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República velha
A república velha pode ser divida  em duas fases: República da Espada  e  República Oligárquica
República da Espada
A  República da Espada  se iniciou quando os militares lideraram o país politicamente entre os anos de 1889 a 1894. Assim que a monarquia foi derrubada, o governo provisório do marechal Deodoro da Fonseca guiou as decisões tomadas no Brasil. Neste período, foram tomadas algumas decisões de suma importância para o povo brasileiro. Ocorreu a separação oficial entre Igreja e Estado, foi instituído o casamento civil e uma nova bandeira foi criada com o lema “Ordem e Progresso”.
Floriano Peixoto   Deodoro da Fonseca
Apesar de implantada a República da Espada, surgiram as disputas entre qual seria o melhor modelo republicano a ser instaurado. Pelo lado dos militares, a idéia de um regime republicano centralizador era defendida. Mas as oligarquias rurais e os grandes cafeicultores paulistas se opuseram à idéia dos militares, pregavam a implantação de um regime republicano voltado aos estados, assim, não poderiam ser controlados economicamente e nem ter sua administração ameaçada. Queriam com esta proposta aumentar o poder de veto e ampliar seus interesses. Muitos consideram a República da Espada o primeiro período ditatorial no Brasil. As figuras chaves da época foram os marechais Floriano Peixoto e Deodoro da Fonseca. A repressão era forte contra os levantes populares e os simpatizantes de Dom Pedro II.
 
A posse definitiva de Deodoro da Fonseca na presidência do Brasil ocorreu em 26 de fevereiro de 1891, depois de promulgada a nova Constituição. Da proclamação da República até essa data, considerava-se seu governo como provisório. À sua esquerda, vê-se o vice, Floriano Peixoto.
Deodoro da Fonseca foi obrigado a renunciar devido a problemas de saúde, além disso, tinha graves problemas políticos. Os desentendimentos com as oligarquias cafeeiras, grevistas e a Primeira Revolta da Armada levaram Floriano Peixoto a substituir marechal Deodoro. Peixoto assumiu a presidência tomou uma série de decisões: estatizou a moeda, estimulou a indústria, baixou o preço de imóveis e alimentos, repreendeu movimentos monarquistas e proibiu o Jornal do Brasil
Floriano de Peixoto (1891-1894)
Conquistando a simpatia do povo, Floriano deu início a consolidação da república, mas teve que enfrentar a grande Revolução Federalista do Rio Grande do Sul. Esta revolução terminou em 1895, vencida pelo exército republicano após o governo de Peixoto. Houve também o combate da Segunda Revolta da Armada e da Revolta dos 13 Generais. As duas últimas vencidas pelos republicanos. A República da Espada caiu diante do poder político dos barões do café de São Paulo e dos pecuaristas de Minas Gerais. Assim, foi instituída a República do Café com Leite, dando início a uma nova fase política do Brasil.
Revolta Federalista/ Revolta Armada
Revolução Federalista Eclodiu em fevereiro de 1893 no Sul do país e teve como causa a instabilidade política gerada pelos federalistas que pretendiam "libertar o Rio Grande do Sul da tirania de Júlio de Castilhos",o então presidente do estado. A divergência teve início com atritos ocorridos entre aqueles que procuravam a autonomia estadual,frente ao poder federal e seus opositores.  Empenharam-se em disputas sangrentas que acabaram por desencadear uma guerra civil,  que foi vencida pelos picapaus, seguidores de Júlio de Castilhos.A luta armada atingiu as regiões compreendidas do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Coronéis e barões do café: típicos representantes das elites durante a  República Oligárquica  (1894-1930)
Prudente de Morais  Cafeicultor paulista. (1894-1898)
O paulista Prudente de Morais foi o primeiro presidente civil da Primeira República. Sua eleição encerra o período dos governos provisórios dos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto e marca o início do predomínio da oligarquia cafeicultora no poder. Prudente de Morais, porém, assumiu o governo federal num momento em que o país atravessava uma grave crise econômica e um conflito político envolvendo divergências de interesse entre as duas principais facções republicanas: os radicais florianistas e a oligarquia cafeeira. Prudente de Morais pacificou o estado do Rio Grande do Sul e venceu a Guerra de Canudos, essas vitórias fortaleceram seu o governo e seu mandato.
