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S.SOCIAL VERSUS PENSIONISTAS, REFORMADOS E
APOSENTADOS (CARTA ABERTA A PEDRO PASSOS COELHO)

FALEMOS SÉRIO!!!!

Pedro é o trato que usarei para me dirigir a ti, naquilo que há para
falarmos sério. Porque sou veterana, apesar de ter consciência de
que não somos amigos.

Não és meu amigo, como me trataste, hipocritamente e de forma
quase insultuosa, na tua mensagem de Natal. Eu não sou tua amiga,
porque não tenho como amigos quem me insulta, quem procura
humilhar-me, que mente e me tira o que a mim me pertence. Amigos
respeitam-se. E eu não me sinto respeitada por ti, Pedro.

E não sou hipócrita ao dizer frontalmente o que sinto, na pele daquilo
que é hoje o meu estatuto: pensionista, reformada APÓS 49 ANOS DE
TRABALHO. Mais anos do que aqueles que tens de vida, Pedro.

Falemos sério, Pedro. Porquê essa obstinada perseguição àqueles que
construíram riqueza nacional ao longo de muitos anos de trabalho,
enquanto tu, Pedro, crescias junto de pais que, creio, trabalhavam
para tudo te darem, e que hoje não valorizas como esforço enquanto
cidadãos e enquanto pais?

Porquê essa perseguição obsessiva àqueles que construíram um país
de verticalidade, de luta e resistência, enquanto caminhavas nas
hostes dos boys de um partido disponível para compensar aqueles
que gostam de “engrossar” a voz, mesmo que desrespeitando os que
tudo fizeram pela conquista do espaço democrático, onde cresceste
em liberdade? Uma liberdade conquistada, muito suada, e por isso
ainda mais digna de ser respeitada.

Respeito, Pedro, é o que se exige por aqueles que hoje persegues,
lesto e presto sem sentido, como que procurando um extermínio que
não ousas confessar.

Falemos sério, Pedro. É tempo de falares sério, apesar do descrédito
em que caíste. E falemos sério sobre reformas, sobre pensionistas e
sobre Segurança Social.
Não fales sobre o que desconheces. Não te precipites no que dizes.
Não sejas superficial, querendo parecer profundo apenas porque,
autoritariamente, “engrossas” a voz. Não entregues temas tão
complexos ao estudo de “garotos”, virgens no saber-fazer. Não
entregues estudos a séniores que, vendendo a alma ao diabo, se
prestam a criar cenários encomendados, para servirem os resultados
que previamente lhes apresentaste, Pedro. E os resultados são, como
podemos avaliar, desastrosos, Pedro. Económica e socialmente.

Vamos falar sério, Pedro. Não porque tu o queiras, mas porque eu não
suporto mais a humilhação que sinto com as falsidades ardilosas
lançadas para o ar, sobre matérias que preferes ignorar, porque nem
sequer as estudas.

A raiva cresce dentro de mim, porque atinge a verticalidade e
honestidade que sempre nortearam a minha vida, Pedro. Uma raiva
que queima, se silenciada, E não me orgulho disso, podes crer Pedro.

Vamos por fases cronológicas que te aconselho a estudar:

  a) Pedro, por acaso sabes que o sistema que hoje se designa por
     “Segurança Social” deriva da nacionalização – pós 25 de Abril –
     das “Caixas de Previdência” sectoriais, que antes existiam?
  b) Por acaso sabes, Pedro, que o Estado português recebeu, sem
     qualquer custo ou contrapartida, os fundos criados nestas
     Caixas   de     Previdência,   a   partir   das   contribuições       dos
     trabalhadores e dos seus empregadores?
  c) Por acaso sabes que a Caixa Geral de Depósitos – Banco estatal
     de    Valores     e   de   credibilidade     inquestionável       –    é,
     acrescidamente,       património    dos     muitos   reformados        e
     pensionistas que hoje somos? É, Pedro, a CGD era o Banco
     obrigatório por onde passavam as contribuições destinadas às
     Caixas de Previdência, mas entregava a estas, as contribuições
     regulares, apenas 4, 5 e 6 meses depois. Financiando-se com
     estas contribuições e sem pagar juros às Caixas, Pedro?


