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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS
ADRIANA BILIERI
JULIANA PESSOA ARAUJO
MARISSOL MARIKO TANAKA
SANDRA FERRACINI SENTINELLO
PERFIL MEDICAMENTOSO DA ASMA NA REDE PÚBLICA DE
PALMEIRA D’OESTE – SP
FERNANDÓPOLIS- SP
2012
ADRIANA BILIERI
JULIANA PESSOA ARAUJO
MARISSOL MARIKO TANAKA
SANDRA FERRACINI SENTINELLO
PERFIL MEDICAMENTOSO DA ASMA NA REDE PÚBLICA DE
PALMEIRA D’OESTE – SP
Trabalho de conclusão de curso apresentado à
Banca Examinadora do Curso de Graduação em
Farmácia da Fundação Educacional de
Fernandópolis como exigência parcial para obtenção
do título de bacharel em farmácia.
Orientador: Prof. MSc. Roney Eduardo Zaparoli
FERNANDÓPOLIS – SP
2012
ADRIANA BILIERI
JULIANA PESSOA ARAUJO
MARISSOL MARIKO TANAKA
SANDRA FERRACINI SENTINELLO
PERFIL MEDICAMENTOSO DA ASMA NA REDE PÚBLICA DE
PALMEIRA D’OESTE – SP
Trabalho de conclusão de curso aprovado como
requisito parcial para obtenção do título de bacharel
em farmácia.
Aprovado em: 09 de novembro de 2012
Banca examinadora Assinatura Conceito
Prof. MSc.Roney Eduardo Zaparoli
Prof. MSc. Vânia Luiza Ferreira
Lucatti Sato
Prof. MSc. Daiane Fernanda Pereira
Mastrocola
Prof. MSc. Roney Eduardo Zaparoli
Presidente da Banca Examinadora
Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, pois
sem ele, nada seria possível e nossos sonhos não
seriam concretizados.
Ao nosso orientador Roney Eduardo Zaparoli, pela
orientação na monografia, que soube fazer críticas
honestas e nos levaram a melhorar e direcionar esse
trabalho de conclusão de curso com muita seriedade
e dedicação.
As nossas famílias, que sempre nos deram apoio, e
estiveram presentes acreditando em nosso
potencial, nos incentivando na busca de novas
realizações e descobertas.
A todos os professores e colegas de sala.
AGRADECIMENTOS
A Deus que incomparável e inconfundível na sua infinita bondade, compreendeu e
nos deu a necessária coragem para atingir nossos objetivos.
A todos os professores que conhecemos ao longo desses anos, nossa gratidão não
somente ao profissional competente, dedicado em partilhar e expandir seus
conhecimentos, mas também à pessoa, ao amigo que dignifica a luta por um ideal
nos conscientizando do valor de nossa profissão.
Aos amigos que encontramos e que para nós foram e sempre serão importantes,
fica o desejo de boa sorte e a vontade de que lutam e vençam.
A todas as pessoas importantes da nossa vida, que abriram mão de momentos de
convívio, que sofreram com nossa ausência quando o dever e o estudo nos
chamavam, mas que agora vêem com muito alívio e alegria, este fim de etapa.
“É muito melhor lançar-se em busca de conquistas
grandiosas, mesmo expondo-se ao fracasso, do
que aliançar-se aos pobres de espírito, que nem
gozam muito e nem sofrem muito, porque vivem
numa penumbra cinzenta onde não conhecem nem
vitória e nem derrota.”
(Theodore Roosefelt)
RESUMO
A asma é uma inflamação das vias aéreas inferiores, com um grau de obstrução
variável e reversível, sendo espontâneo ou por meio de introdução medicamentosa.
É causada por fatores extrínsecos e intrínsecos, como genética, alimentos, pó,
pólen, pêlos, exercícios físicos, etc. Seus sintomas mais comuns são tosse,
compressão torácica, respiração rápida e chiados, e é classificada em asma
Intermitente, Persistente Leve, Persistente Moderada e Persistente Grave. Seu
diagnóstico é dado a partir de uma investigação feita pelo médico, que vai identificar
os fatores que provocam as crises de asma. No entanto, os exames físicos são
necessários para observar o grau de obstrução brônquica do paciente, como
exemplo a espirometria, que identifica e quantifica a obstrução dos brônquios. A
asma não tem cura, porém é controlável, fazendo uma prevenção das crises
decorrentes, evitando a exposição com alérgenos e utilizando uma farmacoterapia
adequada. No tratamento da asma existem duas classes de medicamentos:
broncodilatores e antiinflamatórios. Dentro dos primeiros existem os de ação curta e
prolongada como, por exemplo, formoterol e salmeterol. Na segunda destacam-se
os corticosteróides, sendo a budesonida e fluticasona seus representantes. A
pesquisa feita no município de Palmeira D`Oeste, dentro da rede pública, relatou o
uso de vários medicamentos utilizados no tratamento da asma, onde dependendo do
tipo de asma, foram utilizados associações diferentes ou monodroga, de acordo com
a sua faixa etária. Diante dos resultados obtidos foi constatado que houve eficácia
de todos os medicamentos utilizados nos pacientes, onde a associação de
medicamentos foi realizada de forma racional, como os broncodilatadores com
antiinflamatórios.
Palavras-chave: Asma. Antiinflamatório. Broncodilatador.
ABSTRACT
Asthma is an inflammation of the lower airways with a degree of obstruction variable
and reversible, with spontaneous or by means of drug introduction. It is caused by
extrinsic and intrinsic factors such as genetics, food, dust, pollen, dander, exercise,
etc.. Its most common symptoms are cough, chest compression, rapid breathing and
wheezing, and asthma is classified as Intermittent, Mild Persistent, Moderate
Persistent, and Severe Persistent. Its diagnosis is given from an investigation by the
doctor, who will identify the factors that cause asthma attacks. However, physical
examinations are necessary to observe the degree of bronchial obstruction of the
patient, such as spirometry, which identifies and quantifies the obstruction of bronchi.
Asthma has no cure, but it is controllable, making a prevention of crises arising,
avoiding exposure to allergens and using an appropriate pharmacotherapy. In the
treatment of asthma are two classes of drugs: bronchodilators and anti-inflammatory.
Within the first there are short and prolonged action such as formoterol and
salmeterol. The second stand out corticosteroids, budesonide and fluticasone and
their representatives. Research done in Palmeira D'Oeste, in the public, reported the
use of several drugs used to treat asthma, where depending on the type of asthma,
we used different associations or monodroga, according to their age group. Based on
these results it was found that there was efficacy of all medicines used in patients
where the drug combination were carried out in a rational manner, with anti-
inflammatory drugs such as bronchodilators.
Keywords: Asthma. Anti-inflammatory. Bronchodilatador.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Bronquíolo normal e bronquíolo asmático. 15
Figura 2 - Medidor de fluxo de pico. 19
Figura 3 - Terapia medicamentosa da pesquisa em geral. 27
Figura 4 - Terapia medicamentosa de asma entre os Jovens. 29
Figura 5 - Terapia medicamentosa de asma entre os Adultos. 30
Figura 6 - Terapia medicamentosa de asma entre os Idosos. 31
LISTA DE QUADRO E TABELA
Tabela 1 - Classificação dos fármacos usados na asma e principais
Representantes. 21
Quadro 1 - Tabulação da pesquisa de medicamentos para asma. 27
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AMPc Adenosina monofosfato cíclico.
CID Classificação Internacional de Doenças.
DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.
OMS Organização Mundial da Saúde.
RAST Radioallergosornents test.
SUS Sistema Único de Saúde.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..........................................................................................................12
1 ASMA.....................................................................................................................14
1.1 Classificação .....................................................................................................16
1.2 Etiologia .............................................................................................................16
1.3 Diagnóstico........................................................................................................18
2 MEDICAMENTOS..................................................................................................21
2.1 Broncodilatadores.............................................................................................21
2.1.1 Metilxantinas ....................................................................................................22
2.1.2 Agonista beta 2-adrenérgico ............................................................................22
2.1.3 Antagonistas colinérgicos.................................................................................22
2.2 Antiinflamatórios...............................................................................................23
2.2.1 Corticosteróides................................................................................................23
2.2.2 Cromoglicato dissódico e nedocromila.............................................................23
2.2.3 Antagonista de leucotrienos .............................................................................24
2.3 Anticorpos anti-IgE ...........................................................................................24
3 OBJETIVOS...........................................................................................................25
3.1 Objetivo Geral....................................................................................................25
3.2 Objetivos Específicos .......................................................................................25
4 METODOLOGIA ....................................................................................................26
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................27
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................32
REFERÊNCIAS.........................................................................................................33
12
INTRODUÇÃO
A asma é uma doença crônica pulmonar caracterizada por obstrução
reversível das vias aéreas. A manifestação clínica da asma inclui sintomas como
tosse, sibilos, opressão torácica e dispneia, sendo esses sintomas mais frequentes à
noite (RAFFA et al., 2007).
A asma é originada pela liberação dos mediadores químicos (inflamatórios e
broncodilatadores) dentro da parede brônquica onde os mastócitos, leucócitos,
macrófagos, fibras do sistema nervoso respondem com uma liberação de vários
mediadores, como a histamina, triptase, prostaglandina, leucotrienos entre outros,
resultam em uma resposta inflamatória em locais como tecido alvo no aparelho
respiratório, resultando em hipersecreção de muco e mucosa responsável pela
obstrução das vias aéreas (SMITH; ARONSON, 2002).
De acordo com os padrões das crises e testes, a asma pode ser classificada
em asma intermitente, asma persistente leve, asma persistente moderada e asma
persistente grave (SILVA, 2006).
A asma é uma doença complexa e multifatorial, caracterizada por diversos
sintomas, sendo as manifestações mais comuns em crianças. Quando ocorre um
ataque de asma, os músculos ao redor das vias respiratórias ficam apertados e a
parte interna das passagens de ar incha. Isso reduz a quantidade de ar que pode
passar (PESSOA, 2001).