Coronelismo  Acordo entre o governo estatal e os grandes proprietários de terras
O termo coronel significava chefe político de um determinado local que geralmente era dono de terras. Da forma com que prestavam serviços ao Poder Executivo os coronéis ganhavam prestígio e força.  O coronelismo foi um período de práticas autoritárias e violentas comandadas pelos coronéis, fato que ocorreu até aproximadamente 1960. Os coronéis controlavam as pessoas da região e as obrigava a realizar fatos e tomar decisões segundo sua vontade. Aproveitavam o fato de que as pessoas eram desinformadas e pouco educadas para motivá-las a fazer segundo o que lhes era proposto. Os coronéis conseguiam formar regimes e tributos em sua região assim como estipular impostos e promover a candidatura de seu elegido.  Como possuíam grande quantidade de colonos em suas terras e havia respeito seguido de “medo” por grande parte da população rural da região, os coronéis abusavam do seu prestígio para manipular as pessoas e até obrigá-las sob forma brutal a fazer sua vontade. Essa situação começou a mudar quando as famílias começaram a migrar para os centros urbanos, o que lhes proporcionou acesso à educação, aos direitos que possuíam e aos meios de comunicação. Por causa dessa migração, os coronéis começaram a impor seus desejos através da força e da ameaça, as famílias obedeciam ao seu desejo com medo da violência que poderiam sofrer e temiam que o seu sustento fosse tomado.
Voto de Cabresto
Voto de Cabresto Na República Velha, o sistema eleitoral era muito frágil e fácil de ser manipulado. Os coronéis compravam votos para seus candidatos ou trocavam votos por bens matérias (pares de sapatos, óculos, alimentos, etc.). Como o voto era aberto, os coronéis mandavam capangas para os locais de votação, com objetivo de intimidar os eleitores e ganhar votos. As regiões controladas politicamente pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais.
Guerra de Canudos
A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Toda essa situação, em conjunto com o fanatismo religioso, desencadeou um grave problema social. Em novembro de 1896, no sertão da Bahia, foi iniciado este conflito civil. Esta durou por quase um ano, até 5 de outubro de 1897, e, devido à força adquirida, o governo da Bahia pediu o apoio da República para conter este movimento formado por fanáticos, jagunços e sertanejos sem emprego. O beato Antonio Conselheiro, homem que passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava este movimento. Ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos. Com estas idéias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de adeptos que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam. 
Antônio Vicente Mendes Maciel  o  Antônio Conselheiro   “ È erro daquele que diz que a família real não há de governar mais o Brasil; Se este mundo fosse absoluto, dever-se-ia crer na vossa opinião, mas nada há de absoluto nesse mundo, porque também está sujeito à santíssima providência de Deus, que dissipa o plano dos homens e confunde do modo que quer, sem mover-se de seu trono. A república há de cair por terra para a confusão daquele que conceber tão horrorosa idéia.”
Devido à enorme proporção que este movimento adquiriu o governo da Bahia não conseguiu por si só segurar a grande revolta que acontecia em seu Estado, por esta razão, pediu a interferência da República. Esta, por sua vez, também encontrou muitas dificuldades para conter os fanáticos. Somente no quarto combate, onde as forças da República já estavam mais bem equipadas e organizadas, os incansáveis guerreiros foram vencidos pelo cerco que os impediam de sair do local no qual se encontravam para buscar qualquer tipo de alimento e muitos morreram de fome. . Esta revolta mostra o descaso dos governantes com relação aos grandes problemas sociais do Brasil. Assim como as greves, as revoltas que reivindicavam melhores condições de vida foram tratadas como "casos de polícia" pelo governo republicano. A violência oficial foi usada, muitas vezes em exagero, na tentativa de calar aqueles que lutavam por direitos sociais e melhores condições de vida.
Arraial de Canudos
Política do café-com-leite ,  alternância de mineiros e paulistas na presidência.
Política do Café-com-leite Em decorrência da prática denominada política dos governadores - apoio recíproco entre o nível federal e estadual - os estados de São Paulo e Minas Gerais assumiram forte papel na condução dos rumos políticos e econômicos do Brasil. A alternância na presidência de mineiros e paulistas, ou ainda a associação destes, ficou conhecida como a política do café-com-leite. A explicação para este termo era que São Paulo era produtor de café e Minas Gerais produzia em demasia o leite.
Revolta da Vacina
No ano de 1904, estourou um movimento de caráter popular na cidade do Rio de Janeiro. O motivo que desencadeou a revolta foi a campanha de vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal, contra a varíola. A situação do Rio de Janeiro, no início do século XX, era precária. O médico e sanitarista Oswaldo Cruz foi designado pelo presidente Rodrigues Alves  para ser o chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, com o objetivo de melhorar as condições sanitárias da cidade. A campanha de vacinação obrigatória é colocada em prática em novembro de 1904. Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e violenta. Em alguns casos, os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força, provocando revolta nas pessoas. Essa recusa em ser vacinado acontecia, pois grande parte das pessoas não conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos. A revolta popular aumentava a cada dia, impulsionada também pela crise econômica (desemprego, inflação e alto custo de vida) e a reforma urbana que retirou a população pobre do centro da cidade, derrubando vários cortiços e outros tipos de habitações mais simples. As manifestações populares e conflitos espalham-se pelas ruas da capital brasileira. Populares destroem bondes, apedrejam prédios públicos e espalham a desordem pela cidade. Em 16 de novembro de 1904, o presidente Rodrigues Alves revoga a lei da vacinação obrigatória, colocando nas ruas o exército, a marinha e a polícia para acabar com os tumultos. Em poucos dias a cidade voltava a calma e a ordem.
