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ALIMENTOS ALTERNATIVOS
PARA RUMINANTES E NÃO
RUMINANTES

Conteúdo




MONITORES/ZOOTECNISTAS
Silia Negreiros e Tiago Andrade

Nutrição Básica
Anatomia e fisiologia animal
Alimentos alternativos




Energéticos
Proteicos
Fatores antinutricionais

Conceitos em Nutrição Animal


Antes de se formular uma ração para animais, deve-se
conhecer alguns conceitos básicos de nutrição animal,
como:

UMA VISÃO SOBRE NUTRIÇÃO BÁSICA
Alimento: toda substância
que,
consumida
pelo
animal,
é
capaz
de
contribuir
para
a
manutenção de sua vida e
sobrevivência da espécie
animal a qual pertence.

Conceitos em Nutrição Animal

Conceitos em Nutrição Animal

carboidratos

Ingrediente:
qualquer
matéria-prima utilizável
na composição de uma
ração, concentrado ou
suplemento.

Nutriente: composto orgânico
ou inorgânico que irá atuar
na fisiologia do animal
gerando uma resposta sobre
este
(exemplo:
proteína,
aminoácido, minerais, etc.).
Um ingrediente pode possuir
um ou mais nutriente.
lípídeos

imagem

proteínas

1
Conceitos em Nutrição Animal

Conceitos em Nutrição Animal
Alimentação: Princípios

Alimentação: Estuda a composição dos
alimentos e os padrões de exigências, no
sentido de alimentar os animais de forma
econômica e nutritiva (Teixeira, 1998).
•

•
•

Objetiva suprir os animais para atender
a
manutenção
e
a
produção
racionalmente;
Representa de 70 a 90% do custo de
produção;
Corresponde à administração racional
de alimento.

Conceitos em Nutrição Animal

 Adaptados às especificidade da
espécie;
 Estar
de
acordo
com
a
capacidade de utilização;
 Escolha dos alimentos;
 Disponibilidade;
 Custos de obtenção;
 Produção da mistura;
 Conservação e manutenção das
propriedades;
 Todos
os
alimentos
são
substituíveis.

Conceitos em Nutrição Animal

Nutrição

Conjunto de processos que
vão desde a ingestão do
alimento até a sua assimilação
pelas células.

Conceitos em Nutrição Animal
Dieta

Conjunto
de
alimentos,
incluindo
a
quantidade
respectiva, prescrita para uma
determinada categoria animal

Ração animal: qualquer mistura de
ingredientes capaz de suprir as
necessidades nutritivas para a
manutenção, desenvolvimento e
produtividade dos animais a que se
destine.

Conceitos em Nutrição Animal
Alimento volumoso

Alimento que contém um teor de
FDN ≥ 25% na MS e pobre em
proteína.

2
Conceitos em Nutrição Animal

Conceitos em Nutrição Animal

Alimento concentrado

Suplemento

Ingrediente ou mistura de
ingredientes capaz de suprir a
ração ou concentrado, em
vitaminas, aminoácidos ou
minerais, sendo permitida a
inclusão de aditivos

Alimento que contém um teor de
FDN < 25% na MS e rico em
energia e proteína.

Conceitos em Nutrição Animal

Conceitos em Nutrição Animal
Conversão alimentar

Aditivo

É a substância adicionada ao alimentos dos
animais com a finalidade de melhorar o seu
desempenho, passível de ser utilizada sob
determinadas normas e desde que não deixe
resíduo no produto de consumo humano”

PTN
CA

Capacidade
do
animal
converter o alimento em uma
unidade de produto animal,
sendo:
CA
=
Consumo
de
alimento/ganho de peso

FDA - Food and Drug Administration (USA)
GP

Na Indústria de Rações  Matérias Primas

Conceitos em Nutrição Animal

MACRO INGREDIENTES

Eficiência alimentar

PTN
EA

Quantidade
de
produto
animal obtida por quantidade
unitária de alimento, sendo:
EA
=
(Ganho
de
peso/Consumo de alimento)
x 100

Grãos

Milho, sorgo, trigo, cevada

Farelos

Soja,
algodão,
amendoim,
girassol, colza, babaçu, arroz,
trigo, milho, alfafa

De origem Vegetal

Resíduos da
Industrialização

Laranja, frutas diversas, cerveja,
cana-de-açúcar, mandioca

CR

3
Na Indústria de Rações  Matérias Primas

Na Indústria de Rações  Matérias Primas

MACRO INGREDIENTES
MICRO INGREDIENTES

Farinhas
Carne, ossos, sangue,
penas, vísceras, ostra,
peixe

De origem Animal

Resíduos
de
Laticínios

Zinco, ferro, manganês,
cobre, iodo, cobalto

magnésio,

De origem Mineral
Sal, calcário, fosfato bicálcico, fosfato
monoamônico, fosfato monocálcico

Soro de leite

De origem Industrial

Aminoácidos, vitaminas, antioxidantes,
antibióticos, defensivos, medicamentos

Ruminantes (poligástricos)



Bovinos



Caprinos



Ovinos



ANATOMIA E FISIOLOGIA ANIMAL



Ruminantes (poligástricos)

4 estômagos
Salivação,
mastigação,
ingestão,
ruminação,
deglutição, digestão
e absorção
Capacidade

Ruminantes (poligástricos)

4
Não ruminantes (monogástricos)



Aves





Suínos






Peixes



Não ruminantes (monogástricos)

1 estômago
Não possui a
ruminação
Moela
Ceco
Varia conforme o
hábito alimentar

Tomada de decisão


UTILIZAÇÃO DE ALIMENTOS
ALTERNATIVOS

Disponibilidade e preço do milho e soja



Nível tecnológico do produtor





Tomada de decisão


A composição e qualidade dos nutrientes é
adequada? Far. De penas  alto teor
protéico, mas de baixa digestibilidade





Custo x benefício da utilização do alimento
Gastos extras para utilizar o alimento 
transporte, armazenamento, processamento,
modificações de comedouros

Qual a palatabilidade do alimento? Farinha de
sangue  baixa palatabilidade.

Necessidades do nutricionista





Existe algum fator limitante presente no
alimento ? Far. Algodão  gossipol



Características dos alimentos (composição química)
Limitações de seu uso em cada fase da criação
(níveis de inclusão, substâncias tóxicas, fatores
antinutricionais)
Resposta esperada dos animais

5
Alimentos Alternativos
Alimentação

Alimentos alternativos
Formulação de rações
Milho
soja

 Custo produção
Alternativa p/  custos

Alimentos alternativos
Alimentos Alternativos

Produção economicamente inviável

Alimentos alternativos




2 situações tem ocorrido

Alimentos alternativos






Tem
sido
desenvolvidas
varias
pesquisas com o objetivo de determinar
as melhores opções de utilização de
alimentos alternativos;
Alternativos energéticos;
Alternativos protéicos;
Alternativos minerálicos

Variabilidade de preços

Um produto de mesma qualidade e
especificações nutricional pode ser
adquirido por ≠ preços;
Ingredientes considerados alternativos
muitas vezes tem um custo > do que
do milho e da soja.

