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Por que a CPMF é um problema
                para o Brasil?




                             1
A Carga Tributária
    Brasileira
  Muito pesada para um país
     que precisa crescer




                              2
A carga tributária brasileira vem apresentando crescimento

                 40%
                                                                                                                    3 5 ,2 %
                                                                                                         3 3 ,7 %
                                                                            3 2 ,4 % 3 2 ,0 % 3 2 ,6 %
                                                        3 0 ,7 % 3 1 ,3 %
                                             2 9 ,0 %
                 30%              2 7 ,8 %
                       2 6 ,9 %
      % do PIB




                 20%




                 10%




                 0%
                       1997       1998       1999       2000      2001      2002     2003      2004      2005       2006*

*Estimativa do Instituto brasileiro de planejamento tributário (IBPT)
Fonte: Secretaria da Receita Federal e IBGE. Elaboração: FIESP

                                                                                                                               3
Nossa carga tributária se equipara a média observada em países ricos




        Países
                                                                                                               38,8%
    Industrializados


     Países em
                                                                                         27,4%
  Desenvolvimento



         Brasil (2005)                                                                                33,7%


                           0%                   10%                  20%                   30%                 40%
                                                                       % do PIB

 Fonte: Government Finance Statistics Yearbook, 2005, Washington, IMF, Secretaria da Receita Federal e IBGE.
 Elaboração: FIESP

                                                                                                                       4
Carga Tributária de países Industrializados e Brasil



             EUA
           Japão
           Suíça
        Austrália
     N. Zelândia
           Brasil
        Espanha
         Canadá
        Portugal
    Reino Unido
        Holanda
         Iceland
       Alemanha
    Luxemburgo
            Itália
          Áustria
       Finlândia
        Noruega
          França
         Bélgica
      Dinamarca
          Suécia
                      0%            10%             20%           30%            40%      50%   60%
                                                        % do PIB
Fonte: Government Finance Statistics Yearbook, 2005, Washington, IMF. Elaboração: FIESP
                                                                                                      5
Carga Tributária de países em desenvolvimento


      Singapura
     El Salvador
             Peru
        Tailândia
             Chile
           Vietnã
          Bolívia
      Costa Rica
       Argentina
        Romênia
    África do Sul
         Lituânia
         Ucrânia
          Rússia
     Eslováquia
        Mongólia
           Brasil
         Bulgária
          Polônia
     Rep. Checa
            Israel
         Hungria
         Croácia
                     0%        5%       10%      15%       20%      25%      30%          35%   40%   45%
                                                      % do PIB

Fonte: Government Finance Statistics Yearbook, 2005, Washington, IMF. Elaboração: FIESP
                                                                                                            6
Evolução das Contas Públicas




                               7
Gastos públicos seguem mesma trajetória crescente da carga tributária


                      Governo Central (Governo Federal e BACEN)

                                                                                           18,8% 19,4%
                21%
                                                                  17,9% 17,4% 18,1%
                                                        17,2%
                                          16,5%
                              15,8% 16,4%
                18%
                      14,3%
                                                                                                   17,2%
                15%                                                                        16,2%
                                                        15,5% 15,7% 15,2% 15,4%
                              15,3%
                                      14,3% 14,8%
                      14,6%
                12%
     % do PIB




                9%

                6%
                                                                                    2,7%   2,6%
                                                                            2,3%                   2,2%
                                      2,1%                        2,2%
                                               1,7%      1,7%
                3%
                              0,5%
                0%
                      -0,3%
                -3%
                      1997    1998    1999     2000      2001     2002      2003    2004   2005    2006

                               Resultado Primário                Receita Líquida           Despesa

  Fonte: Secretaria da Receita Federal Receita Federal e IBGE. Elaboração: FIESP.
                                                                                                           8
• As despesas públicas crescem continuamente acima do
    crescimento do PIB, as receitas crescem em ritmo
    semelhante;


•    Necessidade de estabilização / redução dos gastos públicos
    com redução de impostos:
    – Durante algum tempo acreditou-se que a redução dos
      gastos públicos precederia a redução da carga tributária;
    – Hoje, torna-se claro que a redução da carga tributária é
      precedente e indutora da redução do gasto público;
    – É neste contexto que deve ser vista a eliminação da
      CPMF.

