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2ª GUERRA MUNDIAL
Um “episódio” pouco divulgado...
...talvez porque:

- Ajude a compreender “factos” relativamente recentes, passados nos Balcãs...
- Demonstre que o fanatismo religioso (e também político), não é somente
apanágio de determinada religião...


...entre outras coisas, que seria fastidioso enumerar!
Em 10 de Maio de 1941, logo após a entrada em Zagreb das tropas nazis, nasce o
NDH(Nezavisna Drzava Hrvatska), o Estado Independente da Croácia, liderado por
Ante Pavelic. Este Estado, tutelado pela Alemanha nazi, obedeceria igualmente ao
princípio de um führer subordinado a Adolf Hitler.
No momento da invasão do Reino Jugoslavo, Hitler teve o apoio de um perigoso
movimento interno instalado já na Croácia e apoiado pelo regime fascista de
Mussolini, de cariz terrorista e filonazi, e até já acusado internacionalmente de
tentativas de homicídio de diplomatas estrangeiros em França. Esse movimento
filonazi e de forte cariz católico era o Partido Ustasha, de Ante Pavelic, que
sonhava com uma Croácia católica livre da presença sérvia ortodoxa.




                                            Ante Pavelic cumprimentando Hitler
     Ante Pavelic – o líder ustasha
Pavelic com padres franciscanos...                           ...e com freiras


 É neste contexto que o Cardeal Alojzije Stepinac é nomeado, por Ante Pavelic,
Supremo Vigário Apostólico Militar do Exército Ustasha, facto muito exaltado pela
imprensa católica da época: "Deus que controla o destino das nações e dirige o coração
dos reis, deu-nos Ante Pavelic(...)Glória a Deus, a nossa gratidão a Adolf Hitler e infinita
lealdade ao Chefe Ante Pavelic“.




                                        Cardeal Stepinac
Uma investigação da Comissão de Crimes de Guerra na Jugoslávia concluiu que o
Cardeal Stepinac foi um dos conspiradores contra o Reino da Jugoslávia e um
apoiante ab initio da invasão nazi. O Cardeal Stepinac sonhava, tal como as altas
instâncias católicas, com a edificação de um Estado católico nos Balcãs, e o
fanatismo étnico-religioso do Partido Ustacha era o instrumento perfeito para esse
objectivo.
Durante este período, o Papa de então, Pio XII, recebeu pessoalmente Ante
Pavelic e uma delegação da Irmandade dos Grandes Cruzados, encarregados de
converter ao catolicismo os povos daquela região.




      O Cardeal Alojzilze Stepinac com altas individualidades nazi-fascistas italianas, alemãs, croatas...




                                                                                      Nota: Em 1998, o Cardeal
                                                                                      Stepinac foi beatificado pelo
                                                                                      Papa João Paulo II.
                                         ...e com os generais ustasha
Durante os quatro anos de existência do NDH (Estado Independente da Croácia),
estimam-se que foram assassinadas 750 mil pessoas, sérvios, judeus e ciganos,
entre outros. A par da Alemanha nazi, a Croácia foi o único país que possuiu
campos de extermínio em massa com consentimento das autoridades vigentes.
 Contudo, ao contrário da Alemanha, onde se perpetrava um extermínio industrial
mas discreto, a Croácia Ustasha além dos campos de extermínio, cometia
execuções colectivas em locais públicos da Croácia e da Bósnia, com particular
sadismo e de forma entusiástica, recorrendo à tortura pública e à humilhação.
Segundo o historiador Friedriche Heer, tudo resultava de "um fanatismo arcaico
de épocas pré-históricas", tendo Ante Pavelic sido "um dos maiores assassinos
do séc.XX".


