Educar é a arte de fazer pessoas, para projetar-se coesamente no contexto de sua vida. Durante o curso de Pedagogia tive o privilegio de estudar com muito educadores, que nos proporcionaram experiências acadêmicas fantásticas. É o professor Adolfo deixou essa marca positiva. Um bom filme para mediar um saber tão importante, quanto ao da Síndrome de Tourette com a história de Phoebe, uma menina de 9 anos, que no cotidiano de suas ações, revela-se diferente das demais crianças.
A Menina no País das Maravilhas (Phoebe in Wonderland). 2008. EUA. Direção e Roteiro: Daniel Barnz. Elenco: Elle Fanning (Phoebe Lichten), Felicity Huffman (Hillary Lichten), Bill Pullman (Peter Lichten), Patricia Clarkson (Miss Dodger), Campbell Scott (Diretor Davis), Ian Colletti (Jamie), +Cast. Gênero: Drama, Família, Fantasia. Duração: 96 minutos.
A menina no pais das maravilhas (SÍNDROME DE TOURETTE)
1.
2. Educar é a arte de fazer pessoas, para projetar-se
coesamente no contexto de sua vida. Durante o curso
de Pedagogia tive o privilegio de estudar com muito
educadores, que nos proporcionaram experiências
acadêmicas fantásticas. É o professor Adolfo deixou
essa marca positiva. Um bom filme para mediar um
saber tão importante, quanto ao da Síndrome de
Tourette com a história de Phoebe, uma menina de 9
anos, que no cotidiano de suas ações, revela-se
diferente das demais crianças.
A Menina no País das Maravilhas (Phoebe in Wonderland).
2008. EUA. Direção e Roteiro: Daniel Barnz. Elenco: Elle Fanning
(Phoebe Lichten), Felicity Huffman (Hillary Lichten), Bill Pullman
(Peter Lichten), Patricia Clarkson (Miss Dodger), Campbell Scott
(Diretor Davis), Ian Colletti (Jamie), +Cast. Gênero: Drama,
Família, Fantasia. Duração: 96 minutos.
3.
4. Phoebe com seu comportamento peculiar não é
compreendido pelos colegas, professores e até
mesmo os pais.
Viver em um mundo imaginário é a solução para a
menina, pois é lá que ela revela o seu EU com
liberdade. No mundo imaginário do “PAÍS DAS
MARAVILHAS”, não há regras castradoras, como na
escola. Não há amigos que a rejeitam e pais que a
fazem sentir-se culpada pelos acontecimentos em
sua vida. (Drumond, Simone Helen Ischkanian)
Phoebe sofre de angústia, tem um comportamento
além do padrão normal, é supersticiosa como
demonstra a cena em que tem que pisar nos
quadrados na ordem certa para a mãe não morrer.
5. Os conflitos na escola, na família e nos lugares que a
menina frequenta, são pelo fato das pessoas não
conseguirem entende-la.
“A professora de teatro convida a turma para participar
de uma produção teatral, a princípio ela rejeita. Depois vê
a oportunidade de interpretar Alice, além disso, sua mãe
está escrevendo uma dissertação sobre “Alice no país das
maravilhas”, o que pode ter influenciado. Phoebe vê Alice
na escola e resolve colocar seu nome na lista”. (BRAGA,
Marielsa klatter)
Por identifique-se com Alice, no teatro Phoebe interpreta
o papel significativamente, o que deixa a professora
maravilhada, porém o coletivo escolar, não consegue
perceber que ela dá sinais de que a fantasia e a realidade
podem se misturar. Na fantasia Phoebe consegue ser
diferente e muito mais confiante.
6. Uma das cenas do filme, nos revela a importância de
educar com objetivos claros, a partir de uma capacidade
criativa.
A professora enfatiza aos alunos “o problema do
preconceito, como demonstra a cena em que está escrito
na capa de um garoto viado”.
QUESTIONA O FATO DE TEREM ESCRITO
ALGO SEM MESMO SABER O SIGNIFICADO
ETIMOLÓGICO DA PALAVRA.
Conta a eles que no tempo de William Shakespeare que
as mulheres não atuavam, tendo assim os papéis
femininos atuados por meninos, brilhantes
apresentações sem preconceitos.
