Introdução à Engenharia de Produção Agroindustrial
1. C a m p u s d e C a m p o M o u r ã o
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UEPR –
CAMPUS DE CAMPO MOURÃO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
AGROINDUSTRIAL
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROFESSORA MESTRE THAYS PERASSOLI BOIKO
thaysperassoli@bol.com.br
CAMPO MOURÃO
2011
0
2. ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL (EPA)
DISCIPLINA INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROFESSORA MSC. THAYS J. PERASSOLI BOIKO
C a m p u s d e C a m p o M o u r ã o
I INTRODUÇÃO
1.1 PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA
1.1.1 Apresentação e discussão do Plano de Ensino da Disciplina: ementa; objetivos;
justificativa; metodologia; programa; método de avaliação; bibliografia.
PLANO DE ENSINO
CURSO: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
DISCIPLINA: Introdução à Engenharia de Produção
SÉRIE: 1
TURMA(S): -
ANO LETIVO: 2011
PROFESSOR: Thays J.Perassoli Boiko
CARGA-HORÁRIA ANUAL: Teórica: 60 Prática: 8
1. EMENTA DA DISCIPLINA NO CURSO
Apresentação da Engenharia; Apresentação do Engenheiro; Apresentação de
Engenharia de Produção; Apresentação do Engenheiro de Produção e suas funções
como agente social do desenvolvimento; As funções do Engenheiro de Produção no
contexto Agroindustrial; A Ética profissional; O Produto; A Fábrica.
2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA NO CURSO
Induzir os alunos às diversas áreas de Engenharia de Produção e de atuação do
Engenheiro de Produção.
1
3. ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL (EPA)
DISCIPLINA INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PROFESSORA MSC. THAYS J. PERASSOLI BOIKO
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3. PROGRAMA DA DISCIPLINA
I INTRODUÇÃO
1.2 PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA
1.2.1 Apresentação e discussão do Plano de Ensino da Disciplina: ementa; objetivos; justificativa;
metodologia; programa; método de avaliação; bibliografia.
1.3 INICIANDO OS ESTUDOS NO ENSINO SUPERIOR
1.3.1 Método de Estudo
1.3.2 Visitas técnicas
1.3.2.1 Aspectos de segurança
1.3.2.2 Preparo
1.3.2.3 Relatório
II HISTÓRIA DA ENGENHARIA
1.1 EVOLUÇÃO DA PROFISSÃO
1.2 AS PRIMEIRAS ESCOLAS DE ENGENHARIA
1.3 HISTÓRIA DA ENGENHARIA NO BRASIL
III A ENGENHARIA
3.1 DEFINIÇÃO
3.2 PERFIL E COMPETÊNCIAS E HABILIDADE DO EGRESSO
3.3 PROCESSO DE FORMAÇÃO
3.3.1 Aspectos Gerais
3.3.2 Tópicos de estudo e conteúdos
3.3.2.1 Núcleo de Conteúdos Básicos
3.3.2.2 Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes
3.3.2.3 Núcleo de Conteúdos Específicos da Modalidade: Extensões e Aprofundamentos da
Modalidade
3.3.3 Estágios Curriculares
3.4 DEFINIÇÕES UTILIZADAS NAS ATRIBUIÇÕES DE TÍTULOS PROFISSIONAIS
3.5 NÍVEIS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM ENGENHARIA
3.6 MODALIDADES DA ENGENHARIA DESCRIMINADAS PELO CONFEA E SUAS COMPETÊNCIAS
3.7 OUTRAS MODALIDADES DE ENGENHARIA EXISTENTES E SUAS ÊNFASES
3.8 ENTIDADES DE CLASSE
3.8.1 Sistema CONFEA/CREA
3.8.1.1 CONFEA
3.8.1.1.1 Definição
3.8.1.1.2 Início
3.8.1.2 CREA
3.8.1.3 Objetivos do Sistema
3.8.1.4 Competências
3.8.1.4.1 Competências de Natureza Normativas
3.8.1.4.2 Competências de Natureza Recursal
3.8.1.4.3 Competências de Natureza Administrativa
3.8.1.5 Legislação sobre o Exercício Profissional Pertinente ao Sistema CONFEA/CREA
3.8.2 SENGE
IV O ENGENHEIRO
4.1 ATIVIDADES PROFISSIONAIS
4.1.1 Caracterização e exercício das profissões
- A Engenharia e a Sociedade
4.1.2 Atribuições profissionais e coordenação de suas atividades
4.1.2.1 Atuação quanto à forma de trabalho
4.1.2.2 Setores de Atuação
4.1.2.3 Atividades ou funções
4.2 QUALIDADES DO PROFISSIONAL
4.2.1 Conhecimentos Gerais
2
4. ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL (EPA)
DISCIPLINA INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
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4.2.2 Conhecimentos objetivos
4.2.3 Relações humanas
4.2.4 Experimentação e Medição
4.2.5 Comunicação
4.2.6 Trabalho em grupo
4.2.7 Aperfeiçoamento contínuo
4.2.8 Criatividade
4.2.9 Ética profissional
V ÉTICA PROFISSIONAL
5.1 ÉTICA
5.1.1 Ética Profissional
5.2 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
5.2.1 Código de Ética Profissional do Engenheiro, do Arquiteto e do Engenheiro Agrônomo
VI COMUNICAÇÃO – SEMINÁRIOS EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
VII CRIATIVIDADE
VIII SISTEMAS DE PRODUÇÃO
8.1 SISTEMAS
8.2 PRODUÇÃO
8.3 SISTEMAS DE PRODUÇÃO
8.4 ELEMENTOS CONSTITUINTES
8.5 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO
8.6 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO, QUANTO AO POSICIONAMENTO DO
PROCESSO DE PRODUÇÃO – TIPOS DE PROCESSOS DE PRODUÇÃO
IX ENGENHEIRA DE PRODUÇÃO
9.1 HISTÓRICO
9.2 A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO NO BRASIL: NECESSIDADE; DEMANDA PELOS CURSOS;
CRESCIMENTO
9.3 DEFINIÇÃO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
9.4 A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO COMO GRANDE ÁREA
- Conhecimentos da Engenharia de Produção
9.5 DIRETRIZES CURRICULARES PARA A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - FORMAÇÃO
9.5.1 Conteúdos Básicos
9.5.2 Conteúdos Profissionalizantes
9.5.3 Duração do Curso
9.5.4 Estrutura Modular
9.5.5 Estágios e Atividades Complementares
9.6 GLOSSÁRIO TÉCNICO – DEFINIÇÕES DA EP, CONFORME A ABEPRO
9.7 SUB-ÁREAS DE CONHECIMENTO DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
9.8 HABILITAÇÕES EM ENGENHARIA DA PRODUÇÃO
9.9 TÓPICO ESPECIAL: OUTRAS HABILITAÇÕES
9.10 ABEPRO
9.10.1Definição
9.10.2 Funções da ABEPRO
9.10.3 Objetivos da ABEPRO
9.10.4 ABEPRO Jovem
9.11 EVENTOS
9.11.1 ENEGEP
9.11.2 SIMPEP
9.11.3 ENCEP
9.11.4 OUTROS
9.12 REVISTAS
9.12.1 Revista Produção