Alimentos energéticos
< 20% PB

< 18% FB

Grãos de cereais e subprodutos
Raízes e Tubérculos
Frutos
Gorduras e Óleos

6
Lista de alimentos alternativos
energéticos






Milho
Sorgo
Milheto
Farelo de trigo
Mandioca






MILHO

Poupa de caju
Algaroba
Cana de açúcar
Óleos e gorduras

SORGO

Milho (Zea mays)




O milho é principal fonte energética na formulação de
rações para aves e suínos no Brasil;
Silagem: sem restrição



MDPS: Animais em crescimento (sem restrição), vacas
(respeitando o nível de 28% FDN).



Grão: bovinos em crescimento (até 70% da ração), vacas
(manter a FDN em 28%).

Sorgo (Sorghum bicolor)







Pode ser cultivado em ares que
apresentam < disponibilidade de água;
Baixo tanino / Alto tanino e Sacarino;
Pode substituir o milho em 100% (BT) e
em 85% (AT) nas fases de crescimento
e terminação;
Em rações de custo mínimo, é viável a
substituição do milho pelo sorgo qd o
preço for < em 15 a 20%;

Sorgo
Nutrientes
PB(%)

Sorgo
AT
7,60

Sorgo
BT
8,29

Sorgo
sacarino
9,83

PD(%)

5,04

6,80

7,74

FB(%)

2,92

2,26

2,63

EB(kcal/Kg)

3754

3844

3851

ED(kcal/Kg)

3198

3456

3322

EM(kcal/Kg)

3061

3356

3204

7
MILHETO

MILHETO (Pennisetum glaucum L.)






FARELO DE TRIGO

Apresenta muita resistência a condições
climáticas e edafológicas adversas;
Como falta de água, altas temperaturas
e baixo pH do solo;
O milheto apresenta teor de PB superior
ao do milho.

Farelo de Trigo
Milho





Fatores limitantes : elevado teor de Fibra Bruta, presença de
polissacarídeos não amiláceos (PNAs) e oligossacarídeos
produtores de flatulência. Ainda: inibidores de tripsina ee de
quimotripsina)

16,54

0,25

0,63

1,95

8,97

Cinzas

Farelinho de trigo  menor quantidade de tegumento,
menor FB

2360

8,57

FB



3450

Lisina

Subproduto da moagem do trigo (farelo + farelinho)

2367

PB



3476

EMv (Aves)

Farelo de Trigo

Far.Trigo

ED (Suínos)

1,28

5,16

Tabela 23. Concentração de PNAs* dos alimentos (% de matéria seca)
Oligossacarídeos produtores de
flatulência
Alimento B-glucanos Pentosanas 1 Rafinose Estaquiose Verbascose
Cevada
4,3
6,0
0,2
--Aveia
3,4
6,6
-0,5
0,3
Centeio
1,9
9,3
0,8
--Trigo
0,7
6,6
0,7
--Triticale
0,7
7,1
---Sorgo
1,0
----Farelo de
--1,9
0,4
-Girassol
Farelo de
--3,6
0,9
-Algodão
Farelo de
--0,7
4,1
-Soja
*
PNA – Polissacarídeos não amiláceos
1
xilose e arabinose
FONTE: Adaptado de DIERICK e DECUYPERE (1994).

Mais usado para porcas em gestação e reprodutores

8
MANDIOCA

Mandioca (Manihot sculenta.)
Cultura resistente a seca, fixadora de mão de
obra.
 Fatores
limitantes: Glicosídeos cianogênicos
(Linamarina e Lotaustralina)  HCN


Venenosa  acima de 100 mg de HCN/kg de matéria
natural
Métodos para reduzir a toxidez 
cozimento em água
(30 a 45 m), secagem ao sol, torrefação, ensilagem

Mandioca (Manihot sp.)


Forragem – in natura ou desidratada
 Raiz fresca
 Limitação: glicosídeo cianogênico (Linamarina)
 2 a 3% PV/dia





Raspa de mandioca


Vaca leiteira: 100% substituição ao milho

Proteína de baixa qualidade



Mandioca
Milho

RMI

ED (Suínos)

3476

3028

EMv (Aves)

3450

3278

PB

8,57

3,09

Lisina

0,25

0,09

FB

1,95

3

Cinzas

1,28

2,45

9
CANA-DE-AÇÚCAR

III Semana de Zootecnia – Campus Profa. Cinobelina Elvas

CONSIDERAÇÕES SOBRE USO DO
CALDO DE CANA EM RAÇÕES DE
SUÍNOS

FORMA DE UTILIZAÇÃO


Caldo
Cortada em toletes



Fornecer caldo de cana aos animais a
partir dos 22 kg





Submeter os suínos a um período de
adaptação



CONSIDERAÇÕES SOBRE USO DO
CALDO DE CANA EM RAÇÕES DE
SUÍNOS


O rendimento da cana é de 60 litros
para cada 100 kg de cana moída



Processar a limpeza dos comedouros no
final de cada dia



Moer quantidade suficiente para
atender a demanda diária (6 a 8 litros /
animal)

CONSIDERAÇÕES SOBRE USO DO
CALDO DE CANA EM RAÇÕES DE
SUÍNOS

Estocar a cana por um período máximo
de 3 a 4 dias após a colheita



O caldo de cana pode substituir até
50% do milho desde que seja fornecida
uma ração com PB entre 24 e 32% 
suplementada com 60 a 70% a mais de
premix mineral e vitamínico

10
POLPA DE CAJU
DESIDRATADA

Importância




Crescimento da industrialização de frutas do
nordeste brasileiro
Pode substituir em até 28% do milho em
rações de suínos (Araújo Filho et al., 1980)

ALGAROBA
Composição
química
e
valores
energéticos da polpa de caju desidratada
NUTRIENTE

EMBRAPA (1991))

MS ( % )

88,65

PB ( % )

8,11

FB ( % )

6,82

EE ( % )
ED ( Kcal / Kg )

3,16
1.464

Ca ( % )

0,13

P total ( % )

0,14

Algaroba (Prosopis sp.)






