SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 4
Descargar para leer sin conexión
1. Férias
O número de dias de férias vai passar de 25 para 22 dias úteis por ano, mas
só a partir do dia 1 de janeiro de 2015. Continua a existir a possibilidade de
ter mais dias de férias, dependendo unicamente da antiguidade de trabalho.
Ou seja, por cada dez anos de serviço prestado é acrescentado um dia ao
total de férias. Para essa majoração já não conta a idade do trabalhador.
2. Horas de trabalho
Está integrada nesta lei a alteração do horário de trabalho de 35 horas para
40 horas semanais, já em vigor. Esse período pode ser reduzido caso seja
acertado através de acordo coletivo de trabalho, não podendo no entanto
significar uma diminuição da retribuição do trabalhador.
3. Acordos coletivos
Um acordo coletivo de trabalho negociado entre o empregador público e
um sindicato deixa de se cingir apenas aos trabalhadores desse sindicato.
Outros trabalhadores, filiados noutro sindicato ou não sindicalizados,
passam a estar automaticamente abrangidos. Caso não queiram, existe um
"direito de oposição" que pode ser exercido pelo trabalhador ou pela
associação sindical no prazo de 15 dias após a entrada em vigor do acordo
coletivo ao qual não queriam aderir.
4. Requalificação
O regime de requalificação abrange os trabalhadores que não têm lugar nos
serviços na sequência dos processos de reorganização de efetivos, que já
está em vigor e vem integrado nesta lei. A requalificação inicia-se com uma
primeira fase de 12 meses, em que o trabalhador é inserido num programa
de formação, a receber 60% da sua remuneração (até um máximo de
€1258).
Ao fim desse período, inicia-se uma segunda fase, por tempo
indeterminado, na qual os trabalhadores abrangidos ficam a receber 40% do
salário (num máximo de €838). Nesta segunda fase entram os trabalhadores
que não tenham sido colocados noutro serviço após os 12 meses de
requalificação e que tenham sido contratados antes de 2009 ou sejam
nomeados (ou seja, trabalhadores em missões das Forças Armadas, em
representação externa do Estado, em cargos de investigação criminal ou
segurança pública, entre outros).
5. Compensações
Se o contrato terminar na sequência de um acordo entre o trabalhador e o
empregador, a compensação corresponde no máximo a 20 dias de
remuneração base por cada ano completo de antiguidade. Para quem é
despedido ao fim dos 12 meses de requalificação, a compensação
corresponde a um mês de retribuição base e diuturnidades por cada ano
completo de antiguidade.
Nos casos em que os contratos por tempo certo ou incerto não sejam
renovados, a compensação varia de acordo com a duração do contrato. Se
não excedeu os seis meses, o trabalhador tem direito a três dias de
retribuição base e diuturnidades por cada mês; se o contrato tiver durado
mais de seis meses, então a compensação passa a dois dias de retribuição
base e diuturnidades por cada mês.
6. Horas extraordinárias
Este diploma integra também a quebra no pagamento das horas
extraordinárias - num dia normal de trabalho, a primeira hora é paga a 25%
da remuneração (já não a 50%) e a segunda hora e seguintes são pagas a
37,5% (já não a 75%). Num dia de descanso semanal ou feriado, cada hora
é paga a 50% (já não a 100%). Em vigor entra agora a possibilidade de, por
acordo entre o empregador e o trabalhador, a remuneração pelas horas
extraordinárias poder ser substituída por descanso compensatório. A lei
confirma a alteração do máximo de horas extraordinárias de 100 para 150.
Mantém-se a possibilidade de o limite chegar às 200 horas por ano, através
de acordo coletivo de trabalho.
7. Despedimentos
Não há despedimentos coletivos contemplados na lei. É previsto o
despedimento dos trabalhadores que após os 12 meses de requalificação
não consigam reiniciar funções - essa regra só se aplica aos trabalhadores
contratados a partir de 1 de janeiro de 2009 (os restantes ficam por tempo
