1. “
“ 15Stendhal - escritor francês
(1783 - 1842)
Metas basilares
A palavra foi dada
ao homem para
esconder seu
pensamento.
Helio Begliomini é
médico urologista e
Presidente da
SOBRAMES-SP
Helio Begliomini
OBandeirante
Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - SOBRAMES-SP
Ano XV
nº 172
MARÇO
2007Redação: sobrames@uol.com.br - (11) 9182-4815
“Por detrás das vitórias de Alexandre,
encontramos sempre Aristóteles.”
Charles André Joseph Marie de Gaulle
(1890-1970), general francês.
Ainda bem antes de ser estimulado
a formar uma chapa para concorrer à admi-
nistração dos destinos da queridíssima
Sobrames paulista – biênio 2007-2008 –, fui
convidado, por diversas vezes, a participar
de reuniões da diretoria, então vigente.
Apesar de ser um dos fundadores
dessa regional e de ter acompanhado, pres-
tigiado e mesmo participado da imensa
maioria de seus projetos, atividades e
realizações ao longo de seus 18 anos, sempre
há o fator surpresa quando se passa da
condição de meros espectadores para a de
protagonistas. Esses podem facul-
tativamente assistir, freqüentar, apoiar,
criticar, aplaudir, incentivar, desprestigiar
e até se omitir, enquanto estes são os
responsáveis pelo “fazer acontecer”, ou
seja, “tornar concreta” a virtualidade das
idéias e dos ideais; executar ações que
viabilizem a estrutura administrativa e a
logística da entidade, tarefa trabalhosa e
complexa, sobremodo numa entidade
paradoxalmente farta de seletos valores
humano-culturais, mas dotada de parcos
recursos econômicos.
Assim, após decidir formar uma
chapa e concorrer ao pleito em setembro
de 2006, achei por bem continuar fre-
qüentando as reuniões da diretoria, pois
muito tem sido feito na entidade e pela en-
tidade, nas sucessivas diretorias que se têm
revezado no poder.
A fim de “pegar o bonde andando”
(perdoem-me os jovens, pois, prova-
velmente nunca viram um bonde parado,
quanto mais andando!) estimulei a que todos
os componentes da atual diretoria, que
inclui quatro debutantes novéis na
administração da entidade, participassem
de reuniões mensais oficiosas. E assim
fizemos durante três meses subseqüentes
à nossa eleição, antes mesmo da posse.
Essas reuniões foram sobejamente
proveitosas e conseguimos delinear algumas
propostas basilares. Ei-las:
Manter todas as conquistas das
diretorias precedentes. Quando se analisa
os diversos projetos que a Sobrames – SP
tem rotineiramente feito, que foram
consistentes conquistas acumuladas em
diversas gestões, verifica-se o muito que
ela tem disponibilizado aos seus associados,
que podem até não dar o devido valor,
sobremodo quando se leva em consideração
que são poucas as pessoas que se oferecem
para empreendê-los ou colaborar em sua
logística. E como preito de reconhecimento
aos nossos precedentes, nós os home-
nageamos com o pensamento em epígrafe
de Charles de Gaulle.
Buscar um lugar para reuniões
da diretoria e espaço para uma sede.
Embora houvesse ofertas de residências,
assim como consultórios para realizar as
reuniões da atual diretoria, seus membros,
consensualmente, resolveram optar por um
lugar necessariamente não-vinculado ao
domicílio de nenhum deles. A entidade
recentemente completou 18 anos de
existência. Com sua maioridade, é hora de
tentar alçar vôos mais longos e torná-la
mais profissional e independente. Entre-
tanto, devemos reconhecer e agradecer
aos estimados confrades Flerts Nebó e
Madalena J.G.Musetti Nebó (in memoriam)
por terem gentilmente cedido suas
dependências para que a sociedade, desde
seu início, realizasse reuniões de diretoria,
assim como lançamentos de Coletâneas
bienais. Sem essa grandiosa colaboração,
talvez não tivéssemos chegado ao presente
da forma robusta e organizada como
chegamos.
Aumentar o número de sócios:
A Sobrames paulista dispõe de um cadastro
atual de cerca de 130 pessoas que
participam ou que já participaram da
entidade, apenas nos últimos anos.
Infelizmente, muitos acabam inscrevendo-
se apenas para receber um certificado.
Aproximadamente 1/3 daquele modesto
contingente costuma estar adimplente com
a tesouraria, apesar do valor módico da
anuidade. As maiores despesas são fixas e
despendidas com a feitura de O Bandei-
rante, correio, extras das Jornadas e com
a Antologia que é bienal, custeada
totalmente pela entidade. O Bandeirante e
a Antologia são impressos regularmente
com 250 a 300 unidades, tiragem essa que
proporciona melhor relação custo/
benefício passível de obter-se num orça-
mento gráfico. Assim, incrementar o
número de associados pagantes propor-
cionará aumento do orçamento e diluição
de gastos que não se pode mais reduzir.
