O documento descreve a Guerra de Canudos ocorrida no interior da Bahia entre 1896-1897. A guerra teve início quando a comunidade de Belo Monte, liderada por Antônio Conselheiro, passou a representar uma ameaça aos coronéis da região ao atrair grande população e mão de obra barata. Quatro expedições militares foram enviadas para combater os sertanejos, com as duas primeiras sendo derrotadas. A quarta e última expedição, com 10 mil soldados, destruiu completamente o arraial de Can
2. OS ACONTECIMENTOS
A GUERRA DE CANUDOS TEVE COMO SEU LÍDER ANTÔNIO
CONSELHEIRO, ELE FOI O FUNDADOR DO ARRAIAL DE BELO
MONTE LOCALIZADO AQUI NA BAHIA.
BELO MONTE FOI UMA COMUNIDADE QUE REUNIU CERCA DE 20
MIL SERTANEJOS. PELO FATO DE BELO MONTE TER ATRAIDO UMA
POPULAÇÃO TÃO GRANDE E TER RETIRADO MÃO DE OBRA
BARATA DOS PROPRIETARIOS DE TERRA DA REGIÃO, A
COMUNIDADE PASSOU A REPRESENTAR UMA AMEAÇA AO PODER
DOS CORONEIS. ANTÔNIO CONSELHEIRO FICOU MUITO FAMOSO E
CONQUISTOU A AUTORIDADE ENTRE OS SERTANEJOS, E OUTRAS
PALAVRAS O BEATO ANTÔNIO CONSELHEIRO PASSOU A DISPUTAR
PODER RELIGIOSO E POLITICO COM OS PADRES E CORONEIS DO
SERTÃO DA BAHIA.
3. A ESTRATEGIA DOS HOMENS PODEROSOS DA REGIÃO FOI
TRANSFORMAR BELO MONTE EM UMA AMEAÇA A REPÚBLICA
BRASILEIRA, A TAL AMEAÇA ERA JUSTIFICADA PELO FATO DE
ANTÔNIO CONSELHEIRO CRITICAR PUBLICAMENTE O CASAMENTO
CIVIL E A SEPARAÇÃO ENTRE A IGREJA E O ESTADO. ANTÔNIO
CONSELHEIRO MOSTRAVA SER CONTRÁRIO AO FIM DA
MONARQUIA BRASILEIRA, DEPOIS DE ALGUNS CONFLITOS
ENVOLVENDO A COMUNIDADE LIDERADA POR “AC” E O GOVERNO
DA BAHIA COMO POR EXEMPLO A RECUSA A PAGAR IMPOSTOS,
CANUDOS GANHOU REPERCUSSÃO NACIONAL, PRINCIPALMENTE
NA IMPRENSA DO RIO DE JANEIRO E DE SÃO PAULO E PASSOU A
REPRESENTAR PERIGO PARA CONTINUIDADE DA REPÚPLICA
BRASILEIRA.
4. A GUERRA DE CANUDOS FOI MARCADA POR QUATRO EXPEDIÇÕES
MILITARES ENVIADAS PARA COMBATER OS PERIGOSOS
SERTANEJOS DA REGIÃO. AS DUAS PRIMEIRAS EXPEDIÇÕES
FORAM ENVIADAS PELO GOVERNO BAHIANO CONTANDO COM
113 E 600 SOLDADOS, RESPECTIVAMENTE, AS DUAS EXPEDIÇÕES
FORAM DERROTADAS DE FORMA HUMILHANTE PELA
COMUNIDADE DE CANUDOS. O GOVERNO FEDERAL INTERFERIU
NO CONFLITO PARA DEFENDER AS OLIGARQUIAS DO SERTÃO
BAIANO.
5. FOI ENVIADOS PELA TERCEIRA EXPEDIÇÃO 1.300 MILITARES QUE
POR SUA VEZ FORAM DERROTADOS APÓS ESSAS SUCESSÕES
HUMILHANTES DE DERROTAS PARA OS SERTANEJOS DE CANUDOS.
O GOVERNO FEDERAL PASSOU A TRATAR DO ASSUNTO COM MAIS
CUIDADO “VENCER E DESTRUIR CANUDOS” PASSOU A SER UMA
QUESTÃO DE HONRA.
A QUARTA E ULTIMA EXPEDIÇÃO CONTAVA COM 10 MIL
MILITARES, NESTE ULTIMO EPISÓDIO O ARRAIAL DE CANUDOS FOI
COLOCADO NO CHÃO E OS OLIGARQUIOS SE MANTIVERAM NO
PODER EXPLORANDO A MISÉRIA DAS FAMILIAS SERTANEJAS,
CRIANÇAS, MULHERES E IDOSOS FORAM MORTOS SEM PIEDADE.
ESTIMA-SE QUE MORRERAM AO TODO POR VOLTA DE 25 MIL
PESSOAS, CULMINANDO COM A DESTRUIÇÃO TOTAL DA
POVOAÇÃO.
6.
7. RESUMO DO LIVRO
Os Sertões é um livro brasileiro, escrito
por Euclides da Cunha e publicado em
1902.
Trata da Guerra de Canudos (1896-1897),
no interior da Bahia. Euclides da Cunha
presenciou uma parte desta guerra como
correspondente do jornal O Estado de S.
Paulo. Pertence, ao mesmo tempo, à
prosa científica e à prosa artística. Pode
ser entendido como um obra de
Sociologia, Geografia, História ou crítica
humana.
O livro divide-se em três partes: A terra,
O homem e A luta.
8. A Terra é uma descrição detalhada feita pelo cientista Euclides
da Cunha, mostrando todas as características do lugar, o clima,
as secas, a terra, enfim.
O Homem é uma descrição feita pelo sociólogo e antropólogo
Euclides da Cunha, que mostra o habitante do lugar, sua relação
com o meio, sua gênese etnológica, seu comportamento, crença
e costume; mas depois se fixa na figura de Antônio Conselheiro,
o líder de Canudos. Apresenta se caráter, seu passado e relatos
de como era a vida e os costumes de Canudos, como relatados
por visitantes e habitantes capturados. Estas duas partes são
essencialmente descritivas, pois na verdade “armam o palco” e
“introduzem os personagens” para a verdadeira história, a
Guerra de Canudos, relatada na terceira parte...
9. A Luta é uma descrição feita pelo jornalista e ser humano
Euclides da Cunha, relatando as quatro expedições a Canudos,
criando o retrato real só possível pela testemunha ocular da
fome, da peste, da miséria, da violência e da insanidade da
guerra. Retratando minuciosamente movimento de tropas, o
autor constantemente se prende à individualidade das ações e
mostra casos isolados marcantes que demonstram bem o
absurdo de um massacre que começou por um motivo tolo –
Antônio Conselheiro reclamando um estoque de madeira não
entregue – escalou para um conflito onde havia paranoia
nacional pois suspeitava-se que os “monarquistas” de Canudos,
liderados pelo “famigerado e bárbaro Bom Jesus Conselheiro”
tinham apoio externo. No final, foi apenas um massacre
violento onde estavam todos errados e o lado mais fraco resistiu
até o fim com seus derradeiros defensores – um velho, dois
adultos e uma criança.