O diagnóstico de asma é realizado através dos sinais e sintomas que
aparecem de forma repetida e que são citados pelo paciente. No exame físico, o
médico poderá analisar a sibilância nos pulmões, principalmente nas exacerbações
da doença. No entanto, nos indivíduos que estão fora de crise, o exame físico
poderá ser normal. Existem exames complementares que podem ajudar o médico,
dentre eles estão: a radiografia do tórax, exames de sangue e de pele (para
constatar se o paciente é alérgico) e a espirometria que identifica e quantifica a
obstrução ao fluxo de ar (BETHLEM, 2000).
Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), 300 milhões
de pessoas são afetadas com a asma, na chegada do inverno, temperaturas baixas
fazem com que as pessoas permaneçam constantemente em lugares fechados.
Nestes locais, a concentração de ácaros, poeira, mofo e demais substâncias
alérgicas é maior, desencadeando crises de asma e outras alergias respiratórias
13
sendo mais comuns entre as crianças e se relacionando a mais de 250 mil mortes
por ano. No Brasil, estima-se que 11,4% das pessoas tenham asma (COSTA et al.,
2012).
Há duas classes de medicamentos utilizados no tratamento da asma, os
broncodilatadores de duração curta e prolongada que relaxam a musculatura das
vias aéreas e inibem a liberação de mediadores mastócitos e basófilos, como por
exemplo, o salmeterol, formoterol e tiotrópio, e os antiinflamatórios que previnem ou
resolvem uma inflamação brônquica existente, melhorando a qualidade de vida dos
pacientes como budesonida e fluticasona (PESSOA, 2001).
Esta pesquisa mostra um levantamento feito com 60 pacientes, por faixa
etária no município de Palmeira D’Oeste – SP, tendo como objetivo verificar o perfil
de utilização de medicamentos no tratamento da asma analisando a eficácia dos
medicamentos isolados e associados.
14
1 ASMA
A asma é caracterizada como uma doença pulmonar, uma inflamação crônica
das vias aéreas inferiores, resultando em uma sufocação, onde o paciente tem uma
dificuldade na respiração, devido a uma broncoconstrição, conforme mostra a figura
1 (RAFFA et al., 2007).
O estreitamento das vias respiratórias é definido como hiper-reatividade, onde
a broncodilatação é variável e reversível, dependo do grau da obstrução dos
brônquios, que pode voltar ao normal com ou sem a introdução de medicamentos
específicos para cada tipo de asma (TARANTINO, 2002).
A asma causa no paciente dispneia, sibilos, opressão torácica e tosse
contínuas ou intermediárias, no entanto só a apresentação desses sintomas não é
suficiente para diagnosticar a asma, é preciso também conhecer o histórico familiar
de atopia (alergia) e se houve exposição de alérgenos irritantes respiratórios,
exercícios, uso de medicamentos, ingestão de alimentos ou até infecções virais
presentes na rotina do paciente (PESSOA, 2000).
Os sintomas de asma podem apresentar periodicamente, ou de vez em
quando, conforme o tipo de asma. Deve ser avaliada por anamnese ou por um
questionário que contribui para o conhecimento da intensidade das crises,
transtornos e eficácia da terapia no paciente. A anamnese é necessária, pois avalia
a gravidade e a duração dos sintomas, apontando a melhor terapia e procedimentos
a serem executados para tratar a asma (RAFFA et al., 2007; SILVEIRA, 2005).
O fator inflamatório é de suma importância na asma, pois o estado de
broncoespasmo difuso, com inflamação, modifica-se em curtos espaços de tempo,
espontâneo ou com a introdução de medicamentos, embora doenças
cardiovasculares apresentem sintomas parecidos (BETHLEM, 2000).
15
Figura 1 - Bronquíolo normal e bronquíolo asmático
Fonte: A.D.A.M. Inc. Disponível em: www.minhavida.com.br/saúde/temas/asma
A asma embora seja uma doença reversível, onde o tratamento com
medicamentos seja eficaz, a doença pode causar muito sofrimento tanto nos
pacientes quanto em seus familiares. Esta doença também pode ser fatal e o
atendimento de urgência e hospitalizações se faz necessário, onde a assistência da
doença deve se fundamentar em três itens indissociáveis que são o controle
ambiental, os medicamentos e a educação (SILVEIRA, 2005).
Tanto o médico como o paciente deve ter consciência de que o controle da
asma significa não apenas a ausência das crises, mas a expansividade normal das
vias aéreas (BETHLEM, 2000).
Em casos mais graves da doença, faz-se um afastamento de irritantes
específicos e inespecíficos, incluindo aspectos psicológicos, refluxos
gastroesofágico, melhorando assim a qualidade de vida do paciente (TARANTINO,
2002).
16
1.1 Classificação
A asma pode ser classificada em intermitente, persistente leve, persistente
moderada e persistente grave (PESSOA, 2000).
A diferença entre os tipos de asma é a gravidade da doença. A intermitente
não atrapalha a função pulmonar, o paciente continua realizando seu trabalho e
atividade física normalmente, não necessitando de bombinhas de alívio contendo
broncodilatador (TARANTINO, 2002).
A asma persistente leve também não é agravante, pois a função pulmonar do
paciente é normal. As atividades físicas e o sono em geral são normais, embora os
sintomas possam aparecer mais de duas vezes por semana, porém menos de uma
vez por dia. Quanto aos sintomas noturnos eles ocorrem mais que duas vezes por
mês (SILVEIRA, 2005).
Na asma persistente moderada a função pulmonar é anormal e sua clínica
pode apresentar sintomas diários, que consequentemente afeta a qualidade de vida
do paciente. Seu sono é interrompido mais de duas vezes por semana (RAFFA et
al., 2007).
E finalmente a persistente grave apresenta sintomas diários e contínuos com
risco de vida. Tem as atividades habituais limitadas, sintomas noturnos frequentes e
o sono são interrompidos duas ou mais vezes na semana (PESSOA, 2000).
1.2 Etiologia
Asma é uma doença complexa e multifatorial, caracterizada por diversos
sintomas, sendo as manifestações mais comuns em crianças e idosos (SILVEIRA,
2005)
Pode determinar um comprometimento funcional de repetição irregular que
manifesta através de uma hiper-reatividade das vias aéreas a diferentes estímulos
levando as crises de broncoespasmo (BETHLEM, 2000).
As alterações funcionais características da asma são devido ao espasmo da
musculatura lisa dos brônquios, edema da mucosa e hipersecreção brônquica,
provocando aumento da resistência das vias aéreas, distribuição irregular do ar
inspirado, distúrbios na relação ventilação perfusão e maior consumo energético do
trabalho respiratório (PESSOA, 2001).
17
A resposta imunológica age de várias formas. Quando o antígeno se liga nos
receptores chamado anticorpo anti-IgE, que ao contato com algum alérgeno (poeira,
pólen, pelos, etc), provoca a desgranulação do mastócito, liberando mediadores
farmacológicos como a histamina, prostaglandinas, leucotrienos, etc, tendo ação
direta em órgãos alvos (glândulas, músculo liso, vasos sanguíneos) (SILVEIRA,
2005).
Pode ter sua ação nas quimiotaxias que recruta as células tipo Th2 que faz a
ativação de células inflamatórias como, por exemplo, os eosinófilos. Provocando
uma inflamação das vias aéreas, uma hiper-reatividade ou uma lesão epitelial que
acontece já na fase tardia, os agentes antiinflamatórios (corticosteróides) agem na
intervenção fazendo o bloqueio (TARANTINO, 2002).
O bloqueio β-adrenérgico é causado por infecção, metabólitos, deficiência de
adenilciclase e fármacos que atacam os nervos simpáticos, tendo ação nos órgãos
alvos, no entanto quem realiza o bloqueio são as agonista β2-adrenégico
(broncodilatadores) (PESSOA, 2000).
A dominância colinérgica faz com que o cérebro mande informações para o
nervo vago que tem ação direta nos órgãos alvo para a inflamação dos brônquios
(RAFFA et al., 2007).
Outra forma é a deficiência de amina β-adrenérgica, onde o pâncreas age
também diretamente nos órgãos alvos fazendo com que haja inflamação dos
brônquios, porém o bloqueio se dá devido à adrenalina (BETHLEM, 2000).
A asma também pode ser induzida por fatores extrínsecos e intrínsecos, onde
a asma alérgica extrínseca é afetada em pacientes jovens (crianças e adolescentes),
que tem histórico familiar normalmente positivo (casos na família), histórico de
eczema na infância, teste cutâneo normalmente positivo, crises relacionadas com
alérgenos específicos (pólen, alimentos, fármacos) e resposta favorável à
hipossensibilização associada ao IgE (pessoas que tem alergia). No entanto, os
linfócitos B sintetizam os anticorpos IgE logo após o contato com o antígeno (RAFFA
et al., 2007).
A asma intrínseca é ocasionada em adultos a partir de 35 anos de idade,
onde o histórico familiar do paciente é normalmente negativo, sem histórico de
eczema na infância, crises relacionadas com infecções, exercícios físicos e outros
estímulos e teste cutâneo normalmente negativo. A asma intrínseca se desenvolve
no organismo geralmente mais tardiamente e os aspectos comuns entre os dois
18
tipos de asma são agonia respiratória, dispneia, sudoração, rubor nas narinas,
apreensão, roncos, eosinofilia, entre outros (RAFFA et al., 2007).
1.3 Diagnóstico
A investigação do paciente com asma deve ser feita para a confirmação do
diagnóstico, identificando fatores que provocam as crises, saber o quadro clínico do
paciente, avaliar criticamente os tratamentos utilizados anteriormente e planejar uma
estratégia terapêutica imediata e em longo prazo (TARANTINO, 2002).