9.12.2 Revista Produção On Line
9.12.3 Revista Gestão e Produção
9.12.4 Revista Pesquisa e Desenvolvimento
9.12.5 Sistemas e Gestão
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5. ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL (EPA)
DISCIPLINA INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
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9.12.6 Rio´S International Journal On Sciences Of Industrial And Systems Engineering And
Management
9.12.7 Gestão Industrial
9.12.8 Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação
9.12.9 Revista Eletrônica Produção & Engenharia
9.12.10 GEPROS. Gestão da Produção, Operações e Sistemas
9.13 TÓPICOS ESPECIAIS
X O ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO
10.1 PERFIL DO EGRESSO
10.2 COMPETÊNCIAS
10.3 HABILIDADES
10.4 MERCADO DE TRABALHO
XI ESTÁGIOS EXTRA-CURRICULARES E INICIAÇÃO CIENTÍFICA
11.1 ESTÁGIOS EXTRA-CURRICULARES
11.1.1 Importância para a formação
11.1.2 Em que áreas e organizações realizar
11.1.2.1 Primeiro Ano
11.1.2.2 Segundo Ano
11.1.2.3 Terceiro Ano
11.1.2.4 Quarto Ano
11.1.3 Duração
11.1.4 Aspectos legais
11.1.5 Orientação
11.1.6 Relatório
11.1.7 Preparo
11.1.8 Cartas de Solicitação e recomendação
11.1.9 Entrevista
11.1.10 Desenvolvimento do estágio
11.2 PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIC)
11.2.1 Importância para a formação
11.2.2 O PIC da FECILCAM
11.2.3 Grupos e Linhas de Pesquisa do DEP/FECILCAM
XII ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL
12.1 ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL NO BRASIL
12.1.1 Definição
12.1.2 Hitórico
12.2 O CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL
DO PARANÁ – UEPR - CAMPUS DE CAMPO MOURÃO
12.2.1 Objetivos do Curso
12.2.2 Grade Curricular
12.2.3 Histórico
4. METODOLOGIA DE TRABALHO DO PROFESSOR NA DISCIPLINA
ESTRATÉGIAS UTILIZADAS E CONDIÇÕES OFERECIDAS PELO PROFESSOR
- Aulas expositivas;
- Aulas de laboratório-prática;
- Aulas participativas;
- Ditados;
- Cópias do quadro negro;
- Resolução de questionários e exercícios;
- Leitura e discussão de textos;
- Trabalhos em grupo;
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6. ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL (EPA)
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- Palestras;
- Seminários de Engenharia de Produção;
- Mesas redondas;
- Painéis;
- Júris simulados;
- Visitas técnicas;
- Orientações individualizadas das equipes;
- Reuniões simuladas.
BIBLIOGRAFIA: Bibliografia recomendada, além de referências de diversos textos, de vídeos e de sites da Internet.
RECURSOS HUMANOS: A própria voz.
RECURSOS FÍSICOS:Quadro de giz, giz e apagador; Projeções fixas (retroprojetor,
transparências); Projeções móveis (Data Show, slides); Livros; Caneta ponto;
Computador; TV, Aparelho de DVD.
ATIVIDADES DOS ALUNOS
- Leitura e resumo do material bibliográfico recomendado;
- Leitura, resumo e discussão em sala de textos recomendados;
- Cópia e escrita;
- Resolução de exercícios;
- Resolução de questionários e exercícios;
- Atividades de laboratório-prática;
- Discussão em sala;
- Trabalhos em grupos;
- Elaboração de trabalhos recomendados;
- Apresentação de seminários;
- Apresentação de painéis;
- Mesas redondas;
- Participação em júris simulados;
- Estudo de caso;
- Elaboração de resumos, resenhas, comentários e críticas;
- Elaboração de relatórios de visitas técnicas e palestras;
- Participação de reuniões simuladas.
TRABALHOS DOS ALUNOS:
- Trabalhos escritos: elaboração, em grupo, de uma pesquisa sobre um tema em
Engenharia de Produção (9.13 TÓPICOS ESPECIAIS, do Programa da Disciplina),
que deverá ser apresentado em formato de artigo, seguindo, o Modelo de
Formatação de Artigos do Encontro de Engenharia de Produção (EEPA). A
pesquisa deverá ser entregue em partes, em formato impresso, na datas
estipuladas em sala, pelo professor da Disciplina;
- Trabalhos orais – Seminários: apresentação oral referente à Pesquisa acima
descrita. Parte da nota do Seminário será em grupo e parte individual. A presença
nas apresentações das demais equipes valerá nota.
NORMAS ABNT A SEREM SEGUIDAS NA ELABORAÇÃO DOS TRABALHOS:
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7. ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL (EPA)
DISCIPLINA INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
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USP. SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS–SIBi. Diretrizes para apresentação
de dissertações e teses da USP: documento eletrônico e impresso. São Paulo:
2004.
5. AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA NO CURSO
A avaliação se dará por meio de:
- Atividades (A) desenvolvidas em sala ou extra classe (descritas anteriormente).
Assim, A = (∑ a )/ n
a =1
n
, sendo a = o valor de 0 a 100 de cada uma das n atividades
desenvolvidas no bimestre;
- Trabalhos (T), descritos anteriormente. Logo, T = (∑ t )/ n
n
t =1
, sendo t = o valor de
0 a 100 de cada uma dos n trabalhos desenvolvidas no bimestre;
- Provas (P). P = ( p)/ n
∑
n
p =1
sendo p = o valor de 0 a 100 de cada uma das n
provas realizadas no bimestre;
A nota bimestral será obtida pela seguinte forma:
(A x 0,20) + (T x 0,30) + (P x 0,50)
Obs. 01: As datas serão marcadas no decorrer das aulas.
Obs 02: Pode ocorrer de em um determinado bimestre não ser marcado nenhuma
Atividade, Trabalho ou Prova, sendo seu peso distribuído igualmente entre as
demais Avaliações.
Obs 03: As avaliações devem ser respondidas de caneta esferográfica azul.
6. BIBLIOGRAFIA BÁSICA DA DISCIPLINA
ABEPRO. Engenharia de Produção: Grande área e diretrizes curriculares. 2001.
_____. Glossário técnico - área de engenharia de produção. Disponível em: <
http://www.abepro.org.br/interna.asp?ss=1&c=585>. Acesso em: 16 de maio de 2007
às 16 hs 40.