     Por isso sou contra qualquer alienação da CGeral. Também está
     lá muito de mim. Um muito que deveria estar na Segurança
     Social nacionalizada…para ser bem gerida.
d) Sabes por acaso, Pedro, que o Estado Português nunca
  reembolsou a Segurança Social pela da capitalização que
  conseguiu com a “nacionalização” das Caixas, como o fez aos
  Banqueiros?
e) Saberás,      Pedro,   que    a    “nacionalização”      das       Caixas   de
  Previdência” se deve à necessária construção de um verdadeiro
  Estado Social,      para o qual, maioritariamente, é a Segurança
  Social   que      contribui,   sem     as     devidas     e    indispensáveis
  contribuições do Estado? Um Estado Social criado de base a
  partir   dos     “dinheiros”       pertença   daqueles        que    hoje    são
  reformados e pensionistas. E que por isso exigem respeito pelo
  seu contributo mas, igualmente, exigem sejam bem geridos,
  porque ao Estado foram confiados contratualmente. Para me
  serem reembolsados mais tarde.


  E boa gestão, Pedro, é coisa que não vejo na Segurança Social,
  sujeita a políticas de bastidores duvidosas e para as quais
  nunca    fui    consultada.         Acredita,    Pedro,       os    reformados,
  pensionistas e aposentados, sabemos o que dizemos quando
  afirmamos tudo isto, porque ainda temos muita capacidade –
  suportada por uma grande e valiosa experiência – para sermos
  um verdadeiro governo de bastidores. Com mestria, com
  sabedoria, com isenção e sem subserviências.
f) Por acaso sabes, Pedro, que a dívida do Estado à Segurança
  Social é superior à dívida externa, hoje nas mãos da chamada
  “troika”?
  Pois é, Pedro, a dívida sob o comando da troika é de 78 mil
  milhões de Euros, é? A dívida à Segurança Social, aos milhões
  de contribuintes, muitos deles hoje reformados, é de 80 mil
  milhões de dívida. Valor que cresce diariamente, porque o
  Estado é um mau pagador. Uma dívida que põe em causa não só
  os créditos/reembolsos aos reformados e pensionistas, na forma
  contratada,      mas    igualmente       as     obrigações/compromissos
  intergeracionais.
Porque estás tão preocupado em “honrar” os compromissos
     com o exterior e não te preocupas em honrar os compromissos
     para com os credores internos que são, entre muitos, os
     aposentados, os reformados e os pensionistas, antes preferindo
     torná-los no “bombo de festins” de um governo descontrolado?

Falemos sério, Pedro. Reabilita-te com alguma honra, perante um
programa eleitoral que te levou, precocemente, ao lugar que ocupas.
Um lugar de representatividade democrática, que te obriga a
respeitar os representados. Também os reformados, aposentados e
pensionistas votam.

E falando sério, mas com muita raiva incontida, Pedro, vou dar-te o
meu exemplo, apenas como exemplo de muitas centenas de milhar de
casos idênticos.