Hermes da Fonseca (1910-1914)
A candidatura vitoriosa do marechal Hermes da Fonseca nas eleições presidenciais, ocorreram com o rompimento das relações de barganha e dominação política firmadas entre os dois mais importantes Estados da federação, São Paulo e Minas Gerais. Em seu mandato, o presidente Hermes da Fonseca julgou ser possível alterar a correlação de forças políticas entre as oligarquias dominantes tradicionais, beneficiando aliados políticos que eram ligados às oligarquias menos influentes que apoiavam seu governo. O governo de Hermes da Fonseca enfrentou o movimento de revolta social e uma rebelião militar.  Em novembro de 1910, portanto, logo no início do seu mandato, ocorreu a Revolta da Chibata. Foi a maior e mais expressiva revolta de marinheiros ocorrida no Brasil.
Revolta da Chibata em 1910
Entre as principais causas da Revolta da Chibata estão as péssimas condições de trabalho nas embarcações e o código disciplinar em vigor, que previa a aplicação de castigos corporais, as chibatadas, para disciplinar os marinheiros. Indignados com a situação, os marinheiros reivindicaram tratamento mais digno por parte dos comandantes e melhores condições de trabalho. Como não foram atendidos, os marinheiros se revoltaram. Liderados pelo cabo negro João Cândido, os marinheiros se amotinaram assumindo o comando do navio Minas Gerais. Em seguida, receberam apoio dos marinheiros dos navios São Paulo e Bahia. Os revoltosos manobraram as embarcações e ameaçaram bombardear o Rio de Janeiro caso o governo não atendesse suas reivindicações. Exigiram também uma anistia a todos os envolvidos na revolta.
Incapaz de reprimir os revoltosos, o governo federal solicitou ao Congresso a votação de uma lei abolindo a chibata e concedendo anistia. Os marinheiros encerram a revolta acreditando que seus objetivos foram alcançados. Porém, o governo e as autoridades militares não cumpriram com suas promessas, e na primeira oportunidade prendeu e castigou os revoltosos. Diante da atitude do governo, os marinheiros se rebelaram novamente. Mas desta vez, o governo reagiu militarmente e massacrou os revoltosos na Ilha das Cobras. Muitos marinheiros morreram e os que sobreviveram foram presos e enviados para prisões na Amazônia. O líder da Revolta da Chibata, o marinheiro negro João Cândido, sobreviveu e foi internado num hospital para loucos. A revolta fracassou, mas gerou muitas pressões sobre as autoridades políticas e militares que modificariam o código disciplinar de modo a abolir os açoites.
 
Guerra do Contestado
A Guerra do Contestado, em linhas gerais, foi um conflito armado, entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira pretendida pelos Estados do Paraná, Santa Catarina e mesmo pela Argentina. A Guerra do Contestado terá tido origem em conflitos sociais latentes na região, fruto dos desmandos locais, em especial no tocante à regularização da posse de terras por parte dos caboclos. Representando, ao mesmo tempo, a insatisfação da população com sua situação material, o conflito era permeado pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte dos caboclos revoltados, de que se tratava de uma guerra santa.
 
Habitantes da região do Contestado
O Movimento Operário
A presença de operários estrangeiros tornou-se comum nas fábricas e oficinas de São Paulo e do Rio de Janeiro. As fábricas tinham aspecto de prisão, as condições de trabalho eram péssimas, as instalações sanitárias e os equipamentos eram inadequados, as jornadas de trabalho eram excessivas, acidentes graves eram freqüentes e para pagar salários mais baixos, se empregava largamente à mão-de-obra feminina e infantil.As primeiras organizações operárias foram às associações mutualistas, elas tinham por objetivo ajudar os operários em caso de doenças, em perda temporária do trabalho. Em 1917 os operários entraram em greve exigindo o aumento de salário, abolição das multas, mudança no regimento interno da empresa e a regulamentação do trabalho feminino e infantil. E a paralisação geral foi violentamente reprimida pela policia, ocorrendo a morte de um anarquista José Martinez, além de prisões, muitas vezes indicadas pelos patrões que listavam os operários “indesejáveis”. A questão operária tornou-se cada vez mais uma questão de policia, embora o movimento tenha fracassado, aconteceram algumas conquistas como: o aumento de 20% no salário dos trabalhadores e a promessa de que as autoridades estaduais e municipais fiscalizariam as instalações fabris e o trabalho de menores
A industrialização e os trabalhadores fabris
O levante do Forte de Copacabana
Conhecida como uma das primeiras manifestações do movimento tenentista, o Levante do Forte de Copacabana foi uma das mais significativas demonstrações de crise da hegemonia oligárquica. Esta revolta foi ambientada no ano de 1922, período em que acontecia a campanha de sucessão ao governo do presidente Epitácio Pessoa. A disputa eleitoral envolveu Artur Bernardes, representante da oligarquia paulista, e Nilo Peçanha, apoiado pelos militares e oligarcas dissidentes do Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia. ” Os 18 do Forte”: a insatisfação militar contra o predomínio das oligarquias.
