2. Clonagem … Palavra recente para designar algo muito antigo. A palavra Clone foi criada em Biologia para designar indivíduos que se originam de outros, por reprodução assexuada. A clonagem , que significa formação de clones , é o meio de reprodução mais frequente e natural dos vegetais inferiores, havendo algumas plantas que também se podem multiplicar desse modo. Plantas como a bananeira e a videira , apenas se multiplicam por clonagem Alguns animais, como a hidra de água doce , também utilizam a clonagem na sua reprodução.
4. Em 1903 surge a palavra Clonagem para designar a propagação das plantas através de meios artificiais (enxertos) Hoje faz-se clonagem em laboratório. Muitos dos vegetais que ingerimos provêm de clonagem. Muitos animais têm sido clonados em prol do progresso científico. Muitas vidas têm sido sacrificadas em prol do progresso científico. Valerá a pena???...
5. O progresso científico levou à criação de dois tipos de clonagem: CLONAGEM REPRODUTIVA – que tem em vista a criação de um novo ser CLONAGEM TERAPÊUTICA – que tem por objectivo criar tecidos e órgãos para utilizar com fins terapêuticos.
6. Um caso sensacional! Dolly , o primeiro animal clonado a partir de células somáticas! Em Fevereiro de 1997, o escocês Ian Wilmut anunciou a primeira clonagem de um animal adulto, uma ovelha! De uma simples glândula mamária, Wilmut retirou os genes que iriam originar uma nova Dolly. Ian Wilmut com Dolly
11. Células estaminais ou Células tronco As Células estaminais são células extraordinárias cujo destino ainda não foi “decidido”. Podem transformar-se em vários tipos de células diferentes, através dum processo denominado “diferenciação”. Há células estaminais embrionárias – as que nunca se diferenciaram e provêm de um embrião, e células estaminais adultas , que já sofreram especialização e fazem parte de um organismo adulto. A clonagem faz-se a partir de células estaminais Através da diferenciação, só ficarão activos os genes correspondentes à nova função desempenhada pela célula
12. Células estaminais (células tronco) embrionárias Antes da clonagem de Dolly, já animais eram clonados através de células estaminais embrionárias Células totipotentes A partir da fecundação, o ovo experimenta divisões sucessivas. Até à divisão em oito células, todas elas têm capacidade de originar um novo ser – são TOTIPOTENTES. Após 72 horas o embrião atinge a fase de blastocisto. É nesta fase que se implanta na cavidade uterina. As células internas do blastocisto originam os diferentes tecidos. São chamadas CÉLULAS TRONCO EMBRIONÁRIAS PLURIPOTENTES.
13. As células estaminais, ou células tronco, podem ser obtidas em laboratório. Para isso, substitui-se o núcleo de um óvulo pelo núcleo duma célula somática. Faz-se a cultura do novo embrião até à fase de blastocisto, a partir da qual se obtêm células pluripotentes, capazes de originar os vários tecidos. * Existem células tronco naturais, em cada indivíduo – criança ou adulto (medula óssea, sangue, fígado). * Também existem células tronco no sangue do cordão umbilical e da placenta. * Quando células tronco são inoculadas num tecido diferenciado, são estimuladas a produzir esse mesmo tecido.
14. Qual a diferença entre a clonagem reprodutiva E a clonagem com fins terapêuticos?...
18. Severino Antinori – Ginecologista italiano Em Março de 2001 anunciou em Roma que iria começar a clonar as primeiras crianças. 600 mulheres foram voluntárias nos EUA e na Itália, para gerarem embriões. Severino Antinori tornou-se célebre por ser um dos primeiros a discutir a possibilidade de aplicar a clonagem às técnicas de reprodução artificial.
19. Richard G. Seed (embriologista) Promete fazer cópias humanas em qualquer país que permita as experiências Defende a clonagem, tanto para tratar de casos graves de infertilidade, como “para substituir um ente amado já falecido por um gémeo” Devido a pressões exercidas nos EUA, Richard Seed tem procurado nas diversas partes do Globo lugar para montar as suas clínicas de clonagem.