_____. Áreas e Sub-áreas de Engenharia de Produção. 2009. Disponível em:
<ttp://www.abepro.org.br/interna.asp?p=399&m=424&s=1&c=362>. Acesso em: 25
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8. ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL (EPA)
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de agosto de 2009 às 16 hs.
_____. Referências Curriculares da Engenharia de Produção. Disponível em:
<http://www.abepro.org.br/interna.asp?ss=1&c=581>. Acesso em: 16 de maio de
2007 às 16 hs 20.
BOIKO, T. J. P. Introdução à Engenharia de Produção – Apostila. Disciplina de
Introdução à Engenharia de Produção. Curso de Engenharia de Produção
Agroindustrial. Departamento de Engenharia de Produção. Universidade Estadual do
Paraná – Campus de Campo Mourão. Campo Mourão. 2011.
_____, T. J. P.; LEIGUS, A.; FENERICH, A. T. Histórico da Engenharia de Produção
Agroindustrial e do Curso de Engenharia de Produção Agroindustrial da FECILCAM.
ENCONTRO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUTRIAL DA FECILCAM
(III EEPA), 3, 2009, Campo Mourão – PR. Anais... Campo Mourão: 2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares para os Cursos de
Engenharia: Versão do dia 05.05.1999. Disponível em:
<http://www.dimap.ufrn.br/~cccc/reforma/engenharia.doc>. Acesso em 10 de maio
de 2007 às 16 hs 45.www.abepro.org.br.
CNE. Resolução CNE/CES 11/2002. Diário Oficial da União, Brasília, 9 de abril de
2002. Seção 1, p. 32. Disponível em: <
http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/1102Engenharia.pdf >. Acesso em: 20 de
março de 2009 às 14 hs 40.
CONFEA. Resolução nº 218, de 29 jun 1973. Disponível em:
<http://www.confea.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1561&pai=8&
sid=193>. Acesso em: 10 de maio de 2007 às 17 hs 30.
_____. Resolução nº 288, de 07 Dez 1983. Disponível em: <
http://www.confea.org.br/>. Acesso em 18 de agosto de 2008 às 16 hs.
_____. Resolução nº 1010, de 22 ago 2005. Disponível em:
<http://normativos.confea.org.br/downloads/1010-05.pdf>. Acesso em: 20 de março
de 2009 às 13 hs 47.
USP. SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS–SIBi. Diretrizes para
apresentação de dissertações e teses da USP: documento eletrônico e
impresso. São Paulo: 2004.
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9. ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL (EPA)
DISCIPLINA INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
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7. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR DA DISCIPLINA
AURÉLIO. Dicionário Aurélio do Século XXI.
BATALHA, M. O. Introdução à Engenharia de Produção: Rio de Janeiro: Campus, 2008.
BAZZO, W. A.; PEREIRA, L. T. do V. Introdução à Engenharia. 5 ed. Florianópolis:
Editora da UFSC, 1997.
BOIKO, T. J. P; TSUJIGUCHI, L. T. A.; VAROLO, F. W. R. Classificação dos Sistemas de
Produção: uma Abordagem de Engenharia de Produção. In: ENCONTRO DE PRODUÇÃO
CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA, 4, 2009, Campo Mourão – PR Anais... Campo Mourão: 2009.
COPPINI, N. L. Panorama da Engenharia de Produção. Palestra apresentada no X
SIMPEP, 2003.
FAÉ, C. S.; RIBEIRO, J. L. D. Um retrato da Engenharia de Produção no Brasil. Revista
Gestão Industrial. v. 1, n. 3, p. 315-324, 2005.
FOGARTY, D. W. Et. al. Production and Inventory Management. 2 ed. USA: South-
Western Publishing Co., 1991.
GAITHER, N.; FRAZIER, G. Administração da Produção e Operações. 8 ed. São Paulo:
Thomson Learning, 2002.
LUSTOSA, L. Et al. Planejamento e Controle da Produção. Rio de Janeiro: Elsevier,
2008.
MOORE, G. E. Princípios Éticos. São Paulo: Abril Cultural, 1975.
MORAIS, M. de F.; BOIKO, T. J. P. Classificação de Sistemas de Produção Quanto ao
Posicionamento do Processo: Uma Abordagem de Engenharia da Produção. In:
ENCONTRO DE PRODUÇÃO CIENTIFICA E TECNOLÓGICO, 6, 2009, Campo Mourão, PR.
Anais... Campo Mourão: 2009.
MOREIRA, D. A. Administração da Produção e Operações. 5 ed. São Paulo: Pioneira,
2000.
OLIVEIRA, V. F. de. Crescimento do número de cursos e de modalidades de engenharia:
principais causas e conseqüências. In: COBENGE 2005: Congresso Brasileiro de Ensino de
Engenharia, XXXIII, 2005, Campina Grande/Pb. Anais... Disponível em:<
http://www.proengprod.ufjf.br/SiteEducengMg/CrescEng.pdf>. Acesso em 10 de maio de
2007 às 18 hs.
OLIVEIRA NETTO, A. A. de.; TAVARES, W. R. Introdução à Engenharia de Produção:
estrutura, organização, legislação. Florianópolis: Visual Books, 2006.
RUSSOMANO, V. H. PCP: Planejamento e Controle da Produção. 6 ed. São Paulo:
Pioneira, 2000.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. 2 ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
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10. ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL (EPA)
DISCIPLINA INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
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TUBINO, D. F. Manual de Planejamento e Controle da Produção. 2 ed. São Paulo: Atlas,
2000.
- Sites de Instituições relacionadas à Engenharia e Engenharia de Produção.
.
1.4 INICIANDO OS ESTUDOS NO ENSINO SUPERIOR
1.4.1 Método de Estudo
BAZZO, W. A.; PEREIRA, L. T. do V. Introdução à Engenharia. 5 ed. Florianópolis:
Editora da UFSC, 1997, p. 7-32.
QUESTIONÁRIO – ROTEIRO DE ESTUDO
Responder com base em Bazzo; Pereira (1997) e nas notas de aula.
1) Do que depende a qualidade de um bom curso superior?
2) Quais os motivos para se aprender a estudar?
3) Por que a transição do ensino médio para o ensino superior exige do estudante uma
mudança no seu comportamento?
4) Qual a definição de “aluno”.
5) Qual a definição de “estudante”.
6) Qual a diferença entre ser “aluno” e ser “estudante”?
7) O que significa estudar?
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11. ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL (EPA)
DISCIPLINA INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
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8) Qual a diferença entre aprender e estudar?
9) Quais os objetivos de um curso de Engenharia perante os indivíduos que o cursam?
10) Quais são as etapas distintas de procedimentos do método proposto para o estudo de
Engenharia?
