4. Grafites e pichações acompanham a formação das cidades Alguns pesquisadores apontam suas origens em tempos remotos. Durante escavações da cidade de Pompéia, por exemplo, inúmeras frases foram encontradas escritas nos muros que restaram, após a erupção do Vesúvio, que em agosto de 79 d.C. cobriu de lava por mais de 1700 anos toda a cidade, deixando intacto um instante de seu cotidiano. Eram registros em latim vulgar, diferente do comumente encontrado em livros e registros oficiais, marcados com carvão nas paredes. As inscrições rupestres podem apontar para tempos ainda mais longínquos. Já não teriam nossos ancestrais a necessidade de imprimir seus registros pessoais, seja por um prazer imediato, seja para perpetuar uma mensagem qualquer? Se tais marcas pessoais acompanham a historia do homem, seu caráter transgressor sempre se mostrou presente nestes momentos. Escrevendo palavras de ordem contra o governo ou pendurados em altos e perigosos edifícios, os pichadores encaram o perigo como um desafio a mais para sua expressão.
5. “A cidade usa a gente, então temos que usá-la”. ( Otavio Pandolfo)
6. “O que está dentro fica, o que está fora se expande”. Grafite, estêncil, sticker e pichação, mais do que pinturas bonitas ou feias, são atitudes construídas sobre reflexões e conceitos.