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Análise e Gestão do Risco



            Aula 16
Sumário

       Introdução
        –   O quê é?
        –   Quem faz?
        –   Porquê é importante?
        –   Qual é o produto?
        –   Como saber se está bem feita?
       Riscos do software
       Método de Identificação e estimação dos riscos
       Avaliação Global do Risco
       Tabela de Risco
       Explorando as actividades de RSGR
2
Introdução (I)

       O quê é?
        –   Série de passos que permitem compreender e gerir a
            incerteza
        –   Um risco é um problema potencial
              convém identificá-lo
              avaliar a sua probabilidade de ocorrência
              e estimar o seu impacto

       Quem faz?
        –   Gestores e Engenheiros de Software
        –   Clientes

3
Introdução (II)

       Porquê é importante?
        –   A produção de software é difícil
        –   Muita coisa pode correr mal.. e corre mesmo mal..
        –   Portanto, devemos estar preparados!
       Qual o produto?
        –   Plano de redução, supervisão e gestão do risco
       Como fazer bem?
        –   O risco deve ser analisado e gerido a partir dos 4 ‘P’s:
                pessoal, produto, processo e projecto


4
Risco do SW
    - aspectos importantes


       Incerteza: o facto que          Perda: Se o risco se
        caracteriza o risco pode         converter em realidade
        não acontecer                    –   Implicará consequências
        –   Não há riscos com 100%           não desejadas ou
            de probabilidade de              perdas
            ocorrência




5
Categorias de Risco

       Projecto: ameaças ao         Conhecidos: após
        plano do projecto.            avaliações do plano,
       Técnico: ameaças à            condições técnicas e
        qualidade e o                 comerciais
        planeamento temporal         Previsíveis:
        do software                   extrapolados de
       Negócio: ameaças à            experiências anteriores
        viabilidade do software      Imprevisíveis: difíceis
                                      de prever com
                                      antecedência

6
Identificação do Risco

       Tentativa sistemática para uma especificação das
        ameaças ao plano do projecto
       Permite dar um passo à frente para evitá-los e
        controlá-los
       Riscos genéricos: ameaças potencias para todos os
        projectos de software
       Riscos específicos do produto: identificados só por
        quem tem uma clara visão da tecnologia, o pessoal
        e o ambiente específico do projecto


7
Método de Identificação do Risco

       Criar lista de comprovação de elementos de risco
        –   focada num subconjunto de riscos conhecidos
        –   previsíveis segundo as seguintes subcategorias:
              Tamanho do produto
              Impacto no negócio
              Características do cliente
              Definição do processo
              Ambiente de desenvolvimento
              Tecnologia a construir
              Tamanho e experiência do pessoal




8
Método de Identificação do Risco
    - riscos gerais e do projecto pedidos no
    Plano de Projecto da Lacertae SW (item 3.1)


                Risco               Projecto   Técnico   Negócio   Comum   Especial
    Equipamento não disponível                   X


    Requisitos incompletos             X                             X


    Uso de metodologias especiais                X                            X


    Problemas na busca da                        X                            X
        confiabilidade requerida
    Retenção de pessoas chave          X                             X


    Sub-estimativa do esforço          X                             X


    Desistência do único cliente                            X                 X
       potencial
9
Avaliação Global do Risco
     - também adicionar ao item 3.1


     1.   Os Gestores de Software e      7.     Os Engenheros de Software
          clientes dão suporte ao              têm as competências
          projecto?                            requeridas?
     2.    Os Clientes estão             8.     Os requisitos do projecto são
          entusiasmados com o projecto         estáveis?
          e o produto?                   9.     A Equipa de Desenvolvimento
     3.    Os Engenheros de Software           tem experiência na tecnologia a
          e os clientes compreenderam          implementar?
          bem os requisitos?             10.    É adequado o número de
     4.    Os Clientes estiveram               pessoas da equipa de trabalho?
          envolvidos na definição dos    11.    Concordam os
          requisitos?                          Clientes/utilizadores quanto à
     5.    As expectativas dos                 importância do projecto? e nos
          utilizadores são realistas?          requisitos do sistema ou produto
     6.    O âmbito do projecto é              a construir?
          estável?

