4º bim 3º ano geog tópico 35 sociedade da informação
Economa internacional blocos econômicos
1. 1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI
DISCIPLINA: TEORIAS ECONÔMICAS
CURSO: LICENCIATURA PLENA EM GEOGRAFIA
PROFESSORA: JOSEANE LEÃO
PERIODO: 2012.2 SETOR:12 SALA: 2 TURNO: NOITE
COMPONENTES:
ANTONIO NONATO DE SOUSA FILHO
DANIELLE PEREIRA DE OLIVEIRA
DANIELY SUHELANNE DOS SANTOS SOUSA
GILVAN JOSÉ CUNHA
JÉSSICA SABRINA BORGES DA SILVA
RICARDO DA SILVA ABREU
TERESINA - PI
DEZEMBRO - 2012
2. 2
GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA............................................................................... 3
FORMAÇÃO DOS BLOCOS ECONÔMICOS............................................................ 5
UNIÃO EUROPÉIA...................................................................................................... 8
NAFTA........................................................................................................................... 9
MERCOSUL..................................................................................................................10
ALCA.............................................................................................................................11
OUTROS BLOCOS ECONÔMICOS...........................................................................12
TIGRES ASIÁTICOS...................................................................................................13
CONFLITOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL..........................................................14
REFERÊNCIAS............................................................................................................17
3. 3
GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA
O capitalismo, desde sua origem, procurou integrar as diversas regiões e
economias do planeta.O desenvolvimento técnico que contribuiu para as grandes
navegações dos séculos XV e XVI tornou possível a interligação entre regiões da Terra
e criou condições para pensarmos o mundo de forma unificada.As relações entre
diversos pontos do planeta ampliaram – se cada vez mais, ao longo dos séculos
seguintes, com o desenvolvimento dos meios de transportes e do sistema de
comunicações.
O período posterior à Segunda Guerra Mundial caracterizou – se pela expansão
das multinacionais (ou transnacionais: empresas que distribuem suas atividades em
filiais por todo planeta, além de serem responsáveis por boa parte da exportação de
produtos e serviços.A coordenação dessas atividades é feita por meio de uma ampla
rede de comunicações e informações) e dos investimentos de alguns países, hoje
chamados de desenvolvidos, em diversas partes do globo.O capitalismo encontrava
novas formas novas formas de expansão e acumulação de capital.As grandes empresas
não se preocupavam apenas em exportar seus produtos industriais, mas também em se
instalar em diversos países, driblando tarifas alfandegárias, eliminando taxa de fretes e
contando com isenção de impostos para a instalação industrial, com custos mais baixos
de mão de obra e matérias primas.
Além disso, o avanço dos meios de transporte e de informações permitiu a
organização do comércio, da produção e dos investimentos em escala mundial.Hoje,
qualquer produto pode chegar a qualquer destino em curto intervalo de tempo, assim
como uma mercadoria pode ser produzida com componentes fabricados em diversos
países.Da mesma forma – e commaior agilidade e rapidez- , os investimentos na bolsa
de valores são realizados on line, por computadores conectados aos sistemas de
telecomunicações, 24 horas por dia.Enquanto a bolsa de Nova York ou de São Paulo
está fechada, investidores de todo mundo estão ligados em Cingapura, Tóquio, Hong
Kong, Xangai e vice – versa.Esses são traços gerais dos aspectos econômicos da
globalização, que têm influência direta nos diversos campos da vida social, cultural e
política.
A globalização econômica é um fenômeno típico da intensificação das
transformações tecnológicas e da sua expansão por diversas regiões do globo, a partir da
década de 1970.Ela se caracteriza pela:
Automoção – introdução de robôs no processo de produção;
Pela disseminação do uso da informática e dos diversos meios de
comunicação associados tanto à atividade produtiva ( industrial e
agropecuária ) como a outras atividades econômicas ( financeiras,
comerciais, de lazer e entretenimento ) e também pela biotecnologia, que
tem provocado impactos decisivos na nova era que estamos vivendo.