A algarobeira
uma leguminosa xerófila que
se destaca na região semiárida;
Por sua produtividade e pelo valor nutritivo
da vagem;
Além disso, a sua resistência à seca, ao calor
e aos solos pobres também deve ser
considerada.

Algaroba
Nutrientes

Algaroba

PB (%)

8,78

Fibra Bruta (%)

17,68

Matéria Mineral (%)

3,45

Lisina (%)

0,28

11
Gorduras e Óleos




Gorduras e Óleos

Subprodutos do proc. industrial de prod. de origem
animal e de sementes de oleaginosas e de cereais
utilização: fornecer energia e ac. Graxos essenciais,
reduzir formação do pó, melhora absorção de vit.
Lipossolúveis, reduz a abrasividade das rações,
melhoram a palatabilidade (suínos)

Valor Energético de Alimentos Comparado com o milho

QUADRO RESUMO – ALIMENTOS ENERGÉTICOS
Tabela 33. Comparação dos valores de PB (%), EMA (kcal/kg) e AAD
(%) para aves dos alimentos alternativos com o milho
Milho1 Milheto Sorgo
1

PB
EMA

8,57
3.371

12,08
2.910

FAI2 Triticale Farelo Óleo
1
de
de
trigo1 soja1
8,80 13,1
11,43
16,54
--3.192 2.453 3.076
1.888 8.790
1

1

Lisina
0,20
0,32
0,18 0,43
0,33
0,48
--Metionina
0,15
0,24
0,14 0,20
0,18
0,16
--Cistina
0,18
0,17
0,14 0,22
0,20
0,23
--Met+Cis
0,33
0,41
0,28 0,42
0,38
0,39
--Triptofano
0,05
0,13
0,08
--0,13
0,16
--Treonina
0,27
0,40
0,27 0,36
0,30
0,36
--Isoleucina
0,25
0,45
0,38 0,34
0,35
0,43
--Valina
0,35
0,58
0,44 0,52
0,22
0,52
--Arginina
0,36
0,46
0,62 0,83
0,50
1,02
--Leucina
0,97
1,14
1,26 0,71
0,65
0,73
--Histidina
0,24
0,25
0,19
--0,24
0,34
--Fenilalanina
0,37
0,56
0,47
--0,42
0,51
--PB = proteína bruta; EMA = energia metabolizável aparente; AAD =
aminoácidos digestíveis

Níveis máximos recomendados de ingredientes energéticos
em rações de suínos

Ingrediente
Milho
Sorgo BT
Triticale
F. trigo
F. arroz integral
Cevada
Aveia
R. de mandioca
Caldo-de-cana
Soro de leite
Alfafa
Óleos/gorduras

Nível máximo recomendado (%)
inicial C/T gestação
lact
*
*
*
*
*
*
*
*
30
90
90
30
30
30
30
30
30
80
50
36
30
70
70
70
*
20
15
25
5
5
5
5

Raçoes com óleos e gorduras: maior digestibilidade,
energia metabolizável. Efeito sobre a fisiologia
digestiva. Excesso  reduz a digestibilidade
 gorduras muito saturadas (or. animal)  menor
digestibilidade e def. de ác. linoleico. A maior
quantidade de ác. esteárico  redução da dig. da
gordura
(segundo
carbono
da
mol.
do
triacilglicerol). Ainda: maior eliminação de minerais.
 Ideal: mistura de óleos vegetais e gorduras

LIMITAÇÃO
variabilidade
teor fibra
Fibra. EE
teor de fibra
teor de fibra
baixa proteína
baixa ED
teor de fibra
ED /mão obra

Alimento
Milho
Açúcar ( Cristal / Refinado /Mascavo )
Sorgo
Triticale
Milheto
Soro de Leite em Pó
Cevada
Aveia
Triguilho
Farelo de Arroz Integral
Farelo de Trigo / Trigo Mourisco
Farelo de Arroz Desengordurado
Coco
Gordura Aves
Òleos e Gorduras Banha Suína
Sebo Bovino

Valor Relativo comparado
com o milho
100
110 -115
96 - 105
95 - 105
90 - 95
95
90 - 95
87 - 90
90
100 - 107
75 - 80
65

220 - 240

Níveis máximos recomendados de ingredientes energéticos
em rações de aves

Nível máximo recomendado (%)
Ingrediente
inicial Cresc.
final poedeiras
Milho
*
*
*
*
Sorgo BT
*
*
*
10
Triticale
43
47
49
40
F. trigo
10
F. arroz integral
5
10
15
10
R. de mandioca
10
10
15
10
Óleos/gorduras
5
5
5
5

LIMITAÇÃO
pigmentos
variabilidade
teor fibra
Fibra. EE
baixa proteína
ED /mão obra

Fonte: FIALHO & BARBOSA (1997)

12
Alimentos protéicos

Lista de alimentos alternativos
proteicos


> 20% PB




Subprodutos da Indústria de Oleaginosas
Subprodutos da Indústria de carne e peixes
Subprodutos da Indústria avícola
Subprodutos lácteos
Subprodutos de destilaria e fermentação

SOJA











Inibidores de proteases





São peptídeos capazes de formar complexos com
as enzimas proteolíticas pancreáticas (ex.: tripsina
e quimotripsina), tornando-as inativas. Os
principais inibidores de proteases presentes na
soja,
Kunitz e
Bowman-Birk, constituem
aproximadamente 6% da proteína bruta da soja.
Kunitz -> mais tripsina
Bowman-Birk-> ambos



Flor de seda

Soja (Glycine max)


Soja

Soja
Farelo de algodão
Farelo de girassol
Leucena
Maniçoba
Faveleira

Farelo: 45 a 51% PB
Sem restrição (ao menos o preço)
Presença de fatores antinutricionais, a
soja “in natura” não pode ser utilizada
na alimentação de monogástricos,
necessitando de processamento térmico
para desativação destes componentes
sem afetar suas propriedades nutritivas

Soja


Lectinas







são proteínas encontradas na maioria das
plantas e freqüentemente denominadas de
hemaglutininas, devido a sua capacidade de
provocar uma hemoaglutinação
resistir a ação enzimática do trato digestorio
ligam aos carboidratos das membranas,
provocando desorganização e destruição das
microvilosidades
redução na secreção de enzimas pelos
enterócitos

13
Soja


Soja

Lectinas










Algodão




Subproduto resultante da moagem do
caroço de algodão no processo
industrial da extração de óleo;
Para ser utilizado na alimentação
animal deve ser considerado 2 fatores:
qualidade da proteína e a presença do
composto tóxico gossipol;
Pode substitui ate 50% do farelo de
soja em rações p/ suínos em
crescimento e terminação