10
Estimação do Risco

        Medição do risco em termos da sua probabilidade de
         ocorrência e das suas consequências
        Tarefas a cumprir:
         1.   Estabelecimento de uma escala para reflectir probabilidade
              percebida do risco
         2.   Definição das consequências do risco
         3.   Estimação do impacto do risco no projecto e no produto
         4.   Apontar exactidão geral da estimação




12
Tabela de Risco
     - Exemplo-modelo para o item 3.2 do Plano de Projecto


                       Risco              Categoria   Prob.   Impacto      RSGR
     Baixa estimação do tamanho           Tamanho      60%       Crítico
     Mais utilizadores que os previstos   Tamanho      30%     Marginal
     Menos reutilização que a prevista    Tamanho      70%       Crítico
     Resistência dos utilizadores         Negócio      40%     Marginal
     Data de entrega muito ajustada       Negócio      50%       Crítico
     Perda dos orçamentos                 Negócio      40%    Catastróf.
     Mudança nos requisitos               Cliente      80%       Crítico
     Expectativas não satisfeitas         Cliente      30%     Marginal
     Falta de formação nas ferramentas    Pessoal      80%     Marginal
     Falta de experiência do pessoal      Pessoal      30%       Crítico
     Alta rotação de pessoal              Pessoal      60%       Crítico
13
Redução do Risco
     Risco identificado: “rotação de pessoal”



        Plano de redução:
         –   Reunião com o pessoal para determinar causas da mobilidade
         –   Gestor de Software decide sobre a mobilidade
         –   Desenvolver técnicas para assegurar a continuidade
         –   Organizar as equipas por forma a garantir a distribuição de
             informação
         –   Definir standards de documentação e estabelecer mecanismos
             para assegurar o cumprimento das actividades de documentação




14
Supervisão do Risco
     - Risco identificado: “rotação de pessoal”


      Factores     a supervisionar
        –   Atitude geral dos membros da equipa
        –   Grau de compenetração da equipa
        –   Relações interpessoais entre os membros
        –   Problemas potenciais com compensações e
            benefícios
        –   Oferta de emprego dentro e fora da companhia



15
Gestão do Risco
     - Risco identificado: “rotação de pessoal”

        A gestão do risco e os planos de contingência
         assumem que os esforços de redução falharam
        Plano de Contingência:
         –   Cópias de segurança disponíveis
         –   Informação devidamente documentada
         –   Conhecimento disperso pela equipa
         –   Actividades de transferência de conhecimento entre os que
             saem e os que entram
        As actividades de RSGR devem ser justificadas em
         termos de custos e benefícios
         –   Estratégia eficaz para tratar os riscos:
               Evitar o risco
               Supervisionar o risco

16             Gerir o risco e planos de contingência
RSGR
     - Redução, Supervisão e Gestão do Risco


    outro exemplo de risco
     identificado:                  Risco: 1-010-77        Prob: 10%               Impacto: muito alto
     –   usar este modelo para o
         item 3.3 do Plano de       Descrição: hardware especializado pode não estar disponível

         Projecto da Lacertae SW
                                    Estrategia de redução: Acelerar desenvolvimento de HW, construir
     –   descrever as actividades        simulador

         de RSGR somente para       Plano de contigência: ter desenvolvimento externo de hardware como
         2 ou 3 dos riscos               backup, implantar sistemas num simulador

         identificados
                                    Pessoa responsável: Fred Jones (criação 1-01-01)


                                    Status: Simulação completada 10-02-01

17
Avaliação do Impacto

        Método da FAA (Federal Aviation       Exposição ao Risco
         Administration, USA)
          –   Determinar probabilidade
                                                –   ER = P x C
              média de ocorrência de            –   P = probabilidade de
              cada componente de risco              ocorrência
          –   Empregando a figura da            –   C = custo em caso de
              FAA determinar o impacto              ocorrência
              baseados nos critérios
              mostrados
                  Desprezível
                  Marginal
                  Crítico
                  Catastrófico
          –   Completar a tabela de
18            risco e analisar resultados
Avaliação do Impacto
        Identificação do risco:
          –   “Somente 70% dos componentes do software planeados para
              reutilização, podem integrar-se na aplicação. A funcionalidade
              restante será desenvolvida”
        Probabilidade do Risco:
          –   80%
        Calculando o Custo:
          –   Se temos algo como 60 componentes planeados para reutilização, 30
              % equivale a 18 componentes (que devem ser desenvolvidos)
          –   Se a quantidade (média) de Classes x componente = 3 Classes
          –   Se o custo de implementação x Classe = £ 317,00
          –   Custo global = 18 x 3 x 317 = £ 17.118