Entretanto, mais do que se levar
em conta o aspecto financeiro, urge que o
quadro social aumente, a fim de que a
entidade seja oxigenada em idéias,
enxertada em participações, mas,
sobretudo, enriquecida com interessados
(as) em doar-se pela sociedade. Essa tarefa
deve, necessariamente, ser empreendida
por todos, diretoria e associados.
Comunicação. A comunicação é
fundamental para aumentar o número de
sócios e crescer. Além das ações já
realizadas, a diretoria resolveu enviar O
Bandeirante, seu órgão oficial informativo-
literário, através da mídia eletrônica, assim
como estudar a viabilidade de ter uma
página própria na Internet e, através dela,
oferecer outros serviços gratuitos aos seus
associados adimplentes.
As tarefas são grandes e desafia-
doras. A diretoria está muito animada e em-
penhada. Resta saber o que os associados,
cada qual a seu modo e disponibilidade,
podem igualmente fazer pela nossa querida
Sobrames – SP. DetalhedaGaleriaLeste:colunaseentablamentosegundoordemcoríntia
MuseudoIpiranga-SP
2. Jornal O Bandeirante
ANO XV - nº. 172 - Março 2007
Publicação mensal da SOBRAMES-SP -
Sociedade Brasileira de Médicos
Escritores - Regional do Estado de São Paulo
Sede: Rua Alves Guimarães, 251 -
CEP 05410-000 - Pinheiros - São Paulo - SP
Telefax (11) 3062-9887 / 3062-3604
Editores: Flerts Nebó, Marcos Gimenes
Salun.
Redatores: Helio Begliomini, Marcos
Gimenes Salun, Flerts Nebó.
Revisão: Ligia Terezinha Pezzuto
(MTb 17.671 - SP).
Jornalista Responsável: Marcos Gimenes
Salun - (MTb 20.405 - SP).
Redação e Correspondência: Av.Prof.
Sylla Mattos, 652 - apto. 12 - Jardim Santa
Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010.
E-mail: sobrames@uol.com.br.
Tels.: (11) 9182-4815 / 6331-1351
Colaboradores desta edição: Ricardo Luiz
Ribeiro, Marcos Roberto dos Santos
Ramasco, Josyanne Rita de Arruda Franco,
Karin Schmidt Rodrigues Massaro, Mélida
Velasco Cassanello, Manlio Mario Marco
Napoli, Evanir da Silva Carvalho, Aida Lucia
Pullin Dal Sasso Begliomini, Marcos Gimenes
Salun.
Diretoria - Gestão 2007/2008 - Presidente:
Helio Begliomini; Vice-presidente:
Josyanne Rita de Arruda Franco; Primeiro-
secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã;
Segundo-secretário: Evanir da Silva
Carvalho; Primeiro-tesoureiro: Marcos
Gimenes Salun; Segundo-tesoureiro: Ligia
Terezinha Pezzuto; Conselho Fiscal
Efetivos: Flerts Nebó, Arary da Cruz Tiriba,
Luiz Jorge Ferreira; Conselho Fiscal
Suplentes: Carlos Augusto Ferreira
Galvão; Geováh Paulo da Cruz; Helmut
Adolph Mataré.
Projeto Gráfico e Diagramação:
Rumo Editorial Produções e Edições
Ltda. CNPJ.07.268.251/0001-09
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Matérias assinadas são de responsabilidade de seus
autores e não representam, necessariamente, a opinião
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PODERÃO SER MUITO MELHORES SE VOCÊ TAMBÉM
PARTICIPAR. OS ACONTECIMENTOS PODEM ESTAR
DEPENDENDO DE UMA AÇÃO POSITIVA SUA.
Tiragem desta edição: 250 exemplares (papel)
mais de 1.000 exemplares enviados por e-mail.
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O BANDEIRANTE - março de 2007
2
expediente
editorial
ESPAÇO RESERVADO
PARA O SEU ANÚNCIO:
Informações:
sobrames@uol.com.br
corrigindo - Apesar de já ter seu nome
no expediente deste jornal desde a edição
de janeiro/2007, como era projeto da nova
diretoria da SOBRAMES-SP, a nossa
confreira, jornalista Ligia Terezinha
Pezzuto, passa oficialmente a exercer a
função de revisora a partir desta edição.
Com certeza teremos, a partir de agora,
um cuidado todo especial com a correção
dos textos de nosso jornal, o que é de
fundamental importância para uma
associação de escritores.