Revolução de 1924
A revolução de 1924 está inserida no movimento tenentista, decorrente do levante Copacabana, ocorrido em 5 de julho de 1922, na então capital do Brasil. Liderada pelo General Isidoro Dias Lopes ocorreu em São Paulo a Revolução de 1924. No dia 5 de julho, em São Paulo, cerca de 1000 homens ficaram em locais estratégicos, o objetivo da mobilização era tirar do poder o presidente Artur Bernardes, no entanto, outra vez, o grupo de tenentes não sobressaiu e foi derrotado formando a coluna paulista. Logo depois de sair de São Paulo, o grupo partiu em direção ao interior do estado, liderado por Siqueira Campos Juarez Távora. No mesmo momento, no Rio Grande do Sul, o tenente Luiz Carlos Prestes que discordava com a direção política do Brasil, liderou uma ofensiva militar em Santo Ângelo, seu comando foi em direção ao estado do Paraná encontrar com a coluna paulista. Isso gerou a coluna Prestes que contava com uma numerosa tropa bem equipada de armamentos, tinham como finalidade levar ao interior a luta contra o governo e suas ramificações de poder, percorreram cerca de 20.000 km em doze estados.
Coluna Miguel Costa-Prestes ou Coluna Prestes
A Coluna Prestes foi um movimento político-militar que existiu entre 1925 e 1927 e que foi ligado ao tenentismo. Esse movimento contou com muitos políticos, mas a maior parte do movimento era de capitães e tenentes da classe média. A coluna prestes passou pelo interior do país pregando reformas políticas e sociais e combatendo o governo do presidente Artur Bernardes e depois de Washington Luís. Os integrantes da Coluna Prestes denunciavam a miséria da população e a exploração dos pobres pelos políticos. Em 1927 a marcha foi concluída na Bolívia, e apesar de tudo não deixou de cumprir o objetivo que era divulgar a revolução no Brasil. Então, a Coluna Prestes ajudou a abalar ainda mais o prestígio da República Velha e a preparar a Revolução de 1930.
 
Semana da Arte Moderna   Quadro de Tarsila do Amaral, o Abaporu
Final do séc. XIX e início do séc. XX, o pensamento e a tradição européia estavam se esgotando, os novos artistas e pensadores estavam surgindo para mudar radicalmente o que seus mestres do passado tinham executado e idealizado. A arte moderna surgiu em forma de pintura e escultura. Os artistas na virada do século queriam algo que não fosse parecido com o clássico e nem que copiasse a natureza, queriam uma simplicidade diferente da Renascença e do Barroco. Os impressionistas, primeiros pintores modernos, geralmente escolhiam cenas de exteriores como temas para suas obras: paisagens, pessoas humildes, etc. 
A revolução de 1930 – O fim da República Velha
A 1930 se iniciou em 3 de outubro 1930 e que deu fim na republica velha. A causa dessa revolução foi a quebra do acordo da política do café-com-leite pelo presidente Washington Luis.  Um grupo de oligarquias insatisfeitos, principalmente de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba criaram uma chapa eleitoral contra a candidatura de Júlio Prestes. Essa chapa era conhecida como Aliança Liberal, e essa chapa prometia um conjunto de medidas reformistas. Os liberais defendiam a instituição do voto secreto, o estabelecimento de uma legislação trabalhista e o desenvolvimento da indústria nacional. Washington Luis que sendo paulista indicou outro paulista pra substituir ele. Derrotado nas eleições, que foi considerada como fraude, o candidato da oposição Getulio Vargas aproveitou-se da morte de João Pessoa e liderou o movimento armado contra Washington Luis. O fim da revolução de 1930 foi em 24 de outubro com a deposição de Washington Luis pelos chefes militares. A revolução de 1930 foi vitoriosa, e em 3 de novembro foi a posse de Getulio Vargas como chefe de governo provisório.
