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ISSN 1679-2645
Federação das Indústrias do Estado da Bahia Sistema FIEB Ano XVIII nº 224 jan/fev/mar 2013
Bahia
Empresários avaliam
cenários e apontam entraves
ao bom desempenho da
indústria baiana
o desafio
de crescer
OS PROFISSIONAIS QUE AS INDÚSTRIAS
MAIS PROCURAM ESTÃO AQUI
FACULDADE SENAI CIMATEC, A MELHOR INSTITUIÇÃO
DE ENSINO SUPERIOR DO NORTE/NORDESTE
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O que você tanto procura, as indústrias também querem encontrar. E todos estão com sorte.
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Em meio ao vai-vém da
economia, o desafio de crescer
Projetar o desempenho futuro da indústria face a tantas incertezas
na economia global, que pode incluir ser surpreendido a qualquer
momento por fatores como a Grécia, ou, para tomar um exemplo mais
recente, como Chipre – que deixou os mercados em polvorosa com o
anúncio de que o país estava à beira de um colapso financeiro – pode
parecer uma temeridade. As mudanças de rumo no mercado são rápi-
das e surpreendentes e a nossa economia não pode fugir ao princípio
de que, definitivamente, não está imune às turbulências.
Se a economia do Brasil está intimamente vinculada aos humores
econômicos que circulam pelo mundo, é no campo interno que resi-
dem os maiores desafios a serem vencidos pela indústria nacional. Por
aqui, o mercado produtivo vive assombrado com a escorchante carga
tributária, infraestrutura e logística carentes de investimentos mais
maciços. Como reflexo, os efeitos da concorrência externa, que desá-
gua seus produtos importados a preços bem mais competitivos em re-
lação ao equivalente nacional, e a desaceleração no ritmo da produção,
provocando, assim, redução no ritmo das contratações e da geração de
emprego e renda.
Mas em meio a tantas adversidades, o empresário não arrefece os
ânimos. Como diz Mauro Pereira, superintendente do Comitê de Fo-
mento Industrial de Camaçari (Cofic), é próprio ao perfil do empreen-
dedor não alimentar pessimismos. Ou, como afirma o presidente do
Sistema FIEB, José de Freitas Mascarenhas, fazer indústria no Brasil é
ter paixão. Com uma dose de paixão e outra de otimismo, a indústria
brasileira traça seus rumos para 2013 e, em vez de se limitar a queixas,
prefere alimentar boas expectativas.
Uns, olham para o horizonte e anteveem um futuro de bons negó-
cios. A indústria de plásticos trabalha com uma projeção de crescimen-
to da ordem de 6% este ano. Outros, que dependem de conjunturas
mais favoráveis e de outros segmentos, como é o caso da indústria me-
tal-mecânica, que fornece à Petrobras – que por sua vez está vivencian-
do uma de suas maiores crises dos últimos anos –, assistem à escalada
da inadimplência em escala jamais vista nos últimos 10 anos. Contrastes
de um país que também assistiu ao desempenho positivo da indústria
automotiva, ancorada na redução do Imposto sobre Produtos Industria-
lizados (IPI) para veículos automotivos, e que agora refaz suas contas e
projeções para 2013, com o fim do benefício a partir de junho.
Na reportagem de capa desta edição da Bahia Indústria, um pai-
nel do cenário econômico e do desempenho de alguns dos principais
setores da economia baiana, baseado nas expectativas do empresa-
riado industrial.
EDITORIAL
Com uma dose de paixão e outra
de otimismo, a indústria brasileira
traça seus rumos para o futuro e, em
vez de se limitar a queixas, prefere
alimentar boas expectativas
Indústria automotiva foi um dos
setores que mais cresceram no país
em 2012, com índice de 6,1%
4  Bahia Indústria
Sindicatos filiados à FIEB
Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado da Bahia, sindacucarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Fiação
e Tecelagem no Estado da Bahia, sindfiacaoba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do tabaco no Estado da Bahia, sinditabaco@
fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Curtimento de Couros e Peles no Estado da Bahia,sindicouroba@fieb.org.br / Sindicato da
Indústria do Vestuário de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Camaçari, Dias D’ávila e Santo Amaro, sindvest@
fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da Indústria de Extração de
Óleos Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e Balas no Estado da Bahia, sindioleosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da
Cerveja e de Bebidas em Geral no Estado da Bahia, sindcerbe@bol.com.br / Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão,
Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia, sindpacel@hotmail.com / Sindicato das Indús-
trias do Trigo, Milho, Mandioca e de Massas Alimentícias e de Biscoitos no Estado da Bahia, sindtrigoba@fieb.org.br / Sindicato
da Indústria de Mineração de Calcário, Cal e Gesso do Estado da Bahia, sindicalba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Cons-
trução do Estado da Bahia, secretaria@sinduscon-ba.com.br / Sindicato da Indústria de Calçados, seus Componentes e Artefatos
no Estado da Bahia, sindcalcadosba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do
Estado da Bahia, simmeb@uol.com.br / Sindicato das Indústrias de Cerâmica e Olaria do Estado da Bahia, sindicerba@ig.com.br /
Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza em geral e Velas do Estado da Bahia, sindisaboesba@
fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias e Marcenarias de Salvador, Simões Filho, Lauro
de Freitas, Camaçari, Dias D’ávila, Sto. Antônio de Jesus, Feira de Santana e Valença, sindiscamba@fieb.org.br / Sindicato das
Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria
da Cidade do Salvador, sindpanssa@uol.com.br / Sindicato da Indústria de Produtos Químicos, Petroquímicos e Resinas Sintéti-
cas do Estado da Bahia, sinpeq@coficpolo.com.br / Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia, sindiplasba@
sindiplasba.org.br / Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia, sinprocimba@fieb.org.br / Sindicato da
Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado da Bahia, sindbrit@svn.com.br / Sindicato das Indústrias de Produtos Quími-
cos para Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia, adm@quimbahia.com.br / Sindicato da Indústria de
Mármores, Granitos e Similares do Estado da Bahia, simagranba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria Alimentar de Congelados,
Sorvetes, Sucos, Concentrados e Liofilizados do Estado da Bahia, sindsucosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Carnes
e Derivados do Estado da Bahia, sincarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário da Região de Feira de Santana, sind-
vestfeira@fbter.org.br / Sindicato da Indústria do Mobiliário do Estado da Bahia, moveba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria
de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia, sindratar@gmail.com.br / Sindicato das Indústrias de
Construção Civil de Itabuna e Ilhéus, valmirsb@yahoo.com.br / Sindicato das Indústrias de Café do Estado da Bahia, sincafeba@
fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado da Bahia, sindileite@fieb.org.br / Sindica-
to das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares dos Municípios de Ilhéus e
Itabuna, sinec@sinec.org.br / Sindicato das Indústrias de Construção de Sistemas de Telecomunicações do Estado da Bahia,
anaelisabete@telenge.com.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Feira de Santana,
simmefs@simmefs.com.br / Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado da Bahia, sindirepaba@
sindirepabahia.com.br / Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, sindipecas@sindipecas.
org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de
Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia, sindcosmetic@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Artefatos de Plásticos,
Borrachas, Têxteis, Produtos Médicos Hospitalares, sindiplast@gmail.com
FIEB
Presidente José de Freitas Mascarenhas. 1º Vice-
presidente: Victor Fernando Ollero Ventin. Vice-
presidentes Carlos Gilberto Cavalcante Farias;
Emmanuel Silva Maluf; Reinaldo Dantas Sampaio;
Vicente Mário Visco Mattos. Diretores Titulares
Alberto Cânovas Ruiz; Antonio Ricardo Alvarez Al-
ban; André Régis Andrade; Carlos Henrique Jorge
Gantois; Claudio Murilo Micheli Xavier; Eduardo Ca-
tharino Gordilho; Josair Santos Bastos; Leovegildo
Oliveira De Souza; Luiz Antonio de Oliveira; Manuel
Ventin Ventin; Maria Eunice de Souza Habibe; Re-
ginaldo Rossi; Sérgio Pedreira de Oliveira Souza;
Wilson Galvão Andrade. Diretores Suplentes Adal-
berto de Souza Coelho; Alexi Pelagio Gonçalves
Portela Júnior; Carlos Alberto Matos Vieira Lima;
Juan José Rosário Lorenzo; Marcos Galindo Pereira
Lopes; Mário Augusto Rocha Pithon; Noêmia Pinto
de Almeida Daltro; Paulo José Cintra Santos; Ricar-
do de Agostini Lagoeiro
conselhos
Conselho de Economia e desenvolvimento indus-
trial Antônio Sérgio Alípio; Conselho de Assun-
tos Fiscais e Tributários Cláudio Murilo Micheli
Xavier; Conselho de Comércio Exterior Reinaldo
Dantas Sampaio; Conselho da Micro e Pequena
Empresa Industrial Carlos Henrique Jorge Gan-
tois; Conselho de Infraestrutura Marcos Galindo
Pereira Lopes; Conselho de Meio Ambiente Irun-
di Sampaio Edelweiss; Comitê de Petróleo e Gás
Eduardo Rappel; Conselho de inovação e Tecno-
logia José Luís Gonçalves de Almeida; Conselho
de Responsabilidade Social Empresarial Marconi
Andraos Oliveira; Conselho de Relações Traba-
lhistas Homero Ruben Rocha Arandas; Comitê de
Portos Reinaldo Dantas Sampaio Comitê de Jo-
vens Lideranças Industriais Eduardo Faria Daltro
Editada pela Superintendência
de Comunicação Institucional
do Sistema Fieb
Conselho Editorial Irundi Ede-
lweiss, Adriana Mira, Cleber Borges
e Patrícia Moreira. Coordenação
editorial Cleber Borges. Editora
Patrícia Moreira. reportagem Pa-
trícia Moreira, Carolina Mendon-
ça, Marta Erhardt. colaboração
Luciane Vivas e Milena Marques.
fotografia João Alvarez. Projeto
Gráfico e Diagramação Ana Clélia
Rebouças. Ilustração e Infografia
Bamboo Editora.
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS
DO ESTADO DA BAHIA
Rua Edístio Pondé, 342 –
Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone: 71
3343-1280 /
www.fieb.org.br/bahia_indus-
tria_online
As opiniões contidas em artigos
assinados não refletem necessa-
riamente o pensamento da FIEB.
Filiada à
BahiaCIEB
Diretor-Presidente José de Freitas Mascarenhas.
Vice-Presidentes José Carlos Boulhosa Baqueiro;
Irundi Sampaio Edelweiss; Carlos Antônio Borges
Cohim Silva. Diretores Titulares Clovis Torres Ju-
nior; Fernando Elias Salamoni Cassis; João de Tei-
ve e Argollo; João Ricardo Aquino; Luís Fernando
Galvão de Almeida; Luiz Antunes Athayde Andrade
Nery; Marconi Andraos Oliveira; Roberto Fiamen-
ghi; Rogelio Golfarb; Ronaldo Marquez Alcântara;
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tos; Erwin Reis Coelho de Araujo; Givaldo Alves
Sobrinho; Heitor Morais Lima; Jorge Robledo de
Oliveira Chiachio; José Luiz Poças Leitão Filho;
Mauricio Lassmann Diretor regional oeste Pedro
Ovídio Tassi
SESI
Presidente do Conselho e Diretor Regional José
de Freitas Mascarenhas.
Superintendente José Wagner Fernandes
SENAI
Presidente do Conselho José de Freitas
Mascarenhas.
Diretor Regional: Leone Peter Andrade
IEL
Presidente do Conselho e Diretor Regional
José de Freitas Mascarenhas.
Superintendente Armando da Costa Neto
Diretor Executivo do Sistema FIEB
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Para informações sobre a
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Sistema FIEB, entre em contato
Unidades do
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SESI – Serviço Social
da Indústria
Sede: 3343-1301
@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71)
3343-1429
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@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805
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@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253
@Lucaia: (71) 3205-1801
@Piatã: (71) 3503 7401
@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221
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@Eunápolis: (73) 8822-1125
@Feira de Santana: (75) 3602 9762
@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326
@Jequié: (73) 3526-5518
@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133
@Valença: (75) 3641 3040
@Sudoeste: (77) 3422-2939
@Oeste: (77) 3628-2080
SENAI – Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial
Sede: 71 3343-8090
@Cimatec: (71) 3534-8090
@Dendezeiros: (71) 3534-8090
@Cetind: (71) 3534-8090
@Feira de Santana: (73) 3639-9302
@Ilhéus: (73) 3639-9302
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@Barreiras: (77) 3612-2188
IEL – Instituto
Euvaldo Lodi
Sede: 71 3343-1384/1328/1256
@Barreiras: (77) 3611-6136
@Camaçari: (71) 3621- 0774
@Eunápolis: (73) 3281- 7954
@Feira de Santana: (75) 3229- 9150
@Ilhéus: (73) 3639-1720
@Itabuna: 3613-5805
@Jacobina: (74) 3621-3502
@Juazeiro: (74) 3611-0155
@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621
@Vitória da Conquista: (77) 3424-2558
CIEB - Centro das Indústrias
do Estado da Bahia
Sede: (71) 3343-1214
sistema fieb nas mídias sociais
Fornecedoras da
Petrobras
concluem curso
ministrado pelo
SESI Bahia.
Capacitação
em SMS
Rosemma Maluf
fala dos desafios
que tem à frente
da Secretaria de
Ordem Pública.
O desafio de
gerir a cidade
Desenvolvimento de carreiras e de
empresas ganha espaço no portfólio de
negócios do Instituto Euvaldo Lodi na
Bahia, enquanto o SENAI vai investir
mais em pesquisa e inovação.
IEL e SENAI ampliam foco de
ação com novas estratégias
Programa de Melhoria da
Competitividade para Micro e Pequenas
Indústrias, desenvolvido pela FIEB em
parceria com o Sebrae, promoveu
seminário sobre a NR 12.
Micro e Pequenas indústrias
debatem aplicação da NR 12
A Bahia desponta
como um dos
estados em que a
indústria mais
vem crescendo;
empresários do
setor avaliam este
desempenho
Cenários
e tendências
sumário jan/fev/mar 2013
28
Ilustração
Gentil
30
16
6 12
Mateus Pereira/Coperphoto/Sistema FIEB
valter pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
fotosJoãoalvarez
6  Bahia Indústria
SESI e SENAI
desenvolvem
soluções em
segurança
Seminário apresentou
metodologia para reduzir impacto
da implantação da NR 12 nas
pequenas e médias empresas
por Marta Erhardt
E
m vigor desde 1978, a Norma Regulamentadora
12 (NR 12), que trata da segurança no trabalho
com máquinas e equipamentos, foi reformula-
da ao longo do tempo. Os prazos para que as
empresas se adequassem à sua última atualização,
realizada em 2010, já expiraram e o não atendimento
às exigências da norma tem provocado a interdição
de diversas organizações em todo o país.
O instrumento normativo foi discutido durante o
seminário NR 12: Impactos e Soluções para Micro e
Pequenas Empresas, realizado pela Federação das In-
dústrias do Estado da Bahia (FIEB), por iniciativa da
Superintendência de Relações Institucionais (SRI),
com o apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas da Bahia (Sebrae-BA) e do Conselho de Mi-
cro e Pequenas Empresas da FIEB (Compem).
“Estamos trabalhando para que as micro e pe-
quenas empresas possam compreender a norma,
que é complexa, e, com esse entendimento, possam
se adequar às novas exigências”, destacou o supe-
Cid Vianna
destaca a
importância
de discutir a
norma com os
empresários
Fotos: Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
Bahia Indústria  7
rintendente da SRI da FIEB, Cid
Vianna.
Para auxiliar as empresas no
cumprimento da norma e minimi-
zar seus impactos, SESI e SENAI
desenvolveram uma metodologia
que engloba um levantamento das
máquinas e equipamentos das em-
presas, um diagnóstico e a elabo-
ração de um Plano de Adequação
com cronograma de ações.
“Nesta primeira etapa, serão
verificados os perigos mecânicos,
que são responsáveis pelo maior
índice de acidentes e lesões. Mas
precisamos lembrar que este é o
primeiro passo para a adequação
à norma”, salientou a engenheira
de saúde e segurança do trabalho,
Maria Fernanda Lins, que apre-
sentou a metodologia. O programa
foi desenvolvido pelo SESI-RJ em
parceria com a Superintendência
Regional do Trabalho e Emprego
(SRTE) do Rio de Janeiro.
"Os afastamentos por proble-
mas de saúde interferem na com-
petitividade das empresas. Em-
prestamos nosso conhecimento
técnico em busca de um processo
que possa auxiliar na implementa-
ção da norma e reduzir o número
de acidentes de trabalho", desta-
cou o superintendente do SESI-
-BA, Wagner Fernandes.
O seminário reuniu empresá-
rios e dirigentes de sindicatos de
diversos segmentos industriais
para discutir os impactos do mar-
co regulatório. O diretor operacio-
nal do Sebrae-BA, Lauro Ramos,
salientou que este diálogo “é o
melhor caminho para que o setor
produtivo atenda com louvor às
exigências que esse instrumento
normativo requer”.
A necessidade de adequação
da norma à realidade das micro e
pequenas empresas foi defendida
pelo coordenador do Conselho de
Micro e Pequenas Empresas da
FIEB (Compem), Carlos Gantois.
“É preciso que se tenha um prazo
diferenciado para que as micro
e pequenas empresas, que têm
grande representatividade na eco-
nomia do estado, possam cumprir
as exigências”, pontuou.
A ideia também foi defendida
pelos empresários, que questiona-
ram alguns pontos do marco regu-
latório. “Alguns trechos da norma
tratam de aspectos técnicos dos
equipamentos, que deveriam ser
exigidos dos fabricantes. Como é
que o estado deixa que esses equi-
pamentos sejam vendidos se não
estão adequados?”, interrogou o
empresário Mário Pithon, presi-
dente do Sindicato das Indústrias
de Panificação e Confeitaria de
Salvador (Sindpan).
Diante dos pleitos, o superin-
tendente Cid Vianna, ressaltou
que a FIEB tem trabalhado junto
ao Governo Federal, por intermé-
dio da CNI, para propor uma revi-
são da NR 12. “Mas, enquanto isso,
a norma está em vigor e é preciso
que as empresas atendam às exi-
gências”, pontuou.
Já o auditor fiscal e chefe do se-
tor de Segurança e Saúde do Traba-
lho, Flávio Nunes, que representou
a Superintendência Regional do
Trabalho e Emprego (SRTE), lem-
brou que o atual texto da NR 12 foi
aprovado em dezembro de 2010,
por uma comissão tripartite, que
envolveu representantes do go-
verno federal, dos trabalhadores e
dos empresários.
“O auditor tem que cumprir o
que prevê a norma. Caso sejam
identificadas condições de traba-
lho que podem gerar riscos graves,
é preciso interditar o equipamen-
to”, explicou, ressaltando que “a
proposta é que as empresas con-
tinuem gerando riqueza, mas com
um ambiente de trabalho seguro”.
COMPETITIVIDADE
Voltado para micro e pequenos
empresários, o seminário integra
as ações do novo Programa de
Melhoria da Competitividade pa-
ra Micro e Pequenas Indústrias do
Estado da Bahia. Desenvolvido em
parceria entre a FIEB e o Sebrae, o
programa foi reestruturado e pas-
sou a contar com os sindicatos co-
mo elo entre as duas instituições e
o empresariado.
O programa tem como princi-
pais objetivos estratégicos a am-
pliação do atendimento das duas
instituições, o fortalecimento do
associativismo e a interioriza-
ção das ações. A meta é sensibi-
lizar 2 mil empresas até 2016 em
todo o estado. Para isso, FIEB e
Sebrae vão atuar conjuntamente
e, em parceria com os sindicatos
patronais industriais, vão iden-
tificar as necessidades setoriais,
em áreas como acesso a mercado,
tecnologia e inovação, gestão em-
presarial e saúde e segurança no
trabalho. [bi]
Seminário
reuniu
empresários,
representantes
do Sebrae e
dos Conselhos
da FIEB
8  Bahia Indústria
Programa ViraVida será
implantado no extremo-sul
Com a presença do presidente do Conselho Nacional do SESI, Jair Meneguelli, foi
anunciada a parceria da Veracel para implantação da iniciativa em Porto Seguro
O
programa ViraVida, inicia-
tiva do Serviço Social da
Indústria (SESI), vai passar
a atender às vítimas de exploração
sexual do extremo-sul do estado.
Ele chega à região por iniciativa
da Veracel, que decidiu adotar o
programa em razão das estatísti-
cas, que apontam alta incidência
de casos de abuso sexual contra
crianças e adolescentes, em Porto
Seguro.
Implantado na Bahia em 2010,
o ViraVida já atendeu 333 jovens
no estado e, atualmente, tem 175
jovens matriculados em Salvador.
Com a expansão para o extremo-
-sul baiano, o programa, incial-
mente, acolherá 50 jovens.
A reunião durante a qual foi
anunciado o interesse do novo
parceiro em aderir ao programa
ocorreu no dia 5 de março, na sede
da FIEB. Na ocasião, o presidente
do Conselho Nacional do SESI, Jair
Meneguelli, visitou a nova sede do
ViraVida, em Salvador. Ele esteve
acompanhado do superintendente
do SESI Bahia, Wagner Fernandes,
e conversou com os adolescentes
que participam do programa.
Com a parceria da Veracel, o Vi-
raVida vai oferecer a estes jovens a
oportunidade de se inserir em um
programa de capacitação no mer-
cado de trabalho. A empresa vai
atuar como agente articulador e
também com aporte de recursos fi-
nanceiros, reforçando sua função
social e reafirmando sua parceria
com o SESI Bahia.
Para o presidente do Conselho
Nacional do SESI, a parceria de
grandes empresas como a Vera-
cel é importante para expandir o
programa, não só na capital, mas
também em outras cidades do es-
tado. “Há um interesse grande da
empresa, há um interesse grande
da comunidade, há um interesse
grande da rede de enfrentamento
de Porto Seguro, portanto, é abso-
lutamente certo que implantare-
mos (o programa)”, afirmou.
Essa parceria não somente
amplia a atuação do VivaVida na
Bahia, como traz um novo compo-
nente, que é atender à comunidade
indígena, que também sofre com
o problema. Será uma turma de
testagem, mas a ideia é articular,
junto com a Veracel, outros parcei-
ros para dar continuidade ao pro-
grama na região. “Será um marco
para a região e para o programa”,
ressaltou Wagner Fernandes.
