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Sinergia Organizacional



                 Visão Unificada nos trabalhos
                                 colaborativos
   As parcerias e trabalhos colaborativos entre
músicos famosos, engenheiros, arquitetos,
pintores, comediantes, e até mesmo cantores de
música sertaneja, mostram que cada um parece
não se afetar com a mudança de humor ou
temperamento atípico dos outros. É como se a
colaboração entre eles estivesse acima de certos
problemas que ocorrem normalmente em
relacionamento não colaborativos. Talvez se
possa dizer que o sucesso de uma colaboração
não depende de amizade ou de um gostar mútuo. Parece que as
emoções colaborativas tendem a ser meramente função do que se está
criando, analisando, testando, ensaiando, ou fazendo em conjunto. Isto
faz com que os sentimentos mais importantes sejam respeito mútuo,
confiança, tolerância e responsabilidade.
   Assim como amizades, romances e outras relações humanas básicas,
os padrões de colaboração têm resistido ao teste do tempo. Há uma
continuidade no processo que é realmente impressionante. Não existe
uma receita para uma colaboração bem sucedida, da mesma forma que
não existe receita para uma boa amizade. Todavia, ingredientes como
senso de propósito compartilhado, maturidade, responsabilidade,
comunicação aberta, respeito e confiança mútua são definitivamente
indispensáveis para o sucesso de um processo colaborativo.[14] Além
disto, não se pode dispensar o importantíssimo papel do líder que
compartilha com todos a responsabilidade pelo estímulo à flexibilidade
e adaptabilidade, aprendizagem contínua e adoção de procedimentos
eficazes de trabalho com ênfase na criação a partir das diferenças.
Senso de propósito compartilhado
   Os colaboradores em geral se esforçam bastante para expressar suas
idéias de todas as formas que conseguem, tendo sempre em suas
mentes um propósito comum, um mesmo resultado que pretendem
atingir, um mesmo produto final esperado. Isto pode acontecer com
                                 151
Colaboração Sinergística

qualquer grupo e independente da especialidade. Ocorre tanto com
cientistas de organizações de pesquisa como a Fiocruz, quanto com
equipes de projeto de uma empresa de informática. Mesmo antes de o
resultado final estar configurado objetivamente, os colaboradores já
compartilham as linhas gerais dos benefícios esperados e os padrões de
qualidade aceitáveis. Compartilham, por exemplo, o esboço do projeto
de um equipamento especial que querem construir, a linha melódica de
uma grande peça musical, ou o resultado de negócio que se pode
esperar de um programa inovador para o atendimento a cliente.
   Seja qual for a área de atividade em que ocorra a colaboração, ela
nunca é um relacionamento independente e sim subordinado à meta.
Por isto, em muitos casos, a amizade entre os colaboradores surge
como subproduto da busca pelas respostas aos questionamentos ou na
luta pela realização das tarefas em conjunto. Por isso, uma colaboração
não pode ser descrita em termos dos relacionamentos entre as pessoas,
mas em termos do objetivo a ser alcançado, da mesma forma que uma
liga metálica não pode ser descrita pelas especificações dos metais que
a compõem e sim pelas propriedades da liga como um todo.
   Pode-se dizer que as colaborações são exemplos clássicos de
gerência por objetivo em que o foco sobre a meta é tão intenso que
dispensa qualquer preocupação com formalidades gerenciais. Dentro de
cada setor de atividade, as equipes se formam e os colaboradores
tendem a responder questões típicas de suas áreas: químicos se
orientam para questões sobre fenômenos das combinações das
substâncias; biologistas tratam de obter resultados sobre o
comportamento das células; diretores de cinema trocam idéias sobre
desempenho dramático; executivos buscam realizar o plano estratégico
da organização que eles lideram.[14] Assim, o trabalho colaborativo terá
mais chance de sucesso quando seus colaboradores, cada um em sua
especialidade, expressarem suas idéias ligadas a uma meta comum,
desenvolvendo esforços para realizar um propósito compartilhado.
Maturidade e responsabilidade
   Nas colaborações de sucesso não se seguem princípios da divisão do
trabalho, nem se adota qualquer método de gerência tradicional, ou
técnica de administração científica. Em geral, espera-se que o
indivíduo, a quem foi designada uma responsabilidade específica,
produza resultados dentro do cronograma e num determinado nível de
                                  152
Sinergia Organizacional

