1. Princípios para análise de risco
ambiental
Deise M F Capalbo Embrapa Meio Ambiente
deise.capalbo@embrapa.br
2. Comentários preliminares
Importância de ratificar o Protocolo de Cartagena
•Transparência
•Percepção pública
•Posicionamiento
Custo de implantação e fiscalização
Custo da ilegalidade?
2
3. O que veremos
Conceitos importantes
Componentes da Análise
Breve histórico e Importância da
Análise
Itens de interesse
3
4. O que veremos
Conceitos importantes
Componentes da Análise
Breve histórico e Importância da
Análise
Itens de interesse
4
5. Conceitos
• Risco
• Efeito adverso
• Avaliação de risco
• Análise de risco
• Manejo e gestão de risco
5
6. Risco ?
Significados coloquiais (não técnicos)
– um resultado possível originado com o fato
fato = jogar bola; risco = quebrar uma vidraça
– uma possibilidade; a probabilidade de ocorrer
o resultado (probabilidade de que uma bola
chutada vá quebrar uma vidraça)
– as más consequências do resultado (castigo por
quebrar a vidraça)
6
7. Definição Técnica de Risco
A possibilidade (chance/ probabilidade) de que
uma ação (fator stress) provoque um efeito
adverso específico
• Tres elementos
– Probabilidade
– Fator stress
– Efeito adverso
• NÃO apenas o tamanho do efeito
7
8. Fator de stress
Qualquer entidade física, química ou
biológica que possa modificar
Anegativamente a estrutura ou função de
planta GM
Um produto da planta GM
um ecossistema.
O transgen
Identificação do fator
Identificação de um ou vários agentes que possam provocar
efeitos adversos no meio ambiente
As vezes polemico... 8
9. Efeito Adverso para o Meio
Ambiente
Mudanças que são consideradas indesejáveis
porque alteram as características de valor
estrutural ou funcional de ecossistemas ou
seus componentes.
Principais Propiedades
– Mudança(efeito)
– Indesejável (valor)
9
10. Efeito adverso
Redução do tamanho da população de uma praga
(lagarta do cartucho do milho)
Redução do tamanho da população de um predador
da Spodoptera em milho
Aumento de resistência da praga alvo
Mudança(efeito)
Indesejável (valor)
10
11. Risco
Redução do tamanho da populaçao de borboletas
monarca
Existe a probabilidade de 0,001% de que as populações
de monarcas sejam reduzidas em 0,02% por causa do
uso generalizado de milho nos EUA.
Probabilidade
Fator stress
Efeito adverso
11
12. Análise de risco é predizer os
limites de exposição “segura”
“Segura”: é uma segurança
razoável de não haver risco
significativo com base em dados
cientificos adequados …” –
Arthur Hayes - FDA
12
13. O que veremos
Conceitos importantes
Componentes da Análise
Importância da Analise
Itens de interesse
13
15. Conceitos
Avaliação de risco
Sistematização de informações disponiveis
com o objetivo de identificar
perigo/dano potencial e avaliar a
possibilidade de exposição.
MANEJO / GESTÃO DE RISCO
processo de seleção de políticas e ação regulatória
adequadas,
integrando resultados da avaliação de risco com
decisões sociais, econômicas e políticas.
15
16. Protocolos existentes (avaliação)
A metodologia muitas vezes segue o paradigma de
avaliação de risco convencional:
- identificação do potencial de dano (perigo)
- estudo dos efeitos do dano
- verificação das consequencias do dano
16
17. Etapas da avaliação do risco para OGM:
•descrição previa do OGM
http://en.biosafetyscanner.org/mostraevento.php?id=39
•propósito da liberação
• identificação do perigo / dano
•previsão da exposição
17
18. Principais situações de risco de uso de OGM
• Potencial de transferência de material genético
(fluxo gênico) (nem sempre é indesejável!)
• Instabilidade (fenotípica e genética)
• Patogenicidade, toxicidade, alergenicidade
• Potencial de sobrevivencia, estabelecimento e
disseminação (resistencia)
• Outros efeitos negativos sobre organismos não
alvo.
18
20. Principais situações de risco Componentes
AMBIENTAL & ALIMENTAR
Legislação
Organismo doador e
proteína expressa Estudos com
animais
Plantas
receptoras OGM
Efeitos adversos
Qualidade
nutricional
Impacto ambiental
Alergenicidad e/ Ecologia
Novos componentes Toxicidade Fluxo gênico
20
21. Identificar uma característica particular como un
perigo, não caracteriza um risco.