  a) Trabalhei 49 anos. Fui trabalhadora-estudante. E sem Bolonhas
     e/ou créditos, licenciei-me com 16 valores, a pulso. Nunca fui
     trabalhadora e/ou estudante de segunda. E fui mãe, num pais
     em que, na época, só havia 1 mês de licença de maternidade e
     creches a partir dos dois anos de idade das crianças. Como foi
     duro, Pedro. E lutei, ontem como hoje, para a minha filha, a tua
     Laura, as tuas filhas e muitas mais jovens portuguesas, terem
     mais do que eu tive. A sociedade ganha com isso. O Estado
     Social também tem obrigações pela continuidade da sociedade,
     pela contínua renovação geracional. Lutei, Pedro, muito mesmo
     e sinto muita honra nisso como me sinto orgulhosa do que
     conquistou a minha geração.
  b) Fiz uma carreira profissional, também ela dura, também ela de
     luta, numa sociedade que convencionou dar supremacia aos
     homens.       Um   poder   dado,   não   conquistado   por   mérito
     reconhecido, Pedro. Por isso tão lenta a caminhada pela
     “Igualdade”.
  c) Cheguei ao topo da carreira, mas comecei como praticante.
     Sem “ajudas”, sem “cunhas”, sem “padrinhos” e/ou ajuda de
     partidos. Apenas por mérito próprio, duplamente exigido por ser
     Mulher. Um caminho que muito me orgulha e me enformou de
Valores, Honra e Verticalidade. Anonimamente, mas activa e
  participadamente.
d) No   final   da   minha   carreira   profissional,   eu   e   os    meus
  empregadores, a valores capitalizados na data em que me
  reformei, (há dois anos) tínhamos depositado nas mãos da
  Segurança Social cerca de 1 milhão de Euros.

  Ah! É bom que se lembre que os empregadores entregam as
    suas contribuições para a conta do/a seu/sua funcionário/a.
    Não é para qualquer abutre esperto se apropriar dele. O
    modelo que Churchil idealizou – e protagonizou – após a 2ª
    guerra mundial. Uma compensação no desequilíbrio entre os
    rendimentos do Capital e os do Trabalho, e que foi adoptado
    em Portugal ainda antes do 25 de Abril.

  Quase um milhão de Euros, Pedro. Só nos últimos 13 anos de
  trabalho foram entregues 200 mil Euros à Segurança Social,
  entre mim e o empregador.

  A minha pensão vem daí, Pedro. De tudo o que, confiadamente,
  entreguei à gestão da Segurança Social, num contrato assinado
  com o Estado Português. E já fui abrangida pelo sistema misto.
  E já participei no factor da sustentabilidade, beneficiando o
  Estado Social.

e)Mas há mais, Pedro. A esse cerca de1 milhão de Euros, à cabeça
  dos    cálculos    da   minha   pensão,     retiraram      às       minhas
  contribuições, à minha       “conta”, 20%, ou seja 200 mil Euros.
  Como contributo para o Estado Social. Para a satisfação do
  compromisso que devo para com as gerações seguintes. Para o
  Serviço Nacional de Saúde, para um melhor bem estar da
  sociedade portuguesa.

  E o dinheiro que se encontra – em depósito – nas mãos do
  Estado português através da Segurança Social, é de cerca de
  800 mil Euros. Que eu exijo bem gerido e intocável.

f)Valor que, conforme os meus indicadores familiares (melhores
  que a média das estatísticas) da esperança de vida (85 anos
em média), daria para uma pensão anual de 40.000€ actualizada
     anualmente pela capitalização dos meus fundos. É bom que
     saibas que, sobre este valor, eu pagaria cerca de 16.000€ de
     IRS, fora os demais impostos. Mas, por artes de uma qualquer
     “engenharia financeira” nunca recebi nada disto.

Mas se aquele valor, que foi criado pelas contribuições de tantos anos
de trabalho, estiver nas minhas mãos e sob a minha gestão, matéria
em que fui profissional qualificada e com provas dadas, eu serei uma
Mulher que poderá dormir descansada, porque serei       independente
para mim e para ajudar filhos e netos, sem ter que acordar de noite
angustiada.

É, Pedro, falemos sério e honra os compromissos que o Estado tem
para comigo. Dá instruções ao Ministério da Solidariedade Social(?)
para que me entregue o “meu dinheiro”. O MEU, Pedro!