SOBRAMES-SP no IHGGS - Após ser
eleito por unanimidade dos votos, Helio
Begliomini tomou posse no dia 4 de março,
como membro efetivo do Instituto
Histórico, Geográfico e Genealógico de
Sorocaba – IHGGS, por ocasião das
comemorações do 53o
aniversário dessa
instituição.O IHGGS é uma entidade cultural
muito ativa do interior paulista. Congrega
intelectuais das mais diversas áreas de
atuação profissional que se destacam no
fomento, no estudo, na preservação e na
contribuição à cultura e à história.Seguindo
a tradição do sodalício, o recipiendário,
Um editorial corresponde, de
modo geral, a uma espécie de
“resumo” das notícias, dos assuntos
que uma revista ou outro tipo de
publicação abordam ou das rea-
lizações de uma sociedade, e que vão
publicadas como se fosse uma “avant-
première”. Muitas vezes são simples
idéias ou pensamentos sobre algo
que se pretende executar. Fala-se de
projetos, de uma linha condutora, de
trabalho realizado ou por realizar.
Fala-se de sonhos, de conquistas ou
de frustrações. Em certas ocasiões,
essa abordagem fica apenas na fase
das idealizações, pois nem tudo o que
se projeta é possível realizar.
Relendo antigos editoriais é
possível reviver momentos e recordar
sob que condições as idéias e
inspirações das diferentes diretorias
que já comandaram a SOBRAMES de
São Paulo aconteceram. É possível,
nessa revisão, ver o quanto do que
se idealizou já foi feito e quanto
ainda há a se fazer.
Nessa trajetória da exis-
tência da sociedade, que na minha
opinião sempre é possível vislumbrar
através da leitura, não só dos
editoriais, como do conteúdo das
mais de 170 edições do Jornal “O
Bandeirante” é muito importante
notar a participação de todos os que
vêm construindo nossa regional.
A participação efetiva, com
trabalho dedicado, voluntário e
desinteressado dos membros da
SOBRAMES-SP é o que tem feito essa
regional estar em constante trans-
formação e crescimento. O dile-
tantismo de nossos escritores e o seu
compromisso com os objetivos da
SOBRAMES são o fator primordial da
continuidade que se verifica.
Flerts Nebó
rapidinhas
Helio Begliomini, escolheu para Patrono a
figura ínclita de seu ex-professor, o doutor
Carlos da Silva Lacaz, sobre quem fez sua
oração, enaltecendo sua vida e sua obra.
Foi saudado pela 1a
oradora, a jornalista
Ângela Maria Sisternas Fiorenzo.
Autoridades civis e militares; parentes,
amigos, colegas de profissão e de
especialidade; membros da Academia
Cristã de Letras e de outras entidades
congêneres prestigiaram o evento.
ampliando o alcance - Em virtude
dos altos custos de produção e dos poucos
recursos obtidos com inserção publicitária,
a tiragem de nossas edições em papel é
pequena. A alternativa para fazer nosso
jornal atingir um público maior está sendo
a sua remessa através de mala-direta
virtual, experiência que vem sendo relizada
a partir da edição de janeiro. Já são perto
de 1.000 destinatários virtuais no Brasil e
no exterior. Esse número vem crescendo
com o pedido de novas inclusões e com a
retransmissão que muitos destinatários
fazem, o que amplia consideravelmente o
público atingido. Para receber, inscreva-
se pelo e-mail SOBRAMES@UOL.COM.BR
3. S
P
O BANDEIRANTE - março de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO
3
Marcos Roberto dos Santos Ramasco
Médico oftalmologista - Campinas - SP
água
frescafrescafrescafrescafresca
Praia, campo e montanha,
Muito mais graça a vida ganha
Quando quem sonha, realiza:
Sombra, água fresca e muita brisa.
A natureza explode em nossos olhos,
Vê-se só beleza, nunca os abrolhos,
Relega-se o tal dever e o fazer,
Releva-se a delícia e o lazer.
Suporta-se tudo com todo dispor,
Intenso calor oferece frescor,
Arrepio de frio torna-se belo,
Desconforto no campo: bato o martelo.
Tempos brandos que a alma fita,
Descanso preciso que o corpo dita,
Crédito somado por conquista,
Apronta as malas e pega a pista.
Tanta aventura tange a memória,
Sorve-se o tempo em própria glória,
Vive-se o dobro, vence-se o tédio,
Pros dissabores é o melhor remédio.
Volta-se exausto, porém renovado,
Leve, evanescente e o ego aprovado.
Tão saudosas quão saudáveis,
Nossas férias sempre contáveis.
São tantos as poetas homens,
que cantam aos ventos esta magnífica
arte.
Porém poucos se detêm para
entender suas próprias almas. E
menos ainda gastar tinta para
descrevê-Ias. Não os censuro, talvez
não valha mesmo a pena. Somos nós,
homens, mestres no ocultar-se!
Conhecemos cada folha da flo-
resta, cada pedra. Entrincheiramo-
nos na curva dos caminhos, aguar-
dando a próxima presa. E de um só
golpe a matamos certeiros e com
surpresa.
Mimetizamos até nosso cora-
ção, ao confundi-Io com a cor deste
sangue que nos alimenta.
Somos pêndulos de um relógio,
oscilando da guerra à compaixão em
um segundo. Somos barcos perdidos
no imenso mar, cavalgando as cristas
e naufragando nas ondas da solidão.