7. A professora revela aos aluno que no tempo de William Shakespeare, as mulheres
não atuavam, tendo assim os papéis femininos atuados por meninos. As
apresentações eram brilhantes e não havia preconceitos.
A atuação da professora nos
revela que EDUCAR É A ARTE DE
FAZER PESSOAS, e uma boa
influência pode se perpetuar
na vida adulta
No filme a professora revela aos seus alunos o dom
da iniciativa, das possibilidade e de acreditar
em si mesmo.
8. Os pais de Phoebe tinham grande dificuldade em lidar
com o problema, embora se esforcem muito, relutaram a
aceitar que a filha precisava de uma atenção especial.
Phoebe pede ajuda por muitas vezes,
diz o tempo todo que não consegue
se livrar dos hábitos, a irmã menor
percebe antes mesmo dos pais.
Percebi em Phoebe e sua irmã uma maturidade bem
expressiva, o que pode ter a influência dos pais. Dessa
forma o filme abordou um comportamento comum nos
pais quando lidam com algo diferente, quando um filho
se apresenta diferente do outro.
Referencia: BRAGA, Marielsa klatter
9. O existencialismo faz-se presente no filme,
principalmente em muitos discursos da professora.
Existencialismo é a corrente filosófica que se funda
na situação do indivíduo vivendo num universo
absurdo, ou sem sentido, em que os homens são
dotados de vontade própria. Os existencialistas
sustentam que as pessoas são responsáveis pelas
suas próprias ações, e o seu único juiz, na medida em
que a sua existência afeta a dos outros.
(Drumond, Simone Helen Ischkanian)
Em uma cena, a professora fala de quem realmente
somos e que descobrimos isso em certa altura da
vida. A cena demonstra que buscamos por respostas,
pelo significado de nossa existência.
(BRAGA, Marielsa klatter)
10. As mediações educacionais da professora com base na teoria do existencialismo, não
agradaram a família de Phoebe. A mãe da menina baseando-se em argumentos
fundamentados no seu ego, chamou a professora de “estranha”. As explanações
negativas sobre a professora ao diretor intolerante, o faz a despedir do trabalho
escolar. O que é uma pena para a INCLUSÃO!
Esses e muitos outros questionamentos tornam
diferentes os que anseiam por respostas.
Quem somos?
Por que estamos no mundo?
O que buscamos?
11. A escola de Phoebe era melindrosa a mudanças,
educacionais. Valia-se de uma educação bancaria
linear, onde as regras eram latentes. As crianças não
podiam questionar para desenvolver suas habilidades
e assim transcender harmoniosamente.
O castigo era utilizado para os que ousavam quebrar
as regras. Para Phoebe, que estava inserida num
contexto de INCLUSÃO, quando foi proibida de atuar
na peça, esse castigo foi algo psicologicamente
drástico.
Diante dos resultados negativos do castigo, a mãe e a
professora conseguiram que Phoebe voltasse a atuar,
sob a condição de que não retornasse a cometer os
mesmos erros, como se isso fosse possível para uma
criança no contexto da INCLUSÃO.
12. POR FALTA DE CONHECIMENTO E ORIENTAÇÃO DE PROFISSIONAIS
COMPETENTES O FILME REVELA UM CAOS FAMILIAR:
A frustração dos pais é passadas
as filhas.
Os pais se culpam e se agridem!
Não percebem que a filha caçula também necessita
de ajuda.
A filha mais nova não tem a
doença de Phoebe, mas tem
carência de afeto.
13. É impressionante a cena em que as meninas
pedem aos pais um novo irmão e o pai impaciente
e muito irritado diz:
que a mãe não iria querer outro que se
parecesse com a Phoebe.
Nossa, como a criança fica
magoada em ouvir tal
crueldade de seus pais.
Sua mãe não quer outro filho
que se pareça com
a Phoebe!
14. Quando é perguntado a mãe “Você gosta de ser
mãe?” A resposta não é convincente ela diz “Ah...!
Claro!” resposta duvidosa, a mãe não consegue lidar
com as filhas. A falta de experiência em entender o
mundo dos filhos, participar da vida deles, interagir
com eles e não ao inverso como acontece, trazendo-
os para dentro dos conflitos. O universo dos adultos
não foi feito para crianças, embora pareçam
imperceptíveis aos acontecimentos a sua volta,
captam tudo como para raios.