A história clínica do paciente é um dos fatores mais importantes para o
diagnóstico da doença e deve sempre que necessário ser avaliada e revista para
não deixar passar despercebidas informações importantes para o esclarecimento do
caso, onde vai ser introduzido um planejamento terapêutico adequado para o
paciente (SILVEIRA, 2005).
No exame físico, os principais fatores são os que demonstram a presença e o
grau de obstrução brônquica. O paciente vai fazer uma avaliação funcional pulmonar
através da espirometria, que confirma a presença da obstrução dos brônquios, o seu
grau e a resposta do broncodilatador (BETHLEM, 2000).
O uso do pico do fluxo expiratório pela sua simplicidade, disponibilidade para
uso doméstico e baixo custo é uma forma não só de diagnóstico como uma forma de
automanejo, conforme mostra a Figura 2 (RAFFA et al., 2007).
A gasometria arterial é indicada para diagnósticos das crises graves e
tratamento da insuficiência respiratória; e testes de broncoprovocação são utilizados
para o diagnóstico diferencial de asma atípica (PESSOA, 2000).
A radiologia é feita para detectar complicações como a pneumonia,
atelectasia pulmonar, pneumotórax e pneumomediastino. Os testes cutâneos são
feitos para verificar a dosagem de imunoglobulina IgE no sangue, onde pode ser
feito o RAST (radioallergosornents test) que possibilita um diagnóstico mais
específico dos alérgenos que provoca o desencadeamento de alergias respiratórias
(TARANTINO, 2002).
O exame de escarro vai estar bastante alterado na asma brônquica, que pode
ser de muita importância para o diagnóstico, pois sua consistência, viscosidade e
tensão superficial aumentam fazendo com que formem pelotas depois de
expectorado, pois nesta fase o escarro expelido tem propriedades eosinofílicas, que
19
é o acúmulo de proteínas ligadas ao processo inflamatório alérgico, fazendo com
que tenha uma alteração na função ciliar (SILVEIRA, 2005).
No exame microscópico do escarro em um paciente com asma, há um
aumento de números de eosinófilos, embora aconteçam outros processos
inflamatórios. No entanto, pacientes asmáticos que não costumar utilizar
medicamentos como corticóides, o percentual seria de 15%, onde para o diagnóstico
da doença tem já uma alta significância clínica (BETHELEM, 2000).
O diagnóstico diferencial da asma é, portanto, a bronquite infecciosa aguda,
DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), síndrome da disfunção reativa das vias
aéreas, patologias intersticiais, tromboembolismo pulmonar, insuficiência ventricular
esquerda, tumores de traqueia ou brônquio, etc. O grau de intensidade da asma,
associado com a resposta do uso do broncodilatador são um dos fatores mais
importantes para a diferenciação da insuficiência cardíaca com a DPOC (PESSOA,
2001).
Figura 2 - Medidor de fluxo de pico
Fonte: A.D.A.M. Inc. Disponível em: www.minhavida.com.br/saúde/temas/asma
Segundo estimativas da OMS, 300 milhões de pessoas são afetadas com a
asma, na chegada do inverno, temperaturas baixas fazem com que as pessoas
permaneçam constantemente em lugares fechados. Nestes locais, a concentração
de ácaros, poeira, mofo e demais substâncias alérgicas é maior, desencadeando
crises de asma e outras alergias respiratórias, sendo mais comum entre as crianças
e se relacionando a mais de 250 mil mortes por ano. No Brasil, estima-se que 11,4%
das pessoas tenham asma. Em 2007, ocorreram 273.000 internações por essa
20
doença. Asma constitui-se a quarta causa de hospitalização pelo Sistema Único de
Saúde (SUS) (2,3% do total) e a terceira causa entre crianças e adultos jovens,
gerando um custo aproximado de 361 reais por internação (COSTA et al., 2012).
21
2 MEDICAMENTOS
Classificação Grupo Representantes
SIMPATICOMIMÉTICOS
Duração Intermediária salbutamol, fenoterol, terbutalina
Duração Prolongada salmeterol, formoterol
Broncodilatadores Outros Epinefrina
XANTINAS teofilina, aminofilina
PARASSIMPATICOLÍTICOS
brometo de ipratrópio, brometo de
oxitrópio,
brometo de tiotrópio, atropina
CORTICÓIDES beclometasona, budesonida, fluticasona,
flunisolida, mometasona
Anti-Inflamatórios
CORTICOSTERÓIDES DE
USO
SISTÊMICOS
prednisona, metilprednisolona,
hidrocortisona
CROMOGLICATO DISSÓDICO E NEDOCROMILA
ANTAGONISTAS DE
LEUCOTRIENOS
zileutona, zafirlucaste, motelucaste,
pranlucaste
Imunomoduladore
s
ANTI IgE Omalizumabe
Tabela 1: Classificação dos fármacos usados na asma e principais representantes
Fonte: Ministério da Saúde, Uso Racional de Medicamentos, Brasília, 2012.
Os medicamentos administrados aos asmáticos têm o objetivo de melhorar a
qualidade de vida do indivíduo (SILVA, 2002).
2.1 Broncodilatadores
Os broncodilatadores são drogas que relaxam a musculatura das pequenas
vias aéreas e inibem a liberação de mediadores dos mastócitos e basófilos, bem
como melhoram o batimento mucociliar. Podem ser usados por via oral, injetável ou
inalatória, porém, a via preferencial de utilização é a inalatória (RANG et al., 2003).
22
2.1.1 Metilxantinas
São usadas desde o século XX, após as observações que o café forte, era
capaz de aliviar os sintomas da asma. Alimentos como café, chá e bebidas contendo
chocolate normalmente possuem xantinas naturais como a cafeína e teobromina
(PAGE et al., 2004).
O mecanismo de ação das metilxantinas ainda não está completamente
entendido, mas sabe-se que ocorre inibição da fosfodiesterase, com consequente
aumento do AMPc intracecular e relaxamento da musculatura lisa dos brônquios;
Inibição dos receptores de adenosina, com posterior redução da liberação de
mediadores inflamatórios por mastócitos sensibilizados; aumento da produção de IL-
10, que é uma citosina com ação antiinflamatória (ex: teofina e aminofilina) (SILVA,
2002).
2.1.2 Agonista beta 2-adrenérgico
São agentes de inalação de ação curta e constituem a primeira opção para
alívio de crises instaladas em todos os estágios da asma. Esses fármacos relaxam a
musculatura lisa bronquial, inibem a liberação do mediador e aumentam o transporte
de muco por estímulo de adrenorreceptores beta 2 que estão localizados nas células
musculares lisas das vias aéreas (SILVEIRA, 2005).
2.1.3 Antagonistas colinérgicos
Causam broncodilatação através da ligação aos receptores muscarínicos na
musculatura lisa aérea antagonizando os efeitos da acelticolina liberada pelos
nervos parassimpáticos nos nervos vago. Há três tipos de receptores muscarínicos
nos seres humanos: M1 (localizado nos gânglios parassimpáticos), M2 (localizado
no coração) e M3 (localizado nas vias aéreas) (FUCHS et al., 2004).
O tiotrópio é um broncodilatador que tem ação prolongada antimuscarínica
seletiva para receptores M1 e M3 e tem eficácia comprovada no tratamento de
pacientes com DPOC. Os efeitos adversos são raros, os mais frequentes são secura
na boca, rubor, tontura e leve taquicardia (FUCHS et al., 2006).
23
2.2 Antiinflamatórios
Podem resolver uma inflamação brônquica existente ou prevenir a inflamação
subsequente da asma (RANG et al., 2003).
2.2.1 Corticosteróides
Os corticosteróides inibem a fase tardia da reação alérgica (incluindo a
resposta asmática tardia ao desafio com antígeno) por vários mecanismos:
reduzindo o número de mastócitos habitantes da superfície das células da mucosa
das vias aéreas; reduzindo a quimiotaxia e a ativação de eosinófilos e; a produção
de citocinas por eosinófilos, monócitos, mastócitos e linfócitos. Usados regularmente
reduzem a reatividade bronquial, melhoram a qualidade das vias aéreas e diminuem
a gravidade e a frequência das crises de asma (SILVEIRA, 2005).
Estes medicamentos (corticosteróides) podem ser usados com segurança em
gestação e amamentação, mas o uso prolongado tem efeitos adversos sistêmicos
evidentes, exemplo: diabete mellitus, osteoporose, predisposição a infecções
oportunistas, insuficiência supra-renal, síndrome de cushing, fragilidade capilar com
formação de hematomas, cataratas e distúrbios psiquiátricos (RAFFA et al., 2007).
Os corticóides inalados diminuem a intensidade da inflamação crônica das
vias respiratórias em asmáticos, obtendo bons resultados no controle da asma leve
e moderada (ex: fluticasona, flunisolida, budesonida, beclometasona, mometasona),
(RANG et al, 2003).
2.2.2 Cromoglicato dissódico e nedocromila
Embora considerado um antiinflamatório com menor eficiência que os
corticóides, bloqueiam os canais de cloro da membrana celular dos mastócitos,
eosinófilos, nervos e células epiteliais. Ambas as drogas são seguras, tem raros
efeitos colaterais e não é conhecida interação medicamentosa com os mesmos,
porém são utilizados mais para tratamento de asma moderada (SILVEIRA, 2005).
24
2.2.3 Antagonista de leucotrienos
Os leucotrienos se originam da enzima 5-lipoxigenase do metabolismo do
ácido araquidônico causando broncoconstrição, aumentando a hipereatividade dos
brônquios, edema, hipersecreção do muco e infiltração eosinofílica nas vias
respiratórias (SILVA, 2002).
