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Nova matriz de
formação de
recursos humanos
para o Brasil
Estágios do Desenvolvimento Econômico
                                                  Estágios

      Características                                                   Pós-Industrial,
                          Pré-Industrial,
                                                   Industrial            baseado no
                             agrário
                                                                        conhecimento

Setor Econômico Líder     Agricultura             Indústria             Serviços

Natureza das              Trabalhos e recursos                          Conhecimento -
                                                  Capital - intensivo
tecnologias dominantes    naturais intensivo                            intensivo

Principais tipos de                                                     Serviços de
                          Alimentos e vestuário
produtos de                                       Bens industriais      informação
consumo                   artesanal
                                                                        e de conhecimento
Natureza da maior parte
                          Interação homem-         Interação homem- Interação homem-
dos processos de
                          natureza                 máquina              homem
produção
                          Produtividade da
Principais fatores de     natureza (fertilidade                         Inovação
                                                   Produtividade
riqueza e crescimento     do solo, clima,                               (produtividade
                                                   do Trabalho
econômico                 recursos biológicos)                          intelectual)
Cenário em elaboração no Mapa Estratégico da
                  Indústria


O maior valor agregado na produção hoje provém do
conhecimento;


A informação constitui insumo básico para a
competitividade;


A agilidade e a qualidade são elementos essenciais
no contexto competitivo;


A inovação é uma estratégia chave para o
desenvolvimento econômico e implica constantes
mudanças.
Os objetivos para o Brasil se inserir na Sociedade da
           Informação e do Conhecimento

Aumento da escolaridade média da força de trabalho;

Melhoria da qualidade da educação em todos os
níveis;

Ampliação do número de matrículas na educação
superior, por ser agora mais importante criar e
utilizar efetivamente o conhecimento;

Fortalecimento da capacidade de investigação das
universidades e sua interação com empresas e
instituições de pesquisa;

Desenvolvimento de oportunidades de aprendizagem a
longo prazo para facilitar o aprendizado e
recapacitação contínuos.
Desafios correlacionados aos pilares da Educação e da
                      Inovação

 Qualidade da Educação Básica;

 Fortalecimento da Educação Profissional e Tecnológica;

  Adequação da Educação Superior às Necessidades da
Sociedade e do Sistema Produtivo;

 Promoção da Cultura Empreendedora na Educação;

 Consolidação das Práticas de Educação Continuada;

 Fomento da Inclusão Digital;

 Estimulo à Atração e Retenção do Capital Humano;

 Incentivar a atividade de Inovação nas Empresas.
Cenário da Educação Superior no Brasil

      Percentual de Instituições por Categoria Administrativa
                                             4,5% 3,5%

                                                      3,1%

                                                                        Federal
                                                                        Estadual
                                                                        Municipal
                                                                        Privada

                                         88,9%


                                                                    Cursos de Graduação por Matrícula
Instituições por Organização                                             e Área de Conhecimento
          Acadêmica

                                                                          1,4%
                      4,3%   Faculdades, Escolas e              10,8%
          6%
               8,8%          Instituições                                             Engenharias Tecnológicas
                                                         1,9%
                      8,4%   Centros Universitários    4,1%                           Ciências em Saúde

                             Faculdades Integradas                                    Ciências Exatas

                                                      13,2%                           Ciências Humanas e Sociais
                             Universidades
                                                                              68,6%   Ciências Agrárias
         75,5%
                             Centros de Educação                                      Outros
                             Tecnológicas
Percepção da sociedade Brasileira sobre a Reforma


Os resultados concluem:

       Percepção da sociedade é pragmática: a universidade deve
       atender às necessidades do setor produtivo e do mercado de
       trabalho;

       Despreparo e inexperiência dos jovens que se refletem em
       sua chegada à educação superior;

       Perfeita confluência entre a percepção da sociedade e os
       aspectos destacados na visão do setor industrial;

       Formação de parcerias entre a Universidade e o setor
       produtivo é amplamente aceita, tanto pelos dois segmentos;

       O setor produtivo reconhece a importância da pesquisa
       científica, da autonomia universitária.
Educação superior necessária ao desenvolvimento



Desafio

Universalização da Educação Superior

Universalizar o acesso à educação superior com
qualidade, passar dos atuais 11% para 30% da população
em idade universitária, até 2010.

Dentre as diversas propostas para enfrentar este desafio
destaca-se a da criação de uma Universidade Aberta do
Brasil como forma de ampliar de 4,8 milhões de alunos
matriculados para 10 milhões até o final da década,
garantindo qualidade e economicidade.
Regionalização



Desafio

Diminuir os desequilíbrios regionais de Educação Superior.


Destaque de Proposta

Ampliação da oferta de Educação Superior nas regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que apresentam distorções
entre a disponibilidade de vagas e o contingente de suas
populações.
Pluralidade de modelos



Desafio

Rever o modelo rígido de Universidade vigente no Brasil,
permitindo a coexistência de diferentes propostas de IES.


Destaque de Proposta

Criação de novos organismos de pesquisa voltados para a
área tecnológica, utilizando o setor produtivo como locus
privilegiado de ação.
Autonomia



Desafio

Ultrapassar a autonomia formal da Universidade alcançando
uma autonomia substantiva.

Autonomia não é soberania, não é liberdade absoluta, mas
resulta em ônus, representado pela avaliação da qualidade,
e em bônus, a partir da garantia do seu financiamento.
Gestão e avaliação


Desafio

Implementar modelos de gestão e avaliação adequados à
pluralidade das IES.

Destaque de proposta

Estabelecer modelos de gestão que assegurem a
comparabilidade dos resultados, permitindo a utilização de
benchmarks entre IES nacionais e internacionais.
Certificação de competências


Desafio

Reconhecer e certificar as competências adquiridas ao
longo da atividade profissional.

Destaque de Proposta

Implantação de um Sistema de Certificação de
Competências que avalie e reconheça as competências
profissionais adquiridas nas diferentes locus de
aprendizagem.
Conteúdos programáticos


Desafio

Adequar os conteúdos programáticos da educação superior
aos requisitos da sociedade do conhecimento.

Destaque

Disseminação de uma cultura empreendedora em todos os
níveis educacionais, capaz de levar o futuro profissional à
aplicação prática das informações e conhecimentos
adquiridos.
Interação empresa – universidade


Desafio

Ampliar o diálogo e as parcerias entre o sistema de
educação superior, governo e setor produtivo.

Destaque

Intensificação do diálogo entre atores do mundo acadêmico
e da produção, priorizando a geração de conhecimento
voltado à inovação tecnológica e à gestão empresarial.
Pesquisa e inovação


Desafio

Apoiar as atividades de pesquisa voltadas ao atendimento
das demandas prioritárias para o desenvolvimento
sustentável.

