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Metodologia da Pesquisa
    Educacional – IBB046
Abordagens de Pesquisas e métodos
       Universidade Federal do Amazonas
        Instituto de Ciências Biológicas
           Departamento de Biologia
                 Área de Ensino
       Prof°. Me. Saulo C. Seiffert Santos
                      2012
                                             1
Roteiro
                     Dinâmica



 Pesquisa
                                        Revisão
Qualitativa




       Pesquisa                 Validade da
      Quantitativa               pesquisa


                                                  2
Dinâmica
Tabuleiro de xadrez
mutilado (SINGH, 2008)
Seria possível cobrir todas
as casas do xadrez mutilado
com 31 peças de dominó?
• Tente preencher com
   trinta uma peças.
• Qual foi a explicação que
   você elaboraram?
   – O mesmo procedimento de
     verificação pode abrir
     espaço para analisar de
     formas diferentes!
                                3
Revisão - A pesquisa se desenha?
     Problema de                        Discussão e
                        Analise das
       pesquisa                        elaboração de
                       informações
      (novidade)                          relatório


                                       Submeter aos
        Pesquisa       Registro das
                                          pares de
    reconhecimento     informações
                                        profissionais


                                       Divulgação do
     Preparação de     Aplicação do
                                         trabalho e
      um projeto       planejamento
                                           crítica


                       Elaboração do
     Elaboração do
                       procedimento
    corpo conceitual
                       metodológico


                                                        4
Revisão - Positivismo
Evolução do positivismo:
• positivismo clássico: os fatos são percebidos
    por teorias, e submete a imaginação à
    observação, e busca prever;
• Empiriocriticismo;
• Neopositivismo ou Positivismo lógico;
O Círculo de Viena que incluía alguns dos mais
conhecidos pesquisadores nas áreas das ciências
naturais (Otto Neurath, M. Schlick, R. Carnap
etc.), preocupava-se antes de tudo com as
funções da filosofia.
O emprego do termo “variável” permitiu medir
as relações entre os fenômenos e estabelecer
generalizações. Os conceitos operacionalizados
formavam as proposições que permitiam
formular as teorias.
Não podia existir qualquer tipo de conhecimento
elaborado a priori (antes da experiência).
                                                  5
Revisão - Fenomenologia
•   Intencionalidade é da consciência que sempre
    está dirigida a um objeto;
•   princípio que não existe objeto sem sujeito;
•    intencionalidade: se apresenta a consciência
    de estar orientada para um objeto.
•   Não é possível nenhum tipo de conhecimento
    se o entendimento não se sente atraído por
    algo, concretamente por um objeto
    (Triviños, 2009, p. 45).
•   A intencionalidade de algo é “puramente
    descritivo, uma peculiaridade íntima de
    algumas vivências”.
•   A fenomenologia descreve os fatos, não explica
    e nem analisa. Seu principal objeto é o mundo
    vivido, ou seja, os sujeitos de forma isolada.
•   A fenomenologia não leva em consideração a
    historicidade, mas descreve um pouco mais os
    fatos e exalta a interpretação do mundo
    intencionalmente.

                                                     6
Revisão - Marxismo
•    Karl Marx (1818-1883), ao fundar a doutrina marxista
    na década de 1840, revolucionou o pensamento
    filosófico.
•    O marxismo compreende três aspectos principais:
      – o materialismo dialético,
      – o materialismo histórico
      – e a economia política.
•   tendência dentro do materialismo filosófico;
•   A partir das ideias de Helgel desenvolveu o conceito
    de alienação ;
•   ponto de vista dialético da compreensão da realidade.
•   Desenvolveu-as dentro de sua concepção materialista
    do mundo, ao invés de vinculá-las ao espírito absoluto
    hegeliano (Triviños, 2009, p. 50).
•   Substitui-se o idealismo hegeliano por um realismo
    materialista: a matéria é o princípio fundamental e a
    consciência, produto da matéria.

                                                             7
Revisão - Posições filosóficas




  Conhecimento            Conhecimento          Conhecimento
  possível neutro        possível subjetivo     possível social
Idealista – empirista        Idealista –         Idealista –
Métodos empíricos-          subjetivista         materialista
     lógicos            Métodos subjetivos-   Métodos dialéticos
                            indutista



                                                                   8
Pesquisa Quantitativa e Pesquisa Qualitativa
•   Ciências
     – Pesquisa qualitativa: Ciências Sociais e Humanas     O ferro conduz eletricidade
     – Pesquisa quantitativa: Ciências Naturais             O ferro é metal
       e também nas Sociais                                 O ouro conduz eletricidade
                                                            O ouro é metal
                                                            O cobre conduz eletricidade
•   Orientação da pesquisa                                  O cobre é metal
     – Pesquisa qualitativa: compreensão, descoberta        Logo os metais conduzem
     – Pesquisa quantitativa: relação causa-efeito          eletricidade.

•   Formas de raciocínio                                    Todo metal conduz
     – Pesquisa qualitativa: indutivo                       eletricidade.
     – Pesquisa quantitativa: dedutivo                      O mercúrio é um metal.
                                                             Logo, o mercúrio conduz
                                                            eletricidade.
•   O problema e as hipóteses
     – Pesquisa qualitativa: o problema é revisto durante o estudo e não há hipóteses a
       priori
     – Pesquisa quantitativa: problema e hipóteses definidos a priori. As hipóteses são
       testadas.
                                                                                          9
• Relação pesquisador-sujeito
   – Pesquisa qualitativa: envolvimento, não-neutralidade
   – Pesquisa quantitativa: objetividade, neutralidade

• Os dados
   – Pesquisa qualitativa: fenômenos não-quantificáveis
   – Pesquisa quantitativa: variáveis quantificáveis passíveis de
     mensuração

• Instrumentos de coleta de dados
   – Pesquisa qualitativa: observação participante, entrevista não-
     diretiva, história de vida, análise de conteúdo
   – Pesquisa quantitativa: testes, observação simples, questionário.

• Análise dos dados
   – Pesquisa qualitativa: busca a essência dos fenômenos.
     Interpretação de acordo com o contexto
   – Pesquisa quantitativa: métodos estatísticos e comparação com
     ouros estudos
                                                                        10
Pesquisas exploratórias
 Geralmente a primeira etapa de uma pesquisa mais ampla. Tem o objetivo de
 proporcionar uma visão geral acerca de determinado fato, com vistas à
 elaboração de problemas mais precisos e hipóteses para estudos posteriores.




  Pesquisas descritivas
  Consiste na descrição de caraterísticas de determinada população
  ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis.


  Pesquisas explicativas
  Têm como preocupação central identificar os fatores que
  determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos.
  Tenta explicar a razão das coisas, o porquê. Tipo mais delicado e
  complexo pois aumenta consideravelmente o risco de se cometer
  erros.                                                         11
Tipos de pesquisas

           experimental
        não-experimental
           bibliográfica
             histórica
          levantamento
 participante ou pesquisa-ação


                                 12
Organização do Projeto de Pesquisa
                     Procedimento     Considerações
        Tema
                     Metodológico     Cronograma


     Delimitação      Referencial
                                       Referências
      do tema           Teórico


                      Objetivos
     Problema de
                       (Geral e
       Pesquisa
                      Específico)


      Questões
    Orientadoras –    Justificativa
       Hipótese

                                                      13
Organização do Artigo
                              Título

         Referências                        Resumo




                                                     Palavras-
Considerações
                                                      chaves


                                                                 Síntese teórica,
                                                                 problema de
                                                                 pesquisa,
     Discussão                                    Introdução
                                                                 justificativa,
                                                                 objetivo da pesquisa
                                                                 e hipóteses)
                                   Procedimento
                 Resultados
                                   metodológico


                                                                               14
Como Pesquisar:
1) Escolha do Tema;
2) Revisão de Literatura, Justificativa,
3) Formulação do problema,
4) Determinação de objetivos,
5) Metodologia,
6) Coleta de Dados,
7) Tabulação de Dados,
8) Análise e Discussão dos Resultados,
9) Conclusão da análise dos resultados,
10) Redação e
11) Apresentação do Trabalho Científico

                                           15
O problema

Introdução
  Faz uma introdução ao tema da pesquisa. É adequado
  citar os autores mais importantes, mostrando o “estado
  da arte”.
Problema de pesquisa: não pode ser problema de
  engenharia ou valor (como se faz?), deve ser científico.
  Para isso, necessita envolver variáveis que possam ser
  testáveis.



