoíce dessas. Sei que sou só um caso. Mas pode ser que ajude outros que tenham o mesmo problema. De notar que não me considero celíaca mas apenas intolerante à lactose e ao glúten. Desculpe o “testamento” já agora. Functional Performance Training em 2 de Fevereiro de 2014 às 12:31 disse: Obrigado pelo seu testemunho, a evidência científica é importante mas os casos reais das pessoas é que fazem a diferença. Ainda bem que está melhor! Cumprimentos. Liliana Ribeiro em 2 de Fevereiro de 2014 às 13:06 disse: Obrigado Pedro pela informação partilhada neste texto! Ajuda muito a esclarecer ou a