Quando usado regularmente esses fármacos funcionam tão bem quanto os
corticosteróides inalados na redução da frequência de crise da asma, porém, os
antagonistas de leucotrienos têm menor capacidade de aliviar os sintomas, reduzir a
reatividade bronquial e melhorar a qualidade das vias aéreas. Esses medicamentos
são indicados para asma leve e moderada (ex: zileutona, zafirlucaste, montelucaste,
pranlucaste) (RAFFA et al., 2007).
2.3 Anticorpos anti-IgE
Esse é um dos tratamentos mais recentes, onde os fármacos que atuam
como anticorpos anti-IgE evitam a ligação de IgE à superfície dos mastócitos e essa
ação reduz a formação de complexos antígeno-IgE ativados e suprime a liberação
de mediadores que induzem a broncoconstrição imediata na fase precoce.
Omalizumabe ou Rhumab-E25 (anticorpo monoclonal humanizado recombinante
anti-IgE) é o primeiro de uma nova classe de agentes que objetivam especificamente
atuar na IgE humana. Ele se conjuga com IgE livre circulante, qualquer que seja sua
especificidade com o alérgeno e impede respostas subseqüentes mediadas por IgE
(RAFFA et al., 2007).
25
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Realizar um levantamento do perfil medicamentoso no tratamento da asma
em pacientes da rede pública do município de Palmeira D`Oeste – SP.
3.2 Objetivos Específicos
Verificar a eficácia do tratamento da asma nos pacientes da rede pública de
Palmeira D`Oeste;
Verificar os tipos de medicamentos utilizados no tratamento da asma nos
pacientes estudados;
Utilização por faixa etária dos tipos de medicamentos para asma;
Avaliar os esquemas terapêuticos empregados na farmacoterapia da asma;
26
4 METODOLOGIA
Pesquisa em rol de pacientes fornecidos pela rede pública de Palmeira
D’Oeste, constando dados como: idade, medicamentos, CID da doença de cada
paciente.
Tabulação dos dados e verificação por faixa etária da utilização de
medicamentos para asma.
Dentre os 60 pacientes pesquisados, 36 são do sexo feminino e 24 do sexo
masculino, numa faixa etária entre 11 a 83 anos.
27
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
QuantidadeQuantidade Quantidade Total de Usuário por
Tratamento jovens adulto de idoso por tipo de
Jovens Adulto Idoso Medicamento
Salmeterol 50mcg 2 5 7
Salmeterol 50 mcg + Fluticasona 250 mcg 1 4 3 8
Salmeterol 50 mcg + Fluticasona 100 mcg 3 3
Salmeterol 50 mcg + Budesonida 200 mcg 2 2 4
Budesonida 200 mcg 4 3 7
Formoterol 12 mcg 3 3
Formoterol 12 mcg + Budesonida 400 mcg 9 6 15
Formoterol 12 mcg + Fluticasona250 mcg 1 1 2
Formoterol 6 mcg + Budesonida 200 mcg 2 2 4
Formoterol 12 mcg + Budesonida 400 + Tiotropio 2,5 mcg 6 6
Formoterol 12 mcg + Fluticasona 250 mcg + Tiotropio 2,5 mcg 1 1
Total 3 24 33 60
Quadro 1: Tabulação da pesquisa de medicamentos para Asma
Figura 3: Terapia medicamentosa da pesquisa em geral
Fonte: elaboração própria
28
Segundo os dados obtidos nesta pesquisa, entre os jovens só foram utilizados
associações de salmeterol/fluticasona e formoterol/ budesonida. Entre os pacientes
adultos, não foram utilizados os medicamentos com combinações com tiotrópio, a
não ser os idosos, porém nestes foram utilizados também os medicamentos
formoterol combinado com a budesonida em concentrações diferentes no tratamento
da asma.
Em todas as faixas etárias descritas na pesquisa, os medicamentos mais
utilizados no tratamento da asma foram a combinação de formoterol/budesonida e
salmeterol/fluticasona, enquanto nos pacientes idosos além de ultilizar esses
também houve a introdução do tiotrópio.
A eficácia desses medicamentos é devido a utilização dos antiinflamatórios
associados, pois tem ação direta nos órgãos alvos. Segundo Oddera, et al.(1995), a
budesonida é tão eficaz quanto a dexametasona, pois induz a inibição da inflamação
das vias respiratórias.
A budesonida, quando estudada em ratos, apresentou certa afinidade com os
pulmões destes, o que explicaria os efeitos terapêuticos positivos, com relação a
este fármaco (RYRFELDT et al.,1989).
29
Figura 4: Terapia medicamentosa de asma entre os Jovens.
Fonte: elaboração própria
De acordo com a figura 4, é possível observar que 67% dos jovens estão
fazendo uso da associação formoterol e budesonida e os outros 33% fazem uso do
salmeterol e fluticasona. Dados relatam que estas associações mostraram
efetividade no tratamento da asma (PATEL et al., 2010).
Ainda segundo Molitor et al. (2005) a combinação do broncodilador e o
antiinflamatório se mostrou mais efetivo no controle da asma moderada ou grave
quando comparado com a utilização isolada destes fármacos.
Quando comparado a fluticasona isolada com os medicamentos associados
(broncodilatador e antiinflamatório), estes foram mais eficazes em crianças, pois
melhoram significativamente a broncoconstrição (MAKELÃ et al., 2012).
Hozawa et al. (2011) relata que o uso da associação budesonida/formoterol,
tem grande eficácia, melhorando a inflamação das vias aéreas e tendo uma redução
dos sintomas da asma.
30
Figura 5: Terapia medicamentosa de asma entre os Adultos
Fonte: elaboração própria
De acordo com a figura 5, entre os pacientes adultos, 71% utilizam a
budesonida isolada ou em associação. Ainda é possível constatar que 50% utilizam
formoterol como broncodilatador e que 8% utilizam somente broncodilatador de ação
prolongada como terapia.
Segundo Hodgson D, Mortimer K, Harrison T. (2010), a combinação de
formoterol e budesonida oferece vantagens terapêuticas no tratamento da asma,
pois mostra claramente que o medicamento utilizado é seguro e eficaz tanto na
terapia de manutenção quanto no alívio dos sintomas.
O uso de fluticasona/formoterol tem mais eficácia e segurança em
adolescentes e adultos com asma leve a moderada (NATHAM et al., 2012).
31
Figura 6:Terapia medicamentosa de asma entre os Idosos.
Fonte: elaboração própria
Na figura 6, verifica-se que entre os pacientes idosos, 48% fazem uso da
budesonida isolada ou em associação, 22% do total utilizam tiotrópio também para
combater doenças como a DPOC e 26% dos pesquisados utilizam somente
broncodilatador de duração prolongada.
Segundo Szmidt et al. (2012), o tiotrópio é colocado em associação com os
antiinflamatorios/broncodilatador (budesonida e formoterol), pois melhora sintomas
característicos de DPOC.
O uso do tiotrópio, comparado com o salmeterol no tratamento da asma
persistente moderada mostrou maior eficácia na função pulmonar e tem um papel
importante no tratamento da asma nas fases graves, com ou sem enfisema
pulmonar (BATEMAN et al., 2011; PARQUE, 2012).
32
6 CONCLUSÃO
A terapia medicamentosa apresentou eficácia quando comparado com a
utilização destas mesmas substâncias para o controle da asma em outros locais do
mundo.
Broncodilatadores e antiinflamatórios foram os medicamentos mais usados no
tratamento da doença em questão, porém na maioria dos casos em associação,
dependendo do tipo e da gravidade da doença.
Contudo, a faixa etária que apresentou o maior número de asmáticos foi a
idosa, e também a que mais fez uso dos medicamentos em associação, pois dentre
os 60 pacientes pesquisados apenas 3 jovens apresentaram a doença.
O tiotrópio, no entanto, é utilizado nos casos de asma com DPOC como
coenfermidade.
33
REFERÊNCIAS
BATEMAN, E. D.; KOMMAN, O.; SCHMIDT, P.; PIVOVAROVA, A.; ENGEL, M.;
FABBRI, L. M. Tiotropium is noninferior to salmeterol in maintaining improved
lung function in b16-arg/arg patients with asthma. África do Sul: Journal of
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HOZAWA, S.; TERADA, M.; HOZAWA, M. Comparison of budesonide/formoterol
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NATHAM, R. A.; D’URSO, A.; BLAZHKO, V.; KAISER, K. Safety and efficacy of
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34
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35
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  • 1. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS ADRIANA BILIERI JULIANA PESSOA ARAUJO MARISSOL MARIKO TANAKA SANDRA FERRACINI SENTINELLO PERFIL MEDICAMENTOSO DA ASMA NA REDE PÚBLICA DE PALMEIRA D’OESTE – SP FERNANDÓPOLIS- SP 2012
  • 2. ADRIANA BILIERI JULIANA PESSOA ARAUJO MARISSOL MARIKO TANAKA SANDRA FERRACINI SENTINELLO PERFIL MEDICAMENTOSO DA ASMA NA REDE PÚBLICA DE PALMEIRA D’OESTE – SP Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Graduação em Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como exigência parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia. Orientador: Prof. MSc. Roney Eduardo Zaparoli FERNANDÓPOLIS – SP 2012
  • 3. ADRIANA BILIERI JULIANA PESSOA ARAUJO MARISSOL MARIKO TANAKA SANDRA FERRACINI SENTINELLO PERFIL MEDICAMENTOSO DA ASMA NA REDE PÚBLICA DE PALMEIRA D’OESTE – SP Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia. Aprovado em: 09 de novembro de 2012 Banca examinadora Assinatura Conceito Prof. MSc.Roney Eduardo Zaparoli Prof. MSc. Vânia Luiza Ferreira Lucatti Sato Prof. MSc. Daiane Fernanda Pereira Mastrocola Prof. MSc. Roney Eduardo Zaparoli Presidente da Banca Examinadora
  • 4. Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, pois sem ele, nada seria possível e nossos sonhos não seriam concretizados. Ao nosso orientador Roney Eduardo Zaparoli, pela orientação na monografia, que soube fazer críticas honestas e nos levaram a melhorar e direcionar esse trabalho de conclusão de curso com muita seriedade e dedicação. As nossas famílias, que sempre nos deram apoio, e estiveram presentes acreditando em nosso potencial, nos incentivando na busca de novas realizações e descobertas. A todos os professores e colegas de sala.
