SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 29
Influência de rigor mortis na qualidade e
tempo de prateleira da carne
Sérgio Valoi – AgroP. 3º Ano
Introdução
• A carne é considerada um alimento de alto
valor nutricional para o Homem;
• Nutrientes: proteínas, lipídios, vitaminas e sais
minerais importantes para manutenção da vida;
• após ao abate, seus músculos, tecidos e células
sofrem transformações → qualidade
Problema
• Nas zonas rurais por falta das condições para a
conservação da carne (frio), a carne abatida tem
tido curto tempo de prateleira e com uma
qualidade baixa (cor e sabor).
• O não reconhecimento da importância da fase de
rigor mortis na conversão do músculo em carne
leva na maioria das vezes a consumo de carne que
pode na maioria das vezes perigar a sua saúde
(muito acida)
Justificativa
• Após a morte do animal, seus músculos,
tecidos e células passam por um complexo
sistema de transformações →rigor mortis;
• Mudanças físicas, bioquímicas e
microbiológicas;
• O músculo, perde neste processo água por
evaporação e exsudação em torno de 2% a 5%
→ qualidade e tempo prateleira da carne
Objectivos
• Geral
• Estudar o efeito do rigor mortis na qualidade e
no tempo de prateleira da carne;
Objectivos
• Específicos
• Identificar os principais eventos no rigor
mortis que condicionam as alterações
bioquímicas e estruturais do músculo para
carne;
• Demonstrar a influencia de rigor mortis na
conversão do músculo em carne.
Questões de estudo e hipóteses
• Q1. Será que existem alguns eventos no rigor
mortis que condicionam as alterações bioquímicas
e estruturais do músculo em carne.
• Ho – Nenhum evento no rigor mortis condiciona
as alterações bioquímicas e estruturais do
músculo em carne.
• H1- Existem alguns eventos no rigor mortis que
condicionam as alterações bioquímicas e
estruturais do músculo em carne
Questões de estudo e hipóteses
• Q2. Será que o rigor mortis influencia na
qualidade e no tempo de prateleira da carne?
• Ho – O rigor mortis não influencia na qualidade e
no tempo de prateleira da carne
• H1- O rigor mortis influencia na qualidade e no
tempo de prateleira da carne.
Carne
• Segundo Art. 2, decr. 26/2009 B R
• Carne – tecido muscular das espécies animais
comestíveis, com vasos, nervos, tendões e
aponevroses, gorduras e ossos adjacentes;
genericamente a expressão "carne" abrange
também miudezas.
Tecido Muscular →Carne
Carne de qualidade?
• Carne que atende as exigências:
• Nutricionais;
• Sanidade, e;
• Organolépticas (cheiro, cor, sabor e
suculência, e maciez)
Factores que influenciam a
qualidade da carne
• Idade do animal;
• Genética/ Hereditariedade/ Raça;
• Nutrição;
• Sexo;
• Espécie animal;
• Rigor mortis (rigidez cadavérica)
Rigor mortis, o que é?
• Contracção muscular
sem relaxamento, ≠ de
um musculo vivo;
• Pouco tempo depois da
morte do animal;
• Mudancas bioquimicas
e estruturais ocorrem;
→ Musculo → Carne
Rigor mortis- Mudanças estruturais
• Perda da elasticidade e