Os meios de comunicação eletrônica criaram também novos sistemas
administrativos nas empresas, refletindo-se numa nova forma de organização espacial
que caracteriza a dimensão geográfica do processo de globalização. Em relação às
4. 4
atividades industriais, as grandes multinacionais passaram a fabricar componentes de
seus produtos em diferentes locais do planeta, formando uma verdadeira rede global de
produção articuada com os fluxos de informações.
A disputa econômica, cada vez mais intesa, entre países e empresas, tem como
palco o mercado mundial. O capital começou a circular livremente de um país para o
outro, para venda de mercadorias, instalação de empresas ou aplicações financeiras.
Nesse processo, ocorreu maior difusão de hábitos de consumo e do modo de vida dos
países desenvolvidos, com suas marcas mundialmente conhecidas, redes de fast-food,
supermercados, etc.
A ampliação do fluxo de informações foi considerável, principalmente, a partir
dos anos 1980, devido ao avanço das telecomunicações – produção e utilização de
satélites artificiais, centrais telefônicas, cabos de fibra óptica, telefones celulares etc. – e
da própria informática, tanto em termos de hardware como de software.
A internet e o acesso a dados por meio de terminais de computadores, como os
que existem em caixas eletrônicos de bancos, são exemplos do avanço da telemática,
que possibilita maior volume e maior rapidez na transmissão de dados, voz, texto e
imagem em escala planetária.
Pontos Positivos
Qualidade de vida
Avanços na medicina
Criação de mercadorias, bens e serviços muito mais eficientes e baratos
Aumento da expectativa de vida
Internet e telemática
A internet, em particular, e a telemática, de modo geral, vêm revolucionando as
formas de armazenar e disseminar informações, além de provocar efeitos significativos
em diversos setores econômicos. Com isso, até a forma de conhecer as distâncias e a
própria noção de tempo se modificam. É nisso que pensamos quando deparamos com
situações como as seguintes:
Ensino a distância;
Compras, pesquisas, conversas, consultas bancárias, transmissão de
relatórios, imagens e dados via internet em nível global;
Caixas eletrônicos e terminais de auto-atendimento bancários situados nos
mais variados lugares;
Conexão com a internet via telefone celular;
Acompanhamento da cotação de ações de empresas em todas as bolsas de
valores do mundo;
Controle do espaço aéreo e terrestre de Amazônia – para verificação de
áreas de queimadas, desmatamento, tráfico de drogas e mapeamento de
recursos minerais ( projeto Sivam ) -, em que a análise e o controle das
informações processadas são feitos principalmente em Brasília, mas
também em Manaus, Belém e Porto Velho;
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Cirurgia intercontinental com a ajuda de robôs, em que médicos situados a
milhares de quilômetros do paciente realizam movimentos que aparecem
em um monitor de vídeo de 155 milionésimos de segundos;
Teleconferências.
Pontos negativos
No entanto, para outros, o processo de integração econômica está trazendo
grandes prejuízos, principalmente, para o meio ambiente. Quando à destruição do meio
ambiente, a alegação central é que a utilização dos recursos naturais e o processo de
destruição dos ecossistemas estão mais acelerados do que a capacidade da natureza em
se refazer.
Consumismo desenfreado
Desigualdades sociais e regionais, sentimentos xenofóbicos, conflitos religiosos
e étnicos.
FORMAÇÃO DOS BLOCOS ECONÔMICOS
Introdução
Histórico
A globalização da economia e da sociedade baseada na expansão sem precedentes
do capitalismo é comandada pelo crescente domínio das corporações transnacionais está
levando ao desenvolvimento de uma nova ordem mundial.
A atual ordem internacional, nascida com a ruína da bipolaridade – que foi o
mundo da guerra fria e das superpotências, que existiu de 1945 até 1989-91 -, ainda
suscita inúmeras controvérsias e costuma ser definida hora como multipolar (por alguns,
provalvelmente a maiioria dos especialistas), ora como monopolar (por outros) ou ainda
como unimultipolar.Essa nova ordem tem como características principais o fim da
Guerra Fria, o incremento da guerra comercial entre empresas e países e a formação de
blocos econômicos regionais – disponibilidade de capitais, avanço tecnologico,
qualificação da mão de obra, nível de produtividade e indices de competitividade.