  • 5. AGRADECIMENTOS A Deus que incomparável e inconfundível na sua infinita bondade, compreendeu e nos deu a necessária coragem para atingir nossos objetivos. A todos os professores que conhecemos ao longo desses anos, nossa gratidão não somente ao profissional competente, dedicado em partilhar e expandir seus conhecimentos, mas também à pessoa, ao amigo que dignifica a luta por um ideal nos conscientizando do valor de nossa profissão. Aos amigos que encontramos e que para nós foram e sempre serão importantes, fica o desejo de boa sorte e a vontade de que lutam e vençam. A todas as pessoas importantes da nossa vida, que abriram mão de momentos de convívio, que sofreram com nossa ausência quando o dever e o estudo nos chamavam, mas que agora vêem com muito alívio e alegria, este fim de etapa.
  • 6. “É muito melhor lançar-se em busca de conquistas grandiosas, mesmo expondo-se ao fracasso, do que aliançar-se aos pobres de espírito, que nem gozam muito e nem sofrem muito, porque vivem numa penumbra cinzenta onde não conhecem nem vitória e nem derrota.” (Theodore Roosefelt)
  • 7. RESUMO A asma é uma inflamação das vias aéreas inferiores, com um grau de obstrução variável e reversível, sendo espontâneo ou por meio de introdução medicamentosa. É causada por fatores extrínsecos e intrínsecos, como genética, alimentos, pó, pólen, pêlos, exercícios físicos, etc. Seus sintomas mais comuns são tosse, compressão torácica, respiração rápida e chiados, e é classificada em asma Intermitente, Persistente Leve, Persistente Moderada e Persistente Grave. Seu diagnóstico é dado a partir de uma investigação feita pelo médico, que vai identificar os fatores que provocam as crises de asma. No entanto, os exames físicos são necessários para observar o grau de obstrução brônquica do paciente, como exemplo a espirometria, que identifica e quantifica a obstrução dos brônquios. A asma não tem cura, porém é controlável, fazendo uma prevenção das crises decorrentes, evitando a exposição com alérgenos e utilizando uma farmacoterapia adequada. No tratamento da asma existem duas classes de medicamentos: broncodilatores e antiinflamatórios. Dentro dos primeiros existem os de ação curta e prolongada como, por exemplo, formoterol e salmeterol. Na segunda destacam-se os corticosteróides, sendo a budesonida e fluticasona seus representantes. A pesquisa feita no município de Palmeira D`Oeste, dentro da rede pública, relatou o uso de vários medicamentos utilizados no tratamento da asma, onde dependendo do tipo de asma, foram utilizados associações diferentes ou monodroga, de acordo com a sua faixa etária. Diante dos resultados obtidos foi constatado que houve eficácia de todos os medicamentos utilizados nos pacientes, onde a associação de medicamentos foi realizada de forma racional, como os broncodilatadores com antiinflamatórios. Palavras-chave: Asma. Antiinflamatório. Broncodilatador.
  • 8. ABSTRACT Asthma is an inflammation of the lower airways with a degree of obstruction variable and reversible, with spontaneous or by means of drug introduction. It is caused by extrinsic and intrinsic factors such as genetics, food, dust, pollen, dander, exercise, etc.. Its most common symptoms are cough, chest compression, rapid breathing and wheezing, and asthma is classified as Intermittent, Mild Persistent, Moderate Persistent, and Severe Persistent. Its diagnosis is given from an investigation by the doctor, who will identify the factors that cause asthma attacks. However, physical examinations are necessary to observe the degree of bronchial obstruction of the patient, such as spirometry, which identifies and quantifies the obstruction of bronchi. Asthma has no cure, but it is controllable, making a prevention of crises arising, avoiding exposure to allergens and using an appropriate pharmacotherapy. In the treatment of asthma are two classes of drugs: bronchodilators and anti-inflammatory. Within the first there are short and prolonged action such as formoterol and salmeterol. The second stand out corticosteroids, budesonide and fluticasone and their representatives. Research done in Palmeira D'Oeste, in the public, reported the use of several drugs used to treat asthma, where depending on the type of asthma, we used different associations or monodroga, according to their age group. Based on these results it was found that there was efficacy of all medicines used in patients where the drug combination were carried out in a rational manner, with anti- inflammatory drugs such as bronchodilators. Keywords: Asthma. Anti-inflammatory. Bronchodilatador.
  • 9. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Bronquíolo normal e bronquíolo asmático. 15 Figura 2 - Medidor de fluxo de pico. 19 Figura 3 - Terapia medicamentosa da pesquisa em geral. 27 Figura 4 - Terapia medicamentosa de asma entre os Jovens. 29 Figura 5 - Terapia medicamentosa de asma entre os Adultos. 30 Figura 6 - Terapia medicamentosa de asma entre os Idosos. 31
  • 10. LISTA DE QUADRO E TABELA Tabela 1 - Classificação dos fármacos usados na asma e principais Representantes. 21 Quadro 1 - Tabulação da pesquisa de medicamentos para asma. 27
  • 11. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMPc Adenosina monofosfato cíclico. CID Classificação Internacional de Doenças. DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. OMS Organização Mundial da Saúde. RAST Radioallergosornents test. SUS Sistema Único de Saúde.
  • 12. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..........................................................................................................12 1 ASMA.....................................................................................................................14 1.1 Classificação .....................................................................................................16 1.2 Etiologia .............................................................................................................16 1.3 Diagnóstico........................................................................................................18 2 MEDICAMENTOS..................................................................................................21 2.1 Broncodilatadores.............................................................................................21 2.1.1 Metilxantinas ....................................................................................................22 2.1.2 Agonista beta 2-adrenérgico ............................................................................22 2.1.3 Antagonistas colinérgicos.................................................................................22 2.2 Antiinflamatórios...............................................................................................23 2.2.1 Corticosteróides................................................................................................23 2.2.2 Cromoglicato dissódico e nedocromila.............................................................23 2.2.3 Antagonista de leucotrienos .............................................................................24 2.3 Anticorpos anti-IgE ...........................................................................................24 3 OBJETIVOS...........................................................................................................25 3.1 Objetivo Geral....................................................................................................25 3.2 Objetivos Específicos .......................................................................................25 4 METODOLOGIA ....................................................................................................26 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................27 6 CONCLUSÃO ........................................................................................................32 REFERÊNCIAS.........................................................................................................33
  • 13. 12 INTRODUÇÃO A asma é uma doença crônica pulmonar caracterizada por obstrução reversível das vias aéreas. A manifestação clínica da asma inclui sintomas como tosse, sibilos, opressão torácica e dispneia, sendo esses sintomas mais frequentes à noite (RAFFA et al., 2007). A asma é originada pela liberação dos mediadores químicos (inflamatórios e broncodilatadores) dentro da parede brônquica onde os mastócitos, leucócitos, macrófagos, fibras do sistema nervoso respondem com uma liberação de vários mediadores, como a histamina, triptase, prostaglandina, leucotrienos entre outros, resultam em uma resposta inflamatória em locais como tecido alvo no aparelho respiratório, resultando em hipersecreção de muco e mucosa responsável pela obstrução das vias aéreas (SMITH; ARONSON, 2002). De acordo com os padrões das crises e testes, a asma pode ser classificada em asma intermitente, asma persistente leve, asma persistente moderada e asma persistente grave (SILVA, 2006). A asma é uma doença complexa e multifatorial, caracterizada por diversos sintomas, sendo as manifestações mais comuns em crianças. Quando ocorre um ataque de asma, os músculos ao redor das vias respiratórias ficam apertados e a parte interna das passagens de ar incha. Isso reduz a quantidade de ar que pode passar (PESSOA, 2001). O diagnóstico de asma é realizado através dos sinais e sintomas que aparecem de forma repetida e que são citados pelo paciente. No exame físico, o médico poderá analisar a sibilância nos pulmões, principalmente nas exacerbações da doença. No entanto, nos indivíduos que estão fora de crise, o exame físico poderá ser normal. Existem exames complementares que podem ajudar o médico, dentre eles estão: a radiografia do tórax, exames de sangue e de pele (para constatar se o paciente é alérgico) e a espirometria que identifica e quantifica a obstrução ao fluxo de ar (BETHLEM, 2000). Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), 300 milhões de pessoas são afetadas com a asma, na chegada do inverno, temperaturas baixas fazem com que as pessoas permaneçam constantemente em lugares fechados. Nestes locais, a concentração de ácaros, poeira, mofo e demais substâncias alérgicas é maior, desencadeando crises de asma e outras alergias respiratórias
  • 14. 13 sendo mais comuns entre as crianças e se relacionando a mais de 250 mil mortes por ano. No Brasil, estima-se que 11,4% das pessoas tenham asma (COSTA et al., 2012). Há duas classes de medicamentos utilizados no tratamento da asma, os broncodilatadores de duração curta e prolongada que relaxam a musculatura das vias aéreas e inibem a liberação de mediadores mastócitos e basófilos, como por exemplo, o salmeterol, formoterol e tiotrópio, e os antiinflamatórios que previnem ou resolvem uma inflamação brônquica existente, melhorando a qualidade de vida dos pacientes como budesonida e fluticasona (PESSOA, 2001). Esta pesquisa mostra um levantamento feito com 60 pacientes, por faixa etária no município de Palmeira D’Oeste – SP, tendo como objetivo verificar o perfil de utilização de medicamentos no tratamento da asma analisando a eficácia dos medicamentos isolados e associados.