qualidade. No processo colaborativo, principalmente em ciência e
engenharia, os responsáveis pelas tarefas estão livres para consulta,
assistir e solicitar idéias de seus colaboradores, que são também o alvo
do processo de colaboração. Em outras palavras, cada indivíduo,
mesmo tendo um papel funcional definido, está livre para ir onde a
tarefa o levar. Colaboradores se questionam sempre sobre as perguntas
mais complexas, e procuram manter um padrão de liderança
compartilhada.
Liderança compartilhada
   O compartilhamento estabelece um padrão em que a liderança é
conquistada independente de posição hierárquica. O líder é estimulado
a atuar como facilitador, possibilitando inclusive que a própria
liderança possa ser assumida por diferentes membros da equipe num
regime em que todos estão comprometidos e são responsabilizados pela
eficácia da equipe. Nos trabalhos colaborativos de sucesso, os
colaboradores percebem a redução do esforço do trabalho conjunto e
têm uma clara noção de direção. Metaforicamente agem como se
fossem gansos selvagens voando em formação ‘V’1 e atuando com a
força e o vigor de búfalos em manada.2

                Trecho do livro “Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas”
    Sérgio Lins editado pela Campus-Elsevier em 2005




Referências
Livros
[01] BELASCO, James A. & STAYER, Ralph C. O Vôo do Búfalo. Rio de Janeiro: Editora
     Campus, 1984.
[14] SCHRAGE, Michael. Shared Minds: The New Technologies of Collaboration. New York:
     Random House, 1990.




1
  Ver “Sinergia para redução do esforço conjunto” no capítulo “Metáforas da Sinergia”.
2
  James Belasco[01] em seu livro “O vôo do búfalo” enfatizou que a liderança deve procurar criar uma
sinergia semelhante a dos gansos que voam em “V” com a força e o vigor de uma manada de búfalos.
                                                   153