indeterminado na segunda fase do regime de requalificação).
8. Reformados e pensões
O exercício de funções públicas é aplicável aos beneficiários de pensões de reforma
da segurança social e de pensões pagas por quaisquer entidades públicas, desde que
lhes seja dada essa autorização. Nesta lei entra uma norma que vem confirmar a
impossibilidade de um reformado escolher se recebe o salário ou a pensão, no caso
de lhe ser dada autorização de exercer uma função pública. O pagamento da pensão
é suspenso assim que inicia a atividade.
"O objectivo desta lei era a sistematização da legislação. Aquilo que era
uma boa intenção tornou-se numa redução de direitos dos trabalhadores e
trouxe prejuízos", diz ao Expresso José Abraão, secretário-geral do
Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap). "Os
trabalhadores da administração pública têm muito pouco a beneficiar com a
nova lei."
O dirigente do sindicato considera que o que a lei trouxe de novo foi a
redução das férias, a consolidação de um sistema de requalificação
especial, "que coloca trabalhadores em casa com 40% do salário", e o
aumento do horário de trabalho. "Os trabalhadores agora trabalham mais e
ganham menos."
Para o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), a lei
procurou convergir as regras dos dois sectores, mas os aspetos que agora os
distinguem "são piores" para os funcionários públicos. "Quando o Governo
fala em fazer convergir os dois, é uma falácia", diz José Correia, vice-
presidente do STAL.
O que também marca a posição do sindicato é o facto de considerar que a
lei põe em causa a autonomia das autarquias. "Entendemos que a lei não se
pode aplicar diretamente para as autarquias", afirma.
Em causa está, por exemplo, a alteração de 35 para 40 horas semanais -
uma regra já em vigor e que está inserida nesta lei. José Correia avança que
quatro em cinco câmaras continuam a praticar as 35 horas semanais, uma
opção resultante da negociação coletiva. O dirigente do STAL defende que
estes acordos coletivos "dispensam a homologação do secretário de Estado,
porque isso choca com a autonomia do presidente da Câmara".
O que há a destacar
Há três questões essenciais nesta lei, segundo Miguel Lucas Pires, jurista
especializado em direito do trabalho na Administração Pública. Uma
delas é uma alteração cujo alcance pode não ser percebido
"imediatamente", de acordo com o jurista. Em causa está o artigo que faz
remissão para o código do trabalho em diversas situações, como em relação
a mecanismos de resolução de conflitos coletivos ou a greves. "Na prática,
vai ser fonte de inúmeras confusões", diz Lucas Pires, acrescentando não
perceber por que razão essas questões não estão previstas na lei.
Outro ponto é o processo de requalificação. "Tem sido um caminho
tortuoso", aponta, lembrando que o diploma ainda refere questões de
natureza económico-financeira como motivo para o despedimento. Na lei
lê-se que a "racionalização de efetivos" também pode "ocorrer por motivos
decorrentes do desequilíbrio económico-financeiro estrutural e continuado
do órgão ou serviço". "Foi legislar para poder despedir", afirma o
jurista.
O terceiro ponto a ter em conta é o alargamento dos acordos coletivos de
trabalho aos trabalhadores não sindicalizados e aos trabalhadores filiados
noutros sindicatos.
Em relação a essa alteração, o secretário-geral do Sintap levanta uma
questão: "O Governo quer uma verdadeira negociação coletiva ou quer
manter-se como limitador?" José Abraão reconhece que esta é uma
"situação de dificuldades financeiras", mas defende que o Governo "podia
deixar espaço" para a negociação, de forma a "adequar a lei às
especificidades de cada setor".
Para o vice-presidente do STAL, a alteração pode trazer a vantagem de
alargar a todas as autarquias o horário de trabalho das 35 horas, que tem
vindo a ser negociado. Contudo, José Correia reconhece o outro lado da
questão. "O STAL não pode negociar em nome dos trabalhadores que não
representa."