Farelo de algodão



O Gossipol pode ter seus efeitos
minimizados com a adição de sulfato
de ferro, óxido ou hidróxido de
cálcio a dietas
Possui baixo teor de lisina e ED

As saponinas são glicosídeos presentes em
numerosas plantas que se caracterizam pelo
sabor amargo, capacidade de formar espuma
em soluções aquosas, provocar hemólise e de
se ligarem à grupos esteróides.
Permeabilidade da mucosa intestinal

Farelo de algodão




Saponinas



aumento de tamanho e peso do intestino delgado,
aumento da flora intestinal, com maior competição por
nutrientes e favorecimento da adesão bacteriana na
mucosa intestinal (ex.: Salmonella typhimurium).
Lesões epiteliais aumentam a permeabilidade intestinal,
permitindo que as lectinas sejam absorvidas.
Dependendo da quantidade absorvida pode causar:
graves lesões renais; atrofia do timo; hipertrofia do
fígado e pâncreas; atrofia muscular; e aumento do
catabolismo protéico, lipídico e de carboidratos.

Farelo de algodão





Farelo com casca (52% FDN e 2536% PB)
Farelo sem casca (43% PB)
Caroço de algodão (Alto teor de óleo:
24% e 25% PB)




Bovinos em crescimento (até 3
kg/animal/dia) e vacas leiteiras (até 4
kg/animal/dia);
Não indicado para touros.

14
Farelo de algodão
Nutrientes
PB(%)
PD(%)
FB(%)
ED(kcal/Kg)
EM(kcal/Kg)

Farelo de
algodão
38,74
21,72
11,98
2151
2174

Leucena (Leucaena leucocephala )












MANIÇOBA

Uma das forrageiras mais promissoras para o
semiárido;
Capacidade de rebrota durante a época seca,
pela ótima adaptação às condições de solo e
clima do Nordeste e pela excelente aceitação
pelos ruminantes.
Apresenta de 2 até 8 t de MS comestível e
até 750 kg de sementes/ha/ano;
Folhas e ramos finos da leucena - PB
superiores a 20%

Maniçoba (Manihot sp.)


LEUCENA

Alta palatabilidade, 21% de proteína bruta,
8% de estrato etéreo, 7% de cinzas,
carboidratos totais perto de 65% e
digestibilidade in vitro de 62%
Feno de maniçoba elevou o desempenho de
animais que eram alimentados apenas com
feno de capim-búffel, durante a fase de
crescimento (Salviano & Nunes, 1991).
HCN – reduz ensilagem e fenação

Maniçoba (Manihot sp.)

Silagem de maniçoba

Feno de maniçoba

15
FAVELEIRA

Faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus )







Faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus )


Amêndoas



FLOR DE SEDA

Sementes



Sobrevivência em períodos de secas
prolongadas
Forragem para
bovinos
e
pequenos
ruminantes sendo também utilizada para a
recuperação de áreas degradadas (ARRIEL et
al., 2004)
Toxica ácido cianídrico (HCN)
Oliveira et al. (2008) recomenda administrar
as folhas que caem ao solo após o final da
estação chuvosa

Folhas

Volumoso

Flor de seda








PALMA FORRAGEIRA

Permanência das folhas, mesmo durante os períodos
mais críticos de estresse hídrico;
Tolerância na utilização de solos salinos
Embora não palatável quando verde, o feno da florde-seda apresenta alta digestibilidade e consumo da
matéria seca.
20% a 22% de proteína bruta (PB);
matéria seca (MS) de 10% a 12%;

16
XIQUEXIQUE

Palma (Opuntia ficus Mill)








Permanência das folhas, mesmo durante os períodos
mais críticos de estresse hídrico;
Tolerância na utilização de solos salinos
Embora não palatável quando verde, o feno da florde-seda apresenta alta digestibilidade e consumo da
matéria seca.
20% a 22% de proteína bruta (PB);
matéria seca (MS) de 10% a 12%;

Xiquexique




(Pilosocereus gounellei)

A utilização de xiquexique em substituição de
até 50% da silagem de sorgo foi pesquisada
na EMPARN;
Outro experimento realizado pela EMPARN,
no Seridó, avaliou o potencial forrageiro de
misturas de xiquexique com silagem de sorgo
forrageiro (50/50% e até 75% de
participação dos cactos), na alimentação de
novilhas.

Pasto Nativo
Consiste no controle seletivo de árvores e arbustos, visando ao
aumento da disponibilidade e melhoria da qualidade da
forragem.

TIPO DE MANIPULAÇÃO (Depende)
Potencial da área em termos de resposta técnica e econômica
Combinação de animais que se deseja criar
Embrapa Caprinos

* Os melhores desempenhos (0,716 e 0,695 kg/ dia)

Pasto Nativo
É uma excelente fonte alimentar para os rebanhos durante a
época chuvosa.
Para aumentar seu potencial produtivo quatro técnicas de
manipulação foram desenvolvidas:.

FATORES ANTINURICIONAIS

Raleamento
Rebaixamento
Raleamento e rebaixamento
Enriquecimento

Embrapa Caprinos

17
Fatores antinutricionais dos
Alimentos

Fatores antinutricionais dos
Alimentos

Substâncias naturais que causam efeito
negativo sobre o crescimento e a saúde do
homem e dos animais
Classificação











Substâncias que prejudicam a digestibilidade ou a
utilização metabólica da proteínas





Classificação


Substâncias que inativam ou aumentam os
requerimentos de certas vitaminas



Anti-vitaminas A, D, E e K
Anti-vitaminas tiamina, ácido nicotínico,
piridoxina e cianocobalamina





Obs: ingredientes podem apresentar
diferentes substâncias ativas.