        Exposição ao Risco (ER = P x C) = 0,80 x 17.118 ~ £ 13.700,00
19        A   avaliação do impacto não será cobrada no Plano de Projecto..
próxima aula teórica…
Métricas para o
     Processo e o Projecto de SW

      Introdução
       –   O quê é?
       –   Quem faz?
       –   Porquê é importante?
       –   Qual é o produto?
       –   Como saber se está bem feita?
      Medidas,   métricas e indicadores


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Análise e gestão do risco

  • 1. Análise e Gestão do Risco Aula 16
  • 2. Sumário  Introdução – O quê é? – Quem faz? – Porquê é importante? – Qual é o produto? – Como saber se está bem feita?  Riscos do software  Método de Identificação e estimação dos riscos  Avaliação Global do Risco  Tabela de Risco  Explorando as actividades de RSGR 2
  • 3. Introdução (I)  O quê é? – Série de passos que permitem compreender e gerir a incerteza – Um risco é um problema potencial  convém identificá-lo  avaliar a sua probabilidade de ocorrência  e estimar o seu impacto  Quem faz? – Gestores e Engenheiros de Software – Clientes 3
  • 4. Introdução (II)  Porquê é importante? – A produção de software é difícil – Muita coisa pode correr mal.. e corre mesmo mal.. – Portanto, devemos estar preparados!  Qual o produto? – Plano de redução, supervisão e gestão do risco  Como fazer bem? – O risco deve ser analisado e gerido a partir dos 4 ‘P’s:  pessoal, produto, processo e projecto 4
  • 5. Risco do SW - aspectos importantes  Incerteza: o facto que  Perda: Se o risco se caracteriza o risco pode converter em realidade não acontecer – Implicará consequências – Não há riscos com 100% não desejadas ou de probabilidade de perdas ocorrência 5
  • 6. Categorias de Risco  Projecto: ameaças ao  Conhecidos: após plano do projecto. avaliações do plano,  Técnico: ameaças à condições técnicas e qualidade e o comerciais planeamento temporal  Previsíveis: do software extrapolados de  Negócio: ameaças à experiências anteriores viabilidade do software  Imprevisíveis: difíceis de prever com antecedência 6
  • 7. Identificação do Risco  Tentativa sistemática para uma especificação das ameaças ao plano do projecto  Permite dar um passo à frente para evitá-los e controlá-los  Riscos genéricos: ameaças potencias para todos os projectos de software  Riscos específicos do produto: identificados só por quem tem uma clara visão da tecnologia, o pessoal e o ambiente específico do projecto 7
  • 8. Método de Identificação do Risco  Criar lista de comprovação de elementos de risco – focada num subconjunto de riscos conhecidos – previsíveis segundo as seguintes subcategorias:  Tamanho do produto  Impacto no negócio  Características do cliente  Definição do processo  Ambiente de desenvolvimento  Tecnologia a construir  Tamanho e experiência do pessoal 8
  • 9. Método de Identificação do Risco - riscos gerais e do projecto pedidos no Plano de Projecto da Lacertae SW (item 3.1) Risco Projecto Técnico Negócio Comum Especial Equipamento não disponível X Requisitos incompletos X X Uso de metodologias especiais X X Problemas na busca da X X confiabilidade requerida Retenção de pessoas chave X X Sub-estimativa do esforço X X Desistência do único cliente X X potencial 9
  • 10. Avaliação Global do Risco - também adicionar ao item 3.1 1. Os Gestores de Software e 7. Os Engenheros de Software clientes dão suporte ao têm as competências projecto? requeridas? 2. Os Clientes estão 8. Os requisitos do projecto são entusiasmados com o projecto estáveis? e o produto? 9. A Equipa de Desenvolvimento 3. Os Engenheros de Software tem experiência na tecnologia a e os clientes compreenderam implementar? bem os requisitos? 10. É adequado o número de 4. Os Clientes estiveram pessoas da equipa de trabalho? envolvidos na definição dos 11. Concordam os requisitos? Clientes/utilizadores quanto à 5. As expectativas dos importância do projecto? e nos utilizadores são realistas? requisitos do sistema ou produto 6. O âmbito do projecto é a construir? estável? 10