Em 3 de novembro, Getúlio Vargas assumiu  a chefia do governo Provisório
Grupo: Nathalia Figueiredo,  Karina Corrêa,  Ursulla Dutra, Yara Leandro, Leonora Fantecelle,  Larissa Rigo & Nicole Fernanda  2M5 – História

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Republica velha

  • 2. A república velha pode ser divida em duas fases: República da Espada e República Oligárquica
  • 4. A República da Espada se iniciou quando os militares lideraram o país politicamente entre os anos de 1889 a 1894. Assim que a monarquia foi derrubada, o governo provisório do marechal Deodoro da Fonseca guiou as decisões tomadas no Brasil. Neste período, foram tomadas algumas decisões de suma importância para o povo brasileiro. Ocorreu a separação oficial entre Igreja e Estado, foi instituído o casamento civil e uma nova bandeira foi criada com o lema “Ordem e Progresso”.
  • 5. Floriano Peixoto Deodoro da Fonseca
  • 6. Apesar de implantada a República da Espada, surgiram as disputas entre qual seria o melhor modelo republicano a ser instaurado. Pelo lado dos militares, a idéia de um regime republicano centralizador era defendida. Mas as oligarquias rurais e os grandes cafeicultores paulistas se opuseram à idéia dos militares, pregavam a implantação de um regime republicano voltado aos estados, assim, não poderiam ser controlados economicamente e nem ter sua administração ameaçada. Queriam com esta proposta aumentar o poder de veto e ampliar seus interesses. Muitos consideram a República da Espada o primeiro período ditatorial no Brasil. As figuras chaves da época foram os marechais Floriano Peixoto e Deodoro da Fonseca. A repressão era forte contra os levantes populares e os simpatizantes de Dom Pedro II.
  • 7.  
  • 8. A posse definitiva de Deodoro da Fonseca na presidência do Brasil ocorreu em 26 de fevereiro de 1891, depois de promulgada a nova Constituição. Da proclamação da República até essa data, considerava-se seu governo como provisório. À sua esquerda, vê-se o vice, Floriano Peixoto.
  • 9. Deodoro da Fonseca foi obrigado a renunciar devido a problemas de saúde, além disso, tinha graves problemas políticos. Os desentendimentos com as oligarquias cafeeiras, grevistas e a Primeira Revolta da Armada levaram Floriano Peixoto a substituir marechal Deodoro. Peixoto assumiu a presidência tomou uma série de decisões: estatizou a moeda, estimulou a indústria, baixou o preço de imóveis e alimentos, repreendeu movimentos monarquistas e proibiu o Jornal do Brasil
  • 10. Floriano de Peixoto (1891-1894)
  • 11. Conquistando a simpatia do povo, Floriano deu início a consolidação da república, mas teve que enfrentar a grande Revolução Federalista do Rio Grande do Sul. Esta revolução terminou em 1895, vencida pelo exército republicano após o governo de Peixoto. Houve também o combate da Segunda Revolta da Armada e da Revolta dos 13 Generais. As duas últimas vencidas pelos republicanos. A República da Espada caiu diante do poder político dos barões do café de São Paulo e dos pecuaristas de Minas Gerais. Assim, foi instituída a República do Café com Leite, dando início a uma nova fase política do Brasil.
  • 13. Revolução Federalista Eclodiu em fevereiro de 1893 no Sul do país e teve como causa a instabilidade política gerada pelos federalistas que pretendiam "libertar o Rio Grande do Sul da tirania de Júlio de Castilhos",o então presidente do estado. A divergência teve início com atritos ocorridos entre aqueles que procuravam a autonomia estadual,frente ao poder federal e seus opositores. Empenharam-se em disputas sangrentas que acabaram por desencadear uma guerra civil, que foi vencida pelos picapaus, seguidores de Júlio de Castilhos.A luta armada atingiu as regiões compreendidas do Sul, Santa Catarina e Paraná.
  • 14. Coronéis e barões do café: típicos representantes das elites durante a República Oligárquica (1894-1930)
  • 15. Prudente de Morais Cafeicultor paulista. (1894-1898)
  • 16. O paulista Prudente de Morais foi o primeiro presidente civil da Primeira República. Sua eleição encerra o período dos governos provisórios dos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto e marca o início do predomínio da oligarquia cafeicultora no poder. Prudente de Morais, porém, assumiu o governo federal num momento em que o país atravessava uma grave crise econômica e um conflito político envolvendo divergências de interesse entre as duas principais facções republicanas: os radicais florianistas e a oligarquia cafeeira. Prudente de Morais pacificou o estado do Rio Grande do Sul e venceu a Guerra de Canudos, essas vitórias fortaleceram seu o governo e seu mandato.
