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“Administração de medicamentos 
& interações medicamentosas no 
recém-nascido: Princípios 
Científicos" 
Curso de Especialização de Enfermagem do ICr - EEUSP 
São Paulo, 29 de setembro de 2014. 
Profa. Me. Sandra Brassica
Hospital Universitário da USP
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Processo terapêutico 
Efeito terapêutico 
desejado
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Distribuição hídrica nos compartimentos corporais 
Neonato Criança Adulto 
Peso (kg) 3,4 10,8 70 
Água total (%) 78 60 58 
(mL) 2650 6500 41000 
Água extracelular (%) 45 27 17 
(mL) 1530 2900 12000 
Plasma sanguíneo (%) 4-5 4-5 4-5 
(mL) 140 430 3000 
Água intracelular (%) 34 35 40 
(mL) 1160 3800 28400 
RN prematuro: água total 85%. 
Fatores individuais
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Fatores individuais 
• ↓[ ], qualidade e afinidade da ligação das proteínas 
plasmáticas ; > fração de droga livre plasmática. 
" ­ bilirrubina ligada de forma reversível a albumina e 
possibilidade de deslocamento pelo uso de fármacos com 
alta afinidade à proteína plasmática.
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¯ reações de oxidação, redução, 
hidrólise, metilação e 
hidroxilação (polar => apolar; + 
-OH, -COOH, -NH2; perda da 
atividade farmacológica) até por 
volta do sexto mês de idade; 
¯ reações de glucoronidação, 
sulfatação e acetilação (=> 
hidrossolúvel) até por volta do 
terceiro ou quarto anos de 
vida. 
Fatores individuais
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Evidências Cientificas
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Evidências Cientificas
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Evidências Cientificas
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?? 
? 
50% medicamentos utilizados em pediatria não são licenciados 
para uso nessa faixa etária 
(Yeung, 2007) 
Características peculiares que podem predispor a ocorrência de EAM;
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Disponibilidade
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Disponibilidade
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Dose para analgesia: 
Bolus: 0,5 – 3 mcg/kg/dose 
Infusão 0,5-2 mcg/kg/h 
Logo, 
para um RNPTE c/ P = 0,5Kg: 
0,25 mcg/dose 
0,005 mL/dose 
Disponibilidade
Hospital Universitário da USP 
O que pode ser 
feito para 
minimizar o 
impacto desses 
fatores? 
Forma de administração
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Forma de administração
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Forma de administração
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Forma de administração
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Forma de administração
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Forma de administração
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Forma de administração
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Forma de administração
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Forma de administração 
Risco de erros
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Resumindo...
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EUA: 44 a 98 MIL PESSOAS 
MORREM/ANO/EA Evitáveis 
(THE INSTITUTE OF MEDICINE -IOM-, 1999)
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RAMs são causa de hospitalização, sendo as IM as maiores contribuintes. 
Sessenta e oito a 70% das interações potenciais demandam atenção clínica 
(KOHLER, 2000). 
Estudos demonstram frequência variável de IMs na população adulta, 3 a 
5% nos pacientes em uso de até 6 fármacos, chegando a 20% nos 
pacientes em uso de 10 a 20 fármacos. Como evitar a ocorrência 
de IMs e assegurar uma 
farmacoterapia segura e 
eficaz para essa faixa 
etária? 
Como garantir acesso a 
informação atualizada e 
de qualidade no ponto de 
cuidado? 
Estamos preparados para 
o reconhecimento rápido 
de EAMs?
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Físico-químicas 
Farmacocinéticas 
Farmacodinâmicas 
Alteração dos efeitos farmacodinâmicos/ 
farmacocinéticas 
Diminuição ou ineficácia terapêutica 
Toxicidade 
Um retorno a teoria... 
Quando as ações de um medicamento 
são alteradas por outro
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Interações físico-químicas 
Mecanismos 
óxido-redução, hidrólise, foto 
decomposição, 
fenômenos de adsorção, 
precipitação e formação de 
complexos, 
neutralização ácido básica. 
Precipitação, turvação, 
floculação, 
alterações na cor da mistura. 
Atenção: a ausência dessas alterações não garante a inexistência de interação.