Destaque

Flexibilização e agilização do registro de patentes
desenvolvidas por pesquisadores vinculados às IES,
reduzindo drasticamente os prazos e os custos praticados
no Brasil.
Considerações finais



  Tríplice papel do Sistema CNI em Educação Superior:

   – Usuário de RHs das universidades
   – Colaborador em inovação e estágios (IEL)
   – Ofertante de cursos superiores, tecnológicos
     (SENAI) e educação corporativa (SESI)

  Ampliação do diálogo com o MEC abrangendo todo o
  sistema educacional;

  Mudança na matriz de formação, hoje concentrada em
  ciências humanas e sociais para priorizar as
  engenharias e as ciências exatas e da natureza.
As expectativas da indústria para a Reforma da Educação
             Superior ratificam as convicções

 Transformar o sistema de Educação;

 Construir uma agenda estratégica da Educação Superior;

 Corrigir a pirâmide invertida da educação nacional;

 Suprir a carência de tecnologia na economia brasileira;

 A Reforma só se concretizará com a transformação do
 sistema educacional em sua integridade. E a indústria
 deseja atuar como protagonista;

 A democracia do Brasil para se consolidar deseja uma
 verdadeira revolução educacional.
A Educação                     O desafio              A Educação
   Superior hoje                                        Superior desejada



                                                        Universalizada e com qualidade
                                                        Universalizada e com qualidade


 Práticas distantes das
  Práticas distantes das                                   Capaz de interagir com
                                                           Capaz de interagir com
competências requeridas                                  sociedade e setor produtivo
                                                         sociedade e setor produtivo
competências requeridas
     pela sociedade                   Adequar as
                                      Adequar as
     pela sociedade                                     Capaz de atender às demandas
                               Instituições de Ensino
                               Instituições de Ensino   Capaz de atender às demandas
                                                                  regionais
                                                                  regionais
                                      Superior às
                                      Superior às
Marco legal difuso e pouco
                             necessidades de uma nova
                             necessidades de uma nova      Plural em seus modelos e
                                                           Plural em seus modelos e
Marco legal difuso e pouco                                  moderna em sua gestão
                               sociedade, baseada na
                               sociedade, baseada na        moderna em sua gestão
         efetivo
          efetivo
                                    informação e
                                     informação e       Autônoma, porém avaliada pela
                                                        Autônoma, porém avaliada pela
                                   conhecimento,
                                   conhecimento,                 sociedade
                                                                 sociedade
    Excessivamente
    Excessivamente               constituindo-se em
                                 constituindo-se em
concentrada nas ciências
concentrada nas ciências                                Indutora da pesquisa aplicada e
                                                         Indutora da pesquisa aplicada e
       humanas
                                 fundamento para o
                                 fundamento para o                da inovação
                                                                   da inovação
        humanas
                                  desenvolvimento
                                  desenvolvimento
                                      sustentável
                                      sustentável        Financeiramente sustentável
                                                         Financeiramente sustentável
Com pouca capacidade de
Com pouca capacidade de
   inclusão da social
    inclusão da social                                  Capaz de reconhecer os outros
                                                        Capaz de reconhecer os outros
                                                           locus de aprendizagem
                                                            locus de aprendizagem
                                                          Conteúdos programáticos
                                                          Conteúdos programáticos
                                                         adequados às demandas da
                                                         adequados às demandas da
                                                                 sociedade
                                                                 sociedade
Educação Globalizada
e Tendências
Internacionais.
Universidades entre as Tendências Globais e
Tradições Nacionais


  Tradições Nacionais: Universidade
     – 500 mil universitários em 1900



  Tendências globais: Multiversidade
    – 100 milhões de universitários em 2000
    – 150 milhões em 2005
Características da Educação Globalizada

  Uma instituição provedora de educação global deve satisfazer a um
    conjunto de critérios, tais como:

  •   Estudantes em mais de dois continentes capazes de se comunicar entre
      si e com o professor;

  •   Objetivo declarado da instituição e dos professores de atrair e aumentar
      cada vez mais a participação internacional;

  •   Conteúdos dos cursos voltados especialmente para participantes
      transnacionais;

  •   Operar em escala com vários programas em diversas áreas do
      conhecimento voltados para um número significativo de alunos.
Mudanças nas demandas dos estudantes

  •   Estudantes buscam programas e cursos com múltiplas entradas e diferentes
      pontos de saída;

  •   Colocam igual ênfase no enriquecimento pessoal e desenvolvimento
      profissional;

  •   Combatem as idéias tradicionais de áreas e disciplinas, tais como:

      * acesso seletivo;
      * conteúdos seqüenciais cuidadosamente integrados;
      * legislação educacional rígida;

  •   Ao contrário os currículos serão literalmente desmontados, em seu lugar
      surgirão demandas customizadas. O que hoje se constitui um curso será
      crescentemente negociado entre a instituição provedora e o grupo de
      estudantes-clientes.
Reações à educação globalizada

   Aspectos cognitivos:
   mecanismos eletrônicos podem conduzir a fragmentação e a
   superficialidade dos conteúdos.
   Aspectos educacionais:
   criticas aos conteúdos empacotados e o forma agressiva de marketing.
   Aspectos sociais:
   conceito de comunidade educacional está preso a tradicional
   experiência de sala de aula.
   Aspectos culturais:
   ligados aos conceitos de imperialismo e ideologias dominantes.
Tendências Atuais
  •   Educação globalizada ainda está na sua primeira infância, há poucos
      estudos e pesquisas avaliativas;

  •   Por enquanto é possível extrapolar resultados de pesquisas sobre o valor e
      utilidade da EAD e se fazer observações e recomendações aplicáveis aos
      aprendizes globais;

  •   Neste início de século XXI são visíveis os avanços e recuos da educação
      global;

  •   Ela não é uma comodidade acessível. Sua produção é cara e ainda muito
      caro o seu acesso;

  •   No atual estágio da EG nos países líderes em conhecimento e tecnologia
      já é possível realizar uma avaliação consistente;

  •   As indicações internacionais mostram uma expansão equilibrada e desde já
      se apresenta como um fenômeno de indiscutível mérito.
Correlações e Tendências
Internacionais
  Conhecimento coletivo e compartilhado:
  • Free Software Foundation (www.gnu.org) - Ex: Linux, Open Office, sites de busca
  com traduções automáticas e ITI (Comitê de Implantação de Software Livre produzido
  pelo governo brasileiro em direção a uma sociedade da informação inclusiva);

  • Creative Commons (www.creativecommons.org) - Entidade sem fins lucrativo que
  permite a utilização de trabalhos intelectuais, reconhecendo-se a autoria, sendo
  possível agregar novos conhecimentos;

  • Material didático dos cursos MIT disponibilizados gratuitamente desde abr/2001;

  • Além das antigas mobilidades de alunos e professores agora também dos
  cursos (Fórum Mundial da Unesco sobre as Dimensões Internacionais de
  Segurança e Qualidade, Certificação e Reconhecimento de Diplomas
  Superiores;