Preocupados com as conseqüências das guerras comerciais, os grandes
empresários europeus e norte-americanos estão procurando criar um cenário mundial
mais previsível, no qual a concorrência possa ser controlada e medida.
Procura-se criar regiões protegidas por meio da união entre vários países em que um
grupo de empresas tem interesses comuns, dificultando a entrada de produtos de
empresas de outros países ou regiões. Pode-se encarar a formação de blocos econômicos
regionais de comércio como uma tentativa de aumentar a segurança dos empresários
que atuam no bloco contra a concorrência de empresas mais eficientes de outros países
ou blocos.
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Definição
São associações que procuram estabelecer relações econômicas entre estados –
nações no sentido de tornar a economia dos membros mais competitiva e assim
poderem participar de forma efetiva no mundo globalizado.Então, ao contrário de
negar a globalização, os blocos econômicos são fruto da mesma.
De acordo com as teorias do comércio internacional, consideram-se cinco as
situações clássicas de integração econômica:
Acordos comerciais preferenciais:
São formados por grupos de dois ou mais países entre os quais são negociadas
reduções totais ou parciais das tarifas aduaneiras, limitadas ao comércio de listas de
mercadorias definidas por cada um, originárias dos países signatários ou de outros
países, conforme pactuado. Podem também conter outras disposições de avanço em
matéria comercial, tais como: acordos setoriais, de transporte, de investimentos, de
serviços, de comércio fronteiriço, etc.; não tendo o compromisso de eliminar
integralmente as tarifas de parte substantiva do comércio.
Tais acordos permitem, aos países participantes, a utilização de barreiras
comerciais menos elevadas do que aquelas relativas ao comércio com as nações que não
fazem parte do acordo.
Área de Livre Comércio:
É a forma de integração econômica pela qual todas as barreiras no comércio entre
seus membros são removidas. Porém, cada um dos países mantém suas próprias
barreiras no comércio com os países não integrantes. A parte substantiva das
mercadorias é comercializada com tarifa zero de importação. Em outras palavras, não há
identidade comum perante os demais países, sendo que cada um dos sócios tem a
liberdade de praticar sua política comercial com países de fora da área da forma que lhe
for mais conveniente.
Vale ressaltar ser um aspecto de grande importância nesse caso, a necessidade de
se estabelecer critérios para a definição da nacionalidade de um produto para que possa
ser beneficiário de tarifa zero. O Instrumento garantidor desse benefício é o chamado
Certificado de Origem.
Mercado comum:
É a forma de integração econômica que vai além de uma união aduaneira no
sentido de que permite também a livre movimentação de mão-de-obra e do capital entre
as nações que dele participam. Assim, os Estados-membros determinam a eliminação
das restrições sobre produtos, bem como a livre circulação dos demais fatores
produtivos, como pessoas, serviços e capital.
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União aduaneira:
Trata-se de uma etapa mais avançada na integração que é citada anteriormente.
Consiste na eliminação das tarifas aduaneiras e das outras regulamentações comerciais,
relativas aos produtos originários dos países integrantes da união, implicando na adoção
de uma Tarifa Externa Comum (TEC).
A União Aduaneira proíbe a aplicação de tarifas ou outras barreiras comerciais
entre seus membros, da mesma forma que faz a área de Livre Comércio; além disso,
harmoniza as políticas comerciais tais como o estabelecimento de valores tarifários
comuns em relação ao resto do mundo.
União econômica e monetária:
Essa forma de integração vai ainda mais longe ao harmonizar as políticas
monetárias e fiscais dos Estados que a integram.
Trata-se da categoria mais avançada de integração econômica, inclusive com a
constituição de uma autoridade econômica central e supranacional encarregada da
coordenação e cumprimento daquelas políticas. Assim, os países perdem, de certo
modo, sua soberania, que é transferida para aquela autoridade central. A adoção de uma
moeda única em todos os países-membros é considerada a expressão maior de uma
união econômica.
Vantagens
A redução ou eliminação das tarifas ou importação;
Produtos mais baratos.
Desvantagens
Desemprego;
Diminuição da produção de empresas.