  • 15. 14 1 ASMA A asma é caracterizada como uma doença pulmonar, uma inflamação crônica das vias aéreas inferiores, resultando em uma sufocação, onde o paciente tem uma dificuldade na respiração, devido a uma broncoconstrição, conforme mostra a figura 1 (RAFFA et al., 2007). O estreitamento das vias respiratórias é definido como hiper-reatividade, onde a broncodilatação é variável e reversível, dependo do grau da obstrução dos brônquios, que pode voltar ao normal com ou sem a introdução de medicamentos específicos para cada tipo de asma (TARANTINO, 2002). A asma causa no paciente dispneia, sibilos, opressão torácica e tosse contínuas ou intermediárias, no entanto só a apresentação desses sintomas não é suficiente para diagnosticar a asma, é preciso também conhecer o histórico familiar de atopia (alergia) e se houve exposição de alérgenos irritantes respiratórios, exercícios, uso de medicamentos, ingestão de alimentos ou até infecções virais presentes na rotina do paciente (PESSOA, 2000). Os sintomas de asma podem apresentar periodicamente, ou de vez em quando, conforme o tipo de asma. Deve ser avaliada por anamnese ou por um questionário que contribui para o conhecimento da intensidade das crises, transtornos e eficácia da terapia no paciente. A anamnese é necessária, pois avalia a gravidade e a duração dos sintomas, apontando a melhor terapia e procedimentos a serem executados para tratar a asma (RAFFA et al., 2007; SILVEIRA, 2005). O fator inflamatório é de suma importância na asma, pois o estado de broncoespasmo difuso, com inflamação, modifica-se em curtos espaços de tempo, espontâneo ou com a introdução de medicamentos, embora doenças cardiovasculares apresentem sintomas parecidos (BETHLEM, 2000).
  • 16. 15 Figura 1 - Bronquíolo normal e bronquíolo asmático Fonte: A.D.A.M. Inc. Disponível em: www.minhavida.com.br/saúde/temas/asma A asma embora seja uma doença reversível, onde o tratamento com medicamentos seja eficaz, a doença pode causar muito sofrimento tanto nos pacientes quanto em seus familiares. Esta doença também pode ser fatal e o atendimento de urgência e hospitalizações se faz necessário, onde a assistência da doença deve se fundamentar em três itens indissociáveis que são o controle ambiental, os medicamentos e a educação (SILVEIRA, 2005). Tanto o médico como o paciente deve ter consciência de que o controle da asma significa não apenas a ausência das crises, mas a expansividade normal das vias aéreas (BETHLEM, 2000). Em casos mais graves da doença, faz-se um afastamento de irritantes específicos e inespecíficos, incluindo aspectos psicológicos, refluxos gastroesofágico, melhorando assim a qualidade de vida do paciente (TARANTINO, 2002).
  • 17. 16 1.1 Classificação A asma pode ser classificada em intermitente, persistente leve, persistente moderada e persistente grave (PESSOA, 2000). A diferença entre os tipos de asma é a gravidade da doença. A intermitente não atrapalha a função pulmonar, o paciente continua realizando seu trabalho e atividade física normalmente, não necessitando de bombinhas de alívio contendo broncodilatador (TARANTINO, 2002). A asma persistente leve também não é agravante, pois a função pulmonar do paciente é normal. As atividades físicas e o sono em geral são normais, embora os sintomas possam aparecer mais de duas vezes por semana, porém menos de uma vez por dia. Quanto aos sintomas noturnos eles ocorrem mais que duas vezes por mês (SILVEIRA, 2005). Na asma persistente moderada a função pulmonar é anormal e sua clínica pode apresentar sintomas diários, que consequentemente afeta a qualidade de vida do paciente. Seu sono é interrompido mais de duas vezes por semana (RAFFA et al., 2007). E finalmente a persistente grave apresenta sintomas diários e contínuos com risco de vida. Tem as atividades habituais limitadas, sintomas noturnos frequentes e o sono são interrompidos duas ou mais vezes na semana (PESSOA, 2000). 1.2 Etiologia Asma é uma doença complexa e multifatorial, caracterizada por diversos sintomas, sendo as manifestações mais comuns em crianças e idosos (SILVEIRA, 2005) Pode determinar um comprometimento funcional de repetição irregular que manifesta através de uma hiper-reatividade das vias aéreas a diferentes estímulos levando as crises de broncoespasmo (BETHLEM, 2000). As alterações funcionais características da asma são devido ao espasmo da musculatura lisa dos brônquios, edema da mucosa e hipersecreção brônquica, provocando aumento da resistência das vias aéreas, distribuição irregular do ar inspirado, distúrbios na relação ventilação perfusão e maior consumo energético do trabalho respiratório (PESSOA, 2001).
  • 18. 17 A resposta imunológica age de várias formas. Quando o antígeno se liga nos receptores chamado anticorpo anti-IgE, que ao contato com algum alérgeno (poeira, pólen, pelos, etc), provoca a desgranulação do mastócito, liberando mediadores farmacológicos como a histamina, prostaglandinas, leucotrienos, etc, tendo ação direta em órgãos alvos (glândulas, músculo liso, vasos sanguíneos) (SILVEIRA, 2005). Pode ter sua ação nas quimiotaxias que recruta as células tipo Th2 que faz a ativação de células inflamatórias como, por exemplo, os eosinófilos. Provocando uma inflamação das vias aéreas, uma hiper-reatividade ou uma lesão epitelial que acontece já na fase tardia, os agentes antiinflamatórios (corticosteróides) agem na intervenção fazendo o bloqueio (TARANTINO, 2002). O bloqueio β-adrenérgico é causado por infecção, metabólitos, deficiência de adenilciclase e fármacos que atacam os nervos simpáticos, tendo ação nos órgãos alvos, no entanto quem realiza o bloqueio são as agonista β2-adrenégico (broncodilatadores) (PESSOA, 2000). A dominância colinérgica faz com que o cérebro mande informações para o nervo vago que tem ação direta nos órgãos alvo para a inflamação dos brônquios (RAFFA et al., 2007). Outra forma é a deficiência de amina β-adrenérgica, onde o pâncreas age também diretamente nos órgãos alvos fazendo com que haja inflamação dos brônquios, porém o bloqueio se dá devido à adrenalina (BETHLEM, 2000). A asma também pode ser induzida por fatores extrínsecos e intrínsecos, onde a asma alérgica extrínseca é afetada em pacientes jovens (crianças e adolescentes), que tem histórico familiar normalmente positivo (casos na família), histórico de eczema na infância, teste cutâneo normalmente positivo, crises relacionadas com alérgenos específicos (pólen, alimentos, fármacos) e resposta favorável à hipossensibilização associada ao IgE (pessoas que tem alergia). No entanto, os linfócitos B sintetizam os anticorpos IgE logo após o contato com o antígeno (RAFFA et al., 2007). A asma intrínseca é ocasionada em adultos a partir de 35 anos de idade, onde o histórico familiar do paciente é normalmente negativo, sem histórico de eczema na infância, crises relacionadas com infecções, exercícios físicos e outros estímulos e teste cutâneo normalmente negativo. A asma intrínseca se desenvolve no organismo geralmente mais tardiamente e os aspectos comuns entre os dois
  • 19. 18 tipos de asma são agonia respiratória, dispneia, sudoração, rubor nas narinas, apreensão, roncos, eosinofilia, entre outros (RAFFA et al., 2007). 1.3 Diagnóstico A investigação do paciente com asma deve ser feita para a confirmação do diagnóstico, identificando fatores que provocam as crises, saber o quadro clínico do paciente, avaliar criticamente os tratamentos utilizados anteriormente e planejar uma estratégia terapêutica imediata e em longo prazo (TARANTINO, 2002). A história clínica do paciente é um dos fatores mais importantes para o diagnóstico da doença e deve sempre que necessário ser avaliada e revista para não deixar passar despercebidas informações importantes para o esclarecimento do caso, onde vai ser introduzido um planejamento terapêutico adequado para o paciente (SILVEIRA, 2005). No exame físico, os principais fatores são os que demonstram a presença e o grau de obstrução brônquica. O paciente vai fazer uma avaliação funcional pulmonar através da espirometria, que confirma a presença da obstrução dos brônquios, o seu grau e a resposta do broncodilatador (BETHLEM, 2000). O uso do pico do fluxo expiratório pela sua simplicidade, disponibilidade para uso doméstico e baixo custo é uma forma não só de diagnóstico como uma forma de automanejo, conforme mostra a Figura 2 (RAFFA et al., 2007). A gasometria arterial é indicada para diagnósticos das crises graves e tratamento da insuficiência respiratória; e testes de broncoprovocação são utilizados para o diagnóstico diferencial de asma atípica (PESSOA, 2000). A radiologia é feita para detectar complicações como a pneumonia, atelectasia pulmonar, pneumotórax e pneumomediastino. Os testes cutâneos são feitos para verificar a dosagem de imunoglobulina IgE no sangue, onde pode ser feito o RAST (radioallergosornents test) que possibilita um diagnóstico mais específico dos alérgenos que provoca o desencadeamento de alergias respiratórias (TARANTINO, 2002). O exame de escarro vai estar bastante alterado na asma brônquica, que pode ser de muita importância para o diagnóstico, pois sua consistência, viscosidade e tensão superficial aumentam fazendo com que formem pelotas depois de expectorado, pois nesta fase o escarro expelido tem propriedades eosinofílicas, que
  • 20. 19 é o acúmulo de proteínas ligadas ao processo inflamatório alérgico, fazendo com que tenha uma alteração na função ciliar (SILVEIRA, 2005). No exame microscópico do escarro em um paciente com asma, há um aumento de números de eosinófilos, embora aconteçam outros processos inflamatórios. No entanto, pacientes asmáticos que não costumar utilizar medicamentos como corticóides, o percentual seria de 15%, onde para o diagnóstico da doença tem já uma alta significância clínica (BETHELEM, 2000). O diagnóstico diferencial da asma é, portanto, a bronquite infecciosa aguda, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), síndrome da disfunção reativa das vias aéreas, patologias intersticiais, tromboembolismo pulmonar, insuficiência ventricular esquerda, tumores de traqueia ou brônquio, etc. O grau de intensidade da asma, associado com a resposta do uso do broncodilatador são um dos fatores mais importantes para a diferenciação da insuficiência cardíaca com a DPOC (PESSOA, 2001). Figura 2 - Medidor de fluxo de pico Fonte: A.D.A.M. Inc. Disponível em: www.minhavida.com.br/saúde/temas/asma Segundo estimativas da OMS, 300 milhões de pessoas são afetadas com a asma, na chegada do inverno, temperaturas baixas fazem com que as pessoas permaneçam constantemente em lugares fechados. Nestes locais, a concentração de ácaros, poeira, mofo e demais substâncias alérgicas é maior, desencadeando crises de asma e outras alergias respiratórias, sendo mais comum entre as crianças e se relacionando a mais de 250 mil mortes por ano. No Brasil, estima-se que 11,4% das pessoas tenham asma. Em 2007, ocorreram 273.000 internações por essa
  • 21. 20 doença. Asma constitui-se a quarta causa de hospitalização pelo Sistema Único de Saúde (SUS) (2,3% do total) e a terceira causa entre crianças e adultos jovens, gerando um custo aproximado de 361 reais por internação (COSTA et al., 2012).
