O documento discute a formação de professores reflexivos no Centro de Línguas da UFES, com foco na análise da prática pedagógica por meio de questionários e entrevistas.
A pesquisa tem como objetivo principal entender em que momento a reflexão pode auxiliar na prática docente, analisando os três momentos de reflexão oferecidos pelo programa: conhecimento na ação, reflexão na ação e reflexão sobre a reflexão na ação.
Os dados iniciais não trouxer
3. Objetivo do texto:
Aloizo Heleno Pires propõe que todo professor deve analisar
sua prática pedagógica visto que tal atitude torna-o mais
consciente de suas funções e ajuda-o a repensar sobre
algumas atitudes.
"Cada um deve responsabilizar-se pelo seu próprio
desenvolvimento profissional... A universidade pode,
quando muito, preparar o professor para começar a
ensinar." (Hypolito apud Zeichner, 1993:17).
4. 2004 – Término do Curso de Especialização ao Ensino da
Língua Inglesa na UFES e início do trabalho como
professor de inglês no Centro de Línguas da UFES.
Investigação:
1o momento – observação;
2o momento – própria participação
Programa de Formação de Professor: objetivo maior era a
análise das problemáticas dos professores atuantes no
Centro de Línguas (abordagem comunicativa).
5. “[...] os professores, para serem autônomos, necessitam
assumir posturas reflexivas críticas sobre o ensino com
prática social, e que podem fazer isso interrogando-se
quanto aos resultados e à pertinência de seu trabalho,
buscando referências teóricas que lhes possibilitem melhor
compreendê-lo e aperfeiçoá-lo, produzindo, por meio de
suas próprias investigações, transformações no seu
pensamento e na sua prática docente.” (Pires apud André,
2002, p. 56)
6. Inquietação → desafio enfrentado pelo professor
(metodologia ideal; usar fórmulas prontas; limitação
linguística; dificuldade na relação professor-aluno;
autoridade sem autoritarismo).
Propor uma formação de professores pesquisadores e
reflexivos.
Pergunta de pesquisa: Em que momento ou situação a
reflexão do professor pode auxiliá-lo em sua prática
pedagógica?
7. Repensar,reconstruir e reinventar através da reflexão
→ motivação e preparação para atuar como professor
investigador.
Exigências mínimas para ser um profissional
investigador (André, op. cit., p. 60):
disposição pessoal do professor;
formação adequada;
receber assessoria técnico-pedagógica;
tempo e espaço;
acesso a materiais.
8. Formação de professores centrada na investigação.
Contexto de pesquisa: Programa Permanente de Formação
de Professores no Centro de Línguas da UFES.
“O professor prático reflexivo nunca se satisfaz com sua
prática, jamais a julga perfeita, concluída, sem
possibilidade de aprimoramento. Está sempre em contato
com outros profissionais, lê, observa, analisa para atender
sempre melhor ao aluno, sujeito e objeto de sua ação
docente. Se isso sempre foi verdade e exigência, hoje,
mais do que nunca, não atualizar-se é estagnar e
retroceder.” (Hypolitto, 2004)
9. Antes de tudo é preciso repensar sobre o vocábulo
“PESQUISA”:
Segundo o Aurélio (2008), pesquisa é uma investigação
e/ou um estudo, minuciosos e sistemáticos, com o fim de
descobrir fatos relativos a um campo de conhecimento.
Para o autor do texto, pesquisa é antes de tudo
entender que pesquisar é produzir conhecimento de forma
sistemática, que a realização de qualquer pesquisa é
determinada pelas perguntas de pesquisa.
10. A prática pedagógica do próprio pesquisador e de outros
professores foi o dínamo para gerar a sua pergunta de
pesquisa.
“fazer pesquisa é uma tentativa de ir além das aparências,
de descobrir categorias e conexões abstratas subjacentes
a fenômenos familiares cotidianos”. (Pires apud Cavalcanti,
1990, p. 45)
11. O autor cita ainda que “investigar a formação do
professor e suas habilidades, é tanto um planejamento
aliado a uma reflexão do conhecimento na ação quanto
também a própria reflexão-na-ação.”
Conhecimento na ação- saber o que se faz e saber falar
sobre o que se faz;
Reflexão na ação- aquilo que deve ser feito para que a
aula seja estimulante;
Reflexão da reflexão-na-ação- autoavaliação e abertura à
críticas dos mais variados níveis.
12. “[...] a investigação tem que ser: a) metódica (os
procedimentos de investigação têm que estar claros); b)
sistemática (o conhecimento produzido deve ser inter-
relacionado, ou seja, a investigação de uma determinada
questão não pode ignorar outras); c) criticada pelo próprio
(sic.) pesquisador (sic.) e oferecida à crítica dos pares da
comunidade científica.” (Pires apud Moita Lopes, 1994, p.
33)
13. Pesquisa interpretativista de base etnográfica- tem origem
na Sociologia e a Filosofia e foca uma perspectiva social
por parte dos participantes.
Esse tipo de pesquisa requer a participação do professor
em sala de aula e mantém o foco na qualidade dos dados.
A pesquisa deve ser uma forma de investigação e estudo
sistematizado.
14. Erickson (1986, apud Moita Lopes, idem, p. 334), diz que
a pesquisa de base etnográfica deve responder à quatro
questões:
1 – O que está acontecendo no contexto sobre
investigação?;
2 – Como os eventos estão organizados?;
3 – O que significam para os participantes?;
4 – Como podem ser comparados a outros em contextos
diferentes?.
15. Dois questionários com perguntas;
Aplicação no Centro de Línguas da UFES(Universidade
Federal do Espírito Santo);
Duas informantes: uma professora estagiária e a
coordenadora do programa.