  • 17. Coronelismo Acordo entre o governo estatal e os grandes proprietários de terras
  • 18. O termo coronel significava chefe político de um determinado local que geralmente era dono de terras. Da forma com que prestavam serviços ao Poder Executivo os coronéis ganhavam prestígio e força. O coronelismo foi um período de práticas autoritárias e violentas comandadas pelos coronéis, fato que ocorreu até aproximadamente 1960. Os coronéis controlavam as pessoas da região e as obrigava a realizar fatos e tomar decisões segundo sua vontade. Aproveitavam o fato de que as pessoas eram desinformadas e pouco educadas para motivá-las a fazer segundo o que lhes era proposto. Os coronéis conseguiam formar regimes e tributos em sua região assim como estipular impostos e promover a candidatura de seu elegido. Como possuíam grande quantidade de colonos em suas terras e havia respeito seguido de “medo” por grande parte da população rural da região, os coronéis abusavam do seu prestígio para manipular as pessoas e até obrigá-las sob forma brutal a fazer sua vontade. Essa situação começou a mudar quando as famílias começaram a migrar para os centros urbanos, o que lhes proporcionou acesso à educação, aos direitos que possuíam e aos meios de comunicação. Por causa dessa migração, os coronéis começaram a impor seus desejos através da força e da ameaça, as famílias obedeciam ao seu desejo com medo da violência que poderiam sofrer e temiam que o seu sustento fosse tomado.
  • 20. Voto de Cabresto Na República Velha, o sistema eleitoral era muito frágil e fácil de ser manipulado. Os coronéis compravam votos para seus candidatos ou trocavam votos por bens matérias (pares de sapatos, óculos, alimentos, etc.). Como o voto era aberto, os coronéis mandavam capangas para os locais de votação, com objetivo de intimidar os eleitores e ganhar votos. As regiões controladas politicamente pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais.
  • 22. A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Toda essa situação, em conjunto com o fanatismo religioso, desencadeou um grave problema social. Em novembro de 1896, no sertão da Bahia, foi iniciado este conflito civil. Esta durou por quase um ano, até 5 de outubro de 1897, e, devido à força adquirida, o governo da Bahia pediu o apoio da República para conter este movimento formado por fanáticos, jagunços e sertanejos sem emprego. O beato Antonio Conselheiro, homem que passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava este movimento. Ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos. Com estas idéias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de adeptos que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam. 
  • 23. Antônio Vicente Mendes Maciel o Antônio Conselheiro “ È erro daquele que diz que a família real não há de governar mais o Brasil; Se este mundo fosse absoluto, dever-se-ia crer na vossa opinião, mas nada há de absoluto nesse mundo, porque também está sujeito à santíssima providência de Deus, que dissipa o plano dos homens e confunde do modo que quer, sem mover-se de seu trono. A república há de cair por terra para a confusão daquele que conceber tão horrorosa idéia.”
  • 24. Devido à enorme proporção que este movimento adquiriu o governo da Bahia não conseguiu por si só segurar a grande revolta que acontecia em seu Estado, por esta razão, pediu a interferência da República. Esta, por sua vez, também encontrou muitas dificuldades para conter os fanáticos. Somente no quarto combate, onde as forças da República já estavam mais bem equipadas e organizadas, os incansáveis guerreiros foram vencidos pelo cerco que os impediam de sair do local no qual se encontravam para buscar qualquer tipo de alimento e muitos morreram de fome. . Esta revolta mostra o descaso dos governantes com relação aos grandes problemas sociais do Brasil. Assim como as greves, as revoltas que reivindicavam melhores condições de vida foram tratadas como "casos de polícia" pelo governo republicano. A violência oficial foi usada, muitas vezes em exagero, na tentativa de calar aqueles que lutavam por direitos sociais e melhores condições de vida.
  • 26. Política do café-com-leite , alternância de mineiros e paulistas na presidência.
  • 27. Política do Café-com-leite Em decorrência da prática denominada política dos governadores - apoio recíproco entre o nível federal e estadual - os estados de São Paulo e Minas Gerais assumiram forte papel na condução dos rumos políticos e econômicos do Brasil. A alternância na presidência de mineiros e paulistas, ou ainda a associação destes, ficou conhecida como a política do café-com-leite. A explicação para este termo era que São Paulo era produtor de café e Minas Gerais produzia em demasia o leite.
  • 29. No ano de 1904, estourou um movimento de caráter popular na cidade do Rio de Janeiro. O motivo que desencadeou a revolta foi a campanha de vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal, contra a varíola. A situação do Rio de Janeiro, no início do século XX, era precária. O médico e sanitarista Oswaldo Cruz foi designado pelo presidente Rodrigues Alves para ser o chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, com o objetivo de melhorar as condições sanitárias da cidade. A campanha de vacinação obrigatória é colocada em prática em novembro de 1904. Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e violenta. Em alguns casos, os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força, provocando revolta nas pessoas. Essa recusa em ser vacinado acontecia, pois grande parte das pessoas não conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos. A revolta popular aumentava a cada dia, impulsionada também pela crise econômica (desemprego, inflação e alto custo de vida) e a reforma urbana que retirou a população pobre do centro da cidade, derrubando vários cortiços e outros tipos de habitações mais simples. As manifestações populares e conflitos espalham-se pelas ruas da capital brasileira. Populares destroem bondes, apedrejam prédios públicos e espalham a desordem pela cidade. Em 16 de novembro de 1904, o presidente Rodrigues Alves revoga a lei da vacinação obrigatória, colocando nas ruas o exército, a marinha e a polícia para acabar com os tumultos. Em poucos dias a cidade voltava a calma e a ordem.