E vou refazer contas:

  a) De modo frio, direi que o Estado tem que pôr à minha disposição
     os 100% de contribuições que lhe foram confiadas, ou seja, os
     cerca de 1 milhão de Euros.
  b) Arredondando, e muito por excesso, descontando os valores de
     que já fui reembolsada, o Estado português deve-me 900.000€.
     É esta a verba que quero que o Estado português me pague,
     porque é este o valor de que sou credora.
  c) Gerindo eu esta verba podes crer, Pedro, que só com os
     rendimentos que obtenho da sua aplicação, e já depois de
     impostos pagos, terei mais do que o valor que tenho hoje como
     pensão. É simples, Pedro, e deixo de ser uma “pedra no sapato”
     dos governantes. Deixo de ser “um impecilho” na boca de
     “garotos” que não sabem o que dizem. E, de uma Mulher
     anónima com honra e verticalidade, que sou hoje, passo a ser
     uma Mulher rica, provavelmente colunável, protegida por todos
     os governantes, mesmo que a ética perca a sua verticalidade e
     a moral passe a ser podre.

Mas porque é tempo de falares sério, Pedro, fala aos portugueses a
verdade sobre assuntos que nos interessa:
- quanto é que o cidadão e político Pedro Passos Coelho já descontou
para a Segurança Social e/ou ADSE?

- quanto receberias hoje de reforma se, conforme as excepções de
privilégio na lei, te reformasses?

- quanto descontam os deputados e demais políticos para a
Segurança Social ou ADSE?

- qual o montante de reforma a que têm acesso, privilegiadamente, e
ao fim de quantos anos de exercício da política, independentemente
da sua idade?

- Quem, e quanto recebem de reforma vitalícia, ex-governantes e
outras figuras políticas, só pelo exercício de alguns anos em cargos
públicos?

- qual o sistema de Segurança Social que suporta estas reformas e a
quem pertence esse dinheiro? São os OE’S que o suportam, ou são os
“dinheiros” daqueles que contribuíram e/ou contribuem para o
Sistema?

- sendo o Estado uma entidade empregadora, qual o valor da sua
contribuição (%) para a ADSE ou Segurança Social, por trabalhador? E
as contas, estão regularizadas?

Falemos     sério,   Pedro!   Os   reformados   exigem   a   verdade   mas,
igualmente, exigem respeito, por nós e pelo nosso dinheiro que,
abusivamente, vai alimentando o despesismo de um Estado que vive
de mordomias elitistas, acima das capacidades do país. Isso sim,
Pedro!!!!!!!!

A reformada,

M.Conceição Batista




Lx. 19/01/2013

PS – Aguardo que me seja entregue o meu dinheiro, conforme
mencionei atrás. Tenho vida a organizar.
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Carta aberta ao Pedro !