                                                         16
Objetivos
• O que se pretende com o desenvolvimento da
  pesquisa e quais resultados se procura alcançar;
Justificativa
• Consiste na apresentação das razões de ordem
  teórica e/ ou prática que justificam a realização
  da pesquisa;
Delimitação
• Restrição do campo de interesse.

                                                 17
Revisão de literatura
• É de extrema importância, irá familiarizar o
  leitor com outros estudos;
• Demonstra a necessidade da realização do
  estudo, assim como, a obtenção de resultados
  expressivos por outros autores.




                                             18
Metodologia

    Modelo de estudo;
    Descrição da amostra: seleção dos sujeitos;
•   Instrumentos:                   Indicação                 de
    testes, questionários, entrevistas, observações a serem
    utilizados;
•   Procedimento da coleta de dados: como, quando e por quem
    foram aplicados os instrumentos;
•   Tratamento de dados: explicitação estatística utilizada ou
    outros modos de interpretação de dados – abordado no
    Referencias teórico;
•   Limitação do estudo: aspectos indesejáveis que influenciarão
    os resultados e não são controláveis;
                                                             19
Resultados e Discussão

• Tabelas e figuras: devem                               ID AD E_M E v s . EST AT U R A (C as ew is e M D deletion)

                                                              EST AT U R A = 83,043 + 5,7031 * ID AD E_M E



  conter        título      e
                                                                           C orrelation: r = ,92320

                                               200




  numeração;                                   180




• Ênfase nos resultados
                                               160




                                E S TA TUR A
                                               140



  mais                                         120




  significativos,     apontar                  100




  divergências              e
                                                                                                                                R egres s ion
                                                80
                                                     2    4          6          8          10         12         14   16   18   95% c onfid.

                                                                                    ID AD E_M E


  convergências com a
  literatura.
• Obras e autores: citação
  simples, sobrenome dos
  autores seguido do ano.
  Ex:         (JACOBS,1932);
  (ARY,       JACOBS       &
  RAZAVIER, 1972)                                                                                                                               20
• Mais de três autores, sobrenome do primeiro, seguido
  da expressão “et al.” e ano;

• Quando mencionado um autor que está sendo citado
  na obra consultada, deve-se indicar o primeiro
  autor, seguido da expressão “apud” ou “citado por” e
  finalmente o autor e ano da obra atual. Ex: COOPER
  apud MCARDLE,1986);




                                                    21
Referências Bibliográficas:


Todos e, somente, os autores citados no texto devem
aparecer nas referências bibliográficas e vice-versa.
Material consultado sem alusão no texto não é
referenciado, podendo, no entanto, aparecer em outra
seção sob o título bibliografia suplementar.
A sequência deverá obedecer a ordem alfabética dos
sobrenomes dos autores. As referências variam em função
do número de autores e da fonte utilizada. (ABNT – NBR
6023/2002)



                                                    22
Validade de uma Pesquisa




                           23
Critérios de validação da pesquisa:
Internos
     Fidedignidade
     Coerência lógica
     Consistência
     Objetividade
     Originalidade
Externos
     Comparabilidade
     Divulgação
     Crítica (verificação, replicação)
     Reconhecimento pela comunidade científica
Controle das variáveis que ameaçam a validade
(tanto interna quanto externa)
                                                  24
Atitude (vigilância e abertura):
 Suspeitar das verdades pré-estabelecidas de senso
 comum
 Capacidade de “suspender” suas próprias opiniões,
 convicções e preconceitos para ouvir o outro
 sem julgá-lo (ser X dever ser)
 Ter consciência da teoria e das hipóteses ou
  pressupostos que está utilizando, assim como das
  limitações da pesquisa
 Prestar atenção aos seus próprios envolvimentos
 pessoais, políticos e/ou ideológicos no tema da
 pesquisa
 Estar aberto(a) para aceitar resultados que contrariem suas
  hipóteses e/ou suas convicções pessoais                     25
Ética:
 Observância da legislação (Constituição, ECA etc.), dos
  códigos de conduta profissional específicos, conforme a
  área, e dos princípios éticos gerais da atividade científica
 Informação clara e precisa aos pesquisados sobre
 objetivos, responsabilidade institucional, usos e formas
 de divulgação da pesquisa
 Consentimento para a realização da pesquisa
 Garantia de anonimato individual aos pesquisados
 Ausência de danos para os pesquisados
 Relação de equidade, respeito e não-julgamento para com as
  pessoas pesquisadas

                                                                 26
VARIÁVEIS
• Elementos aos quais podem ser atribuídos diferentes valores.
  Também chamadas de conceitos ou constructos.
•
                DEFINIÇÕES OPERACIONAIS
• Atribui significado a uma variável ou constructo especificando as
  operações necessárias para medi-la.
            y = a + bx. y=dependentes; x=independentes.
• VARIÁVEIS INDEPENDENTES: aquela (s) que influencia(m) outras variáveis.
• VARIÁVEIS DEPENDENTES: aquela(s) que é (são) influenciada(s) pela variável
   independente.
•VARIÁVEIS DE CONTROLE: controla ou mantém constante aspectos que não
   se deseja que influenciam no estudo.
•VARIÁVEIS MODERADORAS (ou categóricas): variáveis secundárias divididas
   em pelo menos duas categorias ou grupos.
VARIAVEIS MEDIDAS, CATEGÓRICAS E MANIPULADAS (KERLINGER, 1980).

                                                                        27
HIPÓTESE
  É um enunciado das relações entre duas ou mais variáveis.
  Devem implicar a verificação empírica das relações
  enunciadas.
• Semelhantes aos problemas. Os problemas são sentenças
  interrogativas e as hipóteses sentenças afirmativas. A
  diferença entre os dois é que as hipóteses tendem a ser mais
  específicas que os problemas para facilitar a verificação
  empírica.

• Problema: Privação na infância pode levar à deficiência
  mental?
• Hipótese: Se privação afetiva nos primeiros anos de vida
  então deficiência mental na vida adulta ( Se ..., então ...)


                                                           28
AMOSTRAGEM
Universo ou população: Conjunto definido de elementos
  com características comuns.


Amostra: Subconjunto do universo ou da população, por
  meio do qual se estabelecem ou se estimam as
  características desse universo ou população.




                                                   29
TIPOS DE AMOSTRAGEM


Probabilista (aleatória): Todos os elementos da
  população tem a mesma probabilidade (chance)
  de serem escolhidos para comporem a amostra.


Não-probabilista       (não-aleatória):  As
  probabilidades dos elementos da população
  serem selecionados não são as mesmas.




