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Mensageiro do Sagrado Coração
“Venha a nós o Vosso Reino”
Apostolado da Oração – Missão Cristo Rei – Ipatinga/MG 1
A Troca de corações
A mística medieval
emprega muitas imagens
para descrever as relações
entre a alma devota e o
Coração de Jesus. Nenhuma
tem mais força do que a
chamada troca de corações.
Nosso Senhor como que
trocaria seu coração com o
coração do devoto, dando-
lhe assim uma vontade reta e
fortificada, com novos afetos
e aspirações, em sintonia
com o interior divino.
A imagem da troca de corações continuou presente nos
séculos posteriores, na mística do Sagrado Coração. Para o fiel
comum, esta imagem pode ser uma fonte de proveitosas contemplações, por causa de sua força, e mostrar
assim o ardente desejo de Nosso Senhor de que acabemos com nosso interior corrompido e adquiramos um
espírito semelhante ao d’Ele. São Paulo exprime-a com palavras enérgicas: “Já não sou eu que vivo, é Cristo
que vive em mim” (Gal 2, 20).
Foi também muito comum, representar o Sagrado Coração como retiro, oásis das almas em
tribulação, cansadas e necessitadas do apoio da graça de Cristo. “Vinde a mim, vós todos que estais
oprimidos e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” – havia prometido o Salvador (Mt 11, 28). Essas almas iriam
misticamente até o Coração de Nosso Senhor pela contemplação da Chaga do Lado, que seria a porta de
entrada; e naquele interior sagrado encontrariam seu repouso, seu jardim de delícias e um refúgio contra os
assaltos do demônio.
Uma palavra de Nosso Senhor a Santa Catarina de Sena – durante uma visão – dá bem a idéia dessa
devoção, tal qual era praticada na Idade Média. A Santa perguntou-Lhe na linguagem leve, delicada e
expressiva da época: “Doce Cordeiro sem mancha, vós estáveis morto quando foi aberto vosso lado. Por que
quisestes então que vosso coração fosse ferido daquela forma e entreaberto?”
Respondeu-lhe Jesus:
“Por várias razões, das quais lhe direi a principal. Meu desejo a respeito da raça humana era infinito,
e o ato presente do sofrimento e dos tormentos estava terminado. Por esse sofrimento, eu não podia então
manifestar como vos amava, pois meu amor era infinito. Eis porque quis vos revelar o segredo do coração,
fazendo que fosse visto aberto, para que compreendêsseis bem que ele vos amava ainda mais do que eu
havia podido provar por meio de uma dor finita”.
-O estandarte da vitória, Péricles Capanema Ferreira e Melo
Edição 01 – Maio/2015
Índice
Troca de Corações 01
Os Segredos de Fátima 02
O que é a Missa Tridentina 03
Crise de Fé 04
Nem herege nem cismático 05
Carta do Rev. Padre
Cardozo
07
Convite: Procissão em honra a Nossa Senhora de Fátima
Dia: 13/05/2015, horário: 19h30min
Saída: Área da feira do Canaã
Chegada: Capela Cristo Rei. Rua Gaivotas, 31. Canaã
“Deus quer estabelecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração.” Fátima, 1917
Mensageiro do Sagrado Coração
“Venha a nós o Vosso Reino”
Apostolado da Oração – Missão Cristo Rei – Ipatinga/MG 2
Os segredos de Fátima
O chamado Segredo de Fátima é um
conjunto de revelações revelado pela Virgem Maria a três
crianças portuguesas: Lúcia de Jesus dos Santos (10
anos), Francisco Marto (9 anos) e Jacinta Marto (7 anos)
- os três pastorinhos, no dia 13 dejulho de 1917 na Cova
da Iria. De maio a outubro de 1917, as três crianças
testemunharam a aparição de "uma Senhora mais
brilhante do que o Sol" (que se apresentou
em 13 de outubro como a Virgem Maria, mãe de Deus, e
é hoje aclamada com o título de Nossa Senhora de
Fátima). Nossa Senhora, em 13 de julho de 1917, revelou
um Segredo constituído por três
partes, de caráter profético. As duas primeiras partes
foram reveladas em 1941 num documento escrito
por Lúcia.
Primeira parte
A primeira parte é a visão do Inferno:
Nossa Senhora mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados
neste fogo os demónios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras ou bronzeadas com forma
humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que delas mesmas saíam, juntamente com
nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas em os grandes incêndios, sem
peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor.
Os demónios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas
transparentes e negros. Esta vista foi um momento, e graças à nossa boa Mãe do Céu, que antes nos tinha
prevenido com a promessa de nos levar para o Céu (na primeira aparição)! Se assim não fosse, creio que
teríamos morrido de susto e pavor.
Segunda parte
A segunda parte é sobre a devoção ao Imaculado Coração de Maria e a conversão da Rússia:
Em seguida, levantamos os olhos para Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza:
Vistes o Inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer
no mundo a devoção a meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu disser salvar-se-ão muitas almas e
terão paz. A guerra vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra
pior. Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos
dá de que vai punir o mundo pelos seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e
ao Santo Padre. Para a impedir virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a Comunhão
Reparadora nos Primeiros Sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz, se não,
espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados,
o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas, por fim o meu Imaculado Coração
triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum
tempo de paz. Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé, etc.
Mensageiro do Sagrado Coração
“Venha a nós o Vosso Reino”
Apostolado da Oração – Missão Cristo Rei – Ipatinga/MG 3
1- O que é a Santa Missa Tridentina?
É a Santa Missa celebrada no rito decretado pelo Papa São Pio V na Bula “Quo Primore Tempore”, em
1570. O rito é a mais perfeita representação do Sacrifício de Nosso Senhor; capaz de conduzir, com perfeição,
o sacerdote e os fiéis aos fins sacrossantos da Santa Missa.
2- Qual é a história da Santa Missa Tridentina?