Segundo o coordenador do pro-
jeto na Bahia, Jeandro Ribeiro, a
previsão das novas instalações em
Porto Seguro será para o segundo
semestre deste ano. “Eu costumo
dizer que uma das palavras de or-
dem do projeto é parceria, e o pro-
jeto só existe por conta da parceria
do Sistema S, e agora a Veracel vem
se somar”, acrescentou Ribeiro. [bi]
Wagner
Fernandes e
Jair Meneguelli
conversam
com jovens do
ViraVida em
Salvador
Foto Roberto Abreu / Coperphoto / Sistema FIEB
circuito
Bahia Indústria 9
Mineração em compasso de espera
Caso o novo código de mineração saia do papel, a
previsão é que até 2017 a indústria mineradora
receba o correspondente a US$ 75 bilhões em
investimentos. A estimativa é do Instituto
Brasileiro de Mineração (Ibram). Mas à vera, o
setor encontra-se paralisado e a insegurança
jurídica gerada pelo atraso na aprovação do novo
marco legal da mineração tem levado as empresas
a refrearem os investimentos. O governo vem
realizando consultas a diversos segmentos para a
elaboração do texto final do novo código para ser
enviado ao Congresso. Mas o clima de insegurança
jurídica e o fato de pedidos de pesquisa e lavra
mineral estarem congelados no Departamento
Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão
responsável pela administração do setor, podem
comprometer o ritmo dos aportes financeiros. O
ministro das Minas e Energia, Edison Lobão
admite que o governo tem retido as licenças de
pesquisa e lavra, mas argumenta que há um
"número excessivo de concessões circulando", e a
decisão de reter novos pedidos "não deve
prejudicar a produção nacional". O novo código,
que está sendo discutido há quatro anos, contém
questões polêmicas, a exemplo da possível
mudança no processo de concessão de lavra.
por patrícia moreira
Empresas na mira da Receita
O Leão anda com as garras bem afiadas e promete
fechar o cerco contra as empresas sonegadoras ou
devedoras de impostos federais em 2013. Além de
implantar a malha fina para as empresas, que já foi
testada em São Paulo, a Receita Federal vai
implantar uma ação de cobrança direcionada a
grandes contribuintes. Foram selecionados pelo
órgão 184 grandes companhias de diversos setores
que devem R$ 6,8 bilhões em tributos atrasados e
que serão objeto de ações especiais por meio da
intensificação da cobrança. Em relação ao sistema de
malha fina, será feita uma análise diária dos
documentos obrigatórios de arrecadação de
impostos das companhias com o objetivo de detectar
tributos que foram declarados e não foram pagos.
Quando inconsistências forem detectadas, a malha
fina emitirá e enviará automaticamente um extrato
ao contribuinte, alertando-o do ocorrido.
Proposta para modernizar as leis trabalhistas
Os altos custos do emprego formal são, na avaliação da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), um dos mais graves
gargalos de competitividade para as empresas brasileiras. Visando
contribuir para a redução destes custos, a CNI elaborou o
documento 101 Propostas para Modernização Trabalhista, que lista
101 "irracionalidades" da CLT e as sugestões para eliminá-las. Fiat
Chrysler, Hering e ThyssenKrupp são empresas que apoiam o
documento. Na opinião do diretor de Relações Humanas do grupo
ThyssenKrupp, Adilson Sigarini, o excesso de proteção ao
trabalhador podia ser justificado em 1943, quando surgiu a
legislação, em um país de industrialização incipiente. Mas hoje,
estaria ignorando o fortalecimento dos sindicatos, a ampliação do
diálogo entre patrões e empregados e as novas formas de
organização da produção. A CNI diz existir um ambiente
antiemprego no país, provocado pela rigidez da legislação
trabalhista, a burocracia e a insegurança jurídica crescentes.
"O Brasil está
muito atrasado
em relação a
conhecimento e
definição do perfil
de profissionais
de logística, uma
área crítica para as
empresas"
Paulo Fleury, professor da UFRJ e
diretor do Instituto de Logística e
Supply Chain
10 Bahia Indústria
Luiz Oliveira
foi reconduzido
à presidência
do sindicato
Alberto
Cánovas e
Emmanuel
Maluf, na
inauguração
da nova sede
sindicatos
Sindifiação-BA faz balanço anual
Um balanço das ações desenvolvidas pelo Sindicato
de Fiação e Tecelagem foi realizado em janeiro, du-
rante um jantar de confraternização promovido pela
instituição. O evento, que contou com a participação
de empresários e representantes baianos do segmen-
to, aconteceu no Restaurante Boi Preto, em Salvador.
Durante o encontro, o presidente do sindicato,
Eduardo Catharino Gordilho, fez um breve relato so-
bre as ações da entidade, reforçando a importância
do espírito associativo. Outro aspecto ressaltado foi
a importância do processo de negociação com o sin-
dicato laboral, finalizado em janeiro, que culminou
com a assinatura da convenção coletiva de trabalho,
com vigência para 1º de setembro de 2012 a 31 de
agosto de 2013, e data-base em 1º de setembro.
Eleita diretoria do sindicato de sucos
A nova diretoria do Sindicato da Indústria Alimen-
tar de Congelados, Sorvetes, Sucos Concentrados e
Liofilizados do Estado da Bahia foi eleita em novem-
bro para o triênio 2013/2015. Presidente reeleito, o
empresário Luiz Joaquim de Carvalho ressalta a im-
portância do trabalho que vem sendo realizado pela
instituição na busca pelo reconhecimento do setor.
“O sindicato continuará firme na busca por novos in-
vestimentos, incentivos fiscais e tecnológicos visan-
do o desenvolvimento do agronegócio de citros e de
frutas tropicais, que representa uma oportunidade de
aumento da oferta de empregos, fixação do homem
no campo e fortalecimento da agricultura familiar”,
destacou. A Bahia ocupa o segundo lugar no ranking
nacional dos estados brasileiros produtores de citros.
Nova gestão do Simmeb toma posse
Responsável por representar parte relevante do PIB
baiano, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas,
Mecânicas e de Material Elétrico do Estado da Bahia
(Simmeb), deu posse em dezembro à nova diretoria,
eleita para o triênio 2013/2015, composta por Alberto
Cánovas (Acolpa), diretor-presidente; Marta Fernan-
des Teixeira Barroso (Ferbasa), diretora-tesoureira; e
Ricardo Franco (Papaiz), diretor secretário.
A posse aconteceu durante a inauguração da nova
sede do sindicato, no Edifício Salvador Prime, salas
417/420, Avenida Tancredo Neves. Estiveram presen-
tes os vice-presidentes da FIEB, Emmanuel Maluf e
Carlos Gilberto Farias. São empresas filiadas ao Sim-
meb a ABB, Acopla, Aliston, Autometal, Cia. Vale,
Cia. Ferroligas, Ferbasa, Ford, Gerdau, Latapack, Pa-
ranapanema, Papaiz, Semp Toshiba e Siemens.
Sindiplasba empossa diretoria
A nova diretoria do Sindicato da Indústria de Mate-
rial Plástico no Estado da Bahia (Sindiplasba), eleita
para o triênio 2013/2015, tomou posse em janeiro. De
acordo com o presidente reeleito, o empresário Luiz
Antônio de Oliveira, a atuação do sindicato continu-
ará voltada para a busca de políticas tributárias que
beneficiem o setor.
“A dilatação do prazo do programa Desenvolve,
em 2012, foi uma conquista em nível estadual. Em
2013, estaremos focados na redução de tributos, em
nível federal, para os produtos fabricados com mate-
riais reciclados”, destaca.
Márcio Caetano / Divulgação
Bahia Indústria  11
Sindirepa participou do Conarem
O Sindicato das Indústrias da Reparação de Veículos e Acessórios do
Estado da Bahia (Sindirepa-BA) participou, em janeiro, da reunião do
Conselho Nacional de Retíficas de Motores (Conarem). O encontro, que
ocorreu em Joinville-SC e contou com a presença de diretores de todo o
Brasil, teve como objetivo debater questões relevantes do setor e apre-
sentar os projetos da entidade para o exercício de 2013 em parceria com
diversos fabricantes de motores e autopeças.
Para representar o sindicato, foi designado o vice-presidente da enti-
dade, o empresário Maurício Toledo de Freitas, que também faz parte do
conselho e responde pelo segmento de retífica no estado. “A participa-
ção no Conarem é fundamental para estarmos alinhados com o restante
do país no que tange a inovações tecnológicas e ações de estímulo ao as-
sociativismo. Devemos trazer, ainda este ano, uma central de negócios
para compras coletivas, que já ocorre no sul do país”, destacou Freitas.
A participação do Sindirepa contou com o apoio da FIEB.
A Federação das Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB) passou a contar com 41 sindicatos, em seu
quadro de filiados, com a chegada do Sindicato
Patronal das Indústrias de Cerâmicas Vermelhas e
Brancas para Construção e Olaria da Região Sudo-
este e Oeste da Bahia (Sindiceso).
Com dois anos de criação, o novo integrante da
FIEB representa as indústrias de cerâmica localiza-
das nas regiões sudoeste e oeste. O registro sindi-
cal do Sindiceso foi concedido pelo Ministério do
Trabalho e Emprego em março de 2012, decorrente
do desmembramento das regiões sudoeste e oeste
da Bahia da base territorial do Sindicer. O desmem-
bramento foi embasado na jurisprudência, hoje do-
minante, da prevalência da representação munici-
pal, em detrimento da representação estadual das
entidades sindicais.
O sindicato já inicia com um significativo núme-
ro de indústrias em seu quadro de associados, 42,
de uma base de 85 empresas localizadas na região.
Presidente da entidade, o empresário Dirceu Alves
da Cruz, reconhece a importância da filiação. “O
Sinduscon tem proposta para resíduos
O Sinduscon/BA indicou dois representantes para
a Comissão de Meio Ambiente da Câmara Brasilei-
ra da Indústria da Construção (CBIC). A comissão
tem como objetivo elaborar propostas que contri-
buam na formulação do Plano de Gerenciamento
de Resíduos da Construção, que será entregue ao
Ministério do Meio Ambiente ainda este ano.
O vice-presidente do Sinduscon/BA, Carlos
Henrique Passos, e a assessora técnica, Natasha
Thomas, estão inseridos nos grupos de trabalho
que irão apontar os procedimentos a serem adota-
dos, a partir de um mapeamento de boas ações do
que se pratica hoje nesta área na construção civil.
Indústria de
cerâmica tem novo
sindicato na Bahia
Sistema FIEB contribui para o desenvolvimento das
indústrias do estado de forma responsável, compro-
metida e bem organizada e o Sindiceso não poderia
estar de fora. Além disso, a parceria é necessária
para o enfrentamento dos desafios específicos do
nosso segmento industrial”, afirmou.
Dirceu Cruz
destaca o papel
do Sistema
FIEB para o
desenvolvimento
das indústrias
no estado
Divulgação
12  Bahia Indústria
por Marta Erhardt Fotos João Alvarez
Instituto vai concentrar sua atuação no
desenvolvimento de carreiras e de empresas,
adotando novas estratégias e produtos
A
pós 44 anos de atuação na
Bahia, o Instituto Euval-
do Lodi (IEL-BA) decidiu
mudar o seu posiciona-
mento no mercado. A partir deste
ano, a instituição passa a traba-
lhar com duas linhas de atuação:
Desenvolvimento de Carreiras e
Desenvolvimento Empresarial. Es-
ses eixos englobam todos os servi-
ços oferecidos pelo IEL-BA, sendo
que a área de Desenvolvimento de
Carreiras reúne as soluções de ca-
pacitação de profissionais, como o
estágio e o programa de trainee,
enquanto a de Desenvolvimento
Empresarial abarca assessorias e
consultorias in company, além dos
programas voltados para coletivos
empresariais.
“Organizamos nosso portfólio
de serviços em uma nova lingua-
gem, de forma a facilitar o en-
tendimento da nossa atuação e,
consequentemente, a venda dos
nossos serviços”, ressalta o supe-
rintendente do IEL-BA, Armando
Neto. Ele explica, ainda, que, nos
própria, com uma linguagem lú-
dica, que é o grande diferencial. A
ideia é fazer com que as empresas
pensem em inovação de forma sis-
têmica”, explica Armando Neto.
Os recursos para o projeto, na
ordem de R$ 2,3 milhões, foram
captados junto à Financiadora de
Estudos e Projetos (Finep). Partici-
pam do programa 20 bolsistas de
diversas áreas, como comunica-
ção, design, tecnologia da infor-
mação, economia, engenharia e
pedagogia.
QUALIFICAÇÃO
Ainda para este ano, dois pro-
jetos de qualificação e desenvol-
vimento de fornecedores mere-
cem destaque: um da cadeia de
Petróleo e Gás e Indústria Naval e
outro da cadeia Automotiva. Em-
preendimentos nas duas áreas vão
impulsionar a demanda por forne-
cedores qualificados. Na indústria
naval, o Estaleiro Enseada do Pa-
raguaçu vai demandar produtos e
serviços. Já na área automotiva, as
próximos anos a meta da entidade
é aprimorar ainda mais os produ-
tos oferecidos e intensificar o aten-
dimento a pequenas e médias em-
presas, oferecendo produtos que
as auxiliem no aprimoramento da
gestão das organizações e as capa-
citem na área de inovação.
Para atingir este objetivo, estão
em fase de desenvolvimento novos
projetos nas duas áreas de atuação
do IEL-BA. Na linha de Desenvol-
vimento Empresarial, um dos des-
taques é o Jogo da Inovação. “É
um projeto desafiador. Estamos
desenvolvendo uma metodologia
Armando Neto
explica que
o portfólio
de ações da
instituição foi
reformulado
IEL define linhas
de atuação
Bahia Indústria  13
O IEL está
desenvolvendo
novas
tecnologias
para atender
aos seus
clientes
14  Bahia Indústria
empresas fornecedoras terão que
atender às necessidades de empre-
sas que atuam no estado.
“Os programas vão capacitar
empresas destas cadeias, com
o objetivo de fortalecer a com-
petitividade. As empresas que
têm potencial para atender a es-
ses empreendimentos, mas que,
por algum motivo, não possuem
algum procedimento desenvol-
vido, serão capacitadas para se
credenciar como fornecedoras”,
destacou Armando Neto. Os dois
projetos são financiados pelo
Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior
(MDIC), por meio de editais ven-
cidos pelo IEL-BA.
Há novidades também na linha
de Desenvolvimento de Carrei-
ra, na qual será implementado o
Programa Trainee de Engenharia,
que surge em um cenário de es-
cassez de mão de obra para a área.
Dados do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais
- Inep (2008) apontam que, apesar
de a indústria brasileira apresen-
tar uma crescente demanda por
profissionais de engenharia, na
Bahia, apenas 8% dos cursos de
ensino superior oferecidos são
voltados para essa área, enquanto
32% estão relacionados à área de
Educação e 30% a de Ciências So-
ciais Aplicadas.
Orçado em R$ 29 milhões, o
projeto do IEL Nacional será re-
plicado na Bahia com o objetivo
de melhorar a formação de novos
profissionais, a partir de uma vi-
vência corporativa. Para isso, a
meta é oferecer, em todo o Brasil,
mil bolsas para estudantes recém-
-formados ou no último ano de
graduação. As bolsas serão dispo-
nibilizadas para projetos que pro-
movam a inovação nas empresas.
Reconhecer as boas práticas de es-
tágio desenvolvidas por empresas
baianas e auxiliar as organizações
a aprimorar seus programas de
treinamento e formação profissio-
nal. Com esse objetivo, o Instituto
Euvaldo Lodi (IEL-BA) criou, em
parceria com o Fórum de Estágio
da Bahia, o Prêmio Melhores Prá-
ticas de Estágio.
A premiação, que completa 10
anos em 2013, foi criada em 2004,
a partir das discussões do Fórum
de Estágio, que apontavam a ne-
cessidade de se desenvolver ações
para conscientizar empresas e es-
tudantes sobre a verdadeira essên-
cia do estágio, que é contribuir pa-
ra a formação dos jovens. “Na épo-
ca, enxergavam-se os estudantes
como mão de obra barata e muitos
deles desenvolviam tarefas con-
sideradas menores. Além disso,
muitos estudantes viam a opor-
tunidade de estágio apenas como
uma forma de ganhar dinheiro”,
recorda a gerente de Estágio e For-
mação de Talentos do IEL-BA, Ed-
neide Lima.
A décima edição do prêmio
foi destacada durante a primeira
reunião do Fórum de Estágio em
2013, realizada no dia 6 de março,
no auditório da sede da Federação
das Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB). Representantes de empre-
sas e instituições de ensino parti-
ciparam do encontro e puderam se
informar sobre a premiação, que ao
longo dos 10 anos de existência tem
contribuído para a mudança da
cultura de estágio nas empresas.
Uma década premiando
a excelência na
formação profissional
As organizações que avançam
para a fase de avaliação recebem
um relatório que sinaliza os pon-
tos nos quais seus programas de
estágio podem ser incrementados.
O relatório é elaborado por repre-
sentantes da comissão julgadora,
que visitam as organizações e ana-
lisam pontos como a integração
dos estagiários com os projetos, o
acompanhamento do estágio pela
empresa e o processo de seleção,
treinamento e desenvolvimento
de estagiários. “É uma consultoria
para que as empresas melhorem
ainda mais suas práticas”, destaca
Edneide Lima.
O sucesso da iniciativa do IEL
foi tamanho que, dois anos depois
de criado, o projeto foi adotado
pelo IEL nacional, que replicou a
ideia nos demais estados do país.
Desta forma, foi criada, em 2006,
a edição nacional do prêmio, que
reúne os vencedores estaduais de
cada categoria (pequena, média e
grande empresa).
Com três organizações finalis-
tas, a Bahia ganhou destaque na
premiação nacional de 2011, rea-
lizada na sede da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), em
Brasília. As empresas Lacerta Am-
biental e Petrobras foram vencedo-
ras das categorias Micro e Peque-
nas Empresas e Grande Empresa,
respectivamente. Já a Portugal Te-
lecom Inovação Brasil ficou com o
segundo lugar na categoria Média
Empresa. “Todos os anos, pelo me-
nos uma empresa baiana fica entre
as finalistas”, pontua Edneide.
Bahia Indústria  15
A gerente de estágio do IEL-BA
ressalta que, com a participação
no Prêmio Melhores Práticas, as
organizações trocam experiên-
cias, ampliam suas redes de rela-
cionamento e têm a chance de di-
vulgar, na Bahia e nacionalmente,
seus programas de estágio.
INOVAÇÃO
A premiação contribui, ainda,
para o esforço de incorporar a ino-
vação nos processos produtivos
das empresas baianas. Os projetos
vencedores reduzem custos, me-
lhoram os processos de produção
e aumentam a competitividade
das organizações.
Foi o que aconteceu na Cromex
S/A, vencedora na categoria mé-
dia empresa, na edição 2012. A
analista de Recursos Humanos,
Luciana Andrade, responsável
pelo programa de estágio da or-
ganização, conta que, motivados
pela ideia de vencer a premiação
e conquistar reconhecimento,
muitos estagiários se engajaram
em projetos de suas áreas e apre-
sentaram ideias que resultaram
em melhorias nos processos pro-
dutivos e trouxeram rentabilida-
de para a empresa.
Entre os projetos, estava o de
Leonardo Correia, na época es-
tagiário da área de engenharia,
que venceu a edição da premia-
ção 2012 na categoria média em-
presa. “A Cromex dá espaço para
a inovação e busca conscientizar
os estagiários sobre a importân-
cia de aplicarem o conhecimento
adquirido na faculdade em sua
prática profissional. O estágio
é a oportunidade para que eles
criem, ousem, errem e acertem”,
salienta Luciana Andrade.
INSCRIÇÕES
As inscrições para a edição 2013
do prêmio iniciaram no dia 6 de
março e seguem até 10 de abril. As
empresas podem se inscrever pela
internet, no site www.fieb.or.br/iel/
melhorespraticas. Ao se cadastrar,
a empresa tem que preencher um
questionário de autoavaliação, que
norteia a pontuação e classificação
das finalistas. O IEL-BA garante a
confidencialidade das informa-
ções fornecidas. Apenas o nome
das empresas finalistas é divulga-
do. Mais informações podem ser
obtidas por telefone no número
3343-1365 ou pelo e-mail prati-
cas@fieb.org.br. [bi]
Edneide Lima
no lançamento
do Prêmio
Melhores
Práticas 2013
Indicadores de
Estágio na Bahia
Principais destaques ao longo
destes 44 anos de atuação do
IEL no estado
» Mais de 180 mil estudantes
alocados em estágio nas
organizações baianas
» Cerca de 400 mil estudantes
cadastrados
» Parceria com mais de 10 mil
organizações para alocação de
estagiários
» Cerca de 60 mil estudantes
capacitados por meio de cursos
e oficinas
» Criação do Fórum de Estágio
da Bahia
16  Bahia Indústria
“O SENAI-BA continuará
inovando em uma
velocidade compatível com
a nossa indústria e esta
visão é compartilhada com
toda a força de trabalho
Luis Alberto Breda
Mascarenhas, gerente do Senai
POR carolina mendonça
Fotos João Alvarez
SENAI investe em atuação mais complexa,
voltada para a inovação industrial
Laboratórios
do SENAI
desenvolvem
atividades de
pesquisa e
inovação
Desafio estratégico
C
om uma longa experiência
em formação e qualificação
profissional, o SENAI-BA
consolidou-se pela qua-
lidade educacional voltada para
o mercado de trabalho na indús-
tria. Há mais de uma década, no
entanto, a instituição vem sendo
reconhecida também pelos ser-
viços técnicos e tecnológicos que
oferece ao setor e pelos projetos
de desenvolvimento de produtos
e processos como solução às de-
mandas dos empresários. O cres-
cimento acelerado no número e
valor desses projetos impôs à casa
o seu maior desafio estratégico:
transformar uma atuação predo-
minantemente educacional em um
portfólio mais complexo de supor-
te à inovação industrial no estado.
A escolha da unidade mais
avançada do SENAI, o Centro Inte-
grado de Manufatura e Tecnologia
(Cimatec), como uma das três insti-
tuições de referência para o desen-
volvimento de projetos da Empresa
Brasileira de Pesquisa e Inovação
Industrial (Embrapii) reforçou es-
ta mudança de visão de futuro e
apontou o centro como local ideal
para a concentração das atividades
de pesquisa e inovação. “A opera-
cionalização da Embrapii envolve
grandes empresas como montado-
ras, empresas químicas, petroquí-
micas, da área de alimentos, dentre
outras, e seus projetos de inovação
precisavam de um ambiente pro-
pício às apostas no principal ativo
das empresas: seus produtos, pro-
cessos e imagem”, conta o gerente
do Núcleo Estratégico do SENAI,
Luis Alberto Brêda Mascarenhas.