  • 30. Hermes da Fonseca (1910-1914)
  • 31. A candidatura vitoriosa do marechal Hermes da Fonseca nas eleições presidenciais, ocorreram com o rompimento das relações de barganha e dominação política firmadas entre os dois mais importantes Estados da federação, São Paulo e Minas Gerais. Em seu mandato, o presidente Hermes da Fonseca julgou ser possível alterar a correlação de forças políticas entre as oligarquias dominantes tradicionais, beneficiando aliados políticos que eram ligados às oligarquias menos influentes que apoiavam seu governo. O governo de Hermes da Fonseca enfrentou o movimento de revolta social e uma rebelião militar. Em novembro de 1910, portanto, logo no início do seu mandato, ocorreu a Revolta da Chibata. Foi a maior e mais expressiva revolta de marinheiros ocorrida no Brasil.
  • 33. Entre as principais causas da Revolta da Chibata estão as péssimas condições de trabalho nas embarcações e o código disciplinar em vigor, que previa a aplicação de castigos corporais, as chibatadas, para disciplinar os marinheiros. Indignados com a situação, os marinheiros reivindicaram tratamento mais digno por parte dos comandantes e melhores condições de trabalho. Como não foram atendidos, os marinheiros se revoltaram. Liderados pelo cabo negro João Cândido, os marinheiros se amotinaram assumindo o comando do navio Minas Gerais. Em seguida, receberam apoio dos marinheiros dos navios São Paulo e Bahia. Os revoltosos manobraram as embarcações e ameaçaram bombardear o Rio de Janeiro caso o governo não atendesse suas reivindicações. Exigiram também uma anistia a todos os envolvidos na revolta.
  • 34. Incapaz de reprimir os revoltosos, o governo federal solicitou ao Congresso a votação de uma lei abolindo a chibata e concedendo anistia. Os marinheiros encerram a revolta acreditando que seus objetivos foram alcançados. Porém, o governo e as autoridades militares não cumpriram com suas promessas, e na primeira oportunidade prendeu e castigou os revoltosos. Diante da atitude do governo, os marinheiros se rebelaram novamente. Mas desta vez, o governo reagiu militarmente e massacrou os revoltosos na Ilha das Cobras. Muitos marinheiros morreram e os que sobreviveram foram presos e enviados para prisões na Amazônia. O líder da Revolta da Chibata, o marinheiro negro João Cândido, sobreviveu e foi internado num hospital para loucos. A revolta fracassou, mas gerou muitas pressões sobre as autoridades políticas e militares que modificariam o código disciplinar de modo a abolir os açoites.
  • 35.  
  • 37. A Guerra do Contestado, em linhas gerais, foi um conflito armado, entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira pretendida pelos Estados do Paraná, Santa Catarina e mesmo pela Argentina. A Guerra do Contestado terá tido origem em conflitos sociais latentes na região, fruto dos desmandos locais, em especial no tocante à regularização da posse de terras por parte dos caboclos. Representando, ao mesmo tempo, a insatisfação da população com sua situação material, o conflito era permeado pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte dos caboclos revoltados, de que se tratava de uma guerra santa.
  • 38.  
  • 39. Habitantes da região do Contestado
  • 41. A presença de operários estrangeiros tornou-se comum nas fábricas e oficinas de São Paulo e do Rio de Janeiro. As fábricas tinham aspecto de prisão, as condições de trabalho eram péssimas, as instalações sanitárias e os equipamentos eram inadequados, as jornadas de trabalho eram excessivas, acidentes graves eram freqüentes e para pagar salários mais baixos, se empregava largamente à mão-de-obra feminina e infantil.As primeiras organizações operárias foram às associações mutualistas, elas tinham por objetivo ajudar os operários em caso de doenças, em perda temporária do trabalho. Em 1917 os operários entraram em greve exigindo o aumento de salário, abolição das multas, mudança no regimento interno da empresa e a regulamentação do trabalho feminino e infantil. E a paralisação geral foi violentamente reprimida pela policia, ocorrendo a morte de um anarquista José Martinez, além de prisões, muitas vezes indicadas pelos patrões que listavam os operários “indesejáveis”. A questão operária tornou-se cada vez mais uma questão de policia, embora o movimento tenha fracassado, aconteceram algumas conquistas como: o aumento de 20% no salário dos trabalhadores e a promessa de que as autoridades estaduais e municipais fiscalizariam as instalações fabris e o trabalho de menores
  • 42. A industrialização e os trabalhadores fabris
  • 43. O levante do Forte de Copacabana
  • 44. Conhecida como uma das primeiras manifestações do movimento tenentista, o Levante do Forte de Copacabana foi uma das mais significativas demonstrações de crise da hegemonia oligárquica. Esta revolta foi ambientada no ano de 1922, período em que acontecia a campanha de sucessão ao governo do presidente Epitácio Pessoa. A disputa eleitoral envolveu Artur Bernardes, representante da oligarquia paulista, e Nilo Peçanha, apoiado pelos militares e oligarcas dissidentes do Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia. ” Os 18 do Forte”: a insatisfação militar contra o predomínio das oligarquias.
