Análise ao Chelsea FC - adversário do SL Benfica na Final da Liga Europa
1. Chelsea FC
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Caracterização do Adversário do SL Benfica
Na final da Liga Europa
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Posicionamento sem bola: 1-4-4-2
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Posicionamento com bola: 1-4-2-3-1
5. O Chelsea organiza-se numa defesa à zona partindo de um bloco preferencialmente médio, com zonas de
pressão bem definidas e grande organização coletiva.
No processo defensivo alternam o seu posicionamento entre 1-4-4-1-1 e 1-4-4-2, consoante as circunstâncias, mas
sempre com um bloco muito compacto (Fig. 1). A distância entre sectores é sempre muito curta. Procuram
manter o máximo de jogadores atrás da linha da bola (sempre 8 ou 9 e muitas vezes os 10) (Fig. 2).
Preferencialmente dão espaço e tempo para o adversário iniciar construção de jogo pelos defesas centrais. Nesta
fase, o médio ofensivo junta-se ao avançado formando um linha de 2 jogadores. Normalmente não pressionam
muito. A sua missão é essencialmente fechar espaço central e evitar que a bola entre no espaço à frente dos seus 2
médios. Deste modo, optam por permitir a circulação entre centrais e coordenam muito bem os movimentos entre si
– ora posicionando-se numa linha paralela, ora em diagonal (Fig. 3). A preocupação é orientar jogo adversário.
Quando bola chega próximo da linha do meio campo intensificam a pressão. Com este tipo de posicionamento
tentam orientar a bola para zonas laterais, onde há de imediato uma forte pressão ao portador da bola por
parte dos alas e laterais, condicionando muito o portador da bola. Do lado direito se jogar Ramires, é muito forte
neste tipo de situação. Médios muito intensos na pressão ao portador da bola.
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Organização Defensiva
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Figura 1 – Bloco preferencialmente médio, sempre muito compacto. Zonas de
pressão bem definidas e grande organização coletiva.
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Figura 2 – Procuram manter o máximo de jogadores atrás da linha da bola (sempre
8 ou 9 e muitas vezes os 10).
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Figura 3 - Dão espaço e tempo para o adversário iniciar construção de jogo pelos
defesas centrais. Torres e Mata em diagonal com objetivo de fechar espaço central.
9. Se a bola entra numa zona central, há uma forte pressão do médio mais próximo e um ajuste imediato de
linha de médios, fechando linhas de passe para o interior da equipa (Fig. 4). Equipa muito competente no fecho de
linhas de passe para o interior do bloco – difícil receber entre linhas e enquadrar. Além disso, avançado e médio
ofensivo estão sempre disponíveis para baixar para muito próximo da linha defensiva, fechando linhas de
passe ou pressionando portador da bola por trás.
Normalmente a entrada de bola no último terço defensivo é pelos corredores laterais. Aqui, tentam sempre criar
superioridade ou igualdade numérica na zona da bola, com uma proteção muito forte da baliza. Linha de 3
bem posicionada (centrais e laterais do lado contrário) e forte no jogo aéreo. Sempre com uma segunda linha de 1
ou 2 jogadores (Fig. 5).
Equipa muito organizada e consistente defensivamente. Grande capacidade para fechar espaços, criar superioridade
numérica na zona da bola, sectores muito juntos.
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Organização Defensiva
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Figura 4 - Se a bola entra numa zona central, há uma forte pressão do médio mais
próximo e um ajuste imediato de linha de médios.
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Figura 5 - No último 1/3 defensivo nos corredores laterais. Tentam superioridade
ou igualdade numérica na zona da bola, com proteção muito forte da baliza.
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Preferencialmente não exercem uma forte pressão conectiva na zona da perda de bola para recuperar de novo a
posse. Procuram mais uma pressão ao portador de modo a parar a progressão e permitir a reorganização rápida da
equipa. São rápidos a fechar a equipa e a baixar para trás da linha da bola.
Rapidamente colocam pelo menos 6 jogadores (4 defesas e 2 médios). Alas mostram grande disponibilidade e
sentido coletivo para baixar em velocidade. Ocasionalmente forçam uma maior pressão para roubar bola ainda no
meio campo ofensivo.
Quando passam mais tempo em posse, é possível aproveitar o espaço à frente dos centrais quando perdem a bola
(Fig. 6).
Transição Defensiva
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Figura 6 - Quando passam mais tempo em posse, é possível aproveitar o espaço à
frente dos centrais quando perdem a bola.
Espaço corredor
central
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Ofensivamente, o Chelsea é uma equipa que apresenta diferentes tipos de soluções no seu processo. Têm
Jogadores de grande qualidade técnica.
Apresentam uma grande capacidade para ataque rápido, com saídas verticais em apoio muito velozes. São
fortíssimos neste tipo de situação. Esta será a característica de jogo mais forte da equipa.
Pelo posicionamento defensivo que apresentam, baixando um pouco as linhas, e fechando com muita proximidade
entre os jogadores, facilmente saem desde zonas recuadas em apoio. Tem jogadores com uma grande capacidade
para condução de bola em velocidade. São extremamente agressivos nestas situações – atacam espaço
rapidamente, sobem vários jogadores em apoio e combinam com velocidade e rapidamente colocam 4/5
jogadores perto da área adversária.
Procuram essencialmente um jogo de condução e apoio em grande velocidade, sempre de uma forma muito vertical.