Desde a sua criação, em 2002,
o Cimatec vem confirmando sua
vocação de centro difusor de co-
nhecimento e inovação na produ-
ção de soluções para a indústria.
Em 2007, a unidade ganhou novas
áreas de competência com a inau-
guração do prédio II, passando a
atender demandas com um apro-
fundamento maior em algumas
áreas de interesse do estado, co-
mo automotiva, transformação de
plástico, mecânica de precisão e
microeletrônica e eletrônica em-
barcada. Já em 2010, abrigou os
novos programas de mestrado e
doutorado, que já estão bem ava-
liados pela Capes.
Em 2012, iniciou-se a mudança
dos núcleos de projetos de outras
unidadesparalá.Ocentrotambém
recebeu o Escritório de Projetos do
SENAI, um núcleo que criou uma
metodologia para acompanhar de-
senvolvimento e resultados e, em
abril deste ano, deve inaugurar
uma incubadora com o objetivo
de estimular o surgimento de em-
presas que aplicam conhecimento
no aperfeiçoamento ou desenvol-
vimento de novos produtos, pro-
cessos e serviços tecnológicos. “A
implantação da incubadora vai
reforçar a cadeia produtiva, ga-
rantindo que serviços de alto valor
agregado, normalmente feitos fora
do país ou no eixo Rio-São Paulo,
possam ser realizados e internali-
zados pela indústria baiana”, ava-
lia Mascarenhas.
NOVAS DEMANDAS
O investimento intensificado
nessas atividades, que envolvem
estudos, pesquisa aplicada, tes-
Bahia Indústria  17
tes, projeções, desenvolvimento
de novos processos e protótipos
de produtos eleva o SENAI a outro
patamar no atendimento às solici-
tações da indústria baiana com o
objetivo de ganhar mais competi-
tividade: o de centro tecnológico.
Apesar da concentração no Cima-
tec, esta função de propulsor do
conhecimento se estende às sete
unidades da instituição (duas
em Salvador, e uma em Lauro de
Freitas, Feira de Santana, Ilhéus,
Barreiras e Luís Eduardo), além
das cinco agências de apoio nos
municípios de Camaçari, Vitória
da Conquista, Itabuna, Jequié e
Teixeira de Freitas.
Esta nova realidade, que come-
çou a ser construída há mais de
uma década, porém, não faz com
que a instituição abandone sua
missão de preparar pessoas para
o mercado de trabalho por meio
de cursos e capacitações de alta
qualidade. Uma prova disso é a
criação de novas graduações, cur-
sos de pós-graduação e ampliação
de vagas ofertadas por meio do
Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego (Pro-
natec). “O SENAI-BA continuará
inovando em uma velocidade
compatível com a nossa indústria
e esta visão é compartilhada com
toda a força de trabalho, que está
comprometida e motivada com es-
te processo de contínua mudança
e transformação”, confirma Luis
Alberto Breda Mascarenhas. [bi]
18  Bahia Indústria
manutenção do Indicador de Confiança do Empre-
sário da Indústria (Icei), na casa de 57,3 pontos, nos
últimos meses, indica que os empresários ainda não
estão seguros da retomada do crescimento da indús-
tria. O índice, divulgado em 18 de março pela Confe-
deração nacional da Indústria (CNI), caiu em todas as
regiões do país, em todos os portes e segmentos do
setor, sendo que a maior queda foi registrada na indústria extrativa,
onde houve retração de 3,9 pontos em relação a fevereiro.
A expectativa dos empresários industriais baianos, medida pela
Sondagem Industrial – Bahia, pela Superintendência de Desenvol-
vimento Industrial (SDI) da Federação das Indústrias do Estado da
Bahia (FIEB), reflete os números nacionais. O índice de fevereiro
deste ano, em relação à demanda, é de 57,8 pontos percentuais, 54%
em relação à projeção de exportações, 53,4% em relação à compra de
matéria-prima. Apenas o índice de expectativa quanto ao número de
empregados ficou negativo: 49,3 pontos.
Outro indicador que chama a atenção é o
que mede a capacidade instalada (UCI). Os
empresários baianos relataram ociosidade da in-
dústria baiana em fevereiro, com UCI efetiva abaixo do
usual para o período analisado: 41,9 pontos. A ociosidade
é reflexo da queda de produção industrial, registrada nos três
primeiros meses de 2013, situando-se na casa dos 45%, que afetou,
especialmente, as pequenas e médias empresas.
LOGÍSTICA E TRIBUTOS
Os levantamentos traduzem uma preocupação do presidente da
Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e vice presidente
da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José de Freitas Masca-
Cenário e
expectativas
O empresariado baiano
está cauteloso e em
alerta em relação
ao sobe e desce
dos números que
monitoram a atividade
econômica
POR Patrícia moreira
Fotos João Alvarez
Bahia Indústria  19
MateusPereira/Coperphoto/SistemaFIEB
Luiz de Oliveira, do
Sindiplasba: “Indústria de
plástico vive cenário chinês”
20  Bahia Indústria
renhas, sobre a perda de competi-
tividade da indústria. Para Mas-
carenhas, que também preside o
Conselho Permanente de Infraes-
trutura da CNI, os gargalos eco-
nômicos e logísticos insistem em
minar a produtividade e a compe-
titividade da indústria brasileira.
Segundo ele, a redução do cres-
cimento e a baixa produtividade
industrial são reflexos do excesso
de encargos, carência de infra-
estrutura logística, guerra fiscal
e redução da demanda interna-
cional. “O Brasil vem perdendo
substância na indústria de trans-
formação, por isso afirmo que fa-
zer indústria é ter paixão, pois o
desempenho não é estimulante
para os investidores”, declarou
durante coletiva à imprensa baia-
na, em janeiro.
Um dos segmentos que vêm
experimentando mais de perto os
efeitos destas variantes é a indús-
tria metalúrgica e mecânica, que
está à margem dos pacotes de in-
centivos oficiais distribuídos pelo
governo para desonerar os inves-
timentos e reduzir a carga tributá-
ria do setor produtivo.
De acordo com o presidente do
Sindicato das Indústrias Metalúr-
gicas e Mecânicas da Bahia (Sim-
meb), Alberto Cánovas, para be-
neficiar o setor, é preciso reduzir
a carga tributária para os ativos
imobilizados, que, segundo ele, é
uma cobrança que existe apenas
no Brasil.
“Se o governo dá incentivos à
Ford, por exemplo, eles não atin-
gem quem fabrica os bens imobili-
zados para fornecer à indústria au-
tomobilística. Com isso, as empre-
sas nacionais ficam sem condições
de concorrer com as fabricantes
estrangeiras, que vendem os mes-
mos equipamentos importados por
“As empresas nacionais ficam sem
condições de concorrer com as
estrangeiras, que vendem os mesmos
equipamentos importados por um
custo menor. Sai mais barato importar
do que comprar um produto onerado
pela tributação. Isso enfraquece a
indústria nacional
Alberto Cánovas, presidente do
Sindicato das Indústrias Metalúrgicas
e Mecânicas da Bahia (Simmeb)
um custo menor. Sai mais barato
importar da China ou da Turquia
do que comprar um produto onera-
do pela incidência de PIS, Confins
e outros tributos. Isso enfraquece
a indústria nacional”, analisa. Os
reflexos se fazem sentir no aumen-
to da inadimplência por parte das
empresas do ramo, que está na
casa dos 30%, índice que Cánovas
considera elevado, considerando o
histórico do setor.
CENÁRIO CHINÊS
A indústria de plásticos, que
juntamente com a de artigos em
borracha, cresceu 12,1% no volume
de produção física da indústria de
transformação, medido mensal-
mente pelo IBGE (janeiro 2013),
projeta um crescimento entre 5%
e 6% para este ano. “Levantamen-
tos internos revelam que entre 2011
e 2012 tivemos um crescimento de
6% e para este ano a perspectiva é
boa. Temos o que se convencionou
chamar um cenário chinês”, ilus-
trou Luiz Antonio de Oliveira, pre-
sidente do Sindicato das Indústrias
de Plástico da Bahia (Sindiplasba).
Nogeral,napesquisaquemoni-
tora a indústria de transformação,
a Bahia registrou um crescimen-
to de 4,5% em 2012, enquanto no
plano nacional houve uma desa-
celeração de 2,8%. Os setores que
atingiram melhores resultados
foram os de produtos químicos e
petroquímicos, refino e borracha e
plástico, que registraram aumento
da produção entre 5% e 10%.
Em seguida, vêm os setores de
produção de veículos automoto-
res (1,2%), minerais não-metáli-
cos (3,4%) e alimentos e bebidas
(1%). O desempenho negativo
ficou por conta da indústria de
metalurgia básica, que registrou
queda de 9,9%.
Bahia Indústria  21
INVESTIMENTOS
Mauro Pereira, superintendente do Comitê de Fo-
mento Industrial de Camaçari (Cofic), reitera que os
empresários do Polo de Camaçari, que concentra o
parque automotivo e a indústria química e petroquí-
mica, mantêm uma postura cuidadosa em relação ao
cenário econômico. Mas como também faz parte do
perfil do empreendedor não alimentar o pessimis-
mo, e apesar de toda a conjuntura de desaceleração
econômica internacional e estagnação de algumas
economias de peso, ele revela que a perspectiva de
atração de novos investimentos para o Polo é uma re-
alidade e serve de termômetro para medir o clima de
expectativa da indústria.
O interesse pela Bahia é forte e isso se revela pela
grande procura por parte das indústrias nacionais e
estrangeiras. No início de março, por exemplo, o Cofic
recebeu representação de uma indústria alemã, inte-
ressada em expandir seus negócios com uma unida-
de na Bahia. No ano passado, a Jac Motors confirmou
seus investimentos em uma fábrica em Camaçari,
gerando novas oportunidades e empregos e fortaleci-
mento da cadeia automotiva. “O Polo continua sendo
bastante procurado pois a área de Camaçari tem um
grande apelo que é a vanguarda em relação à questão
ambiental, não só gerenciamento, mas de estrutura,
criada pela Cetrel”, explica Pereira.
Outro segmento que vem dando uma nova configu-
ração ao complexo industrial é o de energia eólica, que
promete ser um dos novos vetores de crescimento do
polo. Mas Mauro Pereira faz questão de reafirmar que a
indústria vem perdendo competitividade em razão da
infraestrutura inadequada e do excesso de carga tribu-
tária, que podem ter reflexos no longo prazo.
CELULOSE
O setor de celulose é um dos que podem ter seus
investimentos comprometidos em razão das dificul-
Indústria de
alimentos
e bebidas
vem tendo
desempenho
positivo
22  Bahia Indústria
dades de logística do estado. O presidente do Sin-
dicato da Indústria de Papel e Celulose e Papelão
(Sindpacel), Jorge Cajazeira, considera que a atual
infraestrutura viária e portuária da Bahia pode
dificultar a realização de novos investimentos. Em
2012, o setor fechou o ano registrando um aumento
de 3,2% na produção na Bahia (PIM-BA/IBGE).
A Suzano, por exemplo, cresceu em torno de 2%
em 2012 em relação a 2011. Com as recentes mudan-
ças nos planos de expansão da companhia, anun-
ciados no último dia 13 de março, pelo presidente
Walter Schalka, que determinou a suspensão de
R$ 4,3 bilhões em investimentos previstos para es-
te ano, a fabricante de papel e celulose deverá se
dedicar a aplicar recursos na melhoria operacional
das fábricas já instaladas. Um exemplo é a implan-
tação de uma caldeira de biomassa, na unidade de
Mucuri, no extremo-sul da Bahia, que visa a redu-
ção de gargalos.
Apesar do freio nos investimentos anunciado
pela Suzano, o setor de celulose vive uma boa fase.
Em abril, está previsto o início das atividades da
unidade da Kimberly-Clark em Camaçari, que rece-
beu R$ 100 milhões em investimentos.
Em relação à produção brasileira de celulose
e papel em 2012, o volume se manteve estável, na
comparação com 2011. De janeiro a dezembro foram
produzidas 13,8 milhões de toneladas de celulose
(-0,2%) e 10,1 milhões de toneladas de papel (0,2%),
conforme pesquisa da Associação Brasileira de
Celulose e Papel (Bracelpa). Na exportação, houve
uma queda de 7,4% em relação ao valor de 2011.
Foram exportadas 8,5 milhões de toneladas de ce-
lulose e 1,8 milhão de toneladas de papel, princi-
palmente para a Europa, China e América do Norte.
AUTOMOTIVO
O setor automotivo, que fechou o ano de 2012
com crescimento de 6,11%, em especial na comer-
cialização de automóveis e veículos comerciais le-
ves, espera por resultados um pouco mais modes-
tos em 2013. As vendas devem sofrer os efeitos da
suspensão da isenção do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), que a partir de junho volta
a ser cobrado sem desconto na alíquota.
A Federação Nacional de Distribuição de Veí-
culos Automotores (Fenarave) trabalha com uma
projeção de crescimento da ordem de 2,8%. Isso,
levando em consideração o crescimento do PIB em
3%, conduzindo a uma retomada positiva do ritmo
da economia e melhoria da renda familiar e manu-
tenção do emprego.
Em investimentos, a Bahia soma US$ 2,5 bi-
lhões para o setor nos próximos anos, incluindo a
ampliação e instalação da JAC Motors, que produ-
zirá 100.000 carros/ano, em 2014, e de fabricantes
de componentes e autopeças. [bi]
Setor
automotivo
deve sofrer
efeitos do fim
da isenção
do IPI
Os preços das tarifas de água e esgoto são aponta-
dos como um entrave à competitividade da indústria
brasileira e baiana. Para discutir o tema, a Superin-
tendência de Desenvolvimento Industrial da FIEB
convidou a Empresa Baiana de Águas e Saneamento
(Embasa) para participar da Reunião Conjunta dos
Conselhos de Infraestrutura (Coinfra), Responsabi-
lidade Social (Cores), Desenvolvimento Industrial
(Cedin), de Meio Ambiente (Comam) e de Assuntos
Fiscais e Tributários (Caft), realizada em janeiro.
O encontro teve como tema a Água como Fator de
Competitividade Industrial e discutiu os aumentos das
tarifas dos serviços. Em 10 anos (2002-2012), os reajus-
tes representaram um aumento médio de 230%, muito
acima dos praticados pelas suas congêneres, que foi de
90,81%, enquanto a inflação foi de 34,89%.
A FIEB reconhece que a oferta de abastecimento de
água e esgotamento sanitário foi ampliada, seguindo
o objetivo do governo estadual de universalização
dos serviços na Bahia até 2040. Esta “conta”, porém,
está sendo paga pelos atuais usuários do sistema e
a expansão da rede demandará um esforço concen-
trado de investimentos e de manutenção da operação
pelos cidadãos e empresas.
Na visão da Federação, a Embasa deve contar com
subsídios do estado para fazer os investimentos.
Bahia Indústria  23
conselhos
Encontro analisa impacto
das tarifas de água e
saneamento na indústria
Representantes
da Embasa e
dos conselhos
discutiram
impacto da
tarifa de água
na indústria
Evandro Mazo
(sentado, D) e
os integrantes
do novo
conselho
FIEB colabora para a Agenda Legislativa
A Federação das Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB) é uma das 27 federações que participaram, por
meio de seus conselhos temáticos, da elaboração da
Agenda Legislativa da Indústria – 2013, publicada
anualmente pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI). Com previsão de ser publicada em abril, a 18ª
edição reflete os anseios da indústria em relação aos
projetos que tramitam no Congresso, levando os con-
ceitos, posicionamentos e temas que são prioridade
para o setor e que também vão servir como respaldo
para ações em defesa de seus interesses.
Além das 27 federações, a elaboração da agenda
contou com a contribuição de 60 associações de em-
presas. Juntas, elas opinaram sobre 4 mil projetos
que tramitam em Brasília.
Foto: Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
Novas lideranças
Os conselhos e comitês temáticos da Federação das
Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) ganharam uma
nova representação. Trata-se do Comitê de Jovens Li-
deranças Industriais (CJLI), que realizou sua primei-
ra reunião oficial no dia 20 de fevereiro. Ele é com-
posto por Eduardo Faria Daltro (coordenador), Hilton
Barbosa Lima Filho, Lizi Pessoa Buzanelli, Murilo
Vilpert, Nayana Carvalho Pedreira, Ricardo Cohim e
Rodrigo Barbosa Paolilo.
Na primeira reunião, o superintendente de Desen-
volvimento Industrial, João Marcelo Alves, apresentou
a Diretoria Executiva do Sistema FIEB e a estrutura
funcional dos Conselhos Temáticos. Também foram
elencadas as prioridades a serem trabalhadas no Pro-
grama de Ação de 2013, dentre outras deliberações.
24  Bahia Indústria
indústria
naval
C
om obras em fase de terraplenagem e de dra-
gagem de aprofundamento para construção
do cais de atracamento e do dique-seco, o
Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP) movi-
menta o Recôncavo baiano. Formado por um consór-
cio das empresas Odebrecht, OAS, UTC e a KHI (Ka-
wasaki Heavy Industries Ltd.), o estaleiro representa
investimentos de R$ 2,6 bilhões e produzirá navios,
sondas de perfuração e plataformas, processando até
36 mil toneladas de aço por ano. O início das ativida-
des em Maragogipe está previsto para 2014.
No estaleiro serão construídos seis navios-sonda,
contratados pela empresa Sete Brasil, com vistas à
exploração do pré-sal. De acordo com o diretor de
Relações Institucionais do EEP, Humberto Rangel, a
última entrega está prevista para 2015. Cada plata-
forma terá capacidade de produzir até 150 mil barris
de petróleo por dia e comprimir 7 milhões de metros
cúbicos de gás natural diariamente.
As oportunidades de negócios para as empresas
interessadas em fornecer produtos e serviços para o
empreendimento foram apresentadas durante evento
Oportunidades para a
Empresários baianos conhecem
chances de negócios com
Estaleiro do Paraguaçu
Por Marta Erhardt
Divulgação
Bahia Indústria  25
realizado no auditório da Federação das Indústrias
do Estado da Bahia (FIEB). “Este encontro é uma con-
vocatória para que os empresários aqui presentes se
unam a nós nesse desafio, que envolve o fornecimen-
to de produtos e serviços, além da qualificação de
mão de obra”, afirmou Rangel.
Os empresários assistiram a um ciclo de palestras
ministrado por executivos do EEP. O diretor de im-
plantação do estaleiro, João Cândido, enumerou as
demandas de produtos e serviços terceirizados para o
empreendimento, como o serviço de manutenção pre-
dial, produtos e assessórios de aço, como escotilhões,
passarelas, escadas de acesso; além de produtos de
tubulação e voltados para a parte elétrica.
Na abertura do evento, o presidente da FIEB, José
de Freitas Mascarenhas, destacou a importância da
instalação do estaleiro na Bahia. “Com o desenvol-
vimento da indústria naval, precisamos discutir a
instalação de uma cadeia de fornecedores. Este é um
empreendimento chave para que possamos desen-
volver um polo de metal mecânica no nosso estado”,
pontuou.
Ele ressaltou que existem, no momento, vários
projetos na área de offshore no país, muitos dos quais
não terão capacidade de se manter. Mas segundo ele,
o EEP, da forma como foi concebido, tem tudo para
ser um empreendimento duradouro. "Todos nós te-
mos que colaborar para que o estaleiro do Paraguaçu
seja eficiente e competitivo", afirmou. O presidente da
FIEB disse, ainda, que o SENAI-BA tem compromisso
para treinamento de mão de obra destinada ao em-
preendimento, que deve gerar 5 mil empregos diretos
e 10 mil indiretos.
Já o secretário da Indústria Naval e Portuária do
Estado da Bahia, Carlos Costa, ressaltou que o EEP é
um dos maiores projetos privados em andamento no
país e representa um momento de revitalização da in-
dústria naval brasileira.
QUALIFICAÇÃO
Na oportunidade, o superintendente do IEL-BA,
Armando Neto, apresentou aos empresários o Progra-
ma de Qualificação de Fornecedores (PQF), desenvol-
vido pelo IEL com o objetivo de fortalecer a cadeia
produtiva, atendendo às exigências das empresas
compradoras.
O programa é dividido em quatro etapas, que in-
cluem treinamento e consultoria em áreas como ges-
tão da qualidade, saúde e segurança no trabalho e
gestão da inovação. Entre as empresas patrocinado-
ras do PQF estão a Petrobras, Bahia Mineração, Vera-
cel, Vale e Deten Química.
O superintendente do IEL destacou, ainda, o Pro-
grama de Fortalecimento da Cadeia de Fornecedores
da Indústria de Petróleo e Gás Naval da Bahia, que
deve ser lançado ainda no primeiro semestre de 2012.
“Esse programa vai subsidiar a capacitação de em-
presas desta cadeia, com o objetivo de fortalecer a
competitividade, principalmente das pequenas e mé-
dias empresas”, destacou. [bi]
Área onde
está sendo
implantado
o Estaleiro
Enseada do
Paraguaçu,
na região de
Maragogipe
26  Bahia Indústria
indicadores  Números da Indústria
Desempenho da indústria
baiana é destaque nacional
O crescimento de 4,5% registrado
em janeiro, na taxa anualizada,
superou a média nacional, que
ficou negativa em 2,1%
A
produção da indústria de
transformação da Bahia
apresentou em janeiro,
de acordo com a taxa
anualizada, crescimento de 4,5%,
o mesmo percentual registrado
em dezembro de 2012. Dessa for-
ma, mantém a trajetória de recu-
peração da atividade industrial,
conforme levantamento feito pela
Superintendência de Desenvolvi-
mento Industrial da FIEB, a partir
de dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
No ranking dos 13 estados pes-
quisados pelo IBGE, seis deles
apresentaram desempenho posi-
tivo: Bahia, Minas Gerais (2,5%),
Goiás (2,1%), Pernambuco (0,6%),
Ceará (0,4%) e Pará (0,2%). Os de-
mais estados registraram desem-
penho negativo: São Paulo (-3,0%),
Rio de Janeiro (3,5%), Paraná
(-5,5%), Rio Grande do Sul (-4,8%),
Santa Catarina (-1,9%), Amazonas
(-7,4%) e Espírito Santo (-10,5%).