O filme demonstra também a diferença entre adultos
e crianças, pais e filhos, professores e alunos. A falta
de liberdade para criar, professores despreparados e
uma escola que apenas produz modelos, alunos
pensantes assustam. Phoebe é criativa, diferente,
perspicaz. (BRAGA, Marielsa klatter)
15. Percebe-se em Phoebe outro problema, o
de lavar as mãos excessivamente até
feri-las, TOC.
(transtorno obsessivo compulsivo).
Como também a culpa dos
acontecimentos ruins, os machucados que
produzia a si mesma quando
impunha limites.
Os xingamentos espontâneos, o cuspe nos
colegas, tudo que não conseguia controlar.
(BRAGA, Marielsa klatter)
16. Phoebe vê a rainha de copas, que é a mãe, fala da
sensação de correr sem sair do lugar, de que no país
das maravilhas não há rigidez que é o oposto da
realidade e a realidade para ela é muito ruim.
Deseja a liberdade assim mistura o tempo todo,
realidade com a fantasia e todos que vê em sua
fantasia são pessoas da vida real, como o diretor, o
psicólogo, a mãe, o pai.
Ela conversa com os personagens.
Conta a um colega que não consegue evitar os
pensamentos ruins, como a voz que ouve mandando-
a pular. Em alguns momentos fala do medo que sente.
(BRAGA, Marielsa klatter)
17. Diante do comportamento de muitos pedidos de
socorro, a mãe finalmente busca ajuda de um
profissional da saúde, mas infelizmente, não confia
no profissional. Ela se culpa pelas atitudes da filha
e reluta em aceitar o diagnóstico.
A mãe de Phoebe, relata ao marido sobre o
descontrole que tem sobre as filhas, do quanto fica
irritada com tudo e com as coisas que não
consegue fazer.
É emocionante quando Phoebe fala da
esperança que tem NO PAÍS DAS
MARAVILHAS, que sabe que está se
destruindo, mas não consegue evitar.
18.
19. Tiques são movimentos involuntários, rápidos,
repetitivos e estereotipados, que surgem de
maneira súbita e não apresentam ritmo
determinado. Alguns exemplos são piscadas de
olhos e movimentos com os ombros, mas as
manifestações também podem se dar na forma de
sons emitidos pelo paciente (vocalizações). Podem
ser contínuos ou surgir repentinamente, como
acessos.
A intensidade dos tiques é variável. Alguns são
quase imperceptíveis, mas outros são bastante
complexos, como saltos ou fortes latidos. Há
também casos em que são “camuflados” em
atitudes corriqueiras, como afastar o cabelo do
rosto ou ajeitar a roupa.
20. Exemplos de tiques mais freqüentes
Adaptado de Hanna. (1995).
SÍNDROME
DE
TOURETTE
IMPULSIVIDADE
THAH
TOCS TICS
DESORDEM
CONDUTIVAS
THA
21. Tiques - O paciente consegue evitar os tiques,
porém com esforço e tensão emocional.
Algumas vezes, as manifestações são precedidas por
uma sensação desconfortável, chamada
premonitória e, frequentemente, seguidas por um
sentimento de alívio.
Costumam desaparecer durante o sono e diminuir
com a ingestão de bebidas alcoólicas ou durante
atividades que exijam concentração.
Por outro lado, fatores como estresse, fadiga,
ansiedade e excitação aumentam a intensidade dos
movimentos característicos.
22. TIQUES COMPLEXOS
Os tiques podem ser simples ou complexos.
No primeiro caso, estão as manifestações
mais diretas, como piscar os olhos, fazer
caretas, torcer o nariz ou a boca, trincar os
dentes, levantar os ombros, mover os dedos
das mãos e sacudir a cabeça ou o pescoço.
Entre as vocalizações dessa categoria estão
“coçar” a garganta, estalar a língua, gritar,
assobiar, roncar e imitar sons de animais,
como grunhidos, uivos, zumbidos e latidos.