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Aprovação da reforma trabalhista principais pontos - Waldemar Ramos Junior
Aprovação da reforma trabalhista principais pontos - Waldemar Ramos JuniorAprovação da reforma trabalhista principais pontos - Waldemar Ramos Junior
Aprovação da reforma trabalhista principais pontos - Waldemar Ramos JuniorWaldemar Ramos Junior
 
Reforma trabalhista 2017
Reforma trabalhista 2017Reforma trabalhista 2017
Reforma trabalhista 2017fgomes42 Lima
 
MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA: LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017 - PANORAMA AN...
MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA: LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017 - PANORAMA AN...MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA: LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017 - PANORAMA AN...
MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA: LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017 - PANORAMA AN...Robson Peixoto
 
Reforma trabalhista apresentação
Reforma trabalhista   apresentaçãoReforma trabalhista   apresentação
Reforma trabalhista apresentaçãoShana Menezes
 
Nota mensal de conjuntura Abril - 2017
Nota mensal de conjuntura Abril - 2017Nota mensal de conjuntura Abril - 2017
Nota mensal de conjuntura Abril - 2017Fundação Dom Cabral
 
Senado aprova regulamentação dos direitos das domésticas economia - estadão
Senado aprova regulamentação dos direitos das domésticas   economia - estadãoSenado aprova regulamentação dos direitos das domésticas   economia - estadão
Senado aprova regulamentação dos direitos das domésticas economia - estadãoConsumidor Racional
 
Infográfico - Reforma Trabalhista: O Que Muda?
Infográfico - Reforma Trabalhista: O Que Muda?Infográfico - Reforma Trabalhista: O Que Muda?
Infográfico - Reforma Trabalhista: O Que Muda?Burson-Marsteller Brasil
 
Proposta lei que prorroga o prazo de suspensão de regulamentação coletiva de ...
Proposta lei que prorroga o prazo de suspensão de regulamentação coletiva de ...Proposta lei que prorroga o prazo de suspensão de regulamentação coletiva de ...
Proposta lei que prorroga o prazo de suspensão de regulamentação coletiva de ...SoproLeve
 
Proposta de alteração ao Codigo do trabalho
Proposta de alteração ao Codigo do trabalhoProposta de alteração ao Codigo do trabalho
Proposta de alteração ao Codigo do trabalhoSoproLeve
 
Análise da proposta de reforma da CLT - 2017
Análise da proposta de reforma da CLT - 2017Análise da proposta de reforma da CLT - 2017
Análise da proposta de reforma da CLT - 2017Sergio Paz
 
Material apoio bate papo maio 2018 jornada trabalho
Material apoio bate papo maio 2018 jornada trabalhoMaterial apoio bate papo maio 2018 jornada trabalho
Material apoio bate papo maio 2018 jornada trabalhoShana Menezes
 
Reforma trabalhista bate papo 31 10 2017
Reforma trabalhista   bate papo 31 10 2017Reforma trabalhista   bate papo 31 10 2017
Reforma trabalhista bate papo 31 10 2017Shana Menezes
 
Aposentacao-pergunta (2010)
Aposentacao-pergunta (2010)Aposentacao-pergunta (2010)
Aposentacao-pergunta (2010)Armin Caldas
 
Direitos trabalhistas
Direitos trabalhistasDireitos trabalhistas
Direitos trabalhistasbia139
 
Banco de horas
Banco de horasBanco de horas
Banco de horasSinapsa
 
Aulão TRT-RJ - Direito do Trabalho - Isabelli Gravatá
Aulão TRT-RJ - Direito do Trabalho - Isabelli GravatáAulão TRT-RJ - Direito do Trabalho - Isabelli Gravatá
Aulão TRT-RJ - Direito do Trabalho - Isabelli GravatáCanal Dos Concursos
 

La actualidad más candente (20)

Aprovação da reforma trabalhista principais pontos - Waldemar Ramos Junior
Aprovação da reforma trabalhista principais pontos - Waldemar Ramos JuniorAprovação da reforma trabalhista principais pontos - Waldemar Ramos Junior
Aprovação da reforma trabalhista principais pontos - Waldemar Ramos Junior
 
Reforma Trabalhista
Reforma TrabalhistaReforma Trabalhista
Reforma Trabalhista
 
Reforma trabalhista
Reforma trabalhista Reforma trabalhista
Reforma trabalhista
 
Reforma trabalhista 2017
Reforma trabalhista 2017Reforma trabalhista 2017
Reforma trabalhista 2017
 
MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA: LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017 - PANORAMA AN...
MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA: LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017 - PANORAMA AN...MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA: LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017 - PANORAMA AN...
MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA: LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017 - PANORAMA AN...
 