  • Educação além das fronteiras nacionais, nos paises em desenvolvimento,
  ora é considerado um atentado a soberania nacional, ora uma forma de
  atender as necessidades internas.
O futuro da Educação Superior
Papel fundamental das Universidades na Sociedade do
Conhecimento, na produção, difusão e aplicação do Saber
que passam por profundas transformações


  •   Massificação da Educação Superior (150 milhões de alunos em 2005);

  •   Diversificação – novos modelos para atender a expansão do
      Conhecimento;

  •   Limitações orçamentárias crescentes do Setor Público, além da falta de
      verbas, formas ultrapassadas de gestão e desperdício de recursos;

  •   Crescimento do Setor Privado com os riscos da mercantilização;

  •   Século XXI: Abandono do Modelo Único (Humboltdiano).
Pertinência da Educação Superior

  •   As Políticas: a educação superior não cumpre o seu papel se descuida da análise dos
      principais problemas da sociedade;

  •   O mundo do trabalho: é imperativo que a Educação Superior se adapte as mutações do
      mundo do trabalho, sem deixar de lado as necessidades do longo prazo da Sociedade;

  •   A Complementariedade: com os demais níveis do sistema de educação;

  •   A cultura: não é algo que esteja pronto, ela se constrói no tempo e no espaço, para isto, a
      educação Superior deve contribuir com a Cultura em sua diversidade e dimensão
      universal;

  •   A Educação ao Longo da Vida: exige flexibilidade e mais diversidade dos instrumentos de
      formação de educação Superior;

  •   Os Estudantes e Professores: as instituições de Educação Superior não devem ser meros
      centros de formação, esses dois atores tem participação ativa na gestão e na vida da
      instituição;

  •   A Sociedade: deve aumentar a participação dos grupos desfavorecidos.
Redes Universitárias


  •   Constituem-se, em exemplo de auto-organização de caráter espontâneo e
      descentralizado e se organizam em torno de Colóquios Internacionais e
      Revistas de Pesquisa. As Sociedades Científicas perdem seu caráter nacional e
      se diluem em inter-regionais e internacionais;

  •   Desterritorialização de suas atividades com eventos em rede e congressos
      itinerantes, e o financiamento virá cada vez mais de entidades não-acadêmicas;

  •   As mudanças já existentes no campo da pesquisa e da produção do
      conhecimento, chegará ao setor mais conservador da sala de aula;

  •   Os estudantes serão cada vez mais jovens (diferente da situação atual do
      Brasil) e com grande mobilidade.

  •   Exemplo: Programa “Eramus Europa” se expande para “Eramus Mundo”
As Redes nos Países em Desenvolvimento


  •   Apoio da Unesco para a organização de redes para propiciar transmissão,
      difusão e valorização do Conhecimento;

  •   Será uma alternativa, com estruturas de redes para propiciar transmissão,
      difusão e valorização do Conhecimento;

  •   Podem contribuir também para a “fuga de cérebros” e optar pelo fluxo maior de
      professores – visitantes (menos custo) intensificando a circulação de cérebros
      (brain circulation) que beneficiaria a todos;

  •   O fundamental é ter acesso á Informação e ao Conhecimento e como
      compartilhá-los. Novos modelos universitários não significam imitar as
      universidades dos países do Norte. Nossos problemas são diferentes e mais
      profundos.
Algumas Tendências/Conseqüências
dos Novos Tempos
 •   Concentração de recursos em universidade e centros de pesquisas que apresentam
     melhores resultados (tendências a separar formação de RH da pesquisa);

 •   Gestão mais empresarial com foco em setores de ponta: C, T e I, TICs,
     Biotecnologia, Nanotecnologia e diminuição gradativa da área de Humanidades.

 Exemplos:

  - Programa 2011 do OCDE, com a participação da China e África do Sul.

  - Programas da UNESCO: MIRCEN (Microbiologia), PICF (C. Fundamentais);
 Interoperabilidade: Projeto Genoma Humano

 •   Convergência de tais iniciativas pode levar a uma maior liberação dos serviços
     educativos como Acordo Geral sobre Comércio de Serviços;

 •   A diferenciação cada vez maior dentro do mesmo sistema de Educação Superior
     (“Ilhas de Competências”) com o surgimento de sistemas pouco igualitários no plano
     social e geográfico, poderá acentuar a estratificação social e territorial.
Algumas Questões Cruciais

  •   Dificuldade no apoio financeiro às IES Públicas não conseguem responder os
      desafios da Sociedade do Conhecimento:

  Exemplos:
  - O mercado mundial de educação Superior, em 2002 representava mais de 3%
     da totalidade de serviços;
  - A OCDE afirma que em 2000m entraram US$ 10 bi, cifra superior a todo o
     dispêndio público com ES na América Latina;

  •   No Brasil, a Educação Superior é vinculada à formação profissional (37
      profissões regulamentadas – é a chamada “profissionalização precoce” – que o
      REUNI procura corrigir;

  •   Passamos a “visão de mundo” às gerações futuras de estudantes como
      candidatos à profissão, em vez de candidatos ao Saber;

  •   O setor público forma 1/3 dos graduados anualmente. Paradoxalmente, 2/3 no
      setor privado em um País onde 86% da população tem renda até 03 salários
      mínimos.
A Empresa como provedora da Aprendizagem



  -   Aparecimento da Universidades Corporativas (que deverá ultrapassar
      em número até 2010, as Universidade tradicionais;

  -   A importância das Megauniversidades que combinam Educação
      Superior, Educação Aberta e a Distância e contingentes superiores a
      100 mil alunos;

  -   A explosão das Universidades Virtuais que até 2020, devem superar os
      números de alunos das Universidades Acadêmicas.
Universidade de Classe Mundial
  Somente algumas universidades em certos países podem pretender a condição de
    classe mundial, fruto de competição internacional entre elas, para isto são
    necessários um certo número de atributos:

  •   Adequar-se à massificação de Educação Superior;
  •   Garantir o controle de qualidade em seus serviços, em especial a qualidade dos
      seus títulos acadêmicos;
  •   Liberdade acadêmica dos docentes e pesquisadores;
  •   Vigência de plena autonomia universitária;
  •   Combinar a excelência da pesquisa com a excelência da aprendizagem na
      formação de Recursos Humanos;
  •   Alto grau de cooperação internacional;
  •   Internacionalização da aprendizagem e da pesquisa;
  •   Diversificação e flexibilidade de programas;
  •   Enfrentamento das conseqüências da diminuição crescente do financiamento
      público;
  •   Corpos docente e discente procedentes de vários continentes;
  •   Adoção permanente do modelo de integração com o setor produtivo ou Tríplice
      Hélice”;