extensibilidade;
• Encurtamento muscular
(encolhimento das
miofibrilas)
• Aumento da tensão;
• Deslizamento da actina
sobre a miosina.
Porquê?
• Potencial de acção
→Receptores nicotínicos (
canais de sódio) →fibras
musculares
• O retículo sarcoplasmático
libera grande quat. de Ca2+
• Ca2+ provoca grandes forças
atrativas entre os filamentos
de actina e de miosina;
• Após fração de segundos, os
íons cálcio são bombeados
de volta ao retículo
Contracção muscular
Rigor mortis – Mudanças bioquímicas
• Depois da sangria, o organismo tenta pela homoestasia
repor as suas funcoes vitais;
• Cessa a rota aeróbica de fornecimento de energia
pelo ciclo de citrato e o sistema de citocromo;
• Começa a rota anaeróbica (menos produção de energia
em forma de ATP), do modo similar ao que acontece
na falta de O₂ para o músculo vivo após o exercício
intenso (mecanismo homeostático)
Rigor mortis – Mudanças bioquímicas
• As principais mudanças que ocorrem são:
• ↓ das fontes de energia (ATP, ADP,
fosfocreatina);
• ↓ reservas de glicogênio muscular
• ↑ Produção e acúmulo de ácido lático;
• Diminuição do pH da carne
Rigor mortis – Mudanças bioquímicas
Efeitos de rigor mortis na carne
PSE
NM
DFD
Cor da carne
Efeitos de rigor mortis na carne
• Maciez
• Sensação de resistência mecânica do tecido
muscular a mastigação.
• A carne que não passa do rigor mortis e mais
dura, mais consistente;
• Há maior desenvolvimento das fibras (não
degradação das proteínas)
Efeitos de rigor mortis na carne
• Odor e sabor
• Determinados pela rancificação das gorduras;
• Mede-se também quantidade de água que
evapora durante a maturação;
• Durante o rigor, as substâncias responsáveis
pela extracção de cheiro desagravel na carne,
na sua maioria são eliminadas.
Efeitos de rigor mortis na carne
• Nutrientes
• Carne que registou o rigor mortis, apresenta:
Efeitos de rigor mortis na carne
• Tempo de prateleira (deterioração)
• O acido láctico (↓ pH)retarda a deterioração da
carne, criando um meio acido e difícil
infestação pelas bactérias.
• A carne que deteriora rapidamente:
• 1. Peixe 2. Suínos 3. aves 4. bovino 5. Cabra e
Ovelha
O rigor mortis depende?
• As condições do período anterior ao abate
podem modificar as transformações
musculares e afectar a qualidade da carne:
• Transporte para o matadouro ;
• Imobilização e o atordoamento prévios ao
abate → ≠ zona rural;
• Stress ante-morte
• Quantidade de glicogénio existente no
músculo
Aparecimento de rigor/ espécie
Considerações finais
• Animais mortos por doenças;
• Por asfixia ou stressado no abate;
• Animais abatidos muito cansado e sem jejum;
• Tem pouco ou quase que não passam pelo
rigor mortis e que culmina com a baixa
qualidade e fácil deterioração
Considerações finais
• O rigor mortis, processo de transformação de
músculo, influi na coloração,
• Maciez,
• Odor e sabor;
• Nutrientes;
• Aumenta o tempo de prateleira e a qualidade
da carne
Bibliografia
• ..DocumentsBibliogafia.pdf → Bibliografia
Obrigado!