Somos de olhar fixo na linha reta e
perdemos as entrelinhas, ou nestas
nos perdemos.
Temos mãos rudes e ao mesmo
tempo amplas e calmas. Temos mãos
fortes para segurar as mesmas mãos
que teimam ofertar. Temos a carne
dura, mas concedemos nos encantar.
Quando a decisão mostra-se
difícil, trancamo-nos nas cavernas.
Como se ao ter um problema fôssemos
a vergonha do mundo. Afiamos a
lâmina das nossas espadas e saímos
prestos, desafiando céus e terras,com
a equação já plenamente resolvida pela
razão ... e tropeçamos no primeiro
toco da emoção.
Relendo agora o que já escrevi,
nesta folha que se apresentou tão alva
e aberta para mim, tão pura e tão
afeita à poesia. Vejo que só consegui
cobri-la de garranchos e borrões. Não
despertei paixões, ao contrário, com
esse palavrório: anestesiei-as.
São tantos os poetas homens
que cantam aos ventos esta
magnífica arte, como que der-
ramando pelo ar vidros de um raro
perfume, tentando nestes encerrar
suas almas confusas. Mas esconder-
se em vidros e expor-se nas
vitrines.
Nós homens: talvez não
valhamos a pena que se prestem a
escrever-nos. Talvez.
Ricardo Luis Ribeiro
Médico pediatra - São Paulo - SP
dualidade
masculinaulinaulinaulinaulina
4. M T
T
4O BANDEIRANTE - março de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO
indecifrável
misterio
Tome uma mulher para si, mas tenha cuidado:
A tarefa é laboriosa, o caminho é árduo...
e se já estiver enredado em sua teia,
é marujo seduzido pelo canto da sereia.
Tome uma mulher, conquiste-a,
mas num trabalho permanente e sem equívocos
pois o sorriso da mulher, se abre portas,
pode também minguar à toa, sem um motivo.
Tome para si uma mulher, mas não esqueça
que de paixão vive cercada e é como um vício:
a natureza Ihe permitiu amores múltiplos
dentro do ventre, por sobre o ventre, correndo riscos.
Ame uma mulher com sede imensa ...
inesgotável manancial será servido.
Porém, prudente é se lembrar que o amor da fêmea
é complicado, é passional, é bem difícil.
Pois ser mulher é desafio todos os dias
é ser diversa na cama e mesa, nos compromissos.
É ser ardente e ser suave, até travessa
tendo nos olhos alguns segredos e artifícios.
Trazer na boca batom vermelho e alma pura,
no leve toque muito desejo e alguma cura.
Ser jovial quando a idade, correndo, avança;
ser natural quando se é quase criança.
Não decidir - e as horas passam e o tempo voa -
se vai sair com tal vestido e com que bolsa.
Chorar baixinho, sorrir bem alto, cheia de viço;
contar histórias, cantar cantigas, crer no destino.
Tome uma mulher, conquiste-a,
mas não se iluda e nunca esqueça
de ser sagaz e muito esperto,
é de bom tom sabê-Ia perto,
mas não a considere presa.
Por mais leal que ela seja,
por tanto amor que ainda exista,
a mulher é um mistério da natureza.
Para saber tal realeza,
vale um conselho: conquiste-a.
Josyanne Rita de Arruda Franco
Médica pediatra - Jundiaí - SP
Meu desgosto tem sede.
Há de ser saciado(eu creio).
Não faço discursos à noite,
Prefiro à noite, desabrochar.
Conheço o gosto do escuro
e amenizo o ardor dessa vida,
em um interminável banho.
Minha sede tem um rosto
que você olha no espelho.
Meu medo tem um gosto
que a ninguém aconselho.
sentido
Karin Schmidt Rodrigues Massaro
Médica hematologista - São Paulo - SP
amor
de
primavera
Teu alento é o alento das flores
teu olhar profundo, o esplendor do dia
tua voz, o soneto da harmonia
e tua cor é a cor da rosa.
Teu amor cheio de vida e esperança.
Esperança de amor e ilusões.
Amor que cresce dentro de mim,
como crescem as flores na primavera.
Mélida Velasco Cassanello
Médica cardiologista - São Paulo - SP
5. NNNNN
5O BANDEIRANTE - março de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO
Nossa turma da faculdade
se diplomara em dezembro de
1946. Cada colega escolhera uma
especialidade; a maioria seguiu
a clínica, outros ainda, em
grande número, para a cirurgia;
em menor número, as áreas
escolhidas foram a pediatria, a
ortopedia, a otorrinolaringologia
e somente dois - Aparício e
Cristóvão - a radiologia.
A residência médica era
para todos nós atividade
absolutamente nova e com
características totalmente
diversas do curso de graduação.
Afinal iríamos desempenhar
papel de grande relevância no
atendimento de casos graves em
regime de urgência. Nosso
contato maior era com os
assistentes do pronto-socorro.
Raramente se fazia com os
professores catedráticos da
época.