  • 11. Estimação do Risco  Medição do risco em termos da sua probabilidade de ocorrência e das suas consequências  Tarefas a cumprir: 1. Estabelecimento de uma escala para reflectir probabilidade percebida do risco 2. Definição das consequências do risco 3. Estimação do impacto do risco no projecto e no produto 4. Apontar exactidão geral da estimação 12
  • 12. Tabela de Risco - Exemplo-modelo para o item 3.2 do Plano de Projecto Risco Categoria Prob. Impacto RSGR Baixa estimação do tamanho Tamanho 60% Crítico Mais utilizadores que os previstos Tamanho 30% Marginal Menos reutilização que a prevista Tamanho 70% Crítico Resistência dos utilizadores Negócio 40% Marginal Data de entrega muito ajustada Negócio 50% Crítico Perda dos orçamentos Negócio 40% Catastróf. Mudança nos requisitos Cliente 80% Crítico Expectativas não satisfeitas Cliente 30% Marginal Falta de formação nas ferramentas Pessoal 80% Marginal Falta de experiência do pessoal Pessoal 30% Crítico Alta rotação de pessoal Pessoal 60% Crítico 13
  • 13. Redução do Risco Risco identificado: “rotação de pessoal”  Plano de redução: – Reunião com o pessoal para determinar causas da mobilidade – Gestor de Software decide sobre a mobilidade – Desenvolver técnicas para assegurar a continuidade – Organizar as equipas por forma a garantir a distribuição de informação – Definir standards de documentação e estabelecer mecanismos para assegurar o cumprimento das actividades de documentação 14
  • 14. Supervisão do Risco - Risco identificado: “rotação de pessoal”  Factores a supervisionar – Atitude geral dos membros da equipa – Grau de compenetração da equipa – Relações interpessoais entre os membros – Problemas potenciais com compensações e benefícios – Oferta de emprego dentro e fora da companhia 15
  • 15. Gestão do Risco - Risco identificado: “rotação de pessoal”  A gestão do risco e os planos de contingência assumem que os esforços de redução falharam  Plano de Contingência: – Cópias de segurança disponíveis – Informação devidamente documentada – Conhecimento disperso pela equipa – Actividades de transferência de conhecimento entre os que saem e os que entram  As actividades de RSGR devem ser justificadas em termos de custos e benefícios – Estratégia eficaz para tratar os riscos:  Evitar o risco  Supervisionar o risco 16  Gerir o risco e planos de contingência
  • 16. RSGR - Redução, Supervisão e Gestão do Risco  outro exemplo de risco identificado: Risco: 1-010-77 Prob: 10% Impacto: muito alto – usar este modelo para o item 3.3 do Plano de Descrição: hardware especializado pode não estar disponível Projecto da Lacertae SW Estrategia de redução: Acelerar desenvolvimento de HW, construir – descrever as actividades simulador de RSGR somente para Plano de contigência: ter desenvolvimento externo de hardware como 2 ou 3 dos riscos backup, implantar sistemas num simulador identificados Pessoa responsável: Fred Jones (criação 1-01-01) Status: Simulação completada 10-02-01 17
  • 17. Avaliação do Impacto  Método da FAA (Federal Aviation  Exposição ao Risco Administration, USA) – Determinar probabilidade – ER = P x C média de ocorrência de – P = probabilidade de cada componente de risco ocorrência – Empregando a figura da – C = custo em caso de FAA determinar o impacto ocorrência baseados nos critérios mostrados  Desprezível  Marginal  Crítico  Catastrófico – Completar a tabela de 18 risco e analisar resultados
  • 18. Avaliação do Impacto  Identificação do risco: – “Somente 70% dos componentes do software planeados para reutilização, podem integrar-se na aplicação. A funcionalidade restante será desenvolvida”  Probabilidade do Risco: – 80%  Calculando o Custo: – Se temos algo como 60 componentes planeados para reutilização, 30 % equivale a 18 componentes (que devem ser desenvolvidos) – Se a quantidade (média) de Classes x componente = 3 Classes – Se o custo de implementação x Classe = £ 317,00 – Custo global = 18 x 3 x 317 = £ 17.118  Exposição ao Risco (ER = P x C) = 0,80 x 17.118 ~ £ 13.700,00 19 A avaliação do impacto não será cobrada no Plano de Projecto..
  • 20. Métricas para o Processo e o Projecto de SW  Introdução – O quê é? – Quem faz? – Porquê é importante? – Qual é o produto? – Como saber se está bem feita?  Medidas, métricas e indicadores 21