23. TIQUES COMPLEXOS
Já os tiques complexos podem organizar-se e serem
ritualizados. Assemelham-se às compulsões,
manifestações precedidas de fenômenos cognitivos
ou obsessões (ideias, pensamentos e imagens),
normalmente acompanhadas de intensa ansiedade,
palpitações, tremores e sudorese. A diferença é que
os tiques são precedidos por uma sensação de
obrigatoriedade, de ter que fazer algo, que age
como uma pressão crescente que precisa ser
descarregada. Além disso, portadores de tiques
relatam sensações táteis ou musculares que
antecipam os comportamentos repetitivos
(sensações premonitórias), o que não ocorre com as
compulsões.
24. Síndrome de Tourette
Portadores de tiques costumam apresentar mais de
um tipo de manifestação. Quando elas são múltiplas
e envolvem tanto tiques motores como vocais, não
necessariamente ao mesmo tempo, caracterizam a
síndrome de Tourette.
O distúrbio surge por volta dos 7 anos, mas esse
evento pode variar dos 2 aos 15 anos. No início,
ocorrem tiques motores simples, como piscadelas
dos olhos. Aos 11 anos, em média, a criança
apresenta vocalizações, como pigarro, fungadelas,
tosse e exclamações coloquiais, entre outras.
Essa ordem, entretanto, pode ser invertida.
25. Síndrome de Tourette
O tique também pode se manifestar como uma
emissão involuntária de palavras ou gestos
obscenos (coprolalia e copropraxia,
respectivamente).
A coprolalia ocorre em menos de um terço dos
casos e talvez sofra alguma influência cultural, já
que é mais frequente em determinados países. Na
Dinamarca, por exemplo, é seis vezes mais comum
que no Japão. A copropraxia, por sua vez, afeta de
1% a 21% dos pacientes. Em menos da metade dos
casos, também pode ocorrer repetição de palavras
ouvidas (ecolalia), de gestos observados (ecopraxia)
ou da própria fala (palilalia).
26. Síndrome de Tourette - Estimativas
Calcula-se que um terço dos pacientes apresente
remissão completa no fim da adolescência; outro
terço, melhora dos tiques.
O restante provavelmente continuará com o
problema inalterado durante a vida adulta.
Ainda assim, há relatos de desaparecimento dos
tiques de forma espontânea em 3% a 5% dos casos.
Depois que a síndrome de Tourette se instala, os
sintomas variam de intensidade, principalmente na
adolescência.
27. Síndrome de Tourette – Estimativas
Alguns distúrbios de comportamento costumam
aparecer junto com a doença, como hiperatividade,
automutilação, problemas de conduta e de
aprendizado, além do TRANSTORNO OBSESSIVO
COMPULSIVO (TOC). Estudos sugerem que mais de
40% dos portadores da síndrome de Tourette
também apresentam TOC e cerca de 90%, sintomas
obsessivos.
Há casos em que os transtornos associados são
mais preocupantes que os tiques. A síndrome de
Tourette raramente é grave e nem sempre exige
tratamento com medicações. Muitas pessoas
passam a vida com tiques sem maiores problemas.
28. Síndrome de Tourette – Causas
Cerca de 1% da população mundial tem síndrome
de Tourette, desde as formas mais brandas e não
diagnosticadas até as mais graves. Os tiques
costumam afetar até 20% das crianças, mas em
geral desaparecem espontaneamente, em menos
de três meses. Caso contrário, há suspeita de tiques
crônicos ou síndrome de Tourette.
A causa da doença é desconhecida, mas sabe-se
que há influência de fatores genéticos e
neurobiológicos.
Estudos com famílias de portadores indicam que há
uma transmissão genética da predisposição à
síndrome.
29. Síndrome de Tourette – Causas
Entre gêmeos idênticos (monozigóticos), quando
um irmão é afetado, em mais de 50% dos casos o
outro também possui a doença. Se não forem
idênticos, esse percentual é de 10%. Quando todos
os tipos de tique são incluídos, e não apenas a
síndrome de Tourette, a taxa de concordância entre
gêmeos monozigóticos aumenta para 77%.
Investigações sugerem que também há uma relação
entre problemas na gravidez e a ocorrência da
doença no filho. Algumas mostram uma incidência
1,5 vez maior de complicações durante a gestação
de portadores de tiques do que na de indivíduos
saudáveis.