Entre os professores mais
exigentes e de difícil rela-
cionamento, o professor Vas-
concellos era o mais temido.
Numa determinada tarde
do terceiro mês da residência no
primeiro ano, Aparício recebe a
visita inesperada desse Mestre,
que se fazia acompanhar por um
paciente. Carregando uma longa
seringa já com seu conteúdo, que
Aparício soube de imediato que
era uma solução quase saturada
de iodo, o Professor solicitou com
seu estilo imperativo, de voz
alta: “Doutorrr! Preciso com
máxima urgência fazer uma
aortografia deste paciente!”
Antes que Aparício se
refizesse do susto pela
inesperada aparição do Mestre,
Vasconcellos posicionou o
paciente sobre a mesa do
aparelho radiográfico e ditou:
“vou injetar rapidamente este
contraste e contar até três;
neste momento, o senhor
dispara a máquina”. Ainda mal
refeito, Aparício fez os cálculos
de quantos quilovolts-ampère e
tempo de exposição para
atender, da melhor maneira
possível, ao solicitado.
Um, dois, três - maquinal-
mente, e disparou. Passado o
filme para a câmara escura,
feita a revelação e a secagem
da chapa, Aparício leva-a à
presença do Professor.
uma
aortografia
Manlio Mario Marco Napoli
Médico ortopedista - São Paulo - SP
Colocando-a à frente de um
megatoscópio, o Mestre constata
que o coração não aparecia
contrastado no filme, como era
seu desejo e, em voz mais alta,
tonitroante, sentenciou: “DESTA
VEZ, ERRAMOS!” Imediatamente
Aparício, quase com o mesmo
tom de voz e, como quando
estava nervoso era levemente
dislálico - “ERRAMOS NÃO,
Professor, o XIS passou.”
Todos os que estavam à
volta, já nesta altura dos fatos,
eram mais ou menos muitos,
assustaram-se e, aguardando
que algo sucedesse ao neo-
residente, afastaram-se.
Porém, inesperadamente,
nada mais aconteceu e o Mestre,
sem nada recrutar, afastou-se,
levando seu paciente. Alguns
anos depois, Aparício, já tendo
despontado como um dos maiores
radiologistas do aparelho
pulmonar e, estando entre nós,
explicou-nos por que a
aortografia, segundo os ditames
de Vasconcellos, jamais poderia
ter saído, pois a velocidade do
sangue é praticamente a
máxima nesse nível, e o
contraste, naquela altura, após
três segundos, provavelmente já
teria passado pelo fígado e sido
excretada pelo rim.
Minha fé tornou mais longa a minha trilha,
Não uma empreitada que se mede em milha,
e sim com a esperança estampada
em um sorriso que brilha
Em meio às lágrimas após um parto demorado
E não importa se filho ou filha,
É a vida, é a fé,
É a família.
fé
Evanir da Silva Carvalho
Médico reumatologista - São Paulo - SP
6. N
S
6 O BANDEIRANTE - março de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO
Não adianta apenas fechar os
olhos se não formos surdos. Os gritos
da tragédia formarão imagens muito
mais aterradoras. E ainda que cegos e
surdos, outros sentidos captarão a
catástrofe. O ser humano caminha pelo
perigoso arame suspenso sobre o vale
abissal da ignorância, da pobreza
espiritual e da miséria absoluta. Não há
mais limites nem parâmetros.Arealidade
é um show de horrores. A decadência
da espécie parece inevitável e o caos
se alastra com sofreguidão e se instala
com audácia. Cada vez mais acuada e
temerosa, a sociedade se retrai e se
aquartela em trincheiras cada vez mais
inseguras.
Há um grito parado no ar. Há
medo e sofrimento. Há revolta. Há pavor.
É preciso puxar as rédeas do tempo e
refrear esse turbilhão avassalador. É
São Paulo acordou um pouco
mais triste. O dia está nublado, escuro
e frio. O acidente na construção do
metrô próximo à marginal Pinheiros é a
causa dessa tristeza. No fim da semana
passada, a cidade foi surpreendida por
um desastre colossal comparado a uma
gigantesca implosão que se interiorizou
terra adentro, arrastando de forma
voraz dentro de seu buraco negro
carros, caminhões, concreto,
construções, diversos materiais e
gente.
Pessoas comuns que estavam
realizando suas atividades rotineiras,
com suas histórias de vida, seus
sofrimentos, suas alegrias, suas
ambições, seus sonhos e principalmente
suas famílias. Gente como nós com a
única diferença de que vira-
ram manchete por estarem na hora e
no lugar errado quando a tragédia
ocorreu.
A senhora aposentada
caminhava pensando no horário de sua
consulta médica, pois não gostava de
se atrasar nos compromissos
agendados. Repentinamente pisou em
falso, faltou-lhe a calçada, a rua, tentou
desesperadamente se agarrar a algo,
gritou, porém, numa fração de
segundos, tudo foi tragado para dentro
da terra de forma definitiva.