                                                  30
Variável/estímulo experimental
• O conjunto de materiais, eventos, situações
  e/ou metodologias que serão aplicados aos
  grupos experimentais
• Como exemplos de variável/estímulo
  experimental temos:
  – A aplicação de uma sequência didática
  – A utilização de um recurso tecnológico como
    recurso educacional
  – O estudo de um texto

                                                  31
Observação, teste ou medição
• Método utilizado para
  se obter os dados
  – Entrevistas, filmagens, te
    stes de papel e
    lápis, testes
    computacionais
• O pré-teste é
  considerado uma
  observação


                                  32
Tipos de validade
• De conteúdo: quando o conteúdo presente no
  instrumento contempla uma vasta gama dos
  conteúdos/conhecimento que está sendo medido
• Concorrente: quando um instrumento obtém resultados
  que se relacionam aos resultados obtidos por outro
  instrumento que já tenha sido validado
• Preditiva: quando o pesquisador utiliza os resultados
  obtidos com esse instrumento para fazer predições sobre
  os respondentes e estas predições são confirmadas


                                                        33
Validade interna - variáveis a controlar

• Variáveis que possuem impacto e que se não
  controladas podem produzir efeitos
  confundidos com o efeito do estímulo
  experimental:
  1. História: são os eventos ocorridos entre a
     primeira e segunda observação ou entre o
     estímulo experimental e uma observação
  2. Maturação: processos internos aos sujeitos, que
     são função do transcorrer do tempo

                         34
Validade interna – variáveis a controlar
3. Testagem: efeitos da aplicação de um teste sobre
   os escores de uma segunda aplicação
4. Instrumentação: mudanças nos instrumentos de
   medida, nos observadores e nos encarregados
   da atribuição das notas
5. Regressão estatística: fenômeno que ocorre
   quando grupos tenham sido selecionados com
   base em seus escores extremos
6. Vieses de seleção: causados por seleção
   diferencial de sujeitos para a comparação de
   grupos

                       35
Validade interna – variáveis a controlar

 7. Mortalidade diferencial: causada pela perda de
    respondentes por parte dos grupos comparados
 8. Interação seleção-maturação e outras
    interações: ocorrem quando um dos grupos (de
    controle ou experimental) está sujeito a uma
    maturação ou a uma evolução significativamente
    maior do que a do outro grupo




                       36
Validade externa – variáveis a controlar

• Devem ser controladas as variáveis que
  ameaçam a generalização do experimento:
  1. Efeito reativo: o pré-teste pode aumentar ou
     diminuir a sensibilidade ou a capacidade de
     resposta dos sujeitos à variável experimental
  2. Interação entre os vieses decorrentes da seleção
     e a variável experimental: pode ocorrer que os
     efeitos demonstrados sejam válidos apenas para
     a população onde foram selecionados o grupo
     de controle e o experimental

                         37
Validade externa – variáveis a controlar
 3. Interferência de
    tratamentos múltiplos:
    pois os efeitos dos
    tratamentos anteriores
    não podem ser
    cancelados




                                           38
PESQUISA QUANTITATIVA




                        39
A pesquisa quantitativa: características

• Baseia-se na experimentação, onde os
  delineamentos podem ser:
  – Pré-experimentais: pouco controle; quase
    nenhum valor científico
  – Experimentais: grande controle e valor científico
  – Quase-experimentais: similares aos
    experimentais, mas sem o mesmo controle
    experimental


                          40
A pesquisa quantitativa: características

• Faz uso intensivo de
  técnicas
  estatísticas, correlacion
  ando as variáveis e
  verificando o impacto e
  a validade do
  experimento:
   – Essas técnicas devem ser
     adequadas ao tipo de
     delineamento adotado

                                            41
O instrumento de coleta de dados
• Deve ser:
  – Válido: o instrumento consegue medir aquilo a
    que se propõem?
     •   Alguns tipos de validade: de conteúdo, concorrente e
         preditiva
  – Fidedigno: qual é o erro proveniente do uso do
    instrumento de coleta de dados e o quão estável
    é esse instrumento?
• Um instrumento não pode ser válido se não
  for fidedigno

                             42
O instrumento de coleta de dados
• Nas pesquisas
  quantitativas:
   – A fidedignidade é
     resolvida por meio da
     estatística
   – A validade deve ser
     alcançada por meio do
     maior número possível
     de critérios de validade



                                    43
Alguns Delineamentos
• Pré-experimental
  – Pré-teste e pós-teste aplicados a um grupo
                      O1      X     O2
     A validade interna está ameaçada por:
          História, maturação, testagem, instrumentação, regre
           ssão estatística e interação de seleção e maturação
     A validade externa está ameaçada por:
          Reatividade, interação de testagem e X, e a interação
           de seleção e X


                              44
Alguns Delineamentos
• Experimental
  – Pré-teste e pós-teste a grupos experimentais e
    de controle (D4)
                A     O1     X     O2
                A     O3           O4
     A validade interna está “assegurada”
     A validade externa está ameaçada pela interação
      entre X e alguma outra variável:
          Os efeitos observados de X podem ser específicos aos
           grupos aquecidos pelo pré-teste
                              45
Alguns Delineamentos
• Quase-experimental
  – Delineamento com grupo de controle (não-
    equivalente )
                   O1    X     O2
                   O3          O4
     É utilizado quando não é possível o D4
     Está suscetível às mesmas fraquezas que D4 e
      ainda à interação de seleção e maturação (validade
      interna)

                          46
Alguns delineamentos e as validades




                             47
PESQUISA QUALITATIVA




                  48
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA
QUALITATIVA EM CIÊNCIAS SOCIAIS:
 Busca descrever e analisar a cultura e o comportamento de
indivíduos e grupos do ponto de vista dos pesquisados.
Preocupação essencial é captar o significado que as pessoas dão
aos fenômenos estudados.


 CULTURA: sistema de valores, crenças, hábitos, atitudes e representações
 SIGNIFICADOS: explícitos e implícitos (latentes)


 Parte de uma visão “holística” (pressupõe interrelação
indivíduo/sociedade e entre os vários aspectos da vida social).
Observa as pessoas e o seu contexto como uma totalidade.
                                                                            49
CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA QUALITATIVA (cont.)
 É flexível e interativa (não se limita a um conjunto de
questões predefinidas, constrói-se parcialmente no processo e
na relação com os pesquisados)

 Aproxima “sujeito” e “objeto”, enfatizando o diálogo entre
diferentes tipos de conhecimento

 A subjetividade e o envolvimento pessoal do observador,
desde que controlados, podem ser instrumentos úteis para a
pesquisa (intuição, empatia, imaginação, sensibilidade,
experiência pessoal)

 Pode combinar diferentes técnicas e também estar associada
a pesquisas quantitativas
                                                                50
Alguns tipos de
pesquisa qualitativa:

1. Etnografia
3. Estudo de caso
2. História de vida
4. Pesquisa documental
5. Pesquisa-ação


                         51
Técnicas de pesquisa qualitativa:
   Entrevista
      estruturada
      semi-estruturada
      aberta

   Observação
      participante
      não-participante
   Grupo focal
   Levantamento documental
      textos
      fotografias, filmes, desenhos
                                       52
Entrevista aberta (não-estruturada)
Características:
 Essencial para histórias de vida e sempre que se queira conhecer
em profundidade valores, normas e representações de um grupo.

 Preocupação maior com o que o(a) entrevistado(a) pensa do que
com o que ele ou ela sabe.