O Concílio de Trento solicitou uma reforma no Missal para unificar a liturgia. Para atender ao pedido, o
Santo Padre São Pio V, inspirado nas mais antigas tradições litúrgicas apostólicas, elaborou o Rito Tridentino,
estabelecendo-o como único, com exceção dos poucos que tinham mais de 200 anos de uso.
3- Por que o rito de São Pio V é a mais perfeita representação do
Sacrifício de Nosso Senhor?
Por que nele, ao contrário do rito novo, o sacerdote reza suplicando
que os quatro fins do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo cheguem a
Deus em favor dos fiéis. Os quatro fins são estes:
a- Lautrêutico (O Tributo de honra perfeitíssimo a Deus).
b- Propiciatório (Súplica a Deus pelo perdão das culpas e das penas dos
pecadores).
c- Eucarístico (Gratidão perfeita a Deus)
d- Impetratório ( Petição perfeitíssima a Deus).
4- Não se reza no rito novo como se reza na Missa Tridentina?
Não. No rito novo, em nenhumas das orações eucarísticas, o sacerdote reza suplicando que as finalidades
propiciatórias do Sacrifício atinjam os fiéis. Os motivos serão tratados nas próximas edições deste jornal.
5- Por que a Missa Tridentina é conhecida por Missa de Sempre?
Por que disse categoricamente o Papa São Pio V na sua decretação:
“Além disso, em virtude de Nossa Autoridade Apostólica, pelo teor da presente Bula, concedemos e
damos o indulto seguinte: que, doravante, para cantar ou rezar a Missa em qualquer Igreja, se possa, sem
restrição seguir este Missal com permissão e poder de usá-lo livre e licitamente, sem nenhum escrúpulo de
consciência e sem que se possa incorrer em nenhuma pena, sentença e censura, e isto para sempre.” (Quo
Pimore Tempore, n.8)
6- Por que em latim?
Por que as palavras em latim, diferente das línguas vulgares, dificilmente sofrem mutação de sentido,
sendo assim, as palavras da oração são constantemente interpretadas no mesmo sentido por muito tempo.
Além disso, o latim é a língua universal da Igreja, com ele, reza-se com qualquer católico espalhado pelo
mundo. Ademais, o latim é belo e dá à Santa Missa um caráter que lhe é próprio: o de mistério.
7- Por que o sacerdote fica de costas para o povo?
O Sacerdote não fica de costas para o povo, mas de frente para Deus, que está presente no altar. A Santa
Missa - o sacrifício de Cristo - é realizado para Deus e em favor dos fiéis.
Assista à Santa Missa Tridentina em Ipatinga/MG, na Capela Cristo Rei com o Rev. Padre Ernesto Cardozo.
Contato: Email: associacaosantoatanasio@gmail.com – Telefones: (31)8397-2943 / (31)8867-4393
Mensageiro do Sagrado Coração
“Venha a nós o Vosso Reino”
Apostolado da Oração – Missão Cristo Rei – Ipatinga/MG 4
Crise de Fé
A Fé é uma virtude sobrenatural pela qual, apoiados sobre a autoridade de Deus mesmo; atraídos e ajudados
por Sua graça, tomamos por absolutamente verdadeiro tudo o que Ele revelou.i
Ter Fé, portanto, é ter por verdadeiro
absolutamente tudo que foi revelado por Deus através de Seu Filho e, consequentemente, pela Santa Igreja.
Sendo assim, o fiel deve professar a totalidade da doutrina de
Jesus Cristo, sob pena de perder a Fé. Assim ensinou o Papa Leão XIII:
“aquele que, mesmo sobre um só ponto, nega uma das Verdades de Fé;
perde, na realidade, a Fé toda inteira, pois se recusa a respeitar Deus
como Verdade Suprema e motivo formal da Fé.ii
Conhecemos muitas pessoas que se dizem cheia de Fé,
entretanto, por falta de conhecimento, não professam Fé sequer nos
pontos elementares da doutrina cristã.
Quais são as consequências da falta de Fé? Nosso Senhor ensina categoricamente: “Quem nele crê, não é
condenado, mas quem não crê já está condenado” iii
. Por que o inferno é o destino de quem não tem Fé? Por que não
dar assentimento - consciente e livremente - aos ensinamentos de Nosso Senhor é pecado mortal de infidelidade,
apostasia ou heresia. Sendo assim, todo católico que teme a Deus e quer salvar sua alma deve, como ensina o
Catecismo de São Pio X, ocupar-se diligentemente na formação doutrinal.
A diligencia na formação faz-se ainda mais necessária nos tempos atuais, pois, desgraçadamente, os
responsáveis pela transmissão da doutrina católica têm errado gravemente no exercício do ofício. Esta crise de Fé do
clero católico foi profetizada por Nossa Senhora em La Sallete e Fátima; muitas revelações privadas, aprovadas pela
Igreja, confirmaram tal acontecimento e – muito facilmente - já se percebe que estamos nesta crise.
O ponto de partida desta crise de Fé na Igreja foi o Concílio Vaticano II. Isso ficou provado em uma obra
chamada “O Reno se Lança no Tibre” do padre e jornalista Raph Wiltgen. Na dita obra, ficou constatado que teólogos,
condenados nominalmente pelo magistério papal anterior, conseguiram ditar suas doutrinas heterodoxas com o apoio
de prelados renomados. Com uma estratégia maquiavélica, conseguiram conduzir o Concílio segundo seus interesses,
fazendo com que, sob o véu da maldita ambiguidade, o magistério defendesse, de modo liberal, aquilo que ele próprio
condenava. Sim, prezados leitores, essa é a realidade: Infelizmente, homens do magistério têm cometido pecados
contra a Fé. Pior do que isso: tem ensinado os fiéis a seguirem este nefasto caminho.
Qual sacerdote, hoje, em Ipatinga, se opõe a liberdade religiosa, outrora condenada por centenas de papas?