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http://www.ismp.org 
Este grupo de 
medicamentos 
está com 
frequencia 
associado a 
ocorrência de IMs 
físico-químicas
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Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas 
 Solubilidade 
• Saturação 
• Co-solvente 
• Ácidos ou bases fracas 
• Constante de dissociação 
 Interação com os recipientes 
• Sorção 
 Reações entre medicamentos e solução 
• Hidrólise 
• Óxido-redução 
• Fotólise 
• Temperatura
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Estabilidade depende da [ ] final da solução 
Quanto maior concentração  menor estabilidade 
Escurecimento da solução e formação de cristais 
1 ampola 5mL  125 mL SG5%  4 horas 
1 ampola 5mL  75 mL SG5%  2 horas 
1 ampola 5mL  25 mL SG5%  1 horas
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Estabilidade das Infusões intravenosas 
Conceito relativo a uma variável: o tempo 
Uma Infusão Intravenosa é considerada estável até que 
sua [ ] inicial decaia em, no máximo, 10%, ou seja, 
100% 90% 
É estável durante todo o intervalo de tempo que transcorre 
até atingir 90% da sua [ ] inicial
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Estabilidade das Infusões intravenosas 
Sistema monofásico composto por: 
Aditivo(s) 
(medicamentos e eletrólitos) 
Solução parenteral 
(diluente) + 
A preparação de Infusões Intravenosas implica na 
alteração das características farmacotécnicas 
iniciais de seus componentes 
Uma vez que o medicamento tenha sido diluído em uma SP, 
a “validade” descrita na embalagem não será mais a mesma!
Hospital Universitário da USP 
Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas 
Exemplos de medicamentos que possuem co-solventes 
• Diazepam 
• Fenitoína 
• Sulfametoxazol + trimetoprima
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Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas 
Diazepam 
Formulado na concentração 5 mg/mL, com veículo: 
• 40% de propilenoglicol 
• 10% de etanol 
• 1,5% álcool benzílico 
• água para injeção 
A diluição pode resultar em 
precipitação em função da [ ] 
1:1 a 1:10 Precipitação visível 
1:15 Turbidez 
1:20 Precipitação após 6 a 8h 
1:40 a 1:100 Sem precipitação por 24h!!!!!
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Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas 
Heparina 
(Mucopolissacarídeo 
polissulfonado aniônico) 
Aminoglicosídeos 
(grandes cátions)
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Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas 
Aditivos 
Material de fabricação 
dos recipientes 
e dispositivos de 
administração 
Ao escolher os recipientes, considerar as 
particularidades dos aditivos da 
Infusão Intravenosa
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Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas 
Possíveis interações 
Aditivo extrai componente do 
recipiente para a solução de infusão 
(geralmente plastificantes tóxicos) 
Ex.: ciclosporina, tenoposido x 
plastificante de bolsas de PVC (DEHP) 
(hepatotóxico) 
Aditivo adere à parede do 
recipiente (é retirado da solução) 
 pode não ocorrer o efeito 
terapêutico desejado 
Ex.: filgrastima x adesão à paredes 
de PVC
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Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas 
• Interação entre: 
– grupos funcionais da molécula do medicamento 
– sítios de ligação nas superfícies dos recipientes. 
Ex.: insulina, diazepam, filgrastima e a nitroglicerina
Hospital Universitário da USP 
Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas
Hospital Universitário da USP 
Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas 
Ampicilina 
Máxima estabilidade em 
intervalo de pH 5,5 – 7,5 
Meio ácido e 
neutro 
• Este comportamento deve-se a sua estrutura de aminoácido: 
• em pH ácido se encontra na forma catiônica; 
• em pH básico na forma aniônica; 
• pH 6,5 é o ponto isoelétrico; 
Meio alcalino 
É hidrolisada em ácido a- 
aminobenzil-penamaldico e a- 
aminobenzil-penilico 
É hidrolisada em ácido a- 
aminobenzil-peniloico 
A diluição ideal para infusão é 30 mg/mL em SF (correr em até 1 h)
Hospital Universitário da USP 
Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas 
Para inibir este processo, alguns 
medicamentos são envasados em 
atmosfera inerte (de nitrogênio)
Hospital Universitário da USP 
Oxidação e redução
Hospital Universitário da USP 
Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas 
Evitar incidência de luz sobre o recipiente de 
administração  envolver em embalagem opaca
Hospital Universitário da USP 
Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas 
Geralmente soluções são mais estáveis sob refrigeração (2-8ºC) 
• Estabilidade da cefazolina reconstituída: 
– 24h à temperatura ambiente e 96h sob refrigeração 
• Alguns medicamentos, contudo, não devem ser refrigerados 
– Ex.: aciclovir (precipitação à baixas temperaturas)
Hospital Universitário da USP
Hospital Universitário da USP 
E a estabilidade das 
emulsões???
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Fatores que afetam a estabilidade de emulsões intravenosas 
•pH, 
•luz e temperatura, 
•reações químicas, 
•concentração, 
•tempo, 
•ordem de adtivação, 
•Envase.
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Cuidados especiais para TA > 25o C 
(incubadoras, fototerapia) 
Exposição à luz Oxidação peróxido lipídico 
Citotoxidade 
Esteatose hepática, hipertrigliceridemia, aumento 
da resistência vascular pulmonar, doença 
pulmonar crônica, etc.