Inibidores de enzimas


Inibidores de Proteases












Inibidores de enzimas







Glicosídeos de gosto amargo
Hemólise e inibição enzimática em processos metab.
Pode estar em diferentes partes do vegetal

Compostos fenólicos




Ácido cafeico, ferulico, sinapico, galico; falvonóides;
lignina e taninos e derivados – gossipol tb
Toxicidade dependente

Sementes

Amendoin, sorgo, milho, feijão, centeio...
Várias familias de acordo com o peso molecular
Pouca discussão – uso medicamentoso

Hemaglutininas


Glicoproteínas com capacidade de ligar-se a sacarídeos ou
Ptn (aglutinam eritrócitos)
Ricinina – Lectinas – concanavalina e outros

Considerações Gerais


Saponinas


Kunitz -> tripsina
Bowman-Birk->ambas

Inibidores de -amilase



Fatores antinutricionais dos
Alimentos

Ácido fítico
Ácido oxálico
Glicosinolastos
glossipol

Fatores antinutricionais dos
Alimentos





Substâncias que reduzem a solubilidade ou
interferm na utilização de elementos
minerias


Inibidores de enzimas digestivas
Lectinas
Saponinas
Compostos fenólicos

Fatores antinutricionais dos
Alimentos


Classificação (Durigam, 1989)



Preparar a ração de acordo com a
categoria animal
Considerar o custo de produção para
saber o que fornecer de alimento