Qual bispo, na sua função de confirmar os irmãos na Fé, faz oposição ao ecumenismo, também condenado por Nosso
Senhor Jesus Cristo? Está cada vez mais difícil encontrar, sobretudo nas estruturas oficiais da Igreja. Como o liberalismo
tomou conta da alta hierarquia, os bons clérigos são invalidamente excomungados, e consequentemente sustentam
seus apostolados em Missões Católicas que se encontram fora das estruturas oficiais da Igreja.
Em Ipatinga, temos a honra e a graça de sustentar uma capela católica, na qual celebra-se os sacramentos nos
ritos tradicionais, prega-se a doutrina católica sem a mínima violação e conserva-se santos costumes, como por
exemplo, o piedoso uso do véu e o tradicional apostolado da oração.
O que fazer neste tempo de crise dentro da Igreja? Sair dela? Lógico que não. Devemos permanecer católicos,
no entanto, jamais sob autoridade de clérigos heréticos e liberais. O caminho prudente e correto é colocar-se sob a
autoridade de padres e bispos que não foram contaminados pelo erro, mesmo que estes – erroneamente – são
julgados como desobedientes. Aqueles que zelam pela salvação de suas almas estão mais do que convidados para
frequentar a Capela Cristo Rei. Salve Maria!
__________________________
I
Concílio de Trento, DE3008.
II
Encíclica Satis Cognitum,1896.
III
Evangelho de São João 3 v.18.
Mensageiro do Sagrado Coração
“Venha a nós o Vosso Reino”
Apostolado da Oração – Missão Cristo Rei – Ipatinga/MG 5
Nem herege nem cismático
Há dez anos e mais, nossos adversários
estão interessados em rejeitar-nos da comunhão
da Igreja deixando entender que não aceitamos a
autoridade do papa. Seria bem cômodo fazer de
nós uma seita e declarar-nos cismáticos. Quantas
vezes a palavra cisma foi pronunciada a nosso
respeito!
Não cessei de repetir: se alguém se separa
do papa, este alguém não serei eu. A questão se
resume nisto: o poder do papa na Igreja é um poder supremo, mas não absoluto e ilimitado, pois está
submetido ao poder divino, que se exprime na tradição, na Sagrada Escritura e nas definições já promulgadas
pelo magistério eclesiástico. De fato este poder encontra seus limites no fim para o qual ele foi dado sobre
a terra ao Vigário de Cristo, fim que Pio IX definiu claramente na Constituição Pastor aeternus do concílio
Vaticano I. Não exprimo, pois, uma teoria pessoal ao dizê-lo.
A obediência cega não é católica; ninguém está isento da responsabilidade por ter obedecido aos
homens mais que a Deus, aceitando ordens duma autoridade superior, seja ela do papa, se se revelam
contrárias à vontade de Deus tal como a tradição no-la faz conhecer com certeza. Não se poderia considerar
uma tal eventualidade, certamente, quando o papa compromete sua infalibilidade, mas ele não o faz senão
num número reduzido de casos. É um erro pensar que toda a palavra saída da boca do papa é infalível.
O católico liberal é uma pessoa de duplo aspecto, em contínua contradição. Ele quer permanecer
católico mas é possuído pela sede de agradar ao mundo. Em casos como a liberdade religiosa, a hospitalidade
eucarística autorizada pelo novo direito canônico ou a colegialidade concebida como a afirmação de dois
poderes supremos na Igreja, é um dever para todo clérigo e fiel católico resistir e recusar a obediência. Esta
resistência deve ser pública, se o mal é público e representa um objeto de escândalo para as almas. É por
isso que, referindo-nos a Santo Tomás de Aquino, Dom Castro Mayer e eu enviamos a 21 de novembro de
1983, uma carta aberta ao papa João Paulo II para suplicar-lhe que denunciasse as causas principais da
situação dramática na qual se debate a Igreja. Todas as diligências que fizemos em particular durante quinze
anos foram em vão e calar-nos parecer-nos-ia fazer de nós cúmplices da confusão das almas no mundo
inteiro.
“Santíssimo Padre, escrevíamos, é urgente que esse mal estar cesse logo, porque o rebanho se
dispersa e as ovelhas abandonadas estão seguindo mercenários. Nós vos conjuramos, pelo bem da fé católica
e da salvação das almas, a reafirmar as verdades contrárias a estes erros. Nosso grito de alarme se torna
ainda mais veemente diante dos erros, para não dizer heresias do novo direito canônico, e das cerimônias e
discursos ao ensejo do quinto centenário do nascimento de Lutero.”
Não tivemos resposta, mas fizemos o que devíamos. Não podemos desesperar como se se tratasse
duma empresa humana. As convulsões atuais passarão como passaram todas as heresias. Será preciso voltar
um dia à tradição; na autoridade será necessário que reapareçam os poderes significados pela tiara, que um
tribunal protetor da fé e dos bons costumes se estabeleça de novo permanentemente, que os bispos
reencontrem seus poderes e sua iniciativa pessoal.
Mensageiro do Sagrado Coração
“Venha a nós o Vosso Reino”
Apostolado da Oração – Missão Cristo Rei – Ipatinga/MG 6
Será preciso liberar o verdadeiro trabalho apostólico de todos os impedimentos que hoje o paralisam
e que fazem desaparecer o essencial da mensagem; restituir aos seminários sua verdadeira função, recriar
sociedades religiosas, restaurar as escolas católicas e as universidades desembaraçando-as dos programas
leigos do Estado, sustentar organizações patronais e operárias decididas a colaborar fraternalmente no
respeito dos deveres e dos direitos de todos, interditando-se o flagelo social da greve, que não passa de uma
guerra civil fria, promover enfim uma legislação civil conforme às leis da Igreja e ajudar na designação de
representantes católicos movidos pela vontade de orientar a sociedade para um reconhecimento oficial do
reinado social de Nosso Senhor.
Enfim, pois, que dizemos todos os dias quando rezamos? “Venha a nós o vosso reino, seja feita a
vossa vontade assim na terra como no céu”. E no Glória da missa? “Vós sois o único Senhor, Jesus Cristo”.