  • 22. 21 2 MEDICAMENTOS Classificação Grupo Representantes SIMPATICOMIMÉTICOS Duração Intermediária salbutamol, fenoterol, terbutalina Duração Prolongada salmeterol, formoterol Broncodilatadores Outros Epinefrina XANTINAS teofilina, aminofilina PARASSIMPATICOLÍTICOS brometo de ipratrópio, brometo de oxitrópio, brometo de tiotrópio, atropina CORTICÓIDES beclometasona, budesonida, fluticasona, flunisolida, mometasona Anti-Inflamatórios CORTICOSTERÓIDES DE USO SISTÊMICOS prednisona, metilprednisolona, hidrocortisona CROMOGLICATO DISSÓDICO E NEDOCROMILA ANTAGONISTAS DE LEUCOTRIENOS zileutona, zafirlucaste, motelucaste, pranlucaste Imunomoduladore s ANTI IgE Omalizumabe Tabela 1: Classificação dos fármacos usados na asma e principais representantes Fonte: Ministério da Saúde, Uso Racional de Medicamentos, Brasília, 2012. Os medicamentos administrados aos asmáticos têm o objetivo de melhorar a qualidade de vida do indivíduo (SILVA, 2002). 2.1 Broncodilatadores Os broncodilatadores são drogas que relaxam a musculatura das pequenas vias aéreas e inibem a liberação de mediadores dos mastócitos e basófilos, bem como melhoram o batimento mucociliar. Podem ser usados por via oral, injetável ou inalatória, porém, a via preferencial de utilização é a inalatória (RANG et al., 2003).
  • 23. 22 2.1.1 Metilxantinas São usadas desde o século XX, após as observações que o café forte, era capaz de aliviar os sintomas da asma. Alimentos como café, chá e bebidas contendo chocolate normalmente possuem xantinas naturais como a cafeína e teobromina (PAGE et al., 2004). O mecanismo de ação das metilxantinas ainda não está completamente entendido, mas sabe-se que ocorre inibição da fosfodiesterase, com consequente aumento do AMPc intracecular e relaxamento da musculatura lisa dos brônquios; Inibição dos receptores de adenosina, com posterior redução da liberação de mediadores inflamatórios por mastócitos sensibilizados; aumento da produção de IL- 10, que é uma citosina com ação antiinflamatória (ex: teofina e aminofilina) (SILVA, 2002). 2.1.2 Agonista beta 2-adrenérgico São agentes de inalação de ação curta e constituem a primeira opção para alívio de crises instaladas em todos os estágios da asma. Esses fármacos relaxam a musculatura lisa bronquial, inibem a liberação do mediador e aumentam o transporte de muco por estímulo de adrenorreceptores beta 2 que estão localizados nas células musculares lisas das vias aéreas (SILVEIRA, 2005). 2.1.3 Antagonistas colinérgicos Causam broncodilatação através da ligação aos receptores muscarínicos na musculatura lisa aérea antagonizando os efeitos da acelticolina liberada pelos nervos parassimpáticos nos nervos vago. Há três tipos de receptores muscarínicos nos seres humanos: M1 (localizado nos gânglios parassimpáticos), M2 (localizado no coração) e M3 (localizado nas vias aéreas) (FUCHS et al., 2004). O tiotrópio é um broncodilatador que tem ação prolongada antimuscarínica seletiva para receptores M1 e M3 e tem eficácia comprovada no tratamento de pacientes com DPOC. Os efeitos adversos são raros, os mais frequentes são secura na boca, rubor, tontura e leve taquicardia (FUCHS et al., 2006).
  • 24. 23 2.2 Antiinflamatórios Podem resolver uma inflamação brônquica existente ou prevenir a inflamação subsequente da asma (RANG et al., 2003). 2.2.1 Corticosteróides Os corticosteróides inibem a fase tardia da reação alérgica (incluindo a resposta asmática tardia ao desafio com antígeno) por vários mecanismos: reduzindo o número de mastócitos habitantes da superfície das células da mucosa das vias aéreas; reduzindo a quimiotaxia e a ativação de eosinófilos e; a produção de citocinas por eosinófilos, monócitos, mastócitos e linfócitos. Usados regularmente reduzem a reatividade bronquial, melhoram a qualidade das vias aéreas e diminuem a gravidade e a frequência das crises de asma (SILVEIRA, 2005). Estes medicamentos (corticosteróides) podem ser usados com segurança em gestação e amamentação, mas o uso prolongado tem efeitos adversos sistêmicos evidentes, exemplo: diabete mellitus, osteoporose, predisposição a infecções oportunistas, insuficiência supra-renal, síndrome de cushing, fragilidade capilar com formação de hematomas, cataratas e distúrbios psiquiátricos (RAFFA et al., 2007). Os corticóides inalados diminuem a intensidade da inflamação crônica das vias respiratórias em asmáticos, obtendo bons resultados no controle da asma leve e moderada (ex: fluticasona, flunisolida, budesonida, beclometasona, mometasona), (RANG et al, 2003). 2.2.2 Cromoglicato dissódico e nedocromila Embora considerado um antiinflamatório com menor eficiência que os corticóides, bloqueiam os canais de cloro da membrana celular dos mastócitos, eosinófilos, nervos e células epiteliais. Ambas as drogas são seguras, tem raros efeitos colaterais e não é conhecida interação medicamentosa com os mesmos, porém são utilizados mais para tratamento de asma moderada (SILVEIRA, 2005).
  • 25. 24 2.2.3 Antagonista de leucotrienos Os leucotrienos se originam da enzima 5-lipoxigenase do metabolismo do ácido araquidônico causando broncoconstrição, aumentando a hipereatividade dos brônquios, edema, hipersecreção do muco e infiltração eosinofílica nas vias respiratórias (SILVA, 2002). Quando usado regularmente esses fármacos funcionam tão bem quanto os corticosteróides inalados na redução da frequência de crise da asma, porém, os antagonistas de leucotrienos têm menor capacidade de aliviar os sintomas, reduzir a reatividade bronquial e melhorar a qualidade das vias aéreas. Esses medicamentos são indicados para asma leve e moderada (ex: zileutona, zafirlucaste, montelucaste, pranlucaste) (RAFFA et al., 2007). 2.3 Anticorpos anti-IgE Esse é um dos tratamentos mais recentes, onde os fármacos que atuam como anticorpos anti-IgE evitam a ligação de IgE à superfície dos mastócitos e essa ação reduz a formação de complexos antígeno-IgE ativados e suprime a liberação de mediadores que induzem a broncoconstrição imediata na fase precoce. Omalizumabe ou Rhumab-E25 (anticorpo monoclonal humanizado recombinante anti-IgE) é o primeiro de uma nova classe de agentes que objetivam especificamente atuar na IgE humana. Ele se conjuga com IgE livre circulante, qualquer que seja sua especificidade com o alérgeno e impede respostas subseqüentes mediadas por IgE (RAFFA et al., 2007).
  • 26. 25 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral Realizar um levantamento do perfil medicamentoso no tratamento da asma em pacientes da rede pública do município de Palmeira D`Oeste – SP. 3.2 Objetivos Específicos Verificar a eficácia do tratamento da asma nos pacientes da rede pública de Palmeira D`Oeste; Verificar os tipos de medicamentos utilizados no tratamento da asma nos pacientes estudados; Utilização por faixa etária dos tipos de medicamentos para asma; Avaliar os esquemas terapêuticos empregados na farmacoterapia da asma;
  • 27. 26 4 METODOLOGIA Pesquisa em rol de pacientes fornecidos pela rede pública de Palmeira D’Oeste, constando dados como: idade, medicamentos, CID da doença de cada paciente. Tabulação dos dados e verificação por faixa etária da utilização de medicamentos para asma. Dentre os 60 pacientes pesquisados, 36 são do sexo feminino e 24 do sexo masculino, numa faixa etária entre 11 a 83 anos.