  • 1. S.SOCIAL VERSUS PENSIONISTAS, REFORMADOS E APOSENTADOS (CARTA ABERTA A PEDRO PASSOS COELHO) FALEMOS SÉRIO!!!! Pedro é o trato que usarei para me dirigir a ti, naquilo que há para falarmos sério. Porque sou veterana, apesar de ter consciência de que não somos amigos. Não és meu amigo, como me trataste, hipocritamente e de forma quase insultuosa, na tua mensagem de Natal. Eu não sou tua amiga, porque não tenho como amigos quem me insulta, quem procura humilhar-me, que mente e me tira o que a mim me pertence. Amigos respeitam-se. E eu não me sinto respeitada por ti, Pedro. E não sou hipócrita ao dizer frontalmente o que sinto, na pele daquilo que é hoje o meu estatuto: pensionista, reformada APÓS 49 ANOS DE TRABALHO. Mais anos do que aqueles que tens de vida, Pedro. Falemos sério, Pedro. Porquê essa obstinada perseguição àqueles que construíram riqueza nacional ao longo de muitos anos de trabalho, enquanto tu, Pedro, crescias junto de pais que, creio, trabalhavam para tudo te darem, e que hoje não valorizas como esforço enquanto cidadãos e enquanto pais? Porquê essa perseguição obsessiva àqueles que construíram um país de verticalidade, de luta e resistência, enquanto caminhavas nas hostes dos boys de um partido disponível para compensar aqueles que gostam de “engrossar” a voz, mesmo que desrespeitando os que tudo fizeram pela conquista do espaço democrático, onde cresceste em liberdade? Uma liberdade conquistada, muito suada, e por isso ainda mais digna de ser respeitada. Respeito, Pedro, é o que se exige por aqueles que hoje persegues, lesto e presto sem sentido, como que procurando um extermínio que não ousas confessar. Falemos sério, Pedro. É tempo de falares sério, apesar do descrédito em que caíste. E falemos sério sobre reformas, sobre pensionistas e sobre Segurança Social.
  • 2. Não fales sobre o que desconheces. Não te precipites no que dizes. Não sejas superficial, querendo parecer profundo apenas porque, autoritariamente, “engrossas” a voz. Não entregues temas tão complexos ao estudo de “garotos”, virgens no saber-fazer. Não entregues estudos a séniores que, vendendo a alma ao diabo, se prestam a criar cenários encomendados, para servirem os resultados que previamente lhes apresentaste, Pedro. E os resultados são, como podemos avaliar, desastrosos, Pedro. Económica e socialmente. Vamos falar sério, Pedro. Não porque tu o queiras, mas porque eu não suporto mais a humilhação que sinto com as falsidades ardilosas lançadas para o ar, sobre matérias que preferes ignorar, porque nem sequer as estudas. A raiva cresce dentro de mim, porque atinge a verticalidade e honestidade que sempre nortearam a minha vida, Pedro. Uma raiva que queima, se silenciada, E não me orgulho disso, podes crer Pedro. Vamos por fases cronológicas que te aconselho a estudar: a) Pedro, por acaso sabes que o sistema que hoje se designa por “Segurança Social” deriva da nacionalização – pós 25 de Abril – das “Caixas de Previdência” sectoriais, que antes existiam? b) Por acaso sabes, Pedro, que o Estado português recebeu, sem qualquer custo ou contrapartida, os fundos criados nestas Caixas de Previdência, a partir das contribuições dos trabalhadores e dos seus empregadores? c) Por acaso sabes que a Caixa Geral de Depósitos – Banco estatal de Valores e de credibilidade inquestionável – é, acrescidamente, património dos muitos reformados e pensionistas que hoje somos? É, Pedro, a CGD era o Banco obrigatório por onde passavam as contribuições destinadas às Caixas de Previdência, mas entregava a estas, as contribuições regulares, apenas 4, 5 e 6 meses depois. Financiando-se com estas contribuições e sem pagar juros às Caixas, Pedro? Por isso sou contra qualquer alienação da CGeral. Também está lá muito de mim. Um muito que deveria estar na Segurança Social nacionalizada…para ser bem gerida.
