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PUREZA SEXUAL
Levítico 18.1-5
O século XX assistiu à banalização do sexo. Todo tipo de impureza nesta área se
intensificou nesse século. Desde a "amizade colorida", onde casais se relacionam
sexualmente sem nenhum compromisso, à explosão da prática do homossexualismo,
chegando, em alguns países, ao casamento consumado de homens com homens e
mulheres com mulheres. Tudo isto se concretizou de maneira efetiva na sociedade
moderna do século XX.
Como se comportou e tem-se comportado a igreja cristã diante desta realidade? Num
primeiro momento, podemos até afirmar que ela acabou também sendo afetada. No
que diz respeito à pureza sexual, as mudanças não foram para melhor. Pelo contrário,
aconteceu e continua acontecendo uma enorme degradação.
O apelo sexual na propaganda e publicidade é algo que incomoda e constrange. A
multiplicação dos motéis é algo estarrecedor. As revistas, as músicas, os programas
de TV, de modo geral, sempre trazem um forte apelo sexual. Tudo isto tem contribuído
para a deturpação de algo que Deus criou com um objetivo santo: a sexualidade.
O texto de Levítico 18 serve de base para este estudo. O professor O. T. Allis observa
que "grande parte das modernas leis relativas ao casamento encontra a sua origem
neste capítulo do Levítico".
O objetivo deste estudo é mostrar que a pureza sexual, tão distante nos dias de hoje,
pode ser experimentada por meio de um compromisso sério com o Deus Santo;
mostrar, também, que algumas práticas sexuais comuns em nosso tempo, continuam
sendo abomináveis ao Senhor.
1 - A PUREZA SEXUAL PODE SER ALCANÇADA MEDIANTE UM
COMPROMISSO COM O DEUS SANTO (vv. 1-5)
O capítulo 18 de Levítico é todo voltado para a questão da pureza nos
relacionamentos sexuais, dentro do casamento. Os versículos 1 a 5 enfatizam,
exatamente, o compromisso que o povo de Israel deveria ter com o seu Deus.
Há a repetição da propriedade de Deus sobre o seu povo: "Eu sou o Senhor vosso
Deus" (Lv 18.2,4, 5,6). O significado disto é exatamente o compromisso que Israel
teria para com o Senhor e seus estatutos.
O compromisso de Israel, e disto dependia a sua pureza sexual, era com o Deus
Santo. Não era e não poderia ser um compromisso com as práticas da terra do Egito.
Também não era e não poderia ser um compromisso com as obras da terra de Canaã.
Os egípcios e cananeus eram povos corrompidos.
Segundo nota da Bíblia de Estudo de Genebra, eram povos que "não tinham muitas
restrições nas suas atitudes sexuais e no seu comportamento. Eles permitiam
casamentos com parentes íntimos, permitiam também o homossexualismo e até
mesmo alguns tipos de bestialidade".
Ou seja, o povo de Deus não teria estes povos como padrão. O padrão, o
compromisso, era e é com os estatutos e juízos do Deus Santo (Lv 18.4,5).
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Amnom, filho de Davi, cometeu grave pecado contra Deus e sua irmã, apesar da
advertência da mesma: "Não meu irmão, não me forces, porque não se faz assim em
Israel; não faças tal loucura". Ela tinha o conhecimento dos mandamentos do Senhor
quanto à pureza sexual. Ele também tinha este conhecimento, mas preferiu quebrar o
compromisso com o Deus Santo e cometer um ato vil e impuro contra sua família (II
Sm 13.1-22).
Para manter a pureza sexual, o cristão não tem outro caminho, senão um genuíno
compromisso com o Deus Santo e sua Palavra. Tem sido esta a nossa postura?
2. A PUREZA SEXUAL DEVE LEVAR EM CONTA A
CONSANGUINIDADE (vv. 6-18)
Em comentário ao texto de Levítico 18, notas da Bíblia Vida Nova dizem que "a pureza
sexual é uma parte integrante da saúde do corpo e da alma". Por que Deus proíbe
casamento entre parentes consanguíneos? Além da questão moral e santidade que o
povo deveria cultivar, tinha também a probabilidade de problemas de hereditariedade
e aparecimento de doenças e anomalias no corpo.