Vantagens:
 Maior liberdade ao pesquisado  maior profundidade das
respostas

 Alta flexibilidade: roteiro aberto permite introduzir novas
questões durante o processo

                                                                     53
Entrevista aberta (cont.)
Limitação:
 Entrevistas diferentes respondem a diferentes questões 
Dificuldade de sistematizar e analisar o material

Critérios de seleção:
 Diversificação dos entrevistados, de acordo com os objetivos da
pesquisa
                                                  Gravar? Tomar nota?
Exemplos:
 Pesquisa Elemento suspeito (2003) – entrevistas com jovens de favelas e
com comandantes de batalhões das Zonas Norte e Sul do Rio de Janeiro,
sobre abordagem policial na cidade.

 O Brasil no estudo multipaíses da OMS sobre violência doméstica e
saúde da mulher (2002) – histórias de vida de mulheres vítimas de
violência conjugal
                                                                            54
Entrevista estruturada
Características
 Roteiro de questões previamente construído, mas com
possibilidade de alteração da ordem

Vantagens:
 Maior facilidade de comparar, sistematizar e analisar o material
 Possibilidade de utilizar múltiplos entrevistadores; replicabilidade
das entrevistas

Limitação:
 Menor flexibilidade  pontos importantes podem ficar de fora

Exemplo:
Pesquisa Mulheres policiais – entrevistas com mulheres policiais
militares do Estado do Rio de Janeiro.


                                                                         55
Observação participante /etnografia
Características
 “Mergulho” do(a) pesquisador(a) no grupo estudado e na sua cultura,
essencial para conhecer interrelações entre discursos, comportamentos,
interações não-verbais e contextos

Vantagens:
 Profundidade, abrangência temática, flexibilidade                   Impor-
                                                                     tância do
Limitações:                                                          diário de
 Tempo e custo da pesquisa                                           campo
 Aceitação pelo grupo
 Perfil específico de pesquisador(a); técnica de difícil ensino
 Dificuldade de replicação e de comparação

Exemplo:
Tiras, gansos e trutas: Cotidiano e reforma na polícia civil, de Guaracy Mingardi
(1990)  pesquisador tornou-se investigador da Polícia Civil de São Paulo
                                                                                56
Observação estruturada
Características:
 Observador não-participante
 Forma de registro predeterminada
 Contexto natural ou artificial

Vantagens:
 Pode gerar também dados quantitativos
 Pode ser repetida para monitorar mudanças no tempo

Limitações:
 Foco da observação deve ser bem definido  pontos
importantes podem ficar de fora

Exemplo:
Policiamento comunitário de Copacabana (1995)  pesquisadores
acompanharam rondas de policiais militares nos quarteirões do bairro,
utilizando fichas pré-estruturadas para registro de observações
                                                                        57
Grupo focal
Características:
 Discussão entre participantes de um grupo convidado/convocado
segundo determinados critérios e com roteiro pré-estabelecido
 Também utilizado como técnica auxiliar para pesquisas quantitativas

Vantagens:
 Rapidez de geração das informações
 Pode ser repetido para monitorar mudanças no tempo

Limitações:
 Contexto de interação artificial
 Exige treino específico dos moderadores/observadores

Exemplo:
Pesquisa Elemento suspeito – grupos de jovens: negros, universitários, de
favelas, da Zona Oeste


                                                                            58
Pesquisa documental
Características:
 Levantamento e análise de material escrito (mídia, documentos
institucionais, diários, obras literárias, cartas etc.) ou visual (fotografias,
filmes, obras pictóricas etc.)
 Também utilizada como técnica auxiliar

Vantagens:
 Permite estudar pessoas e contextos às quais não se tem acesso físico
 Durabilidade das informações e possibilidade de reanálises
 Permite comparações no tempo longo

Limitações:
 Documentos têm viés de quem os produziu (não-pesquisador)
 Representações diretas só das camadas sociais letradas
 Dificuldade de captar comportamentos não-verbais

                                                                                  59
Etapas de uma pesquisa (quanti ou quali):

  1. Fase exploratória:
      Delimitação do objeto e definição do método de
       estudo
      Busca do referencial teórico e do “estado das
       artes”
      Elaboração do projeto de pesquisa

  2. Trabalho de campo (coleta de dados)

  3. Processamento (tabulação ou transcrição) e
     sistematização dos dados

  4. Análise
                                                        60
Checklist para controle de qualidade:
 As perguntas da pesquisa foram claramente formuladas?

 O método de pesquisa escolhido é consistente com o objetivo e
 as perguntas?

 Os pressupostos foram bem explicitados?

 A posição teórica e as expectativas do pesquisador foram
 explicitadas?

 Adotaram-se regras explícitas nos procedimentos metodológicos?

 Os procedimentos metodológicos são bem documentados?

 Adotaram-se regras explícitas nos procedimentos analíticos?

 Os procedimentos analíticos são bem documentados?

                                                                   61
Controle de qualidade (cont.)
 O detalhamento da análise leva em conta resultados não-
 esperados e contrários ao esperado?

 A discussão dos resultados leva em conta possíveis alternativas
 de interpretação?

 Os resultados são congruentes com as expectativas teóricas?

 Explicitou-se a teoria que pode ser derivada dos dados e utilizada
 em outros contextos?

 Os resultados são acessíveis, tanto para a comunidade
 acadêmica quanto para os usuários no campo?

 Os resultados estimulam ações – básicas e aplicadas – futuras?

                                                  (GÜNTHER, Hartmut, 2006)   62
Atividade
• Visite a Revista eletrônica Investigação em Ensino de Ciências (URL:
  http://www.if.ufrgs.br/ienci/?go=artigos&idEdicao=52)
• Responda as perguntas da página 64 da apostila com base na leitura
    – dos resumos dos artigos encontrados no volume 17, número 1 ou
      volume 16, número 2. São seis artigos.
    – Três pôsteres de pesquisa (bloco E).
• Leia os textos 2 a 6 da apostila para próxima aula.
• Enviar para o e-mail: saulo.seiffert.at@gmail.com, até a terça-feira.
  Caso queira os slides solicite solicite por e-mail.
• Sala do prof°. Saulo Seiffert: Bloco B, sala B.15. Horário de
  atendimento toda terça-feira e quinta-feira das 14-18 horas (agende
  de preferência por e-mail).
                                       Obrigado e Bom final de semana!



                                                                      63
Algumas Bibliografias
DURHAM, Eunice. A pesquisa antropológica com populaçoes urbanas: problemas e
perspectivas. In: A aventura antropológica. Teoría e pesquisa. Rio de Janeiro, Ed. Paz e
Terra, 1986, p. 17-37.

FALCÃO, Márcia Thereza Couto. Pesquisa qualitativa: potencialidades
e limites. São Paulo, Escola de Enfermagem/USP, 2003. [disponível em
http://www.ee.usp.br/pesquisa/documentos/pesqui%20quali%20EEUSP.ppt]

GODÓI, Arilda Schmidt. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. Revista de
Administração de Empresas, v. 35, n. 2, mar./abr. 1995, p. 57-63. [disponível em
http://www.rae.com.br/artigos/3317.pdf]

GODÓI, Arilda Schmidt. Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de
Empresas, v. 35, n. 3, mai./jun. 1995, p. 20-29. [disponível em
http://www.rae.com.br/redirect.cfm?ID=461]

GÜNTHER, Hartmut. Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a questão?
Psicologia: Teoria e Pesquisa, vol. 22, n. 2, maio/ago. 2006, p. 201-210. [disponível em
http://www.scielo.br/pdf/ptp/v22n2/a10v22n2.pdf]

LAMY FILHO, Fernando. Pesquisa Qualitativa. Slides de aula da disciplina Abordagens
Metodológicas da Pesquisa em Saúde. São Luís, Programa de Pós-Graduação em Saúde
Coletiva/UFMA, s/data. [disponível em
http://www.pgsc.ufma.br/arquivos/pesquisaqualitativa.pdf]                                      64
Algumas Bibliografias (cont.)