Hospital Universitário da USP 
Nutrition, 14:697-706, 1998
Hospital Universitário da USP 
Emulsões lipídicas 
• As ELs endovenosas normalmente possuem pH entre 5,5-8. 
• ¯ pH, o potencial eletrostático é reduzido, as forças de repulsão decrescem 
e o sistema pode tornar-se instável (coalescência). 
atração 
repulsão
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Emulsões lipídicas 
• floculação/agregação dos lipossomas = ­ 
tamanhos dos mesmos = coalescência 
• lipossomas ± 0,6μ de diâmetro 
• lipossoma > 5μ = embolia gordurosa. 
Pharmaceutical Research, v.23, 1959-69 
Esse efeito é atenuado quando a glicose e os eletrólitos estão 
diluídos no volume total da solução em água para injeção e com a 
solução de aminoácidos, que exerce efeito “tampão” devido ao pH 
que possuem.
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Emulsões lipídicas 
Figura 1 - Lipossomas de padrão normal EL 20% original, 0,6μ 
(30.000 X). 
Figura 2 - Lipossomas em coalescência após contato glicose 50%, 2,76μ 
(30.000 X). 
Rev Bras Nutr Clin 2007;22(1):45--53
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Emulsões lipídicas 
Figura 3 - Eletromicrografia de transmissão da NPT neonatos Ca 
normal, heparina 0,2 UI/mL; T = 24h, 2,08 μ (50.000 X). 
Figura 4- Eletromicrografia de transmissão da NPT básica, 
neonatos, Ca elevado; T = 24h, 2,10μ (50.000 X). 
Rev Bras Nutr Clin 2007;22(1):45--53
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Possibilidade de separação de fases 
- Desaparecimento das forças de repulsão 
 Quebra das micelas 
ÓLEO 
Cátion bivalente 
água 
ÓLEO 
J pediatric gastroe nutrit, 8:491-495, 1989
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Possibilidade de separação de fases 
heparina 
Partículas lipídicas 
+ + 
+ + 
+ + 
+ + 
+ + + + 
Separação de fases 
Neutralização de cargas 
negativas 
(cátions divalentes x heparina) 
JPEN, 22:311-14, 1998
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Separação de Fases
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RNPT, PN 650g, Patual 700 g, 20ddv. 
Acessos: AVCDL + AVP. 
Recebe: 
1)Jejum 
2)NPP 70 mL ev por acesso central em 24 horas 
3)Ranitidina 3,5 mg ev 12/12h 
4)Vancomicina 7 mg ev 24/24 horas 
5)Meropenen 28 mg ev 12/12 horas 
6)Anfotericina B lipossomal 3,5 mg em SG5% 2 mL em 2 horas 
7)Fenobarbital 2,8 mg ev 24/24 horas 
8)Fentanila 50 mcg em SF 2,4 ml ev por BIC 0,1 ml/h ou acm 
9)Midazolam 5 mcg em SF 2,4 ml ev por BIC 0,1 ml/h ou acm 
10)Dobutamina 12 mcg em SF 2,4 ml ev por BIC 0,1 ml/h ou acm 
11) Dopamina 12 mg em SF 4,8 ml ev por BIC 0,2 ml/h ou acm 
12) Albumina 3,5 g ev em 4 horas 
13) Furosemida 0,4 mg ev após item 12 
14) Controle de dextro 4/4 horas 
15) Controle de diurese 
16) Diluir medicamentos em menor volume possível 
17) CCG 
Análise do problema: 
3 vias para administrar 11 
medicamentos 
2 necessitam de acesso 
central 
5 são de infusão contínua
Hospital Universitário da USP 
Como resolver?
Hospital Universitário da USP 
Possíveis soluções 
a) Determinar a quantidade e o tipo de acessos disponíveis. 
b) Verificar todos os medicamentos que necessitam de acesso central para 
administração e entre estes parear os que são compatíveis. 
c) Reservar o acesso periférico para medicamentos que não necessitam de 
acesso central, adminstrando-os em horários diferentes em caso de interação 
físico-química. 
AVCDL: 
1 via: NPP + Fentanila + Dobutamina 
2 Via: Midazolam + Anfotericina B lipossomal + Dopamina 
AVP: Ranitidina, Vancomicina, Meropenen, Fenobarbital, Albumina e Furosemida
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A + B + C + D = ? ? ? 
A 
B 
C 
D
Hospital Universitário da USP 
a ceftriaxona foi 
introduzida no 
mercado em 1984... 
Por quantos anos 
ignoramos tal EAM?
Hospital Universitário da USP 
Há protocolos em nossas 
instituições que alertam 
para esta interação? São 
conhecidos? Estão ao 
alcance dos 
colaboradores?