  • 3. d) Sabes por acaso, Pedro, que o Estado Português nunca reembolsou a Segurança Social pela da capitalização que conseguiu com a “nacionalização” das Caixas, como o fez aos Banqueiros? e) Saberás, Pedro, que a “nacionalização” das Caixas de Previdência” se deve à necessária construção de um verdadeiro Estado Social, para o qual, maioritariamente, é a Segurança Social que contribui, sem as devidas e indispensáveis contribuições do Estado? Um Estado Social criado de base a partir dos “dinheiros” pertença daqueles que hoje são reformados e pensionistas. E que por isso exigem respeito pelo seu contributo mas, igualmente, exigem sejam bem geridos, porque ao Estado foram confiados contratualmente. Para me serem reembolsados mais tarde. E boa gestão, Pedro, é coisa que não vejo na Segurança Social, sujeita a políticas de bastidores duvidosas e para as quais nunca fui consultada. Acredita, Pedro, os reformados, pensionistas e aposentados, sabemos o que dizemos quando afirmamos tudo isto, porque ainda temos muita capacidade – suportada por uma grande e valiosa experiência – para sermos um verdadeiro governo de bastidores. Com mestria, com sabedoria, com isenção e sem subserviências. f) Por acaso sabes, Pedro, que a dívida do Estado à Segurança Social é superior à dívida externa, hoje nas mãos da chamada “troika”? Pois é, Pedro, a dívida sob o comando da troika é de 78 mil milhões de Euros, é? A dívida à Segurança Social, aos milhões de contribuintes, muitos deles hoje reformados, é de 80 mil milhões de dívida. Valor que cresce diariamente, porque o Estado é um mau pagador. Uma dívida que põe em causa não só os créditos/reembolsos aos reformados e pensionistas, na forma contratada, mas igualmente as obrigações/compromissos intergeracionais.
  • 4. Porque estás tão preocupado em “honrar” os compromissos com o exterior e não te preocupas em honrar os compromissos para com os credores internos que são, entre muitos, os aposentados, os reformados e os pensionistas, antes preferindo torná-los no “bombo de festins” de um governo descontrolado? Falemos sério, Pedro. Reabilita-te com alguma honra, perante um programa eleitoral que te levou, precocemente, ao lugar que ocupas. Um lugar de representatividade democrática, que te obriga a respeitar os representados. Também os reformados, aposentados e pensionistas votam. E falando sério, mas com muita raiva incontida, Pedro, vou dar-te o meu exemplo, apenas como exemplo de muitas centenas de milhar de casos idênticos. a) Trabalhei 49 anos. Fui trabalhadora-estudante. E sem Bolonhas e/ou créditos, licenciei-me com 16 valores, a pulso. Nunca fui trabalhadora e/ou estudante de segunda. E fui mãe, num pais em que, na época, só havia 1 mês de licença de maternidade e creches a partir dos dois anos de idade das crianças. Como foi duro, Pedro. E lutei, ontem como hoje, para a minha filha, a tua Laura, as tuas filhas e muitas mais jovens portuguesas, terem mais do que eu tive. A sociedade ganha com isso. O Estado Social também tem obrigações pela continuidade da sociedade, pela contínua renovação geracional. Lutei, Pedro, muito mesmo e sinto muita honra nisso como me sinto orgulhosa do que conquistou a minha geração. b) Fiz uma carreira profissional, também ela dura, também ela de luta, numa sociedade que convencionou dar supremacia aos homens. Um poder dado, não conquistado por mérito reconhecido, Pedro. Por isso tão lenta a caminhada pela “Igualdade”. c) Cheguei ao topo da carreira, mas comecei como praticante. Sem “ajudas”, sem “cunhas”, sem “padrinhos” e/ou ajuda de partidos. Apenas por mérito próprio, duplamente exigido por ser Mulher. Um caminho que muito me orgulha e me enformou de
  • 5. Valores, Honra e Verticalidade. Anonimamente, mas activa e participadamente. d) No final da minha carreira profissional, eu e os meus empregadores, a valores capitalizados na data em que me reformei, (há dois anos) tínhamos depositado nas mãos da Segurança Social cerca de 1 milhão de Euros. Ah! É bom que se lembre que os empregadores entregam as suas contribuições para a conta do/a seu/sua funcionário/a. Não é para qualquer abutre esperto se apropriar dele. O modelo que Churchil idealizou – e protagonizou – após a 2ª guerra mundial. Uma compensação no desequilíbrio entre os rendimentos do Capital e os do Trabalho, e que foi adoptado em Portugal ainda antes do 25 de Abril. Quase um milhão de Euros, Pedro. Só nos últimos 13 anos de trabalho foram entregues 200 mil Euros à Segurança Social, entre mim e o empregador. A minha pensão vem