MAGNANI, José Guilherme Cantor. Quando o campo é a cidade: fazendo antropologia na
metrópole. In: MAGNANI, J. G. C. e TORRES, Lilian de L. (orgs.). Na metrópote – Textos de
Antropologia Urbanai. São Paulo, Edusp, 1996. [disponível em http://www.n-a-
u.org/QUANDOOCAMPOCAPI.pdf]

MARTINS, Heloísa Helena T. de Souza. Metodologia qualitativa de pesquisa. Educação e
Pesquisa, v. 30, n. 2, maio/ago. 2004, p. 289-300. [disponível em
http://www.scielo.br/pdf/ep/v30n2/v30n2a07.pdf]

MINAYO, Maria Cecilia de S. e SANCHES, Odécio. Quantitativo-Qualitativo: Oposição ou
Complementaridade? Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 9 (3): 239-262, jul/set, 1993.
[disponível em http://www.scielo.br/pdf/csp/v9n3/02.pdf]

WOLFFENBÜTTEL, Cristina Rolim. Pesquisa qualitativa e quantitativa: dois
paradigmas. Caminhos do Conhecimento [online]. vol. 1, no. 1, 2008.
[disponível em: http://www.fasev.edu.br/revista?q=node/25]




                                                                                               65

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Abordagens de pesquisas e métodos de ensino