Nós cantaríamos isto, e, apenas saídos da Igreja, diríamos: ”Ah não, estas noções estão ultrapassadas”, é
impossível encarar no mundo atual a possibilidade de falar no reino de Jesus Cristo? Vivemos nós no
ilogismo? Somos cristãos ou não?
As nações se debatem em dificuldades inextricáveis, em muitos lugares a guerra se eterniza, os
homens tremem ao pensar na possível catástrofe nuclear, procura-se o que poderia ser feito para que a
situação econômica se reerga, o dinheiro se valorize, o desemprego desapareça, as indústrias sejam
prósperas. Pois bem, mesmo do ponto de vista econômico, é preciso que Nosso Senhor reine, porque este
reino é o dos princípios de amor, dos mandamentos da lei de Deus, que criam um equilíbrio na sociedade,
trazem a justiça e a paz. Pensais que seja uma atitude cristã colocar sua esperança em tal ou qual homem
político, em tal combinação de partidos, imaginando que talvez um dia um programa melhor que outro
resolverá os problemas dum modo seguro e definitivo, enquanto que deliberadamente se põe de lado “o
único Senhor” como se Ele nada tivesse a ver com os assuntos humanos, como se isto não lhe fosse
concernente? Qual é a fé daqueles que fazem de sua vida duas partes, com uma barreira estanque entre sua
religião e suas outras preocupações políticas, profissionais, etc.? Deus que criou o céu e a terra não seria
capaz de regular nossas miseráveis dificuldades materiais e sociais? Se vós já rezastes a Ele nos maus
momentos de vossa existência, sabeis por experiência que Ele não dá pedras a seus filhos que lhe pedem
pão.
A ordem social cristã se situa no oposto das teorias marxistas que jamais causaram, em todas as
partes do mundo onde foram postas em prática, senão a miséria, o esmagamento dos mais fracos, o
desprezo do homem e a morte. Ela respeita a propriedade particular, protege a família contra tudo o que a
corrompe, encoraja a família numerosa e a presença da mulher no lar, deixa uma legítima autonomia às
iniciativas privadas, encoraja as pequenas e médias indústrias, favorece o retorno à terra e estima em seu
justo valor a agricultura, preconiza as uniões profissionais, concede a liberdade escolar, protege os cidadãos
contra toda a forma de subversão e de revolução.
Que iremos buscar nestas águas turvas? O católico tem a verdadeira “chave”, é seu dever trabalhar
com todas as forças, seja comprometendo-se pessoalmente na política, seja por seu voto para dar à sua
pátria prefeitos, conselheiros, deputados resolvidos a restabelecer a ordem social cristã, a única capaz de
obter a paz, a justiça, a verdadeira liberdade. Não há outra solução.
1. OSSERVATORE ROMANO, 18.1.1984. Carta Aberta aos Católicos Perplexos. Mons. Marcel Lefebvre.
Mensageiro do Sagrado Coração
“Venha a nós o Vosso Reino”
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Carta do Rev. Padre Cardozo
Prezados(as) fiéis,
É com enorme satisfação, que lançamos a primeira edição do
“Mensageiro do Sagrado Coração”. Pretende-se com ele transmitir a
Tradição Católica com o fim de formar, na cidade de Ipatinga, um grupo
de pessoas que labuta pelo reinado social do Sagrado Coração de Jesus.
Ipatinga, segundo senso de 2010, era a cidade mais protestante do
Estado de Minas Gerais, com absurdos 40, 17% da população professando
doutrinas acatólicas. Sem dúvidas, este número aumentou, fazendo o
cenário ainda mais calamitoso. Se o Divino Coração reinasse nas almas,
nos lares e nas instituições, a realidade seria diferente.
Há 50 anos atrás, não se imaginava tal cenário. Porém, uma série
de acontecimentos revolucionários, de cunho modernista, tanto dentro
como fora da Igreja, levou a sociedade para este abismo, do qual só Deus
pode tirá-la.
Na história da Igreja, para toda revolução houve uma
contrarrevolução. Nos tempos em que a avareza era o defeito dominante da sociedade, a Providência deu-
nos os franciscanos como antídoto. Quando a praga dos cátaros e albigenses quis arrebatar toda a Europa,
os dominicanos surgiram como verdadeiros “cães de guarda” da Sã Doutrina. Como não lembrar dos jesuítas,
combatentes ferozes dos maquiavélicos princípios da Revolução Francesa.
Diferente dos tempos gloriosos supracitados, a contrarrevolução dos últimos cinquenta anos tem se
desenvolvido em pequenos grupos de católicos, isso por que, desgraçadamente, o liberalismo conciliar
envenenou a maioria esmagadora dos católicos, inclusive da alta hierarquia.
Há cinco décadas, a hierarquia condenava abertamente a liberdade religiosa, hoje ela faz apologia.
Antes os leigos batalhavam pelo reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo, hoje aceitam passivamente a laicidade
do Estado. Grande parte dos fiéis, lamentavelmente, fortalecem a Revolução, tal como aconteceu no
julgamento de Nosso Senhor, onde a multidão gritou: “Crucifica-o!”.
A Igreja está no calvário, mas a promessa de Nosso Senhor é irrevogável: “As portas do inferno não
prevalecerão contra ela”. Prova disso é a obra de Mons. Lefebvre, constituída de devotos do Sagrado
Coração, que têm se posicionado resistentemente ao liberalismo, mesmo com incompreensões e
perseguições da hierarquia. A nova Vendéia, sob o detente do Sagrado Coração, começou com o arcebispo
francês e continua em cada capela que preserva a Tradição Católica.
Convido, então, cada leitor, que deseja a gloria de Deus e salvação das almas, a visitar a Capela Cristo
Rei, onde celebro a Missa Tridentina diariamente, quando não estou em missão. Nesta humilde capela,
tributa-se um verdadeiro louvor ao Sagrado Coração, pois nela se guarda os Divinos Ensinamentos de Nosso
Senhor.
Minha benção para a primeira edição do “Mensageiro do Sagrado Coração”, que esta pia empreitada
alcance os seus objetivos.