A advogada acabara de sair
do trabalho e conseguira por sorte um
lugar na van , que já estava de saída e
a levaria ao trem lotado que dia-
riamente a transportava até
Carapicuíba. Seu pensamento estava
voltado para a sua outra jornada de
trabalho que se iniciaria assim que
colocasse os pés em casa, no preparo
do jantar para os três filhos, mas
principalmente pela ansiedade em
prestar, pela primeira vez, o exame da
OAB que tanto almejava passar. Não deu
tempo, o lotação freou bruscamente,
derrapou, bateu as laterais vio-
lentamente e desceu freneticamente
tal qual um trem de montanha russa
desgovernado, carregando consigo os
trilhos e tudo o que o sustentava. No
baque final, tudo se apagou para
sempre.
O motorista do caminhão
conversava animadamente com seu
irmão quando escutou um tremendo
estouro. Sem atinar de imediato para a
dimensão da tragédia que se iniciava
voltou-se, correndo na direção do
caminhão, pois se lembrou de que os
seus documentos , dinheiro e alguns
carnês de pagamento estavam lá e
necessitava deles para voltar para
casa. A escuridão, o espanto e o terror
tomaram conta dele quando percebeu
que não teria volta e foi engolido junto
com o caminhão para dentro da terra.
O jovem cobrador de ônibus
estava pensando em quanto a sua vida
iria mudar com a chegada do bebê, seu
filho que em um mês estaria nascendo.
Teria que se virar com algum bico para
poder ganhar um dinheiro a mais para
sustentar a família que estaria
aumentando. O solavanco da van, os
gritos de terror do motorista e das
demais pessoas o arrancou de seus
devaneios e o atirou a uma profundeza
nunca imaginada. Algumas outras
pessoas ainda não identificadas e que
desapareceram... Soterradas vivas...
Cada dia, mais tenho a firme
convicção de que nada mais que um
fio nos conecta ao mundo em que
vivemos. A qualquer momento ele pode
se romper.
A vida nos foi dada num
momento de intenso amor e fomos
escolhidos por alguma razão, porém,
num dia sem aviso, ser-nos-á tirada. De
que forma? Quando? Onde? Não
sabemos. A única certeza é que
ocorrerá de forma inesperada e
definitiva.
a vida
por
um fio
Aida Lucia P.Dal Sasso Begliomini
Engenheira - São Paulo - SP
imperioso reagir com urgência à miséria
que parece ser a causa de tudo e dizer
não à falta de atitude de governantes
corruptos, incompetentes e omissos
que a tudo assistem com complacência.
É impreterível não fomentar a
mediocridade de big brothers. É
premente deixar de alimentar os
usurpadores de chapa branca. É
absolutamente essencial lutar para
acabar com todas as carências que se
avolumam sobre nossas cabeças. É
fundamental começar a educar. É
indispensável começar a punir exemplar
e adequadamente. É indeclinável
estancar a hipocrisia. E é imprescindível
nos precavermos com afinco e zelo, pois
ainda assim não teremos certeza de
poder evitar que a cada dia, a cada
minuto, estejamos sujeitos a que nos
arranquem de nossos frágeis e
silenciosos esconderijos e arrastem
nossas cabeças pelos campos.
pequena alegoria sobre a miséria dos
homensMarcos Gimenes Salun
Jornalista - São Paulo - SP
7. 7
O BANDEIRANTE - março de 2007
estante
Resmungos e
Gracejos - Paulo
Rodarte de Abreu -
edição do autor -
2006 - Lavras - MG
Este é o quarto livro do urologista
mineiro Paulo Rodarte de Abreu, que
continua dando vida às “meninas de
seus olhos” como gosta de chamar
suas crônicas. Desde que começou a
escrever, o autor dedicou-se a esse
gênero e já contabiliza mais de 3.000
textos, todos com sua marca
registrada, que é a simplicidade e a
clareza com que transmite sua visão
dos fatos corriqueiros (ou não) do
dia-a-dia. Para saber mais sobre o
autor e conhecer toda a sua obra,
visite o site www.paulorodarte.com
onde “Resmungos e Gracejos” poderá
ser adquirido por R$ 25,00.
Esta seção tem como objetivo divulgar e promover a venda dos livros dos associados adimplentes. Para participar, os autores
interessados devem enviar as seguintes informações sobre os livros que pretendam divulgar: Título, Editora, Ano e Cidade da
Publicação, Nº. de Páginas, Preço, Forma de contato e aquisição e um arquivo magnético, contendo a foto da capa do livro (extensão
JPG). São dispensadas essas informações caso o livro já esteja disponível no acervo da SOBRAMES-SP. Opcionalmente o autor poderá
também enviar o livro, ainda que por empréstimo, para a redação do jornal. O envio do material, assim como de notícias, publicações ou
informações sobre lançamentos de livros deve ser feito para: Jornal “O Bandeirante” - Redação: Av. Prof.Sylla Mattos, 652 - apto.12
Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 - Também serão recebidas as informações pelo e-mail: SOBRAMES@UOL.COM.BR.