Dos oito segmentos pesquisa-
dos na Bahia, nada menos que
sete apresentaram resultados
positivos: Borracha e Plástico
(12,1%), Produtos Químicos/Pe-
troquímicos (7,7%), Celulose e
Papel (7,4%), Refino de Petróleo e
Produção de Álcool (5,7%), Veícu-
los Automotores (4,5%), Minerais
Não-Metálicos (3,0%) e Alimentos
e Bebidas (0,3%). Apenas o seg-
mento de Metalurgia Básica regis-
trou queda na produção (-9,1%),
Bahia Indústria  27
devido à parada programada para
modernização e ampliação da Pa-
ranapanema, de 21 de maio a 6 de
agosto de 2012.
Na comparação de janeiro de
2013 com igual mês do ano passa-
do, a produção física da indústria
de transformação baiana apresen-
tou crescimento de 7,8%, superan-
do a média Brasil (5,9%). Naquele
mês, seis dos oito segmentos pes-
quisados registraram crescimento
da atividade: Veículos Automo-
tores (45%, influenciado pela ba-
se de comparação deprimida de
2012), Celulose e Papel (32,3%, por
conta da expansão na produção
de celulose e papel não revestido
para usos na escrita e impressão),
Borracha e Plástico (22,4%, em
razão do incremento na produção
de garrafões, garrafas e frascos
de plástico), Refino de Petróleo e
Produção de Álcool (13,8%, pela
maior fabricação de óleo diesel,
outros óleos combustíveis e ga-
solina automotiva), Metalurgia
Básica (8,8%, com incremento na
produção de barras, perfis e verga-
lhões de cobre) e Produtos Quími-
cos/Petroquímicos (0,2%).
Por outro lado, verificou-se que-
São Paulo	 5,3	 -3,0
Minas Gerais	 10,2	 2,5
Rio de Janeiro	 18,7	 -3,5
Paraná	 -3,9	-5,5
Rio Grande do Sul	 1,9	 -4,8
Bahia	 7,8	4,5
Santa Catarina	 3,1	 -1,9
Amazonas	-2,2	 -7,4
Espírito Santo	 -16,4	 -10,5
Pará	 -3,7	0,2
Goiás	 -3,5	2,1
Pernambuco	1,6	 0,6
Ceará	 15,4	0,4
Brasil	 5,9	-2,1
Fonte IBGE; elaboração Fieb/SDI
Estados	 	 Variação (%)
	 jan13/jan12	 Fev12-Jan13/ 	
		Fev11-Jan12
produção física por estados:
indústria de transformação
da indústria de transformação da
Bahia alcançou 4,5%, após ter
registrado queda de 4,5% em de-
zembro de 2011, mantendo a traje-
tória de recuperação da atividade
industrial.
No ranking dos 13 estados que
participam da pesquisa, cinco es-
tados apresentaram desempenho
positivo: Bahia, Goiás, Minas Ge-
rais, Pernambuco e Pará. Os ou-
tros oito estados que registraram
resultados negativos foram: Espí-
rito Santo, Amazonas, Rio de Ja-
neiro, Paraná, Rio Grande do Sul,
São Paulo, Santa Catarina e Ceará.
Na Bahia, dos oito segmentos
pesquisados, apenas um apresen-
tou desempenho negativo: Meta-
lurgia Básica (-9,9%, em função,
sobretudo, da parada programada
de modernização e ampliação da
Paranapanema). Por outro lado,
apresentaram resultados positivos
os segmentos: Borracha e Plásti-
co (10,8%), Produtos Químicos/
Petroquímicos (9,9%), Refino de
Petróleo e Produção de Álcool
(5,2%), Minerais Não-Metálicos
(3,4%), Celulose e Papel (3,2%),
Veículos Automotores (1,2%) e Ali-
mentos e Bebidas (1%). [bi]
da na produção de Alimentos e
Bebidas (-3,9%, com recuo da pro-
dução de refrigerantes, leite em pó,
óleo de soja bruto, farinhas e “pel-
lets” da extração de óleo de soja e
tortas, bagaços e farelos da extra-
ção do óleo de soja) e Minerais Não-
-Metálicos -3,9%, por conta da me-
nor produção de ladrilhos e placas
de cerâmica para revestimento).
Já em dezembro de 2012, a ta-
xa anualizada da produção física
JAN
JUL
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
130
135
140
125
120
115
110
105
100
95
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14); base = 100 (média 2002)
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA
INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2011 - 2013)
2012
2011
2013
28  Bahia Indústria
Entrevista  Rosemma Maluf
“Salvador tem que voltar a ser
boa para morar e fazer negócios”
Empresária que comanda a Secretaria da Ordem Pública de Salvador revela o
que a motivou a aceitar o desafio e como vem conduzindo a gestão da pasta
Como surgiu o convite para a Se-
cretaria Municipal de Ordem Públi-
ca (Semop), a antiga Sesp?
Eu não tinha uma vivência na po-
lítica, não sou filiada a qualquer
partido político. Meu nome surgiu
por indicação da classe empresa-
rial baiana e foi levado a ACM Neto
pelo deputado federal Jutahy Ma-
galhães Jr. Reuni-me com o prefei-
to para conversar e logo depois fui
chamada a assumir o cargo. Perce-
bi que o cargo era um desafio e que
tinha condições de me afastar das
minhas atividades empresariais
para contribuir com minha expe-
riência em gestão. Assumi com o
compromisso de ajudar a fazer da
cidade um bom lugar para se viver
e fazer negócios, baseada no tri-
pé do desenvolvimento formado
pela sociedade civil organizada,
empresariado e governo. Venho
com muito entusiasmo. Aliás, o
empresário só vem para o setor
público por este motivo, porque
todo mundo sabe que a área não
remunera bem. Estou colocando à
disposição minha capacidade em-
preendedora, visando melhorias
na infraestrutura, no bem-estar,
no lucro social.
Quais as principais dificuldades
enfrentadas nesses primeiros me-
ses à frente do órgão?
C
om uma longa experiência
em gestão empresarial e
atuação ativa em entida-
des representativas, como
a Associação Comercial da Bahia
e o Conselho da Micro e Pequena
Empresa Industrial (Compem) da
FIEB, Rosema Maluf não pensa-
va em assumir um cargo no setor
público até ser convidada para di-
rigir a Secretaria Municipal de Or-
dem Pública. Nesta entrevista, ela
conta quais os principais desafios
que tem pela frente.
POR carolina mendonça
Fotos João Alvarez
Bahia Indústria  29
“Estou co-
locando à
disposição
do municí-
pio minha
capacidade
empreende-
dora, visando
melhorias na
infraestrutura
Para quem, como eu, vem da ini-
ciativa privada, o maior impacto é
na gestão. Encontramos a secreta-
ria sem infraestrutura para exercer
a sua missão, que é basicamente
fiscalizar e ordenar a cidade. Não
temos um sistema de Tecnologia da
Informação, equipamentos, nem
pessoal suficiente para fazermos
uma gestão integrada. E, sob o
nosso guarda chuva, estão os ser-
viços de coleta de lixo, iluminação,
a administração de dez cemitérios,
feiras e mercados, a Salvamar, a
Guarda Municipal e a Codecon.
A insegurança jurídica, o acúmulo
de lixo e a sensação de desordem
em Salvador foram alvo de duras
críticas na gestão passada. Como
estas questões estão sendo trata-
das agora?
A insegurança jurídica gerada em
relação ao uso do solo não é objeto
de trabalho direto da nossa secre-
taria, mas como empresária vejo
que os negócios precisam de um
ambiente propício para prosperar,
com estabilidade, critérios claros e
a garantia de que as regras não vão
mudar a cada governo. O empresá-
rio quer segurança para investir.
Em relação à coleta de resíduos,
encontramos a cidade com 60 mil
toneladas de lixo acumulado do
período de agosto a dezembro de
2012. Fizemos um plano de ação
junto com os consórcios responsá-
veis pela coleta e já estamos regu-
larizando o serviço. Outra questão
grave era o descarte de entulho,
que estava sendo feito de forma
irregular por falta de fiscalização.
Para se ter uma ideia, tínhamos
apenas uma fiscal que atuava sem
veículo. Agora, contamos com 20
equipes organizadas e pretende-
mos aumentar o número de Pontos
de Descarte de Entulho (PDE), pois
hoje só temos dois: um no Itaigara
e outro no Vale das Muriçocas.
E sobre a situação de desordem?
Este é um dos nossos grandes de-
safios. Estimamos que Salvador
tenha hoje mais de 40 mil ambu-
lantes informais sem licença. Le-
galizados, há oficialmente cerca
de 11.500. Nos pontos críticos – Av.
Sete, passarela do Iguatemi-Rodo-
viária, Calçada, etc. – o pedestre
perdeu seu lugar de direito, o pas-
seio, e disputa espaço com os car-
ros na rua. Mas isso vai mudar. Es-
tamos estruturando projetos com
a Fundação Mário Leal Ferreira e
parcerias com o Sebrae para qua-
lificar os trabalhadores e adequá-
-los à legislação. Foram oito anos
em que tudo era permitido. Acho
que era uma decisão política não
fiscalizar ambulante. Há pontos
críticos onde o passeio não é mais
do pedestre, como Av. Sete, as pas-
sarelas (Iguatemi), o Relógio de
São Pedro, Rótula da Feira, em Ca-
jazeiras. Temos poucos agentes de
fiscalização, apenas 150 para todo
o uso do espaço público, e um orça-
mento insuficiente (R$ 378 milhões
para este ano), mas vamos fazer
ações para orientar e ordenar. A se-
cretaria vem também com a missão
de mudar a cultura, de estimular a
população a cuidar do que é públi-
co, do que é seu e de todos.
Durante a campanha eleitoral,
ACM Neto defendeu a municipali-
zação do Porto de Salvador. Qual
a sua opinião?
Eu defendo a municipalização ou
estadualização do Porto. A ges-
tão deve estar próxima de quem
o utiliza. Quando a gestão fica
distante, como hoje, feita pelo
governo federal, esses gestores
nem sempre têm o sentimento da
realidade e as decisões são muito
demoradas. Além disso, o governo
administra vários portos, então há
questões político-partidárias que
interferem nos investimentos. Os
grandes portos do mundo têm ad-
ministração municipal ou estadu-
al; é uma tendência mundial, que
acredito ser a mais adequada. [bi]
30  Bahia Indústria
P
ara a Setel Serviços de Ter-
raplenagem e Empreendi-
mentos Ltda., adequar a
empresa às exigências da
ISO 14001 e OHSAS 18001 era um
desafio. A empresa já havia ten-
tado colocar em prática, por duas
vezes, as normas de Saúde, Meio
Ambiente e Segurança (SMS), sem
sucesso. A AMG Engenharia Ltda.,
do Espírito Santo, já detinha toda
a documentação necessária para
certificação nestas normas, mas
Programa conclui
curso de capacitação
Petrobras, Prominp e SESI qualificaram fornecedores da Petrobras
na área de gestão em segurança, saúde e meio ambiente
Por Patrícia Moreira
(FIEB). Estiveram presentes o co-
ordenador executivo do Prominp,
Paulo Sérgio Rodrigues Alonso, a
gerente executiva de Engenharia,
Tecnologia e Materiais Corporati-
vos da Petrobras, Renata Baruzzi
Lopes, e o superintendente do SESI
Bahia, Wagner Fernandes.
Os resultados positivos do cur-
so de capacitação dos fornecedo-
res da Petrobras em SMS habilita-
ram a experiência a figurar como
modelo a ser adotado em outros
faltava o comprometimento dos colaboradores para
que as orientações passassem a fazer parte da rotina
da empresa.
Para estas duas empresas e outras 11, este proble-
ma somente foi sanado após a capacitação oferecida
pela Petrobras no Programa de Desenvolvimento de
Fornecedores da Engenharia (PDFE). Resultado de
uma parceria entre o Programa de Mobilização da In-
dústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp)
e o Serviço Social da Indústria (SESI Bahia).
A diplomação e a premiação das empresas que mais
se destacaram ocorreram no dia 21 de fevereiro, na se-
de da Federação das Indústrias do Estado da Bahia
Bahia Indústria  31
estados, conforme avaliou Paulo
Alonso. Já Renata Baruzzi come-
morou a melhoria do desempenho
dos fornecedores: “Agora, eles
estão habilitados a participar de
processos licitatórios que reque-
rem um desempenho de SMS mais
elevado. Para a Petrobras é bom,
porque aumenta a competitivida-
de de nossas estações.”
O superintendente do Serviço
Social da Indústria, Wagner Fer-
nandes, observou que o programa
está alinhado com a missão do
SESI de promover a qualidade de
vida e o ambiente saudável para o
trabalhador da indústria.
Os resultados foram atestados
pelos alunos do curso e empresá-
rios. Para Leonardo Cortizo, geren-
te de SMS da Terrabras, o curso foi
um diferencial. “Nós não tínhamos
conhecimento técnico com a habi-
lidade necessária para implantar o
sistema de SMS”, explica.
Tatiana Azevedo Olivaes, dire-
tora da empresa e também aluna
do curso, apresentou a experi-
ência da Setel, destacando que o
treinamento da equipe e a super-
visão feita pela Petrobras e SESI
permitiram os resultados alcança-
dos. “A Petrobras acertou no alvo”,
sintetizou.
Também na avaliação da em-
presária Maria da Graça Kelher
Pesca, da AMG, a parceria entre
as instituições e as empresas foi a
chave do sucesso do programa, em
especial, em razão das auditorias
presenciais. A AMG, a AP Consul-
toria e Projetos Ltda. e a Terrabras
foram homenageadas por obterem
as melhores avaliações de desem-
penho. O diretor da AP, Alfredo
Americano, ressaltou os ganhos
obtidos; em especial, a melhoria
na satisfação dos trabalhadores,
redução de riscos e aumento da
produtividade.
CAPACITAÇÃO
Participaram do programa as
empresas que integram o Cadastro
Corporativo da Petrobras, mas não
detinham os requisitos técnicos
em SMS. Para participar da capa-
citação, as empresas convidadas
se submeteram a três avaliações
presenciais realizadas pela Petro-
bras e pelo SESI e arcaram com
50% dos custos. Das 13 empresas
da primeira turma, nove foram da
Bahia, uma do Rio de Janeiro, duas
do Espírito Santo e uma de Sergipe.
Com a adaptação de seus am-
bientes de produção às normas
ISO 14001 e OHSAS 18001, as em-
presas se habilitaram a participar
das licitações da Petrobras e já es-
tão recebendo convites para novos
contratos, ampliando seus portfó-
lios de negócios com a companhia.
As demais empresas participan-
tes foram: AF Engenharia, BNG Me-
talmecanica, Construtora Lucaia,
CPL Construtora, Ebrae, Lomater
Locações e Serviços LTDA, Padrão
Engenharia e Montagens, Pelir En-
genharia e Minercon Mineração e
Construções SA. [bi]
Turma de
profissionais
qualificados
no curso e os
representantes
da Petrobras,
Prominp e SESI
Fotos Valter Pontes / Coperphoto / Sistema FIEB
32  Bahia Indústria
Programa discute temas relevantes para a indústria
O vice-presidente da FIEB, Victor Ventin, e o diretor e coordenador do Conselho de Assuntos Fiscais e Tributários da
instituição, Murilo Xavier, foram os entrevistados do programa Indústria em Foco, no Canal Assembleia, de março, sobre
a competitividade da economia baiana, discutindo a carga tributária. No ar desde junho de 2012, o programa, elaborado
em parceria com a Fundação Paulo Jackson, é uma iniciativa da Superintendência de Relações Institucionais (SRI) com o
apoio da Superintendência de Comunicação Institucional (SCI) da FIEB. Os programas podem ser vistos no site www.
canalassembleia.ba.gov.br e no portal da FIEB (www.fieb.org.br).
painel
SENAI-BA oferece cursos no Japão
O SENAI-BA vai oferecer, ainda neste semestre, cursos a
distância para brasileiros que vivem no Japão. Uma parceria
firmada, no dia 18 de janeiro, em Tóquio, com o grupo
educacional Kurazemi, administrador da Escola Alegria de
Saber (EAS), vai viabilizar a realização dos cursos técnicos
em Manutenção de Computadores e Redes de Computadores.
De acordo com o gerente das áreas de Tecnologia da
Informação e Desenvolvimento de Software do SENAI-BA,
Adhvan Novais, os cursos técnicos vão atender à demanda
reprimida por formação de brasileiros que vivem no Japão.
Outro objetivo do curso é dar oportunidade para que eles
possam voltar ao Brasil melhor capacitados para atuar na
indústria nacional. As primeiras duas turmas terão até 20
alunos cada uma e a duração dos cursos é de 18 meses. Mais
informações, acesse http://www.fieb.org.br/senai/ead/.
Perspectivas de negócios com a Rússia
Com o objetivo de estreitar as relações comerciais com a
Bahia, 17 dirigentes de empresas e representantes do governo
da Rússia participaram, dia 18 de fevereiro, na FIEB, do 1°
Encontro de Negócios entre a Bahia e aquele país. Reunidos
com secretários de estado e industriais baianos, eles
conheceram o perfil da economia local e as oportunidades de
comércio bilateral. Esta foi a primeira vez que um encontro
com a finalidade de ampliar as relações comerciais entre os
dois países foi realizado fora do eixo Rio-São Paulo. De
acordo com o representante do Conselho Empresarial
Rússia-Brasil, Aleksander Medvedovsky, este é um esforço do
governo russo para que o empresariado brasileiro conheça
seu mercado e proponha parcerias de interesse.
Medvedovsky apresentou oportunidades empresariais
Linha de produtos com couro ecológico
A criação de uma linha de produtos em couro sustentável e
socialmente responsável é um dos resultados da parceria
entre SESI, SENAI e a indústria, que foi apresentada, nos dias
22 e 23 de fevereiro, na cidade de Ipirá, no interior da Bahia.
Trata-se da linha Dominus Eco, desenvolvida por meio do
Edital SESI/SENAI de Inovação 2011, dentro do Projeto Design
Inovador. O projeto incluiu a capacitação de fornecedores em
responsabilidade social e sustentabilidade para adoção de
boas práticas e de processos de produção mais limpa (P+L).
RobertoAbreu/Coperphoto/SistemaFIEB
Bahia Indústria  33
ideias
Por Reinaldo Sampaio
A primeira é que a presidente Dil-
ma Rousseff anunciará um novo
sistema de financiamento a em-
presas e instituições, orientado
para a inovação e desenvolvimen-
to tecnológico. Recursos da ordem
de R$ 30 bilhões para crédito, re-
cursos não reembolsáveis e coope-
ração entre institutos, universida-
des e empresas.
A outra notícia é que, em janei-
ro, a balança comercial brasileira
registrou o seu maior déficit men-
sal dos últimos 20 anos. Mesmo
retirando o efeito das compras da
Petrobras em 2012, lançadas em
janeiro, o resultado é preocupante.
Essa última evidencia a fragi-
lidade de ter nas commodities a
sustentação do comércio interna-
cional; não pode ser seguro aquilo
que, além de não incorporar eleva-
do conteúdo tecnológico, não de-
terminamos o preço de venda, sal-
vo em específicas circunstâncias.
A primeira notícia trata de uma
ação para a construção do futuro,
que se associa a outras, destacan-
do-se: os novos marcos regulató-
rios da infraestrutura, a criação
da EPL (logística), o Programa Ci-
ências sem Fronteiras, o Pronatec,
o Prouni, os Institutos de Inova-
ção e P&D do Sistema Indústria e
a Embrapii. Ainda falta viabilizar
a qualidade da educação básica,
o desenvolvimento regional, a re-
forma tributária e a desburocrati-
zação do Estado, além da criação
de novas “engenharias sociais”
capazes de mobilizar o potencial
criativo e produtivo de parcela im-
portante da sociedade.
Duas notícias e o futuro
É preciso romper com a barreira
da polarização modernização-mar-
ginalização, diagnosticada por
Celso Furtado como um dos obs-
táculos ao desenvolvimento nacio-
nal, dado que “o desenvolvimento
em inovação e tecnologia está as-
sociado a um sistema educacional
conectado com a infraestrutura
científica, permitindo a associação
e adaptação das novas técnicas;
o que requer um sistema de bem-
-estar social resultante da melhor
distribuição da renda nacional que
diversifique os padrões de consu-
mo da maioria da população”.
Portanto, não se trata de um
processo quantitativo, onde mais
instituições e mais recursos pro-
moveriam o desenvolvimento. Há
aspectos qualitativos relaciona-
dos à estrutura econômica, indis-
pensáveis à obtenção e dissemina-
ção de conhecimentos científicos,
necessários para operar novas tec-
nologias capazes de promover a
destruição criadora decorrente de
novos paradigmas tecnológicos,
presentes em processo de catching
up da economia.
Na ciência e tecnologia, o Brasil
se encontra em um estágio inter-
mediário, caracterizado por certa
capacidade de geração de conheci-
mento científico, mas, com produ-
ção tecnológica insuficiente para
retroalimentar a produção cientí-
fica (Albuquerque, 2009). A estra-
tégia de desenvolvimento requer
ações que superem essa armadilha
do subdesenvolvimento, como de-
finiu Furtado, de modo a tornar a
ciência e a tecnologia determinan-
tes do crescimento econômico.
Vivemos uma era de oportuni-
Reinaldo
Sampaio é
economista e
vice-presidente
da FIEB
Vivemos uma era de oportunidades
baseada no conhecimento e isso exige
uma profunda transformação na sua
produção e disseminação em todos os
segmentos da sociedade
“dades baseada no conhecimento e
isso exige uma profunda transfor-
mação na sua produção e dissemi-
nação em todos os segmentos da
sociedade, para tornar o Brasil um
país de alto conteúdo de desenvol-
vimento humano, interagindo com
a inovação e a tecnologia. Nesse
sentido, melhor que pulverizar os
futuros recursos do pré-sal, seria
usá-los para transformar a socie-
dade e a economia, privilegiando
segmentos estratégicos como a
indústria de bens de capital, enge-
nharias elétrica, eletrônica e am-
biental, robótica, nano e biotecno-
logia, biociência, novos materiais
e aeronáutica, conforme proposto
pelo Fórum Nacional do Instituto
Nacional de Altos Estudos.