Os blocos econômicos mais desenvolvidos são os seguintes:
União Européia
Nafta – North America Free Trade Agreement
Alca – Área de livre comércio das Américas
Mercosul – Mercado Comum
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União Européia
Do Benelux à União Européia
O Benelux foi o grande precursor das diversas alianças formadas posteriormente.
Criado em 1944, integrou a economia da Bélgica, Holanda e de Luxemburgo num único
mercado.
Em 1952, a Ceca ( Comunidade Européia do Carvão e do Aço ), formada por
seis países – Bélgica, Holanda, Luxemburgo, França, Alemanha e Itália - , estabeleceu
um mercado siderúrgico comum, promovendo a livre circulação de matérias-primas e
mercadorias ligadas à indústria siderúrgica, com o objetivo de reestruturar e acelerar o
desenvolvimento da indústria de base. Os países membros da Ceca ampliaram os
objetivos dessa organização e criaram o mais eficiente bloco econômico entre países: a
CEE ( Comunidade Econômica Européia ), em 1957, por meio do Tratado de Roma.
A CEE, desde a sua criação, tinha um grande objetivo econômico a ser colocado
em prática a médio prazo, baseado em quatro princípios fundamentais: a livre circulação
de mercadorias, de serviços, de capitais e de pessoas, entre todos os países-membros da
organização.
Entretando, a efetivação de tais princípios só veio a acontecer mais
recentemente. O aprofundamento da competitividade no mercado internacional nas
últimas décadas do século XX, o desenvolvimento de novas tecnologias de produção e a
entrada de novos competidores ( países do sudeste e leste de Ásia – Cingapura, Taiwan,
Coréia do Sul e China ), disputando fatias cada vez mais expressivas do comércio
mundial, sinalizaram à CEE a necessidade da concretização de seus objetivos originais.
Isso ocorreu em 1º de janeiro de 1993, quando entraram em funcionamento de fato as
quatro liberdades fundamentais propostas desde a década de 1950: a livre circulação de
pessoas, capitais, mercadorias e serviços, com a eliminação das fronteiras econômicas
entre os países, sendo a CEE substituída pela UE ( União Européia ).
A União Européia
A UE foi criada pelo Tratado de Maastricht. Desde sua implementação, vem
ocorrendo entre os países integrantes maior cooperação em questões como o combate ao
crime organizado e ao narcotráfico, além de decisões comuns relacionadas a meio
ambiente, imigração, educação, proteção do consumidor, saúde pública e defesa do
território, entre outras áreas.
Em 1º de janeiro de 2002, entrou em circulação o euro, a moeda única ( união
monetária ), em doze países que pertencem à UE. Os países que o adotaram foram:
Áustria, Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda (
Países Baixos ), Portugal, Grécia e Espanha. Reino Unido, Dinamarca e Suécia optaram
por não adotar a moeda única.
A implantação do euro representou a criação de uma moeda forte no sistema
financeiro internacional e um elemento facilitador do comércio e dos investimentos
dentro do próprio continente. Os negócios internacionais, antes feitos em dólar,
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passaram a ser realizados, também eu euro, reduzindo a supremacia da moeda norte-
americana.
No decorrer destes primeiros anos do século XXI, o euro foi gradativamente se
fortalecendo como moeda-reserva internacional, apesar de a moeda dos EUA manter-se
como o principal meio de pagamento internacional a ser a mais utilizada nas reservas
internacionais dos bancos centrais dos países ( 73% das reservas do mundo, em 2002,
eram mantidas em dólar ).
A partir de maio de 2004, a União Européia contou com a sua maior expansão
de uma única vez – dez novos membros foram oficialmente admitidos. Esses novos
membros representaram um acréscimo de 80 milhões de habitantes aos cerca de 370
milhões de habitantes já existentes. A maior parte desses países pertenceu ao bloco
socialista, sendo três deles – Lituânia, Estônia e Letônia – integravam a extinta URSS.
Trata-se também de países com PIB per capita bem inferior à média da União Européia
– cerca de 40%. No entanto, os benefícios oferecidos aos novos membros, como
subsídios agrícolas e ajuda econômica para promover o desenvolvimento e diminuir as
diferenças econômicas existentes em relação aos demais países da União Européia,
serão limitados. Esses países só terão acesso a todos os benefícios em 2014, dez anos
após o processo de integração ao bloco.