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Relatório de Aula Prática FABRICAÇÃO DE QUEIJO MINAS FRESCAL
Relatório de Aula Prática   FABRICAÇÃO DE QUEIJO MINAS FRESCALRelatório de Aula Prática   FABRICAÇÃO DE QUEIJO MINAS FRESCAL
Relatório de Aula Prática FABRICAÇÃO DE QUEIJO MINAS FRESCALRailenne De Oliveira Celestino
 
Ação da temperatura sobre os animais domésticos
Ação da temperatura sobre os animais domésticosAção da temperatura sobre os animais domésticos
Ação da temperatura sobre os animais domésticosmarianarhaylla
 
Análise de Fibra Bruta por diferentes Metodologias
Análise de Fibra Bruta  por diferentes MetodologiasAnálise de Fibra Bruta  por diferentes Metodologias
Análise de Fibra Bruta por diferentes MetodologiasKalliany Kellzer
 
[Palestra] Pedro Felício: Sistemas de tipificação de carcaças e recomendação ...
[Palestra] Pedro Felício: Sistemas de tipificação de carcaças e recomendação ...[Palestra] Pedro Felício: Sistemas de tipificação de carcaças e recomendação ...
[Palestra] Pedro Felício: Sistemas de tipificação de carcaças e recomendação ...AgroTalento
 
Alterações em alimentos
Alterações em alimentosAlterações em alimentos
Alterações em alimentosGabsSerra
 
AULA 2 - BEM-ESTAR ANIMAL.pdf
AULA 2 - BEM-ESTAR ANIMAL.pdfAULA 2 - BEM-ESTAR ANIMAL.pdf
AULA 2 - BEM-ESTAR ANIMAL.pdfAldrin83
 
Industrialização da carne (Produtos cozidos, enlatado e fermentados)
Industrialização da carne (Produtos cozidos, enlatado e fermentados)Industrialização da carne (Produtos cozidos, enlatado e fermentados)
Industrialização da carne (Produtos cozidos, enlatado e fermentados)Sabrina Nascimento
 
09. deterioração microbiana de alimentos
09. deterioração microbiana de alimentos09. deterioração microbiana de alimentos
09. deterioração microbiana de alimentosIgor Reis
 
Abate humanitário de suínos!
Abate humanitário de suínos!Abate humanitário de suínos!
Abate humanitário de suínos!Raquel Jóia
 
Aula 3 fatores intrínsecos e extrínsecos que controlam o desenvolvimento
Aula 3 fatores intrínsecos e extrínsecos que controlam o desenvolvimentoAula 3 fatores intrínsecos e extrínsecos que controlam o desenvolvimento
Aula 3 fatores intrínsecos e extrínsecos que controlam o desenvolvimentoAlvaro Galdos
 

La actualidad más candente (20)

Tpoa presunto
Tpoa presuntoTpoa presunto
Tpoa presunto
 
qualidade de carne
  qualidade de carne  qualidade de carne
qualidade de carne
 
Relatório de Aula Prática FABRICAÇÃO DE QUEIJO MINAS FRESCAL
Relatório de Aula Prática   FABRICAÇÃO DE QUEIJO MINAS FRESCALRelatório de Aula Prática   FABRICAÇÃO DE QUEIJO MINAS FRESCAL
Relatório de Aula Prática FABRICAÇÃO DE QUEIJO MINAS FRESCAL
 
Ação da temperatura sobre os animais domésticos
Ação da temperatura sobre os animais domésticosAção da temperatura sobre os animais domésticos
Ação da temperatura sobre os animais domésticos
 
Análise de Fibra Bruta por diferentes Metodologias
Análise de Fibra Bruta  por diferentes MetodologiasAnálise de Fibra Bruta  por diferentes Metodologias
Análise de Fibra Bruta por diferentes Metodologias
 
Agrocurso alimentos
Agrocurso alimentosAgrocurso alimentos
Agrocurso alimentos
 
[Palestra] Pedro Felício: Sistemas de tipificação de carcaças e recomendação ...
[Palestra] Pedro Felício: Sistemas de tipificação de carcaças e recomendação ...[Palestra] Pedro Felício: Sistemas de tipificação de carcaças e recomendação ...
[Palestra] Pedro Felício: Sistemas de tipificação de carcaças e recomendação ...
 
Tecnologia do leite
Tecnologia do leiteTecnologia do leite
Tecnologia do leite
 
Alterações em alimentos
Alterações em alimentosAlterações em alimentos
Alterações em alimentos
 
tecnologia alimentos
tecnologia alimentostecnologia alimentos
tecnologia alimentos
 
AULA 2 - BEM-ESTAR ANIMAL.pdf
AULA 2 - BEM-ESTAR ANIMAL.pdfAULA 2 - BEM-ESTAR ANIMAL.pdf
AULA 2 - BEM-ESTAR ANIMAL.pdf
 
Pasteurizaçao
PasteurizaçaoPasteurizaçao
Pasteurizaçao
 
Analise leite
Analise leiteAnalise leite
Analise leite
 
Aula 1 introdução tpoa
Aula 1   introdução tpoaAula 1   introdução tpoa
Aula 1 introdução tpoa
 