11) Como se preparar para estudar?
12) Em que situações do processo ensino-aprendizagem, usualmente, ocorre a captação do
conhecimento?
13) Quais as formas usuais de captação de conhecimento?
14) O que sugere-se para melhorar a captação de conhecimento por meio da audição?
15) Em que situações se captam conhecimentos através da observação?
16) O que se entende por dúvidas?
17) Qual a importância de sanar dúvidas?
18) Qual a importância da revisão imediata na captação de conhecimentos?
19) Comente sobre a técnica de sublinhar (grifar).
20) O que os trabalhos escolares despertam nos estudantes?
21) Quais capacidades os trabalhos escolares visam desenvolver nos estudantes?
22) Qual a importância de um bom vocabulário?
23) Cite os meios eficientes de se adquirir um bom vocabulário.
24) Para que servem os resumos e esquemas?
25) O que é resumo?
26) Defina esquema.
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1.2 VISITAS TÉCNICAS
1.2.1 Aspectos de Segurança
Deve-se utilizar calça comprida, sapatos anti-derrapantes, cabelos presos.
Não deve-se utilizar acessórios, tais como brincos, pulseiras, por exemplo, nem roupas
que possam enroscar/enrolar em máquinas/ferramentas/equipamentos.
Em certas indústrias de alimentos, tais como lacticínios, por exemplo, não é permitido
visitar utilizando esmaltes, nem perfumes.
Deve-se ficar atento as recomendações do próprio local da visita. No entanto, espera-
se que um aluno de engenharia tenha tais conhecimentos dos aspectos de segurança.
1.2.2 Preparo
Deve-se anteriormente à visita:
1º) Ter claro os propósitos e objetivos da visita;
2º) Realizar um estudo prévio:
- do segmento no qual a organização/empresa que será visitada está incluída;
- da organização/empresa que será visitada: o histórico da empresa; localização
da empresa; os produtos a empresa produz, entre outros. Deve-se busca obter o
máximo de informações possíveis sobre a empresa;
- do processo de produção que será visitado;
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- dos produtos produzidos no processo a ser visitados;
3º) Elaborar um roteiro de possíveis perguntas a fazer e coisas a observar durante a
visita.
Para realizar este estudo prévio e, posteriormente, o roteiro da visita, servem de fontes
o site da organização/empresa, trabalhos (trabalhos de disciplinas, de conclusão de curso,
relatórios de estágios, por exemplo), realizados anteriormente, nestas, reportagens que tratem
do assunto, livros, consultas à professores, folders da empresa, entre tantas outras.
1.4.3 Relatório
O relatório deve ser elaborado de acordo com os propósitos e objetivos da visita.
Mesmo que não se esteja fazendo uma visita como requisito de uma disciplina, ou que
o professor não exija o relatório, é extremamente importante a realização deste, mesmo que
informal, após a visita, para que se possa fixar melhor os conhecimentos adquiridos.
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II HISTÓRIA DA ENGENHARIA
2.1 EVOLUÇÃO DA PROFISSÃO
A história da Engenharia confunde-se com a história da humanidade, dividindo-se em
dois momentos distintos, a “Engenharia Antiga” ou “Engenharia do Passado” e a “Engenharia
Moderna”.
De acordo com estudos de paleontologia, os primeiros hominídeos eram carnívoros e,
como não possuíam dentes ou garras afiados, necessitaram de alguma ajuda para superar esse
problema. Isto os levou a fabricar ferramentas, que inicialmente eram pedaços toscos de
pedras lascadas para ficarem com a ponta aguçada e se transformarem em objetos cortantes.
Desta maneira, conforme salientam Afonso; Fleury, o desenvolvimento tecnológico
teve início há milhões de anos.
Com certeza, o maior avanço tecnológico e cultural do homem primitivo ocorreu por
volta de 600.000 anos atrás, quando este adquiriu a habilidade para lidar com o fogo,
possivelmente a partir de algum incêndio causado por raios ou erupção vulcânica. O fogo
possibilitou vencer o frio e a escuridão, abrindo caminho para o homem primitivo sobreviver
em regiões mais frias, ampliando a ocupação espacial da terra, além de cozer os alimentos,
tornando-os mais palatáveis.
Somente a partir de 50.000 anos os seres humanos começaram a produzir artefatos de
caça mais elaborados, como os arpões, as lanças, e posteriormente o arco e a flecha. Este meio
mais eficiente de matar a uma distância segura permitiu a caçada de animais perigosos e de
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grande porte, capazes de fornecer alimentos para grupos mais numerosos.
Os acontecimentos mais marcantes da história da evolução humana foram o
surgimento da agricultura, que se deu provavelmente no ano 10.000 a.C., o domínio do fogo e
o advento da fala. Depois da agricultura, veio a domesticação de animais, explorados de
diversas maneiras, como por exemplo, a ordenha para aproveitamento de leite, a coleta de
ovos, a tração animal, por exemplo, o que possibilitou manter o estoque alimentar de reserva.
Assim, não havia mais necessidade de mudanças freqüentes do local de residência
para obtenção de alimentos. Nesse momento o homem passou a sedentário. E há
aproximadamente 8 mil anos um ser humano não caçador não coletor, foi responsável pela
origem das comunidades grandes e suficientemente permanentes para desenvolver uma
arquitetura de tijolos e pedras. Nesse momento certamente nascia o primeiro engenheiro. Os
restos de alguns destes vilarejos construídos de tijolos chegaram até nossos dias.
As primeiras civilizações propriamente ditas que se tem conhecimento surgiram entre
os anos 3.500 e 500 a.C. A primeira delas é a Suméria, no sul da Mesopotâmia. As maiores
contribuições tecnológicas legadas por ela foram a prática da irrigação e a construção e o
desenvolvimento do sistema de governo. Pouco depois, sinais de civilização, que datam de
aproximadamente 3.000 anos a.C., podem ser vistos também no Egito. Os egípcios,
construíram obras públicas em pedra, insuperáveis para a época, das quais as mais famosas
são as pirâmides.
Outra mudança significativa na história da humanidade foi a descoberta do uso do
metal. Em longo prazo, o metal mudou o mundo quase tanto quanto a agricultura. Entre 7.000
e 6.000 a.C. o cobre, foi o primeiro metal a ser aproveitado, aplicado inicialmente na
elaboração de objetos para ornamentos, mas logo depois, utilizado para fabricação de armas e
ferramentas.
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Tem-se conhecimento que os egípcios primitivos dominavam várias técnicas dentre as
quais, as de construção de barcos de junco, de trabalhar pedra dura, de moldar o cobre, além
de dominarem técnicas de irrigação. Praticavam também a criação do gado para tração e
criavam aves.