A Terra de Tupã -
Carlos Augusto
Ferreira Galvão -
Expressão & Arte
Editora - 2003 - São
Paulo - SP
Um romance histórico de tirar o
fôlego. Tendo por pano de fundo a
Cabanagem, um dos movimentos
populares mais violentos e esquecidos
do Brasil, a trama se desenrola em
meio aos encantos da selva, tendo
por cenário uma das mais belas
páginas de saga e heroísmo do povo
brasileiro, chegando a um final
inesperado e surpreendente por seu
significado histórico. Nas 248 páginas
da obra, o médico paraense radicado
em São Paulo há mais de vinte anos
declara seu amor à sua terra. À venda
por R$ 25,00 no site da editora:
www.expressaoearteeditora.com.br
Referenciais para o
Trilênio - Geováh
Paulo da Cruz -
Atalanta Editora -
1998 - São Paulo -
SP
Geováh é médico oftalmologista e tem
especial maestria com a palavra.
Neste volume de temática muito
ampla, ele aborda questões práticas e
alguns temas de natureza filosófico-
espirituais. O autor tem como
objetivo dar referenciais de conduta,
pensamentos e atitudes para o ser
humano do terceiro milênio. Com
seriedade, mas sem deixar de dar
algumas pinceladas de humor, Geováh
faz da obra um volume imperdível.
Para aquisições e maiores detalhes,
entre em contato com o autor,
escrevendo para Rua Abrão Caixe, 976
Ap.22 - CEP 14020-630 - Ribeirão Preto
SP.
Um dos muitos compromissos da
atual gestão da diretoria é dar
continuidade à realização dos
eventos já consagradamente bem-
sucedidos da regional.
Dentre eles, os concursos de prosa
e poesia têm especial destaque. Já
estão acontecendo a 10ª. edição do
“Prêmio Bernardo de Oliveira
Martins” para a melhor poesia do
ano e a 8ª. edição do “Prêmio
Flerts Nebó” para a melhor prosa
do ano. A inscrição para os dois
concursos dá-se pela apresentação
de textos nas Pizzas Literárias
realizadas mensalmente. Para
concorrer, os autores precisam
entregar uma cópia do trabalho
apresentado nessas reuniões aos
organizadores. Em paralelo, são
realizados trimestralmente os
desafios denominados de
SUPERPIZZA, onde os autores
concorrem com textos escritos a
partir de um tema sugerido.
Participe!
concursosanuidade 2007
Não deixe de con-
tribuir com a SOBRAMES-SP,
efetuando o pagamento da
anuidade de 2007. O
valor é de R$ 120,00 para
aqueles que o fizerem até
31.03.2007. Após essa data,
o valor será de R$ 150,00.
Única fonte de arrecadação da
entidade, esse valor destina-se a cobrir
as despesas com materiais de expe-
diente, produção e postagem do jornal
“O Bandeirante”, remessa de corres-
pondência da entidade e encargos
legais, dentre outros gastos.
O pagamento poderá ser feito
mediante o envio de cheque cruzado
e NOMINAL à SOBRAMES-SP, para o
endereço do atual tesoureiro:
Marcos Gimenes Salun
Av.Prof.Sylla Mattos, 652 - apto.12
Jardim Sta.Cruz - São Paulo - SP
CEP 04182-010
Opcionalmente, a anuidade
também poderá ser paga durante as
Pizzas Literárias. Colabore, pois sua
contribuição é de fundamental
importância para que possamos
continuar realizando nossas atividades.
Além disso, somente os
associados que estiverem em
dia com a tesouraria da
SOBRAMES-SP poderão par-
ticipar de atividades como
Jornadas, divulgação de
trabalhos em Antologias e
Coletâneas, além de publi-
cação de textos no Suplemento Lite-
rário deste jornal.
Até o fechamento desta edição,
já haviam pago a anuidade: Aida Lúcia
Pullin Dal Sasso Begliomini, Antonio
Roberto Aniche, Arary da Cruz Tiriba,
Carlos Augusto Ferreira Galvão, Evanil
Pires de Campos, Geováh Paulo da Cruz,
Helio Beliomini, Helmut Adolph Mataré,
Jacira da Costa Funfas, José Jucovsky,
José Rodrigues Louzã, Josyanne Rita de
Arruda Franco, Karin Schmidt Rodrigues
Massaro, Ligia T. Pezzuto, Luiz Cocozza
Sobrinho, Manlio Mario Marco Napoli,
Marcos Gimenes Salun, Marcos Roberto
dos Santos Ramasco, Maria da Glória
Civile, Maria do Céu Coutinho Louzã,
Paulo Expedito Rodarte de Abreu,
Ricardo Luiz Ribeiro, Rodolpho Civile,
Sérgio Perazzo, Sonia Andruskevicius de
Castro e Thereza Freire Vieira.