Industrialização da carne (Produtos cozidos, enlatado e fermentados)
Industrialização da carne (Produtos cozidos, enlatado e fermentados)Industrialização da carne (Produtos cozidos, enlatado e fermentados)
Industrialização da carne (Produtos cozidos, enlatado e fermentados)
 
09. deterioração microbiana de alimentos
09. deterioração microbiana de alimentos09. deterioração microbiana de alimentos
09. deterioração microbiana de alimentos
 
Produtos embutidos
Produtos embutidosProdutos embutidos
Produtos embutidos
 
Aula3
Aula3Aula3
Aula3
 
Abate humanitário de suínos!
Abate humanitário de suínos!Abate humanitário de suínos!
Abate humanitário de suínos!
 
Aula 3 fatores intrínsecos e extrínsecos que controlam o desenvolvimento
Aula 3 fatores intrínsecos e extrínsecos que controlam o desenvolvimentoAula 3 fatores intrínsecos e extrínsecos que controlam o desenvolvimento
Aula 3 fatores intrínsecos e extrínsecos que controlam o desenvolvimento
 

Destacado

Aula 1 carne e musculo
Aula 1   carne e musculoAula 1   carne e musculo
Aula 1 carne e musculoluciogirao
 
Palestra Pedro de Felício - Seminário ANCP 2014
Palestra Pedro de Felício - Seminário ANCP 2014Palestra Pedro de Felício - Seminário ANCP 2014
Palestra Pedro de Felício - Seminário ANCP 2014ANCP Ribeirão Preto
 
Fichas técnicas traseiro
Fichas técnicas traseiroFichas técnicas traseiro
Fichas técnicas traseiroAntonio Marchi
 
Techniques for Sampling Vertebrates
Techniques for Sampling VertebratesTechniques for Sampling Vertebrates
Techniques for Sampling VertebratesDiogo Provete
 
Carne bovina: origem e sua transformação de músculo em carne
Carne bovina: origem e sua transformação de músculo em carneCarne bovina: origem e sua transformação de músculo em carne
Carne bovina: origem e sua transformação de músculo em carneMarcelo Alcantara Whately
 
Aula de Alterações Cadavéricas
Aula de Alterações CadavéricasAula de Alterações Cadavéricas
Aula de Alterações CadavéricasRaimundo Tostes
 
Importância da Higienização de Alfaces Cultivadas sob Sistemas Orgânicos e Co...
Importância da Higienização de Alfaces Cultivadas sob Sistemas Orgânicos e Co...Importância da Higienização de Alfaces Cultivadas sob Sistemas Orgânicos e Co...
Importância da Higienização de Alfaces Cultivadas sob Sistemas Orgânicos e Co...Safia Naser
 
Patologia Geral: Aula 04 2009 - Alterações Cadavéricas
Patologia Geral: Aula 04 2009 - Alterações CadavéricasPatologia Geral: Aula 04 2009 - Alterações Cadavéricas
Patologia Geral: Aula 04 2009 - Alterações CadavéricasUFPEL
 
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentos
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentosAula 1 introdução à tecnologia de alimentos
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentosAlvaro Galdos
 
Fisiologia do sistema muscular
Fisiologia do sistema muscularFisiologia do sistema muscular
Fisiologia do sistema muscularguestc2bec7
 
Fisiologia Humana 4 - Tecido Muscular
Fisiologia Humana 4 - Tecido MuscularFisiologia Humana 4 - Tecido Muscular
Fisiologia Humana 4 - Tecido MuscularHerbert Santana
 

Destacado (18)

Composição química e contração muscular da carne
Composição química e contração muscular da carneComposição química e contração muscular da carne
Composição química e contração muscular da carne
 