 No NDH, a promiscuidade entre Estado e Igreja, entre políticos, militares,
cardeais e padres era total. As suas declarações demonstram grande
complementaridade.
  O Cardeal Stepinac considerava que “...depois de tudo, os croatas e os sérvios,
pertencem a dois mundos diferentes, um polo norte e um polo sul, nunca se darão bem,
nem por milagre de Deus“. O Ministro da Justiça, o ustasha Milan Zanitcha, achava
que: "Este Estado, o nosso país, é nosso e só nosso, não é para mais ninguém,
limparemos dele todos os sérvios ortodoxos(...)Não ocultamos as nossas intenções,
seremos fieis aos princípios Ustasha“. Mas palavras do Ministro da Educação, Mile
Budak, conseguem ser ainda mais claras: "A base do movimento Ustasha é a
religião. Para as minorias como os sérvios, os judeus ou os ciganos, temos três milhões
de balas. Mataremos um terço da população sérvia, deportaremos outro terço e o outro
terço converteremos na religião católica até que se assimilem como croatas".
A ferocidade ustasha era tal, que conseguia impressionar mesmo as altas
patentes da Alemanha nazi. Reinhard Heydrich (um dos principais arquitectos da
Solução Final), em 17 de Fevereiro de 1942 escreveu a Himmler: “O número de
eslavos massacrados pelos croatas das formas mais sádicas está estimado em 300 mil(...)
a realidade é que na Croácia, os únicos sérvios que sobrevivem são os que se converteram
ao catolicismo".
 A violência extrema impressionou também as próprias forças fascistas italianas
que controlavam parte do território croata e que se recusavam a devolver ao
Ustasha, alguns refugiados que chegavam à sua zona de controlo. Tal facto
revoltou o Cardeal Stepinac, que em carta ao Bispo de Mostar, lhe escreve: “...se a
parte mais católica da Croácia o deixar de ser no futuro, tal responsabilidade ante Deus e a
História será da Itália católica".
 A conversão forçada ao catolicismo, não obstante a sua carga simbólica e a
violência que pressupunha para os convertidos, não era possível para todos.
Primeiro, porque ela pressuponha um preço de 180 dinares a entregar à Igreja
Católica e segundo, porque dessa conversão ficavam excluídos os sérvios com
maior escolaridade, no pressuposto de que estes nunca fariam uma real
conversão. Quem não tivesse posses ou tivesse estudos, era exterminado sem
contemplações.




                                    Uma conversão forçada
Um pormenor(!) sórdido deste genocídio, consiste no facto de que a maior parte
das atrocidades cometidas e de vários dos mandantes dos campos de extermínio,
serem sacerdotes e sobretudo padres franciscanos. Era quase impossível
desenvolver-se uma acção punitiva ustasha, sem a presença de um padre
franciscano. Sendo que destes, o mais conhecido de todos foi Miroslav Filipovic,
director do campo de extermínio de Jasenovac.




                                                         Miroslav Filipovic

         Entrada do campo de extermínio de Jasenovac
O Campo de Extermínio de Jasenovac

 Dos vários campos de extermínio edificados pelo Ustasha, o campo de Jasenovac
foi o maior de todos, calculando-se que aí foram brutalmente assassinadas várias
centenas de milhares de pessoas, maioritariamente sérvios, judeus, ciganos e
croatas comunistas. Existem estimativas que apontam o número total de 700 mil
pessoas.
 O campo possuía ainda no seu complexo, um campo para crianças em Sisak e
outro para mulheres em Stara Gradiska. Ainda que, muitas mulheres tenham sido
deportadas para a Alemanha nazi e diversas crianças entregues a orfanatos
católicos.




                                    Crianças em Sisak
Refira-se também que as condições de permanência no campo eram
desumanas, sem higiene, bens alimentares ou água necessários para a
sobrevivência e ainda a obrigação de trabalhar. O campo tinha um comandante,
Vjekoslav Luburic, um general do Exército Ustasha, coadjuvado pelo seu
cunhado Dinko Sakic, oficial do mesmo exército.



 O extermínio em Jasenovac era feito de diversas maneiras: por rajada de
metralhadora, por cremação, por envenenamento com uso de gases tóxicos
(Ziklon B e dióxido sulfúrico) e através da faca Srbosjek, conhecida por "mata-
sérvios".




                                      Vjekoslav Luburic     Dinko Sakic
            Faca Srbosjek
Os extermínios tinham lugar em Granik, Gradina, Mlaka, Jablanac e ainda Velika
Kustarica. Sendo que à medida que a derrota das forças do Eixo se aproximava, o
ritmo de extermínio ia aumentando. Os corpos das vítimas eram cremados ou
atirados ao rio.