O ferro passou a ser explorado no oriente próximo por volta de 1.500 a.C. e só foi
amplamente divulgado depois do ano 1.000 a.C.
O surgimento da escrita possibilitou armazenar e transmitir conhecimentos e
experiências com mais facilidade e precisão, de uma geração a outra. A cultura e a tecnologia
acumuladas gradualmente se tornaram mais efetivas como instrumentos para mudar o mundo.
Assim, se tornou mais fácil, o domínio das complexas técnicas de irrigar as terras, de fazer as
colheitas e armazená-las e assim melhorar a eficiência na exploração dos recursos naturais.
O império romano chegou a dominar todo o mundo mediterrâneo por volta de 50 a.C.,
e para tornar as cidades conquistadas mais confortáveis, os romanos construíram estradas,
arenas de jogos, casas de banho, esgotos, aquedutos e cisternas de água potável. Os arquitetos
foram os primeiros a se livrarem da necessidade de se apoiar grandes vãos de telhados em
fileiras de pilares, inventando o teto em forma de abóbada.
Durante a Idade Média, considerada a idade das trevas, o conhecimento apresentou
pequenos progressos, pois era restrito ao círculo da Igreja. Neste período, as maiores
contribuições foram nas áreas do aprimoramento da tração animal. Outro avanço ocorreu na
construção civil, pois nesse período foram edificadas surpreendentes obras, que exigiram alta
habilidade, tanto de engenharia quanto de escultura em pedra, vistas até hoje nas igrejas
paroquiais das ricas regiões italianas e inglesas. Ao mesmo tempo, o artesanato ganhou
notoriedade e com isso, aumentou o número de artesãos cuja crescente importância pode ser
vista no surgimento de regiões de manufatura especializadas. As mais notórias e ricas se
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especializaram na fabricação de artigos têxteis. A joalheria foi prestigiada, ocorrendo, em
Florença na Itália, uma união entre os joalheiros e artesãos o que levou ao estabelecimento de
alguns critérios de padronização.
Este núcleo de padronização, que posteriormente foi também aplicado aos construtores
e artesãos da nobreza é o início do que viria a ser os Conselhos Profissionais. Este aglomerado
florentino de construtores e artesãos era conhecido como Guildas, que significava ordem ou
clã. As Guildas estabeleciam critérios básicos de estética e segurança nas construções. Foi a
partir deles que, em 1406, em Florença na Itália, surgiram as primeiras escolas e
universidades de arquitetura e os primeiros arquitetos não práticos.
Os avanços científicos dos séculos XVI e XVII significaram uma revolução no
pensamento, e os homens procuraram cada vez mais descobrir modos de manipular e explorar
a natureza.
No século XVIII, a Revolução Industrial - transição da economia agrária para a
industrialização - marcou o início de um novo período da história mundial. A economia
baseada na produção industrial pode ser considerada a mudança mais importante na história
da humanidade desde o advento da própria agricultura, ou até mesmo da descoberta do fogo.
No século XIX as máquinas começaram a substituir o trabalho braçal e os resultados
puderam ser vistos em diversos seguimentos da economia. O vapor passou a ser utilizado para
movimentar máquinas e puxar arados. Carros, bondes e bicicletas podiam ser vistos nas ruas
das principais cidades. Nas fábricas, via-se os teares, os tornos e as furadeiras. Nos escritórios
e lojas apareciam caixas registradoras e máquinas de escrever. O advento das máquinas
reforçou a preocupação com a maneira pela qual o trabalho era organizado e como eram
moldadas as atividades. Assim, surgiu então um conjunto de novas profissões. O termo
"Engenheiro", teve seu significado ampliado, aparecendo diversas especializações, como em
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construção, em mecânica, em eletricidade, em embarcações, em produtos químicos, etc.
Desta maneira, o termo engenheiro surgiu com a expansão dos conhecimentos
científicos e suas aplicações aos problemas práticos, sendo resultado de todo um processo de
evolução ocorrido durante milênios. Aos poucos a Engenharia foi se estruturando, devido
principalmente ao desenvolvimento da matemática e da explicação dos fenômenos físicos.
Assim, a semente da “Engenharia Moderna” foi lançada no século, XVIII quando se chegou a
um conjunto sistemático e ordenado de doutrinas.
Desta forma, segundo Bazzo; Pereira (1997), surge um marco histórico entre duas
Engenharias: “A Engenharia do passado e a Engenharia Moderna.” (BAZZO & PEREIRA,
1997, p. 183).
A Engenharia do passado caracteriza-se pelos grandes esforços do homem no sentido
de criar e aperfeiçoar dispositivos que aproveitassem os recursos naturais. Estes primeiros
engenheiros foram os responsáveis pelo aparecimento dos armamentos, fortificações,
estradas, pontes, canais etc. Estes indivíduos tinham por característica básica o empirismo,
pois trabalhavam com base na prática transmitida pelos seus antecessores, na sua própria
experiência e no seu espírito de criação.
O primeiro título de engenheiro foi usado pelo inglês John Smeaton (1724-1792), que
se auto-intitulou engenheiro civil.
A Engenharia moderna, por sua vez, caracteriza-se pela aplicação generalizada dos
conhecimentos científicos à solução de problemas. Assim, a Engenharia moderna dedica-se,
basicamente, a mesma espécie de problemas que a Engenharia do passado se dedicava,
diferenciando desta última pelo fato marcante de aplicar a ciência na resolução desses
problemas.
Instituições de educação técnica surgiram em muitos países para dar instrução
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avançada em Engenharia. Algumas universidades começaram a ensinar estas matérias. Os
engenheiros se consideravam como tendo uma profissão e em geral, se organizavam em
associações profissionais que cuidavam dos seus interesses. Foram os primeiros egressos de
cursos superiores a se reunirem em associações de classe. A primeira associação formal de
profissionais egressos de Universidades que se tem notícia é o Instituto dos Engenheiros de
Londres, fundado em 1840.
2.2 AS PRIMEIRAS ESCOLAS DE ENGENHARIA
A evolução da Engenharia, como afirmam Bazzo; Pereira (1997), sempre esteve
intimamente relacionada com o aparecimento de escolas para a formação de engenheiros.
Ainda, em 1506, teria sido fundada, em Veneza, na Itália, a primeira escola dedicada à
formação de engenheiros e artilheiros, no entanto, não existem registros oficiais que
comprovam a existência de tal escola, apenas existem referências, em textos históricos, que
sugerem tal.
No século XVIII, conforme Bazzo; Pereira (1997), vários cientistas franceses, tais
como Poisson, Navier, Coriolis, Poncelet e Monge, contribuíram para a definição da técnica
científica, que resultou na fundação, em Paris, na França, em 1774, da Ècole Polytechnique,
cujo objetivo era ensinar as aplicações da matemática aos problemas da Engenharia.