Hospital Universitário da USP
Hospital Universitário da USP
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Concentrações usuais em 
nossas UTIs 
Comparação com 66 medicamentos utilizados 
com frequencia
Hospital Universitário da USP 
A compatibilidade variou em 
função da concentração dos 
medicamentos... 
Risco na utilização de fontes de informação 
que não trazem referência das 
concentrações consideradas estáveis
Hospital Universitário da USP 
Lembrar que as NPs para 
pediatria e neonatologia 
são personalizadas, ou 
seja, visam atender as 
necessidades 
específicas desses 
pacientes e que portanto 
possuem composição 
variável
Hospital Universitário da USP 
Risco na padronização de fontes que não 
refletem reais condições dos pacientes
Hospital Universitário da USP 
Necessidade de atenção em relação a qualidade 
metodológica dos trabalhos analisados
Hospital Universitário da USP 
Casos como esses ocorrem em 
nossas instituições? 
Qual a melhor alternativa para 
evitar este EAM?
Hospital Universitário da USP 
Interações Farmacodinâmicas 
• Seus efeitos finais são resultantes das ações farmacodinâmicas próprias de cada 
agente terapêutico. 
• Podem ocorrer em nível de receptores e estruturas intimamente associadas a eles, ou 
ainda quando os fármacos agem em sistemas diferentes, mas o efeito de um deles é 
alterado pelo efeito do outro.
Hospital Universitário da USP 
• Podem ser sinérgicas ou antagônicas. 
• Geralmente são previsíveis. 
Ex: 
• lamotrigina x carbamazepina (­ toxicidade da carbamazepina sem aumentar 
seu Ns ou de seu metabólito). 
• furosemida x digoxina (­ toxicidade da digoxina pela hipocalcemia provocada 
pelo diurético de alça) 
• rocurônio x amicacina (efeito bloqueador do aminoglicosídeo por efeito aditivo)
Hospital Universitário da USP 
Interações Farmacocinéticas 
• Interações em que um dos fármacos modifica a cinética de outro 
administrado concomitantemente.
Hospital Universitário da USP 
• São mais frequentes e promovem, muitas vezes, influência significativa sobre a terapêutica 
medicamentosa. 
• Podem ser classificadas baseando-se no seu mecanismo, ou seja, na fase farmacocinética em 
que ocorre a interação. 
• As interações de maior relevância clínica são aquelas relacionada às fases de distribuição e 
metabolismo. 
Alterações de pH (Inibidores 
de bomba de prótons), 
esvaziamento gástrico 
(procinéticos), motilidade 
intestinal (opíóides) 
Farmacos que 
competem com as 
proteínas 
plasmáticas 
(fenitoína) 
Indução (antiepiléticos: 
fenobarbital, fenitiína e 
carbamazepina; 
benzodiazepínicos etc) e 
inibição enzimática 
(amiodarona, ARVs etc) 
Alterações de pH por 
fármacos ácidos ou 
básicos
Hospital Universitário da USP 
a) Absorção acelerada. b) Absorção retardada. c) Absorção diminuída. d) Absorção aumentada. 
Adaptado de FLEISHER, 1999.
Hospital Universitário da USP 
Na maioria dos casos (exceto pró-fármacos) 
estas reações são responsáveis pela 
transformação dos medicamentos em 
compostos inativos que serão eliminados. 
Medicamentos que alteram (inibam ou induzam) as 
enzimas do citocromo P-450 acarretarão em maior 
ou menor biodisponibilidade dos medicamentos. 
Extraído de: Cullen Taniguchi & Peter Guengerich. 
Metabolismo dos fármacos. Cap. 4. p 46-57.
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Extraído de: Cullen Taniguchi & Peter Guengerich. 
Metabolismo dos fármacos. Cap. 4. p 46-57.
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Extraído de: Cullen Taniguchi & Peter Guengerich. 
Metabolismo dos fármacos. Cap. 4. p 46-57.
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Estratégias adotadas no HU-USP para diminuir a incidência 
de EAMs por Ims: 
a)Seleção criteriosa de medicamentos com base em evidências 
b)Participação do farmacêutico na visita médica para discussão de 
possíveis vantagens e desvantagens da terapia proposta 
c)Revisão das prescrições 
d)Orientações sobre preparo e administração de medicamentos 
(integração com a equipe de enfermagem e disponibilização no ponto de 
cuidado de orientações escritas) 
e)Farmacêutico presente 24 horas 
f)Farmacovigilância 
“Nenhuma ferramenta é capaz de substituir a discussão 
criteriosa do caso concreto e o julgamento profissional 
apropriado “
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Hospital Universitário da USP 
Conhecimento para transformar a 
realidade... 