O Nafta
Em 1994, EUA, Canadá e México deram os primeiros passos rumo à formação
de uma economia supranacional, com a criação do Nafta. Juntos, formam um mercado
de aproximadamente 424 milhões de habitantes e respondem por um PIB de
aproximadamente 13,4 trilhões de dólares, em 2004. O acrodo prevê a criação de uma
zona de livre comércio, na qual a abolição total das tarifas aduaneiras ( de importação )
seja colocada em prática em 2015. Entretanto, uma grande quantidade de produtos já
circulava livremente entre os três países, sem nenhuma taxação.
Como não existe a perspectiva de formação de um mercado único nos moldes da
União Européia, a grande diferença socioeconômica entre o México e os outros dois
países do Nafta trouxe vários problemas para a sociedade e a economia mexicanas, e
também para trabalhadores norte-americanos e canadenses.
A questão da disparidade em termos socioeconômicos na UE foi resolvida
gradativamente, à medida que foram direcionados investimentos das economias mais
vigorosas da UE ( Alemanha, França e Reino Unido ) para os países menos
desenvolvidos do bloco. Isso não ocorreu com o Nafta em relação ao México. No Nafta,
vigora apenas a sua implantação, muitas empresas dos EUA instalaram-se no México,
atraídas pela mão-de-obra bem mais barata e pela legislação trabalhista mais flexível.
Em razão de postos de trabalho foram fechados.
Apesar de ter ocorrido uma ampliação das exportações mexicanas, a
dependência da economia mexicana em relação à dos EUA é muito grande - cerca de
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85% das exportações do México vão para os Estados Unidos e 68% das importações são
provenientes desse país. Além disso, houve um significativo processo de
desnacionalização da economia mexicana: por exemplo, três quartos das empresas
têxteis que atuam no México são de procedência norte-americana.
O Nafta não trouxe avanços tecnológicos significativos para o México, pois
muitas das novas indústrias que se instalaram são apenas montadoras, chamadas de
maquiadoras, e boa parte dos componentes que integram os produtos, sobretudo os de
maior valor agregado, vêm de fora, principalmente dos EUA.
Na agricultura mexicana, os impactos sociais foram sensivelmente negativos. Os
cultivadores de trigo, batata e arroz passaram a sofrer a forte concorrência dos norte-
americanos, tecnologicamente mais bem preparados e fortemente amparados pelos
subsídios do governo dos EUA. Como consequência, especialmente pequenos e médios
agricultores mexicanos enfrentam sérias dificuldades para levar adiante suas atividades.
Além disso, o desemprego rural vem aumentando.
É inegável que a economia mexicana cresceu em pouco mais de uma década de
livre comércio. A integração do México ao Nafta impulsionou a economia, aumentou o
valor da produção anual (PIB), e o país foi o que mais recebeu investimentos dos
Estados Unidos na América. No entanto, essas conquistas podem não ser duradouras. A
economia mexicana tornou-se ainda mais sujeita às decisões das grandes empresas e do
governo dos Estados Unidos. Além disso, os ganhos sociais não foram proporcionais
aos econômicos.
O Mercosul
O Mercosul foi criado em 1992, quando Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai
assinaram o Tratado de Assunção, um acordo de livre comércio. No entanto, somente
em 1995 foi tomada oficialmente a União Aduaneira.
Ao longo da década passada, as relações comerciais entre os países-membros
tiveram avanços expressivos, e vários projetos de infra-estrutura, como estradas,
hidrovias e hidrelétricas, foram desenvolvidas, levando em conta o crescimento desse
mercado.
Os países-membros do Mercosul representam 42% da população latino-
americana e mais da metade de todo o valor produzido dessa parte do continente.
Bolívia, Chile, Peru, Venezuela, Colômbia e Equador participam do Mercosul
como membros-associados, ou seja, suas relações com os demais países restringem-se
ao âmbito da zona de livre comércio, não participando da união aduaneira nem das
negociações que envolvem aspectos relacionados à criação do mercado comum.