No Coração de Jesus e Maria,
Pe. Ernesto Javier Cardozo.
Mensageiro do Sagrado Coração
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Capela Cristo Rei
Rua Gaivotas, 31. Bairro Canaã. Ipatinga/MG
Contatos: Telefones: (31)8397-2943 / (31)8867-4393
Blog/Site: associacaosantoatanasio.blogspot.com.br
Email: associacaosantoatanasio@gmail.com
Padre Cardozo: runaejcv@gmail.com
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  • 1. Mensageiro do Sagrado Coração “Venha a nós o Vosso Reino” Apostolado da Oração – Missão Cristo Rei – Ipatinga/MG 1 A Troca de corações A mística medieval emprega muitas imagens para descrever as relações entre a alma devota e o Coração de Jesus. Nenhuma tem mais força do que a chamada troca de corações. Nosso Senhor como que trocaria seu coração com o coração do devoto, dando- lhe assim uma vontade reta e fortificada, com novos afetos e aspirações, em sintonia com o interior divino. A imagem da troca de corações continuou presente nos séculos posteriores, na mística do Sagrado Coração. Para o fiel comum, esta imagem pode ser uma fonte de proveitosas contemplações, por causa de sua força, e mostrar assim o ardente desejo de Nosso Senhor de que acabemos com nosso interior corrompido e adquiramos um espírito semelhante ao d’Ele. São Paulo exprime-a com palavras enérgicas: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gal 2, 20). Foi também muito comum, representar o Sagrado Coração como retiro, oásis das almas em tribulação, cansadas e necessitadas do apoio da graça de Cristo. “Vinde a mim, vós todos que estais oprimidos e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” – havia prometido o Salvador (Mt 11, 28). Essas almas iriam misticamente até o Coração de Nosso Senhor pela contemplação da Chaga do Lado, que seria a porta de entrada; e naquele interior sagrado encontrariam seu repouso, seu jardim de delícias e um refúgio contra os assaltos do demônio. Uma palavra de Nosso Senhor a Santa Catarina de Sena – durante uma visão – dá bem a idéia dessa devoção, tal qual era praticada na Idade Média. A Santa perguntou-Lhe na linguagem leve, delicada e expressiva da época: “Doce Cordeiro sem mancha, vós estáveis morto quando foi aberto vosso lado. Por que quisestes então que vosso coração fosse ferido daquela forma e entreaberto?” Respondeu-lhe Jesus: “Por várias razões, das quais lhe direi a principal. Meu desejo a respeito da raça humana era infinito, e o ato presente do sofrimento e dos tormentos estava terminado. Por esse sofrimento, eu não podia então manifestar como vos amava, pois meu amor era infinito. Eis porque quis vos revelar o segredo do coração, fazendo que fosse visto aberto, para que compreendêsseis bem que ele vos amava ainda mais do que eu havia podido provar por meio de uma dor finita”. -O estandarte da vitória, Péricles Capanema Ferreira e Melo Edição 01 – Maio/2015 Índice Troca de Corações 01 Os Segredos de Fátima 02 O que é a Missa Tridentina 03 Crise de Fé 04 Nem herege nem cismático 05 Carta do Rev. Padre Cardozo 07 Convite: Procissão em honra a Nossa Senhora de Fátima Dia: 13/05/2015, horário: 19h30min Saída: Área da feira do Canaã Chegada: Capela Cristo Rei. Rua Gaivotas, 31. Canaã “Deus quer estabelecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração.” Fátima, 1917
  • 2. Mensageiro do Sagrado Coração “Venha a nós o Vosso Reino” Apostolado da Oração – Missão Cristo Rei – Ipatinga/MG 2 Os segredos de Fátima O chamado Segredo de Fátima é um conjunto de revelações revelado pela Virgem Maria a três crianças portuguesas: Lúcia de Jesus dos Santos (10 anos), Francisco Marto (9 anos) e Jacinta Marto (7 anos) - os três pastorinhos, no dia 13 dejulho de 1917 na Cova da Iria. De maio a outubro de 1917, as três crianças testemunharam a aparição de "uma Senhora mais brilhante do que o Sol" (que se apresentou em 13 de outubro como a Virgem Maria, mãe de Deus, e é hoje aclamada com o título de Nossa Senhora de Fátima). Nossa Senhora, em 13 de julho de 1917, revelou um Segredo constituído por três partes, de caráter profético. As duas primeiras partes foram reveladas em 1941 num documento escrito por Lúcia. Primeira parte A primeira parte é a visão do Inferno: Nossa Senhora mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados neste fogo os demónios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras ou bronzeadas com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que delas mesmas saíam, juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas em os grandes incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Os demónios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um momento, e graças à nossa boa Mãe do Céu, que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o Céu (na primeira aparição)! Se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor. Segunda parte A segunda parte é sobre a devoção ao Imaculado Coração de Maria e a conversão da Rússia: Em seguida, levantamos os olhos para Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza: Vistes o Inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu disser salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo pelos seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a Comunhão Reparadora nos Primeiros Sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz, se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas, por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé, etc.