Obrigada! 
sbrassica@hu.usp.br 
Tel: (11) 3091-9465

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Administração de medicamentos & interações medicamentosas em neonatologia

  • 1. Hospital Universitário da USP “Administração de medicamentos & interações medicamentosas no recém-nascido: Princípios Científicos" Curso de Especialização de Enfermagem do ICr - EEUSP São Paulo, 29 de setembro de 2014. Profa. Me. Sandra Brassica
  • 4. Hospital Universitário da USP Processo terapêutico Efeito terapêutico desejado
  • 5. Hospital Universitário da USP Distribuição hídrica nos compartimentos corporais Neonato Criança Adulto Peso (kg) 3,4 10,8 70 Água total (%) 78 60 58 (mL) 2650 6500 41000 Água extracelular (%) 45 27 17 (mL) 1530 2900 12000 Plasma sanguíneo (%) 4-5 4-5 4-5 (mL) 140 430 3000 Água intracelular (%) 34 35 40 (mL) 1160 3800 28400 RN prematuro: água total 85%. Fatores individuais
  • 6. Hospital Universitário da USP Fatores individuais • ↓[ ], qualidade e afinidade da ligação das proteínas plasmáticas ; > fração de droga livre plasmática. " ­ bilirrubina ligada de forma reversível a albumina e possibilidade de deslocamento pelo uso de fármacos com alta afinidade à proteína plasmática.
  • 7. Hospital Universitário da USP ¯ reações de oxidação, redução, hidrólise, metilação e hidroxilação (polar => apolar; + -OH, -COOH, -NH2; perda da atividade farmacológica) até por volta do sexto mês de idade; ¯ reações de glucoronidação, sulfatação e acetilação (=> hidrossolúvel) até por volta do terceiro ou quarto anos de vida. Fatores individuais
  • 8. Hospital Universitário da USP Evidências Cientificas
  • 9. Hospital Universitário da USP Evidências Cientificas
  • 10. Hospital Universitário da USP Evidências Cientificas
  • 11. Hospital Universitário da USP ?? ? 50% medicamentos utilizados em pediatria não são licenciados para uso nessa faixa etária (Yeung, 2007) Características peculiares que podem predispor a ocorrência de EAM;
  • 13. Hospital Universitário da USP Disponibilidade
  • 14. Hospital Universitário da USP Disponibilidade
  • 15. Hospital Universitário da USP Dose para analgesia: Bolus: 0,5 – 3 mcg/kg/dose Infusão 0,5-2 mcg/kg/h Logo, para um RNPTE c/ P = 0,5Kg: 0,25 mcg/dose 0,005 mL/dose Disponibilidade
  • 16. Hospital Universitário da USP O que pode ser feito para minimizar o impacto desses fatores? Forma de administração
  • 17. Hospital Universitário da USP Forma de administração
  • 18. Hospital Universitário da USP Forma de administração
  • 19. Hospital Universitário da USP Forma de administração
  • 20. Hospital Universitário da USP Forma de administração
  • 21. Hospital Universitário da USP Forma de administração
  • 22. Hospital Universitário da USP Forma de administração
  • 23. Hospital Universitário da USP Forma de administração
  • 24. Hospital Universitário da USP Forma de administração Risco de erros
  • 25. Hospital Universitário da USP Resumindo...
  • 27. Hospital Universitário da USP EUA: 44 a 98 MIL PESSOAS MORREM/ANO/EA Evitáveis (THE INSTITUTE OF MEDICINE -IOM-, 1999)
  • 28. Hospital Universitário da USP RAMs são causa de hospitalização, sendo as IM as maiores contribuintes. Sessenta e oito a 70% das interações potenciais demandam atenção clínica (KOHLER, 2000). Estudos demonstram frequência variável de IMs na população adulta, 3 a 5% nos pacientes em uso de até 6 fármacos, chegando a 20% nos pacientes em uso de 10 a 20 fármacos. Como evitar a ocorrência de IMs e assegurar uma farmacoterapia segura e eficaz para essa faixa etária? Como garantir acesso a informação atualizada e de qualidade no ponto de cuidado? Estamos preparados para o reconhecimento rápido de EAMs?
  • 29. Hospital Universitário da USP Físico-químicas Farmacocinéticas Farmacodinâmicas Alteração dos efeitos farmacodinâmicos/ farmacocinéticas Diminuição ou ineficácia terapêutica Toxicidade Um retorno a teoria... Quando as ações de um medicamento são alteradas por outro
  • 30. Hospital Universitário da USP Interações físico-químicas Mecanismos óxido-redução, hidrólise, foto decomposição, fenômenos de adsorção, precipitação e formação de complexos, neutralização ácido básica. Precipitação, turvação, floculação, alterações na cor da mistura. Atenção: a ausência dessas alterações não garante a inexistência de interação.