daí, Pedro. De tudo o que, confiadamente, entreguei à gestão da Segurança Social, num contrato assinado com o Estado Português. E já fui abrangida pelo sistema misto. E já participei no factor da sustentabilidade, beneficiando o Estado Social. e)Mas há mais, Pedro. A esse cerca de1 milhão de Euros, à cabeça dos cálculos da minha pensão, retiraram às minhas contribuições, à minha “conta”, 20%, ou seja 200 mil Euros. Como contributo para o Estado Social. Para a satisfação do compromisso que devo para com as gerações seguintes. Para o Serviço Nacional de Saúde, para um melhor bem estar da sociedade portuguesa. E o dinheiro que se encontra – em depósito – nas mãos do Estado português através da Segurança Social, é de cerca de 800 mil Euros. Que eu exijo bem gerido e intocável. f)Valor que, conforme os meus indicadores familiares (melhores que a média das estatísticas) da esperança de vida (85 anos
  • 6. em média), daria para uma pensão anual de 40.000€ actualizada anualmente pela capitalização dos meus fundos. É bom que saibas que, sobre este valor, eu pagaria cerca de 16.000€ de IRS, fora os demais impostos. Mas, por artes de uma qualquer “engenharia financeira” nunca recebi nada disto. Mas se aquele valor, que foi criado pelas contribuições de tantos anos de trabalho, estiver nas minhas mãos e sob a minha gestão, matéria em que fui profissional qualificada e com provas dadas, eu serei uma Mulher que poderá dormir descansada, porque serei independente para mim e para ajudar filhos e netos, sem ter que acordar de noite angustiada. É, Pedro, falemos sério e honra os compromissos que o Estado tem para comigo. Dá instruções ao Ministério da Solidariedade Social(?) para que me entregue o “meu dinheiro”. O MEU, Pedro! E vou refazer contas: a) De modo frio, direi que o Estado tem que pôr à minha disposição os 100% de contribuições que lhe foram confiadas, ou seja, os cerca de 1 milhão de Euros. b) Arredondando, e muito por excesso, descontando os valores de que já fui reembolsada, o Estado português deve-me 900.000€. É esta a verba que quero que o Estado português me pague, porque é este o valor de que sou credora. c) Gerindo eu esta verba podes crer, Pedro, que só com os rendimentos que obtenho da sua aplicação, e já depois de impostos pagos, terei mais do que o valor que tenho hoje como pensão. É simples, Pedro, e deixo de ser uma “pedra no sapato” dos governantes. Deixo de ser “um impecilho” na boca de “garotos” que não sabem o que dizem. E, de uma Mulher anónima com honra e verticalidade, que sou hoje, passo a ser uma Mulher rica, provavelmente colunável, protegida por todos os governantes, mesmo que a ética perca a sua verticalidade e a moral passe a ser podre. Mas porque é tempo de falares sério, Pedro, fala aos portugueses a verdade sobre assuntos que nos interessa:
  • 7. - quanto é que o cidadão e político Pedro Passos Coelho já descontou para a Segurança Social e/ou ADSE? - quanto receberias hoje de reforma se, conforme as excepções de privilégio na lei, te reformasses? - quanto descontam os deputados e demais políticos para a Segurança Social ou ADSE? - qual o montante de reforma a que têm acesso, privilegiadamente, e ao fim de quantos anos de exercício da política, independentemente da sua idade? - Quem, e quanto recebem de reforma vitalícia, ex-governantes e outras figuras políticas, só pelo exercício de alguns anos em cargos públicos? - qual o sistema de Segurança Social que suporta estas reformas e a quem pertence esse dinheiro? São os OE’S que o suportam, ou são os “dinheiros” daqueles que contribuíram e/ou contribuem para o Sistema? - sendo o Estado uma entidade empregadora, qual o valor da sua contribuição (%) para a ADSE ou Segurança Social, por trabalhador? E as contas, estão regularizadas? Falemos sério, Pedro! Os reformados exigem a verdade mas, igualmente, exigem respeito, por nós e pelo nosso dinheiro que, abusivamente, vai alimentando o despesismo de um Estado que vive de mordomias elitistas, acima das capacidades do país. Isso sim, Pedro!!!!!!!! A reformada, M.Conceição Batista Lx. 19/01/2013 PS – Aguardo que me seja entregue o meu dinheiro, conforme mencionei atrás. Tenho vida a organizar.