Notas del editor

  1. Categoria 1: Riscos do projecto: Problemas de orçamento, planeamento temporal, pessoal, recursos, cliente e requisitos. Riscos técnicos: Os riscos técnicos identificam problemas potenciais a nível de desenho, implementação, de interface, verificação e de manutenção. Também ambiguidades nas especificações, incerteza técnica, técnicas antigas ou tecnologias de ponta não bem conhecidas. Os riscos técnicos ocorrem porque o problema é mais difícil de resolver do previsto Riscos do negócio: construir um produto que ninguém quer, ou não alinhado com a estratégia da empresa ou que o departamento de vendas não sabe como vender , perder o apoio de uma boa gestão devido a mudanças de foco ou de pessoal ou perder orçamento ou o pessoal atribuído Categoria 2: Riscos conhecidos: podem-se descobrir após avaliações cuidadosas do plano do projecto, do ambiente técnico e comercial do projecto e outras fontes de informação confiáveis (datas de entrega pouco realistas, falta de especificação dos requisitos o do âmbito do software) Riscos previsíveis: extrapolados da experiencia de projectos anteriores (mudanças de pessoal, má comunicação com o cliente, diminuição do esforço do pessoal a medida que atendem pedidos de manutenção) Riscos imprevisíveis: muito difíceis de predizer em avanço
  2. Tamanho do produto: obvio Impacto no negócio: limitações impostas pela gestão ou pelo mercado Cliente: sofisticação do cliente e habilidade do informático para se comunicar com o cliente Definição do processo: grau de definição do processo e a sua monitorização Ambiente de desenvolvimento: disponibilidade e qualidade das ferramentas empregues na construção do produto Tecnologia: complexidade do sistema e a sua tecnologia associada Tamanho e experiência do pessoal: experiência técnica e de gestão de projectos dos engenheiros de software
  3. Tamanho do produto: obvio Impacto no negócio: limitações impostas pela gestão ou pelo mercado Cliente: sofisticação do cliente e habilidade do informático para se comunicar com o cliente Definição do processo: grau de definição do processo e a sua monitorização Ambiente de desenvolvimento: disponibilidade e qualidade das ferramentas empregues na construção do produto Tecnologia: complexidade do sistema e a sua tecnologia associada Tamanho e experiência do pessoal: experiência técnica e de gestão de projectos dos engenheiros de software
  4. As perguntas surgem dos dados do risco obtidos através de inquéritos realizados à gestores de projectos de software peritos de todas partes. As perguntas estão ordenadas segundo a sua importância relativa para o sucesso do projecto
  5. A FAA de USA fez um documento com excelentes indicações para a identificação e previsão de riscos de software. O enfoque da FAA requer que o gestor identifique os controladores do risco que afectam os componentes do risco (performance, custo, suporte e planeamento temporal) Componentes do risco: Performance: grau de incerteza com que o produto cumprirá os seus requisitos e adequar-se-a ao seu objectivo Custo: grau de incerteza que manterá o orçamento do projecto Suporte: grau de incerteza da facilidade do software para ser corrigido, adaptado e melhorado Planeamento temporal: grau de incerteza associado ao cumprimento de prazos e gastos O impacto de cada controlador do risco no seu componente divide-se em 4 categorias (desprezável, marginal, crítico e catastrófico)
  6. Primeiro, faz-se a lista de riscos. Pode-se fazer com a ajuda de uma lista de comprovação. Cada risco é classificado na segunda coluna. A probabilidade de aparição se põe na coluna 3. A probabilidade de risco pode determinar-se a partir de estimativas individuais e desenvolvendo depois um único valor de consenso mediante um processo de round-robin. Há outras técnicas mais sofisticadas como a valoração de escalas qualitativas (impossível, improvável, provável e frequente) que depois são associadas com esses valores qualitativos.