Assim, em 1747 foi criada, na França, aquela que é considerada a primeira escola de
engenharia do mundo, a Ècole dês Ponts et Chaussées.
Em 1778, foi implantada a Ècole dês Mines e, em 1794, o Conservatoire dês Arts et
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Métiers. Estas escolas eram voltadas para o ensino prático, diferentes, portanto, da Ècole
Polytechnique, que era voltada para o ensino teórico.
O passo seguinte no desenvolvimento da Engenharia, foi a criação das escolas técnicas
superiores de língua germânicas. As escolas de Praga, atual República Tcheca, em 1806, a de
Viena, na Áustria, em 1815, a de Karlsruhe, na Alemanha, em 1825 e a de Munique, também
na Alemanha. Entretanto, a escola que teve maior importância no aparecimento da Engenharia
moderna foi a de Zurique, na Suíça, a Eidgenossische Technische Hockschule, em 1854.
Em 1794 foi criada a primeira escola de Engenharia nos estados Unidos (EUA), a
Academia Militar de West Point, que pegou fogo dois anos depois, sendo reaberta em 1802,
ano que passou a ser considerado o ano oficial de sua fundação. A primeira e mais
característica escola técnica superior dos EUA foi, provavelmente, o Rensselaer Polytechnic
Institute, fundado em 1824. Depois, vieram o Massachusetts Institute of Technology (MIT),
em 1865, Carnegie Institute of Technology, em 1905 e o Califórnia Institute of Technology,
em 1919.
Desta maneira, “... com estas escolas e institutos, a técnica tomou copo, ampliando-se
a aplicação da ciência à tecnologia.” (BAZZO; PEREIRA, 1997, p. 188).
Deve-se destacar uma diferença fundamental entre as primeiras escolas de Engenharia
e as atuais: “As primeiras, adestravam para técnicas e processos,. Hoje, a preocupação maior é
sobretudo formar e educar – para fornecer ao futuro profissional armas para que este possa
resistir ao rápido obsoletismo das técnicas-, e secundariamente treinar.” (BAZZO;
PEREIRA, 1997, p. 188-9).
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2.3 HISTÓRIA DA ENGENHARIA NO BRASIL
Não é fácil estabelecer o início das atividades da Engenharia no Brasil, mas com
certeza, como lembram Afonso; Fleury, as atividades profissionais especializadas iniciaram-
se no próprio descobrimento, ocasião em que foram utilizados conhecimentos de Engenharia
Naval, de Astronomia, de Matemática, de Cartografia, de Medicina, dentre outros, para
conduzir a frota de Cabral até o Brasil.
Em seguida, com o advento da descoberta de minerais como o ouro, as atividades
relacionadas com a Geologia e a Engenharia de Minas foram intensificadas.
Logo após a vinda da família imperial para o Brasil, em 1808, foram criadas as
primeiras escolas técnicas na colônia.
A Engenharia brasileira é bastante jovem, conforme salienta o CREA/SP, tendo sua
origem, conforme Bazzo; Pereira (1997), na área militar, em 1810, quando o atual Príncipe
Regente (futuro rei Dom João VI) criou a Academia Militar do Rio de Janeiro, em
substituição a Real Academia de Artilharia, Fortificações e Desenho, instalada em 1792.
A Academia Real Militar, depois da Independência, teve seu nome alterado para
Academia Imperial Militar e depois para Academia Militar da Corte. Em 1823 passaram a ser
permitidas as matrículas de aluno civis.
Em 1858, a Academia Militar da Corte, passou a denominar-se Escola Central, sendo
então destinada ao ensino da Matemática, das Ciências Físicas e Naturais e das doutrinas de
Engenharia Civil. O ensino militar ficou a cargo da Escola de Aplicação do Exército e da
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Escola Militar do Rio Grande do Sul.
Em 1874, segundo Bazzo; Pereira (1997), CREA/SP e UFRJ, a partir da necessidade
de desenvolvimento, principalmente nos setores de saneamento, ferroviário e de portos
marítimos, é a fundação da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, sucessora direta da antiga
Escola Central.
Ainda no século XIX, conforme Bazzo; Pereira (1997), foram criadas as Escolas de
Minas de Ouro Preto/MG em 1876, a Politécnica de São Paulo/SP, em 1893, a Politécnica do
Mackenzie College e a Escola de Engenharia do Recife/PE, em 1896, a Politécnica da Bahia e
a Escola de Engenharia de Porto Alegre/RS, em 1897.
Até por volta de 1900, segundo Afonso; Fleury, o exercício profissional era livre no
país, mas a partir dessa data, o governo se viu pressionado a elaborar legislações que visavam
exercer controle sobre determinadas atividades profissionais, tentando limitar o exercício
ilegal de algumas profissões.
Desta maneira, a primeira profissão a ser regulamentada foi a de Engenheiro
Agrimensor. Em 1933 regulamentou-se as profissões de Engenheiro Agrônomo e Engenheiro
Civil. Nesse ano foi também criado o Sistema CONFEA/CREA'S.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
AFONSO, A. A.; FLEURY, N. Uma Breve História da Engenharia. Disponível em:
http://www.crea-go.org.br/informativo/artigos/2.htm. . Acesso em 10 de maio de 2007 às 22
hs 00.
BAZZO, W. A.; PEREIRA, L. T. do V. Introdução à Engenharia. 5 ed. Florianópolis:
Editora da UFSC, 1997., p. 7-32.
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45. ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL (EPA)
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C a m p u s d e C a m p o M o u r ã o
CREA/SP. Um pouco de História da Engenharia no Brasil. Disponível em:
http://cursos.unisanta.br/mecanica/leis/historia.html. Acesso em 10 de maio de 2007 às 22 hs
45.
UFRJ. História. Disponível em:<
http://www.poli.ufrj.br/bin/index_home.php?op1=SHOWPLITECNICA&op2=1>. Acesso em
16 de maio de 2007 às 11 hs 45.
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46. ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL (EPA)
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III A ENGENHARIA
3.1 DEFINIÇÃO
Engenharia é a atividade em que os conhecimentos científicos e técnicos e a
experiência prática são aplicados para a exploração dos recursos naturais, para o projeto,
construção e operação de objetos úteis e para o planejamento urbano e ambiental.
Ou seja, a Engenharia é a atividade em que os conhecimentos científicos e
técnicos e a experiência prática são aplicados para ATENDER AS DEMANDAS DA
SOCIEDADE.
O Ministério da Educação, por meio do Conselho Nacional de Educação (CNE),
Câmara de Educação Superior (CES) estabelece, através da Resolução CNE/CES 11/2002, as
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de Graduação em Engenharia, que referem-se
exclusivamente à formação acadêmica não abrangendo os aspectos relativos ao registro para o
exercício da profissão.