Sempre trabalhar com o alimento que o
produtor tenha disponibilidade

18
Agradecidos pela atenção

CONTATO: (89)8118-9551
E-MAIL: tiago_zootecnista@hotmail.com

CONTATO: (89)8113-9221
E-MAIL: silia_negreiros@hotmail.com

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  • 1. ALIMENTOS ALTERNATIVOS PARA RUMINANTES E NÃO RUMINANTES Conteúdo    MONITORES/ZOOTECNISTAS Silia Negreiros e Tiago Andrade Nutrição Básica Anatomia e fisiologia animal Alimentos alternativos    Energéticos Proteicos Fatores antinutricionais Conceitos em Nutrição Animal  Antes de se formular uma ração para animais, deve-se conhecer alguns conceitos básicos de nutrição animal, como: UMA VISÃO SOBRE NUTRIÇÃO BÁSICA Alimento: toda substância que, consumida pelo animal, é capaz de contribuir para a manutenção de sua vida e sobrevivência da espécie animal a qual pertence. Conceitos em Nutrição Animal Conceitos em Nutrição Animal carboidratos Ingrediente: qualquer matéria-prima utilizável na composição de uma ração, concentrado ou suplemento. Nutriente: composto orgânico ou inorgânico que irá atuar na fisiologia do animal gerando uma resposta sobre este (exemplo: proteína, aminoácido, minerais, etc.). Um ingrediente pode possuir um ou mais nutriente. lípídeos imagem proteínas 1
  • 2. Conceitos em Nutrição Animal Conceitos em Nutrição Animal Alimentação: Princípios Alimentação: Estuda a composição dos alimentos e os padrões de exigências, no sentido de alimentar os animais de forma econômica e nutritiva (Teixeira, 1998). • • • Objetiva suprir os animais para atender a manutenção e a produção racionalmente; Representa de 70 a 90% do custo de produção; Corresponde à administração racional de alimento. Conceitos em Nutrição Animal  Adaptados às especificidade da espécie;  Estar de acordo com a capacidade de utilização;  Escolha dos alimentos;  Disponibilidade;  Custos de obtenção;  Produção da mistura;  Conservação e manutenção das propriedades;  Todos os alimentos são substituíveis. Conceitos em Nutrição Animal Nutrição Conjunto de processos que vão desde a ingestão do alimento até a sua assimilação pelas células. Conceitos em Nutrição Animal Dieta Conjunto de alimentos, incluindo a quantidade respectiva, prescrita para uma determinada categoria animal Ração animal: qualquer mistura de ingredientes capaz de suprir as necessidades nutritivas para a manutenção, desenvolvimento e produtividade dos animais a que se destine. Conceitos em Nutrição Animal Alimento volumoso Alimento que contém um teor de FDN ≥ 25% na MS e pobre em proteína. 2
  • 3. Conceitos em Nutrição Animal Conceitos em Nutrição Animal Alimento concentrado Suplemento Ingrediente ou mistura de ingredientes capaz de suprir a ração ou concentrado, em vitaminas, aminoácidos ou minerais, sendo permitida a inclusão de aditivos Alimento que contém um teor de FDN < 25% na MS e rico em energia e proteína. Conceitos em Nutrição Animal Conceitos em Nutrição Animal Conversão alimentar Aditivo É a substância adicionada ao alimentos dos animais com a finalidade de melhorar o seu desempenho, passível de ser utilizada sob determinadas normas e desde que não deixe resíduo no produto de consumo humano” PTN CA Capacidade do animal converter o alimento em uma unidade de produto animal, sendo: CA = Consumo de alimento/ganho de peso FDA - Food and Drug Administration (USA) GP Na Indústria de Rações  Matérias Primas Conceitos em Nutrição Animal MACRO INGREDIENTES Eficiência alimentar PTN EA Quantidade de produto animal obtida por quantidade unitária de alimento, sendo: EA = (Ganho de peso/Consumo de alimento) x 100 Grãos Milho, sorgo, trigo, cevada Farelos Soja, algodão, amendoim, girassol, colza, babaçu, arroz, trigo, milho, alfafa De origem Vegetal Resíduos da Industrialização Laranja, frutas diversas, cerveja, cana-de-açúcar, mandioca CR 3
  • 4. Na Indústria de Rações  Matérias Primas Na Indústria de Rações  Matérias Primas MACRO INGREDIENTES MICRO INGREDIENTES Farinhas Carne, ossos, sangue, penas, vísceras, ostra, peixe De origem Animal Resíduos de Laticínios Zinco, ferro, manganês, cobre, iodo, cobalto magnésio, De origem Mineral Sal, calcário, fosfato bicálcico, fosfato monoamônico, fosfato monocálcico Soro de leite De origem Industrial Aminoácidos, vitaminas, antioxidantes, antibióticos, defensivos, medicamentos Ruminantes (poligástricos)   Bovinos  Caprinos  Ovinos  ANATOMIA E FISIOLOGIA ANIMAL  Ruminantes (poligástricos) 4 estômagos Salivação, mastigação, ingestão, ruminação, deglutição, digestão e absorção Capacidade Ruminantes (poligástricos) 4
  • 5. Não ruminantes (monogástricos)   Aves   Suínos    Peixes  Não ruminantes (monogástricos) 1 estômago Não possui a ruminação Moela Ceco Varia conforme o hábito alimentar Tomada de decisão  UTILIZAÇÃO DE ALIMENTOS ALTERNATIVOS Disponibilidade e preço do milho e soja  Nível tecnológico do produtor   Tomada de decisão  A composição e qualidade dos nutrientes é adequada? Far. De penas  alto teor protéico, mas de baixa digestibilidade   Custo x benefício da utilização do alimento Gastos extras para utilizar o alimento  transporte, armazenamento, processamento, modificações de comedouros Qual a palatabilidade do alimento? Farinha de sangue  baixa palatabilidade. Necessidades do nutricionista   Existe algum fator limitante presente no alimento ? Far. Algodão  gossipol  Características dos alimentos (composição química) Limitações de seu uso em cada fase da criação (níveis de inclusão, substâncias tóxicas, fatores antinutricionais) Resposta esperada dos animais 5
  • 6. Alimentos Alternativos Alimentação Alimentos alternativos Formulação de rações Milho soja  Custo produção Alternativa p/  custos Alimentos alternativos Alimentos Alternativos Produção economicamente inviável Alimentos alternativos   2 situações tem ocorrido Alimentos alternativos     Tem sido desenvolvidas varias pesquisas com o objetivo de determinar as melhores opções de utilização de alimentos alternativos; Alternativos energéticos; Alternativos protéicos; Alternativos minerálicos Variabilidade de preços Um produto de mesma qualidade e especificações nutricional pode ser adquirido por ≠ preços; Ingredientes considerados alternativos muitas vezes tem um custo > do que do milho e da soja. Alimentos energéticos < 20% PB < 18% FB Grãos de cereais e subprodutos Raízes e Tubérculos Frutos Gorduras e Óleos 6
  • 7. Lista de alimentos alternativos energéticos      Milho Sorgo Milheto Farelo de trigo Mandioca     MILHO Poupa de caju Algaroba Cana de açúcar Óleos e gorduras SORGO Milho (Zea mays)   O milho é principal fonte energética na formulação de rações para aves e suínos no Brasil; Silagem: sem restrição  MDPS: Animais em crescimento (sem restrição), vacas (respeitando o nível de 28% FDN).  Grão: bovinos em crescimento (até 70% da ração), vacas (manter a FDN em 28%). Sorgo (Sorghum bicolor)     Pode ser cultivado em ares que apresentam < disponibilidade de água; Baixo tanino / Alto tanino e Sacarino; Pode substituir o milho em 100% (BT) e em 85% (AT) nas fases de crescimento e terminação; Em rações de custo mínimo, é viável a substituição do milho pelo sorgo qd o preço for < em 15 a 20%; Sorgo Nutrientes PB(%) Sorgo AT 7,60 Sorgo BT 8,29 Sorgo sacarino 9,83 PD(%) 5,04 6,80 7,74 FB(%) 2,92 2,26 2,63 EB(kcal/Kg) 3754 3844 3851 ED(kcal/Kg) 3198 3456 3322 EM(kcal/Kg) 3061 3356 3204 7