Alguns setores econômicos dos países que integram o bloco ficaram
prejudicados com a concorrência externa, mas no início ocorreu uma intensificação das
trocas comerciais. Várias empresas brasileiras instalaram-se no Uruguai e,
principalmente, na Argentina. Diversos produtos agropecuários e alimentícios uruguaios
e, sobretudo, argentinos passaram a ser vendidos em maior quantidade no mercado
brasileiro.
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O turismo foi outro setor que registrou forte crescimento entre os países do
Mercosul, em parte devido à facilidade de trânsito, com a eliminação de visto de entrada
e da obrigatoriedade de passaportes.
Em 1999, passados apenas quatro anos da entrada em funcionamento do bloco,
começaram a surgir graves divergências entre Brasil e Argentina, os mais importantes
membros do Mercosul. A crise econômica, sobretudo na Argentina, levou algumas
tarifas externas comuns a serem suspensas pelos argentinos, e o comércio dentro do
bloco apresentou uma queda sensível. Apesar de formar uma união aduaneira, como
visto anteriormente, o Mercosul, na prática, tem funcionado como uma integração
semelhante à de uma zona de livre comércio. Até 2004, não havia sido redefinida a
Tarifa Externa Comum (TEC), que caracteriza de fato uma União Aduaneira. Por outro
lado, o bloco tem tomado iniciativas importantes na negociação para a formação da
Alca, definindo estratégias de negociação que atendam os interesses comuns dos países
do bloco e alianças com outros países sul-americanos.
A Alca
Em 1994, na cidade de Miami, EUA, iniciaram-se as negociações para a criação
da Alca( Àrea de Livre Comércio das Américas ), que reuniria 34 países, ou seja, todos
os países do continente americano, exceto Cuba. Desde então, reuniões, denominadas
Encontros ou Cúpula das Américas, passaram a ser realizadas anualmente.
A participação do Brasil na Alca é polêmia. O continente americano reúne, de
um lado, dois países desenvolvidos com alto índice de avanço tecnológico – os Estados
Unidos e o Canadá – e, de outro, países subdesenvolvidos, alguns muito pobres, com
economia baseada na agricultura e/ou na extração mineral, como Haiti, Guiana,
Guatemala, Bolívia, Equador.
Nesse contexto, o Brasil fica numa situação intermediária, do ponto de vista de
desenvolvimento econômico, e essa não é uma posição confortável. Por um lado, nosso
país e os demais países latino-americanos não têm condições de concorrer em pé de
igualdade com as empresas dos Estados Unidos, no que diz respeito à maior parte das
atividades que formam o conjunto da economia. Por outro lado, o país que se negar a
participar da Alca pode sofrer represálias comerciais dos norte-americanos, que
certamente o colocariam numa difícil situação econômica. O Brasil, por exemplo,
destina cerca de 25% de suas exportações para os Estados Unidos.
Mas é preciso considerar também que o Brasil é um país importante para os
Estados Unidos, pois, excetuando o México, representa sozinho quase metade da
economia latino-americano e responde por cerca de 70% da economia de toda a
América do Sul.
O Mercosul, junto com a CAN ( Comunidade Andina ) ou Pacto Andino, tem
buscado maior integração comercial e propostas comuns a serem discutidas com os
demais membros da Alca, para fortalecer a sua capacidade de negociação frente aos
Estados Unidos, que lideram o G-14.
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Outros blocos econômicos
Existem outras associações e acordos, além dos citados, mas de menor
importância ou ainda em processo de formação: a Apec (Cooperação Econômica de
Ásia e do Pacífico), que reúne países da Ásia, Oceania e América; a Asean (Associação
das Nações do Sudeste Asiático); o Caricom (Mercado Comum e Comunidade do
Caribe); a CAN (Comunidade Andina) ou Pacto Andino e a CEI (Comunidade dos
Estados Independentes), que reúne os países da extinta URSS, exceto Letônia, Lutuânia
e Estônia.