16. 3.1 - O perfil do pesquisador
3.2 - O perfil dos participantes focais (professor e coordenador)
a professora estagiária Laura;
a coordenadora Lena.
17. Os alunos do centro de Línguas da UFES, em sua
maioria são alunos de toda a Grande Vitória (Serra,
Cariacica, Vila Velha, Viana, Guarapari e Vitória);
Classe média baixa, sendo 80% alunos da UFES
dos mais diversos cursos de graduação;
Centro de Línguas atende cerca de 7.000 alunos,
de uma faixa etária de 10 anos aos, mais ou menos, 60
anos;
16 alunos por turma;
Os alunos estudam o livro “New Interchange”(é o
nome do livro adotado pela instituição que traz como
metodologia a abordagem comunicativa).
18. No primeiro momento, o instrumento gerador de dados da
pesquisa foi o questionário. Ele foi aplicado para uma
professora estagiária e para a coordenadora do Programa
Permanente de Formação de Professor do CLC/UFES.
De acordo com a análise de Mac Donough & Mac
Donough, (1997), o uso do questionário do tipo “questões
comentadas” consiste de questões abertas às quais
permitem a obtenção de respostas detalhadas e com
explícitos pontos de vista do entrevistado.
19. Foi feito uso do questionário do tipo “questões comentadas”
com a professora do programa, para obter informações
acerca do “treinamento”, tais como: assuntos que são
trabalhados no Programa, pontos positivos e negativos e
até mesmo a possibilidade de comparar o “treinamento”
recebido no Programa com o que ela recebeu fora do
CLC/UFES, foi possível usar questões abertas tais como:
“descreva.......:”, “cite.........:” e “destaque........:”.
20. O uso do tipo de questionário “Questões Comentadas”,
também foi feito com a coordenadora do Programa no
primeiro semestre de 2006, quando o autor da pesquisa
começou a estudar sobre o tipo de pesquisa pertinente:
pesquisa interpretativista de cunho etnográfico.
Os dados coletados estão vinculados à minha principal
pergunta de pesquisa: “em que momento e/ou situações
a reflexão do professor pode auxiliá-lo em sua prática
pedagógica?”
21. Spradley (1979, p. 85) apresenta a análise como a
busca de padrões. Para ele, a análise e a interpretação dos
dados devem ser vista como um lugar para refletir por
escrito sobre o contexto em pauta.
Os dados analisados na pesquisa forneceram
informações relevantes com a intenção de contribuir para
responder à minha principal pergunta de pesquisa e os
pesquisados participantes foram fundamentais para
refletirmos sobre a formação de professores e buscamos ir
de encontro às afirmativas apresentadas por Rubens Alves
de que:
22. “[...]as inquisições se fazem com pessoas convictas. O
Inquisidor não está interessado em ouvir as razões daquele
que está sendo inquirido. Interessa-lhe uma coisa apenas:
“As idéias dessa pessoa são iguais ou diferentes das
minhas?” Se forem iguais, está absorvido. Se forem
diferentes, vai para a fogueira.” (Rubem Alves, 2004, p.
106)
23. Acreditamos na pluralidade e a natureza densa da
pesquisa etnográfica pode levar à geração exaustiva de
dados.
O processo de geração, categorização e seleção de
dados é fundamental para o sucesso de um trabalho
científico.
Porém, não houve neste início de pesquisa resultados
satisfatórios com as respostas apresentadas pelos
entrevistados (professora-estagiária e coordenadora).
24. Desta forma, com a continuidade da pesquisa, pretendo
utilizar outro questionário com questões que possam
aproximar ainda mais minha principal pergunta de
pesquisa, como também, usar outro instrumento gerador de
dados como a entrevista gravada e observação
participante, por exemplo.
Tendo consciência de que o trabalho de campo poderá
trazer questões/respostas diversas que me conduzirão a
novas interpretações e reflexões sobre o perfil do professor
reflexivo e não apenas respostas que falam da estrutura
organizacional do Programa (pela coordenadora) ou
apenas da autonomia da sala de aula (pela professora-
estagiária).
25. Visando o avanço do programa de formação de professores
do CLC/UFES, podemos concluir que:
Tem como ponto inicial à multidimensional idade do
processo de Ensino – aprendizagem;
Preocupação com a prática pedagógica;
Análise de experiências concretas;
Prática como um papel de grande importância;
A disponibilidade de um espaço para a realização do
aprendizado
26. Como atividade do curso, o programa de formação de
professores proporciona ao professor três momentos de
reflexão da sua prática pedagógica:
1º Momento – Conhecimento-na-ação;
2º Momento – Reflexão-na-ação;
3º Momento – Reflexão sobre a reflexão-na-ação
Perguntade pesquisa:
“ Em que momento e/ou situação a reflexão do professor
pode auxiliá-lo em sua prática pedagógica?”
27. A reflexão leva-nos a repensar o currículo, a metodologia, os objetivos:
Quem é o aluno que está à minha frente, que quer, de que precisa, o que
entende, qual a linguagem adequada para dialogar com ele. (Hypolitto,
2004)
28. PIRES, Aloizo Hosano. “A formação do professor reflexivo:
interação e construção de conhecimento”. Anais do III
Congresso de Letras da UERJ São Gonçalo (III CLUERJ-SG).
2006. Disponível em: <
http://www.filologia.org.br/cluerj-sg/anais/iii/completos%5Ccomunicac
.> Último acesso em: 08 abril 2012.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da
Língua Portuguesa revisado conforme Acordo Ortográfico.
2 ed. Curitiba: Positivo, 2008.
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Disponível em:
http://www.priberam.pt/dlpo/. Últmo acesso: 07 abril
2012.
O Professor como Profissional Reflexivo. Disponível em:
www.conteudoescola.com.br/component/content/article/30/99-o-professor-
. Acesso: 07 abril 2012.