Un conjunto de informações
(como, onde, escala de uso ...)
Perigo/dano potencial
E
possibilidade de exposição
21
22. Análise de risco (Art. 15 – Protocolo Cartagena)
Princípios básicos: detalhes - Anexo III
Se trata de um processo comparativo,
baseado em resultados científicos,
caso a caso.
22
24. Métodos para confinamento do transgene
1. Criação de zonas de exclusão –
isolamento geográfico
2. Uso de barreiras físicas
3. Plantio de bordaduras não transgênicas
4. Adequação do trânsito de material
propagativo
5. Destruição de plantas voluntárias
V Congresso Brasileiro de Algodão
25. O que veremos
Conceitos importantes
Componentes da Análise
Breve histórico e Importância da
Análise
Itens de interesse
25
26. Porque avaliar impactos dos OGM?
Breve História
• Fenômeno pós II Guerra Mundial
• Enfoque inicial exclusivamente em saúde
humana
• Anos 60 – pesticidas e meio ambiente
• Anos 70 – contaminação ar e água
(fontes pontuais)
• Anos 80 – contaminação difusa/ não
pontual
26
27. Usos da Análise risco
Ambiental
• para dar apoio a tomada de decisões
ambientais
• para legitimar uma política ambiental
• para establecer a política ambiental
(avaliação de riscos comparativa)
27
29. Diagrama Conceitual - tradicional
(NRC 1983)
Exposição Efeito xi
Probabilidade
Risco li
Alta Baixa 29
Concentração do fator stress
30. Moderna
1. Formulação do Problema
2. Caracterização 3. Caracterização Análise
da Exposição dos Efeitos de Riscos
4. Caracterização
de Riscos
Estrategias de
Gestão de Gestão de Riscos
Riscos
Monitoramento e EPA 1998
EU 2002
Avaliação 30
32. Moderna
1. Formulação do Problema
2. Caracterização 3. Caracterização Análise
da Exposição dos Efeitos de Riscos
4. Caracterização
de Riscos
Estrategias de
Gestão de Gestão de Riscos
Riscos
Monitoramento e EPA 1998
EU 2002
Avaliação 32
33. Formulação do problema
Hipóteses de Risco
Vias de conexão entre o Fator stress e o
efeito adverso
33
34. Caracterização da Exposição
Caracterização da probabilidade de
ocorrencia de uma dada quantidade do
fator stress no ambiente em estudo.
É quando busco uma resposta para
“quão provável é que isso sucessa?”
34
35. Caracterização dos efeitos
Caracterização da probabilidade de um
efeito adverso, de determinada
gravidade segundo um determinado nível
de exposição
É o passo na determinação de “quão
provável seria esse problema?”
35
37. Caracterização do Risco
Realizada com base nos resultados de exposição e efeitos
Análise das incertezas
Porque se preocupar com as incertezas?
Uma avaliação honesta de risco (Burgman, 2005):
É fiel às hipoteses a aos tipos de incertezas incorporados
Carrega tais incertezas através da cadeia de calculos e juizos
Manifesta as incertezas e comunica de forma confiavel e transparente
Burgman , M.A. 2005 . Risks And Decisions For Conservation And Environmental Management. Cambridge.
Regan, Helen M., Yakov Ben-Haim, Bill Langford, William G. Wilson, Per Lundberg, Sandy J. Andelman, and Mark A.
Burgman. 2005. ROBUST DECISION-MAKING UNDER SEVERE UNCERTAINTY FOR CONSERVATION MANAGEMENT. 37
Ecological Applications 15:1471–1477. http://dx.doi.org/10.1890/03-5419
38.
39. Conhecimento cientifico vem de teste de
hipoteses
E não de comprovação de hipoteses
Nao é sempre possivel provar que a liberação de OGM
não apresenta risco a determinados itens que
queremos preservar.
Mas é possivel ter alta confiança de que a liberação de
OGM apresenta baixo risco (“é seguro”) após
rigorosos testes de hipóteses que predizem não
haver efeitos adversos sobre os itens que queremos
preservar
Reflexões transgênicas - Dr. Drauzio Varella 39
http://drauziovarella.com.br/wiki-saude/reflexoes-transgenicas
41. • A Comunicação de Risco - elemento da Análise de
risco
utilizada pelo Codex Alimentarius e em ações da FAO e
outras organizações governamentais internacionais.