  • 3. Mensageiro do Sagrado Coração “Venha a nós o Vosso Reino” Apostolado da Oração – Missão Cristo Rei – Ipatinga/MG 3 1- O que é a Santa Missa Tridentina? É a Santa Missa celebrada no rito decretado pelo Papa São Pio V na Bula “Quo Primore Tempore”, em 1570. O rito é a mais perfeita representação do Sacrifício de Nosso Senhor; capaz de conduzir, com perfeição, o sacerdote e os fiéis aos fins sacrossantos da Santa Missa. 2- Qual é a história da Santa Missa Tridentina? O Concílio de Trento solicitou uma reforma no Missal para unificar a liturgia. Para atender ao pedido, o Santo Padre São Pio V, inspirado nas mais antigas tradições litúrgicas apostólicas, elaborou o Rito Tridentino, estabelecendo-o como único, com exceção dos poucos que tinham mais de 200 anos de uso. 3- Por que o rito de São Pio V é a mais perfeita representação do Sacrifício de Nosso Senhor? Por que nele, ao contrário do rito novo, o sacerdote reza suplicando que os quatro fins do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo cheguem a Deus em favor dos fiéis. Os quatro fins são estes: a- Lautrêutico (O Tributo de honra perfeitíssimo a Deus). b- Propiciatório (Súplica a Deus pelo perdão das culpas e das penas dos pecadores). c- Eucarístico (Gratidão perfeita a Deus) d- Impetratório ( Petição perfeitíssima a Deus). 4- Não se reza no rito novo como se reza na Missa Tridentina? Não. No rito novo, em nenhumas das orações eucarísticas, o sacerdote reza suplicando que as finalidades propiciatórias do Sacrifício atinjam os fiéis. Os motivos serão tratados nas próximas edições deste jornal. 5- Por que a Missa Tridentina é conhecida por Missa de Sempre? Por que disse categoricamente o Papa São Pio V na sua decretação: “Além disso, em virtude de Nossa Autoridade Apostólica, pelo teor da presente Bula, concedemos e damos o indulto seguinte: que, doravante, para cantar ou rezar a Missa em qualquer Igreja, se possa, sem restrição seguir este Missal com permissão e poder de usá-lo livre e licitamente, sem nenhum escrúpulo de consciência e sem que se possa incorrer em nenhuma pena, sentença e censura, e isto para sempre.” (Quo Pimore Tempore, n.8) 6- Por que em latim? Por que as palavras em latim, diferente das línguas vulgares, dificilmente sofrem mutação de sentido, sendo assim, as palavras da oração são constantemente interpretadas no mesmo sentido por muito tempo. Além disso, o latim é a língua universal da Igreja, com ele, reza-se com qualquer católico espalhado pelo mundo. Ademais, o latim é belo e dá à Santa Missa um caráter que lhe é próprio: o de mistério. 7- Por que o sacerdote fica de costas para o povo? O Sacerdote não fica de costas para o povo, mas de frente para Deus, que está presente no altar. A Santa Missa - o sacrifício de Cristo - é realizado para Deus e em favor dos fiéis. Assista à Santa Missa Tridentina em Ipatinga/MG, na Capela Cristo Rei com o Rev. Padre Ernesto Cardozo. Contato: Email: associacaosantoatanasio@gmail.com – Telefones: (31)8397-2943 / (31)8867-4393
  • 4. Mensageiro do Sagrado Coração “Venha a nós o Vosso Reino” Apostolado da Oração – Missão Cristo Rei – Ipatinga/MG 4 Crise de Fé A Fé é uma virtude sobrenatural pela qual, apoiados sobre a autoridade de Deus mesmo; atraídos e ajudados por Sua graça, tomamos por absolutamente verdadeiro tudo o que Ele revelou.i Ter Fé, portanto, é ter por verdadeiro absolutamente tudo que foi revelado por Deus através de Seu Filho e, consequentemente, pela Santa Igreja. Sendo assim, o fiel deve professar a totalidade da doutrina de Jesus Cristo, sob pena de perder a Fé. Assim ensinou o Papa Leão XIII: “aquele que, mesmo sobre um só ponto, nega uma das Verdades de Fé; perde, na realidade, a Fé toda inteira, pois se recusa a respeitar Deus como Verdade Suprema e motivo formal da Fé.ii Conhecemos muitas pessoas que se dizem cheia de Fé, entretanto, por falta de conhecimento, não professam Fé sequer nos pontos elementares da doutrina cristã. Quais são as consequências da falta de Fé? Nosso Senhor ensina categoricamente: “Quem nele crê, não é condenado, mas quem não crê já está condenado” iii . Por que o inferno é o destino de quem não tem Fé? Por que não dar assentimento - consciente e livremente - aos ensinamentos de Nosso Senhor é pecado mortal de infidelidade, apostasia ou heresia. Sendo assim, todo católico que teme a Deus e quer salvar sua alma deve, como ensina o Catecismo de São Pio X, ocupar-se diligentemente na formação doutrinal. A diligencia na formação faz-se ainda mais necessária nos tempos atuais, pois, desgraçadamente, os responsáveis pela transmissão da doutrina católica têm errado gravemente no exercício do ofício. Esta crise de Fé do clero católico foi profetizada por Nossa Senhora em La Sallete e Fátima; muitas revelações privadas, aprovadas pela Igreja, confirmaram tal acontecimento e – muito facilmente - já se percebe que estamos nesta crise. O ponto de partida desta crise de Fé na Igreja foi o Concílio Vaticano II. Isso ficou provado em uma obra chamada “O Reno se Lança no Tibre” do padre e jornalista Raph Wiltgen. Na dita obra, ficou constatado que teólogos, condenados nominalmente pelo magistério papal anterior, conseguiram ditar suas doutrinas heterodoxas com o apoio de prelados renomados. Com uma estratégia maquiavélica, conseguiram conduzir o Concílio segundo seus interesses, fazendo com que, sob o véu da maldita ambiguidade, o magistério defendesse, de modo liberal, aquilo que ele próprio condenava. Sim, prezados leitores, essa é a realidade: Infelizmente, homens do magistério têm cometido pecados contra a Fé. Pior do que isso: tem ensinado os fiéis a seguirem este nefasto caminho. Qual sacerdote, hoje, em Ipatinga, se opõe a liberdade religiosa, outrora condenada por centenas de papas? Qual bispo, na sua função de confirmar os irmãos na Fé, faz oposição ao ecumenismo, também condenado por Nosso Senhor Jesus Cristo? Está cada vez mais difícil encontrar, sobretudo nas estruturas oficiais da Igreja. Como o liberalismo tomou conta da alta hierarquia, os bons clérigos são invalidamente excomungados, e consequentemente sustentam seus apostolados em Missões Católicas que se encontram fora das estruturas oficiais da Igreja. Em Ipatinga, temos a honra e a graça de sustentar uma capela católica, na qual celebra-se os sacramentos nos ritos tradicionais, prega-se a doutrina católica sem a mínima violação e conserva-se santos costumes, como por exemplo, o piedoso uso do véu e o tradicional apostolado da oração. O que fazer neste tempo de crise dentro da Igreja? Sair dela? Lógico que não. Devemos permanecer católicos, no entanto, jamais sob autoridade de clérigos heréticos e liberais. O caminho prudente e correto é colocar-se sob a autoridade de padres e bispos que não foram contaminados pelo erro, mesmo que estes – erroneamente – são julgados como desobedientes. Aqueles que zelam pela salvação de suas almas estão mais do que convidados para frequentar a Capela Cristo Rei. Salve Maria! __________________________ I Concílio de Trento, DE3008. II Encíclica Satis Cognitum,1896. III Evangelho de São João 3 v.18.