Milicianos do Ustasha executando prisioneiros próximo de Jasenovac.   Cadáveres junto ao rio
Um relato de um dos guardas do campo de Jasenovac, ficou para a posteridade:


 “O franciscano Pero Brzyca, Ante Zrinuzic, Sipka e eu fizemos uma aposta para ver quem
mataria mais prisioneiros numa noite. A matança começou e depois de uma hora eu já
tinha morto muito mais que eles. Sentia-me no sétimo céu. Nunca tinha tido tanto êxtase
na minha vida. Depois de duas horas já tinha morto mais de 1100 pessoas, enquanto os
outros não conseguiram assassinar mais de 300 ou 400 cada um. E depois, no auge deste
prazer reparei num velho que me olhava indiferente.
 Esse olhar impressionou-me, “congelei” durante algum tempo e nem me conseguia
mexer. Aproximei-me dele e descobri que era de Klepci, uma povoação perto de Kapijina,
e que toda a sua família tinha sido já assassinada enquanto ele trabalhava no bosque.
Falava para mim com uma incompreensível paz que me incomodava muito mais que os
desgarrados gritos que ouvia ao meu redor. Imediatamente senti a necessidade de
terminar com aquela paz mediante a tortura, mediante o seu sofrimento, para poder
voltar ao meu êxtase, para poder continuar a retirar prazer de infligir dor.
 Ordenei-lhe que gritasse: “Viva Pavelic! ou corto-te uma orelha”. Não falou. Cortei-lhe a
orelha. Não disse nada. Disse-lhe que gritasse: “Viva Pavelic! ou corto-te a outra orelha”.
Não disse nada. Cortei-lhe a outra orelha. Ameacei-o que lhe cortava o nariz se não
gritasse “Viva Pavelic!”, ao que ele me respondeu: "Faça o seu trabalho, criatura". Estas
palavras confundiram-me e congelaram-me, arranquei-lhe os olhos, depois o coração,
cortei-lhe a garganta de orelha a orelha. Mas algo se rompeu dentro de mim e não
consegui matar mais nessa noite. O franciscano Pero Brzyca ganhou a aposta e eu
paguei-lhe".
Guarda Ustacha numa vala comum                O momento de uma execução


 A Igreja Católica soube sempre o que se estava a passar. Padres e bispos da
região houve, que se entretinham a enviar cartas para o Vaticano onde até
escreviam poesia sobre estes acontecimentos. Ante Pavelic tinha o desplante
de oferecer ao seu biógrafo pessoal e a alguns dignatários estrangeiros, cestas
carregadas de olhos humanos, e a rádio BBC em 16 de Fevereiro de 1942
reportava: "As maiores atrocidades estão a ser cometidas à volta do Arcebispo de
Zagreb. Correm rios de sangue. Os ortodoxos estão a ser condenados à força a
converter-se ao catolicismo e não ouvimos do Arcebispo, uma palavra de revolta sobre
isto. Em vez disso, sabe-se que está tomar parte em desfiles nazis e fascistas".
Ante Pavelic - Líder do NDH e do Partido Ustasha, após a 2ª Guerra Mundial, foge para um
mosteiro franciscano em Nápoles, de onde, com a ajuda da igreja católica, parte para a
Argentina, onde fará parte do corpo de segurança pessoal de Perón. É visita frequente de
eventos sociais da nobreza e da Igreja católica em Madrid, fazendo amizade com Francisco
Franco. É localizado na Argentina pelos Serviços Secretos da Jugoslávia e é baleado com dois
tiros que lhe serão fatais. Está enterrado em Madrid.


Vjekoslav Luburic - Comandante do Campo de Extermínio de Jasenovac, parte para
Espanha e numa localidade perto de Valência faz-se passar por um reformado alemão que
gosta de tomar conta do seu laranjal e de organizar iniciativas com a diocese local. Em 1969 é
localizado pelos Serviços Secretos da Jugoslávia e é assassinado à porta de sua casa. As suas
últimas palavras terão sido "já sabia que vocês um dia vinham".


Alojizje Stepinac - Após a 2ª Guerra Mundial, é julgado e condenado a 16 anos de prisão,
dos quais apenas cumprirá 5 devido a um gesto de conciliação de Tito. Com a condição de ou
ir para Roma ou ficar confinado à sua casa. Preferiu ficar em casa.