3.2 PERFIL, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DO EGRESSO
Os Artigos 3 e 4º da Resolução CNE/CES 11/2002 tratam do perfil, competências e
habilidades gerais do egresso de um Curso de Engenharia.
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O Artigo 3º coloca qual deve ser o perfil que um Curso de Graduação em Engenharia
deve proporcionar ao formado/egresso/profissional:
“Art. 3º O Curso de Graduação em Engenharia tem como perfil do formando
egresso/profissional o engenheiro, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva,
capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e
criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos,
econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às
demandas da sociedade.”
Conforme o Artigo 3º é possível constatar que a Principal Característica da Profissão
de Engenharia é o atendimento às demandas da sociedade.
O Artigo 4º coloca quais devem ser as competências e habilidades gerais que um
Curso de Graduação em Engenharia deve proporcionar ao seu egresso:
“Art. 4º A formação do engenheiro tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos
requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais:
I - aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à engenharia;
II - projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;
III - conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;
IV - planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia;
V - identificar, formular e resolver problemas de engenharia;
VI - desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas;
VI - supervisionar a operação e a manutenção de sistemas;
VII - avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas;
VIII - comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica;
IX - atuar em equipes multidisciplinares;
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X - compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais;
XI - avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental;
XII - avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia;
XIII - assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.”
3.3 PROCESSO DE FORMAÇÃO
Os Artigos 5º ao 7º da Resolução CNE/CES 11/2002 estabelecem como deve ser o
processo de formação em Curso de Graduação em Engenharia.
3.3.1 Aspectos Gerais
Os Artigos 5º tratados aspectos gerais deste processo de formação:
“Art. 5º Cada curso de Engenharia deve possuir um projeto pedagógico1 que demonstre
claramente como o conjunto das atividades previstas garantirá o perfil desejado de seu egresso
e o desenvolvimento das competências e habilidades esperadas. Ênfase deve ser dada à
necessidade de se reduzir o tempo em sala de aula, favorecendo o trabalho individual e em
grupo dos estudantes.
§ 1º Deverão existir os trabalhos de síntese e integração dos conhecimentos adquiridos ao
longo do curso, sendo que, pelo menos, um deles deverá se constituir em atividade obrigatória
como requisito para a graduação.
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Também chamado de projeto político pedagógico.
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§ 2º Deverão também ser estimuladas atividades complementares, tais como trabalhos de
iniciação científica, projetos multidisciplinares, visitas teóricas, trabalhos em equipe,
desenvolvimento de protótipos, monitorias, participação em empresas juniores e outras
atividades empreendedoras.”
3.3.2 Tópicos de estudo e conteúdos
O Artigo 6º da Resolução CNE/CES 11/2002 estabelecem quais devem ser os tópicos
de estudo e os conteúdos num Curso de Graduação em Engenharia.
“Art. 6º Todo o curso de Engenharia, independente de sua modalidade, deve possuir em seu
currículo um núcleo de conteúdos básicos, um núcleo de conteúdos profissionalizantes e um
núcleo de conteúdos específicos que caracterizem a modalidade.”
3.3.2.1 Núcleo de Conteúdos Básicos
“§ 1º O núcleo de conteúdos básicos, cerca de 30% da carga horária mínima, versará sobre os
tópicos que seguem:
I - Metodologia Científica e Tecnológica;
II - Comunicação e Expressão;
III - Informática;
IV - Expressão Gráfica;
V - Matemática;
VI - Física;
VII - Fenômenos de Transporte;
VIII - Mecânica dos Sólidos;
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IX - Eletricidade Aplicada;
X - Química;
XI - Ciência e Tecnologia dos Materiais;
XII - Administração;
XIII - Economia;
XIV - Ciências do Ambiente;
XV - Humanidades, Ciências Sociais e Cidadania.
§ 2º Nos conteúdos de Física, Química e Informática, é obrigatória a existência de atividades
de laboratório. Nos demais conteúdos básicos, deverão ser previstas atividades práticas e de
laboratórios, com enfoques e intensividade compatíveis com a modalidade pleiteada.”
3.3.2.2 Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes
“§ 3º O núcleo de conteúdos profissionalizantes, cerca de 15% de carga horária mínima,
versará sobre um subconjunto coerente dos tópicos abaixo discriminados, a ser definido pela
IES:
I - Algoritmos e Estruturas de Dados;
II - Bioquímica;
III - Ciência dos Materiais;
IV - Circuitos Elétricos;
V - Circuitos Lógicos;
VI -Compiladores;
VII - Construção Civil;
VIII - Controle de Sistemas Dinâmicos;
IX - Conversão de Energia;
X - Eletromagnetismo;
XI - Eletrônica Analógica e Digital;
XII - Engenharia do Produto;
XIII - Ergonomia e Segurança do Trabalho;
XIV - Estratégia e Organização;
XV - Físico-química;
XVI - Geoprocessamento;
XVII - Geotecnia;
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XVIII - Gerência de Produção;
XIX - Gestão Ambiental;
XX - Gestão Econômica;
XXI - Gestão de Tecnologia;
XXII - Hidráulica, Hidrologia Aplicada e Saneamento Básico;
XXIII - Instrumentação;
XXIV - Máquinas de fluxo;
XXV - Matemática discreta;
XXVI - Materiais de Construção Civil;
XXVII - Materiais de Construção Mecânica;
XXVIII - Materiais Elétricos;
XXIX - Mecânica Aplicada;
XXX - Métodos Numéricos;
XXXI - Microbiologia;
XXXII - Mineralogia e Tratamento de Minérios;
XXXIII - Modelagem, Análise e Simulação de Sistemas;
XXXIV - Operações Unitárias;
XXXV - Organização de computadores;
XXXVI - Paradigmas de Programação;
XXXVII - Pesquisa Operacional;
XXXVIII - Processos de Fabricação;
XXXIX - Processos Químicos e Bioquímicos;
XL - Qualidade;
XLI - Química Analítica;
XLII - Química Orgânica;
XLIII - Reatores Químicos e Bioquímicos;
XLIV - Sistemas Estruturais e Teoria das Estruturas;
XLV - Sistemas de Informação;
XLVI - Sistemas Mecânicos;
XLVII - Sistemas operacionais;
XLVIII - Sistemas Térmicos;
XLIX - Tecnologia Mecânica;
L - Telecomunicações;
LI - Termodinâmica Aplicada;
LII - Topografia e Geodésia;
LIII - Transporte e Logística.”