  • 28. 27 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO QuantidadeQuantidade Quantidade Total de Usuário por Tratamento jovens adulto de idoso por tipo de Jovens Adulto Idoso Medicamento Salmeterol 50mcg 2 5 7 Salmeterol 50 mcg + Fluticasona 250 mcg 1 4 3 8 Salmeterol 50 mcg + Fluticasona 100 mcg 3 3 Salmeterol 50 mcg + Budesonida 200 mcg 2 2 4 Budesonida 200 mcg 4 3 7 Formoterol 12 mcg 3 3 Formoterol 12 mcg + Budesonida 400 mcg 9 6 15 Formoterol 12 mcg + Fluticasona250 mcg 1 1 2 Formoterol 6 mcg + Budesonida 200 mcg 2 2 4 Formoterol 12 mcg + Budesonida 400 + Tiotropio 2,5 mcg 6 6 Formoterol 12 mcg + Fluticasona 250 mcg + Tiotropio 2,5 mcg 1 1 Total 3 24 33 60 Quadro 1: Tabulação da pesquisa de medicamentos para Asma Figura 3: Terapia medicamentosa da pesquisa em geral Fonte: elaboração própria
  • 29. 28 Segundo os dados obtidos nesta pesquisa, entre os jovens só foram utilizados associações de salmeterol/fluticasona e formoterol/ budesonida. Entre os pacientes adultos, não foram utilizados os medicamentos com combinações com tiotrópio, a não ser os idosos, porém nestes foram utilizados também os medicamentos formoterol combinado com a budesonida em concentrações diferentes no tratamento da asma. Em todas as faixas etárias descritas na pesquisa, os medicamentos mais utilizados no tratamento da asma foram a combinação de formoterol/budesonida e salmeterol/fluticasona, enquanto nos pacientes idosos além de ultilizar esses também houve a introdução do tiotrópio. A eficácia desses medicamentos é devido a utilização dos antiinflamatórios associados, pois tem ação direta nos órgãos alvos. Segundo Oddera, et al.(1995), a budesonida é tão eficaz quanto a dexametasona, pois induz a inibição da inflamação das vias respiratórias. A budesonida, quando estudada em ratos, apresentou certa afinidade com os pulmões destes, o que explicaria os efeitos terapêuticos positivos, com relação a este fármaco (RYRFELDT et al.,1989).
  • 30. 29 Figura 4: Terapia medicamentosa de asma entre os Jovens. Fonte: elaboração própria De acordo com a figura 4, é possível observar que 67% dos jovens estão fazendo uso da associação formoterol e budesonida e os outros 33% fazem uso do salmeterol e fluticasona. Dados relatam que estas associações mostraram efetividade no tratamento da asma (PATEL et al., 2010). Ainda segundo Molitor et al. (2005) a combinação do broncodilador e o antiinflamatório se mostrou mais efetivo no controle da asma moderada ou grave quando comparado com a utilização isolada destes fármacos. Quando comparado a fluticasona isolada com os medicamentos associados (broncodilatador e antiinflamatório), estes foram mais eficazes em crianças, pois melhoram significativamente a broncoconstrição (MAKELÃ et al., 2012). Hozawa et al. (2011) relata que o uso da associação budesonida/formoterol, tem grande eficácia, melhorando a inflamação das vias aéreas e tendo uma redução dos sintomas da asma.
  • 31. 30 Figura 5: Terapia medicamentosa de asma entre os Adultos Fonte: elaboração própria De acordo com a figura 5, entre os pacientes adultos, 71% utilizam a budesonida isolada ou em associação. Ainda é possível constatar que 50% utilizam formoterol como broncodilatador e que 8% utilizam somente broncodilatador de ação prolongada como terapia. Segundo Hodgson D, Mortimer K, Harrison T. (2010), a combinação de formoterol e budesonida oferece vantagens terapêuticas no tratamento da asma, pois mostra claramente que o medicamento utilizado é seguro e eficaz tanto na terapia de manutenção quanto no alívio dos sintomas. O uso de fluticasona/formoterol tem mais eficácia e segurança em adolescentes e adultos com asma leve a moderada (NATHAM et al., 2012).
  • 32. 31 Figura 6:Terapia medicamentosa de asma entre os Idosos. Fonte: elaboração própria Na figura 6, verifica-se que entre os pacientes idosos, 48% fazem uso da budesonida isolada ou em associação, 22% do total utilizam tiotrópio também para combater doenças como a DPOC e 26% dos pesquisados utilizam somente broncodilatador de duração prolongada. Segundo Szmidt et al. (2012), o tiotrópio é colocado em associação com os antiinflamatorios/broncodilatador (budesonida e formoterol), pois melhora sintomas característicos de DPOC. O uso do tiotrópio, comparado com o salmeterol no tratamento da asma persistente moderada mostrou maior eficácia na função pulmonar e tem um papel importante no tratamento da asma nas fases graves, com ou sem enfisema pulmonar (BATEMAN et al., 2011; PARQUE, 2012).
  • 33. 32 6 CONCLUSÃO A terapia medicamentosa apresentou eficácia quando comparado com a utilização destas mesmas substâncias para o controle da asma em outros locais do mundo. Broncodilatadores e antiinflamatórios foram os medicamentos mais usados no tratamento da doença em questão, porém na maioria dos casos em associação, dependendo do tipo e da gravidade da doença. Contudo, a faixa etária que apresentou o maior número de asmáticos foi a idosa, e também a que mais fez uso dos medicamentos em associação, pois dentre os 60 pacientes pesquisados apenas 3 jovens apresentaram a doença. O tiotrópio, no entanto, é utilizado nos casos de asma com DPOC como coenfermidade.
  • 34. 33 REFERÊNCIAS BATEMAN, E. D.; KOMMAN, O.; SCHMIDT, P.; PIVOVAROVA, A.; ENGEL, M.; FABBRI, L. M. Tiotropium is noninferior to salmeterol in maintaining improved lung function in b16-arg/arg patients with asthma. África do Sul: Journal of investigational allergology & clinical immunology, 2011. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed. acesso em 02 out 2012. BETHLEM, N. Pneumologia. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2000. COSTA, K. S.; WANNMACHER, L.; COSTA, L. H.; TEERLING, V. L. Uso Racional de Medicamentos. Série A. 1. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. CURTIS, P. S.; WALKER, H. Farmacologia Clínica: Fundamentos da Terapêutica Racional. 2. ed. Barueri: Manole, 2004. FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. Farmacologia. 3. ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2006. HODGSON, D.; MORTIMER, K.; HARRISON, T. Budesonide/formoterol in the treatment of asthma. Nottingham: nottingham respiratory biomedical research, 2010. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20923335. Acesso em 02 out 2012. HOZAWA, S.; TERADA, M.; HOZAWA, M. Comparison of budesonide/formoterol Turbuhaler with fluticasone/salmeterol Diskus for treatment effects on small airway impairment and airway inflammation in patients with asthma. Hiroshima, Japan: Pulmonary Pharmacology and Therapeutics, 2011. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21624490. Acesso em 29 Set 2012. MAKELÃ, M. J.; MALMBERG, L. P.; CSONKA, P.; KLEMOLA, T.; KAJOSAARI, M.; PELKONEN, A. S. Salmeterol and fluticasone in young children with multiple- trigger wheeze. Ann allergy astham immunol, 2012. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22727160. Acesso em: 29 set 2012. MOLITOR, S.; LIEFRING, E. Trautmann, M. Control of asthma with salmeterol- fluticasone disk combination compared to standard treatment. Hannover: Pneumologie, 2005. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15756629. Acesso em 29 Set 2012. NATHAM, R. A.; D’URSO, A.; BLAZHKO, V.; KAISER, K. Safety and efficacy of fluticasone/formoterol combination therapy in adolescent and adult patients with mild-to-moderate asthma: a randomised controlled trial. BMC pulmonary medicine, 2012. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23078148. Acesso em 02 out 2012.
  • 35. 34 ODDERA, S.; SILVESTRI, M.; SACCO, O.; LANTERO, S.; MORELI, M. C.; ROSSI, G. A. Evaluation of the inhibitory effects of budesonide on the mitogen-induced or the allergen-induced activation of blood mononuclear cells isolated from asthmatic patients. Itália: Ann allergy asthma immunol, 1995. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7621058. Acesso em 29 set 2012. PAGE, C.; CURTIS, M.; SUTTER, M.; WALKER, M.; HOFFMAN, B. Farmacologia Integrada. 2. ed. Barueri: Manole, 2004. PARQUE, H.W. The role of tiotropium in the management of asthma. Korea: Asia Pacific Allergy, 2012. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22701860. Acesso em: 02 Out 2012. PATEL, Y. A.; PATEL, P.; BAVADIA, H.; DAVE, J.; TRIPATHI, C. B. A randomized, open labeled, comparative study to assess the efficacy and safety of controller medications as add on to inhaled corticosteroid and long-acting β2 agonist in the treatment of moderate-to-severe persistent asthma. India: Journal of postgraduat medicine, 2010. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed>. Acesso em 29 set 2012. PESSOA, F. P. Pneumologia Clínica e Cirúrgica. São Paulo: Atheneu, 2000. RAFFA, R. B.; RAWLS, S. M.; BEYZAROV, E. P. Atlas de farmacologia de Netter. 2. ed. São Paulo: Artmed, 2007. RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M.; MOORE, P. K. Farmacologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. RYRFELDT, A.; PERSSON, G.; NILSSON, E. Pulmonary disposition of the potent glucocorticoid budesonide, evaluated in an isolated perfused rat lung model. Suécia: Biochemical Pharmacology, 1989. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2910298. Acesso em 02 out 2012. SILVA, P. Farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. SILVA, P. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. SILVEIRA, I. C. O Pulmão na Prática Médica. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora de publicações Biomédicas LDTA, 2005. SMITH, D. G. G.; ARONSON, J. K. Tratado de farmacologia Clínica e Farmacoterapia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. SZMIDT, M. The influence of treatment with formoterol, formoterol with tiotropium, formoterol with inhaled glucocorticosteroid and tiotropium on lung functions, tolerance of exercise and simple, morning everyday activities in patients with chronic obstructive pulmonary disease. Pneumonologia I Alergologia Polsk, 2012. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22562275. Acesso em: 29 Set 2012
  • 36. 35 TARANTINO, A. B. Doenças Pulmonares. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.