  • 5. Mensageiro do Sagrado Coração “Venha a nós o Vosso Reino” Apostolado da Oração – Missão Cristo Rei – Ipatinga/MG 5 Nem herege nem cismático Há dez anos e mais, nossos adversários estão interessados em rejeitar-nos da comunhão da Igreja deixando entender que não aceitamos a autoridade do papa. Seria bem cômodo fazer de nós uma seita e declarar-nos cismáticos. Quantas vezes a palavra cisma foi pronunciada a nosso respeito! Não cessei de repetir: se alguém se separa do papa, este alguém não serei eu. A questão se resume nisto: o poder do papa na Igreja é um poder supremo, mas não absoluto e ilimitado, pois está submetido ao poder divino, que se exprime na tradição, na Sagrada Escritura e nas definições já promulgadas pelo magistério eclesiástico. De fato este poder encontra seus limites no fim para o qual ele foi dado sobre a terra ao Vigário de Cristo, fim que Pio IX definiu claramente na Constituição Pastor aeternus do concílio Vaticano I. Não exprimo, pois, uma teoria pessoal ao dizê-lo. A obediência cega não é católica; ninguém está isento da responsabilidade por ter obedecido aos homens mais que a Deus, aceitando ordens duma autoridade superior, seja ela do papa, se se revelam contrárias à vontade de Deus tal como a tradição no-la faz conhecer com certeza. Não se poderia considerar uma tal eventualidade, certamente, quando o papa compromete sua infalibilidade, mas ele não o faz senão num número reduzido de casos. É um erro pensar que toda a palavra saída da boca do papa é infalível. O católico liberal é uma pessoa de duplo aspecto, em contínua contradição. Ele quer permanecer católico mas é possuído pela sede de agradar ao mundo. Em casos como a liberdade religiosa, a hospitalidade eucarística autorizada pelo novo direito canônico ou a colegialidade concebida como a afirmação de dois poderes supremos na Igreja, é um dever para todo clérigo e fiel católico resistir e recusar a obediência. Esta resistência deve ser pública, se o mal é público e representa um objeto de escândalo para as almas. É por isso que, referindo-nos a Santo Tomás de Aquino, Dom Castro Mayer e eu enviamos a 21 de novembro de 1983, uma carta aberta ao papa João Paulo II para suplicar-lhe que denunciasse as causas principais da situação dramática na qual se debate a Igreja. Todas as diligências que fizemos em particular durante quinze anos foram em vão e calar-nos parecer-nos-ia fazer de nós cúmplices da confusão das almas no mundo inteiro. “Santíssimo Padre, escrevíamos, é urgente que esse mal estar cesse logo, porque o rebanho se dispersa e as ovelhas abandonadas estão seguindo mercenários. Nós vos conjuramos, pelo bem da fé católica e da salvação das almas, a reafirmar as verdades contrárias a estes erros. Nosso grito de alarme se torna ainda mais veemente diante dos erros, para não dizer heresias do novo direito canônico, e das cerimônias e discursos ao ensejo do quinto centenário do nascimento de Lutero.” Não tivemos resposta, mas fizemos o que devíamos. Não podemos desesperar como se se tratasse duma empresa humana. As convulsões atuais passarão como passaram todas as heresias. Será preciso voltar um dia à tradição; na autoridade será necessário que reapareçam os poderes significados pela tiara, que um tribunal protetor da fé e dos bons costumes se estabeleça de novo permanentemente, que os bispos reencontrem seus poderes e sua iniciativa pessoal.