  • 8. MILHETO MILHETO (Pennisetum glaucum L.)    FARELO DE TRIGO Apresenta muita resistência a condições climáticas e edafológicas adversas; Como falta de água, altas temperaturas e baixo pH do solo; O milheto apresenta teor de PB superior ao do milho. Farelo de Trigo Milho   Fatores limitantes : elevado teor de Fibra Bruta, presença de polissacarídeos não amiláceos (PNAs) e oligossacarídeos produtores de flatulência. Ainda: inibidores de tripsina ee de quimotripsina) 16,54 0,25 0,63 1,95 8,97 Cinzas Farelinho de trigo  menor quantidade de tegumento, menor FB 2360 8,57 FB  3450 Lisina Subproduto da moagem do trigo (farelo + farelinho) 2367 PB  3476 EMv (Aves) Farelo de Trigo Far.Trigo ED (Suínos) 1,28 5,16 Tabela 23. Concentração de PNAs* dos alimentos (% de matéria seca) Oligossacarídeos produtores de flatulência Alimento B-glucanos Pentosanas 1 Rafinose Estaquiose Verbascose Cevada 4,3 6,0 0,2 --Aveia 3,4 6,6 -0,5 0,3 Centeio 1,9 9,3 0,8 --Trigo 0,7 6,6 0,7 --Triticale 0,7 7,1 ---Sorgo 1,0 ----Farelo de --1,9 0,4 -Girassol Farelo de --3,6 0,9 -Algodão Farelo de --0,7 4,1 -Soja * PNA – Polissacarídeos não amiláceos 1 xilose e arabinose FONTE: Adaptado de DIERICK e DECUYPERE (1994). Mais usado para porcas em gestação e reprodutores 8
  • 9. MANDIOCA Mandioca (Manihot sculenta.) Cultura resistente a seca, fixadora de mão de obra.  Fatores limitantes: Glicosídeos cianogênicos (Linamarina e Lotaustralina)  HCN  Venenosa  acima de 100 mg de HCN/kg de matéria natural Métodos para reduzir a toxidez  cozimento em água (30 a 45 m), secagem ao sol, torrefação, ensilagem Mandioca (Manihot sp.)  Forragem – in natura ou desidratada  Raiz fresca  Limitação: glicosídeo cianogênico (Linamarina)  2 a 3% PV/dia   Raspa de mandioca  Vaca leiteira: 100% substituição ao milho Proteína de baixa qualidade  Mandioca Milho RMI ED (Suínos) 3476 3028 EMv (Aves) 3450 3278 PB 8,57 3,09 Lisina 0,25 0,09 FB 1,95 3 Cinzas 1,28 2,45 9
  • 10. CANA-DE-AÇÚCAR III Semana de Zootecnia – Campus Profa. Cinobelina Elvas CONSIDERAÇÕES SOBRE USO DO CALDO DE CANA EM RAÇÕES DE SUÍNOS FORMA DE UTILIZAÇÃO  Caldo Cortada em toletes  Fornecer caldo de cana aos animais a partir dos 22 kg   Submeter os suínos a um período de adaptação  CONSIDERAÇÕES SOBRE USO DO CALDO DE CANA EM RAÇÕES DE SUÍNOS  O rendimento da cana é de 60 litros para cada 100 kg de cana moída  Processar a limpeza dos comedouros no final de cada dia  Moer quantidade suficiente para atender a demanda diária (6 a 8 litros / animal) CONSIDERAÇÕES SOBRE USO DO CALDO DE CANA EM RAÇÕES DE SUÍNOS Estocar a cana por um período máximo de 3 a 4 dias após a colheita  O caldo de cana pode substituir até 50% do milho desde que seja fornecida uma ração com PB entre 24 e 32%  suplementada com 60 a 70% a mais de premix mineral e vitamínico 10
  • 11. POLPA DE CAJU DESIDRATADA Importância   Crescimento da industrialização de frutas do nordeste brasileiro Pode substituir em até 28% do milho em rações de suínos (Araújo Filho et al., 1980) ALGAROBA Composição química e valores energéticos da polpa de caju desidratada NUTRIENTE EMBRAPA (1991)) MS ( % ) 88,65 PB ( % ) 8,11 FB ( % ) 6,82 EE ( % ) ED ( Kcal / Kg ) 3,16 1.464 Ca ( % ) 0,13 P total ( % ) 0,14 Algaroba (Prosopis sp.)    A algarobeira uma leguminosa xerófila que se destaca na região semiárida; Por sua produtividade e pelo valor nutritivo da vagem; Além disso, a sua resistência à seca, ao calor e aos solos pobres também deve ser considerada. Algaroba Nutrientes Algaroba PB (%) 8,78 Fibra Bruta (%) 17,68 Matéria Mineral (%) 3,45 Lisina (%) 0,28 11
  • 12. Gorduras e Óleos   Gorduras e Óleos Subprodutos do proc. industrial de prod. de origem animal e de sementes de oleaginosas e de cereais utilização: fornecer energia e ac. Graxos essenciais, reduzir formação do pó, melhora absorção de vit. Lipossolúveis, reduz a abrasividade das rações, melhoram a palatabilidade (suínos) Valor Energético de Alimentos Comparado com o milho QUADRO RESUMO – ALIMENTOS ENERGÉTICOS Tabela 33. Comparação dos valores de PB (%), EMA (kcal/kg) e AAD (%) para aves dos alimentos alternativos com o milho Milho1 Milheto Sorgo 1 PB EMA 8,57 3.371 12,08 2.910 FAI2 Triticale Farelo Óleo 1 de de trigo1 soja1 8,80 13,1 11,43 16,54 --3.192 2.453 3.076 1.888 8.790 1 1 Lisina 0,20 0,32 0,18 0,43 0,33 0,48 --Metionina 0,15 0,24 0,14 0,20 0,18 0,16 --Cistina 0,18 0,17 0,14 0,22 0,20 0,23 --Met+Cis 0,33 0,41 0,28 0,42 0,38 0,39 --Triptofano 0,05 0,13 0,08 --0,13 0,16 --Treonina 0,27 0,40 0,27 0,36 0,30 0,36 --Isoleucina 0,25 0,45 0,38 0,34 0,35 0,43 --Valina 0,35 0,58 0,44 0,52 0,22 0,52 --Arginina 0,36 0,46 0,62 0,83 0,50 1,02 --Leucina 0,97 1,14 1,26 0,71 0,65 0,73 --Histidina 0,24 0,25 0,19 --0,24 0,34 --Fenilalanina 0,37 0,56 0,47 --0,42 0,51 --PB = proteína bruta; EMA = energia metabolizável aparente; AAD = aminoácidos digestíveis Níveis máximos recomendados de ingredientes energéticos em rações de suínos Ingrediente Milho Sorgo BT Triticale F. trigo F. arroz integral Cevada Aveia R. de mandioca Caldo-de-cana Soro de leite Alfafa Óleos/gorduras Nível máximo recomendado (%) inicial C/T gestação lact * * * * * * * * 30 90 90 30 30 30 30 30 30 80 50 36 30 70 70 70 * 20 15 25 5 5 5 5 Raçoes com óleos e gorduras: maior digestibilidade, energia metabolizável. Efeito sobre a fisiologia digestiva. Excesso  reduz a digestibilidade  gorduras muito saturadas (or. animal)  menor digestibilidade e def. de ác. linoleico. A maior quantidade de ác. esteárico  redução da dig. da gordura (segundo carbono da mol. do triacilglicerol). Ainda: maior eliminação de minerais.  Ideal: mistura de óleos vegetais e gorduras LIMITAÇÃO variabilidade teor fibra Fibra. EE teor de fibra teor de fibra baixa proteína baixa ED teor de fibra ED /mão obra Alimento Milho Açúcar ( Cristal / Refinado /Mascavo ) Sorgo Triticale Milheto Soro de Leite em Pó Cevada Aveia Triguilho Farelo de Arroz Integral Farelo de Trigo / Trigo Mourisco Farelo de Arroz Desengordurado Coco Gordura Aves Òleos e Gorduras Banha Suína Sebo Bovino Valor Relativo comparado com o milho 100 110 -115 96 - 105 95 - 105 90 - 95 95 90 - 95 87 - 90 90 100 - 107 75 - 80 65 220 - 240 Níveis máximos recomendados de ingredientes energéticos em rações de aves Nível máximo recomendado (%) Ingrediente inicial Cresc. final poedeiras Milho * * * * Sorgo BT * * * 10 Triticale 43 47 49 40 F. trigo 10 F. arroz integral 5 10 15 10 R. de mandioca 10 10 15 10 Óleos/gorduras 5 5 5 5 LIMITAÇÃO pigmentos variabilidade teor fibra Fibra. EE baixa proteína ED /mão obra Fonte: FIALHO & BARBOSA (1997) 12
  • 13. Alimentos protéicos Lista de alimentos alternativos proteicos  > 20% PB   Subprodutos da Indústria de Oleaginosas Subprodutos da Indústria de carne e peixes Subprodutos da Indústria avícola Subprodutos lácteos Subprodutos de destilaria e fermentação SOJA       Inibidores de proteases    São peptídeos capazes de formar complexos com as enzimas proteolíticas pancreáticas (ex.: tripsina e quimotripsina), tornando-as inativas. Os principais inibidores de proteases presentes na soja, Kunitz e Bowman-Birk, constituem aproximadamente 6% da proteína bruta da soja. Kunitz -> mais tripsina Bowman-Birk-> ambos  Flor de seda Soja (Glycine max)  Soja Soja Farelo de algodão Farelo de girassol Leucena Maniçoba Faveleira Farelo: 45 a 51% PB Sem restrição (ao menos o preço) Presença de fatores antinutricionais, a soja “in natura” não pode ser utilizada na alimentação de monogástricos, necessitando de processamento térmico para desativação destes componentes sem afetar suas propriedades nutritivas Soja  Lectinas     são proteínas encontradas na maioria das plantas e freqüentemente denominadas de hemaglutininas, devido a sua capacidade de provocar uma hemoaglutinação resistir a ação enzimática do trato digestorio ligam aos carboidratos das membranas, provocando desorganização e destruição das microvilosidades redução na secreção de enzimas pelos enterócitos 13