  • 1. Metodologia da Pesquisa Educacional – IBB046 Abordagens de Pesquisas e métodos Universidade Federal do Amazonas Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Biologia Área de Ensino Prof°. Me. Saulo C. Seiffert Santos 2012 1
  • 2. Roteiro Dinâmica Pesquisa Revisão Qualitativa Pesquisa Validade da Quantitativa pesquisa 2
  • 3. Dinâmica Tabuleiro de xadrez mutilado (SINGH, 2008) Seria possível cobrir todas as casas do xadrez mutilado com 31 peças de dominó? • Tente preencher com trinta uma peças. • Qual foi a explicação que você elaboraram? – O mesmo procedimento de verificação pode abrir espaço para analisar de formas diferentes! 3
  • 4. Revisão - A pesquisa se desenha? Problema de Discussão e Analise das pesquisa elaboração de informações (novidade) relatório Submeter aos Pesquisa Registro das pares de reconhecimento informações profissionais Divulgação do Preparação de Aplicação do trabalho e um projeto planejamento crítica Elaboração do Elaboração do procedimento corpo conceitual metodológico 4
  • 5. Revisão - Positivismo Evolução do positivismo: • positivismo clássico: os fatos são percebidos por teorias, e submete a imaginação à observação, e busca prever; • Empiriocriticismo; • Neopositivismo ou Positivismo lógico; O Círculo de Viena que incluía alguns dos mais conhecidos pesquisadores nas áreas das ciências naturais (Otto Neurath, M. Schlick, R. Carnap etc.), preocupava-se antes de tudo com as funções da filosofia. O emprego do termo “variável” permitiu medir as relações entre os fenômenos e estabelecer generalizações. Os conceitos operacionalizados formavam as proposições que permitiam formular as teorias. Não podia existir qualquer tipo de conhecimento elaborado a priori (antes da experiência). 5
  • 6. Revisão - Fenomenologia • Intencionalidade é da consciência que sempre está dirigida a um objeto; • princípio que não existe objeto sem sujeito; • intencionalidade: se apresenta a consciência de estar orientada para um objeto. • Não é possível nenhum tipo de conhecimento se o entendimento não se sente atraído por algo, concretamente por um objeto (Triviños, 2009, p. 45). • A intencionalidade de algo é “puramente descritivo, uma peculiaridade íntima de algumas vivências”. • A fenomenologia descreve os fatos, não explica e nem analisa. Seu principal objeto é o mundo vivido, ou seja, os sujeitos de forma isolada. • A fenomenologia não leva em consideração a historicidade, mas descreve um pouco mais os fatos e exalta a interpretação do mundo intencionalmente. 6
  • 7. Revisão - Marxismo • Karl Marx (1818-1883), ao fundar a doutrina marxista na década de 1840, revolucionou o pensamento filosófico. • O marxismo compreende três aspectos principais: – o materialismo dialético, – o materialismo histórico – e a economia política. • tendência dentro do materialismo filosófico; • A partir das ideias de Helgel desenvolveu o conceito de alienação ; • ponto de vista dialético da compreensão da realidade. • Desenvolveu-as dentro de sua concepção materialista do mundo, ao invés de vinculá-las ao espírito absoluto hegeliano (Triviños, 2009, p. 50). • Substitui-se o idealismo hegeliano por um realismo materialista: a matéria é o princípio fundamental e a consciência, produto da matéria. 7
  • 8. Revisão - Posições filosóficas Conhecimento Conhecimento Conhecimento possível neutro possível subjetivo possível social Idealista – empirista Idealista – Idealista – Métodos empíricos- subjetivista materialista lógicos Métodos subjetivos- Métodos dialéticos indutista 8
  • 9. Pesquisa Quantitativa e Pesquisa Qualitativa • Ciências – Pesquisa qualitativa: Ciências Sociais e Humanas O ferro conduz eletricidade – Pesquisa quantitativa: Ciências Naturais O ferro é metal e também nas Sociais O ouro conduz eletricidade O ouro é metal O cobre conduz eletricidade • Orientação da pesquisa O cobre é metal – Pesquisa qualitativa: compreensão, descoberta Logo os metais conduzem – Pesquisa quantitativa: relação causa-efeito eletricidade. • Formas de raciocínio Todo metal conduz – Pesquisa qualitativa: indutivo eletricidade. – Pesquisa quantitativa: dedutivo O mercúrio é um metal. Logo, o mercúrio conduz eletricidade. • O problema e as hipóteses – Pesquisa qualitativa: o problema é revisto durante o estudo e não há hipóteses a priori – Pesquisa quantitativa: problema e hipóteses definidos a priori. As hipóteses são testadas. 9
  • 10. • Relação pesquisador-sujeito – Pesquisa qualitativa: envolvimento, não-neutralidade – Pesquisa quantitativa: objetividade, neutralidade • Os dados – Pesquisa qualitativa: fenômenos não-quantificáveis – Pesquisa quantitativa: variáveis quantificáveis passíveis de mensuração • Instrumentos de coleta de dados – Pesquisa qualitativa: observação participante, entrevista não- diretiva, história de vida, análise de conteúdo – Pesquisa quantitativa: testes, observação simples, questionário. • Análise dos dados – Pesquisa qualitativa: busca a essência dos fenômenos. Interpretação de acordo com o contexto – Pesquisa quantitativa: métodos estatísticos e comparação com ouros estudos 10
  • 11. Pesquisas exploratórias Geralmente a primeira etapa de uma pesquisa mais ampla. Tem o objetivo de proporcionar uma visão geral acerca de determinado fato, com vistas à elaboração de problemas mais precisos e hipóteses para estudos posteriores. Pesquisas descritivas Consiste na descrição de caraterísticas de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Pesquisas explicativas Têm como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Tenta explicar a razão das coisas, o porquê. Tipo mais delicado e complexo pois aumenta consideravelmente o risco de se cometer erros. 11
  • 12. Tipos de pesquisas experimental não-experimental bibliográfica histórica levantamento participante ou pesquisa-ação 12
  • 13. Organização do Projeto de Pesquisa Procedimento Considerações Tema Metodológico Cronograma Delimitação Referencial Referências do tema Teórico Objetivos Problema de (Geral e Pesquisa Específico) Questões Orientadoras – Justificativa Hipótese 13
  • 14. Organização do Artigo Título Referências Resumo Palavras- Considerações chaves Síntese teórica, problema de pesquisa, Discussão Introdução justificativa, objetivo da pesquisa e hipóteses) Procedimento Resultados metodológico 14
  • 15. Como Pesquisar: 1) Escolha do Tema; 2) Revisão de Literatura, Justificativa, 3) Formulação do problema, 4) Determinação de objetivos, 5) Metodologia, 6) Coleta de Dados, 7) Tabulação de Dados, 8) Análise e Discussão dos Resultados, 9) Conclusão da análise dos resultados, 10) Redação e 11) Apresentação do Trabalho Científico 15
  • 16. O problema Introdução Faz uma introdução ao tema da pesquisa. É adequado citar os autores mais importantes, mostrando o “estado da arte”. Problema de pesquisa: não pode ser problema de engenharia ou valor (como se faz?), deve ser científico. Para isso, necessita envolver variáveis que possam ser testáveis. 16
  • 17. Objetivos • O que se pretende com o desenvolvimento da pesquisa e quais resultados se procura alcançar; Justificativa • Consiste na apresentação das razões de ordem teórica e/ ou prática que justificam a realização da pesquisa; Delimitação • Restrição do campo de interesse. 17
  • 18. Revisão de literatura • É de extrema importância, irá familiarizar o leitor com outros estudos; • Demonstra a necessidade da realização do estudo, assim como, a obtenção de resultados expressivos por outros autores. 18
  • 19. Metodologia Modelo de estudo; Descrição da amostra: seleção dos sujeitos; • Instrumentos: Indicação de testes, questionários, entrevistas, observações a serem utilizados; • Procedimento da coleta de dados: como, quando e por quem foram aplicados os instrumentos; • Tratamento de dados: explicitação estatística utilizada ou outros modos de interpretação de dados – abordado no Referencias teórico; • Limitação do estudo: aspectos indesejáveis que influenciarão os resultados e não são controláveis; 19
  • 20. Resultados e Discussão • Tabelas e figuras: devem ID AD E_M E v s . EST AT U R A (C as ew is e M D deletion) EST AT U R A = 83,043 + 5,7031 * ID AD E_M E conter título e C orrelation: r = ,92320 200 numeração; 180 • Ênfase nos resultados 160 E S TA TUR A 140 mais 120 significativos, apontar 100 divergências e R egres s ion 80 2 4 6 8 10 12 14 16 18 95% c onfid. ID AD E_M E convergências com a literatura. • Obras e autores: citação simples, sobrenome dos autores seguido do ano. Ex: (JACOBS,1932); (ARY, JACOBS & RAZAVIER, 1972) 20
  • 21. • Mais de três autores, sobrenome do primeiro, seguido da expressão “et al.” e ano; • Quando mencionado um autor que está sendo citado na obra consultada, deve-se indicar o primeiro autor, seguido da expressão “apud” ou “citado por” e finalmente o autor e ano da obra atual. Ex: COOPER apud MCARDLE,1986); 21
  • 22. Referências Bibliográficas: Todos e, somente, os autores citados no texto devem aparecer nas referências bibliográficas e vice-versa. Material consultado sem alusão no texto não é referenciado, podendo, no entanto, aparecer em outra seção sob o título bibliografia suplementar. A sequência deverá obedecer a ordem alfabética dos sobrenomes dos autores. As referências variam em função do número de autores e da fonte utilizada. (ABNT – NBR 6023/2002) 22