  • 31. Hospital Universitário da USP http://www.ismp.org Este grupo de medicamentos está com frequencia associado a ocorrência de IMs físico-químicas
  • 32. Hospital Universitário da USP Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas  Solubilidade • Saturação • Co-solvente • Ácidos ou bases fracas • Constante de dissociação  Interação com os recipientes • Sorção  Reações entre medicamentos e solução • Hidrólise • Óxido-redução • Fotólise • Temperatura
  • 33. Hospital Universitário da USP Estabilidade depende da [ ] final da solução Quanto maior concentração  menor estabilidade Escurecimento da solução e formação de cristais 1 ampola 5mL  125 mL SG5%  4 horas 1 ampola 5mL  75 mL SG5%  2 horas 1 ampola 5mL  25 mL SG5%  1 horas
  • 34. Hospital Universitário da USP Estabilidade das Infusões intravenosas Conceito relativo a uma variável: o tempo Uma Infusão Intravenosa é considerada estável até que sua [ ] inicial decaia em, no máximo, 10%, ou seja, 100% 90% É estável durante todo o intervalo de tempo que transcorre até atingir 90% da sua [ ] inicial
  • 35. Hospital Universitário da USP Estabilidade das Infusões intravenosas Sistema monofásico composto por: Aditivo(s) (medicamentos e eletrólitos) Solução parenteral (diluente) + A preparação de Infusões Intravenosas implica na alteração das características farmacotécnicas iniciais de seus componentes Uma vez que o medicamento tenha sido diluído em uma SP, a “validade” descrita na embalagem não será mais a mesma!
  • 36. Hospital Universitário da USP Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas Exemplos de medicamentos que possuem co-solventes • Diazepam • Fenitoína • Sulfametoxazol + trimetoprima
  • 37. Hospital Universitário da USP Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas Diazepam Formulado na concentração 5 mg/mL, com veículo: • 40% de propilenoglicol • 10% de etanol • 1,5% álcool benzílico • água para injeção A diluição pode resultar em precipitação em função da [ ] 1:1 a 1:10 Precipitação visível 1:15 Turbidez 1:20 Precipitação após 6 a 8h 1:40 a 1:100 Sem precipitação por 24h!!!!!
  • 38. Hospital Universitário da USP Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas Heparina (Mucopolissacarídeo polissulfonado aniônico) Aminoglicosídeos (grandes cátions)
  • 39. Hospital Universitário da USP Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas Aditivos Material de fabricação dos recipientes e dispositivos de administração Ao escolher os recipientes, considerar as particularidades dos aditivos da Infusão Intravenosa
  • 40. Hospital Universitário da USP Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas Possíveis interações Aditivo extrai componente do recipiente para a solução de infusão (geralmente plastificantes tóxicos) Ex.: ciclosporina, tenoposido x plastificante de bolsas de PVC (DEHP) (hepatotóxico) Aditivo adere à parede do recipiente (é retirado da solução)  pode não ocorrer o efeito terapêutico desejado Ex.: filgrastima x adesão à paredes de PVC
  • 41. Hospital Universitário da USP Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas • Interação entre: – grupos funcionais da molécula do medicamento – sítios de ligação nas superfícies dos recipientes. Ex.: insulina, diazepam, filgrastima e a nitroglicerina
  • 42. Hospital Universitário da USP Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas
  • 43. Hospital Universitário da USP Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas Ampicilina Máxima estabilidade em intervalo de pH 5,5 – 7,5 Meio ácido e neutro • Este comportamento deve-se a sua estrutura de aminoácido: • em pH ácido se encontra na forma catiônica; • em pH básico na forma aniônica; • pH 6,5 é o ponto isoelétrico; Meio alcalino É hidrolisada em ácido a- aminobenzil-penamaldico e a- aminobenzil-penilico É hidrolisada em ácido a- aminobenzil-peniloico A diluição ideal para infusão é 30 mg/mL em SF (correr em até 1 h)
  • 44. Hospital Universitário da USP Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas Para inibir este processo, alguns medicamentos são envasados em atmosfera inerte (de nitrogênio)
  • 45. Hospital Universitário da USP Oxidação e redução
  • 46. Hospital Universitário da USP Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas Evitar incidência de luz sobre o recipiente de administração  envolver em embalagem opaca
  • 47. Hospital Universitário da USP Fatores que afetam a estabilidade das infusões intravenosas Geralmente soluções são mais estáveis sob refrigeração (2-8ºC) • Estabilidade da cefazolina reconstituída: – 24h à temperatura ambiente e 96h sob refrigeração • Alguns medicamentos, contudo, não devem ser refrigerados – Ex.: aciclovir (precipitação à baixas temperaturas)
  • 49. Hospital Universitário da USP E a estabilidade das emulsões???
  • 50. Hospital Universitário da USP Fatores que afetam a estabilidade de emulsões intravenosas •pH, •luz e temperatura, •reações químicas, •concentração, •tempo, •ordem de adtivação, •Envase.