Apec (Cooperação Econômica de Ásia e do Pacífico)
Entra em vigor em 1993, tendo como países membros: AUSTRÁLIA, BRUNEI,
CANADÁ, CHILE, CHINA, CINGAPURA, CORÉIA DO SUL, EUA,
FILIPINAS, HONG KONG(CHINA), INDONÉSIA, JAPÃO, MALÁSIA,
MÉXICO, NOVA ZELÂNDIA, PAPUA NOVA GUINÉ, PERU, RÚSSIA,
TAILÂNDIA, TAIWAN E VIETNÃ.
Objetivo: abertura de mercados entre os países membros, estabelecimento de
uma zona de livre comércio até 2020.
Representa apenas uma Zona de Livre Comércio.
Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático)
Desde de 1967
Objetivos: estabilidade política; aceleração do processo de desenvolvimento da
região.
Integrantes: Brunei, Camboja, Cingapura, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia,
Mianma, Tailândia e Vietnã.
Caricom (Mercado Comum e Comunidade do Caribe)
Desde de 1973
Objetivos: cooperação econômica e política; Livre comércio
Integrantes:Antígua e Barbuda, Bahamas(não participa do mercado
comum),Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Santa
Lúcia, São Cristovão e Nevis, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trindad e
Tobago.Territórios: Anguilla, Monte Serrat, Ilhas Virgens Britânicas.Cuba é
observadora.
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CAN (Comunidade Andina)ou Pacto Andino
Primeiro bloco criado nas Américas, em 1.969, conta com a participação de Venezuela,
Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.
CEI (Comunidade dos Estados Independentes)
Surge em 1991, com os ex-países da URSS, exceto Letônia, Lituânia e Estônia;
Nunca se constitui como um Bloco Econômico, pois NÃO é uma União
Aduaneira ou Área de Livre Comércio.
Objetivos: reunião das ex-repúblicas socialistas em uma confederação de
Estados, com preservação da soberania; centralização das forças armadas; uso de
moeda comum(o rublo).
Caso especial: não representa um bloco econômico mais merece destaque devido
seu alto grau de desenvolvimento.
Tigres Asiáticos
A expressão Tigres asiáticos refere-se às economias de Hong Kong, Cingapura,
Coréia do Sul, Malásia, Filipinas, Indonésia, Vietnã e Taiwan (Formosa); esses
territórios e países apresentaram grandes taxas de crescimento e rápida
industrialização entre as décadas de 1960 e 1990.
Investimentos em educação e melhoria do sistema universitário.
Abundância de mão-de-obra barata.
Reforma agrária;
Fatores de Desenvolvimento:
Investimento de capital externo (EUA e Japão – luta contra o socialismo).
Exploração da força de trabalho, relativamente barata.
Distribuição mais equilibrada de renda.
Estados centralizadores e ditatoriais.
Economias voltadas para o mercado externo.
Ética confucionista (equilíbrio social, hierarquia, disciplina, consciência de
grupo, nacionalismo – empresa vista como uma grande família).
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Conflitos na Nova Ordem Mundial
Elementos provocadores de conflitos:
Nacionalismo
É atualmente um dos elementos mais explosivo no mundo moderno.
Primeiramente, o conceito de forma simples, uma postura nacionalista é toda aquela que
tem uma exacerbação do sentimento de indivíduo com o que ele identifica como sua
nação. Individualmente ou mesmo coletivamente os indivíduos passam a possuir um
sentimento de superioridade em relação aos outros seres humanos apenas por participar
de um grupo étnico diferente do seu. E por isso legitimam ações de violência.
Preconceito e toda a sorte de exclusão. Este fenômeno tem-se agravado enormemente
no mundo, principalmente após a introdução de novas tecnologias no setor produtivo
que tem, constantemente, provocado redução do número de trabalhadores. As
manifestações constantes na Europa de perseguições aos imigrantes, tanto os ilegais
quanto os legais, são provas do renascimento de velhos nacionalismos no mundo.