  Tudo isso, com responsabilidade social e alto grau de cidadania.
AS MELHORES UNIVERSIDADES                           INVENTAR O FUTURO
Número de universidades entre as 200             Porcentagem do PIB aplicado em
         mais importantes                          pesquisa e desenvolvimento
                             Holanda              1. Suécia        6. Coréia do Sul
EUA               54
                               10                     3,8                2,7
                              França              2. Israel             7. Suiça
Reino             24                                 3,6                   2,6
                                 9
                            Alemanha             3. Finlândia        8. Alemanha
Austrália          17                                 3,4                 2,5
                                9
                              Canadá              4. Japão            9. Islândia
China             10
                                6                    3,0                   2,3
                              BRASIL               5. EUA             27. BRASIL
Japão              10
                                0                    2,7                  0,8
Fonte: OECD, Times Higher Education Supplement     Fonte: Human Development Report
Universidade do Futuro

  •   Ainda não existe, encontra-se em acelerado processo de mudança a partir das “Redes de
      Conhecimento”, cada vez mais complexas e sem hierarquização;

  •   Desaparecem os departamentos unidisciplinares e aumentam os setores inter, trans e
      pluridisciplinares (Neurociência, Complexidade, Estudos do Futuro, etc);

  •   Conservam o nome de universidade (melhor seria diversidade), mas sua missão,
      organização e funcionamento se diversificam;

  •   Multiplicação e diferenciação das instituições. Hoje no Brasil, são cinco, nos USA, desde
      1994, são dez , e novas categorias estão sendo propostas;

  •   As CHS ainda majoritárias nos países em desenvolvimento, cederão espaços a outras
      devido a dificuldades na avaliação comparada e principalmente no intercâmbio mundial de
      competências;

  •   A revolução no pensamento encerrará a separação rígida entre Ciências Humanas e
      Sociais e Ciências Exatas e da Natureza, favorecendo a autêntica transdisciplinaridade;

  •   O modelo clássico de universidade está desaparecendo, apesar da inércia das
      organizações e à reação a mudança que freiam e a diversificação dos modelos e o
      surgimento de Redes Universitárias.
Cenários Futuros da Educação Superior

  Universidade a “La Carte”

    Direcionada ao estudante para o mercado – oferece cursos
    aos aprendizes globais e empregadores e usam as ultimas
    tecnologias de aprendizagem.

  Universidade Invisível

    Orientada à tecnologia e ao mercado. Um modelo de
    recursos educacionais abertos, tecnologicamente direcionado
    e postulado por uma administração não centralizada; suporte
    de apoio ao estudante flexível e ao estudante – centrado na
    aquisição de conhecimento, segundo o conceito de
    “conhecimento para todos”.
Cenários Futuros da Educação Superior

  Universidade Corporativa

    Comercialmente orientada. É mantida por recursos privados e
    trabalha muito próximo à indústria

  Universidade Estatal

    Direcionada pelo Estado. Pertence e é administrada pelo
    Estado, mas em parceria com a indústria local
Cenários Futuros da Educação Superior

  Universidade no Jardim

    Orientada para “scholars”/acadêmicos. Um retorno profundo
    para compartilhar valores e um sistema de educação
    holístico, um cenário comprometido e entranhado de
    idealismo. Se opõe à “mac donaldização” da educação
    superior. Um espaço para florescer idéias em um ambiente
    paradisíaco de um jardim (espaço socrático)
Marcos Formiga




   A Educação Flexível é sinônimo de Educação Aberta e a
   Distância porque ambas estão focadas na habilidade dos
                     aprendizes decidir




     O QUE
     ONDE
     QUANDO                APRENDER

     COMO
     PARA QUE
Marcos Formiga


Educação Distribuída


                                                     Educação Aberta e a
                                                         Distância


                        Educação
                       Presencial                              E-learning
                      (face a face)


                                    Educação “Dual” ou Mista
                                                     ou Educação Flexível



Fontes: Bobin Mason – 2007. Adaptado por M.F. 2009
Marcos Formiga


Descrição Esquemática da Aprendizagem Mista
      Aprendizagem                                                                   Aprendizagem
          Online                                                                       Presencial
     “Online Learning”                                                              “Offline Learning”




       Completamente Alto uso                 Aprendizagem Mista          Baixo uso de   Sala de aula
        online, sem o
                                          +           ou              -
                      meios de                                             tecnologia     tradicional
        componente tecnológicos                Blended Learning
         face-a-face
                                               Uso intermediário de
                                                meios tecnológicos


                        Aumento gradativo de meios tecnológicos online
 Curso inteiramente
entregue por meio de                                                                 Curso de uso de
    plataforma de                                                                  pequena participação
    aprendizagem                                                                      de tecnologia
      eletrônica



                                                e-learning

Fontes: Bobin Mason – 2006. Adaptado por M.F. 2009
Reunião de Kronberg (Jun/2007)

   Temas-chave:
 Impacto das tecnologias emergentes nos modelos de aprendizagem

                  Papel do professor no futuro

                 Modelos de avaliação no futuro

          Futuro dos sistemas educacionais tradicionais

        Conceito universal de “Normas do Conhecimento”

         Papel das TICs do setor privado na aprendizagem

                      Futuro do e-learning

Impacto da tecnologia na evolução das Sociedades do Conhecimento
Declaração da Cidade do Cabo
para a Educação Aberta
    Os Recursos Educacionais Abertos incluem conteúdos
     de cursos com licenças abertas, tecnologias abertas,
    livros textos, jogos, softwares, adaptações à inovação
         e outros materiais de apoio à aprendizagem;
    Ainda permanecem barreiras à esta visão: a maioria dos
  educadores desconhecem o crescente número de Recursos
                   Educacionais Abertos;
      Instituições educacionais e governamentais não estão
         convencidas dos benefícios da Educação Aberta.
         Isto devido aos diferentes esquemas de licenças
     destes recursos, que criam confusão e incompatibilidade;
       Sem falar na dificuldade de acesso aos computadores
     e as redes que são indispensáveis a maioria dos esforços
                         da Educação Aberta.
Marcos Formiga


Países de Língua Portuguesa
       Pais        IDH      Ranking       População      km²               PIB
                              IDH                                       US$ (2005)

  Portugal          0.897            29                    92.391     212.446 milhões
                                           10.676.910
  Brasil            0.800            70   189.612.814                1.627.262 milhões
                                                         8.514.876
  Cabo Verde        0.736        102         426.998        4.033       3.306 milhões

  São Tomé e        0.654        123         206.178       10.001          60 milhões
  Príncipe
  Timor Leste       0.514        150        1.108.777      14.609         729 milhões

  Angola            0.450        162                     1.246.700     38.666 milhões
                                           12.531.357
  Moçambique        0.384        172                      801.590      26.994 milhões
                                           21.284.701
  Guiné-Bissau      0.374        175                       36.544       1.160 milhões
                                            1.503.182

           Área Total – 10.720.744               População Total – 237.350.917

                                                             Fonte: http://indexmundi.com
Marcos Formiga


Multilingüismo na Internet
          Posição     Língua        Porcentagem
                 1     Inglês           84,0 %
                 2     Alemão            4,5 %
                 3     Japonês           3,1 %
                 4      Francês          1,8 %
                 5     Espanhol          1,2 %
                 6      Sueco            1,1 %
                 7      Italiano         1,0 %
                 8     Português        0,7 %
                 9      Holandês         0,6 %
                 10    Norueguês         0,6 %
                 11     Finlandês        0,4 %
                 12     Tcheco           0,3 %
                 13   Dinamarquês        0,3 %
                 14      Russo           0,3 %
                 15      Malaio          0,1 %


                                         Fonte:http://babel alis com
Marcos Formiga


Índice de Prontidão para o Futuro

          Suécia
        Finlândia
           Irlanda
    Reino Unido
      Dinamarca
        França
    Luxemburgo
       Alemanha
  Países Baixos
           Áustria
           Bélgica
                      0                   25        50   75        100
    Fonte: AT Kearney, Global Leader of Tomorrow.