                                                                  9
Trabalho FIESP-IEDI aponta para potencial de redução de gastos da
          ordem de 5,5%PIB no prazo de 12 a 24 meses




• Redução dos juros: 2,7% do PIB

• Redução de cargos em comissão: 0,2% do PIB

• Previdência: até 0,8% do PIB

• Nova Gestão de Ativos: até 0,75% do PIB

• Outras despesas (Revisão de contratos e novo processo de
  compras) até 1,1% do PIB




                                                                    10
A Contribuição Provisória sobre a
    Movimentação Financeira




                                    11
Histórico




Out/96         Mar/99           Mai/02           Dez/03           2007




                                                             Proposta em
            Emenda           Emenda           Emenda
  Lei
                                                              discussão
                           Constitucional   Constitucional
 9.311    Constitucional
                                                                para a
                               n. 37            n. 42
              n. 21
Criação
                                                             prorrogação
                           Prorrogação da   Prorrogação da
da CPMF    Prorrogação                                       da CPMF por
                              CPMF até         CPMF até
           da CPMF até                                       mais 4 anos
                            dezembro de      dezembro de
          junho de 2002
                                2004             2007




                                                                           12
Arrecadação


                          Arrecadação                         Arrecadação       Alíquota da
       Ano
                          (R$ milhões)                         (% do PIB)         CPMF*
            1997                      6.909,00                         0,74%          0,20%
            1998                      8.118,00                         0,83%          0,20%
            1999                      7.956,00                         0,75%          0,24%
            2000                    14.545,00                          1,23%          0,34%
            2001                    17.197,00                          1,32%          0,36%
            2002                    20.368,00                          1,38%          0,38%
            2003                    23.047,19                          1,36%          0,38%
            2004                    26.432,32                          1,36%          0,38%
            2005                    29.230,37                          1,36%          0,38%
            2006                    32.090,26                          1,38%          0,38%
            2007                  35.000,00**                          1,4%**         0,38%
     TOTAL                         185.893,14
• Média do ano.
** Previsão www.xocpmf.com.br e FIESP.
Fonte: Secretaria da Receita Federal, IBGE e MCM. Elaboração: FIESP.
                                                                                              13
Críticas à CPMF




                  14
Críticas


Crítica 1

Apesar da CPMF ter sido criada em caráter provisório e
com destino certo para o Fundo Nacional de Saúde, hoje
já decorreram 11 anos desde a sua criação. O governo
deseja prorrogá-la por mais quatro anos. O caráter
provisório e o destino certo perderam-se no tempo.




                                                         15
Críticas


Crítica 2

Da experiência internacional, observa-se as alíquotas
de impostos parecidos com a CPMF foram fortemente
reduzidas, ou eliminadas, com o passar do tempo.

Atualmente subsistem no Brasil (0,38%), na Argentina
(1%) e na Colômbia (0,4%). No caso da Argentina, o
valor pago nesse imposto pode ser compensado no
pagamento de outro tributo.



                                                        16
Críticas


Crítica 3

Estudos indicam que a CPMF tem efeito direto sobre as
taxas de    juros. Esse efeito é importante pois eleva
essa taxa, o que desestimula o crescimento econômico
e reduz a base de contribuição e a arrecadação dos
demais tributos.
Além disso, esse efeito na taxa de juros aumenta as
despesas públicas, inibe o investimento (maior custo de
capital) e desestimula a expansão do crédito (efeitos
nocivos sobre a produtividade da economia).

                                                          17
Críticas


Crítica 4

A CPMF tem caráter regressivo (os mais pobres acabam
arcando proporcionalmente mais com esse tributo):
   a. Mesmo isento da CPMF no recebimento dos
   salários, o    trabalhador    arca   com   a     carga
   embutida no custo dos        produtos e serviços que
   consome;
   b. Como a carga é regressiva, quanto menor o
   rendimento,    maior o impacto da CPMF.


                                                            18
Incidência da CPMF por faixa de renda



                                      2,0
                                            1,80
 Participação % do Imposto na renda


                                      1,8           1,61
                                      1,6                   1,46    1,42    1,38    1,38
                                                                                            1,30
                                      1,4                                                           1,26    1,21    1,20
                                      1,2
               familiar




                                      1,0
                                      0,8
                                      0,6
                                      0,4
                                      0,2
                                      0,0
                                            até 2 de 2 a 4 de 4 a 5 de 5 a 6 de 6 a 8 de 8 a de 10 a de 15 a de 20 a mais
                                             SM     SM       SM       SM       SM     10 SM 15 SM 20 SM 30 SM de 30
                                                                                                                     SM
                                                                   Número de Salários Mínimos

Fonte: IBGE. Elaboração: FIESP.