Xenofobismo
A xenofobia se associa ao elemento anterior e acaba compondo um quadro
contemporâneo com grande potencial de destruição e capacidade explosiva muito
elevada, com foram vários acontecimentos ao longo dos últimos anos, e mesmo meses,
na Europa, principalmente. São turcos sendo perseguidos por ultranacionalistas na
Alemanha estes últimos chamados de skinheads(carecas), pois o ódio aos indivíduos
estrangeiros, a aversão a tudo que vem de fora está crescendo muito no mundo e com
isso as cenas de violência também.No Brasil, especificamente em São Paulo, a versão
dos skinheads é chamada de “carecas do ABC” que são jovens desiludidos com rumos
que a globalização tomou não deixando para eles muitas oportunidades e passam a
destilar seu ódio contra alguém. Na Europa são imigrantes os alvos. Já no Brasil, mais
propriamente em São Paulo, são os nordestinos e homossexuais os alvos prediletos de
todo este ódio.
Fundamentalismo
O fundamentalismo, principalmente o de origem religiosa, também é um
elemento extremamente explosivo no mundo atual. O fundamentalismo caracteriza-se
por um sentimento de rejeição de qualquer outra explicação para o mundo, senão ao dos
fundamentos da religião que pertence aquele seguidor. Com isso ele passa a identificar
qualquer outra expressão religiosa com uma possibilidade de invasão e com grande
potencial de macular a sua, por isso ele se sente no direito, e pior ainda, no dever de
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destruir e eliminar os elementos nocivos as bases de sua fé. Para estes indivíduos não
existem problemas de ordem ética ou moral, pois eles acreditam estar com a verdade,
ela pressupõe a destruição de tudo que é falso, e todas as outras formas de pensar são
falsas e devem ser destruídas.
Pobreza
A pobreza é um grande perigo para a paz mundial, lembre-se eu a “fome não é
uma boa conselheira”. Enquanto você está lendo estas páginas, ilhares de pessoas pelo
mundo afora estão lutando para comer alguma coisa. Algumas dessas estão invadindo
outros países, entrando legalmente em suas fronteiras e com grande agressividade estão
buscando formas de sobreviverem, nem sempre dentro das normas legais. Muitas vezes
fazendo uso de atividades criminosas, o que aumenta ainda mais a rejeição das
populações nativas, mesmo daquelas que não possuem como característica uma postura
preconceituosa e discriminadora.
Tráfico de drogas
As várias formas de manifestações do crime organizado pelo mundo afora estão
provocando muitos conflitos. O tráfico internacional de drogas ilícitas é um dos mais
relatados pelos examinadores, ainda mais a sua vinculação com o tráfico de armas e
com a lavagem de dinheiro, e o seu potencial de entrar nas organizações
governamentais, corrompendo e aliciando servidores e dirigentes dos vários níveis da
administração pública.
Degradação ambiental
A relação se humano e natureza é um conflito dos mais relatados pelos
examinadores em boa parte das provas de concursos. A crise é muito grave, a atividade
econômica da humanidade necessita retirar do planeta matérias-primas, para transformá-
las em bens suscetíveis eu serão apreciados pelo gênero humano para elevação de seu
conforto. Porém, o planeta está apresentando para a humanidade sua incapacidade de
regeneração rápida e eficiente, pois o processo de degradação está sendo muito elevado.
A natureza não está conseguindo se regenerar rapidamente eficientemente como está
sendo a capacidade de poluição levada a cabo pelas atividades humanas. Um bom
exemplo é a incapacidade da natureza de se desfazer da quantidade elevada e gases
poluentes lançadas diariamente na atmosfera, provocando a elevação do fenômeno
natural conhecido como efeito estufa. É o chamado aquecimento global.
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Biocombustíveis X Alimentos
A busca por fontes alternativas e energia, principalmente a biocombustível em
substituição a tradicional fonte fóssil não renovável e altamente poluente, está se
constituindo em um grande potencial para a agressividade no mundo. A acusação é de
que áreas destinadas à produção de alimentos estão sendo desviadas para a produção de
vegetais para a produção de biocombustíveis, com isso está reduzindo a oferta de
alimentos no mundo, provocando, assim, uma elevação generalizada das commodities
agrícolas.
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REFERÊNCIAS
Lucci, Elian Alabi
Território e sociedade no mundo globalizado: Geografia Geral e do Brasil. – 1.ed. – São
Paulo: Saraiva, 2005.
Vestcon - Economia p. 166- 176.
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