        O índice de prontidão mede o acesso da população por faixa
        etária apta a utilizar telecomunicações, tecnologias e Internet.
“Sociedades do Conhecimento ainda não são um fato real,
         pelo menos em muitas partes do mundo. Necessitamos
        descobrir como poderemos fazer dessas sociedades uma
         realidade para todos. Para isto, é preciso transformar a
                   simples visão em ações concretas”.




                                                        Abdul Kham
                                         Diretor de TICs da UNESCO

  •   OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
  •   Marcos Formiga
  •   Vice-Presidente da ABED
  •   mmformiga@cni.org.br



Pesquisa de Imagens: Jonatas Alexandre

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  • 1. Nova matriz de formação de recursos humanos para o Brasil
  • 2. Estágios do Desenvolvimento Econômico Estágios Características Pós-Industrial, Pré-Industrial, Industrial baseado no agrário conhecimento Setor Econômico Líder Agricultura Indústria Serviços Natureza das Trabalhos e recursos Conhecimento - Capital - intensivo tecnologias dominantes naturais intensivo intensivo Principais tipos de Serviços de Alimentos e vestuário produtos de Bens industriais informação consumo artesanal e de conhecimento Natureza da maior parte Interação homem- Interação homem- Interação homem- dos processos de natureza máquina homem produção Produtividade da Principais fatores de natureza (fertilidade Inovação Produtividade riqueza e crescimento do solo, clima, (produtividade do Trabalho econômico recursos biológicos) intelectual)
  • 3. Cenário em elaboração no Mapa Estratégico da Indústria O maior valor agregado na produção hoje provém do conhecimento; A informação constitui insumo básico para a competitividade; A agilidade e a qualidade são elementos essenciais no contexto competitivo; A inovação é uma estratégia chave para o desenvolvimento econômico e implica constantes mudanças.
  • 4. Os objetivos para o Brasil se inserir na Sociedade da Informação e do Conhecimento Aumento da escolaridade média da força de trabalho; Melhoria da qualidade da educação em todos os níveis; Ampliação do número de matrículas na educação superior, por ser agora mais importante criar e utilizar efetivamente o conhecimento; Fortalecimento da capacidade de investigação das universidades e sua interação com empresas e instituições de pesquisa; Desenvolvimento de oportunidades de aprendizagem a longo prazo para facilitar o aprendizado e recapacitação contínuos.
  • 5. Desafios correlacionados aos pilares da Educação e da Inovação Qualidade da Educação Básica; Fortalecimento da Educação Profissional e Tecnológica; Adequação da Educação Superior às Necessidades da Sociedade e do Sistema Produtivo; Promoção da Cultura Empreendedora na Educação; Consolidação das Práticas de Educação Continuada; Fomento da Inclusão Digital; Estimulo à Atração e Retenção do Capital Humano; Incentivar a atividade de Inovação nas Empresas.
  • 6. Cenário da Educação Superior no Brasil Percentual de Instituições por Categoria Administrativa 4,5% 3,5% 3,1% Federal Estadual Municipal Privada 88,9% Cursos de Graduação por Matrícula Instituições por Organização e Área de Conhecimento Acadêmica 1,4% 4,3% Faculdades, Escolas e 10,8% 6% 8,8% Instituições Engenharias Tecnológicas 1,9% 8,4% Centros Universitários 4,1% Ciências em Saúde Faculdades Integradas Ciências Exatas 13,2% Ciências Humanas e Sociais Universidades 68,6% Ciências Agrárias 75,5% Centros de Educação Outros Tecnológicas
  • 7. Percepção da sociedade Brasileira sobre a Reforma Os resultados concluem: Percepção da sociedade é pragmática: a universidade deve atender às necessidades do setor produtivo e do mercado de trabalho; Despreparo e inexperiência dos jovens que se refletem em sua chegada à educação superior; Perfeita confluência entre a percepção da sociedade e os aspectos destacados na visão do setor industrial; Formação de parcerias entre a Universidade e o setor produtivo é amplamente aceita, tanto pelos dois segmentos; O setor produtivo reconhece a importância da pesquisa científica, da autonomia universitária.
  • 8. Educação superior necessária ao desenvolvimento Desafio Universalização da Educação Superior Universalizar o acesso à educação superior com qualidade, passar dos atuais 11% para 30% da população em idade universitária, até 2010. Dentre as diversas propostas para enfrentar este desafio destaca-se a da criação de uma Universidade Aberta do Brasil como forma de ampliar de 4,8 milhões de alunos matriculados para 10 milhões até o final da década, garantindo qualidade e economicidade.
  • 9. Regionalização Desafio Diminuir os desequilíbrios regionais de Educação Superior. Destaque de Proposta Ampliação da oferta de Educação Superior nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que apresentam distorções entre a disponibilidade de vagas e o contingente de suas populações.
  • 10. Pluralidade de modelos Desafio Rever o modelo rígido de Universidade vigente no Brasil, permitindo a coexistência de diferentes propostas de IES. Destaque de Proposta Criação de novos organismos de pesquisa voltados para a área tecnológica, utilizando o setor produtivo como locus privilegiado de ação.
  • 11. Autonomia Desafio Ultrapassar a autonomia formal da Universidade alcançando uma autonomia substantiva. Autonomia não é soberania, não é liberdade absoluta, mas resulta em ônus, representado pela avaliação da qualidade, e em bônus, a partir da garantia do seu financiamento.
  • 12. Gestão e avaliação Desafio Implementar modelos de gestão e avaliação adequados à pluralidade das IES. Destaque de proposta Estabelecer modelos de gestão que assegurem a comparabilidade dos resultados, permitindo a utilização de benchmarks entre IES nacionais e internacionais.
  • 13. Certificação de competências Desafio Reconhecer e certificar as competências adquiridas ao longo da atividade profissional. Destaque de Proposta Implantação de um Sistema de Certificação de Competências que avalie e reconheça as competências profissionais adquiridas nas diferentes locus de aprendizagem.
  • 14. Conteúdos programáticos Desafio Adequar os conteúdos programáticos da educação superior aos requisitos da sociedade do conhecimento. Destaque Disseminação de uma cultura empreendedora em todos os níveis educacionais, capaz de levar o futuro profissional à aplicação prática das informações e conhecimentos adquiridos.