Dinko Sakic – Foi preso na Argentina em 1998 e levado a julgamento no seu país. Negou as
acusações, mas foi condenado. Este julgamento trouxe aos croatas a desconfortável memória
do envolvimento de alguns dos seus líderes com a Alemanha nazi.
Monumento às vítimas de Jasenovac
Fontes:


     “quotidiano de miseria” (blog)
              en.wikipédia.org
              pt.wikipedia.org
                   internet




* Escrito, segundo o antigo(?) Acordo Ortográfico
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  • 2. ...talvez porque: - Ajude a compreender “factos” relativamente recentes, passados nos Balcãs... - Demonstre que o fanatismo religioso (e também político), não é somente apanágio de determinada religião... ...entre outras coisas, que seria fastidioso enumerar!
  • 3. Em 10 de Maio de 1941, logo após a entrada em Zagreb das tropas nazis, nasce o NDH(Nezavisna Drzava Hrvatska), o Estado Independente da Croácia, liderado por Ante Pavelic. Este Estado, tutelado pela Alemanha nazi, obedeceria igualmente ao princípio de um führer subordinado a Adolf Hitler. No momento da invasão do Reino Jugoslavo, Hitler teve o apoio de um perigoso movimento interno instalado já na Croácia e apoiado pelo regime fascista de Mussolini, de cariz terrorista e filonazi, e até já acusado internacionalmente de tentativas de homicídio de diplomatas estrangeiros em França. Esse movimento filonazi e de forte cariz católico era o Partido Ustasha, de Ante Pavelic, que sonhava com uma Croácia católica livre da presença sérvia ortodoxa. Ante Pavelic cumprimentando Hitler Ante Pavelic – o líder ustasha
  • 4. Pavelic com padres franciscanos... ...e com freiras É neste contexto que o Cardeal Alojzije Stepinac é nomeado, por Ante Pavelic, Supremo Vigário Apostólico Militar do Exército Ustasha, facto muito exaltado pela imprensa católica da época: "Deus que controla o destino das nações e dirige o coração dos reis, deu-nos Ante Pavelic(...)Glória a Deus, a nossa gratidão a Adolf Hitler e infinita lealdade ao Chefe Ante Pavelic“. Cardeal Stepinac
  • 5. Uma investigação da Comissão de Crimes de Guerra na Jugoslávia concluiu que o Cardeal Stepinac foi um dos conspiradores contra o Reino da Jugoslávia e um apoiante ab initio da invasão nazi. O Cardeal Stepinac sonhava, tal como as altas instâncias católicas, com a edificação de um Estado católico nos Balcãs, e o fanatismo étnico-religioso do Partido Ustacha era o instrumento perfeito para esse objectivo. Durante este período, o Papa de então, Pio XII, recebeu pessoalmente Ante Pavelic e uma delegação da Irmandade dos Grandes Cruzados, encarregados de converter ao catolicismo os povos daquela região. O Cardeal Alojzilze Stepinac com altas individualidades nazi-fascistas italianas, alemãs, croatas... Nota: Em 1998, o Cardeal Stepinac foi beatificado pelo Papa João Paulo II. ...e com os generais ustasha
  • 6. Durante os quatro anos de existência do NDH (Estado Independente da Croácia), estimam-se que foram assassinadas 750 mil pessoas, sérvios, judeus e ciganos, entre outros. A par da Alemanha nazi, a Croácia foi o único país que possuiu campos de extermínio em massa com consentimento das autoridades vigentes. Contudo, ao contrário da Alemanha, onde se perpetrava um extermínio industrial mas discreto, a Croácia Ustasha além dos campos de extermínio, cometia execuções colectivas em locais públicos da Croácia e da Bósnia, com particular sadismo e de forma entusiástica, recorrendo à tortura pública e à humilhação. Segundo o historiador Friedriche Heer, tudo resultava de "um fanatismo arcaico de épocas pré-históricas", tendo Ante Pavelic sido "um dos maiores assassinos do séc.XX". No NDH, a promiscuidade entre Estado e Igreja, entre políticos, militares, cardeais e padres era total. As suas declarações demonstram grande complementaridade. O Cardeal Stepinac considerava que “...depois de tudo, os croatas e os sérvios, pertencem a dois mundos diferentes, um polo norte e um polo sul, nunca se darão bem, nem por milagre de Deus“. O Ministro da Justiça, o ustasha Milan Zanitcha, achava que: "Este Estado, o nosso país, é nosso e só nosso, não é para mais ninguém, limparemos dele todos os sérvios ortodoxos(...)Não ocultamos as nossas intenções, seremos fieis aos princípios Ustasha“. Mas palavras do Ministro da Educação, Mile Budak, conseguem ser ainda mais claras: "A base do movimento Ustasha é a religião. Para as minorias como os sérvios, os judeus ou os ciganos, temos três milhões de balas. Mataremos um terço da população sérvia, deportaremos outro terço e o outro terço converteremos na religião católica até que se assimilem como croatas".