                                                                                                                            19
Críticas


Crítica 5

É falsa a idéia de que a CPMF é justa por tributar o
setor informal da economia, pois o este tem mais
agilidade para evitá-la.




                                                       20
Críticas


Crítica 6

Os esforços da sociedade para evadir-se da CPMF
geram a chamado prejuízo de peso morto. Para a
alíquota atual, estima-se que esse prejuízo de peso
morto corresponde a uma perda de PIB da ordem de

R$ 8 bilhões ou 0,4%.




                                                      21
Críticas


Crítica 7

É falsa a idéia de que a CPMF seja o único instrumento

de fiscalização financeira de combate à sonegação.

Existem     outros   instrumentos   de   fiscalização   que

permitem fiscalização semelhante criados pela Lei

Complementar         105/2001   que      independem      do

pagamento da CPMF.



                                                              22

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Por que a CPMF é um problema para o crescimento brasileiro

  • 1. Por que a CPMF é um problema para o Brasil? 1
  • 2. A Carga Tributária Brasileira Muito pesada para um país que precisa crescer 2
  • 3. A carga tributária brasileira vem apresentando crescimento 40% 3 5 ,2 % 3 3 ,7 % 3 2 ,4 % 3 2 ,0 % 3 2 ,6 % 3 0 ,7 % 3 1 ,3 % 2 9 ,0 % 30% 2 7 ,8 % 2 6 ,9 % % do PIB 20% 10% 0% 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006* *Estimativa do Instituto brasileiro de planejamento tributário (IBPT) Fonte: Secretaria da Receita Federal e IBGE. Elaboração: FIESP 3
  • 4. Nossa carga tributária se equipara a média observada em países ricos Países 38,8% Industrializados Países em 27,4% Desenvolvimento Brasil (2005) 33,7% 0% 10% 20% 30% 40% % do PIB Fonte: Government Finance Statistics Yearbook, 2005, Washington, IMF, Secretaria da Receita Federal e IBGE. Elaboração: FIESP 4
  • 5. Carga Tributária de países Industrializados e Brasil EUA Japão Suíça Austrália N. Zelândia Brasil Espanha Canadá Portugal Reino Unido Holanda Iceland Alemanha Luxemburgo Itália Áustria Finlândia Noruega França Bélgica Dinamarca Suécia 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% % do PIB Fonte: Government Finance Statistics Yearbook, 2005, Washington, IMF. Elaboração: FIESP 5
  • 6. Carga Tributária de países em desenvolvimento Singapura El Salvador Peru Tailândia Chile Vietnã Bolívia Costa Rica Argentina Romênia África do Sul Lituânia Ucrânia Rússia Eslováquia Mongólia Brasil Bulgária Polônia Rep. Checa Israel Hungria Croácia 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% % do PIB Fonte: Government Finance Statistics Yearbook, 2005, Washington, IMF. Elaboração: FIESP 6
  • 8. Gastos públicos seguem mesma trajetória crescente da carga tributária Governo Central (Governo Federal e BACEN) 18,8% 19,4% 21% 17,9% 17,4% 18,1% 17,2% 16,5% 15,8% 16,4% 18% 14,3% 17,2% 15% 16,2% 15,5% 15,7% 15,2% 15,4% 15,3% 14,3% 14,8% 14,6% 12% % do PIB 9% 6% 2,7% 2,6% 2,3% 2,2% 2,1% 2,2% 1,7% 1,7% 3% 0,5% 0% -0,3% -3% 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Resultado Primário Receita Líquida Despesa Fonte: Secretaria da Receita Federal Receita Federal e IBGE. Elaboração: FIESP. 8
  • 9. • As despesas públicas crescem continuamente acima do crescimento do PIB, as receitas crescem em ritmo semelhante; • Necessidade de estabilização / redução dos gastos públicos com redução de impostos: – Durante algum tempo acreditou-se que a redução dos gastos públicos precederia a redução da carga tributária; – Hoje, torna-se claro que a redução da carga tributária é precedente e indutora da redução do gasto público; – É neste contexto que deve ser vista a eliminação da CPMF. 9