Aula 1 carne e musculo
Aula 1   carne e musculoAula 1   carne e musculo
Aula 1 carne e musculo
 
Palestra Pedro de Felício - Seminário ANCP 2014
Palestra Pedro de Felício - Seminário ANCP 2014Palestra Pedro de Felício - Seminário ANCP 2014
Palestra Pedro de Felício - Seminário ANCP 2014
 
Fichas técnicas traseiro
Fichas técnicas traseiroFichas técnicas traseiro
Fichas técnicas traseiro
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Cap13
Cap13Cap13
Cap13
 
Bem estar em peixes
Bem estar em peixesBem estar em peixes
Bem estar em peixes
 
Techniques for Sampling Vertebrates
Techniques for Sampling VertebratesTechniques for Sampling Vertebrates
Techniques for Sampling Vertebrates
 
Carne bovina: origem e sua transformação de músculo em carne
Carne bovina: origem e sua transformação de músculo em carneCarne bovina: origem e sua transformação de músculo em carne
Carne bovina: origem e sua transformação de músculo em carne
 
Fiéis até o fim
Fiéis até o fimFiéis até o fim
Fiéis até o fim
 
Rigor mortis
Rigor mortisRigor mortis
Rigor mortis
 
Aula de Alterações Cadavéricas
Aula de Alterações CadavéricasAula de Alterações Cadavéricas
Aula de Alterações Cadavéricas
 
Importância da Higienização de Alfaces Cultivadas sob Sistemas Orgânicos e Co...
Importância da Higienização de Alfaces Cultivadas sob Sistemas Orgânicos e Co...Importância da Higienização de Alfaces Cultivadas sob Sistemas Orgânicos e Co...
Importância da Higienização de Alfaces Cultivadas sob Sistemas Orgânicos e Co...
 
Patologia Geral: Aula 04 2009 - Alterações Cadavéricas
Patologia Geral: Aula 04 2009 - Alterações CadavéricasPatologia Geral: Aula 04 2009 - Alterações Cadavéricas
Patologia Geral: Aula 04 2009 - Alterações Cadavéricas
 
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentos
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentosAula 1 introdução à tecnologia de alimentos
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentos
 
Proteínas
Proteínas   Proteínas
Proteínas
 
Fisiologia do sistema muscular
Fisiologia do sistema muscularFisiologia do sistema muscular
Fisiologia do sistema muscular
 
Fisiologia Humana 4 - Tecido Muscular
Fisiologia Humana 4 - Tecido MuscularFisiologia Humana 4 - Tecido Muscular
Fisiologia Humana 4 - Tecido Muscular
 

Similar a Influência do rigor mortis na qualidade e tempo de prateleira da carne

Transformação do Músculo em carne, inspeção de carne
Transformação do Músculo em carne, inspeção de carneTransformação do Músculo em carne, inspeção de carne
Transformação do Músculo em carne, inspeção de carnehelidaleao
 
Aula 2 -_principais_m_a_todos_de_conservaa_a_o_ddos_alimentos
Aula 2 -_principais_m_a_todos_de_conservaa_a_o_ddos_alimentosAula 2 -_principais_m_a_todos_de_conservaa_a_o_ddos_alimentos
Aula 2 -_principais_m_a_todos_de_conservaa_a_o_ddos_alimentosAdriano Gajo
 
Aula 05 ciclos biogeoquimicos
Aula 05  ciclos biogeoquimicosAula 05  ciclos biogeoquimicos
Aula 05 ciclos biogeoquimicosmikerondon
 
Bovinos - Do bem-estar ao Processamento da carne
Bovinos - Do bem-estar ao Processamento da carneBovinos - Do bem-estar ao Processamento da carne
Bovinos - Do bem-estar ao Processamento da carneKiller Max
 

Similar a Influência do rigor mortis na qualidade e tempo de prateleira da carne (6)

