O documento discute os riscos da polifarmácia na terceira idade, incluindo o uso de múltiplos medicamentos prescritos por diferentes médicos e automedicação. É importante que os idosos tomem doses menores, evitem medicações desnecessárias e informem todos os medicamentos aos médicos para reduzir interações. A enfermagem deve ficar atenta a esses riscos e supervisionar o tratamento farmacológico dos idosos.
2. O envelhecimento é
processo biológico natural,
no qual as funções de
diferentes órgãos tornam-
se deficientes, alterando a
atividade dos
medicamentos.
11. Alterações Fisiológicas na Terceira Idade
DISTRIBUIÇÃO:
ABSORÇÃO:
- número de células de absorção - albumina sérica
- volume de água corporal
- volume sanguíneo
total
- ritmo de esvaziamento gástrico
- massa muscular
- liberação de ácido ( pH)
- tecido adiposo
* afeta a solubilização de drogas
* fração livre
* pode encontrar-se alterada.
* acúmulo tecidual
*pode levar a intoxicação
*necessidade de ajustar a dose
EXCREÇÃO:
- número total de glomérulos
BIOTRANSFORMAÇÃO: - fluxo sanguíneo
- tamanho e peso do - filtração glomerular
fígado - função tubular
- fluxo sanguíneo - processos de reabsorção
* metabolismo de * função renal
fármacos * capacidade de eliminação
* Ajuste de dose e do intervalo entre
doses.
12. Um idoso com vários distúrbios
ou sintomas pode usar fármacos
prescritos por vários médicos ao
mesmo tempo, com o objetivo de
tratar suas queixas agudas e crônicas.
Além disso, ele pode automedicar-se
com fármacos vendidos sem
prescrição para aliviar queixas
comuns, como indigestão,
constipação, tonteira, insônia.
13. Fatores de risco para polifarmácia
• Idade avançada;
• Sintomas múltiplos ( confusão, tonteira, anorexia, incontinência,
fraqueza, imobilidade, erupções);
• Várias prescrições por médicos diferentes;
• Uso de várias farmácias;
• Autotratamento;
• Estocagem de fármacos.
14. Alguns cuidados devem ser sempre tomados quando
se utilizar qualquer medicamento na terceira idade
Evitar uso de medicação não necessária, procurando usar, sempre que possível,
formas de tratamento que não utilizem medicamentos, como fisioterapia, por ex.
Sempre iniciar tratamento com medicamentos utilizando doses inferiores aquelas
utilizadas por jovens.
O aumento da dose deve ser sempre feito vagarosamente e deve ser evitado,
quando possível, o seu fracionamento ( várias tomadas ao dia ).
Sempre definir o tempo de tratamento junto ao médico. Nunca tomar medicação por
longo prazo sem conhecimento do médico.
Sempre procurar saber com detalhes os possíveis efeitos colaterais do
medicamento.
Informar sempre ao médico todos os medicamentos que estão sendo utilizados e
procurar saber eventuais reações entre os mesmos.
Evitar sempre que possível a utilização prolongada de medicamentos sintomáticos,
como por ex, laxantes, tranquilizantes, soníferos, vasoconstritores nasais,
vasodilatadores, etc.
Não existe medicamento que deve ser tomado sempre, continuamente, "para o
resto da vida". Toda medicação deve ser reavaliada periodicamente tanto em função
do tipo de medicamento como também de sua dosagem.
15. É importante que a Enfermagem aprenda a
manter-se informada e vigilante a respeito das interações
medicamentosas, hábitos, noções de conhecimento e
entendimento do paciente idoso, pois reconhecendo os
medicamentos, as deficiências e capacidade do idoso em
interpretar informações a ele fornecidas corretamente à
equipe poderá agir em favor do idoso realizando a supervisão
necessária aos cuidados relacionados com a medicação,
assim poderá reduzir a incidência de problemas sérios de
interações medicamentosas potenciais no idoso.
• Usar vários fármacos ( em geral 10 ou mais),
sem qualquer razão lógica – ex: laxantes que não
são necessários;
• Ingerir fármacos constantemente, como
indutores do sono;
• Usar doses inadequadas;
• Usar fármacos contra-indicados;
• Usar fármacos para tratar reações adversas.