30. Síndrome de Tourette – Causas
Entretanto, nem todas as pesquisas conseguiram
demonstrar essa correspondência.
Os fatores psicológicos também podem ter
grande influência no desenvolvimento do
transtorno.
Os tiques pioram, por exemplo, na presença de
eventos estressantes, não necessariamente
desagradáveis. Já se verificou que há uma
associação entre o conteúdo dos tiques, seu
início e os eventos marcantes na vida das crianças
portadoras da doença.
31. Síndrome de Tourette – Pesquisas
Estudos com ressonância magnética cerebral
mostraram que há alterações em algumas
estruturas cerebrais, conhecidas como gânglios da
base e corpo caloso, de portadores da síndrome.
Tomografias de maior precisão, que funcionam à
base da emissão de partículas subatômicas
(pósitrons e fótons), revelaram que esses pacientes,
em geral, apresentam menor atividade em algumas
regiões do cérebro, chamadas córtex frontal e
temporal, cíngulo, estriado e tálamo.
Inúmeras pesquisas sugerem que a síndrome de
Tourette seja influenciada por um substrato
neuroquímico.
32. Síndrome de Tourette – Pesquisas
A principal teoria dessa linha é que, nos portadores
do transtorno, há uma atividade maior da
dopamina, uma substância que auxilia na
transmissão dos impulsos nervosos de um neurônio
para outro. Medicamentos que inibem a ação da
dopamina reduzem a intensidade e frequência dos
tiques, enquanto drogas que estimulam sua
atividade causam exacerbação das manifestações.
A incidência da síndrome é maior no sexo
masculino. Por isso, acredita-se que os tiques
estejam relacionados a influência dos hormônios
masculinos sobre o sistema nervoso central.
33. Síndrome de Tourette – Pesquisas
Há relatos exacerbação dos sintomas associada ao uso
exagerado de esteroides androgênicos, anabolizantes
que aumentam a massa muscular. Em outros casos, os
tiques intensificam-se no período pré-menstrual, o que
demonstra uma relação do problema com o equilíbrio
hormonal.
Alguns pesquisadores também sugerem que há uma
relação entre os tiques e outros transtornos e
anticorpos que atacam o cérebro (antineurais),
produzidos pelo organismo para combater infecções
causadas por estreptococos. Essa teoria baseia-se no
fato de que algumas pessoas começam a apresentar
tiques ou pioram seu estado depois de sofrerem
infecções de garganta.
34. Síndrome de Tourette – Pesquisas
Estudos realizados no Projeto
Transtornos do Espectro Obsessivo
Compulsivo (Protoc), do Instituto de
Psiquiatria da Faculdade de Medicina
da USP, mostraram que a febre
reumática, uma complicação posterior
à infecção de garganta que está
associada a alterações imunológicas,
pode aumentar a chance de se ter
síndrome de Tourette tanto nos
pacientes como em seus familiares.
35. Síndrome de Tourette – Tratamento
O tratamento da síndrome de Tourette envolve a terapia
psicossocial e a farmacológica. Antes de ser iniciado,
deve-se fazer uma avaliação dos tiques, no que diz
respeito a localização, frequência, intensidade,
complexidade e interferência na vida cotidiana. Também
devem ser analisados aspectos como ambiente escolar e
familiar, relacionamentos e distúrbios associados ao
problema.Até o momento, não há cura para os tiques e a
síndrome de Tourette, mas medicamentos podem ajudar
a aliviar os sintomas. Estima-se que 60% dos portadores
precise desse tipo de tratamento. A filosofia da terapia é
conservadora: as doses são as menores possíveis, para
evitar que o paciente tome remédio
desnecessariamente. Mesmo com o auxílio de drogas, os
tiques não desaparecem completamente.
36. Síndrome de Tourette – Tratamento
Em determinados casos, indica-se a psicoterapia,
inclusive com orientação a pais, familiares e
professores. É importante que todos estejam bem
informados a respeito da doença, suas
características e o modo de lidar com o paciente.
Deve-se evitar a estigmatizarão e atitudes
superprotetoras, porque a criança pode perceber e
manipular a doença para obter o que deseja.