  • 46. A revolução de 1924 está inserida no movimento tenentista, decorrente do levante Copacabana, ocorrido em 5 de julho de 1922, na então capital do Brasil. Liderada pelo General Isidoro Dias Lopes ocorreu em São Paulo a Revolução de 1924. No dia 5 de julho, em São Paulo, cerca de 1000 homens ficaram em locais estratégicos, o objetivo da mobilização era tirar do poder o presidente Artur Bernardes, no entanto, outra vez, o grupo de tenentes não sobressaiu e foi derrotado formando a coluna paulista. Logo depois de sair de São Paulo, o grupo partiu em direção ao interior do estado, liderado por Siqueira Campos Juarez Távora. No mesmo momento, no Rio Grande do Sul, o tenente Luiz Carlos Prestes que discordava com a direção política do Brasil, liderou uma ofensiva militar em Santo Ângelo, seu comando foi em direção ao estado do Paraná encontrar com a coluna paulista. Isso gerou a coluna Prestes que contava com uma numerosa tropa bem equipada de armamentos, tinham como finalidade levar ao interior a luta contra o governo e suas ramificações de poder, percorreram cerca de 20.000 km em doze estados.
  • 47. Coluna Miguel Costa-Prestes ou Coluna Prestes
  • 48. A Coluna Prestes foi um movimento político-militar que existiu entre 1925 e 1927 e que foi ligado ao tenentismo. Esse movimento contou com muitos políticos, mas a maior parte do movimento era de capitães e tenentes da classe média. A coluna prestes passou pelo interior do país pregando reformas políticas e sociais e combatendo o governo do presidente Artur Bernardes e depois de Washington Luís. Os integrantes da Coluna Prestes denunciavam a miséria da população e a exploração dos pobres pelos políticos. Em 1927 a marcha foi concluída na Bolívia, e apesar de tudo não deixou de cumprir o objetivo que era divulgar a revolução no Brasil. Então, a Coluna Prestes ajudou a abalar ainda mais o prestígio da República Velha e a preparar a Revolução de 1930.
  • 49.  
  • 50. Semana da Arte Moderna Quadro de Tarsila do Amaral, o Abaporu
  • 51. Final do séc. XIX e início do séc. XX, o pensamento e a tradição européia estavam se esgotando, os novos artistas e pensadores estavam surgindo para mudar radicalmente o que seus mestres do passado tinham executado e idealizado. A arte moderna surgiu em forma de pintura e escultura. Os artistas na virada do século queriam algo que não fosse parecido com o clássico e nem que copiasse a natureza, queriam uma simplicidade diferente da Renascença e do Barroco. Os impressionistas, primeiros pintores modernos, geralmente escolhiam cenas de exteriores como temas para suas obras: paisagens, pessoas humildes, etc. 
  • 52. A revolução de 1930 – O fim da República Velha
  • 53. A 1930 se iniciou em 3 de outubro 1930 e que deu fim na republica velha. A causa dessa revolução foi a quebra do acordo da política do café-com-leite pelo presidente Washington Luis. Um grupo de oligarquias insatisfeitos, principalmente de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba criaram uma chapa eleitoral contra a candidatura de Júlio Prestes. Essa chapa era conhecida como Aliança Liberal, e essa chapa prometia um conjunto de medidas reformistas. Os liberais defendiam a instituição do voto secreto, o estabelecimento de uma legislação trabalhista e o desenvolvimento da indústria nacional. Washington Luis que sendo paulista indicou outro paulista pra substituir ele. Derrotado nas eleições, que foi considerada como fraude, o candidato da oposição Getulio Vargas aproveitou-se da morte de João Pessoa e liderou o movimento armado contra Washington Luis. O fim da revolução de 1930 foi em 24 de outubro com a deposição de Washington Luis pelos chefes militares. A revolução de 1930 foi vitoriosa, e em 3 de novembro foi a posse de Getulio Vargas como chefe de governo provisório.
  • 54. Em 3 de novembro, Getúlio Vargas assumiu a chefia do governo Provisório
  • 55. Grupo: Nathalia Figueiredo, Karina Corrêa, Ursulla Dutra, Yara Leandro, Leonora Fantecelle, Larissa Rigo & Nicole Fernanda 2M5 – História