  • 15. Interação empresa – universidade Desafio Ampliar o diálogo e as parcerias entre o sistema de educação superior, governo e setor produtivo. Destaque Intensificação do diálogo entre atores do mundo acadêmico e da produção, priorizando a geração de conhecimento voltado à inovação tecnológica e à gestão empresarial.
  • 16. Pesquisa e inovação Desafio Apoiar as atividades de pesquisa voltadas ao atendimento das demandas prioritárias para o desenvolvimento sustentável. Destaque Flexibilização e agilização do registro de patentes desenvolvidas por pesquisadores vinculados às IES, reduzindo drasticamente os prazos e os custos praticados no Brasil.
  • 17. Considerações finais Tríplice papel do Sistema CNI em Educação Superior: – Usuário de RHs das universidades – Colaborador em inovação e estágios (IEL) – Ofertante de cursos superiores, tecnológicos (SENAI) e educação corporativa (SESI) Ampliação do diálogo com o MEC abrangendo todo o sistema educacional; Mudança na matriz de formação, hoje concentrada em ciências humanas e sociais para priorizar as engenharias e as ciências exatas e da natureza.
  • 18. As expectativas da indústria para a Reforma da Educação Superior ratificam as convicções Transformar o sistema de Educação; Construir uma agenda estratégica da Educação Superior; Corrigir a pirâmide invertida da educação nacional; Suprir a carência de tecnologia na economia brasileira; A Reforma só se concretizará com a transformação do sistema educacional em sua integridade. E a indústria deseja atuar como protagonista; A democracia do Brasil para se consolidar deseja uma verdadeira revolução educacional.
  • 19. A Educação O desafio A Educação Superior hoje Superior desejada Universalizada e com qualidade Universalizada e com qualidade Práticas distantes das Práticas distantes das Capaz de interagir com Capaz de interagir com competências requeridas sociedade e setor produtivo sociedade e setor produtivo competências requeridas pela sociedade Adequar as Adequar as pela sociedade Capaz de atender às demandas Instituições de Ensino Instituições de Ensino Capaz de atender às demandas regionais regionais Superior às Superior às Marco legal difuso e pouco necessidades de uma nova necessidades de uma nova Plural em seus modelos e Plural em seus modelos e Marco legal difuso e pouco moderna em sua gestão sociedade, baseada na sociedade, baseada na moderna em sua gestão efetivo efetivo informação e informação e Autônoma, porém avaliada pela Autônoma, porém avaliada pela conhecimento, conhecimento, sociedade sociedade Excessivamente Excessivamente constituindo-se em constituindo-se em concentrada nas ciências concentrada nas ciências Indutora da pesquisa aplicada e Indutora da pesquisa aplicada e humanas fundamento para o fundamento para o da inovação da inovação humanas desenvolvimento desenvolvimento sustentável sustentável Financeiramente sustentável Financeiramente sustentável Com pouca capacidade de Com pouca capacidade de inclusão da social inclusão da social Capaz de reconhecer os outros Capaz de reconhecer os outros locus de aprendizagem locus de aprendizagem Conteúdos programáticos Conteúdos programáticos adequados às demandas da adequados às demandas da sociedade sociedade
  • 21. Universidades entre as Tendências Globais e Tradições Nacionais Tradições Nacionais: Universidade – 500 mil universitários em 1900 Tendências globais: Multiversidade – 100 milhões de universitários em 2000 – 150 milhões em 2005
  • 22. Características da Educação Globalizada Uma instituição provedora de educação global deve satisfazer a um conjunto de critérios, tais como: • Estudantes em mais de dois continentes capazes de se comunicar entre si e com o professor; • Objetivo declarado da instituição e dos professores de atrair e aumentar cada vez mais a participação internacional; • Conteúdos dos cursos voltados especialmente para participantes transnacionais; • Operar em escala com vários programas em diversas áreas do conhecimento voltados para um número significativo de alunos.
  • 23. Mudanças nas demandas dos estudantes • Estudantes buscam programas e cursos com múltiplas entradas e diferentes pontos de saída; • Colocam igual ênfase no enriquecimento pessoal e desenvolvimento profissional; • Combatem as idéias tradicionais de áreas e disciplinas, tais como: * acesso seletivo; * conteúdos seqüenciais cuidadosamente integrados; * legislação educacional rígida; • Ao contrário os currículos serão literalmente desmontados, em seu lugar surgirão demandas customizadas. O que hoje se constitui um curso será crescentemente negociado entre a instituição provedora e o grupo de estudantes-clientes.
  • 24. Reações à educação globalizada Aspectos cognitivos: mecanismos eletrônicos podem conduzir a fragmentação e a superficialidade dos conteúdos. Aspectos educacionais: criticas aos conteúdos empacotados e o forma agressiva de marketing. Aspectos sociais: conceito de comunidade educacional está preso a tradicional experiência de sala de aula. Aspectos culturais: ligados aos conceitos de imperialismo e ideologias dominantes.
  • 25. Tendências Atuais • Educação globalizada ainda está na sua primeira infância, há poucos estudos e pesquisas avaliativas; • Por enquanto é possível extrapolar resultados de pesquisas sobre o valor e utilidade da EAD e se fazer observações e recomendações aplicáveis aos aprendizes globais; • Neste início de século XXI são visíveis os avanços e recuos da educação global; • Ela não é uma comodidade acessível. Sua produção é cara e ainda muito caro o seu acesso; • No atual estágio da EG nos países líderes em conhecimento e tecnologia já é possível realizar uma avaliação consistente; • As indicações internacionais mostram uma expansão equilibrada e desde já se apresenta como um fenômeno de indiscutível mérito.
  • 26. Correlações e Tendências Internacionais Conhecimento coletivo e compartilhado: • Free Software Foundation (www.gnu.org) - Ex: Linux, Open Office, sites de busca com traduções automáticas e ITI (Comitê de Implantação de Software Livre produzido pelo governo brasileiro em direção a uma sociedade da informação inclusiva); • Creative Commons (www.creativecommons.org) - Entidade sem fins lucrativo que permite a utilização de trabalhos intelectuais, reconhecendo-se a autoria, sendo possível agregar novos conhecimentos; • Material didático dos cursos MIT disponibilizados gratuitamente desde abr/2001; • Além das antigas mobilidades de alunos e professores agora também dos cursos (Fórum Mundial da Unesco sobre as Dimensões Internacionais de Segurança e Qualidade, Certificação e Reconhecimento de Diplomas Superiores; • Educação além das fronteiras nacionais, nos paises em desenvolvimento, ora é considerado um atentado a soberania nacional, ora uma forma de atender as necessidades internas.