  • 6. Mensageiro do Sagrado Coração “Venha a nós o Vosso Reino” Apostolado da Oração – Missão Cristo Rei – Ipatinga/MG 6 Será preciso liberar o verdadeiro trabalho apostólico de todos os impedimentos que hoje o paralisam e que fazem desaparecer o essencial da mensagem; restituir aos seminários sua verdadeira função, recriar sociedades religiosas, restaurar as escolas católicas e as universidades desembaraçando-as dos programas leigos do Estado, sustentar organizações patronais e operárias decididas a colaborar fraternalmente no respeito dos deveres e dos direitos de todos, interditando-se o flagelo social da greve, que não passa de uma guerra civil fria, promover enfim uma legislação civil conforme às leis da Igreja e ajudar na designação de representantes católicos movidos pela vontade de orientar a sociedade para um reconhecimento oficial do reinado social de Nosso Senhor. Enfim, pois, que dizemos todos os dias quando rezamos? “Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu”. E no Glória da missa? “Vós sois o único Senhor, Jesus Cristo”. Nós cantaríamos isto, e, apenas saídos da Igreja, diríamos: ”Ah não, estas noções estão ultrapassadas”, é impossível encarar no mundo atual a possibilidade de falar no reino de Jesus Cristo? Vivemos nós no ilogismo? Somos cristãos ou não? As nações se debatem em dificuldades inextricáveis, em muitos lugares a guerra se eterniza, os homens tremem ao pensar na possível catástrofe nuclear, procura-se o que poderia ser feito para que a situação econômica se reerga, o dinheiro se valorize, o desemprego desapareça, as indústrias sejam prósperas. Pois bem, mesmo do ponto de vista econômico, é preciso que Nosso Senhor reine, porque este reino é o dos princípios de amor, dos mandamentos da lei de Deus, que criam um equilíbrio na sociedade, trazem a justiça e a paz. Pensais que seja uma atitude cristã colocar sua esperança em tal ou qual homem político, em tal combinação de partidos, imaginando que talvez um dia um programa melhor que outro resolverá os problemas dum modo seguro e definitivo, enquanto que deliberadamente se põe de lado “o único Senhor” como se Ele nada tivesse a ver com os assuntos humanos, como se isto não lhe fosse concernente? Qual é a fé daqueles que fazem de sua vida duas partes, com uma barreira estanque entre sua religião e suas outras preocupações políticas, profissionais, etc.? Deus que criou o céu e a terra não seria capaz de regular nossas miseráveis dificuldades materiais e sociais? Se vós já rezastes a Ele nos maus momentos de vossa existência, sabeis por experiência que Ele não dá pedras a seus filhos que lhe pedem pão. A ordem social cristã se situa no oposto das teorias marxistas que jamais causaram, em todas as partes do mundo onde foram postas em prática, senão a miséria, o esmagamento dos mais fracos, o desprezo do homem e a morte. Ela respeita a propriedade particular, protege a família contra tudo o que a corrompe, encoraja a família numerosa e a presença da mulher no lar, deixa uma legítima autonomia às iniciativas privadas, encoraja as pequenas e médias indústrias, favorece o retorno à terra e estima em seu justo valor a agricultura, preconiza as uniões profissionais, concede a liberdade escolar, protege os cidadãos contra toda a forma de subversão e de revolução. Que iremos buscar nestas águas turvas? O católico tem a verdadeira “chave”, é seu dever trabalhar com todas as forças, seja comprometendo-se pessoalmente na política, seja por seu voto para dar à sua pátria prefeitos, conselheiros, deputados resolvidos a restabelecer a ordem social cristã, a única capaz de obter a paz, a justiça, a verdadeira liberdade. Não há outra solução. 1. OSSERVATORE ROMANO, 18.1.1984. Carta Aberta aos Católicos Perplexos. Mons. Marcel Lefebvre.
  • 7. Mensageiro do Sagrado Coração “Venha a nós o Vosso Reino” Apostolado da Oração – Missão Cristo Rei – Ipatinga/MG 7 Carta do Rev. Padre Cardozo Prezados(as) fiéis, É com enorme satisfação, que lançamos a primeira edição do “Mensageiro do Sagrado Coração”. Pretende-se com ele transmitir a Tradição Católica com o fim de formar, na cidade de Ipatinga, um grupo de pessoas que labuta pelo reinado social do Sagrado Coração de Jesus. Ipatinga, segundo senso de 2010, era a cidade mais protestante do Estado de Minas Gerais, com absurdos 40, 17% da população professando doutrinas acatólicas. Sem dúvidas, este número aumentou, fazendo o cenário ainda mais calamitoso. Se o Divino Coração reinasse nas almas, nos lares e nas instituições, a realidade seria diferente. Há 50 anos atrás, não se imaginava tal cenário. Porém, uma série de acontecimentos revolucionários, de cunho modernista, tanto dentro como fora da Igreja, levou a sociedade para este abismo, do qual só Deus pode tirá-la. Na história da Igreja, para toda revolução houve uma contrarrevolução. Nos tempos em que a avareza era o defeito dominante da sociedade, a Providência deu- nos os franciscanos como antídoto. Quando a praga dos cátaros e albigenses quis arrebatar toda a Europa, os dominicanos surgiram como verdadeiros “cães de guarda” da Sã Doutrina. Como não lembrar dos jesuítas, combatentes ferozes dos maquiavélicos princípios da Revolução Francesa. Diferente dos tempos gloriosos supracitados, a contrarrevolução dos últimos cinquenta anos tem se desenvolvido em pequenos grupos de católicos, isso por que, desgraçadamente, o liberalismo conciliar envenenou a maioria esmagadora dos católicos, inclusive da alta hierarquia. Há cinco décadas, a hierarquia condenava abertamente a liberdade religiosa, hoje ela faz apologia. Antes os leigos batalhavam pelo reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo, hoje aceitam passivamente a laicidade do Estado. Grande parte dos fiéis, lamentavelmente, fortalecem a Revolução, tal como aconteceu no julgamento de Nosso Senhor, onde a multidão gritou: “Crucifica-o!”. A Igreja está no calvário, mas a promessa de Nosso Senhor é irrevogável: “As portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Prova disso é a obra de Mons. Lefebvre, constituída de devotos do Sagrado Coração, que têm se posicionado resistentemente ao liberalismo, mesmo com incompreensões e perseguições da hierarquia. A nova Vendéia, sob o detente do Sagrado Coração, começou com o arcebispo francês e continua em cada capela que preserva a Tradição Católica. Convido, então, cada leitor, que deseja a gloria de Deus e salvação das almas, a visitar a Capela Cristo Rei, onde celebro a Missa Tridentina diariamente, quando não estou em missão. Nesta humilde capela, tributa-se um verdadeiro louvor ao Sagrado Coração, pois nela se guarda os Divinos Ensinamentos de Nosso Senhor. Minha benção para a primeira edição do “Mensageiro do Sagrado Coração”, que esta pia empreitada alcance os seus objetivos. No Coração de Jesus e Maria, Pe. Ernesto Javier Cardozo.
  • 8. Mensageiro do Sagrado Coração “Venha a nós o Vosso Reino” Apostolado da Oração – Missão Cristo Rei – Ipatinga/MG 8 Capela Cristo Rei Rua Gaivotas, 31. Bairro Canaã. Ipatinga/MG Contatos: Telefones: (31)8397-2943 / (31)8867-4393 Blog/Site: associacaosantoatanasio.blogspot.com.br Email: associacaosantoatanasio@gmail.com Padre Cardozo: runaejcv@gmail.com
  • 9. Mensageiro do Sagrado Coração “Venha a nós o Vosso Reino” Apostolado da Oração – Missão Cristo Rei – Ipatinga/MG 9