41
42. Comunicação de riscos
• Como falar sobre riscos para as pessoas
– “Riscos” ou “Benefícios”?
– “Efeitos adversos” ou “Efeitos”?
– Político
– Científico
42
43. É importante que
quem “nos escuta” saiba:
• Há ciência como base
• A ciência deve ser a base aplicada para
analisar riscos
• complexidade de problemas
– como são examinados - análises, enfoques, …
Como comunicar isto? 43
44. Principal mensagem
Terrorismo
A comunicação de risco é cuanto son creados para
Riesgos aparecen tan rápido uma ferramenta nuevos
productos y tecnologías.
permitir a compreensão,
Tomar decisiones requiere comprensión de los riesgos y
é o vínculo entre o leigo e o especialista,
beneficios de la tecnología y de la sociedad.
E auxilia a todos na tomada de decisão baseada
em informações científicas
44
45.
46.
47. CONTROVERSIA
COMUNICAÇÃO DIFÍCIL
Não escuta (prestar atenção)
Escuta o que não foi dito (interpretação)
Informação negativa tem mais peso do que a positiva
(é mais fácil desinformar)
Dificuldade para aceitar questões científicas
Valor-noticia dos meios de informação é incompatível com as
Informações científicas
47
52. Ciencia como base para informar
Objetivo da comunicação
• Criar un ambiente de confiança e credibilidade
• Criar um canal de informação: que a audiência
esteja envolvida, interessada, orientação para
solução e colaboração
• Construir um ambiente de confiança com
profissionalismo, comprometimento e
especialização dos que comunicam / geram os
dados
52
53. A Comunicação de Riscos promove a
cultura científica ,
e não o convencimento
53
55. LEITURAS SUGERIDAS
Andrade, P.P. & Parrot, W. (ed.) Guía para la Evaluación de Riesgo Ambiental de Organismos
Genéticamente Modificados. ed 2012, 99p.
http://www.ilsi.org/Brasil/Documents/Gu%C3%ADa%20para%20la%20Evaluaci%C3%B3n%2
0de%20Organismos%20Gen%C3%A9ticamente%20Modificados.pdf
Arantes, O.M.N. [et al.]. Desenvolvimento de comunicação estratégica sobre biossegurança
de plantas geneticamente modificadas – o caso do projeto LAC - Biosafety no Brasil.
Jaguariúna, SP : Embrapa Meio Ambiente, 2011. 33 p. (Documentos / Embrapa Meio
Ambiente; 85).
Barroso, P. Biotecnologia do algodoeiro – situação atual no Brasil. V Congresso Brasileiro de
Algodão. http://www.cnpa.embrapa.br/produtos/algodao/publicacoes/trabalhos_cba5/298.pdf
Raybould A. 2006, Problem formulation and risk hypothesis testing for environmental risk
assessments of genetically modified crops. Environmental Biosafety Research, 5: 119-125
Raybould A. 2007. Ecological versus toxicological methods for assessing the environmental
risks of transgenic crops. Plant Science 173: 589-602.
Varella, D. Reflexões transgênicas. http://drauziovarella.com.br/wiki-saude/reflexoes-
transgenicas/
Lajolo, F. M. & Nutti, M.R. Transgênicos – Bases Científicas de sua Segurança”. 2011
55
56. Links de instituições públicas de interesse
www.lacbiosafety.org (espanhol / ingles / portugues)
www.gmoera.umn.edu (ingles)
www.biosseguranca.com (FIOCRUZ) (portugues)
www.anbio.org.br (portugues / ingles)
Popularização da C,T&I (portugues)
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/77596.html
Núcleo de Estudos da Divulgação Científica – FIOCRUZ (portugues)
http://www.museudavida.fiocruz.br/cgi -
Biotecnologia/Bioética (portugues)
http://mct.gov.br/index.php/content/view/6483.html
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57. www.un.org (ingles)
www.fao.org/biotech/abdc/backdocs/s
OECD -The Organisation for Economic Co-operation and Development
http://www.oecd.org/science/biosafety-biotrack/
GFAR Global Research System
www.egfar.org/egfar/website/gcard
OMS – WHO
www.who.int
NAS-National Academy of Science
www.nasonline.org/
NRC-National Research Council - www.nationalacademies.org/nrc/
http://www.gmo-safety.eu/en/
http://en.biosafetyscanner.org/mostraevento.php?id=39
57