  • 27. O futuro da Educação Superior
  • 28. Papel fundamental das Universidades na Sociedade do Conhecimento, na produção, difusão e aplicação do Saber que passam por profundas transformações • Massificação da Educação Superior (150 milhões de alunos em 2005); • Diversificação – novos modelos para atender a expansão do Conhecimento; • Limitações orçamentárias crescentes do Setor Público, além da falta de verbas, formas ultrapassadas de gestão e desperdício de recursos; • Crescimento do Setor Privado com os riscos da mercantilização; • Século XXI: Abandono do Modelo Único (Humboltdiano).
  • 29. Pertinência da Educação Superior • As Políticas: a educação superior não cumpre o seu papel se descuida da análise dos principais problemas da sociedade; • O mundo do trabalho: é imperativo que a Educação Superior se adapte as mutações do mundo do trabalho, sem deixar de lado as necessidades do longo prazo da Sociedade; • A Complementariedade: com os demais níveis do sistema de educação; • A cultura: não é algo que esteja pronto, ela se constrói no tempo e no espaço, para isto, a educação Superior deve contribuir com a Cultura em sua diversidade e dimensão universal; • A Educação ao Longo da Vida: exige flexibilidade e mais diversidade dos instrumentos de formação de educação Superior; • Os Estudantes e Professores: as instituições de Educação Superior não devem ser meros centros de formação, esses dois atores tem participação ativa na gestão e na vida da instituição; • A Sociedade: deve aumentar a participação dos grupos desfavorecidos.
  • 30. Redes Universitárias • Constituem-se, em exemplo de auto-organização de caráter espontâneo e descentralizado e se organizam em torno de Colóquios Internacionais e Revistas de Pesquisa. As Sociedades Científicas perdem seu caráter nacional e se diluem em inter-regionais e internacionais; • Desterritorialização de suas atividades com eventos em rede e congressos itinerantes, e o financiamento virá cada vez mais de entidades não-acadêmicas; • As mudanças já existentes no campo da pesquisa e da produção do conhecimento, chegará ao setor mais conservador da sala de aula; • Os estudantes serão cada vez mais jovens (diferente da situação atual do Brasil) e com grande mobilidade. • Exemplo: Programa “Eramus Europa” se expande para “Eramus Mundo”
  • 31. As Redes nos Países em Desenvolvimento • Apoio da Unesco para a organização de redes para propiciar transmissão, difusão e valorização do Conhecimento; • Será uma alternativa, com estruturas de redes para propiciar transmissão, difusão e valorização do Conhecimento; • Podem contribuir também para a “fuga de cérebros” e optar pelo fluxo maior de professores – visitantes (menos custo) intensificando a circulação de cérebros (brain circulation) que beneficiaria a todos; • O fundamental é ter acesso á Informação e ao Conhecimento e como compartilhá-los. Novos modelos universitários não significam imitar as universidades dos países do Norte. Nossos problemas são diferentes e mais profundos.
  • 32. Algumas Tendências/Conseqüências dos Novos Tempos • Concentração de recursos em universidade e centros de pesquisas que apresentam melhores resultados (tendências a separar formação de RH da pesquisa); • Gestão mais empresarial com foco em setores de ponta: C, T e I, TICs, Biotecnologia, Nanotecnologia e diminuição gradativa da área de Humanidades. Exemplos: - Programa 2011 do OCDE, com a participação da China e África do Sul. - Programas da UNESCO: MIRCEN (Microbiologia), PICF (C. Fundamentais); Interoperabilidade: Projeto Genoma Humano • Convergência de tais iniciativas pode levar a uma maior liberação dos serviços educativos como Acordo Geral sobre Comércio de Serviços; • A diferenciação cada vez maior dentro do mesmo sistema de Educação Superior (“Ilhas de Competências”) com o surgimento de sistemas pouco igualitários no plano social e geográfico, poderá acentuar a estratificação social e territorial.
  • 33. Algumas Questões Cruciais • Dificuldade no apoio financeiro às IES Públicas não conseguem responder os desafios da Sociedade do Conhecimento: Exemplos: - O mercado mundial de educação Superior, em 2002 representava mais de 3% da totalidade de serviços; - A OCDE afirma que em 2000m entraram US$ 10 bi, cifra superior a todo o dispêndio público com ES na América Latina; • No Brasil, a Educação Superior é vinculada à formação profissional (37 profissões regulamentadas – é a chamada “profissionalização precoce” – que o REUNI procura corrigir; • Passamos a “visão de mundo” às gerações futuras de estudantes como candidatos à profissão, em vez de candidatos ao Saber; • O setor público forma 1/3 dos graduados anualmente. Paradoxalmente, 2/3 no setor privado em um País onde 86% da população tem renda até 03 salários mínimos.
  • 34. A Empresa como provedora da Aprendizagem - Aparecimento da Universidades Corporativas (que deverá ultrapassar em número até 2010, as Universidade tradicionais; - A importância das Megauniversidades que combinam Educação Superior, Educação Aberta e a Distância e contingentes superiores a 100 mil alunos; - A explosão das Universidades Virtuais que até 2020, devem superar os números de alunos das Universidades Acadêmicas.
  • 35. Universidade de Classe Mundial Somente algumas universidades em certos países podem pretender a condição de classe mundial, fruto de competição internacional entre elas, para isto são necessários um certo número de atributos: • Adequar-se à massificação de Educação Superior; • Garantir o controle de qualidade em seus serviços, em especial a qualidade dos seus títulos acadêmicos; • Liberdade acadêmica dos docentes e pesquisadores; • Vigência de plena autonomia universitária; • Combinar a excelência da pesquisa com a excelência da aprendizagem na formação de Recursos Humanos; • Alto grau de cooperação internacional; • Internacionalização da aprendizagem e da pesquisa; • Diversificação e flexibilidade de programas; • Enfrentamento das conseqüências da diminuição crescente do financiamento público; • Corpos docente e discente procedentes de vários continentes; • Adoção permanente do modelo de integração com o setor produtivo ou Tríplice Hélice”; Tudo isso, com responsabilidade social e alto grau de cidadania.