20. Rael Uma nova visão da criação Rael, fundador da CLONAID, jundo de um modelo de disco-voador Os Raëlianos apoiam a clonagem reprodutiva por motivos "religiosos",. Acreditam ter sido a vida na Terra criada por "cientistas" de outro planeta, utilizando DNA
21. "Nós somos os criadores de toda a vida na Terra; vocês nos confundiram com deuses; nós estávamos na origem de todas as grandes religiões. Agora que vocês estão maduros o suficiente para entender isto, gostaríamos de entrar em contato oficial através de uma embaixada" (citação do site dos raelianos) Segundo Raël, a "revelação" sobre a origem da vida deu–se em Dezembro de 1973, quando este jornalista francês recebeu a visita de um extra-terrestre “de quatro pés de altura, longos cabelos pretos e olhos amendoados"
22. Mamãs clónicas? Mulheres da seita raeliana, que anunciou em Dezembro de 2002 o nascimento de um bebé clonado e a gestação de mais cinco
25. Princípio da neutralidade da Ciência e da Técnica Descobrir tudo o que pode ser descoberto. Experimentar tudo o que pode ser experimentado. Este é o contestado Princípio da neutralidade da Ciência e da Técnica.
26. - Que estratégias economicistas se escondem por detrás do desenvolvimento científico e tecnológico?... - O que justifica produzir seres humanos deficientes em nome do progresso científico?... - O que justifica produzir seres para servirem de suporte genético a outros?...
30. Como resposta à clonagem de Dolly, o Council of Europe (COE) delineou um Protocolo (Protocol on Prohibition of Cloning Human Beings) sobre a proibição de clonar seres humanos como parte da existente Convenção Européia sobre direitos humanos e biomedicina (Convention on Human Rights and Biomedicine). O protocolo compromete os países que o assinaram a proibir, por lei, qualquer intervenção que procure criar seres humanos geneticamente idênticos a um outro ser humano, se vivo ou morto, sem exceção. As razões, baseiam-se em conceitos filosóficos e de segurança, e são para proteger a identidade de seres humanos, preservar as características casuais de recombinações genéticas de ocorrência natural e impedir instrumentalização através de clonagem artificial.
31. Adicionalmente, Japão, Portugal, Alemanha, e Dinamarca proibiram toda clonagem humana fora do protocolo da COE, embora os três países europeus não tenham assinado o protocolo . Felizmente para a comunidade científica, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, recentemente defendeu os estudos baseados na produção de embriões humanos por clonagem.
32. Tabela Demonstrativa da Regulamentação sobre a Utilização de Embriões na Europa (15) Tabela Demonstrativa da Regulamentação sobre a Utilização de Embriões na Europa (15) Em todos os casos, os embriões devem ser eliminados no período de 14 dias após a fertilização. Legal Legal Reino Unido Existe lei específica que proíbe qualquer técnica de clonagem. Ilegal Ilegal França É obrigado destruir os embriões 14 dias após a fertilização. Legal* Ilegal Finlândia A legislação autoriza a investigação em embriões inviáveis. Legal* Ilegal (16) Espanha É legal utilizar embriões humanos quando o objetivo é aperfeiçoar as técnicas de fertilização artificial ou técnicas de investigação genética. Legal Ilegal Dinamarca Lei de Proteção do Embrião: só permite o diagnóstico ou análise de um embrião para seu próprio benefício e com objetivo de implantar no útero. Ilegal Ilegal Alemanha Decreto proíbe a criação ou utilização de embriões para fins de investigação ou experimentação científica. Ilegal Ilegal Portugal Observações Utilizar embriões excedentes Clonagem terapêutica (produzir embriões)
33. Provisoriamente não cantaremos o amor, que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos. Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços. Não cantaremos o ódio porque esse não existe, existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro, o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos, o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas.... Cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas, cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.... Depois morreremos de medo e sobre os nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas. Carlos Drummond de Andrade: “Congresso Internacional do Medo” Clones e medos crónicos Por: Maria do Carmo – Maio 2005