  • 14. Soja  Soja Lectinas      Algodão   Subproduto resultante da moagem do caroço de algodão no processo industrial da extração de óleo; Para ser utilizado na alimentação animal deve ser considerado 2 fatores: qualidade da proteína e a presença do composto tóxico gossipol; Pode substitui ate 50% do farelo de soja em rações p/ suínos em crescimento e terminação Farelo de algodão  O Gossipol pode ter seus efeitos minimizados com a adição de sulfato de ferro, óxido ou hidróxido de cálcio a dietas Possui baixo teor de lisina e ED As saponinas são glicosídeos presentes em numerosas plantas que se caracterizam pelo sabor amargo, capacidade de formar espuma em soluções aquosas, provocar hemólise e de se ligarem à grupos esteróides. Permeabilidade da mucosa intestinal Farelo de algodão   Saponinas  aumento de tamanho e peso do intestino delgado, aumento da flora intestinal, com maior competição por nutrientes e favorecimento da adesão bacteriana na mucosa intestinal (ex.: Salmonella typhimurium). Lesões epiteliais aumentam a permeabilidade intestinal, permitindo que as lectinas sejam absorvidas. Dependendo da quantidade absorvida pode causar: graves lesões renais; atrofia do timo; hipertrofia do fígado e pâncreas; atrofia muscular; e aumento do catabolismo protéico, lipídico e de carboidratos. Farelo de algodão    Farelo com casca (52% FDN e 2536% PB) Farelo sem casca (43% PB) Caroço de algodão (Alto teor de óleo: 24% e 25% PB)   Bovinos em crescimento (até 3 kg/animal/dia) e vacas leiteiras (até 4 kg/animal/dia); Não indicado para touros. 14
  • 15. Farelo de algodão Nutrientes PB(%) PD(%) FB(%) ED(kcal/Kg) EM(kcal/Kg) Farelo de algodão 38,74 21,72 11,98 2151 2174 Leucena (Leucaena leucocephala )       MANIÇOBA Uma das forrageiras mais promissoras para o semiárido; Capacidade de rebrota durante a época seca, pela ótima adaptação às condições de solo e clima do Nordeste e pela excelente aceitação pelos ruminantes. Apresenta de 2 até 8 t de MS comestível e até 750 kg de sementes/ha/ano; Folhas e ramos finos da leucena - PB superiores a 20% Maniçoba (Manihot sp.)  LEUCENA Alta palatabilidade, 21% de proteína bruta, 8% de estrato etéreo, 7% de cinzas, carboidratos totais perto de 65% e digestibilidade in vitro de 62% Feno de maniçoba elevou o desempenho de animais que eram alimentados apenas com feno de capim-búffel, durante a fase de crescimento (Salviano & Nunes, 1991). HCN – reduz ensilagem e fenação Maniçoba (Manihot sp.) Silagem de maniçoba Feno de maniçoba 15
  • 16. FAVELEIRA Faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus )     Faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus )  Amêndoas  FLOR DE SEDA Sementes  Sobrevivência em períodos de secas prolongadas Forragem para bovinos e pequenos ruminantes sendo também utilizada para a recuperação de áreas degradadas (ARRIEL et al., 2004) Toxica ácido cianídrico (HCN) Oliveira et al. (2008) recomenda administrar as folhas que caem ao solo após o final da estação chuvosa Folhas Volumoso Flor de seda      PALMA FORRAGEIRA Permanência das folhas, mesmo durante os períodos mais críticos de estresse hídrico; Tolerância na utilização de solos salinos Embora não palatável quando verde, o feno da florde-seda apresenta alta digestibilidade e consumo da matéria seca. 20% a 22% de proteína bruta (PB); matéria seca (MS) de 10% a 12%; 16
  • 17. XIQUEXIQUE Palma (Opuntia ficus Mill)      Permanência das folhas, mesmo durante os períodos mais críticos de estresse hídrico; Tolerância na utilização de solos salinos Embora não palatável quando verde, o feno da florde-seda apresenta alta digestibilidade e consumo da matéria seca. 20% a 22% de proteína bruta (PB); matéria seca (MS) de 10% a 12%; Xiquexique   (Pilosocereus gounellei) A utilização de xiquexique em substituição de até 50% da silagem de sorgo foi pesquisada na EMPARN; Outro experimento realizado pela EMPARN, no Seridó, avaliou o potencial forrageiro de misturas de xiquexique com silagem de sorgo forrageiro (50/50% e até 75% de participação dos cactos), na alimentação de novilhas. Pasto Nativo Consiste no controle seletivo de árvores e arbustos, visando ao aumento da disponibilidade e melhoria da qualidade da forragem. TIPO DE MANIPULAÇÃO (Depende) Potencial da área em termos de resposta técnica e econômica Combinação de animais que se deseja criar Embrapa Caprinos * Os melhores desempenhos (0,716 e 0,695 kg/ dia) Pasto Nativo É uma excelente fonte alimentar para os rebanhos durante a época chuvosa. Para aumentar seu potencial produtivo quatro técnicas de manipulação foram desenvolvidas:. FATORES ANTINURICIONAIS Raleamento Rebaixamento Raleamento e rebaixamento Enriquecimento Embrapa Caprinos 17
  • 18. Fatores antinutricionais dos Alimentos Fatores antinutricionais dos Alimentos Substâncias naturais que causam efeito negativo sobre o crescimento e a saúde do homem e dos animais Classificação      Substâncias que prejudicam a digestibilidade ou a utilização metabólica da proteínas     Classificação  Substâncias que inativam ou aumentam os requerimentos de certas vitaminas   Anti-vitaminas A, D, E e K Anti-vitaminas tiamina, ácido nicotínico, piridoxina e cianocobalamina    Obs: ingredientes podem apresentar diferentes substâncias ativas.  Inibidores de enzimas  Inibidores de Proteases        Inibidores de enzimas     Glicosídeos de gosto amargo Hemólise e inibição enzimática em processos metab. Pode estar em diferentes partes do vegetal Compostos fenólicos   Ácido cafeico, ferulico, sinapico, galico; falvonóides; lignina e taninos e derivados – gossipol tb Toxicidade dependente Sementes Amendoin, sorgo, milho, feijão, centeio... Várias familias de acordo com o peso molecular Pouca discussão – uso medicamentoso Hemaglutininas  Glicoproteínas com capacidade de ligar-se a sacarídeos ou Ptn (aglutinam eritrócitos) Ricinina – Lectinas – concanavalina e outros Considerações Gerais  Saponinas  Kunitz -> tripsina Bowman-Birk->ambas Inibidores de -amilase  Fatores antinutricionais dos Alimentos Ácido fítico Ácido oxálico Glicosinolastos glossipol Fatores antinutricionais dos Alimentos   Substâncias que reduzem a solubilidade ou interferm na utilização de elementos minerias  Inibidores de enzimas digestivas Lectinas Saponinas Compostos fenólicos Fatores antinutricionais dos Alimentos  Classificação (Durigam, 1989)  Preparar a ração de acordo com a categoria animal Considerar o custo de produção para saber o que fornecer de alimento  Sempre trabalhar com o alimento que o produtor tenha disponibilidade 18
  • 19. Agradecidos pela atenção CONTATO: (89)8118-9551 E-MAIL: tiago_zootecnista@hotmail.com CONTATO: (89)8113-9221 E-MAIL: silia_negreiros@hotmail.com 19