  • 10. Trabalho FIESP-IEDI aponta para potencial de redução de gastos da ordem de 5,5%PIB no prazo de 12 a 24 meses • Redução dos juros: 2,7% do PIB • Redução de cargos em comissão: 0,2% do PIB • Previdência: até 0,8% do PIB • Nova Gestão de Ativos: até 0,75% do PIB • Outras despesas (Revisão de contratos e novo processo de compras) até 1,1% do PIB 10
  • 11. A Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira 11
  • 12. Histórico Out/96 Mar/99 Mai/02 Dez/03 2007 Proposta em Emenda Emenda Emenda Lei discussão Constitucional Constitucional 9.311 Constitucional para a n. 37 n. 42 n. 21 Criação prorrogação Prorrogação da Prorrogação da da CPMF Prorrogação da CPMF por CPMF até CPMF até da CPMF até mais 4 anos dezembro de dezembro de junho de 2002 2004 2007 12
  • 13. Arrecadação Arrecadação Arrecadação Alíquota da Ano (R$ milhões) (% do PIB) CPMF* 1997 6.909,00 0,74% 0,20% 1998 8.118,00 0,83% 0,20% 1999 7.956,00 0,75% 0,24% 2000 14.545,00 1,23% 0,34% 2001 17.197,00 1,32% 0,36% 2002 20.368,00 1,38% 0,38% 2003 23.047,19 1,36% 0,38% 2004 26.432,32 1,36% 0,38% 2005 29.230,37 1,36% 0,38% 2006 32.090,26 1,38% 0,38% 2007 35.000,00** 1,4%** 0,38% TOTAL 185.893,14 • Média do ano. ** Previsão www.xocpmf.com.br e FIESP. Fonte: Secretaria da Receita Federal, IBGE e MCM. Elaboração: FIESP. 13
  • 15. Críticas Crítica 1 Apesar da CPMF ter sido criada em caráter provisório e com destino certo para o Fundo Nacional de Saúde, hoje já decorreram 11 anos desde a sua criação. O governo deseja prorrogá-la por mais quatro anos. O caráter provisório e o destino certo perderam-se no tempo. 15
  • 16. Críticas Crítica 2 Da experiência internacional, observa-se as alíquotas de impostos parecidos com a CPMF foram fortemente reduzidas, ou eliminadas, com o passar do tempo. Atualmente subsistem no Brasil (0,38%), na Argentina (1%) e na Colômbia (0,4%). No caso da Argentina, o valor pago nesse imposto pode ser compensado no pagamento de outro tributo. 16
  • 17. Críticas Crítica 3 Estudos indicam que a CPMF tem efeito direto sobre as taxas de juros. Esse efeito é importante pois eleva essa taxa, o que desestimula o crescimento econômico e reduz a base de contribuição e a arrecadação dos demais tributos. Além disso, esse efeito na taxa de juros aumenta as despesas públicas, inibe o investimento (maior custo de capital) e desestimula a expansão do crédito (efeitos nocivos sobre a produtividade da economia). 17
  • 18. Críticas Crítica 4 A CPMF tem caráter regressivo (os mais pobres acabam arcando proporcionalmente mais com esse tributo): a. Mesmo isento da CPMF no recebimento dos salários, o trabalhador arca com a carga embutida no custo dos produtos e serviços que consome; b. Como a carga é regressiva, quanto menor o rendimento, maior o impacto da CPMF. 18
  • 19. Incidência da CPMF por faixa de renda 2,0 1,80 Participação % do Imposto na renda 1,8 1,61 1,6 1,46 1,42 1,38 1,38 1,30 1,4 1,26 1,21 1,20 1,2 familiar 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 até 2 de 2 a 4 de 4 a 5 de 5 a 6 de 6 a 8 de 8 a de 10 a de 15 a de 20 a mais SM SM SM SM SM 10 SM 15 SM 20 SM 30 SM de 30 SM Número de Salários Mínimos Fonte: IBGE. Elaboração: FIESP. 19
  • 20. Críticas Crítica 5 É falsa a idéia de que a CPMF é justa por tributar o setor informal da economia, pois o este tem mais agilidade para evitá-la. 20
  • 21. Críticas Crítica 6 Os esforços da sociedade para evadir-se da CPMF geram a chamado prejuízo de peso morto. Para a alíquota atual, estima-se que esse prejuízo de peso morto corresponde a uma perda de PIB da ordem de R$ 8 bilhões ou 0,4%. 21
  • 22. Críticas Crítica 7 É falsa a idéia de que a CPMF seja o único instrumento de fiscalização financeira de combate à sonegação. Existem outros instrumentos de fiscalização que permitem fiscalização semelhante criados pela Lei Complementar 105/2001 que independem do pagamento da CPMF. 22