Conseguem fazê-lo acelerando tanto pelo corredor central como pelos corredores laterais. Torres é forte se tem
espaço para conduzir bola. Alas também conseguem fazê-lo com grande capacidade. Laterais são muito
rápidos na desmarcação sem bola dando profundidade e apoio nos corredores laterais (Fig. 7).
Quando conseguem situações de cruzamento no último terço, Lampard aparece muito bem de trás a atacar espaço
com muito critério, o que lhe permite estar presente em muitas situações de finalização, no que é exímio (Fig. 8).
Organização Ofensiva
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Figura 7 - Laterais são muito rápidos na desmarcação sem bola dando
profundidade e apoio nos corredores laterais.
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Figura 8 - Lampard aparece muito bem de trás a atacar espaço com muito critério,
o que lhe permite estar em muitas situações de finalização, no qual é exímio.
Lampard
Ramires
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Sempre que têm espaço podem optar por uma construção mais pausada na linha defensiva, circulando entre
centrais, com os médios a tentarem “pegar” no jogo, para, após entrarem no meio campo ofensivo
adversário, aceleram de imediato, com combinações rápidas e condução de bola (Fig. 9). Aqui há mais lateralização
e variação do centro de jogo, procurando essencialmente acelerar nos corredores laterais. Mesmo quando a bola
entra no espaço central, tentam depois acelerar por fora. Neste tipo de situações, desequilibram-se com
frequência no corredor central. David Luís comete alguns erros de construção, esquece-se dos equilíbrios com
frequência.
Em ambas as formas de atacar mostram muita capacidade para criar várias linhas de apoio ao portador da
bola, quase sempre “forçando” a entrada.
Torres é um jogador importantíssimo pela dinâmica que permite à equipa – é muito completo nos
movimentos. Tem capacidade para dar profundidade, principalmente profundidade nos corredores nas costas dos
laterais. Mostra-se constantemente para dar apoio entre linhas de costas para a baliza (Fig. 10). Veloz se tem
espaço para conduzir. Alas com grande capacidade técnica para combinar em velocidade, para atacarem
espaço/defesa e soltarem. No lado direito “furando” mais por zonas exteriores. No lado esquerdo com mais
condução interior se jogar um ala com pé direito.
Organização Ofensiva
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Figura 9 - Após entrarem no meio campo ofensivo adversário, aceleram de
imediato, com combinações rápidas e condução de bola.
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Figura 10 - Torres mostra-se para dar apoio entre linhas de costas para a baliza.
Após entrar em Torres vários elementos em aceleração, “forçando” a entrada.
Ramires
Torres
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Mata e Óscar serão importantes pela capacidade de execução em espaços mais curtos, assistindo, rematando,
desequilibrando.
Podem optar ainda por um primeiro passe mais longo, desde o GR ou defesas centrais. Neste caso a
referência poderá ser Torres, que tentará tocar para entrada em profundidade de alas ou médio ofensivo. Caso
jogue Moses, também poderá servir come referência para este tipo de construção (Fig. 11).
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Figura 11 - Passe mais longo, desde o GR ou defesas centrais. Referência poderá
ser Torres, que tentará tocar para entrada de alas ou médio ofensivo.
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Neste momento procuram velocidade (devido ao estilo de jogo ofensivo), mas sempre de uma forma equilibrada, ou
seja, tentam que o primeiro passe seja seguro para depois acelerarem, especialmente quando ganham em zonas
mais baixas.
Não promovem passe para profundidade e não arriscam perder a bola de imediato. Pela proximidade dos
jogadores no processo defensivo têm sempre jogadores para um passe em apoio. Aqui, dado o
posicionamento muito baixo próximo e em zona central do avançado e médio ofensivo, são normalmente as
referências para esse passe. Depois sem têm espaço aceleram por dentro ou esperam subida de alas para explorar
corredores laterais.
Transição Ofensiva
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Figura 12 - Facilmente saem desde zonas recuadas em apoio. Torres sempre a dar
apoio de costas. Sobem vários jogadores em apoio e combinam com velocidade.
Lampard
Torres
Ramires
Torres
Ramires
Torres
Lampard
24. Cantos Defensivos
Colocam 2/3 elementos na zona do 1º poste (Cole, Torres e Ramires) e 2 elementos dentro da pequena área
(Lampard e Azpilicueta). 3/4 a realizarem marcação H vs H (David Luiz, Cahill e Ivanovic). 2 elementos à entrada da
Grande área (Moses ou Hazard e Mata) (Fig. 13).
Com movimentos de aproximação do adversário na zona do 1º poste, deixam a zona do 2º poste completamente
desprotegida (Fig. 14) (o Basileia não conseguiu tirar proveito desta situação, apesar de ter conseguido destabilizar
completamente com os movimentos que interpretou).
Cantos Ofensivos
Batem de forma tensa na zona do 1º poste (linha da pequena área), com vários elementos a atacar agressivamente
a bola (Ivanovic, Cahill) (Fig. 15).
São bastante produtivos neste momento do jogo.
Bolas Paradas
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Figura 13 – Colocam 2/3 elementos na zona do 1º poste e 2 elementos dentro da
pequena área. 3/4 a realizarem marcação H vs H. 2 elementos à entrada da G.A..
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Figura 14 – Com movimentos de aproximação do adversário na zona do 1º
poste, deixam a zona do 2º poste completamente desprotegida.
Espaço
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Figura 15 – Batem de forma tensa na zona do 1º poste (linha da pequena área),
com vários elementos a atacar agressivamente a bola (Ivanovic, Cahill).