O documento discute a inclusão de crianças com Síndrome de Down na educação. Ele destaca que embora a inclusão seja um direito legal, depende dos educadores para acontecer na prática. Os educadores precisam estar preparados e dispostos a dar atenção especial às necessidades dessas crianças. A receptividade, o carinho e a dedicação dos professores são cruciais para o sucesso da inclusão.
A importância da dedicação dos educadores para a inclusão de crianças com Síndrome de Down
1. SHIRLEY SANTOS PIMENTEL
Redação de Conclusão de Curso
Curso A inclusão de Crianças com Síndrome de Down
1. INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como foco fazer alguns considerações sobre o
tema inclusão, destacando alguns aspectos relevantes sobre a crianças com
síndrome de down, buscando dar ênfase ao fato de cabe ao educador fazer
com que a inclusão aconteça de fato, embora em termos legais exista respaldo
para que a inclusão ocorra, será dentro da sala de aula que esta de fato irá
acontecer, se não houver dedicação dos educadores, será apenas mais uma
lei que funciona no papel, mas que dentro dos contextos escolares não ocorre.
Destaca-se que os educadores são a peça fundamental no processo de
inclusão a aceitação e dedicação são cruciais, embora estes sejam requisitos
necessários para qualquer educador, seja em termos de inclusão ou apenas
para lecionar, um educador precisa ser dedicado e afetivos com seus alunos
para atingir bons resultados.
2. DESENVOLVIMENTO
A inclusão é uma realidade vivida dentro do contexto escolar na
atualidade, sendo assim considerado um marco na história da educação,
entretanto deve se destacar que a inclusão de pessoas portadoras de algum
tipo de deficiência tem ocorrido nos diversos segmentos sociais e ainda gera
muita polemica.
Os avanços em termos legais foram ocorrem principalmente em função
da Constituição de 1988, na qual em seu artigo 205, que afirma: “ art. 205. A
educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.” Desta forma sendo a educação um direito de
“todos”, as pessoas portadoras de deficiências também tem seus direitos
educacionais garantidos.
A Constituição Federal de 1988 também estabelece onde o ensino
deverá ser ministrado. Assim afirma no art. 206, inciso I: “Art. 206. O ensino
será ministrado com base nos seguintes princípios: I – igualdade de condições
para o acesso e permanência na escola;” A lei deixa claro ainda que o estado
deve assegurar o atendimento especializado aos portadores de deficiências
preferencialmente na rede regular de ensino, como se observa no art. 208,
2. inciso III: “Art. 208. O dever do Estado com a Educação será efetivado
mediante a garantia de: III - atendimento educacional especializado aos
portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;”
Entretanto cabe destacar que somente a regulamentação legal não
garante o cumprimento dos aspectos legais, pois apenas oferecer o acesso
destas crianças não é garantia de que vai de fato ter direito a uma
aprendizagem, entendemos que as escolas não estão preparadas para receber
estes alunos, tanto em termos de adequação dos espaços, como materiais
adequados para oferecer um ensino de qualidades a crianças portadores de
deficiência.
No caso das crianças portadoras da Síndrome de Down a situação não
difere das demais situações, considerando que estas crianças embora tenham
certa limitações, tem condições de participar e interagir com os demais alunos,
mas precisam sim de atividades direcionadas que atendam as suas
necessidades, contudo caberá a educadora conhecer seu aluno, para verificar
quais são estas necessidades, visto que da mesma forma que as crianças ditas
como “normais”, cada criança tem facilidades e dificuldades em determinadas
áreas.
Enquanto educadora a receptividade e o carinho é um dos melhores
instrumentos, pois a criança precisa criar um vinculo de afeto e confiança, para
que a educadora consiga se aproximar, mas isto também não é novidade, uma
vez que a afetividade dentro do processo de ensino aprendizagem é fator
essencial, quem não gosta de crianças, não conquistar sua confiança e não
obter bons resultados.
Destaca-se que trabalhar como uma criança com síndrome de down,
não difere em muito do trabalho com uma criança considerada “normal”, pois
criança é sempre criança, nos dois casos é necessário dedicação do
educador, sendo evidente que uma criança com síndrome de down exige deste
educador maior dedicação e carinho, pois requer uma atenção no preparo de
atividades especificas, e trabalhar com uma criança em processo de inclusão
em mais 20 ou mais consideradas normais, requer dos educadores certo grau
de carinho.
Entretanto independente de ser ou não um direito, destaco que os
aspectos humanos devem ser de maior relevância, ou seja, um educador não
deve apenas ver o aluno da inclusão como um peso que a lei lhe impôs, mas
como um ser que precisa dele, de seu carinho e sua atenção.
3. CONCLUSÃO
Ao final deste estudo conclui-se que mesmo atualmente em pleno século
XXI o tem inclusão ainda gera muita polemica, seja porque os educadores não
se sentem preparados, seja porque as escolas não tem espaços adequados,
contudo não há como fugir, a inclusão não vai deixar de ocorrer em função
3. destes aspectos, ela já é uma realidade, assim fica a cargo do educador buscar
formação, e aceitar esse novos alunos, ou ficar se debatendo, mas o fato é que
a inclusão é mais do que um direito garantido pela Constituição, é um direito
humano, todos somos iguais e temos que ser assim tratados, independentes
das especificidades de cada pessoa.