Cada nação escolhe seu próprio
caminho para o desenvolvimento,
mas há algo em comum em todas
aquelas que tiveram êxito: 1) Cli-
ma de confiança mútua entre o
setor público e privado; 2) Quanti-
dade e qualidade da mão de obra e
do estoque de capital e 3) O avan-
çado estágio tecnológico em que
ambos são operados.
Quando esses fatores se asso-
ciam, o “espírito animal” dos em-
presários se manifesta e os inves-
timentos crescem. [bi]
livros
leitura&entretenimento
Gestão e gerenciamento
O consultor em gestão e professor Paulo
Sertek apresenta os passos e as
habilidades para empreender com a
propriedade de quem vivencia o
empreendedorismo na prática. Ele
estabelece um diálogo centrado em dez
pontos fundamentais para a gestão e o
gerenciamento de uma empresa. O livro
traz ferramentas como estudos de caso,
indicações bibliográficas, além de
questões para revisar os conceitos
abordados e temas para reflexão.
Mostra intinerante no MAM
O MAM Bahia recebe um recorte da mostra
itinerante VideoBrasil, na Galeria 3 e na
Capela. São obras premiadas da exposição
Panoramas do Sul 2012-2013, como o vídeo
As Aventuras de Paulo Bruscky (foto),
de Gabriel Mascaro. A proposta da mostra
é ampliar a visibilidade das obras do
Festival Internacional de Arte
Contemporânea, que premiou vídeos,
pinturas e instalações. A mostra tem uma
proposta educativa.
Sustentabilidade
O livro incorpora a sensibilidade e a
cultura dos diferentes grupos de interesse,
reunindo autores do universo acadêmico,
do setor produtivo, do mundo político e
das organizações não governamentais. A
proposta é oferecer uma abordagem
ampla, que cobre desde a visão global até
os aspectos nacionais e locais dos temas.
O objetivo é apresentar a importância da
criação de valor econômico de forma que
também atenda às demandas da
sociedade.
Empreendedorismo
Paulo Sertek –
IBPEX, 240 p.
R$ 25
Desenvolvimento
Sustentável
2012-2050 - Visão,
Rumos e
Contradições
Fernando Almeida,
Elsevier-Campus,
288 p.
R$ 95
fotos Márzia Lima/divulgação
divulgação
50 Anos de Arte na Bahia
Baseado em publicações da crítica de arte
Matilde Matos, 50 Anos de Arte na Bahia é
composta por 60 obras de artistas baianos,
exibindo um panorama de cinco décadas e
seis gerações da arte visual na Bahia, a
partir da introdução do Modernismo, com a
chamada “Geração 45”. Seguindo uma
linha de tempo, a exposição passa pelos
anos 1950 a 1990, revelando nomes como
Floriano Teixeira, Maria Adair, Márcia
Magno, Bel Borba e Carybé.
não perca Caixa Cultural, ter. a dom., das 9h às 19h, até 28/4. Gratuito. Av. Carlos Gomes, 57. Informações: (71) 3421-4200
não perca MAM, ter. a dom., das 13h às 19h, sáb, 13 às 21h, 11/4 a 12/5. Gratuito. Av. Contorno, Solar do Unhão. Informações (71) 3117-6139
exposição
vídeo
34 Bahia Indústria
Bahia Indústria  35
Empresários avaliam cenários e apontam entraves ao bom desempenho da indústria baiana

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  • 1. ISSN 1679-2645 Federação das Indústrias do Estado da Bahia Sistema FIEB Ano XVIII nº 224 jan/fev/mar 2013 Bahia Empresários avaliam cenários e apontam entraves ao bom desempenho da indústria baiana o desafio de crescer
  • 2. OS PROFISSIONAIS QUE AS INDÚSTRIAS MAIS PROCURAM ESTÃO AQUI FACULDADE SENAI CIMATEC, A MELHOR INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DO NORTE/NORDESTE Cursos adequados às principais demandas do mercado, com infraestrutura completa, laboratórios modernos, professores altamente qualificados e as garantias de uma formação reconhecida pelo MEC. O que você tanto procura, as indústrias também querem encontrar. E todos estão com sorte. A Faculdade SENAI Cimatec tem tudo isso e ainda conquistou a média de 3,69 no Índice Geral de Cursos, a melhor entre universidades, centros universitários e faculdades públicas e privadas do Norte/Nordeste.   Pós-Graduação com inscrições abertas. Acesse www.fieb.org.br/senai, conheça os cursos e busque agora novos desafios.conheça os cursos e busque agora novos desafios. www.fieb.org.br/senai 71.3534-8090
  • 3. Em meio ao vai-vém da economia, o desafio de crescer Projetar o desempenho futuro da indústria face a tantas incertezas na economia global, que pode incluir ser surpreendido a qualquer momento por fatores como a Grécia, ou, para tomar um exemplo mais recente, como Chipre – que deixou os mercados em polvorosa com o anúncio de que o país estava à beira de um colapso financeiro – pode parecer uma temeridade. As mudanças de rumo no mercado são rápi- das e surpreendentes e a nossa economia não pode fugir ao princípio de que, definitivamente, não está imune às turbulências. Se a economia do Brasil está intimamente vinculada aos humores econômicos que circulam pelo mundo, é no campo interno que resi- dem os maiores desafios a serem vencidos pela indústria nacional. Por aqui, o mercado produtivo vive assombrado com a escorchante carga tributária, infraestrutura e logística carentes de investimentos mais maciços. Como reflexo, os efeitos da concorrência externa, que desá- gua seus produtos importados a preços bem mais competitivos em re- lação ao equivalente nacional, e a desaceleração no ritmo da produção, provocando, assim, redução no ritmo das contratações e da geração de emprego e renda. Mas em meio a tantas adversidades, o empresário não arrefece os ânimos. Como diz Mauro Pereira, superintendente do Comitê de Fo- mento Industrial de Camaçari (Cofic), é próprio ao perfil do empreen- dedor não alimentar pessimismos. Ou, como afirma o presidente do Sistema FIEB, José de Freitas Mascarenhas, fazer indústria no Brasil é ter paixão. Com uma dose de paixão e outra de otimismo, a indústria brasileira traça seus rumos para 2013 e, em vez de se limitar a queixas, prefere alimentar boas expectativas. Uns, olham para o horizonte e anteveem um futuro de bons negó- cios. A indústria de plásticos trabalha com uma projeção de crescimen- to da ordem de 6% este ano. Outros, que dependem de conjunturas mais favoráveis e de outros segmentos, como é o caso da indústria me- tal-mecânica, que fornece à Petrobras – que por sua vez está vivencian- do uma de suas maiores crises dos últimos anos –, assistem à escalada da inadimplência em escala jamais vista nos últimos 10 anos. Contrastes de um país que também assistiu ao desempenho positivo da indústria automotiva, ancorada na redução do Imposto sobre Produtos Industria- lizados (IPI) para veículos automotivos, e que agora refaz suas contas e projeções para 2013, com o fim do benefício a partir de junho. Na reportagem de capa desta edição da Bahia Indústria, um pai- nel do cenário econômico e do desempenho de alguns dos principais setores da economia baiana, baseado nas expectativas do empresa- riado industrial. EDITORIAL Com uma dose de paixão e outra de otimismo, a indústria brasileira traça seus rumos para o futuro e, em vez de se limitar a queixas, prefere alimentar boas expectativas Indústria automotiva foi um dos setores que mais cresceram no país em 2012, com índice de 6,1%
  • 4. 4  Bahia Indústria Sindicatos filiados à FIEB Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado da Bahia, sindacucarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem no Estado da Bahia, sindfiacaoba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do tabaco no Estado da Bahia, sinditabaco@ fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Curtimento de Couros e Peles no Estado da Bahia,sindicouroba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Camaçari, Dias D’ávila e Santo Amaro, sindvest@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da Indústria de Extração de Óleos Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e Balas no Estado da Bahia, sindioleosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Cerveja e de Bebidas em Geral no Estado da Bahia, sindcerbe@bol.com.br / Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia, sindpacel@hotmail.com / Sindicato das Indús- trias do Trigo, Milho, Mandioca e de Massas Alimentícias e de Biscoitos no Estado da Bahia, sindtrigoba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Calcário, Cal e Gesso do Estado da Bahia, sindicalba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Cons- trução do Estado da Bahia, secretaria@sinduscon-ba.com.br / Sindicato da Indústria de Calçados, seus Componentes e Artefatos no Estado da Bahia, sindcalcadosba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado da Bahia, simmeb@uol.com.br / Sindicato das Indústrias de Cerâmica e Olaria do Estado da Bahia, sindicerba@ig.com.br / Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza em geral e Velas do Estado da Bahia, sindisaboesba@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias e Marcenarias de Salvador, Simões Filho, Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D’ávila, Sto. Antônio de Jesus, Feira de Santana e Valença, sindiscamba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Cidade do Salvador, sindpanssa@uol.com.br / Sindicato da Indústria de Produtos Químicos, Petroquímicos e Resinas Sintéti- cas do Estado da Bahia, sinpeq@coficpolo.com.br / Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia, sindiplasba@ sindiplasba.org.br / Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia, sinprocimba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado da Bahia, sindbrit@svn.com.br / Sindicato das Indústrias de Produtos Quími- cos para Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia, adm@quimbahia.com.br / Sindicato da Indústria de Mármores, Granitos e Similares do Estado da Bahia, simagranba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria Alimentar de Congelados, Sorvetes, Sucos, Concentrados e Liofilizados do Estado da Bahia, sindsucosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia, sincarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário da Região de Feira de Santana, sind- vestfeira@fbter.org.br / Sindicato da Indústria do Mobiliário do Estado da Bahia, moveba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia, sindratar@gmail.com.br / Sindicato das Indústrias de Construção Civil de Itabuna e Ilhéus, valmirsb@yahoo.com.br / Sindicato das Indústrias de Café do Estado da Bahia, sincafeba@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado da Bahia, sindileite@fieb.org.br / Sindica- to das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares dos Municípios de Ilhéus e Itabuna, sinec@sinec.org.br / Sindicato das Indústrias de Construção de Sistemas de Telecomunicações do Estado da Bahia, anaelisabete@telenge.com.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Feira de Santana, simmefs@simmefs.com.br / Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado da Bahia, sindirepaba@ sindirepabahia.com.br / Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, sindipecas@sindipecas. org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia, sindcosmetic@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Artefatos de Plásticos, Borrachas, Têxteis, Produtos Médicos Hospitalares, sindiplast@gmail.com FIEB Presidente José de Freitas Mascarenhas. 1º Vice- presidente: Victor Fernando Ollero Ventin. Vice- presidentes Carlos Gilberto Cavalcante Farias; Emmanuel Silva Maluf; Reinaldo Dantas Sampaio; Vicente Mário Visco Mattos. Diretores Titulares Alberto Cânovas Ruiz; Antonio Ricardo Alvarez Al- ban; André Régis Andrade; Carlos Henrique Jorge Gantois; Claudio Murilo Micheli Xavier; Eduardo Ca- tharino Gordilho; Josair Santos Bastos; Leovegildo Oliveira De Souza; Luiz Antonio de Oliveira; Manuel Ventin Ventin; Maria Eunice de Souza Habibe; Re- ginaldo Rossi; Sérgio Pedreira de Oliveira Souza; Wilson Galvão Andrade. Diretores Suplentes Adal- berto de Souza Coelho; Alexi Pelagio Gonçalves Portela Júnior; Carlos Alberto Matos Vieira Lima; Juan José Rosário Lorenzo; Marcos Galindo Pereira Lopes; Mário Augusto Rocha Pithon; Noêmia Pinto de Almeida Daltro; Paulo José Cintra Santos; Ricar- do de Agostini Lagoeiro conselhos Conselho de Economia e desenvolvimento indus- trial Antônio Sérgio Alípio; Conselho de Assun- tos Fiscais e Tributários Cláudio Murilo Micheli Xavier; Conselho de Comércio Exterior Reinaldo Dantas Sampaio; Conselho da Micro e Pequena Empresa Industrial Carlos Henrique Jorge Gan- tois; Conselho de Infraestrutura Marcos Galindo Pereira Lopes; Conselho de Meio Ambiente Irun- di Sampaio Edelweiss; Comitê de Petróleo e Gás Eduardo Rappel; Conselho de inovação e Tecno- logia José Luís Gonçalves de Almeida; Conselho de Responsabilidade Social Empresarial Marconi Andraos Oliveira; Conselho de Relações Traba- lhistas Homero Ruben Rocha Arandas; Comitê de Portos Reinaldo Dantas Sampaio Comitê de Jo- vens Lideranças Industriais Eduardo Faria Daltro Editada pela Superintendência de Comunicação Institucional do Sistema Fieb Conselho Editorial Irundi Ede- lweiss, Adriana Mira, Cleber Borges e Patrícia Moreira. Coordenação editorial Cleber Borges. Editora Patrícia Moreira. reportagem Pa- trícia Moreira, Carolina Mendon- ça, Marta Erhardt. colaboração Luciane Vivas e Milena Marques. fotografia João Alvarez. Projeto Gráfico e Diagramação Ana Clélia Rebouças. Ilustração e Infografia Bamboo Editora. FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA Rua Edístio Pondé, 342 – Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone: 71 3343-1280 / www.fieb.org.br/bahia_indus- tria_online As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessa- riamente o pensamento da FIEB. Filiada à BahiaCIEB Diretor-Presidente José de Freitas Mascarenhas. Vice-Presidentes José Carlos Boulhosa Baqueiro; Irundi Sampaio Edelweiss; Carlos Antônio Borges Cohim Silva. Diretores Titulares Clovis Torres Ju- nior; Fernando Elias Salamoni Cassis; João de Tei- ve e Argollo; João Ricardo Aquino; Luís Fernando Galvão de Almeida; Luiz Antunes Athayde Andrade Nery; Marconi Andraos Oliveira; Roberto Fiamen- ghi; Rogelio Golfarb; Ronaldo Marquez Alcântara; Diretores Suplentes Davidson de Magalhães San- tos; Erwin Reis Coelho de Araujo; Givaldo Alves Sobrinho; Heitor Morais Lima; Jorge Robledo de Oliveira Chiachio; José Luiz Poças Leitão Filho; Mauricio Lassmann Diretor regional oeste Pedro Ovídio Tassi SESI Presidente do Conselho e Diretor Regional José de Freitas Mascarenhas. Superintendente José Wagner Fernandes SENAI Presidente do Conselho José de Freitas Mascarenhas. Diretor Regional: Leone Peter Andrade IEL Presidente do Conselho e Diretor Regional José de Freitas Mascarenhas. Superintendente Armando da Costa Neto Diretor Executivo do Sistema FIEB Alexandre Beduschi Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato Unidades do Sistema FIEB SESI – Serviço Social da Indústria Sede: 3343-1301 @Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490 @Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805 @Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513 @Itapagipe: (71) 3254-9930 @Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253 @Lucaia: (71) 3205-1801 @Piatã: (71) 3503 7401 @Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221 @Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081 @Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330 @Eunápolis: (73) 8822-1125 @Feira de Santana: (75) 3602 9762 @Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326 @Jequié: (73) 3526-5518 @Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133 @Valença: (75) 3641 3040 @Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080 SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Sede: 71 3343-8090 @Cimatec: (71) 3534-8090 @Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090 @Feira de Santana: (73) 3639-9302 @Ilhéus: (73) 3639-9302 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609 @Barreiras: (77) 3612-2188 IEL – Instituto Euvaldo Lodi Sede: 71 3343-1384/1328/1256 @Barreiras: (77) 3611-6136 @Camaçari: (71) 3621- 0774 @Eunápolis: (73) 3281- 7954 @Feira de Santana: (75) 3229- 9150 @Ilhéus: (73) 3639-1720 @Itabuna: 3613-5805 @Jacobina: (74) 3621-3502 @Juazeiro: (74) 3611-0155 @Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621 @Vitória da Conquista: (77) 3424-2558 CIEB - Centro das Indústrias do Estado da Bahia Sede: (71) 3343-1214 sistema fieb nas mídias sociais
  • 5. Fornecedoras da Petrobras concluem curso ministrado pelo SESI Bahia. Capacitação em SMS Rosemma Maluf fala dos desafios que tem à frente da Secretaria de Ordem Pública. O desafio de gerir a cidade Desenvolvimento de carreiras e de empresas ganha espaço no portfólio de negócios do Instituto Euvaldo Lodi na Bahia, enquanto o SENAI vai investir mais em pesquisa e inovação. IEL e SENAI ampliam foco de ação com novas estratégias Programa de Melhoria da Competitividade para Micro e Pequenas Indústrias, desenvolvido pela FIEB em parceria com o Sebrae, promoveu seminário sobre a NR 12. Micro e Pequenas indústrias debatem aplicação da NR 12 A Bahia desponta como um dos estados em que a indústria mais vem crescendo; empresários do setor avaliam este desempenho Cenários e tendências sumário jan/fev/mar 2013 28 Ilustração Gentil 30 16 6 12 Mateus Pereira/Coperphoto/Sistema FIEB valter pontes/Coperphoto/Sistema FIEB fotosJoãoalvarez
  • 6. 6  Bahia Indústria SESI e SENAI desenvolvem soluções em segurança Seminário apresentou metodologia para reduzir impacto da implantação da NR 12 nas pequenas e médias empresas por Marta Erhardt E m vigor desde 1978, a Norma Regulamentadora 12 (NR 12), que trata da segurança no trabalho com máquinas e equipamentos, foi reformula- da ao longo do tempo. Os prazos para que as empresas se adequassem à sua última atualização, realizada em 2010, já expiraram e o não atendimento às exigências da norma tem provocado a interdição de diversas organizações em todo o país. O instrumento normativo foi discutido durante o seminário NR 12: Impactos e Soluções para Micro e Pequenas Empresas, realizado pela Federação das In- dústrias do Estado da Bahia (FIEB), por iniciativa da Superintendência de Relações Institucionais (SRI), com o apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas da Bahia (Sebrae-BA) e do Conselho de Mi- cro e Pequenas Empresas da FIEB (Compem). “Estamos trabalhando para que as micro e pe- quenas empresas possam compreender a norma, que é complexa, e, com esse entendimento, possam se adequar às novas exigências”, destacou o supe- Cid Vianna destaca a importância de discutir a norma com os empresários Fotos: Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
  • 7. Bahia Indústria  7 rintendente da SRI da FIEB, Cid Vianna. Para auxiliar as empresas no cumprimento da norma e minimi- zar seus impactos, SESI e SENAI desenvolveram uma metodologia que engloba um levantamento das máquinas e equipamentos das em- presas, um diagnóstico e a elabo- ração de um Plano de Adequação com cronograma de ações. “Nesta primeira etapa, serão verificados os perigos mecânicos, que são responsáveis pelo maior índice de acidentes e lesões. Mas precisamos lembrar que este é o primeiro passo para a adequação à norma”, salientou a engenheira de saúde e segurança do trabalho, Maria Fernanda Lins, que apre- sentou a metodologia. O programa foi desenvolvido pelo SESI-RJ em parceria com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) do Rio de Janeiro. "Os afastamentos por proble- mas de saúde interferem na com- petitividade das empresas. Em- prestamos nosso conhecimento técnico em busca de um processo que possa auxiliar na implementa- ção da norma e reduzir o número de acidentes de trabalho", desta- cou o superintendente do SESI- -BA, Wagner Fernandes. O seminário reuniu empresá- rios e dirigentes de sindicatos de diversos segmentos industriais para discutir os impactos do mar- co regulatório. O diretor operacio- nal do Sebrae-BA, Lauro Ramos, salientou que este diálogo “é o melhor caminho para que o setor produtivo atenda com louvor às exigências que esse instrumento normativo requer”. A necessidade de adequação da norma à realidade das micro e pequenas empresas foi defendida pelo coordenador do Conselho de Micro e Pequenas Empresas da FIEB (Compem), Carlos Gantois. “É preciso que se tenha um prazo diferenciado para que as micro e pequenas empresas, que têm grande representatividade na eco- nomia do estado, possam cumprir as exigências”, pontuou. A ideia também foi defendida pelos empresários, que questiona- ram alguns pontos do marco regu- latório. “Alguns trechos da norma tratam de aspectos técnicos dos equipamentos, que deveriam ser exigidos dos fabricantes. Como é que o estado deixa que esses equi- pamentos sejam vendidos se não estão adequados?”, interrogou o empresário Mário Pithon, presi- dente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Salvador (Sindpan). Diante dos pleitos, o superin- tendente Cid Vianna, ressaltou que a FIEB tem trabalhado junto ao Governo Federal, por intermé- dio da CNI, para propor uma revi- são da NR 12. “Mas, enquanto isso, a norma está em vigor e é preciso que as empresas atendam às exi- gências”, pontuou. Já o auditor fiscal e chefe do se- tor de Segurança e Saúde do Traba- lho, Flávio Nunes, que representou a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), lem- brou que o atual texto da NR 12 foi aprovado em dezembro de 2010, por uma comissão tripartite, que envolveu representantes do go- verno federal, dos trabalhadores e dos empresários. “O auditor tem que cumprir o que prevê a norma. Caso sejam identificadas condições de traba- lho que podem gerar riscos graves, é preciso interditar o equipamen- to”, explicou, ressaltando que “a proposta é que as empresas con- tinuem gerando riqueza, mas com um ambiente de trabalho seguro”. COMPETITIVIDADE Voltado para micro e pequenos empresários, o seminário integra as ações do novo Programa de Melhoria da Competitividade pa- ra Micro e Pequenas Indústrias do Estado da Bahia. Desenvolvido em parceria entre a FIEB e o Sebrae, o programa foi reestruturado e pas- sou a contar com os sindicatos co- mo elo entre as duas instituições e o empresariado. O programa tem como princi- pais objetivos estratégicos a am- pliação do atendimento das duas instituições, o fortalecimento do associativismo e a interioriza- ção das ações. A meta é sensibi- lizar 2 mil empresas até 2016 em todo o estado. Para isso, FIEB e Sebrae vão atuar conjuntamente e, em parceria com os sindicatos patronais industriais, vão iden- tificar as necessidades setoriais, em áreas como acesso a mercado, tecnologia e inovação, gestão em- presarial e saúde e segurança no trabalho. [bi] Seminário reuniu empresários, representantes do Sebrae e dos Conselhos da FIEB