Transformação do Músculo em carne, inspeção de carne
Transformação do Músculo em carne, inspeção de carneTransformação do Músculo em carne, inspeção de carne
Transformação do Músculo em carne, inspeção de carne
 
trab carne.pdf
trab carne.pdftrab carne.pdf
trab carne.pdf
 
estudo dirigido - CARNES - resposta.pdf
estudo dirigido - CARNES - resposta.pdfestudo dirigido - CARNES - resposta.pdf
estudo dirigido - CARNES - resposta.pdf
 
Aula 2 -_principais_m_a_todos_de_conservaa_a_o_ddos_alimentos
Aula 2 -_principais_m_a_todos_de_conservaa_a_o_ddos_alimentosAula 2 -_principais_m_a_todos_de_conservaa_a_o_ddos_alimentos
Aula 2 -_principais_m_a_todos_de_conservaa_a_o_ddos_alimentos
 
Aula 05 ciclos biogeoquimicos
Aula 05  ciclos biogeoquimicosAula 05  ciclos biogeoquimicos
Aula 05 ciclos biogeoquimicos
 
Bovinos - Do bem-estar ao Processamento da carne
Bovinos - Do bem-estar ao Processamento da carneBovinos - Do bem-estar ao Processamento da carne
Bovinos - Do bem-estar ao Processamento da carne
 