Há relatos de cura com a psicoterapia
comportamental. Nesse contexto, a técnica
conhecida como reversão de hábito tem se
mostrado a mais adequada.
37. Síndrome de Tourette – Tratamento
Consiste basicamente em ensinar o paciente a perceber
quando os tiques vão ocorrer para então tentar suprimi-
los, modificá-los ou substituí-los por outro, menos
incômodo. Uma manifestação desagradável e
embaraçosa, como acenar para pessoas desconhecidas,
pode ser modificada, com esforço e treino, para uma
atitude mais aceitável ou imperceptível, como passar a
mão no cabelo ou no corpo.
A maioria dos portadores de tiques e síndrome de
Tourette tem grande melhora no início da vida adulta,
com diminuição dos sintomas ou adaptação a tiques mais
estáveis e moderados.
A redução mais significativa ocorre por volta dos 20 anos.
A evolução, muitas vezes, é instável
38. Síndrome de Tourette – Tratamento
A gravidade na infância não indica
como será a evolução do quadro.
Por isso, na maioria dos casos, a
abordagem psicossocial e
educacional é o elemento mais
importante, porque ajuda o
paciente e a família a entenderem
os sintomas e aprenderem como
lidar com eles,
sem a necessidade de medicação.
39. TIQUES SIMPLES TIQUES COMPLEXOS
Motores
Piscamento dos olhos; Eye
Jerking (desvios do globo
ocular); caretas faciais;
movimentos de torção do nariz
e boca; estalar a mandíbula;
trincar os dentes; levantar dos
ombros; movimentos dos
dedos das mãos; chutes;
tensão abdominal ou de outras
partes do corpo; sacudidelas
de cabeça, pescoço, ou outras
partes do corpo.
Gestos faciais; estiramento da língua;
manutenção de certos olhares; gestos das mãos;
bater palmas; atirar ou jogar; empurrar; tocar a
face; movimentos de “arrumação”; pular; bater
o pé; agachar-se; saltitar; dobrar-se; rodopiar ou
rodar ao andar; girar; retorcer-se; posturas
distônicas; desvios oculares(rodar os olhos para
cima ou para os lados); lamber mãos, dedos ou
objetos; tocar, bater em ou checar partes do
corpo, outras pessoas ou objetos; beijar;
arrumar; beliscar; escrever a mesma letra ou
palavra; retroceder sobre os próprios passos;
Movimentos lentificados ou inibição; bater com
a cabeça; morder a boca, os lábios ou outra
parte do corpo; ”cutucar” feridas ou os olhos;
ecopraxia e copropraxia.
Exemplos de tiques mais freqüentes
Adaptado de Hanna. (1995).
40. TIQUES SIMPLES TIQUES COMPLEXOS
Vocais
Coçar a garganta;
fungar; cuspir; estalar
a língua ou a
mandíbula; Cacarejar,
roncar, chiar, latir,
apitar, gritar, grunhir,
gorgolejar, gemer,
uivar, assobiar,
zumbir, sorver e
inúmeros outros sons.
Proferição súbita de sílabas
inapropriadas, palavras-
“ôps”, “êpa”, frases curtas e
complexas incluindo palilalia,
coprolalia e ecolalia.
Outras anormalidades da fala
como bloqueio da fala.
Exemplos de tiques mais freqüentes
Adaptado de Hanna. (1995).
41. A MENINA NO PAÍS DAS MARAVILHAS
Simone Helen Drumond Ischkanian
REFERENCIA:
BRAGA, Marielsa klatter Análise crítica do filme: A menina
no país das maravilhas.
http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdefilmes.
Adaptado de Hanna. (1995). Ana Gabriela Hounie é vice-
coordenadora do Protoc; Eurípedes Miguel é professor
associado do departamento de Psiquiatria e coordenador do
Projeto Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo
(Protoc) do Instituto de Psiquiatria da FMUSP.
DRUMOND, Simone Helen Ischkanian. A menina no país das
maravilhosas A importância do real e do imaginário para as
crianças. http://pt.slideshare.net/SimoneHelenDrumond/a-
menina-no-pas-das-maravilhosas-por-simone-helen-
drumond
Trailer do Filme:
http://www.youtube.com/watch?v=eQxCBqaJUhs