Reforma trabalhista apresentação
Reforma trabalhista   apresentaçãoReforma trabalhista   apresentação
Reforma trabalhista apresentação
 
Reforma trabalhista
Reforma trabalhistaReforma trabalhista
Reforma trabalhista
 
Nota mensal de conjuntura Abril - 2017
Nota mensal de conjuntura Abril - 2017Nota mensal de conjuntura Abril - 2017
Nota mensal de conjuntura Abril - 2017
 
Senado aprova regulamentação dos direitos das domésticas economia - estadão
Senado aprova regulamentação dos direitos das domésticas   economia - estadãoSenado aprova regulamentação dos direitos das domésticas   economia - estadão
Senado aprova regulamentação dos direitos das domésticas economia - estadão
 
Infográfico - Reforma Trabalhista: O Que Muda?
Infográfico - Reforma Trabalhista: O Que Muda?Infográfico - Reforma Trabalhista: O Que Muda?
Infográfico - Reforma Trabalhista: O Que Muda?
 
Proposta lei que prorroga o prazo de suspensão de regulamentação coletiva de ...
Proposta lei que prorroga o prazo de suspensão de regulamentação coletiva de ...Proposta lei que prorroga o prazo de suspensão de regulamentação coletiva de ...
Proposta lei que prorroga o prazo de suspensão de regulamentação coletiva de ...
 
Proposta de alteração ao Codigo do trabalho
Proposta de alteração ao Codigo do trabalhoProposta de alteração ao Codigo do trabalho
Proposta de alteração ao Codigo do trabalho
 
Guia: Reforma Trabalhista
Guia: Reforma TrabalhistaGuia: Reforma Trabalhista
Guia: Reforma Trabalhista
 
Análise da proposta de reforma da CLT - 2017
Análise da proposta de reforma da CLT - 2017Análise da proposta de reforma da CLT - 2017
Análise da proposta de reforma da CLT - 2017
 
Material apoio bate papo maio 2018 jornada trabalho
Material apoio bate papo maio 2018 jornada trabalhoMaterial apoio bate papo maio 2018 jornada trabalho
Material apoio bate papo maio 2018 jornada trabalho
 
Reforma trabalhista bate papo 31 10 2017
Reforma trabalhista   bate papo 31 10 2017Reforma trabalhista   bate papo 31 10 2017
Reforma trabalhista bate papo 31 10 2017
 
Aposentacao-pergunta (2010)
Aposentacao-pergunta (2010)Aposentacao-pergunta (2010)
Aposentacao-pergunta (2010)
 
Direitos trabalhistas
Direitos trabalhistasDireitos trabalhistas
Direitos trabalhistas
 
Banco de horas
Banco de horasBanco de horas
Banco de horas
 
Aulão TRT-RJ - Direito do Trabalho - Isabelli Gravatá
Aulão TRT-RJ - Direito do Trabalho - Isabelli GravatáAulão TRT-RJ - Direito do Trabalho - Isabelli Gravatá
Aulão TRT-RJ - Direito do Trabalho - Isabelli Gravatá
 

Destacado

A internet das coisas
A internet das coisas A internet das coisas
A internet das coisas ossobuco
 
El lenguaje de los nuevos medios de comunicación
El lenguaje de los nuevos medios de comunicaciónEl lenguaje de los nuevos medios de comunicación
El lenguaje de los nuevos medios de comunicaciónralmarazt
 
Andréia e maria eduarda a.b-pita
Andréia e maria eduarda a.b-pitaAndréia e maria eduarda a.b-pita
Andréia e maria eduarda a.b-pitasorayaday
 
Prova8 esc
Prova8 escProva8 esc
Prova8 escJ M
 
Leia me do extension manager cs5
Leia me do extension manager cs5Leia me do extension manager cs5
Leia me do extension manager cs5Tori Cannon
 
Diccionario informàtico
Diccionario informàticoDiccionario informàtico
Diccionario informàticoLILIANAPLAZAS
 
Analisis balance social coopantex 2010
Analisis balance social coopantex 2010Analisis balance social coopantex 2010
Analisis balance social coopantex 2010syabur
 
Apresentação Campanha Espetáculo
Apresentação Campanha EspetáculoApresentação Campanha Espetáculo
Apresentação Campanha Espetáculocampanhaespetaculo
 
Programa de ensino
Programa de ensinoPrograma de ensino
Programa de ensinolorenatarcia
 
Entrada proibida - Ossobuco 5
Entrada proibida  - Ossobuco 5Entrada proibida  - Ossobuco 5
Entrada proibida - Ossobuco 5ossobuco
 