  • 8. 8  Bahia Indústria Programa ViraVida será implantado no extremo-sul Com a presença do presidente do Conselho Nacional do SESI, Jair Meneguelli, foi anunciada a parceria da Veracel para implantação da iniciativa em Porto Seguro O programa ViraVida, inicia- tiva do Serviço Social da Indústria (SESI), vai passar a atender às vítimas de exploração sexual do extremo-sul do estado. Ele chega à região por iniciativa da Veracel, que decidiu adotar o programa em razão das estatísti- cas, que apontam alta incidência de casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes, em Porto Seguro. Implantado na Bahia em 2010, o ViraVida já atendeu 333 jovens no estado e, atualmente, tem 175 jovens matriculados em Salvador. Com a expansão para o extremo- -sul baiano, o programa, incial- mente, acolherá 50 jovens. A reunião durante a qual foi anunciado o interesse do novo parceiro em aderir ao programa ocorreu no dia 5 de março, na sede da FIEB. Na ocasião, o presidente do Conselho Nacional do SESI, Jair Meneguelli, visitou a nova sede do ViraVida, em Salvador. Ele esteve acompanhado do superintendente do SESI Bahia, Wagner Fernandes, e conversou com os adolescentes que participam do programa. Com a parceria da Veracel, o Vi- raVida vai oferecer a estes jovens a oportunidade de se inserir em um programa de capacitação no mer- cado de trabalho. A empresa vai atuar como agente articulador e também com aporte de recursos fi- nanceiros, reforçando sua função social e reafirmando sua parceria com o SESI Bahia. Para o presidente do Conselho Nacional do SESI, a parceria de grandes empresas como a Vera- cel é importante para expandir o programa, não só na capital, mas também em outras cidades do es- tado. “Há um interesse grande da empresa, há um interesse grande da comunidade, há um interesse grande da rede de enfrentamento de Porto Seguro, portanto, é abso- lutamente certo que implantare- mos (o programa)”, afirmou. Essa parceria não somente amplia a atuação do VivaVida na Bahia, como traz um novo compo- nente, que é atender à comunidade indígena, que também sofre com o problema. Será uma turma de testagem, mas a ideia é articular, junto com a Veracel, outros parcei- ros para dar continuidade ao pro- grama na região. “Será um marco para a região e para o programa”, ressaltou Wagner Fernandes. Segundo o coordenador do pro- jeto na Bahia, Jeandro Ribeiro, a previsão das novas instalações em Porto Seguro será para o segundo semestre deste ano. “Eu costumo dizer que uma das palavras de or- dem do projeto é parceria, e o pro- jeto só existe por conta da parceria do Sistema S, e agora a Veracel vem se somar”, acrescentou Ribeiro. [bi] Wagner Fernandes e Jair Meneguelli conversam com jovens do ViraVida em Salvador Foto Roberto Abreu / Coperphoto / Sistema FIEB
  • 9. circuito Bahia Indústria 9 Mineração em compasso de espera Caso o novo código de mineração saia do papel, a previsão é que até 2017 a indústria mineradora receba o correspondente a US$ 75 bilhões em investimentos. A estimativa é do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Mas à vera, o setor encontra-se paralisado e a insegurança jurídica gerada pelo atraso na aprovação do novo marco legal da mineração tem levado as empresas a refrearem os investimentos. O governo vem realizando consultas a diversos segmentos para a elaboração do texto final do novo código para ser enviado ao Congresso. Mas o clima de insegurança jurídica e o fato de pedidos de pesquisa e lavra mineral estarem congelados no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão responsável pela administração do setor, podem comprometer o ritmo dos aportes financeiros. O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão admite que o governo tem retido as licenças de pesquisa e lavra, mas argumenta que há um "número excessivo de concessões circulando", e a decisão de reter novos pedidos "não deve prejudicar a produção nacional". O novo código, que está sendo discutido há quatro anos, contém questões polêmicas, a exemplo da possível mudança no processo de concessão de lavra. por patrícia moreira Empresas na mira da Receita O Leão anda com as garras bem afiadas e promete fechar o cerco contra as empresas sonegadoras ou devedoras de impostos federais em 2013. Além de implantar a malha fina para as empresas, que já foi testada em São Paulo, a Receita Federal vai implantar uma ação de cobrança direcionada a grandes contribuintes. Foram selecionados pelo órgão 184 grandes companhias de diversos setores que devem R$ 6,8 bilhões em tributos atrasados e que serão objeto de ações especiais por meio da intensificação da cobrança. Em relação ao sistema de malha fina, será feita uma análise diária dos documentos obrigatórios de arrecadação de impostos das companhias com o objetivo de detectar tributos que foram declarados e não foram pagos. Quando inconsistências forem detectadas, a malha fina emitirá e enviará automaticamente um extrato ao contribuinte, alertando-o do ocorrido. Proposta para modernizar as leis trabalhistas Os altos custos do emprego formal são, na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), um dos mais graves gargalos de competitividade para as empresas brasileiras. Visando contribuir para a redução destes custos, a CNI elaborou o documento 101 Propostas para Modernização Trabalhista, que lista 101 "irracionalidades" da CLT e as sugestões para eliminá-las. Fiat Chrysler, Hering e ThyssenKrupp são empresas que apoiam o documento. Na opinião do diretor de Relações Humanas do grupo ThyssenKrupp, Adilson Sigarini, o excesso de proteção ao trabalhador podia ser justificado em 1943, quando surgiu a legislação, em um país de industrialização incipiente. Mas hoje, estaria ignorando o fortalecimento dos sindicatos, a ampliação do diálogo entre patrões e empregados e as novas formas de organização da produção. A CNI diz existir um ambiente antiemprego no país, provocado pela rigidez da legislação trabalhista, a burocracia e a insegurança jurídica crescentes. "O Brasil está muito atrasado em relação a conhecimento e definição do perfil de profissionais de logística, uma área crítica para as empresas" Paulo Fleury, professor da UFRJ e diretor do Instituto de Logística e Supply Chain
  • 10. 10 Bahia Indústria Luiz Oliveira foi reconduzido à presidência do sindicato Alberto Cánovas e Emmanuel Maluf, na inauguração da nova sede sindicatos Sindifiação-BA faz balanço anual Um balanço das ações desenvolvidas pelo Sindicato de Fiação e Tecelagem foi realizado em janeiro, du- rante um jantar de confraternização promovido pela instituição. O evento, que contou com a participação de empresários e representantes baianos do segmen- to, aconteceu no Restaurante Boi Preto, em Salvador. Durante o encontro, o presidente do sindicato, Eduardo Catharino Gordilho, fez um breve relato so- bre as ações da entidade, reforçando a importância do espírito associativo. Outro aspecto ressaltado foi a importância do processo de negociação com o sin- dicato laboral, finalizado em janeiro, que culminou com a assinatura da convenção coletiva de trabalho, com vigência para 1º de setembro de 2012 a 31 de agosto de 2013, e data-base em 1º de setembro. Eleita diretoria do sindicato de sucos A nova diretoria do Sindicato da Indústria Alimen- tar de Congelados, Sorvetes, Sucos Concentrados e Liofilizados do Estado da Bahia foi eleita em novem- bro para o triênio 2013/2015. Presidente reeleito, o empresário Luiz Joaquim de Carvalho ressalta a im- portância do trabalho que vem sendo realizado pela instituição na busca pelo reconhecimento do setor. “O sindicato continuará firme na busca por novos in- vestimentos, incentivos fiscais e tecnológicos visan- do o desenvolvimento do agronegócio de citros e de frutas tropicais, que representa uma oportunidade de aumento da oferta de empregos, fixação do homem no campo e fortalecimento da agricultura familiar”, destacou. A Bahia ocupa o segundo lugar no ranking nacional dos estados brasileiros produtores de citros. Nova gestão do Simmeb toma posse Responsável por representar parte relevante do PIB baiano, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado da Bahia (Simmeb), deu posse em dezembro à nova diretoria, eleita para o triênio 2013/2015, composta por Alberto Cánovas (Acolpa), diretor-presidente; Marta Fernan- des Teixeira Barroso (Ferbasa), diretora-tesoureira; e Ricardo Franco (Papaiz), diretor secretário. A posse aconteceu durante a inauguração da nova sede do sindicato, no Edifício Salvador Prime, salas 417/420, Avenida Tancredo Neves. Estiveram presen- tes os vice-presidentes da FIEB, Emmanuel Maluf e Carlos Gilberto Farias. São empresas filiadas ao Sim- meb a ABB, Acopla, Aliston, Autometal, Cia. Vale, Cia. Ferroligas, Ferbasa, Ford, Gerdau, Latapack, Pa- ranapanema, Papaiz, Semp Toshiba e Siemens. Sindiplasba empossa diretoria A nova diretoria do Sindicato da Indústria de Mate- rial Plástico no Estado da Bahia (Sindiplasba), eleita para o triênio 2013/2015, tomou posse em janeiro. De acordo com o presidente reeleito, o empresário Luiz Antônio de Oliveira, a atuação do sindicato continu- ará voltada para a busca de políticas tributárias que beneficiem o setor. “A dilatação do prazo do programa Desenvolve, em 2012, foi uma conquista em nível estadual. Em 2013, estaremos focados na redução de tributos, em nível federal, para os produtos fabricados com mate- riais reciclados”, destaca. Márcio Caetano / Divulgação
  • 11. Bahia Indústria  11 Sindirepa participou do Conarem O Sindicato das Indústrias da Reparação de Veículos e Acessórios do Estado da Bahia (Sindirepa-BA) participou, em janeiro, da reunião do Conselho Nacional de Retíficas de Motores (Conarem). O encontro, que ocorreu em Joinville-SC e contou com a presença de diretores de todo o Brasil, teve como objetivo debater questões relevantes do setor e apre- sentar os projetos da entidade para o exercício de 2013 em parceria com diversos fabricantes de motores e autopeças. Para representar o sindicato, foi designado o vice-presidente da enti- dade, o empresário Maurício Toledo de Freitas, que também faz parte do conselho e responde pelo segmento de retífica no estado. “A participa- ção no Conarem é fundamental para estarmos alinhados com o restante do país no que tange a inovações tecnológicas e ações de estímulo ao as- sociativismo. Devemos trazer, ainda este ano, uma central de negócios para compras coletivas, que já ocorre no sul do país”, destacou Freitas. A participação do Sindirepa contou com o apoio da FIEB. A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) passou a contar com 41 sindicatos, em seu quadro de filiados, com a chegada do Sindicato Patronal das Indústrias de Cerâmicas Vermelhas e Brancas para Construção e Olaria da Região Sudo- este e Oeste da Bahia (Sindiceso). Com dois anos de criação, o novo integrante da FIEB representa as indústrias de cerâmica localiza- das nas regiões sudoeste e oeste. O registro sindi- cal do Sindiceso foi concedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego em março de 2012, decorrente do desmembramento das regiões sudoeste e oeste da Bahia da base territorial do Sindicer. O desmem- bramento foi embasado na jurisprudência, hoje do- minante, da prevalência da representação munici- pal, em detrimento da representação estadual das entidades sindicais. O sindicato já inicia com um significativo núme- ro de indústrias em seu quadro de associados, 42, de uma base de 85 empresas localizadas na região. Presidente da entidade, o empresário Dirceu Alves da Cruz, reconhece a importância da filiação. “O Sinduscon tem proposta para resíduos O Sinduscon/BA indicou dois representantes para a Comissão de Meio Ambiente da Câmara Brasilei- ra da Indústria da Construção (CBIC). A comissão tem como objetivo elaborar propostas que contri- buam na formulação do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção, que será entregue ao Ministério do Meio Ambiente ainda este ano. O vice-presidente do Sinduscon/BA, Carlos Henrique Passos, e a assessora técnica, Natasha Thomas, estão inseridos nos grupos de trabalho que irão apontar os procedimentos a serem adota- dos, a partir de um mapeamento de boas ações do que se pratica hoje nesta área na construção civil. Indústria de cerâmica tem novo sindicato na Bahia Sistema FIEB contribui para o desenvolvimento das indústrias do estado de forma responsável, compro- metida e bem organizada e o Sindiceso não poderia estar de fora. Além disso, a parceria é necessária para o enfrentamento dos desafios específicos do nosso segmento industrial”, afirmou. Dirceu Cruz destaca o papel do Sistema FIEB para o desenvolvimento das indústrias no estado Divulgação
  • 12. 12  Bahia Indústria por Marta Erhardt Fotos João Alvarez Instituto vai concentrar sua atuação no desenvolvimento de carreiras e de empresas, adotando novas estratégias e produtos A pós 44 anos de atuação na Bahia, o Instituto Euval- do Lodi (IEL-BA) decidiu mudar o seu posiciona- mento no mercado. A partir deste ano, a instituição passa a traba- lhar com duas linhas de atuação: Desenvolvimento de Carreiras e Desenvolvimento Empresarial. Es- ses eixos englobam todos os servi- ços oferecidos pelo IEL-BA, sendo que a área de Desenvolvimento de Carreiras reúne as soluções de ca- pacitação de profissionais, como o estágio e o programa de trainee, enquanto a de Desenvolvimento Empresarial abarca assessorias e consultorias in company, além dos programas voltados para coletivos empresariais. “Organizamos nosso portfólio de serviços em uma nova lingua- gem, de forma a facilitar o en- tendimento da nossa atuação e, consequentemente, a venda dos nossos serviços”, ressalta o supe- rintendente do IEL-BA, Armando Neto. Ele explica, ainda, que, nos própria, com uma linguagem lú- dica, que é o grande diferencial. A ideia é fazer com que as empresas pensem em inovação de forma sis- têmica”, explica Armando Neto. Os recursos para o projeto, na ordem de R$ 2,3 milhões, foram captados junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Partici- pam do programa 20 bolsistas de diversas áreas, como comunica- ção, design, tecnologia da infor- mação, economia, engenharia e pedagogia. QUALIFICAÇÃO Ainda para este ano, dois pro- jetos de qualificação e desenvol- vimento de fornecedores mere- cem destaque: um da cadeia de Petróleo e Gás e Indústria Naval e outro da cadeia Automotiva. Em- preendimentos nas duas áreas vão impulsionar a demanda por forne- cedores qualificados. Na indústria naval, o Estaleiro Enseada do Pa- raguaçu vai demandar produtos e serviços. Já na área automotiva, as próximos anos a meta da entidade é aprimorar ainda mais os produ- tos oferecidos e intensificar o aten- dimento a pequenas e médias em- presas, oferecendo produtos que as auxiliem no aprimoramento da gestão das organizações e as capa- citem na área de inovação. Para atingir este objetivo, estão em fase de desenvolvimento novos projetos nas duas áreas de atuação do IEL-BA. Na linha de Desenvol- vimento Empresarial, um dos des- taques é o Jogo da Inovação. “É um projeto desafiador. Estamos desenvolvendo uma metodologia Armando Neto explica que o portfólio de ações da instituição foi reformulado IEL define linhas de atuação
  • 13. Bahia Indústria  13 O IEL está desenvolvendo novas tecnologias para atender aos seus clientes
  • 14. 14  Bahia Indústria empresas fornecedoras terão que atender às necessidades de empre- sas que atuam no estado. “Os programas vão capacitar empresas destas cadeias, com o objetivo de fortalecer a com- petitividade. As empresas que têm potencial para atender a es- ses empreendimentos, mas que, por algum motivo, não possuem algum procedimento desenvol- vido, serão capacitadas para se credenciar como fornecedoras”, destacou Armando Neto. Os dois projetos são financiados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por meio de editais ven- cidos pelo IEL-BA. Há novidades também na linha de Desenvolvimento de Carrei- ra, na qual será implementado o Programa Trainee de Engenharia, que surge em um cenário de es- cassez de mão de obra para a área. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - Inep (2008) apontam que, apesar de a indústria brasileira apresen- tar uma crescente demanda por profissionais de engenharia, na Bahia, apenas 8% dos cursos de ensino superior oferecidos são voltados para essa área, enquanto 32% estão relacionados à área de Educação e 30% a de Ciências So- ciais Aplicadas. Orçado em R$ 29 milhões, o projeto do IEL Nacional será re- plicado na Bahia com o objetivo de melhorar a formação de novos profissionais, a partir de uma vi- vência corporativa. Para isso, a meta é oferecer, em todo o Brasil, mil bolsas para estudantes recém- -formados ou no último ano de graduação. As bolsas serão dispo- nibilizadas para projetos que pro- movam a inovação nas empresas. Reconhecer as boas práticas de es- tágio desenvolvidas por empresas baianas e auxiliar as organizações a aprimorar seus programas de treinamento e formação profissio- nal. Com esse objetivo, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-BA) criou, em parceria com o Fórum de Estágio da Bahia, o Prêmio Melhores Prá- ticas de Estágio. A premiação, que completa 10 anos em 2013, foi criada em 2004, a partir das discussões do Fórum de Estágio, que apontavam a ne- cessidade de se desenvolver ações para conscientizar empresas e es- tudantes sobre a verdadeira essên- cia do estágio, que é contribuir pa- ra a formação dos jovens. “Na épo- ca, enxergavam-se os estudantes como mão de obra barata e muitos deles desenvolviam tarefas con- sideradas menores. Além disso, muitos estudantes viam a opor- tunidade de estágio apenas como uma forma de ganhar dinheiro”, recorda a gerente de Estágio e For- mação de Talentos do IEL-BA, Ed- neide Lima. A décima edição do prêmio foi destacada durante a primeira reunião do Fórum de Estágio em 2013, realizada no dia 6 de março, no auditório da sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). Representantes de empre- sas e instituições de ensino parti- ciparam do encontro e puderam se informar sobre a premiação, que ao longo dos 10 anos de existência tem contribuído para a mudança da cultura de estágio nas empresas. Uma década premiando a excelência na formação profissional As organizações que avançam para a fase de avaliação recebem um relatório que sinaliza os pon- tos nos quais seus programas de estágio podem ser incrementados. O relatório é elaborado por repre- sentantes da comissão julgadora, que visitam as organizações e ana- lisam pontos como a integração dos estagiários com os projetos, o acompanhamento do estágio pela empresa e o processo de seleção, treinamento e desenvolvimento de estagiários. “É uma consultoria para que as empresas melhorem ainda mais suas práticas”, destaca Edneide Lima. O sucesso da iniciativa do IEL foi tamanho que, dois anos depois de criado, o projeto foi adotado pelo IEL nacional, que replicou a ideia nos demais estados do país. Desta forma, foi criada, em 2006, a edição nacional do prêmio, que reúne os vencedores estaduais de cada categoria (pequena, média e grande empresa). Com três organizações finalis- tas, a Bahia ganhou destaque na premiação nacional de 2011, rea- lizada na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. As empresas Lacerta Am- biental e Petrobras foram vencedo- ras das categorias Micro e Peque- nas Empresas e Grande Empresa, respectivamente. Já a Portugal Te- lecom Inovação Brasil ficou com o segundo lugar na categoria Média Empresa. “Todos os anos, pelo me- nos uma empresa baiana fica entre as finalistas”, pontua Edneide.