  • 36. AS MELHORES UNIVERSIDADES INVENTAR O FUTURO Número de universidades entre as 200 Porcentagem do PIB aplicado em mais importantes pesquisa e desenvolvimento Holanda 1. Suécia 6. Coréia do Sul EUA 54 10 3,8 2,7 França 2. Israel 7. Suiça Reino 24 3,6 2,6 9 Alemanha 3. Finlândia 8. Alemanha Austrália 17 3,4 2,5 9 Canadá 4. Japão 9. Islândia China 10 6 3,0 2,3 BRASIL 5. EUA 27. BRASIL Japão 10 0 2,7 0,8 Fonte: OECD, Times Higher Education Supplement Fonte: Human Development Report
  • 37. Universidade do Futuro • Ainda não existe, encontra-se em acelerado processo de mudança a partir das “Redes de Conhecimento”, cada vez mais complexas e sem hierarquização; • Desaparecem os departamentos unidisciplinares e aumentam os setores inter, trans e pluridisciplinares (Neurociência, Complexidade, Estudos do Futuro, etc); • Conservam o nome de universidade (melhor seria diversidade), mas sua missão, organização e funcionamento se diversificam; • Multiplicação e diferenciação das instituições. Hoje no Brasil, são cinco, nos USA, desde 1994, são dez , e novas categorias estão sendo propostas; • As CHS ainda majoritárias nos países em desenvolvimento, cederão espaços a outras devido a dificuldades na avaliação comparada e principalmente no intercâmbio mundial de competências; • A revolução no pensamento encerrará a separação rígida entre Ciências Humanas e Sociais e Ciências Exatas e da Natureza, favorecendo a autêntica transdisciplinaridade; • O modelo clássico de universidade está desaparecendo, apesar da inércia das organizações e à reação a mudança que freiam e a diversificação dos modelos e o surgimento de Redes Universitárias.
  • 38. Cenários Futuros da Educação Superior Universidade a “La Carte” Direcionada ao estudante para o mercado – oferece cursos aos aprendizes globais e empregadores e usam as ultimas tecnologias de aprendizagem. Universidade Invisível Orientada à tecnologia e ao mercado. Um modelo de recursos educacionais abertos, tecnologicamente direcionado e postulado por uma administração não centralizada; suporte de apoio ao estudante flexível e ao estudante – centrado na aquisição de conhecimento, segundo o conceito de “conhecimento para todos”.
  • 39. Cenários Futuros da Educação Superior Universidade Corporativa Comercialmente orientada. É mantida por recursos privados e trabalha muito próximo à indústria Universidade Estatal Direcionada pelo Estado. Pertence e é administrada pelo Estado, mas em parceria com a indústria local
  • 40. Cenários Futuros da Educação Superior Universidade no Jardim Orientada para “scholars”/acadêmicos. Um retorno profundo para compartilhar valores e um sistema de educação holístico, um cenário comprometido e entranhado de idealismo. Se opõe à “mac donaldização” da educação superior. Um espaço para florescer idéias em um ambiente paradisíaco de um jardim (espaço socrático)
  • 41. Marcos Formiga A Educação Flexível é sinônimo de Educação Aberta e a Distância porque ambas estão focadas na habilidade dos aprendizes decidir O QUE ONDE QUANDO APRENDER COMO PARA QUE
  • 42. Marcos Formiga Educação Distribuída Educação Aberta e a Distância Educação Presencial E-learning (face a face) Educação “Dual” ou Mista ou Educação Flexível Fontes: Bobin Mason – 2007. Adaptado por M.F. 2009
  • 43. Marcos Formiga Descrição Esquemática da Aprendizagem Mista Aprendizagem Aprendizagem Online Presencial “Online Learning” “Offline Learning” Completamente Alto uso Aprendizagem Mista Baixo uso de Sala de aula online, sem o + ou - meios de tecnologia tradicional componente tecnológicos Blended Learning face-a-face Uso intermediário de meios tecnológicos Aumento gradativo de meios tecnológicos online Curso inteiramente entregue por meio de Curso de uso de plataforma de pequena participação aprendizagem de tecnologia eletrônica e-learning Fontes: Bobin Mason – 2006. Adaptado por M.F. 2009
  • 44. Reunião de Kronberg (Jun/2007) Temas-chave: Impacto das tecnologias emergentes nos modelos de aprendizagem Papel do professor no futuro Modelos de avaliação no futuro Futuro dos sistemas educacionais tradicionais Conceito universal de “Normas do Conhecimento” Papel das TICs do setor privado na aprendizagem Futuro do e-learning Impacto da tecnologia na evolução das Sociedades do Conhecimento
  • 45. Declaração da Cidade do Cabo para a Educação Aberta Os Recursos Educacionais Abertos incluem conteúdos de cursos com licenças abertas, tecnologias abertas, livros textos, jogos, softwares, adaptações à inovação e outros materiais de apoio à aprendizagem; Ainda permanecem barreiras à esta visão: a maioria dos educadores desconhecem o crescente número de Recursos Educacionais Abertos; Instituições educacionais e governamentais não estão convencidas dos benefícios da Educação Aberta. Isto devido aos diferentes esquemas de licenças destes recursos, que criam confusão e incompatibilidade; Sem falar na dificuldade de acesso aos computadores e as redes que são indispensáveis a maioria dos esforços da Educação Aberta.
  • 46. Marcos Formiga Países de Língua Portuguesa Pais IDH Ranking População km² PIB IDH US$ (2005) Portugal 0.897 29 92.391 212.446 milhões 10.676.910 Brasil 0.800 70 189.612.814 1.627.262 milhões 8.514.876 Cabo Verde 0.736 102 426.998 4.033 3.306 milhões São Tomé e 0.654 123 206.178 10.001 60 milhões Príncipe Timor Leste 0.514 150 1.108.777 14.609 729 milhões Angola 0.450 162 1.246.700 38.666 milhões 12.531.357 Moçambique 0.384 172 801.590 26.994 milhões 21.284.701 Guiné-Bissau 0.374 175 36.544 1.160 milhões 1.503.182 Área Total – 10.720.744 População Total – 237.350.917 Fonte: http://indexmundi.com
  • 47. Marcos Formiga Multilingüismo na Internet Posição Língua Porcentagem 1 Inglês 84,0 % 2 Alemão 4,5 % 3 Japonês 3,1 % 4 Francês 1,8 % 5 Espanhol 1,2 % 6 Sueco 1,1 % 7 Italiano 1,0 % 8 Português 0,7 % 9 Holandês 0,6 % 10 Norueguês 0,6 % 11 Finlandês 0,4 % 12 Tcheco 0,3 % 13 Dinamarquês 0,3 % 14 Russo 0,3 % 15 Malaio 0,1 % Fonte:http://babel alis com
  • 48. Marcos Formiga Índice de Prontidão para o Futuro Suécia Finlândia Irlanda Reino Unido Dinamarca França Luxemburgo Alemanha Países Baixos Áustria Bélgica 0 25 50 75 100 Fonte: AT Kearney, Global Leader of Tomorrow. O índice de prontidão mede o acesso da população por faixa etária apta a utilizar telecomunicações, tecnologias e Internet.
  • 49. “Sociedades do Conhecimento ainda não são um fato real, pelo menos em muitas partes do mundo. Necessitamos descobrir como poderemos fazer dessas sociedades uma realidade para todos. Para isto, é preciso transformar a simples visão em ações concretas”. Abdul Kham Diretor de TICs da UNESCO • OBRIGADO PELA ATENÇÃO! • Marcos Formiga • Vice-Presidente da ABED • mmformiga@cni.org.br Pesquisa de Imagens: Jonatas Alexandre