  • 51. Hospital Universitário da USP Cuidados especiais para TA > 25o C (incubadoras, fototerapia) Exposição à luz Oxidação peróxido lipídico Citotoxidade Esteatose hepática, hipertrigliceridemia, aumento da resistência vascular pulmonar, doença pulmonar crônica, etc.
  • 52. Hospital Universitário da USP Nutrition, 14:697-706, 1998
  • 53. Hospital Universitário da USP Emulsões lipídicas • As ELs endovenosas normalmente possuem pH entre 5,5-8. • ¯ pH, o potencial eletrostático é reduzido, as forças de repulsão decrescem e o sistema pode tornar-se instável (coalescência). atração repulsão
  • 54. Hospital Universitário da USP Emulsões lipídicas • floculação/agregação dos lipossomas = ­ tamanhos dos mesmos = coalescência • lipossomas ± 0,6μ de diâmetro • lipossoma > 5μ = embolia gordurosa. Pharmaceutical Research, v.23, 1959-69 Esse efeito é atenuado quando a glicose e os eletrólitos estão diluídos no volume total da solução em água para injeção e com a solução de aminoácidos, que exerce efeito “tampão” devido ao pH que possuem.
  • 55. Hospital Universitário da USP Emulsões lipídicas Figura 1 - Lipossomas de padrão normal EL 20% original, 0,6μ (30.000 X). Figura 2 - Lipossomas em coalescência após contato glicose 50%, 2,76μ (30.000 X). Rev Bras Nutr Clin 2007;22(1):45--53
  • 56. Hospital Universitário da USP Emulsões lipídicas Figura 3 - Eletromicrografia de transmissão da NPT neonatos Ca normal, heparina 0,2 UI/mL; T = 24h, 2,08 μ (50.000 X). Figura 4- Eletromicrografia de transmissão da NPT básica, neonatos, Ca elevado; T = 24h, 2,10μ (50.000 X). Rev Bras Nutr Clin 2007;22(1):45--53
  • 57. Hospital Universitário da USP Possibilidade de separação de fases - Desaparecimento das forças de repulsão  Quebra das micelas ÓLEO Cátion bivalente água ÓLEO J pediatric gastroe nutrit, 8:491-495, 1989
  • 58. Hospital Universitário da USP Possibilidade de separação de fases heparina Partículas lipídicas + + + + + + + + + + + + Separação de fases Neutralização de cargas negativas (cátions divalentes x heparina) JPEN, 22:311-14, 1998
  • 59. Hospital Universitário da USP Separação de Fases
  • 60. Hospital Universitário da USP RNPT, PN 650g, Patual 700 g, 20ddv. Acessos: AVCDL + AVP. Recebe: 1)Jejum 2)NPP 70 mL ev por acesso central em 24 horas 3)Ranitidina 3,5 mg ev 12/12h 4)Vancomicina 7 mg ev 24/24 horas 5)Meropenen 28 mg ev 12/12 horas 6)Anfotericina B lipossomal 3,5 mg em SG5% 2 mL em 2 horas 7)Fenobarbital 2,8 mg ev 24/24 horas 8)Fentanila 50 mcg em SF 2,4 ml ev por BIC 0,1 ml/h ou acm 9)Midazolam 5 mcg em SF 2,4 ml ev por BIC 0,1 ml/h ou acm 10)Dobutamina 12 mcg em SF 2,4 ml ev por BIC 0,1 ml/h ou acm 11) Dopamina 12 mg em SF 4,8 ml ev por BIC 0,2 ml/h ou acm 12) Albumina 3,5 g ev em 4 horas 13) Furosemida 0,4 mg ev após item 12 14) Controle de dextro 4/4 horas 15) Controle de diurese 16) Diluir medicamentos em menor volume possível 17) CCG Análise do problema: 3 vias para administrar 11 medicamentos 2 necessitam de acesso central 5 são de infusão contínua
  • 61. Hospital Universitário da USP Como resolver?
  • 62. Hospital Universitário da USP Possíveis soluções a) Determinar a quantidade e o tipo de acessos disponíveis. b) Verificar todos os medicamentos que necessitam de acesso central para administração e entre estes parear os que são compatíveis. c) Reservar o acesso periférico para medicamentos que não necessitam de acesso central, adminstrando-os em horários diferentes em caso de interação físico-química. AVCDL: 1 via: NPP + Fentanila + Dobutamina 2 Via: Midazolam + Anfotericina B lipossomal + Dopamina AVP: Ranitidina, Vancomicina, Meropenen, Fenobarbital, Albumina e Furosemida
  • 67. Hospital Universitário da USP A + B + C + D = ? ? ? A B C D
  • 68. Hospital Universitário da USP a ceftriaxona foi introduzida no mercado em 1984... Por quantos anos ignoramos tal EAM?