  • 15. Bahia Indústria  15 A gerente de estágio do IEL-BA ressalta que, com a participação no Prêmio Melhores Práticas, as organizações trocam experiên- cias, ampliam suas redes de rela- cionamento e têm a chance de di- vulgar, na Bahia e nacionalmente, seus programas de estágio. INOVAÇÃO A premiação contribui, ainda, para o esforço de incorporar a ino- vação nos processos produtivos das empresas baianas. Os projetos vencedores reduzem custos, me- lhoram os processos de produção e aumentam a competitividade das organizações. Foi o que aconteceu na Cromex S/A, vencedora na categoria mé- dia empresa, na edição 2012. A analista de Recursos Humanos, Luciana Andrade, responsável pelo programa de estágio da or- ganização, conta que, motivados pela ideia de vencer a premiação e conquistar reconhecimento, muitos estagiários se engajaram em projetos de suas áreas e apre- sentaram ideias que resultaram em melhorias nos processos pro- dutivos e trouxeram rentabilida- de para a empresa. Entre os projetos, estava o de Leonardo Correia, na época es- tagiário da área de engenharia, que venceu a edição da premia- ção 2012 na categoria média em- presa. “A Cromex dá espaço para a inovação e busca conscientizar os estagiários sobre a importân- cia de aplicarem o conhecimento adquirido na faculdade em sua prática profissional. O estágio é a oportunidade para que eles criem, ousem, errem e acertem”, salienta Luciana Andrade. INSCRIÇÕES As inscrições para a edição 2013 do prêmio iniciaram no dia 6 de março e seguem até 10 de abril. As empresas podem se inscrever pela internet, no site www.fieb.or.br/iel/ melhorespraticas. Ao se cadastrar, a empresa tem que preencher um questionário de autoavaliação, que norteia a pontuação e classificação das finalistas. O IEL-BA garante a confidencialidade das informa- ções fornecidas. Apenas o nome das empresas finalistas é divulga- do. Mais informações podem ser obtidas por telefone no número 3343-1365 ou pelo e-mail prati- cas@fieb.org.br. [bi] Edneide Lima no lançamento do Prêmio Melhores Práticas 2013 Indicadores de Estágio na Bahia Principais destaques ao longo destes 44 anos de atuação do IEL no estado » Mais de 180 mil estudantes alocados em estágio nas organizações baianas » Cerca de 400 mil estudantes cadastrados » Parceria com mais de 10 mil organizações para alocação de estagiários » Cerca de 60 mil estudantes capacitados por meio de cursos e oficinas » Criação do Fórum de Estágio da Bahia
  • 16. 16  Bahia Indústria “O SENAI-BA continuará inovando em uma velocidade compatível com a nossa indústria e esta visão é compartilhada com toda a força de trabalho Luis Alberto Breda Mascarenhas, gerente do Senai POR carolina mendonça Fotos João Alvarez SENAI investe em atuação mais complexa, voltada para a inovação industrial Laboratórios do SENAI desenvolvem atividades de pesquisa e inovação Desafio estratégico C om uma longa experiência em formação e qualificação profissional, o SENAI-BA consolidou-se pela qua- lidade educacional voltada para o mercado de trabalho na indús- tria. Há mais de uma década, no entanto, a instituição vem sendo reconhecida também pelos ser- viços técnicos e tecnológicos que oferece ao setor e pelos projetos de desenvolvimento de produtos e processos como solução às de- mandas dos empresários. O cres- cimento acelerado no número e valor desses projetos impôs à casa o seu maior desafio estratégico: transformar uma atuação predo- minantemente educacional em um portfólio mais complexo de supor- te à inovação industrial no estado. A escolha da unidade mais avançada do SENAI, o Centro Inte- grado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), como uma das três insti- tuições de referência para o desen- volvimento de projetos da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) reforçou es- ta mudança de visão de futuro e apontou o centro como local ideal para a concentração das atividades de pesquisa e inovação. “A opera- cionalização da Embrapii envolve grandes empresas como montado- ras, empresas químicas, petroquí- micas, da área de alimentos, dentre outras, e seus projetos de inovação precisavam de um ambiente pro- pício às apostas no principal ativo das empresas: seus produtos, pro- cessos e imagem”, conta o gerente do Núcleo Estratégico do SENAI, Luis Alberto Brêda Mascarenhas. Desde a sua criação, em 2002, o Cimatec vem confirmando sua vocação de centro difusor de co- nhecimento e inovação na produ- ção de soluções para a indústria. Em 2007, a unidade ganhou novas áreas de competência com a inau- guração do prédio II, passando a atender demandas com um apro- fundamento maior em algumas áreas de interesse do estado, co- mo automotiva, transformação de plástico, mecânica de precisão e microeletrônica e eletrônica em- barcada. Já em 2010, abrigou os novos programas de mestrado e doutorado, que já estão bem ava- liados pela Capes. Em 2012, iniciou-se a mudança dos núcleos de projetos de outras unidadesparalá.Ocentrotambém recebeu o Escritório de Projetos do SENAI, um núcleo que criou uma metodologia para acompanhar de- senvolvimento e resultados e, em abril deste ano, deve inaugurar uma incubadora com o objetivo de estimular o surgimento de em- presas que aplicam conhecimento no aperfeiçoamento ou desenvol- vimento de novos produtos, pro- cessos e serviços tecnológicos. “A implantação da incubadora vai reforçar a cadeia produtiva, ga- rantindo que serviços de alto valor agregado, normalmente feitos fora do país ou no eixo Rio-São Paulo, possam ser realizados e internali- zados pela indústria baiana”, ava- lia Mascarenhas. NOVAS DEMANDAS O investimento intensificado nessas atividades, que envolvem estudos, pesquisa aplicada, tes-
  • 17. Bahia Indústria  17 tes, projeções, desenvolvimento de novos processos e protótipos de produtos eleva o SENAI a outro patamar no atendimento às solici- tações da indústria baiana com o objetivo de ganhar mais competi- tividade: o de centro tecnológico. Apesar da concentração no Cima- tec, esta função de propulsor do conhecimento se estende às sete unidades da instituição (duas em Salvador, e uma em Lauro de Freitas, Feira de Santana, Ilhéus, Barreiras e Luís Eduardo), além das cinco agências de apoio nos municípios de Camaçari, Vitória da Conquista, Itabuna, Jequié e Teixeira de Freitas. Esta nova realidade, que come- çou a ser construída há mais de uma década, porém, não faz com que a instituição abandone sua missão de preparar pessoas para o mercado de trabalho por meio de cursos e capacitações de alta qualidade. Uma prova disso é a criação de novas graduações, cur- sos de pós-graduação e ampliação de vagas ofertadas por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pro- natec). “O SENAI-BA continuará inovando em uma velocidade compatível com a nossa indústria e esta visão é compartilhada com toda a força de trabalho, que está comprometida e motivada com es- te processo de contínua mudança e transformação”, confirma Luis Alberto Breda Mascarenhas. [bi]
  • 18. 18  Bahia Indústria manutenção do Indicador de Confiança do Empre- sário da Indústria (Icei), na casa de 57,3 pontos, nos últimos meses, indica que os empresários ainda não estão seguros da retomada do crescimento da indús- tria. O índice, divulgado em 18 de março pela Confe- deração nacional da Indústria (CNI), caiu em todas as regiões do país, em todos os portes e segmentos do setor, sendo que a maior queda foi registrada na indústria extrativa, onde houve retração de 3,9 pontos em relação a fevereiro. A expectativa dos empresários industriais baianos, medida pela Sondagem Industrial – Bahia, pela Superintendência de Desenvol- vimento Industrial (SDI) da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), reflete os números nacionais. O índice de fevereiro deste ano, em relação à demanda, é de 57,8 pontos percentuais, 54% em relação à projeção de exportações, 53,4% em relação à compra de matéria-prima. Apenas o índice de expectativa quanto ao número de empregados ficou negativo: 49,3 pontos. Outro indicador que chama a atenção é o que mede a capacidade instalada (UCI). Os empresários baianos relataram ociosidade da in- dústria baiana em fevereiro, com UCI efetiva abaixo do usual para o período analisado: 41,9 pontos. A ociosidade é reflexo da queda de produção industrial, registrada nos três primeiros meses de 2013, situando-se na casa dos 45%, que afetou, especialmente, as pequenas e médias empresas. LOGÍSTICA E TRIBUTOS Os levantamentos traduzem uma preocupação do presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e vice presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José de Freitas Masca- Cenário e expectativas O empresariado baiano está cauteloso e em alerta em relação ao sobe e desce dos números que monitoram a atividade econômica POR Patrícia moreira Fotos João Alvarez
  • 19. Bahia Indústria  19 MateusPereira/Coperphoto/SistemaFIEB Luiz de Oliveira, do Sindiplasba: “Indústria de plástico vive cenário chinês”
  • 20. 20  Bahia Indústria renhas, sobre a perda de competi- tividade da indústria. Para Mas- carenhas, que também preside o Conselho Permanente de Infraes- trutura da CNI, os gargalos eco- nômicos e logísticos insistem em minar a produtividade e a compe- titividade da indústria brasileira. Segundo ele, a redução do cres- cimento e a baixa produtividade industrial são reflexos do excesso de encargos, carência de infra- estrutura logística, guerra fiscal e redução da demanda interna- cional. “O Brasil vem perdendo substância na indústria de trans- formação, por isso afirmo que fa- zer indústria é ter paixão, pois o desempenho não é estimulante para os investidores”, declarou durante coletiva à imprensa baia- na, em janeiro. Um dos segmentos que vêm experimentando mais de perto os efeitos destas variantes é a indús- tria metalúrgica e mecânica, que está à margem dos pacotes de in- centivos oficiais distribuídos pelo governo para desonerar os inves- timentos e reduzir a carga tributá- ria do setor produtivo. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúr- gicas e Mecânicas da Bahia (Sim- meb), Alberto Cánovas, para be- neficiar o setor, é preciso reduzir a carga tributária para os ativos imobilizados, que, segundo ele, é uma cobrança que existe apenas no Brasil. “Se o governo dá incentivos à Ford, por exemplo, eles não atin- gem quem fabrica os bens imobili- zados para fornecer à indústria au- tomobilística. Com isso, as empre- sas nacionais ficam sem condições de concorrer com as fabricantes estrangeiras, que vendem os mes- mos equipamentos importados por “As empresas nacionais ficam sem condições de concorrer com as estrangeiras, que vendem os mesmos equipamentos importados por um custo menor. Sai mais barato importar do que comprar um produto onerado pela tributação. Isso enfraquece a indústria nacional Alberto Cánovas, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Mecânicas da Bahia (Simmeb) um custo menor. Sai mais barato importar da China ou da Turquia do que comprar um produto onera- do pela incidência de PIS, Confins e outros tributos. Isso enfraquece a indústria nacional”, analisa. Os reflexos se fazem sentir no aumen- to da inadimplência por parte das empresas do ramo, que está na casa dos 30%, índice que Cánovas considera elevado, considerando o histórico do setor. CENÁRIO CHINÊS A indústria de plásticos, que juntamente com a de artigos em borracha, cresceu 12,1% no volume de produção física da indústria de transformação, medido mensal- mente pelo IBGE (janeiro 2013), projeta um crescimento entre 5% e 6% para este ano. “Levantamen- tos internos revelam que entre 2011 e 2012 tivemos um crescimento de 6% e para este ano a perspectiva é boa. Temos o que se convencionou chamar um cenário chinês”, ilus- trou Luiz Antonio de Oliveira, pre- sidente do Sindicato das Indústrias de Plástico da Bahia (Sindiplasba). Nogeral,napesquisaquemoni- tora a indústria de transformação, a Bahia registrou um crescimen- to de 4,5% em 2012, enquanto no plano nacional houve uma desa- celeração de 2,8%. Os setores que atingiram melhores resultados foram os de produtos químicos e petroquímicos, refino e borracha e plástico, que registraram aumento da produção entre 5% e 10%. Em seguida, vêm os setores de produção de veículos automoto- res (1,2%), minerais não-metáli- cos (3,4%) e alimentos e bebidas (1%). O desempenho negativo ficou por conta da indústria de metalurgia básica, que registrou queda de 9,9%.
  • 21. Bahia Indústria  21 INVESTIMENTOS Mauro Pereira, superintendente do Comitê de Fo- mento Industrial de Camaçari (Cofic), reitera que os empresários do Polo de Camaçari, que concentra o parque automotivo e a indústria química e petroquí- mica, mantêm uma postura cuidadosa em relação ao cenário econômico. Mas como também faz parte do perfil do empreendedor não alimentar o pessimis- mo, e apesar de toda a conjuntura de desaceleração econômica internacional e estagnação de algumas economias de peso, ele revela que a perspectiva de atração de novos investimentos para o Polo é uma re- alidade e serve de termômetro para medir o clima de expectativa da indústria. O interesse pela Bahia é forte e isso se revela pela grande procura por parte das indústrias nacionais e estrangeiras. No início de março, por exemplo, o Cofic recebeu representação de uma indústria alemã, inte- ressada em expandir seus negócios com uma unida- de na Bahia. No ano passado, a Jac Motors confirmou seus investimentos em uma fábrica em Camaçari, gerando novas oportunidades e empregos e fortaleci- mento da cadeia automotiva. “O Polo continua sendo bastante procurado pois a área de Camaçari tem um grande apelo que é a vanguarda em relação à questão ambiental, não só gerenciamento, mas de estrutura, criada pela Cetrel”, explica Pereira. Outro segmento que vem dando uma nova configu- ração ao complexo industrial é o de energia eólica, que promete ser um dos novos vetores de crescimento do polo. Mas Mauro Pereira faz questão de reafirmar que a indústria vem perdendo competitividade em razão da infraestrutura inadequada e do excesso de carga tribu- tária, que podem ter reflexos no longo prazo. CELULOSE O setor de celulose é um dos que podem ter seus investimentos comprometidos em razão das dificul- Indústria de alimentos e bebidas vem tendo desempenho positivo
  • 22. 22  Bahia Indústria dades de logística do estado. O presidente do Sin- dicato da Indústria de Papel e Celulose e Papelão (Sindpacel), Jorge Cajazeira, considera que a atual infraestrutura viária e portuária da Bahia pode dificultar a realização de novos investimentos. Em 2012, o setor fechou o ano registrando um aumento de 3,2% na produção na Bahia (PIM-BA/IBGE). A Suzano, por exemplo, cresceu em torno de 2% em 2012 em relação a 2011. Com as recentes mudan- ças nos planos de expansão da companhia, anun- ciados no último dia 13 de março, pelo presidente Walter Schalka, que determinou a suspensão de R$ 4,3 bilhões em investimentos previstos para es- te ano, a fabricante de papel e celulose deverá se dedicar a aplicar recursos na melhoria operacional das fábricas já instaladas. Um exemplo é a implan- tação de uma caldeira de biomassa, na unidade de Mucuri, no extremo-sul da Bahia, que visa a redu- ção de gargalos. Apesar do freio nos investimentos anunciado pela Suzano, o setor de celulose vive uma boa fase. Em abril, está previsto o início das atividades da unidade da Kimberly-Clark em Camaçari, que rece- beu R$ 100 milhões em investimentos. Em relação à produção brasileira de celulose e papel em 2012, o volume se manteve estável, na comparação com 2011. De janeiro a dezembro foram produzidas 13,8 milhões de toneladas de celulose (-0,2%) e 10,1 milhões de toneladas de papel (0,2%), conforme pesquisa da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). Na exportação, houve uma queda de 7,4% em relação ao valor de 2011. Foram exportadas 8,5 milhões de toneladas de ce- lulose e 1,8 milhão de toneladas de papel, princi- palmente para a Europa, China e América do Norte. AUTOMOTIVO O setor automotivo, que fechou o ano de 2012 com crescimento de 6,11%, em especial na comer- cialização de automóveis e veículos comerciais le- ves, espera por resultados um pouco mais modes- tos em 2013. As vendas devem sofrer os efeitos da suspensão da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que a partir de junho volta a ser cobrado sem desconto na alíquota. A Federação Nacional de Distribuição de Veí- culos Automotores (Fenarave) trabalha com uma projeção de crescimento da ordem de 2,8%. Isso, levando em consideração o crescimento do PIB em 3%, conduzindo a uma retomada positiva do ritmo da economia e melhoria da renda familiar e manu- tenção do emprego. Em investimentos, a Bahia soma US$ 2,5 bi- lhões para o setor nos próximos anos, incluindo a ampliação e instalação da JAC Motors, que produ- zirá 100.000 carros/ano, em 2014, e de fabricantes de componentes e autopeças. [bi] Setor automotivo deve sofrer efeitos do fim da isenção do IPI
  • 23. Os preços das tarifas de água e esgoto são aponta- dos como um entrave à competitividade da indústria brasileira e baiana. Para discutir o tema, a Superin- tendência de Desenvolvimento Industrial da FIEB convidou a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) para participar da Reunião Conjunta dos Conselhos de Infraestrutura (Coinfra), Responsabi- lidade Social (Cores), Desenvolvimento Industrial (Cedin), de Meio Ambiente (Comam) e de Assuntos Fiscais e Tributários (Caft), realizada em janeiro. O encontro teve como tema a Água como Fator de Competitividade Industrial e discutiu os aumentos das tarifas dos serviços. Em 10 anos (2002-2012), os reajus- tes representaram um aumento médio de 230%, muito acima dos praticados pelas suas congêneres, que foi de 90,81%, enquanto a inflação foi de 34,89%. A FIEB reconhece que a oferta de abastecimento de água e esgotamento sanitário foi ampliada, seguindo o objetivo do governo estadual de universalização dos serviços na Bahia até 2040. Esta “conta”, porém, está sendo paga pelos atuais usuários do sistema e a expansão da rede demandará um esforço concen- trado de investimentos e de manutenção da operação pelos cidadãos e empresas. Na visão da Federação, a Embasa deve contar com subsídios do estado para fazer os investimentos. Bahia Indústria  23 conselhos Encontro analisa impacto das tarifas de água e saneamento na indústria Representantes da Embasa e dos conselhos discutiram impacto da tarifa de água na indústria Evandro Mazo (sentado, D) e os integrantes do novo conselho FIEB colabora para a Agenda Legislativa A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) é uma das 27 federações que participaram, por meio de seus conselhos temáticos, da elaboração da Agenda Legislativa da Indústria – 2013, publicada anualmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com previsão de ser publicada em abril, a 18ª edição reflete os anseios da indústria em relação aos projetos que tramitam no Congresso, levando os con- ceitos, posicionamentos e temas que são prioridade para o setor e que também vão servir como respaldo para ações em defesa de seus interesses. Além das 27 federações, a elaboração da agenda contou com a contribuição de 60 associações de em- presas. Juntas, elas opinaram sobre 4 mil projetos que tramitam em Brasília. Foto: Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB Novas lideranças Os conselhos e comitês temáticos da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) ganharam uma nova representação. Trata-se do Comitê de Jovens Li- deranças Industriais (CJLI), que realizou sua primei- ra reunião oficial no dia 20 de fevereiro. Ele é com- posto por Eduardo Faria Daltro (coordenador), Hilton Barbosa Lima Filho, Lizi Pessoa Buzanelli, Murilo Vilpert, Nayana Carvalho Pedreira, Ricardo Cohim e Rodrigo Barbosa Paolilo. Na primeira reunião, o superintendente de Desen- volvimento Industrial, João Marcelo Alves, apresentou a Diretoria Executiva do Sistema FIEB e a estrutura funcional dos Conselhos Temáticos. Também foram elencadas as prioridades a serem trabalhadas no Pro- grama de Ação de 2013, dentre outras deliberações.