  • 23. Validade de uma Pesquisa 23
  • 24. Critérios de validação da pesquisa: Internos  Fidedignidade  Coerência lógica  Consistência  Objetividade  Originalidade Externos  Comparabilidade  Divulgação  Crítica (verificação, replicação)  Reconhecimento pela comunidade científica Controle das variáveis que ameaçam a validade (tanto interna quanto externa) 24
  • 25. Atitude (vigilância e abertura):  Suspeitar das verdades pré-estabelecidas de senso comum  Capacidade de “suspender” suas próprias opiniões, convicções e preconceitos para ouvir o outro sem julgá-lo (ser X dever ser)  Ter consciência da teoria e das hipóteses ou pressupostos que está utilizando, assim como das limitações da pesquisa  Prestar atenção aos seus próprios envolvimentos pessoais, políticos e/ou ideológicos no tema da pesquisa  Estar aberto(a) para aceitar resultados que contrariem suas hipóteses e/ou suas convicções pessoais 25
  • 26. Ética:  Observância da legislação (Constituição, ECA etc.), dos códigos de conduta profissional específicos, conforme a área, e dos princípios éticos gerais da atividade científica  Informação clara e precisa aos pesquisados sobre objetivos, responsabilidade institucional, usos e formas de divulgação da pesquisa  Consentimento para a realização da pesquisa  Garantia de anonimato individual aos pesquisados  Ausência de danos para os pesquisados  Relação de equidade, respeito e não-julgamento para com as pessoas pesquisadas 26
  • 27. VARIÁVEIS • Elementos aos quais podem ser atribuídos diferentes valores. Também chamadas de conceitos ou constructos. • DEFINIÇÕES OPERACIONAIS • Atribui significado a uma variável ou constructo especificando as operações necessárias para medi-la. y = a + bx. y=dependentes; x=independentes. • VARIÁVEIS INDEPENDENTES: aquela (s) que influencia(m) outras variáveis. • VARIÁVEIS DEPENDENTES: aquela(s) que é (são) influenciada(s) pela variável independente. •VARIÁVEIS DE CONTROLE: controla ou mantém constante aspectos que não se deseja que influenciam no estudo. •VARIÁVEIS MODERADORAS (ou categóricas): variáveis secundárias divididas em pelo menos duas categorias ou grupos. VARIAVEIS MEDIDAS, CATEGÓRICAS E MANIPULADAS (KERLINGER, 1980). 27
  • 28. HIPÓTESE É um enunciado das relações entre duas ou mais variáveis. Devem implicar a verificação empírica das relações enunciadas. • Semelhantes aos problemas. Os problemas são sentenças interrogativas e as hipóteses sentenças afirmativas. A diferença entre os dois é que as hipóteses tendem a ser mais específicas que os problemas para facilitar a verificação empírica. • Problema: Privação na infância pode levar à deficiência mental? • Hipótese: Se privação afetiva nos primeiros anos de vida então deficiência mental na vida adulta ( Se ..., então ...) 28
  • 29. AMOSTRAGEM Universo ou população: Conjunto definido de elementos com características comuns. Amostra: Subconjunto do universo ou da população, por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população. 29
  • 30. TIPOS DE AMOSTRAGEM Probabilista (aleatória): Todos os elementos da população tem a mesma probabilidade (chance) de serem escolhidos para comporem a amostra. Não-probabilista (não-aleatória): As probabilidades dos elementos da população serem selecionados não são as mesmas. 30
  • 31. Variável/estímulo experimental • O conjunto de materiais, eventos, situações e/ou metodologias que serão aplicados aos grupos experimentais • Como exemplos de variável/estímulo experimental temos: – A aplicação de uma sequência didática – A utilização de um recurso tecnológico como recurso educacional – O estudo de um texto 31
  • 32. Observação, teste ou medição • Método utilizado para se obter os dados – Entrevistas, filmagens, te stes de papel e lápis, testes computacionais • O pré-teste é considerado uma observação 32
  • 33. Tipos de validade • De conteúdo: quando o conteúdo presente no instrumento contempla uma vasta gama dos conteúdos/conhecimento que está sendo medido • Concorrente: quando um instrumento obtém resultados que se relacionam aos resultados obtidos por outro instrumento que já tenha sido validado • Preditiva: quando o pesquisador utiliza os resultados obtidos com esse instrumento para fazer predições sobre os respondentes e estas predições são confirmadas 33
  • 34. Validade interna - variáveis a controlar • Variáveis que possuem impacto e que se não controladas podem produzir efeitos confundidos com o efeito do estímulo experimental: 1. História: são os eventos ocorridos entre a primeira e segunda observação ou entre o estímulo experimental e uma observação 2. Maturação: processos internos aos sujeitos, que são função do transcorrer do tempo 34
  • 35. Validade interna – variáveis a controlar 3. Testagem: efeitos da aplicação de um teste sobre os escores de uma segunda aplicação 4. Instrumentação: mudanças nos instrumentos de medida, nos observadores e nos encarregados da atribuição das notas 5. Regressão estatística: fenômeno que ocorre quando grupos tenham sido selecionados com base em seus escores extremos 6. Vieses de seleção: causados por seleção diferencial de sujeitos para a comparação de grupos 35
  • 36. Validade interna – variáveis a controlar 7. Mortalidade diferencial: causada pela perda de respondentes por parte dos grupos comparados 8. Interação seleção-maturação e outras interações: ocorrem quando um dos grupos (de controle ou experimental) está sujeito a uma maturação ou a uma evolução significativamente maior do que a do outro grupo 36
  • 37. Validade externa – variáveis a controlar • Devem ser controladas as variáveis que ameaçam a generalização do experimento: 1. Efeito reativo: o pré-teste pode aumentar ou diminuir a sensibilidade ou a capacidade de resposta dos sujeitos à variável experimental 2. Interação entre os vieses decorrentes da seleção e a variável experimental: pode ocorrer que os efeitos demonstrados sejam válidos apenas para a população onde foram selecionados o grupo de controle e o experimental 37
  • 38. Validade externa – variáveis a controlar 3. Interferência de tratamentos múltiplos: pois os efeitos dos tratamentos anteriores não podem ser cancelados 38
  • 40. A pesquisa quantitativa: características • Baseia-se na experimentação, onde os delineamentos podem ser: – Pré-experimentais: pouco controle; quase nenhum valor científico – Experimentais: grande controle e valor científico – Quase-experimentais: similares aos experimentais, mas sem o mesmo controle experimental 40
  • 41. A pesquisa quantitativa: características • Faz uso intensivo de técnicas estatísticas, correlacion ando as variáveis e verificando o impacto e a validade do experimento: – Essas técnicas devem ser adequadas ao tipo de delineamento adotado 41
  • 42. O instrumento de coleta de dados • Deve ser: – Válido: o instrumento consegue medir aquilo a que se propõem? • Alguns tipos de validade: de conteúdo, concorrente e preditiva – Fidedigno: qual é o erro proveniente do uso do instrumento de coleta de dados e o quão estável é esse instrumento? • Um instrumento não pode ser válido se não for fidedigno 42
  • 43. O instrumento de coleta de dados • Nas pesquisas quantitativas: – A fidedignidade é resolvida por meio da estatística – A validade deve ser alcançada por meio do maior número possível de critérios de validade 43
  • 44. Alguns Delineamentos • Pré-experimental – Pré-teste e pós-teste aplicados a um grupo O1 X O2  A validade interna está ameaçada por:  História, maturação, testagem, instrumentação, regre ssão estatística e interação de seleção e maturação  A validade externa está ameaçada por:  Reatividade, interação de testagem e X, e a interação de seleção e X 44
  • 45. Alguns Delineamentos • Experimental – Pré-teste e pós-teste a grupos experimentais e de controle (D4) A O1 X O2 A O3 O4  A validade interna está “assegurada”  A validade externa está ameaçada pela interação entre X e alguma outra variável:  Os efeitos observados de X podem ser específicos aos grupos aquecidos pelo pré-teste 45
  • 46. Alguns Delineamentos • Quase-experimental – Delineamento com grupo de controle (não- equivalente ) O1 X O2 O3 O4  É utilizado quando não é possível o D4  Está suscetível às mesmas fraquezas que D4 e ainda à interação de seleção e maturação (validade interna) 46
  • 47. Alguns delineamentos e as validades 47
  • 49. ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA QUALITATIVA EM CIÊNCIAS SOCIAIS:  Busca descrever e analisar a cultura e o comportamento de indivíduos e grupos do ponto de vista dos pesquisados. Preocupação essencial é captar o significado que as pessoas dão aos fenômenos estudados. CULTURA: sistema de valores, crenças, hábitos, atitudes e representações SIGNIFICADOS: explícitos e implícitos (latentes)  Parte de uma visão “holística” (pressupõe interrelação indivíduo/sociedade e entre os vários aspectos da vida social). Observa as pessoas e o seu contexto como uma totalidade. 49