  • 69. Hospital Universitário da USP Há protocolos em nossas instituições que alertam para esta interação? São conhecidos? Estão ao alcance dos colaboradores?
  • 72. Hospital Universitário da USP Concentrações usuais em nossas UTIs Comparação com 66 medicamentos utilizados com frequencia
  • 73. Hospital Universitário da USP A compatibilidade variou em função da concentração dos medicamentos... Risco na utilização de fontes de informação que não trazem referência das concentrações consideradas estáveis
  • 74. Hospital Universitário da USP Lembrar que as NPs para pediatria e neonatologia são personalizadas, ou seja, visam atender as necessidades específicas desses pacientes e que portanto possuem composição variável
  • 75. Hospital Universitário da USP Risco na padronização de fontes que não refletem reais condições dos pacientes
  • 76. Hospital Universitário da USP Necessidade de atenção em relação a qualidade metodológica dos trabalhos analisados
  • 77. Hospital Universitário da USP Casos como esses ocorrem em nossas instituições? Qual a melhor alternativa para evitar este EAM?
  • 78. Hospital Universitário da USP Interações Farmacodinâmicas • Seus efeitos finais são resultantes das ações farmacodinâmicas próprias de cada agente terapêutico. • Podem ocorrer em nível de receptores e estruturas intimamente associadas a eles, ou ainda quando os fármacos agem em sistemas diferentes, mas o efeito de um deles é alterado pelo efeito do outro.
  • 79. Hospital Universitário da USP • Podem ser sinérgicas ou antagônicas. • Geralmente são previsíveis. Ex: • lamotrigina x carbamazepina (­ toxicidade da carbamazepina sem aumentar seu Ns ou de seu metabólito). • furosemida x digoxina (­ toxicidade da digoxina pela hipocalcemia provocada pelo diurético de alça) • rocurônio x amicacina (efeito bloqueador do aminoglicosídeo por efeito aditivo)
  • 80. Hospital Universitário da USP Interações Farmacocinéticas • Interações em que um dos fármacos modifica a cinética de outro administrado concomitantemente.
  • 81. Hospital Universitário da USP • São mais frequentes e promovem, muitas vezes, influência significativa sobre a terapêutica medicamentosa. • Podem ser classificadas baseando-se no seu mecanismo, ou seja, na fase farmacocinética em que ocorre a interação. • As interações de maior relevância clínica são aquelas relacionada às fases de distribuição e metabolismo. Alterações de pH (Inibidores de bomba de prótons), esvaziamento gástrico (procinéticos), motilidade intestinal (opíóides) Farmacos que competem com as proteínas plasmáticas (fenitoína) Indução (antiepiléticos: fenobarbital, fenitiína e carbamazepina; benzodiazepínicos etc) e inibição enzimática (amiodarona, ARVs etc) Alterações de pH por fármacos ácidos ou básicos
  • 82. Hospital Universitário da USP a) Absorção acelerada. b) Absorção retardada. c) Absorção diminuída. d) Absorção aumentada. Adaptado de FLEISHER, 1999.
  • 83. Hospital Universitário da USP Na maioria dos casos (exceto pró-fármacos) estas reações são responsáveis pela transformação dos medicamentos em compostos inativos que serão eliminados. Medicamentos que alteram (inibam ou induzam) as enzimas do citocromo P-450 acarretarão em maior ou menor biodisponibilidade dos medicamentos. Extraído de: Cullen Taniguchi & Peter Guengerich. Metabolismo dos fármacos. Cap. 4. p 46-57.
  • 84. Hospital Universitário da USP Extraído de: Cullen Taniguchi & Peter Guengerich. Metabolismo dos fármacos. Cap. 4. p 46-57.
  • 85. Hospital Universitário da USP Extraído de: Cullen Taniguchi & Peter Guengerich. Metabolismo dos fármacos. Cap. 4. p 46-57.
  • 86. Hospital Universitário da USP Estratégias adotadas no HU-USP para diminuir a incidência de EAMs por Ims: a)Seleção criteriosa de medicamentos com base em evidências b)Participação do farmacêutico na visita médica para discussão de possíveis vantagens e desvantagens da terapia proposta c)Revisão das prescrições d)Orientações sobre preparo e administração de medicamentos (integração com a equipe de enfermagem e disponibilização no ponto de cuidado de orientações escritas) e)Farmacêutico presente 24 horas f)Farmacovigilância “Nenhuma ferramenta é capaz de substituir a discussão criteriosa do caso concreto e o julgamento profissional apropriado “
  • 91. Hospital Universitário da USP Conhecimento para transformar a realidade... Obrigada! sbrassica@hu.usp.br Tel: (11) 3091-9465