O Deus Santo, portanto, está preocupado com a pureza sexual da família. O propósito
é o bem-estar do núcleo familiar. A pena de morte era indicada para muitas ofensas,
tal a intensidade da ira divina com tais práticas (Lv 20.10-24; Rm 1.18-27).
Como povo de Deus, somos chamados a glorificá-lo em nosso corpo (I Co 6.20). O
professor Russel Norman Champlin sintetiza importantes aspectos da Palavra de Deus
sobre a questão do incesto:
• Definição - União sexual ilícita entre parentes consanguíneos ou
proximamente relacionados.
• Pecado sexual - O incesto é uma forma agravada de fornicação ou adultério.
• Aberração social - O incesto, embora quase universalmente praticado, é
também quase universalmente repudiado, na opinião dos povos do mundo.
• O Antigo Testamento - Proibia relações sexuais de um homem com uma
mulher a ele relacionada por algum grau de parentesco.
O professor Champlin participou em 1992, da banca examinadora de um candidato a
Doutorado pelo Instituto de Psicologia da USR Segundo ele, a tese defendida dizia
respeito ao incesto e informou sobre quão crítico é o problema no Brasil. Corpos de
crianças inocentes não são respeitados, muitas vezes, nem pelos próprios pais. Eis aí
um desafio para a igreja cristã no Brasil!
TIPOS DE INCESTO REF. BÍBLICAS/ CASTIGO
Mãe Lv 18.7; 20.11
Madrasta Lv 18.8; 20.4,5,11
Irmã (meio-irmã) Lv 18.9; 20.4,5,17,19
Sobrinha Lv 18.6
Neta Lv 15.10
Tia (de consanguinidade) Lv 18.12,13; 20.19,20
Tia de afinidade Lv 18.14; 20.20
Nora Lv 18.15; 20.12
Cunhada Lv 18.16; 18.21
Uma mulher (sua filha ou neta) Lv 18.17; 20.14
Duas irmãs Lv 18.18
Sogra Lv 20.14; Dt 27.23
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3 - A PUREZA SEXUAL É INCOMPATÍVEL COM O QUE É ANTI-
NATURAL (vv. 19-30)
Este trecho (Lv 18.19-30) trata dos pecados sexuais que envolvem uma sexualidade
errada e doentia.
A impureza sexual se estabelecia nos seguintes casos:
• Ter relações sexuais com a mulher no período de sua menstruação (v. 19);
• Adultério (v. 20);
• Sacrifícios humanos (v. 21) - Alguns eruditos interpretam as palavras "dedicar-
se a Moloque" como a entrega de crianças para que se dedicassem à
prostituição cultual;
• Homossexualismo (v. 22);
• Bestialidade - Sexo com animais (v. 23);
A orientação do Deus Santo é clara: "Com nenhuma destas cousas vos
contaminareis..." (Lv 18.24).
Nosso Deus exige de nós uma conduta ética apropriada. Destes pecados sexuais
mencionados acima, sem dúvida alguma, o homossexualismo é o mais praticado hoje.
É bom esclarecer com todas as letras que não há nenhuma cumplicidade entre o
evangelho e a prática do homossexualismo. Embora já existam no mundo "igrejas"
que advogam uma harmonia entre o homossexualismo e as Escrituras, e, até mesmo
em nosso Brasil, já se ouvem vozes "pastorais" advogando a mesma causa, cremos
que a prática sexual de homens com homens e mulheres com mulheres, além de ser
totalmente antinatural, é uma impureza sexual e uma terrível abominação contra o
Senhor (Rm 1.26,27).
A sexualidade será plenamente pura à me-dida de sua volta para o Senhor Jesus
Cristo. Só ele é capaz de restaurar os desvios e deva-neios da sexualidade humana (I
Co 6.11). Por isso, colocamos na primeira reflexão deste estudo que a pureza sexual
pode ser alcançada mediante um compromisso com o Senhor.
Levítico é um chamado à santidade. 0 sexo é uma bênção de Deus. Pureza sexual é
uma das exigências a um povo que é chamado a ser santo.
AUTOR: REV. AILTON GONÇALVES DIAS FILHO