Destacado (20)

Europa
EuropaEuropa
Europa
 
A internet das coisas
A internet das coisas A internet das coisas
A internet das coisas
 
F quichimbo
F quichimboF quichimbo
F quichimbo
 
El lenguaje de los nuevos medios de comunicación
El lenguaje de los nuevos medios de comunicaciónEl lenguaje de los nuevos medios de comunicación
El lenguaje de los nuevos medios de comunicación
 
Andréia e maria eduarda a.b-pita
Andréia e maria eduarda a.b-pitaAndréia e maria eduarda a.b-pita
Andréia e maria eduarda a.b-pita
 
Taller 4
Taller 4Taller 4
Taller 4
 
El idiomaespanol
El idiomaespanolEl idiomaespanol
El idiomaespanol
 
Redes
RedesRedes
Redes
 
Esquema lengua tema 2
Esquema lengua tema 2Esquema lengua tema 2
Esquema lengua tema 2
 
Prisioneiro do amanhão
Prisioneiro do amanhãoPrisioneiro do amanhão
Prisioneiro do amanhão
 
Prova8 esc
Prova8 escProva8 esc
Prova8 esc
 
Presentación1
Presentación1Presentación1
Presentación1
 
Leia me do extension manager cs5
Leia me do extension manager cs5Leia me do extension manager cs5
Leia me do extension manager cs5
 
Diccionario informàtico
Diccionario informàticoDiccionario informàtico
Diccionario informàtico
 
HUB - 1 dormitório
HUB - 1 dormitórioHUB - 1 dormitório
HUB - 1 dormitório
 
Analisis balance social coopantex 2010
Analisis balance social coopantex 2010Analisis balance social coopantex 2010
Analisis balance social coopantex 2010
 
Apresentação Campanha Espetáculo
Apresentação Campanha EspetáculoApresentação Campanha Espetáculo
Apresentação Campanha Espetáculo
 
Palestra ao setor comercial
Palestra ao setor comercialPalestra ao setor comercial
Palestra ao setor comercial
 
Programa de ensino
Programa de ensinoPrograma de ensino
Programa de ensino
 
Entrada proibida - Ossobuco 5
Entrada proibida  - Ossobuco 5Entrada proibida  - Ossobuco 5
Entrada proibida - Ossobuco 5
 

Similar a Direitos dos trabalhadores públicos reduzidos pela nova lei laboral

Seminário Os 70 anos da CLT, 26/4/2013 - Apresentação Guilherme Campos
Seminário Os 70 anos da CLT, 26/4/2013 - Apresentação Guilherme CamposSeminário Os 70 anos da CLT, 26/4/2013 - Apresentação Guilherme Campos
Seminário Os 70 anos da CLT, 26/4/2013 - Apresentação Guilherme CamposFecomercioSP
 
03 Rotina de pessoal.pptx
03 Rotina de pessoal.pptx03 Rotina de pessoal.pptx
03 Rotina de pessoal.pptxLipeMJ7
 
Curso trabalhista encontro 05 - contrato de trabalho - parte 2
Curso trabalhista   encontro 05 - contrato de trabalho - parte 2Curso trabalhista   encontro 05 - contrato de trabalho - parte 2
Curso trabalhista encontro 05 - contrato de trabalho - parte 2Giordano Adjuto Teixeira
 
Guia prático da reforma trabalhista
Guia prático da reforma trabalhistaGuia prático da reforma trabalhista
Guia prático da reforma trabalhistaGuy Valerio
 
EM DEFESA DA CONTRATAÇÃO COLECTIVA - NOVA OFENSIVA CONTRA OS DIREITOS E SALÁRIOS
EM DEFESA DA CONTRATAÇÃO COLECTIVA - NOVA OFENSIVA CONTRA OS DIREITOS E SALÁRIOSEM DEFESA DA CONTRATAÇÃO COLECTIVA - NOVA OFENSIVA CONTRA OS DIREITOS E SALÁRIOS
EM DEFESA DA CONTRATAÇÃO COLECTIVA - NOVA OFENSIVA CONTRA OS DIREITOS E SALÁRIOSSinapsa
 
alteração contratutal suspensão interrupção e estabilidade.pptx
alteração contratutal suspensão interrupção e estabilidade.pptxalteração contratutal suspensão interrupção e estabilidade.pptx
alteração contratutal suspensão interrupção e estabilidade.pptxssuser1905fb
 