  • 7. A ferocidade ustasha era tal, que conseguia impressionar mesmo as altas patentes da Alemanha nazi. Reinhard Heydrich (um dos principais arquitectos da Solução Final), em 17 de Fevereiro de 1942 escreveu a Himmler: “O número de eslavos massacrados pelos croatas das formas mais sádicas está estimado em 300 mil(...) a realidade é que na Croácia, os únicos sérvios que sobrevivem são os que se converteram ao catolicismo". A violência extrema impressionou também as próprias forças fascistas italianas que controlavam parte do território croata e que se recusavam a devolver ao Ustasha, alguns refugiados que chegavam à sua zona de controlo. Tal facto revoltou o Cardeal Stepinac, que em carta ao Bispo de Mostar, lhe escreve: “...se a parte mais católica da Croácia o deixar de ser no futuro, tal responsabilidade ante Deus e a História será da Itália católica". A conversão forçada ao catolicismo, não obstante a sua carga simbólica e a violência que pressupunha para os convertidos, não era possível para todos. Primeiro, porque ela pressuponha um preço de 180 dinares a entregar à Igreja Católica e segundo, porque dessa conversão ficavam excluídos os sérvios com maior escolaridade, no pressuposto de que estes nunca fariam uma real conversão. Quem não tivesse posses ou tivesse estudos, era exterminado sem contemplações. Uma conversão forçada
  • 8. Um pormenor(!) sórdido deste genocídio, consiste no facto de que a maior parte das atrocidades cometidas e de vários dos mandantes dos campos de extermínio, serem sacerdotes e sobretudo padres franciscanos. Era quase impossível desenvolver-se uma acção punitiva ustasha, sem a presença de um padre franciscano. Sendo que destes, o mais conhecido de todos foi Miroslav Filipovic, director do campo de extermínio de Jasenovac. Miroslav Filipovic Entrada do campo de extermínio de Jasenovac
  • 9. O Campo de Extermínio de Jasenovac Dos vários campos de extermínio edificados pelo Ustasha, o campo de Jasenovac foi o maior de todos, calculando-se que aí foram brutalmente assassinadas várias centenas de milhares de pessoas, maioritariamente sérvios, judeus, ciganos e croatas comunistas. Existem estimativas que apontam o número total de 700 mil pessoas. O campo possuía ainda no seu complexo, um campo para crianças em Sisak e outro para mulheres em Stara Gradiska. Ainda que, muitas mulheres tenham sido deportadas para a Alemanha nazi e diversas crianças entregues a orfanatos católicos. Crianças em Sisak
  • 10. Refira-se também que as condições de permanência no campo eram desumanas, sem higiene, bens alimentares ou água necessários para a sobrevivência e ainda a obrigação de trabalhar. O campo tinha um comandante, Vjekoslav Luburic, um general do Exército Ustasha, coadjuvado pelo seu cunhado Dinko Sakic, oficial do mesmo exército. O extermínio em Jasenovac era feito de diversas maneiras: por rajada de metralhadora, por cremação, por envenenamento com uso de gases tóxicos (Ziklon B e dióxido sulfúrico) e através da faca Srbosjek, conhecida por "mata- sérvios". Vjekoslav Luburic Dinko Sakic Faca Srbosjek
  • 11. Os extermínios tinham lugar em Granik, Gradina, Mlaka, Jablanac e ainda Velika Kustarica. Sendo que à medida que a derrota das forças do Eixo se aproximava, o ritmo de extermínio ia aumentando. Os corpos das vítimas eram cremados ou atirados ao rio. Milicianos do Ustasha executando prisioneiros próximo de Jasenovac. Cadáveres junto ao rio