8. agenda 2007
Quase tudo pronto em Jundiaí
A participação em todas as atividades
programadas pela SOBRAMES para
2007 é muito importante. Em breve,
estaremos anunciando novidades.
Veja, a seguir, o que está previsto
para os próximos três meses.
MARÇO
01 - Reunião de diretoria
15 - 200ª. Pizza Literária (premiação
do 17º. Desafio da Superpizza)
ABRIL
05 - Reunião de diretoria
19 - 201ª. Pizza Literária (divulgação
do tema do 18º. Desafio da Super-
pizza)
Abertura de inscrições para a IX
Jornada Médico-Literária Paulista
(Jundiaí - 27 a 30 de setembro)
MAIO
03 - Reunião de diretoria
17 - 202ª. Pizza Literária (divulgação
do tema do 19º. Desafio da Super-
pizza)
As Pizzas Literárias e as reuniões de
diretoria são realizadas na Rua Oscar
Freire, 1597 - Pizzaria Bonde Paulista -
a partir de 19h30 e são abertas a
todos os interessados.
8O BANDEIRANTE - março de 2007
jornada
novidades
Na edição de
abril, estaremos divul-
gando uma novidade
que certamente vai
agradar a todos, espe-
cialmente àqueles que participam
assiduamente das atividades da
SOBRAMES.
Nessa novidade, tudo estará
sendo considerado, desde a presença
nas Pizzas Literárias, Jornadas,
Congressos e outros encontros, desta
e de outras regionais, até a produção
literária de cada autor. Serão
considerados a publicação de livros
individuais, participação com textos
em coletâneas e antologias da
SOBRAMES, dentre outros.
Portanto recomendamos que
você fique atento e participe de todas
as atividades programadas.Aguarde
os detalhes na próxima edição. Vai
valer a pena!
A paisagem exuberante da Serra do Japi, um dos atrativos da região que será palco da IX Jornada Médico-Literária Paulista
O LUGAR - De 27 a 30 de setembro
de 2007, a cidade de Jundiaí,
situada a 63 quilômetros da capital
do Estado de São Paulo, será a sede
da IX Jornada Médico-Literária
Paulista. Com cerca de 340 mil
habitantes, o município é o maior
dentre os seus onze vizinhos
limítrofes: Várzea Paulista, Campo
Limpo Paulista, Franco da Rocha,
Cajamar, Pirapora do Bom Jesus,
Cabreúva, Itupeva, Louveira,
Vinhedo, Itatiba e Jarinu. O acesso
fácil e
rápido por
duas das
mais
modernas e
bem con-
servadas
rodovias do
País Anhan-
güera e
Bandeirantes),
além da proximidade da capital, fez
com que a cidade assumisse ares de
metrópole, sem perder suas
características de cidade
interiorana.
O EVENTO - As Jornadas Literárias
realizadas pela SOBRAMES-SP já se
tornaram um importante evento no
calendário da entidade. Realizadas
nos anos ímpares, tiveram início
em 1991, na mesma Jundiaí para
onde volta 16 anos depois. Segui-
ram-se as Jornadas de Bragança
Paulista (1993), Santos (1995),
Campos do Jordão (1997), Águas de
São Pedro (1999), Botucatu (2001),
Campos do Jordão (2003) e Serra
Negra (2005). Desses eventos, têm
participado escritores paulistas e de
vários Estados brasileiros. Nos
últimos anos, a Jornada ganhou
características de evento
internacional, dela participando
autores de alguns países membros
da LISAME - Liga Sul-Americana de
Médicos Escritores (Argentina,
Uruguai e Chile) além de autores de
Portugal, pertencentes à UMEAL -
União de Médicos Escritores e
Artistas Lusófonos.
PREPARATIVOS - Nesta semana, os
organizadores estão fechando os
últimos detalhes para assinatura de
contrato com um dos bons hotéis
da cidade, que será a sede do
evento. Estão sendo mantidos
contatos e firmadas parcerias com
diversas entidades culturais da
cidade e região, além da imprensa
e autoridades, visando a uma
ampla participação da comunidade
no evento. Como parte da
programação que também contará
com atividades turísticas e de
lazer, estão sendo preparados
regulamentos de concursos
literários para os autores inscritos
e também para o público externo.
INSCRIÇÕES FACILITADAS - Nos
próximos dias, começarão a ser
divulgadas as condições de
inscrição. Os pagamentos de taxas
e hospedagem serão parcelados e
bastante facilitados. Neste
momento, os organizadores estão
fechando os últimos detalhes para
assinatura de contrato com um dos
bons hotéis da cidade. Em paralelo,
estão sendo mantidos contatos e
firmadas parcerias com diversas
entidades culturais da cidade e
região, além da imprensa e
autoridades, visando a uma ampla
participação da comunidade no
evento. Como parte da
programação, estão previstos
concursos literários para autores
inscritos e público em geral.
Museu Histórico e Cultural de Jundiaí