  • 50. CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA QUALITATIVA (cont.)  É flexível e interativa (não se limita a um conjunto de questões predefinidas, constrói-se parcialmente no processo e na relação com os pesquisados)  Aproxima “sujeito” e “objeto”, enfatizando o diálogo entre diferentes tipos de conhecimento  A subjetividade e o envolvimento pessoal do observador, desde que controlados, podem ser instrumentos úteis para a pesquisa (intuição, empatia, imaginação, sensibilidade, experiência pessoal)  Pode combinar diferentes técnicas e também estar associada a pesquisas quantitativas 50
  • 51. Alguns tipos de pesquisa qualitativa: 1. Etnografia 3. Estudo de caso 2. História de vida 4. Pesquisa documental 5. Pesquisa-ação 51
  • 52. Técnicas de pesquisa qualitativa:  Entrevista  estruturada  semi-estruturada  aberta  Observação  participante  não-participante  Grupo focal  Levantamento documental  textos  fotografias, filmes, desenhos 52
  • 53. Entrevista aberta (não-estruturada) Características:  Essencial para histórias de vida e sempre que se queira conhecer em profundidade valores, normas e representações de um grupo.  Preocupação maior com o que o(a) entrevistado(a) pensa do que com o que ele ou ela sabe. Vantagens:  Maior liberdade ao pesquisado  maior profundidade das respostas  Alta flexibilidade: roteiro aberto permite introduzir novas questões durante o processo 53
  • 54. Entrevista aberta (cont.) Limitação:  Entrevistas diferentes respondem a diferentes questões  Dificuldade de sistematizar e analisar o material Critérios de seleção:  Diversificação dos entrevistados, de acordo com os objetivos da pesquisa Gravar? Tomar nota? Exemplos:  Pesquisa Elemento suspeito (2003) – entrevistas com jovens de favelas e com comandantes de batalhões das Zonas Norte e Sul do Rio de Janeiro, sobre abordagem policial na cidade.  O Brasil no estudo multipaíses da OMS sobre violência doméstica e saúde da mulher (2002) – histórias de vida de mulheres vítimas de violência conjugal 54
  • 55. Entrevista estruturada Características  Roteiro de questões previamente construído, mas com possibilidade de alteração da ordem Vantagens:  Maior facilidade de comparar, sistematizar e analisar o material  Possibilidade de utilizar múltiplos entrevistadores; replicabilidade das entrevistas Limitação:  Menor flexibilidade  pontos importantes podem ficar de fora Exemplo: Pesquisa Mulheres policiais – entrevistas com mulheres policiais militares do Estado do Rio de Janeiro. 55
  • 56. Observação participante /etnografia Características  “Mergulho” do(a) pesquisador(a) no grupo estudado e na sua cultura, essencial para conhecer interrelações entre discursos, comportamentos, interações não-verbais e contextos Vantagens:  Profundidade, abrangência temática, flexibilidade Impor- tância do Limitações: diário de  Tempo e custo da pesquisa campo  Aceitação pelo grupo  Perfil específico de pesquisador(a); técnica de difícil ensino  Dificuldade de replicação e de comparação Exemplo: Tiras, gansos e trutas: Cotidiano e reforma na polícia civil, de Guaracy Mingardi (1990)  pesquisador tornou-se investigador da Polícia Civil de São Paulo 56
  • 57. Observação estruturada Características:  Observador não-participante  Forma de registro predeterminada  Contexto natural ou artificial Vantagens:  Pode gerar também dados quantitativos  Pode ser repetida para monitorar mudanças no tempo Limitações:  Foco da observação deve ser bem definido  pontos importantes podem ficar de fora Exemplo: Policiamento comunitário de Copacabana (1995)  pesquisadores acompanharam rondas de policiais militares nos quarteirões do bairro, utilizando fichas pré-estruturadas para registro de observações 57
  • 58. Grupo focal Características:  Discussão entre participantes de um grupo convidado/convocado segundo determinados critérios e com roteiro pré-estabelecido  Também utilizado como técnica auxiliar para pesquisas quantitativas Vantagens:  Rapidez de geração das informações  Pode ser repetido para monitorar mudanças no tempo Limitações:  Contexto de interação artificial  Exige treino específico dos moderadores/observadores Exemplo: Pesquisa Elemento suspeito – grupos de jovens: negros, universitários, de favelas, da Zona Oeste 58
  • 59. Pesquisa documental Características:  Levantamento e análise de material escrito (mídia, documentos institucionais, diários, obras literárias, cartas etc.) ou visual (fotografias, filmes, obras pictóricas etc.)  Também utilizada como técnica auxiliar Vantagens:  Permite estudar pessoas e contextos às quais não se tem acesso físico  Durabilidade das informações e possibilidade de reanálises  Permite comparações no tempo longo Limitações:  Documentos têm viés de quem os produziu (não-pesquisador)  Representações diretas só das camadas sociais letradas  Dificuldade de captar comportamentos não-verbais 59
  • 60. Etapas de uma pesquisa (quanti ou quali): 1. Fase exploratória:  Delimitação do objeto e definição do método de estudo  Busca do referencial teórico e do “estado das artes”  Elaboração do projeto de pesquisa 2. Trabalho de campo (coleta de dados) 3. Processamento (tabulação ou transcrição) e sistematização dos dados 4. Análise 60
  • 61. Checklist para controle de qualidade:  As perguntas da pesquisa foram claramente formuladas?  O método de pesquisa escolhido é consistente com o objetivo e as perguntas?  Os pressupostos foram bem explicitados?  A posição teórica e as expectativas do pesquisador foram explicitadas?  Adotaram-se regras explícitas nos procedimentos metodológicos?  Os procedimentos metodológicos são bem documentados?  Adotaram-se regras explícitas nos procedimentos analíticos?  Os procedimentos analíticos são bem documentados? 61
  • 62. Controle de qualidade (cont.)  O detalhamento da análise leva em conta resultados não- esperados e contrários ao esperado?  A discussão dos resultados leva em conta possíveis alternativas de interpretação?  Os resultados são congruentes com as expectativas teóricas?  Explicitou-se a teoria que pode ser derivada dos dados e utilizada em outros contextos?  Os resultados são acessíveis, tanto para a comunidade acadêmica quanto para os usuários no campo?  Os resultados estimulam ações – básicas e aplicadas – futuras? (GÜNTHER, Hartmut, 2006) 62
  • 63. Atividade • Visite a Revista eletrônica Investigação em Ensino de Ciências (URL: http://www.if.ufrgs.br/ienci/?go=artigos&idEdicao=52) • Responda as perguntas da página 64 da apostila com base na leitura – dos resumos dos artigos encontrados no volume 17, número 1 ou volume 16, número 2. São seis artigos. – Três pôsteres de pesquisa (bloco E). • Leia os textos 2 a 6 da apostila para próxima aula. • Enviar para o e-mail: saulo.seiffert.at@gmail.com, até a terça-feira. Caso queira os slides solicite solicite por e-mail. • Sala do prof°. Saulo Seiffert: Bloco B, sala B.15. Horário de atendimento toda terça-feira e quinta-feira das 14-18 horas (agende de preferência por e-mail). Obrigado e Bom final de semana! 63
  • 64. Algumas Bibliografias DURHAM, Eunice. A pesquisa antropológica com populaçoes urbanas: problemas e perspectivas. In: A aventura antropológica. Teoría e pesquisa. Rio de Janeiro, Ed. Paz e Terra, 1986, p. 17-37. FALCÃO, Márcia Thereza Couto. Pesquisa qualitativa: potencialidades e limites. São Paulo, Escola de Enfermagem/USP, 2003. [disponível em http://www.ee.usp.br/pesquisa/documentos/pesqui%20quali%20EEUSP.ppt] GODÓI, Arilda Schmidt. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. Revista de Administração de Empresas, v. 35, n. 2, mar./abr. 1995, p. 57-63. [disponível em http://www.rae.com.br/artigos/3317.pdf] GODÓI, Arilda Schmidt. Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de Empresas, v. 35, n. 3, mai./jun. 1995, p. 20-29. [disponível em http://www.rae.com.br/redirect.cfm?ID=461] GÜNTHER, Hartmut. Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a questão? Psicologia: Teoria e Pesquisa, vol. 22, n. 2, maio/ago. 2006, p. 201-210. [disponível em http://www.scielo.br/pdf/ptp/v22n2/a10v22n2.pdf] LAMY FILHO, Fernando. Pesquisa Qualitativa. Slides de aula da disciplina Abordagens Metodológicas da Pesquisa em Saúde. São Luís, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva/UFMA, s/data. [disponível em http://www.pgsc.ufma.br/arquivos/pesquisaqualitativa.pdf] 64
  • 65. Algumas Bibliografias (cont.) MAGNANI, José Guilherme Cantor. Quando o campo é a cidade: fazendo antropologia na metrópole. In: MAGNANI, J. G. C. e TORRES, Lilian de L. (orgs.). Na metrópote – Textos de Antropologia Urbanai. São Paulo, Edusp, 1996. [disponível em http://www.n-a- u.org/QUANDOOCAMPOCAPI.pdf] MARTINS, Heloísa Helena T. de Souza. Metodologia qualitativa de pesquisa. Educação e Pesquisa, v. 30, n. 2, maio/ago. 2004, p. 289-300. [disponível em http://www.scielo.br/pdf/ep/v30n2/v30n2a07.pdf] MINAYO, Maria Cecilia de S. e SANCHES, Odécio. Quantitativo-Qualitativo: Oposição ou Complementaridade? Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 9 (3): 239-262, jul/set, 1993. [disponível em http://www.scielo.br/pdf/csp/v9n3/02.pdf] WOLFFENBÜTTEL, Cristina Rolim. Pesquisa qualitativa e quantitativa: dois paradigmas. Caminhos do Conhecimento [online]. vol. 1, no. 1, 2008. [disponível em: http://www.fasev.edu.br/revista?q=node/25] 65