  • 12. Um relato de um dos guardas do campo de Jasenovac, ficou para a posteridade: “O franciscano Pero Brzyca, Ante Zrinuzic, Sipka e eu fizemos uma aposta para ver quem mataria mais prisioneiros numa noite. A matança começou e depois de uma hora eu já tinha morto muito mais que eles. Sentia-me no sétimo céu. Nunca tinha tido tanto êxtase na minha vida. Depois de duas horas já tinha morto mais de 1100 pessoas, enquanto os outros não conseguiram assassinar mais de 300 ou 400 cada um. E depois, no auge deste prazer reparei num velho que me olhava indiferente. Esse olhar impressionou-me, “congelei” durante algum tempo e nem me conseguia mexer. Aproximei-me dele e descobri que era de Klepci, uma povoação perto de Kapijina, e que toda a sua família tinha sido já assassinada enquanto ele trabalhava no bosque. Falava para mim com uma incompreensível paz que me incomodava muito mais que os desgarrados gritos que ouvia ao meu redor. Imediatamente senti a necessidade de terminar com aquela paz mediante a tortura, mediante o seu sofrimento, para poder voltar ao meu êxtase, para poder continuar a retirar prazer de infligir dor. Ordenei-lhe que gritasse: “Viva Pavelic! ou corto-te uma orelha”. Não falou. Cortei-lhe a orelha. Não disse nada. Disse-lhe que gritasse: “Viva Pavelic! ou corto-te a outra orelha”. Não disse nada. Cortei-lhe a outra orelha. Ameacei-o que lhe cortava o nariz se não gritasse “Viva Pavelic!”, ao que ele me respondeu: "Faça o seu trabalho, criatura". Estas palavras confundiram-me e congelaram-me, arranquei-lhe os olhos, depois o coração, cortei-lhe a garganta de orelha a orelha. Mas algo se rompeu dentro de mim e não consegui matar mais nessa noite. O franciscano Pero Brzyca ganhou a aposta e eu paguei-lhe".
  • 13. Guarda Ustacha numa vala comum O momento de uma execução A Igreja Católica soube sempre o que se estava a passar. Padres e bispos da região houve, que se entretinham a enviar cartas para o Vaticano onde até escreviam poesia sobre estes acontecimentos. Ante Pavelic tinha o desplante de oferecer ao seu biógrafo pessoal e a alguns dignatários estrangeiros, cestas carregadas de olhos humanos, e a rádio BBC em 16 de Fevereiro de 1942 reportava: "As maiores atrocidades estão a ser cometidas à volta do Arcebispo de Zagreb. Correm rios de sangue. Os ortodoxos estão a ser condenados à força a converter-se ao catolicismo e não ouvimos do Arcebispo, uma palavra de revolta sobre isto. Em vez disso, sabe-se que está tomar parte em desfiles nazis e fascistas".
  • 14. Ante Pavelic - Líder do NDH e do Partido Ustasha, após a 2ª Guerra Mundial, foge para um mosteiro franciscano em Nápoles, de onde, com a ajuda da igreja católica, parte para a Argentina, onde fará parte do corpo de segurança pessoal de Perón. É visita frequente de eventos sociais da nobreza e da Igreja católica em Madrid, fazendo amizade com Francisco Franco. É localizado na Argentina pelos Serviços Secretos da Jugoslávia e é baleado com dois tiros que lhe serão fatais. Está enterrado em Madrid. Vjekoslav Luburic - Comandante do Campo de Extermínio de Jasenovac, parte para Espanha e numa localidade perto de Valência faz-se passar por um reformado alemão que gosta de tomar conta do seu laranjal e de organizar iniciativas com a diocese local. Em 1969 é localizado pelos Serviços Secretos da Jugoslávia e é assassinado à porta de sua casa. As suas últimas palavras terão sido "já sabia que vocês um dia vinham". Alojizje Stepinac - Após a 2ª Guerra Mundial, é julgado e condenado a 16 anos de prisão, dos quais apenas cumprirá 5 devido a um gesto de conciliação de Tito. Com a condição de ou ir para Roma ou ficar confinado à sua casa. Preferiu ficar em casa. Dinko Sakic – Foi preso na Argentina em 1998 e levado a julgamento no seu país. Negou as acusações, mas foi condenado. Este julgamento trouxe aos croatas a desconfortável memória do envolvimento de alguns dos seus líderes com a Alemanha nazi.
  • 15. Monumento às vítimas de Jasenovac
  • 16. Fontes: “quotidiano de miseria” (blog) en.wikipédia.org pt.wikipedia.org internet * Escrito, segundo o antigo(?) Acordo Ortográfico FC2012