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  • 1. Sinergia Organizacional Visão Unificada nos trabalhos colaborativos As parcerias e trabalhos colaborativos entre músicos famosos, engenheiros, arquitetos, pintores, comediantes, e até mesmo cantores de música sertaneja, mostram que cada um parece não se afetar com a mudança de humor ou temperamento atípico dos outros. É como se a colaboração entre eles estivesse acima de certos problemas que ocorrem normalmente em relacionamento não colaborativos. Talvez se possa dizer que o sucesso de uma colaboração não depende de amizade ou de um gostar mútuo. Parece que as emoções colaborativas tendem a ser meramente função do que se está criando, analisando, testando, ensaiando, ou fazendo em conjunto. Isto faz com que os sentimentos mais importantes sejam respeito mútuo, confiança, tolerância e responsabilidade. Assim como amizades, romances e outras relações humanas básicas, os padrões de colaboração têm resistido ao teste do tempo. Há uma continuidade no processo que é realmente impressionante. Não existe uma receita para uma colaboração bem sucedida, da mesma forma que não existe receita para uma boa amizade. Todavia, ingredientes como senso de propósito compartilhado, maturidade, responsabilidade, comunicação aberta, respeito e confiança mútua são definitivamente indispensáveis para o sucesso de um processo colaborativo.[14] Além disto, não se pode dispensar o importantíssimo papel do líder que compartilha com todos a responsabilidade pelo estímulo à flexibilidade e adaptabilidade, aprendizagem contínua e adoção de procedimentos eficazes de trabalho com ênfase na criação a partir das diferenças. Senso de propósito compartilhado Os colaboradores em geral se esforçam bastante para expressar suas idéias de todas as formas que conseguem, tendo sempre em suas mentes um propósito comum, um mesmo resultado que pretendem atingir, um mesmo produto final esperado. Isto pode acontecer com 151
  • 2. Colaboração Sinergística qualquer grupo e independente da especialidade. Ocorre tanto com cientistas de organizações de pesquisa como a Fiocruz, quanto com equipes de projeto de uma empresa de informática. Mesmo antes de o resultado final estar configurado objetivamente, os colaboradores já compartilham as linhas gerais dos benefícios esperados e os padrões de qualidade aceitáveis. Compartilham, por exemplo, o esboço do projeto de um equipamento especial que querem construir, a linha melódica de uma grande peça musical, ou o resultado de negócio que se pode esperar de um programa inovador para o atendimento a cliente. Seja qual for a área de atividade em que ocorra a colaboração, ela nunca é um relacionamento independente e sim subordinado à meta. Por isto, em muitos casos, a amizade entre os colaboradores surge como subproduto da busca pelas respostas aos questionamentos ou na luta pela realização das tarefas em conjunto. Por isso, uma colaboração não pode ser descrita em termos dos relacionamentos entre as pessoas, mas em termos do objetivo a ser alcançado, da mesma forma que uma liga metálica não pode ser descrita pelas especificações dos metais que a compõem e sim pelas propriedades da liga como um todo. Pode-se dizer que as colaborações são exemplos clássicos de gerência por objetivo em que o foco sobre a meta é tão intenso que dispensa qualquer preocupação com formalidades gerenciais. Dentro de cada setor de atividade, as equipes se formam e os colaboradores tendem a responder questões típicas de suas áreas: químicos se orientam para questões sobre fenômenos das combinações das substâncias; biologistas tratam de obter resultados sobre o comportamento das células; diretores de cinema trocam idéias sobre desempenho dramático; executivos buscam realizar o plano estratégico da organização que eles lideram.[14] Assim, o trabalho colaborativo terá mais chance de sucesso quando seus colaboradores, cada um em sua especialidade, expressarem suas idéias ligadas a uma meta comum, desenvolvendo esforços para realizar um propósito compartilhado. Maturidade e responsabilidade Nas colaborações de sucesso não se seguem princípios da divisão do trabalho, nem se adota qualquer método de gerência tradicional, ou técnica de administração científica. Em geral, espera-se que o indivíduo, a quem foi designada uma responsabilidade específica, produza resultados dentro do cronograma e num determinado nível de 152
  • 3. Sinergia Organizacional qualidade. No processo colaborativo, principalmente em ciência e engenharia, os responsáveis pelas tarefas estão livres para consulta, assistir e solicitar idéias de seus colaboradores, que são também o alvo do processo de colaboração. Em outras palavras, cada indivíduo, mesmo tendo um papel funcional definido, está livre para ir onde a tarefa o levar. Colaboradores se questionam sempre sobre as perguntas mais complexas, e procuram manter um padrão de liderança compartilhada. Liderança compartilhada O compartilhamento estabelece um padrão em que a liderança é conquistada independente de posição hierárquica. O líder é estimulado a atuar como facilitador, possibilitando inclusive que a própria liderança possa ser assumida por diferentes membros da equipe num regime em que todos estão comprometidos e são responsabilizados pela eficácia da equipe. Nos trabalhos colaborativos de sucesso, os colaboradores percebem a redução do esforço do trabalho conjunto e têm uma clara noção de direção. Metaforicamente agem como se fossem gansos selvagens voando em formação ‘V’1 e atuando com a força e o vigor de búfalos em manada.2 Trecho do livro “Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas” Sérgio Lins editado pela Campus-Elsevier em 2005 Referências Livros [01] BELASCO, James A. & STAYER, Ralph C. O Vôo do Búfalo. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1984. [14] SCHRAGE, Michael. Shared Minds: The New Technologies of Collaboration. New York: Random House, 1990. 1 Ver “Sinergia para redução do esforço conjunto” no capítulo “Metáforas da Sinergia”. 2 James Belasco[01] em seu livro “O vôo do búfalo” enfatizou que a liderança deve procurar criar uma sinergia semelhante a dos gansos que voam em “V” com a força e o vigor de uma manada de búfalos. 153