A insolvência e o direito dos trabalhadores
A insolvência e o direito dos trabalhadoresA insolvência e o direito dos trabalhadores
A insolvência e o direito dos trabalhadoresPaulo Susano
 
Reforma Trabalhista: o que muda, o que deve mudar - Adilson Araujo
Reforma Trabalhista: o que muda, o que deve mudar - Adilson AraujoReforma Trabalhista: o que muda, o que deve mudar - Adilson Araujo
Reforma Trabalhista: o que muda, o que deve mudar - Adilson AraujoFundação Fernando Henrique Cardoso
 
Contrato de trabalho
Contrato de trabalhoContrato de trabalho
Contrato de trabalhoRosana Serelo
 
Contrato de trabalho
Contrato de trabalhoContrato de trabalho
Contrato de trabalhorosanaserelo
 
E book - reforma trabalhista (1)
E book - reforma trabalhista (1)E book - reforma trabalhista (1)
E book - reforma trabalhista (1)Patricia Liotte
 

Similar a Direitos dos trabalhadores públicos reduzidos pela nova lei laboral (20)

Nota Técnica 178
Nota Técnica 178Nota Técnica 178
Nota Técnica 178
 
Seminário Os 70 anos da CLT, 26/4/2013 - Apresentação Guilherme Campos
Seminário Os 70 anos da CLT, 26/4/2013 - Apresentação Guilherme CamposSeminário Os 70 anos da CLT, 26/4/2013 - Apresentação Guilherme Campos
Seminário Os 70 anos da CLT, 26/4/2013 - Apresentação Guilherme Campos
 
03 Rotina de pessoal.pptx
03 Rotina de pessoal.pptx03 Rotina de pessoal.pptx
03 Rotina de pessoal.pptx
 
E book 01-reforma_trabalhista
E book 01-reforma_trabalhistaE book 01-reforma_trabalhista
E book 01-reforma_trabalhista
 
A nova lei do aviso prévio
A nova lei do aviso prévioA nova lei do aviso prévio
A nova lei do aviso prévio
 
Curso trabalhista encontro 05 - contrato de trabalho - parte 2
Curso trabalhista   encontro 05 - contrato de trabalho - parte 2Curso trabalhista   encontro 05 - contrato de trabalho - parte 2
Curso trabalhista encontro 05 - contrato de trabalho - parte 2
 
Reforma tratabalhista
Reforma tratabalhistaReforma tratabalhista
Reforma tratabalhista
 
Guia prático da reforma trabalhista
Guia prático da reforma trabalhistaGuia prático da reforma trabalhista
Guia prático da reforma trabalhista
 
Legislacao laboral variada v2
Legislacao laboral variada v2Legislacao laboral variada v2
Legislacao laboral variada v2
 
EM DEFESA DA CONTRATAÇÃO COLECTIVA - NOVA OFENSIVA CONTRA OS DIREITOS E SALÁRIOS
EM DEFESA DA CONTRATAÇÃO COLECTIVA - NOVA OFENSIVA CONTRA OS DIREITOS E SALÁRIOSEM DEFESA DA CONTRATAÇÃO COLECTIVA - NOVA OFENSIVA CONTRA OS DIREITOS E SALÁRIOS
EM DEFESA DA CONTRATAÇÃO COLECTIVA - NOVA OFENSIVA CONTRA OS DIREITOS E SALÁRIOS
 
alteração contratutal suspensão interrupção e estabilidade.pptx
alteração contratutal suspensão interrupção e estabilidade.pptxalteração contratutal suspensão interrupção e estabilidade.pptx
alteração contratutal suspensão interrupção e estabilidade.pptx
 
Aula 02 departamento pessoal
Aula 02 departamento pessoalAula 02 departamento pessoal
Aula 02 departamento pessoal
 
A insolvência e o direito dos trabalhadores
A insolvência e o direito dos trabalhadoresA insolvência e o direito dos trabalhadores
A insolvência e o direito dos trabalhadores
 
Legislação Trabalhista
Legislação TrabalhistaLegislação Trabalhista
Legislação Trabalhista
 