3.3.2.3 Núcleo de Conteúdos Específicos da Modalidade: Extensões e Aprofundamentos da
Modalidade
“§ 4º O núcleo de conteúdos específicos se constitui em extensões e aprofundamentos dos
conteúdos do núcleo de conteúdos profissionalizantes, bem como de outros conteúdos
destinados a caracterizar modalidades. Estes conteúdos, consubstanciando o restante da carga
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horária total, serão propostos exclusivamente pela IES. Constituem-se em conhecimentos
científicos, tecnológicos e instrumentais necessários para a definição das modalidades de
engenharia e devem garantir o desenvolvimento das competências e habilidades estabelecidas
nestas diretrizes.”
É importante enfatizar que os tópicos de estudo e seus conteúdos, de ambos os
núcleos, varia, conforme a modalidade da Engenharia a que diz respeito e conforme o enfoque
e a intensidade adotados pela instituição de ensino superior para o curso. Além disso, o
ordenamento dos conteúdos não representa sequência imposta na estruturação do currículo,
nem os tópicos correspondem necessariamente a disciplinas individuais.
3.3.3 Estágios Curriculares
O Artigo 7º da Resolução CNE/CES 11/2002 trata dos estágios curriculares
obrigatórios:
Art. 7º A formação do engenheiro incluirá, como etapa integrante da graduação, estágios
curriculares obrigatórios sob supervisão direta da instituição de ensino, através de relatórios
técnicos e acompanhamento individualizado durante o período de realização da atividade. A
carga horária mínima do estágio curricular deverá atingir 160 (cento e sessenta) horas.
Parágrafo único. É obrigatório o trabalho final de curso como atividade de síntese e
integração de conhecimento.”
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3.4 DEFINIÇÕES UTILIZADAS NAS ATRIBUIÇÕES DE TÍTULOS PROFISSIONAIS
A Resolução do CONFEA nº 1.010, de 22 de agosto de 2005, regulamenta a
atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e o âmbito de atuação dos
profissionais inseridos no Sistema Confea/Crea, para efeito de fiscalização do exercício
profissional.
No Capítulo 2, Artigo 5º, desta Resolução, adota-se as seguintes definições:
“I – atribuição: ato geral de consignar direitos e responsabilidades dentro do ordenamento
jurídico que rege a comunidade;
II - atribuição profissional: ato específico de consignar direitos e responsabilidades para o
exercício da profissão, em reconhecimento de competências e habilidades derivadas de
formação profissional obtida em cursos regulares;
III - título profissional: título atribuído pelo Sistema Confea/Crea a portador de diploma
expedido por instituições de ensino para egressos de cursos regulares, correlacionado com
o(s) respectivo(s) campo(s) de atuação profissional, em função do perfil de formação do
egresso, e do projeto pedagógico do curso;
IV - atividade profissional: ação característica da profissão, exercida regularmente;
V - campo de atuação profissional: área em que o profissional exerce sua profissão, em
função de competências adquiridas na sua formação;
VI – formação profissional: processo de aquisição de competências e habilidades para o
exercício responsável da profissão;
VII - competência profissional: capacidade de utilização de conhecimentos, habilidades e
atitudes necessários ao desempenho de atividades em campos profissionais específicos,
obedecendo a padrões de qualidade e produtividade;
VIII - modalidade profissional: conjunto de campos de atuação profissional da Engenharia
correspondentes a formações básicas afins, estabelecido em termos genéricos pelo Confea;
IX – categoria (ou grupo) profissional: cada uma das três profissões regulamentadas2 na Lei
nº 5.194 de 1966; e
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Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
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X – curso regular: curso técnico ou de graduação reconhecido, de pós-graduação
credenciado, ou de pós-graduação senso lato considerado válido, em consonância com as
disposições legais que disciplinam o sistema educacional, e devidamente registrado no
Sistema Confea/Crea.”
3.5 NÍVEIS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM ENGENHARIA
No Capítulo 1, Artigo 3º e 4º da Resolução do CONFEA nº 1.010, de 22 de agosto de
2005 são feitas as seguintes considerações quanto aos níveis de formação profissional, no que
diz respeito às profissões inseridas no Sistema Confea/CREA:
“I - técnico;
II – graduação superior tecnológica;
III – graduação superior plena;
IV - pós-graduação no senso lato (especialização); e
V - pós-graduação no senso estrito (mestrado ou doutorado).
Art. 4º Será obedecida a seguinte sistematização para a atribuição de títulos profissionais e
designações de especialistas, em correlação com os respectivos perfis e níveis de formação, e
projetos pedagógicos dos cursos, no âmbito do respectivo campo de atuação profissional, de
formação ou especialização:
I - para o diplomado em curso de formação profissional técnica, será atribuído o título de
técnico;
II - para o diplomado em curso de graduação superior tecnológica, será atribuído o título de
tecnólogo;
III - para o diplomado em curso de graduação superior plena, será atribuído o título de
engenheiro, de arquiteto e urbanista, de engenheiro agrônomo, de geólogo, de geógrafo ou de
meteorologista, conforme a sua formação;
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IV - para o técnico ou tecnólogo portador de certificado de curso de especialização será
acrescida ao título profissional atribuído inicialmente a designação de especializado no âmbito
do curso;
V - para os profissionais mencionados nos incisos II e III do art. 3º desta Resolução,
portadores de certificado de curso de formação profissional pós-graduada no senso lato, será
acrescida ao título profissional atribuído inicialmente a designação de especialista;
VI - para o portador de certificado de curso de formação profissional pós-graduada no senso
lato em Engenharia de Segurança do Trabalho, será acrescida ao título profissional atribuído
inicialmente a designação de engenheiro de segurança do trabalho; e
VII - para os profissionais mencionados nos incisos II e III do art. 3º desta Resolução,
diplomados em curso de formação profissional pós-graduada no senso estrito, será acrescida
ao título profissional atribuído inicialmente a designação de mestre ou doutor na respectiva
área de concentração de seu mestrado ou doutorado.
(...) § 2º O título de engenheiro será obrigatoriamente acrescido de denominação que
caracterize a sua formação profissional básica no âmbito do(s) respectivo(s) campo(s) de
atuação profissional da categoria, podendo abranger simultaneamente diferentes âmbitos de
campos.
§ 3º As designações de especialista, mestre ou doutor só poderão ser acrescidas ao título
profissional de graduados em nível superior previamente registrados no Sistema
Confea/Crea.”
3.6 MODALIDADES DA ENGENHARIA DESCRIMINADAS PELO CONFEA E SUAS
COMPETÊNCIAS
POR QUE EXISTEM TANTAS MODALIDADES DE ENGENHARIA:
1) PARA ATENDER AS DEMANDAS DA SOCIEDADE;
2) PORQUE “É impossível que uma pessoa seja capaz de dominar todos estes assuntos,
numa profundidade tal que a permita trabalhar com desenvoltura em todos eles. Por isso
existem as várias engenharias, para que os profissionais formados em cada uma delas possam
dominar adequadamente os conhecimentos de cada área” (BAZZO; PEREIRA, 1997, p. 210).
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