1) A concordância está relacionada aos princípios lógicos da língua e serve para adequação social e interação.
2) O desvio das regras de concordância pode frustrar a comunicação ou causar impressões negativas, dependendo do contexto.
3) Existem regras complexas para a concordância entre substantivos e adjetivos.
2. Para que serve a concordância?
› A concordância está relacionada com os princípios lógicos da
língua. Assim, concordar adequadamente é o mesmo que ter
domínio dos mecanismos básicos de funcionamento da língua,
defendidos pelo padrão culto.
› Se não observamos esses mecanismos durante a interlocução,
ainda assim é possível haver comunicação. Porém, dependendo
de quem é nosso interlocutor, da expectativa que ele tem em
relação a nós ou da impressão que desejamos passar a ele, o
desvio das normas do padrão culto pode frustrar a finalidade da
comunicação.
› Em certas situações formais de interação verbal, o desvio reiterado
das regras de concordância pode causar a impressão de baixo
nível cultural, pouca leitura, desleixo e até ser fonte de preconceito.
› Conhecer as regras de concordância do padrão culto serve como
meio de adequação e interação social.
3. O nome impõe seu gênero e número a
seus determinantes (adjetivo, pronome
artigo, numeral e particípio).
4.
5. 1- Vários substantivos (gêneros diferentes) e um adjetivo:
a) Quando o adjetivo está posposto.
* Pode ir para o masculino plural
Um Abelardo e uma Heloísa românticos. (Cecília Meireles)
A empresa oferece atendimento e localização perfeitos.
* Pode concordar com o mais próximo
Pastores e pastoras antigas, andadas. (Cecília Meireles)
A empresa oferece atendimento e localização perfeita.
6. b) Quando o adjetivo está anteposto
*Como adjunto adnominal, concorda com o mais próximo
Claros cabelos semblante que esvaecem
Morno contorno e onda que enternecem(Guilherme de Almeida).
* Como predicativo (do sujeito ou do objeto), concorda com o
mais próximo ou fica no plural.
Permaneceu finíssimo astro e fantasmagorias
Permanecem finíssimos astro e fantasmagorias (Augusto dos Anjos).
2- Um substantivo (determinado por artigo) e vários adjetivos
Admitem-se duas concordâncias:
a) Adentrávamos com licenciosidade pelas terras italiana e suíça.
(Cecília Meireles)
b) Adentrávamos pela terra italiana e pela suíça.
7. 1- É proibido/ É permitido/ É bom/ É necessário
Há duas possibilidades de construção:
a) ficam invariáveis quando usadas com sujeito sem
determinante.
Ex¹: Liberdade é necessário.
Ex²: Água é bom para saúde.
b) concordam com o sujeito em gênero e número quando
este vier com determinante.
Ex¹: A liberdade de expressão é necessária.
Ex²: Esta água da serra é muito boa para a saúde.
8. a) com valor de adjetivo, concordam normalmente com o
substantivo.
Ex: Há bastantes motivos para celebrarmos.
As casas estão caras. (adjetivo)
b) com valor de advérbio, são invariáveis.
Ex: A diretora estava bastante ocupada.
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)
2- Bastante/ pouco/ muito/ caro/ barato/ longe
9.
10. 3 – Meio/ Meia
a) A palavra "meio", quando empregada como adjetivo,
concorda normalmente com o substantivo a que se
refere.
Ex: Pedi meia cerveja e meia porção de polentas.
b) Quando empregada como advérbio (modificando um
adjetivo) permanece invariável.
Ex: A noiva está meio nervosa.
“Ando meio desligado, eu nem sinto meus pés no chão.”
(Adriana Calcanhoto)
11. 4 – Anexo/ obrigado/ mesmo/ próprio/ só/ incluso/
quite
a) Esses adjetivos concordam com o substantivo ou com o
pronome a que se referem.
12.
13.
14. 5- só (somente)/ menos/ alerta/ em anexo/ a sós
o são invariáveis
Ex: Os escoteiros estão sempre alerta.
Carolina tem menos bonecas que sua amiga.
15. Livros:
CEREJA, William Roberto & MAGALHÃES, Thereza
Cochar. Português Linguagens 9º ano. 5ª Ed. São
Paulo: Atual Editora, 2009.
CUNHA, Celso, LINDLEY, Cintra. Nova Gramática
do Português Contemporâneo. Edições João Sá
da Costa. Lisboa. 17 edição. Lisboa. 2002.
ROCHA LIMA, Carlos Henrique da. Gramática
Normativa da Língua Portuguesa. 45 ed. Rio de
Janeiro: José Olympio, 2006.
VIEIRA & BRANDAO, Silvia Rodrigues & Silvia.
Concordância nominal. In: Ensino de gramática.
SP: Contexto, 2007.