Reforma Trabalhista: o que muda, o que deve mudar - Adilson Araujo
Reforma Trabalhista: o que muda, o que deve mudar - Adilson AraujoReforma Trabalhista: o que muda, o que deve mudar - Adilson Araujo
Reforma Trabalhista: o que muda, o que deve mudar - Adilson Araujo
 
2019 03 posposta_carreira_oficiais_justica
2019 03 posposta_carreira_oficiais_justica2019 03 posposta_carreira_oficiais_justica
2019 03 posposta_carreira_oficiais_justica
 
Contrato de trabalho
Contrato de trabalhoContrato de trabalho
Contrato de trabalho
 
Resumo da Reforma Trabalhista
Resumo da Reforma TrabalhistaResumo da Reforma Trabalhista
Resumo da Reforma Trabalhista
 
Contrato de trabalho
Contrato de trabalhoContrato de trabalho
Contrato de trabalho
 
E book - reforma trabalhista (1)
E book - reforma trabalhista (1)E book - reforma trabalhista (1)
E book - reforma trabalhista (1)
 

Último

Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 

Último (20)

Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 

Direitos dos trabalhadores públicos reduzidos pela nova lei laboral

  • 1. 1. Férias O número de dias de férias vai passar de 25 para 22 dias úteis por ano, mas só a partir do dia 1 de janeiro de 2015. Continua a existir a possibilidade de ter mais dias de férias, dependendo unicamente da antiguidade de trabalho. Ou seja, por cada dez anos de serviço prestado é acrescentado um dia ao total de férias. Para essa majoração já não conta a idade do trabalhador. 2. Horas de trabalho Está integrada nesta lei a alteração do horário de trabalho de 35 horas para 40 horas semanais, já em vigor. Esse período pode ser reduzido caso seja acertado através de acordo coletivo de trabalho, não podendo no entanto significar uma diminuição da retribuição do trabalhador. 3. Acordos coletivos Um acordo coletivo de trabalho negociado entre o empregador público e um sindicato deixa de se cingir apenas aos trabalhadores desse sindicato. Outros trabalhadores, filiados noutro sindicato ou não sindicalizados, passam a estar automaticamente abrangidos. Caso não queiram, existe um "direito de oposição" que pode ser exercido pelo trabalhador ou pela associação sindical no prazo de 15 dias após a entrada em vigor do acordo coletivo ao qual não queriam aderir. 4. Requalificação O regime de requalificação abrange os trabalhadores que não têm lugar nos serviços na sequência dos processos de reorganização de efetivos, que já está em vigor e vem integrado nesta lei. A requalificação inicia-se com uma primeira fase de 12 meses, em que o trabalhador é inserido num programa de formação, a receber 60% da sua remuneração (até um máximo de €1258). Ao fim desse período, inicia-se uma segunda fase, por tempo indeterminado, na qual os trabalhadores abrangidos ficam a receber 40% do salário (num máximo de €838). Nesta segunda fase entram os trabalhadores que não tenham sido colocados noutro serviço após os 12 meses de requalificação e que tenham sido contratados antes de 2009 ou sejam nomeados (ou seja, trabalhadores em missões das Forças Armadas, em representação externa do Estado, em cargos de investigação criminal ou segurança pública, entre outros).
  • 2. 5. Compensações Se o contrato terminar na sequência de um acordo entre o trabalhador e o empregador, a compensação corresponde no máximo a 20 dias de remuneração base por cada ano completo de antiguidade. Para quem é despedido ao fim dos 12 meses de requalificação, a compensação corresponde a um mês de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade. Nos casos em que os contratos por tempo certo ou incerto não sejam renovados, a compensação varia de acordo com a duração do contrato. Se não excedeu os seis meses, o trabalhador tem direito a três dias de retribuição base e diuturnidades por cada mês; se o contrato tiver durado mais de seis meses, então a compensação passa a dois dias de retribuição base e diuturnidades por cada mês. 6. Horas extraordinárias Este diploma integra também a quebra no pagamento das horas extraordinárias - num dia normal de trabalho, a primeira hora é paga a 25% da remuneração (já não a 50%) e a segunda hora e seguintes são pagas a 37,5% (já não a 75%). Num dia de descanso semanal ou feriado, cada hora é paga a 50% (já não a 100%). Em vigor entra agora a possibilidade de, por acordo entre o empregador e o trabalhador, a remuneração pelas horas extraordinárias poder ser substituída por descanso compensatório. A lei confirma a alteração do máximo de horas extraordinárias de 100 para 150. Mantém-se a possibilidade de o limite chegar às 200 horas por ano, através de acordo coletivo de trabalho. 