  • 24. 24  Bahia Indústria indústria naval C om obras em fase de terraplenagem e de dra- gagem de aprofundamento para construção do cais de atracamento e do dique-seco, o Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP) movi- menta o Recôncavo baiano. Formado por um consór- cio das empresas Odebrecht, OAS, UTC e a KHI (Ka- wasaki Heavy Industries Ltd.), o estaleiro representa investimentos de R$ 2,6 bilhões e produzirá navios, sondas de perfuração e plataformas, processando até 36 mil toneladas de aço por ano. O início das ativida- des em Maragogipe está previsto para 2014. No estaleiro serão construídos seis navios-sonda, contratados pela empresa Sete Brasil, com vistas à exploração do pré-sal. De acordo com o diretor de Relações Institucionais do EEP, Humberto Rangel, a última entrega está prevista para 2015. Cada plata- forma terá capacidade de produzir até 150 mil barris de petróleo por dia e comprimir 7 milhões de metros cúbicos de gás natural diariamente. As oportunidades de negócios para as empresas interessadas em fornecer produtos e serviços para o empreendimento foram apresentadas durante evento Oportunidades para a Empresários baianos conhecem chances de negócios com Estaleiro do Paraguaçu Por Marta Erhardt Divulgação
  • 25. Bahia Indústria  25 realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). “Este encontro é uma con- vocatória para que os empresários aqui presentes se unam a nós nesse desafio, que envolve o fornecimen- to de produtos e serviços, além da qualificação de mão de obra”, afirmou Rangel. Os empresários assistiram a um ciclo de palestras ministrado por executivos do EEP. O diretor de im- plantação do estaleiro, João Cândido, enumerou as demandas de produtos e serviços terceirizados para o empreendimento, como o serviço de manutenção pre- dial, produtos e assessórios de aço, como escotilhões, passarelas, escadas de acesso; além de produtos de tubulação e voltados para a parte elétrica. Na abertura do evento, o presidente da FIEB, José de Freitas Mascarenhas, destacou a importância da instalação do estaleiro na Bahia. “Com o desenvol- vimento da indústria naval, precisamos discutir a instalação de uma cadeia de fornecedores. Este é um empreendimento chave para que possamos desen- volver um polo de metal mecânica no nosso estado”, pontuou. Ele ressaltou que existem, no momento, vários projetos na área de offshore no país, muitos dos quais não terão capacidade de se manter. Mas segundo ele, o EEP, da forma como foi concebido, tem tudo para ser um empreendimento duradouro. "Todos nós te- mos que colaborar para que o estaleiro do Paraguaçu seja eficiente e competitivo", afirmou. O presidente da FIEB disse, ainda, que o SENAI-BA tem compromisso para treinamento de mão de obra destinada ao em- preendimento, que deve gerar 5 mil empregos diretos e 10 mil indiretos. Já o secretário da Indústria Naval e Portuária do Estado da Bahia, Carlos Costa, ressaltou que o EEP é um dos maiores projetos privados em andamento no país e representa um momento de revitalização da in- dústria naval brasileira. QUALIFICAÇÃO Na oportunidade, o superintendente do IEL-BA, Armando Neto, apresentou aos empresários o Progra- ma de Qualificação de Fornecedores (PQF), desenvol- vido pelo IEL com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva, atendendo às exigências das empresas compradoras. O programa é dividido em quatro etapas, que in- cluem treinamento e consultoria em áreas como ges- tão da qualidade, saúde e segurança no trabalho e gestão da inovação. Entre as empresas patrocinado- ras do PQF estão a Petrobras, Bahia Mineração, Vera- cel, Vale e Deten Química. O superintendente do IEL destacou, ainda, o Pro- grama de Fortalecimento da Cadeia de Fornecedores da Indústria de Petróleo e Gás Naval da Bahia, que deve ser lançado ainda no primeiro semestre de 2012. “Esse programa vai subsidiar a capacitação de em- presas desta cadeia, com o objetivo de fortalecer a competitividade, principalmente das pequenas e mé- dias empresas”, destacou. [bi] Área onde está sendo implantado o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, na região de Maragogipe
  • 26. 26  Bahia Indústria indicadores  Números da Indústria Desempenho da indústria baiana é destaque nacional O crescimento de 4,5% registrado em janeiro, na taxa anualizada, superou a média nacional, que ficou negativa em 2,1% A produção da indústria de transformação da Bahia apresentou em janeiro, de acordo com a taxa anualizada, crescimento de 4,5%, o mesmo percentual registrado em dezembro de 2012. Dessa for- ma, mantém a trajetória de recu- peração da atividade industrial, conforme levantamento feito pela Superintendência de Desenvolvi- mento Industrial da FIEB, a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ranking dos 13 estados pes- quisados pelo IBGE, seis deles apresentaram desempenho posi- tivo: Bahia, Minas Gerais (2,5%), Goiás (2,1%), Pernambuco (0,6%), Ceará (0,4%) e Pará (0,2%). Os de- mais estados registraram desem- penho negativo: São Paulo (-3,0%), Rio de Janeiro (3,5%), Paraná (-5,5%), Rio Grande do Sul (-4,8%), Santa Catarina (-1,9%), Amazonas (-7,4%) e Espírito Santo (-10,5%). Dos oito segmentos pesquisa- dos na Bahia, nada menos que sete apresentaram resultados positivos: Borracha e Plástico (12,1%), Produtos Químicos/Pe- troquímicos (7,7%), Celulose e Papel (7,4%), Refino de Petróleo e Produção de Álcool (5,7%), Veícu- los Automotores (4,5%), Minerais Não-Metálicos (3,0%) e Alimentos e Bebidas (0,3%). Apenas o seg- mento de Metalurgia Básica regis- trou queda na produção (-9,1%),
  • 27. Bahia Indústria  27 devido à parada programada para modernização e ampliação da Pa- ranapanema, de 21 de maio a 6 de agosto de 2012. Na comparação de janeiro de 2013 com igual mês do ano passa- do, a produção física da indústria de transformação baiana apresen- tou crescimento de 7,8%, superan- do a média Brasil (5,9%). Naquele mês, seis dos oito segmentos pes- quisados registraram crescimento da atividade: Veículos Automo- tores (45%, influenciado pela ba- se de comparação deprimida de 2012), Celulose e Papel (32,3%, por conta da expansão na produção de celulose e papel não revestido para usos na escrita e impressão), Borracha e Plástico (22,4%, em razão do incremento na produção de garrafões, garrafas e frascos de plástico), Refino de Petróleo e Produção de Álcool (13,8%, pela maior fabricação de óleo diesel, outros óleos combustíveis e ga- solina automotiva), Metalurgia Básica (8,8%, com incremento na produção de barras, perfis e verga- lhões de cobre) e Produtos Quími- cos/Petroquímicos (0,2%). Por outro lado, verificou-se que- São Paulo 5,3 -3,0 Minas Gerais 10,2 2,5 Rio de Janeiro 18,7 -3,5 Paraná -3,9 -5,5 Rio Grande do Sul 1,9 -4,8 Bahia 7,8 4,5 Santa Catarina 3,1 -1,9 Amazonas -2,2 -7,4 Espírito Santo -16,4 -10,5 Pará -3,7 0,2 Goiás -3,5 2,1 Pernambuco 1,6 0,6 Ceará 15,4 0,4 Brasil 5,9 -2,1 Fonte IBGE; elaboração Fieb/SDI Estados Variação (%) jan13/jan12 Fev12-Jan13/ Fev11-Jan12 produção física por estados: indústria de transformação da indústria de transformação da Bahia alcançou 4,5%, após ter registrado queda de 4,5% em de- zembro de 2011, mantendo a traje- tória de recuperação da atividade industrial. No ranking dos 13 estados que participam da pesquisa, cinco es- tados apresentaram desempenho positivo: Bahia, Goiás, Minas Ge- rais, Pernambuco e Pará. Os ou- tros oito estados que registraram resultados negativos foram: Espí- rito Santo, Amazonas, Rio de Ja- neiro, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Ceará. Na Bahia, dos oito segmentos pesquisados, apenas um apresen- tou desempenho negativo: Meta- lurgia Básica (-9,9%, em função, sobretudo, da parada programada de modernização e ampliação da Paranapanema). Por outro lado, apresentaram resultados positivos os segmentos: Borracha e Plásti- co (10,8%), Produtos Químicos/ Petroquímicos (9,9%), Refino de Petróleo e Produção de Álcool (5,2%), Minerais Não-Metálicos (3,4%), Celulose e Papel (3,2%), Veículos Automotores (1,2%) e Ali- mentos e Bebidas (1%). [bi] da na produção de Alimentos e Bebidas (-3,9%, com recuo da pro- dução de refrigerantes, leite em pó, óleo de soja bruto, farinhas e “pel- lets” da extração de óleo de soja e tortas, bagaços e farelos da extra- ção do óleo de soja) e Minerais Não- -Metálicos -3,9%, por conta da me- nor produção de ladrilhos e placas de cerâmica para revestimento). Já em dezembro de 2012, a ta- xa anualizada da produção física JAN JUL FEV MAR ABR MAI JUN AGO SET OUT NOV DEZ 130 135 140 125 120 115 110 105 100 95 Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14); base = 100 (média 2002) BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2011 - 2013) 2012 2011 2013
  • 28. 28  Bahia Indústria Entrevista  Rosemma Maluf “Salvador tem que voltar a ser boa para morar e fazer negócios” Empresária que comanda a Secretaria da Ordem Pública de Salvador revela o que a motivou a aceitar o desafio e como vem conduzindo a gestão da pasta Como surgiu o convite para a Se- cretaria Municipal de Ordem Públi- ca (Semop), a antiga Sesp? Eu não tinha uma vivência na po- lítica, não sou filiada a qualquer partido político. Meu nome surgiu por indicação da classe empresa- rial baiana e foi levado a ACM Neto pelo deputado federal Jutahy Ma- galhães Jr. Reuni-me com o prefei- to para conversar e logo depois fui chamada a assumir o cargo. Perce- bi que o cargo era um desafio e que tinha condições de me afastar das minhas atividades empresariais para contribuir com minha expe- riência em gestão. Assumi com o compromisso de ajudar a fazer da cidade um bom lugar para se viver e fazer negócios, baseada no tri- pé do desenvolvimento formado pela sociedade civil organizada, empresariado e governo. Venho com muito entusiasmo. Aliás, o empresário só vem para o setor público por este motivo, porque todo mundo sabe que a área não remunera bem. Estou colocando à disposição minha capacidade em- preendedora, visando melhorias na infraestrutura, no bem-estar, no lucro social. Quais as principais dificuldades enfrentadas nesses primeiros me- ses à frente do órgão? C om uma longa experiência em gestão empresarial e atuação ativa em entida- des representativas, como a Associação Comercial da Bahia e o Conselho da Micro e Pequena Empresa Industrial (Compem) da FIEB, Rosema Maluf não pensa- va em assumir um cargo no setor público até ser convidada para di- rigir a Secretaria Municipal de Or- dem Pública. Nesta entrevista, ela conta quais os principais desafios que tem pela frente. POR carolina mendonça Fotos João Alvarez
  • 29. Bahia Indústria  29 “Estou co- locando à disposição do municí- pio minha capacidade empreende- dora, visando melhorias na infraestrutura Para quem, como eu, vem da ini- ciativa privada, o maior impacto é na gestão. Encontramos a secreta- ria sem infraestrutura para exercer a sua missão, que é basicamente fiscalizar e ordenar a cidade. Não temos um sistema de Tecnologia da Informação, equipamentos, nem pessoal suficiente para fazermos uma gestão integrada. E, sob o nosso guarda chuva, estão os ser- viços de coleta de lixo, iluminação, a administração de dez cemitérios, feiras e mercados, a Salvamar, a Guarda Municipal e a Codecon. A insegurança jurídica, o acúmulo de lixo e a sensação de desordem em Salvador foram alvo de duras críticas na gestão passada. Como estas questões estão sendo trata- das agora? A insegurança jurídica gerada em relação ao uso do solo não é objeto de trabalho direto da nossa secre- taria, mas como empresária vejo que os negócios precisam de um ambiente propício para prosperar, com estabilidade, critérios claros e a garantia de que as regras não vão mudar a cada governo. O empresá- rio quer segurança para investir. Em relação à coleta de resíduos, encontramos a cidade com 60 mil toneladas de lixo acumulado do período de agosto a dezembro de 2012. Fizemos um plano de ação junto com os consórcios responsá- veis pela coleta e já estamos regu- larizando o serviço. Outra questão grave era o descarte de entulho, que estava sendo feito de forma irregular por falta de fiscalização. Para se ter uma ideia, tínhamos apenas uma fiscal que atuava sem veículo. Agora, contamos com 20 equipes organizadas e pretende- mos aumentar o número de Pontos de Descarte de Entulho (PDE), pois hoje só temos dois: um no Itaigara e outro no Vale das Muriçocas. E sobre a situação de desordem? Este é um dos nossos grandes de- safios. Estimamos que Salvador tenha hoje mais de 40 mil ambu- lantes informais sem licença. Le- galizados, há oficialmente cerca de 11.500. Nos pontos críticos – Av. Sete, passarela do Iguatemi-Rodo- viária, Calçada, etc. – o pedestre perdeu seu lugar de direito, o pas- seio, e disputa espaço com os car- ros na rua. Mas isso vai mudar. Es- tamos estruturando projetos com a Fundação Mário Leal Ferreira e parcerias com o Sebrae para qua- lificar os trabalhadores e adequá- -los à legislação. Foram oito anos em que tudo era permitido. Acho que era uma decisão política não fiscalizar ambulante. Há pontos críticos onde o passeio não é mais do pedestre, como Av. Sete, as pas- sarelas (Iguatemi), o Relógio de São Pedro, Rótula da Feira, em Ca- jazeiras. Temos poucos agentes de fiscalização, apenas 150 para todo o uso do espaço público, e um orça- mento insuficiente (R$ 378 milhões para este ano), mas vamos fazer ações para orientar e ordenar. A se- cretaria vem também com a missão de mudar a cultura, de estimular a população a cuidar do que é públi- co, do que é seu e de todos. Durante a campanha eleitoral, ACM Neto defendeu a municipali- zação do Porto de Salvador. Qual a sua opinião? Eu defendo a municipalização ou estadualização do Porto. A ges- tão deve estar próxima de quem o utiliza. Quando a gestão fica distante, como hoje, feita pelo governo federal, esses gestores nem sempre têm o sentimento da realidade e as decisões são muito demoradas. Além disso, o governo administra vários portos, então há questões político-partidárias que interferem nos investimentos. Os grandes portos do mundo têm ad- ministração municipal ou estadu- al; é uma tendência mundial, que acredito ser a mais adequada. [bi]
  • 30. 30  Bahia Indústria P ara a Setel Serviços de Ter- raplenagem e Empreendi- mentos Ltda., adequar a empresa às exigências da ISO 14001 e OHSAS 18001 era um desafio. A empresa já havia ten- tado colocar em prática, por duas vezes, as normas de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS), sem sucesso. A AMG Engenharia Ltda., do Espírito Santo, já detinha toda a documentação necessária para certificação nestas normas, mas Programa conclui curso de capacitação Petrobras, Prominp e SESI qualificaram fornecedores da Petrobras na área de gestão em segurança, saúde e meio ambiente Por Patrícia Moreira (FIEB). Estiveram presentes o co- ordenador executivo do Prominp, Paulo Sérgio Rodrigues Alonso, a gerente executiva de Engenharia, Tecnologia e Materiais Corporati- vos da Petrobras, Renata Baruzzi Lopes, e o superintendente do SESI Bahia, Wagner Fernandes. Os resultados positivos do cur- so de capacitação dos fornecedo- res da Petrobras em SMS habilita- ram a experiência a figurar como modelo a ser adotado em outros faltava o comprometimento dos colaboradores para que as orientações passassem a fazer parte da rotina da empresa. Para estas duas empresas e outras 11, este proble- ma somente foi sanado após a capacitação oferecida pela Petrobras no Programa de Desenvolvimento de Fornecedores da Engenharia (PDFE). Resultado de uma parceria entre o Programa de Mobilização da In- dústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) e o Serviço Social da Indústria (SESI Bahia). A diplomação e a premiação das empresas que mais se destacaram ocorreram no dia 21 de fevereiro, na se- de da Federação das Indústrias do Estado da Bahia
  • 31. Bahia Indústria  31 estados, conforme avaliou Paulo Alonso. Já Renata Baruzzi come- morou a melhoria do desempenho dos fornecedores: “Agora, eles estão habilitados a participar de processos licitatórios que reque- rem um desempenho de SMS mais elevado. Para a Petrobras é bom, porque aumenta a competitivida- de de nossas estações.” O superintendente do Serviço Social da Indústria, Wagner Fer- nandes, observou que o programa está alinhado com a missão do SESI de promover a qualidade de vida e o ambiente saudável para o trabalhador da indústria. Os resultados foram atestados pelos alunos do curso e empresá- rios. Para Leonardo Cortizo, geren- te de SMS da Terrabras, o curso foi um diferencial. “Nós não tínhamos conhecimento técnico com a habi- lidade necessária para implantar o sistema de SMS”, explica. Tatiana Azevedo Olivaes, dire- tora da empresa e também aluna do curso, apresentou a experi- ência da Setel, destacando que o treinamento da equipe e a super- visão feita pela Petrobras e SESI permitiram os resultados alcança- dos. “A Petrobras acertou no alvo”, sintetizou. Também na avaliação da em- presária Maria da Graça Kelher Pesca, da AMG, a parceria entre as instituições e as empresas foi a chave do sucesso do programa, em especial, em razão das auditorias presenciais. A AMG, a AP Consul- toria e Projetos Ltda. e a Terrabras foram homenageadas por obterem as melhores avaliações de desem- penho. O diretor da AP, Alfredo Americano, ressaltou os ganhos obtidos; em especial, a melhoria na satisfação dos trabalhadores, redução de riscos e aumento da produtividade. CAPACITAÇÃO Participaram do programa as empresas que integram o Cadastro Corporativo da Petrobras, mas não detinham os requisitos técnicos em SMS. Para participar da capa- citação, as empresas convidadas se submeteram a três avaliações presenciais realizadas pela Petro- bras e pelo SESI e arcaram com 50% dos custos. Das 13 empresas da primeira turma, nove foram da Bahia, uma do Rio de Janeiro, duas do Espírito Santo e uma de Sergipe. Com a adaptação de seus am- bientes de produção às normas ISO 14001 e OHSAS 18001, as em- presas se habilitaram a participar das licitações da Petrobras e já es- tão recebendo convites para novos contratos, ampliando seus portfó- lios de negócios com a companhia. As demais empresas participan- tes foram: AF Engenharia, BNG Me- talmecanica, Construtora Lucaia, CPL Construtora, Ebrae, Lomater Locações e Serviços LTDA, Padrão Engenharia e Montagens, Pelir En- genharia e Minercon Mineração e Construções SA. [bi] Turma de profissionais qualificados no curso e os representantes da Petrobras, Prominp e SESI Fotos Valter Pontes / Coperphoto / Sistema FIEB
  • 32. 32  Bahia Indústria Programa discute temas relevantes para a indústria O vice-presidente da FIEB, Victor Ventin, e o diretor e coordenador do Conselho de Assuntos Fiscais e Tributários da instituição, Murilo Xavier, foram os entrevistados do programa Indústria em Foco, no Canal Assembleia, de março, sobre a competitividade da economia baiana, discutindo a carga tributária. No ar desde junho de 2012, o programa, elaborado em parceria com a Fundação Paulo Jackson, é uma iniciativa da Superintendência de Relações Institucionais (SRI) com o apoio da Superintendência de Comunicação Institucional (SCI) da FIEB. Os programas podem ser vistos no site www. canalassembleia.ba.gov.br e no portal da FIEB (www.fieb.org.br). painel SENAI-BA oferece cursos no Japão O SENAI-BA vai oferecer, ainda neste semestre, cursos a distância para brasileiros que vivem no Japão. Uma parceria firmada, no dia 18 de janeiro, em Tóquio, com o grupo educacional Kurazemi, administrador da Escola Alegria de Saber (EAS), vai viabilizar a realização dos cursos técnicos em Manutenção de Computadores e Redes de Computadores. De acordo com o gerente das áreas de Tecnologia da Informação e Desenvolvimento de Software do SENAI-BA, Adhvan Novais, os cursos técnicos vão atender à demanda reprimida por formação de brasileiros que vivem no Japão. Outro objetivo do curso é dar oportunidade para que eles possam voltar ao Brasil melhor capacitados para atuar na indústria nacional. As primeiras duas turmas terão até 20 alunos cada uma e a duração dos cursos é de 18 meses. Mais informações, acesse http://www.fieb.org.br/senai/ead/. Perspectivas de negócios com a Rússia Com o objetivo de estreitar as relações comerciais com a Bahia, 17 dirigentes de empresas e representantes do governo da Rússia participaram, dia 18 de fevereiro, na FIEB, do 1° Encontro de Negócios entre a Bahia e aquele país. Reunidos com secretários de estado e industriais baianos, eles conheceram o perfil da economia local e as oportunidades de comércio bilateral. Esta foi a primeira vez que um encontro com a finalidade de ampliar as relações comerciais entre os dois países foi realizado fora do eixo Rio-São Paulo. De acordo com o representante do Conselho Empresarial Rússia-Brasil, Aleksander Medvedovsky, este é um esforço do governo russo para que o empresariado brasileiro conheça seu mercado e proponha parcerias de interesse. Medvedovsky apresentou oportunidades empresariais Linha de produtos com couro ecológico A criação de uma linha de produtos em couro sustentável e socialmente responsável é um dos resultados da parceria entre SESI, SENAI e a indústria, que foi apresentada, nos dias 22 e 23 de fevereiro, na cidade de Ipirá, no interior da Bahia. Trata-se da linha Dominus Eco, desenvolvida por meio do Edital SESI/SENAI de Inovação 2011, dentro do Projeto Design Inovador. O projeto incluiu a capacitação de fornecedores em responsabilidade social e sustentabilidade para adoção de boas práticas e de processos de produção mais limpa (P+L). RobertoAbreu/Coperphoto/SistemaFIEB
  • 33. Bahia Indústria  33 ideias Por Reinaldo Sampaio A primeira é que a presidente Dil- ma Rousseff anunciará um novo sistema de financiamento a em- presas e instituições, orientado para a inovação e desenvolvimen- to tecnológico. Recursos da ordem de R$ 30 bilhões para crédito, re- cursos não reembolsáveis e coope- ração entre institutos, universida- des e empresas. A outra notícia é que, em janei- ro, a balança comercial brasileira registrou o seu maior déficit men- sal dos últimos 20 anos. Mesmo retirando o efeito das compras da Petrobras em 2012, lançadas em janeiro, o resultado é preocupante. Essa última evidencia a fragi- lidade de ter nas commodities a sustentação do comércio interna- cional; não pode ser seguro aquilo que, além de não incorporar eleva- do conteúdo tecnológico, não de- terminamos o preço de venda, sal- vo em específicas circunstâncias. A primeira notícia trata de uma ação para a construção do futuro, que se associa a outras, destacan- do-se: os novos marcos regulató- rios da infraestrutura, a criação da EPL (logística), o Programa Ci- ências sem Fronteiras, o Pronatec, o Prouni, os Institutos de Inova- ção e P&D do Sistema Indústria e a Embrapii. Ainda falta viabilizar a qualidade da educação básica, o desenvolvimento regional, a re- forma tributária e a desburocrati- zação do Estado, além da criação de novas “engenharias sociais” capazes de mobilizar o potencial criativo e produtivo de parcela im- portante da sociedade. Duas notícias e o futuro É preciso romper com a barreira da polarização modernização-mar- ginalização, diagnosticada por Celso Furtado como um dos obs- táculos ao desenvolvimento nacio- nal, dado que “o desenvolvimento em inovação e tecnologia está as- sociado a um sistema educacional conectado com a infraestrutura científica, permitindo a associação e adaptação das novas técnicas; o que requer um sistema de bem- -estar social resultante da melhor distribuição da renda nacional que diversifique os padrões de consu- mo da maioria da população”. Portanto, não se trata de um processo quantitativo, onde mais instituições e mais recursos pro- moveriam o desenvolvimento. Há aspectos qualitativos relaciona- dos à estrutura econômica, indis- pensáveis à obtenção e dissemina- ção de conhecimentos científicos, necessários para operar novas tec- nologias capazes de promover a destruição criadora decorrente de novos paradigmas tecnológicos, presentes em processo de catching up da economia. Na ciência e tecnologia, o Brasil se encontra em um estágio inter- mediário, caracterizado por certa capacidade de geração de conheci- mento científico, mas, com produ- ção tecnológica insuficiente para retroalimentar a produção cientí- fica (Albuquerque, 2009). A estra- tégia de desenvolvimento requer ações que superem essa armadilha do subdesenvolvimento, como de- finiu Furtado, de modo a tornar a ciência e a tecnologia determinan- tes do crescimento econômico. Vivemos uma era de oportuni- Reinaldo Sampaio é economista e vice-presidente da FIEB Vivemos uma era de oportunidades baseada no conhecimento e isso exige uma profunda transformação na sua produção e disseminação em todos os segmentos da sociedade “dades baseada no conhecimento e isso exige uma profunda transfor- mação na sua produção e dissemi- nação em todos os segmentos da sociedade, para tornar o Brasil um país de alto conteúdo de desenvol- vimento humano, interagindo com a inovação e a tecnologia. Nesse sentido, melhor que pulverizar os futuros recursos do pré-sal, seria usá-los para transformar a socie- dade e a economia, privilegiando segmentos estratégicos como a indústria de bens de capital, enge- nharias elétrica, eletrônica e am- biental, robótica, nano e biotecno- logia, biociência, novos materiais e aeronáutica, conforme proposto pelo Fórum Nacional do Instituto Nacional de Altos Estudos. Cada nação escolhe seu próprio caminho para o desenvolvimento, mas há algo em comum em todas aquelas que tiveram êxito: 1) Cli- ma de confiança mútua entre o setor público e privado; 2) Quanti- dade e qualidade da mão de obra e do estoque de capital e 3) O avan- çado estágio tecnológico em que ambos são operados. Quando esses fatores se asso- ciam, o “espírito animal” dos em- presários se manifesta e os inves- timentos crescem. [bi]
  • 34. livros leitura&entretenimento Gestão e gerenciamento O consultor em gestão e professor Paulo Sertek apresenta os passos e as habilidades para empreender com a propriedade de quem vivencia o empreendedorismo na prática. Ele estabelece um diálogo centrado em dez pontos fundamentais para a gestão e o gerenciamento de uma empresa. O livro traz ferramentas como estudos de caso, indicações bibliográficas, além de questões para revisar os conceitos abordados e temas para reflexão. Mostra intinerante no MAM O MAM Bahia recebe um recorte da mostra itinerante VideoBrasil, na Galeria 3 e na Capela. São obras premiadas da exposição Panoramas do Sul 2012-2013, como o vídeo As Aventuras de Paulo Bruscky (foto), de Gabriel Mascaro. A proposta da mostra é ampliar a visibilidade das obras do Festival Internacional de Arte Contemporânea, que premiou vídeos, pinturas e instalações. A mostra tem uma proposta educativa. Sustentabilidade O livro incorpora a sensibilidade e a cultura dos diferentes grupos de interesse, reunindo autores do universo acadêmico, do setor produtivo, do mundo político e das organizações não governamentais. A proposta é oferecer uma abordagem ampla, que cobre desde a visão global até os aspectos nacionais e locais dos temas. O objetivo é apresentar a importância da criação de valor econômico de forma que também atenda às demandas da sociedade. Empreendedorismo Paulo Sertek – IBPEX, 240 p. R$ 25 Desenvolvimento Sustentável 2012-2050 - Visão, Rumos e Contradições Fernando Almeida, Elsevier-Campus, 288 p. R$ 95 fotos Márzia Lima/divulgação divulgação 50 Anos de Arte na Bahia Baseado em publicações da crítica de arte Matilde Matos, 50 Anos de Arte na Bahia é composta por 60 obras de artistas baianos, exibindo um panorama de cinco décadas e seis gerações da arte visual na Bahia, a partir da introdução do Modernismo, com a chamada “Geração 45”. Seguindo uma linha de tempo, a exposição passa pelos anos 1950 a 1990, revelando nomes como Floriano Teixeira, Maria Adair, Márcia Magno, Bel Borba e Carybé. não perca Caixa Cultural, ter. a dom., das 9h às 19h, até 28/4. Gratuito. Av. Carlos Gomes, 57. Informações: (71) 3421-4200 não perca MAM, ter. a dom., das 13h às 19h, sáb, 13 às 21h, 11/4 a 12/5. Gratuito. Av. Contorno, Solar do Unhão. Informações (71) 3117-6139 exposição vídeo 34 Bahia Indústria