Influência do rigor mortis na qualidade e tempo de prateleira da carne

  • 1. Influência de rigor mortis na qualidade e tempo de prateleira da carne Sérgio Valoi – AgroP. 3º Ano
  • 2. Introdução • A carne é considerada um alimento de alto valor nutricional para o Homem; • Nutrientes: proteínas, lipídios, vitaminas e sais minerais importantes para manutenção da vida; • após ao abate, seus músculos, tecidos e células sofrem transformações → qualidade
  • 3. Problema • Nas zonas rurais por falta das condições para a conservação da carne (frio), a carne abatida tem tido curto tempo de prateleira e com uma qualidade baixa (cor e sabor). • O não reconhecimento da importância da fase de rigor mortis na conversão do músculo em carne leva na maioria das vezes a consumo de carne que pode na maioria das vezes perigar a sua saúde (muito acida)
  • 4. Justificativa • Após a morte do animal, seus músculos, tecidos e células passam por um complexo sistema de transformações →rigor mortis; • Mudanças físicas, bioquímicas e microbiológicas; • O músculo, perde neste processo água por evaporação e exsudação em torno de 2% a 5% → qualidade e tempo prateleira da carne
  • 5. Objectivos • Geral • Estudar o efeito do rigor mortis na qualidade e no tempo de prateleira da carne;
  • 6. Objectivos • Específicos • Identificar os principais eventos no rigor mortis que condicionam as alterações bioquímicas e estruturais do músculo para carne; • Demonstrar a influencia de rigor mortis na conversão do músculo em carne.
  • 7. Questões de estudo e hipóteses • Q1. Será que existem alguns eventos no rigor mortis que condicionam as alterações bioquímicas e estruturais do músculo em carne. • Ho – Nenhum evento no rigor mortis condiciona as alterações bioquímicas e estruturais do músculo em carne. • H1- Existem alguns eventos no rigor mortis que condicionam as alterações bioquímicas e estruturais do músculo em carne
  • 8. Questões de estudo e hipóteses • Q2. Será que o rigor mortis influencia na qualidade e no tempo de prateleira da carne? • Ho – O rigor mortis não influencia na qualidade e no tempo de prateleira da carne • H1- O rigor mortis influencia na qualidade e no tempo de prateleira da carne.
  • 9. Carne • Segundo Art. 2, decr. 26/2009 B R • Carne – tecido muscular das espécies animais comestíveis, com vasos, nervos, tendões e aponevroses, gorduras e ossos adjacentes; genericamente a expressão "carne" abrange também miudezas.
  • 11. Carne de qualidade? • Carne que atende as exigências: • Nutricionais; • Sanidade, e; • Organolépticas (cheiro, cor, sabor e suculência, e maciez)
  • 12. Factores que influenciam a qualidade da carne • Idade do animal; • Genética/ Hereditariedade/ Raça; • Nutrição; • Sexo; • Espécie animal; • Rigor mortis (rigidez cadavérica)
  • 13. Rigor mortis, o que é? • Contracção muscular sem relaxamento, ≠ de um musculo vivo; • Pouco tempo depois da morte do animal; • Mudancas bioquimicas e estruturais ocorrem; → Musculo → Carne
  • 14. Rigor mortis- Mudanças estruturais • Perda da elasticidade e extensibilidade; • Encurtamento muscular (encolhimento das miofibrilas) • Aumento da tensão; • Deslizamento da actina sobre a miosina.
  • 15. Porquê? • Potencial de acção →Receptores nicotínicos ( canais de sódio) →fibras musculares • O retículo sarcoplasmático libera grande quat. de Ca2+ • Ca2+ provoca grandes forças atrativas entre os filamentos de actina e de miosina; • Após fração de segundos, os íons cálcio são bombeados de volta ao retículo Contracção muscular
  • 16. Rigor mortis – Mudanças bioquímicas • Depois da sangria, o organismo tenta pela homoestasia repor as suas funcoes vitais; • Cessa a rota aeróbica de fornecimento de energia pelo ciclo de citrato e o sistema de citocromo; • Começa a rota anaeróbica (menos produção de energia em forma de ATP), do modo similar ao que acontece na falta de O₂ para o músculo vivo após o exercício intenso (mecanismo homeostático)
  • 17. Rigor mortis – Mudanças bioquímicas • As principais mudanças que ocorrem são: • ↓ das fontes de energia (ATP, ADP, fosfocreatina); • ↓ reservas de glicogênio muscular • ↑ Produção e acúmulo de ácido lático; • Diminuição do pH da carne
  • 18. Rigor mortis – Mudanças bioquímicas
  • 19. Efeitos de rigor mortis na carne PSE NM DFD Cor da carne
  • 20. Efeitos de rigor mortis na carne • Maciez • Sensação de resistência mecânica do tecido muscular a mastigação. • A carne que não passa do rigor mortis e mais dura, mais consistente; • Há maior desenvolvimento das fibras (não degradação das proteínas)
  • 21. Efeitos de rigor mortis na carne • Odor e sabor • Determinados pela rancificação das gorduras; • Mede-se também quantidade de água que evapora durante a maturação; • Durante o rigor, as substâncias responsáveis pela extracção de cheiro desagravel na carne, na sua maioria são eliminadas.
  • 22. Efeitos de rigor mortis na carne • Nutrientes • Carne que registou o rigor mortis, apresenta:
  • 23. Efeitos de rigor mortis na carne • Tempo de prateleira (deterioração) • O acido láctico (↓ pH)retarda a deterioração da carne, criando um meio acido e difícil infestação pelas bactérias. • A carne que deteriora rapidamente: • 1. Peixe 2. Suínos 3. aves 4. bovino 5. Cabra e Ovelha
  • 24. O rigor mortis depende? • As condições do período anterior ao abate podem modificar as transformações musculares e afectar a qualidade da carne: • Transporte para o matadouro ; • Imobilização e o atordoamento prévios ao abate → ≠ zona rural; • Stress ante-morte • Quantidade de glicogénio existente no músculo
  • 26. Considerações finais • Animais mortos por doenças; • Por asfixia ou stressado no abate; • Animais abatidos muito cansado e sem jejum; • Tem pouco ou quase que não passam pelo rigor mortis e que culmina com a baixa qualidade e fácil deterioração
  • 27. Considerações finais • O rigor mortis, processo de transformação de músculo, influi na coloração, • Maciez, • Odor e sabor; • Nutrientes; • Aumenta o tempo de prateleira e a qualidade da carne