7. Despedimentos Não há despedimentos coletivos contemplados na lei. É previsto o despedimento dos trabalhadores que após os 12 meses de requalificação não consigam reiniciar funções - essa regra só se aplica aos trabalhadores contratados a partir de 1 de janeiro de 2009 (os restantes ficam por tempo indeterminado na segunda fase do regime de requalificação). 8. Reformados e pensões O exercício de funções públicas é aplicável aos beneficiários de pensões de reforma da segurança social e de pensões pagas por quaisquer entidades públicas, desde que lhes seja dada essa autorização. Nesta lei entra uma norma que vem confirmar a impossibilidade de um reformado escolher se recebe o salário ou a pensão, no caso de lhe ser dada autorização de exercer uma função pública. O pagamento da pensão é suspenso assim que inicia a atividade.
  • 3. "O objectivo desta lei era a sistematização da legislação. Aquilo que era uma boa intenção tornou-se numa redução de direitos dos trabalhadores e trouxe prejuízos", diz ao Expresso José Abraão, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap). "Os trabalhadores da administração pública têm muito pouco a beneficiar com a nova lei." O dirigente do sindicato considera que o que a lei trouxe de novo foi a redução das férias, a consolidação de um sistema de requalificação especial, "que coloca trabalhadores em casa com 40% do salário", e o aumento do horário de trabalho. "Os trabalhadores agora trabalham mais e ganham menos." Para o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), a lei procurou convergir as regras dos dois sectores, mas os aspetos que agora os distinguem "são piores" para os funcionários públicos. "Quando o Governo fala em fazer convergir os dois, é uma falácia", diz José Correia, vice- presidente do STAL. O que também marca a posição do sindicato é o facto de considerar que a lei põe em causa a autonomia das autarquias. "Entendemos que a lei não se pode aplicar diretamente para as autarquias", afirma. Em causa está, por exemplo, a alteração de 35 para 40 horas semanais - uma regra já em vigor e que está inserida nesta lei. José Correia avança que quatro em cinco câmaras continuam a praticar as 35 horas semanais, uma opção resultante da negociação coletiva. O dirigente do STAL defende que estes acordos coletivos "dispensam a homologação do secretário de Estado, porque isso choca com a autonomia do presidente da Câmara". O que há a destacar Há três questões essenciais nesta lei, segundo Miguel Lucas Pires, jurista especializado em direito do trabalho na Administração Pública. Uma delas é uma alteração cujo alcance pode não ser percebido "imediatamente", de acordo com o jurista. Em causa está o artigo que faz remissão para o código do trabalho em diversas situações, como em relação a mecanismos de resolução de conflitos coletivos ou a greves. "Na prática, vai ser fonte de inúmeras confusões", diz Lucas Pires, acrescentando não perceber por que razão essas questões não estão previstas na lei. Outro ponto é o processo de requalificação. "Tem sido um caminho tortuoso", aponta, lembrando que o diploma ainda refere questões de natureza económico-financeira como motivo para o despedimento. Na lei
  • 4. lê-se que a "racionalização de efetivos" também pode "ocorrer por motivos decorrentes do desequilíbrio económico-financeiro estrutural e continuado do órgão ou serviço". "Foi legislar para poder despedir", afirma o jurista. O terceiro ponto a ter em conta é o alargamento dos acordos coletivos de trabalho aos trabalhadores não sindicalizados e aos trabalhadores filiados noutros sindicatos. Em relação a essa alteração, o secretário-geral do Sintap levanta uma questão: "O Governo quer uma verdadeira negociação coletiva ou quer manter-se como limitador?" José Abraão reconhece que esta é uma "situação de dificuldades financeiras", mas defende que o Governo "podia deixar espaço" para a negociação, de forma a "adequar a lei às especificidades de cada setor". Para o vice-presidente do STAL, a alteração pode trazer a vantagem de alargar a todas as autarquias o horário de trabalho das 35 horas, que tem vindo a ser negociado. Contudo, José Correia reconhece o outro lado da questão. "O STAL não pode negociar em nome dos trabalhadores que não representa."