Bach e pink floyd breve estudo comparativo entre a música clássica e a música...
Vmeb2015BocadoMundo
1. No prato da balança um verso basta
para pesar no outro a minha vida.
Eugénio de Andrade
2. Um samba anuncia: morreu a batucada...
No silêncio que fica, o que se ouve é poesia.
Aqui, Emily Dickinson canta samba.
3. Alegria, beleza e poesia é o que apresenta o novo
cd Boca do Mundo, do MEB. Partindo dos violões, o disco
chega a um baticum que tem sambajazz, bossapop,
sambarock e outros batepapos. Na roda, tudo conversa.
Se tem dor? Tem. Se tem amor? Tem. Humor,
delicadeza e safadeza também tem. O samba nem lamenta
e enche o peito com o ímpeto de alguns grandes poetas.
MEB_Música Extemporânea Brasileira
4. Algumas canções do repertório
Morreu a batucada
_sobre samba de 1939, de Saint Clair Senna
São Sebastião
_a partir de poema de Orides Fontela
Hoje de manhã
_poema de Alberto Caeiro
O silêncio é que fala
_poema de Rainer Maria Rilke
Espera (de verão)
_dois poemas de Eugénio de Andrade
Relicário
_poema de Paulo Leminski
Canção do anjo
_poema de Garcia Lorca
Deserto e mar
_três poemas de Juan Ramón Jiménez
Emily
_poema de Emily Dickinson
5. MEB e as artes plásticas
No palco, sentidos e significados se
interceptam e ultrapassam, determinando ritmos
e espacializações de uma poética visual que se
dirige inteiramente à imaginação do espectador.
Em Boca do Mundo, o artista plástico Ricardo Becker,
com seu trabalho “Belvedere” e a cenografia de Fernando
Mello da Costa são os responsáveis por essa provocação.
6. Ticiana Passos_voz
Eduardo Lyra_percussão
Flávio Luiz_contra-baixos
Zé Luiz Rinaldi_criação, composição e violões
Bruno LT_programações
Marcia Rubin_direção de movimento
Ricardo Becker_instalação “Belvedere”
Fernando Mello da Costa_cenografia
Paulo Denizot_iluminação
Mariana Martins_direção de produção
Pequena Mari Produções_realização
Ficha Técnica
7. Palavra que eu uso me inclui nela
O projeto do MEB_Música Extemporânea Brasileira
possui oficinas e palestras dirigidas a Universidades,
Institutos de Arte e Educação e Escolas. Intitulada Palavra
que eu uso me inclui nela, a série de encontros apresenta o
caráter formador da arte tratando a disposição da escuta e
a relação música, poesia e silêncio.
As palestras e oficinas são ministradas pelo compositor
Zé Luiz Rinaldi, Doutor em Filosofia, pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro, UFRJ.
8.
9. O que mais impressiona no trabalho de Zé Luiz Rinaldi, é vê-lo manter
unido e indissociável: melodia, emoção e conceito. Tempo e Espaço
passam a ser música afetiva. Com esta "falsa" simplicidade temos
nossa inteligência enganada, e, quando percebemos, já escutamos o
eco desta música dentro de nós mesmos, sem defesas. Certamente é
uma música que toca quem a ouve e transforma o que se vê.
Bia Lessa - Diretora Teatral
10. Quem conhece a encantadora personalidade de Zé Luiz Rinaldi
se dá conta de uma perfeita harmonia com sua sensibilidade e
musicalidade inspirada no espírito de Satie.
Zé Luiz sugere, por exemplo, uma fuga, de maneira inteligente
dirigindo seu trabalho por caminhos que popularizam o erudito
e oferecem um tratamento mais requintado ao popular. Assim,
atinge seus objetivos num resultado bem acabado, que, sem
dúvida, agradará ao ouvinte.
Jocy de Oliveira - Compositora
11. A música de Zé Luiz Rinaldi tem a força da originalidade, que não
pede licença e dá o recado. Resgata uma elegância tão importante
na linguagem da música popular brasileira. É um músico que combina
diferentes referências, sem no entanto deixar de colocar sempre a
sua marca pessoal.
Livio Tragtemberg - Compositor
12. Zé Luiz Rinaldi, é dono de um talento ímpar e enorme personalidade. Seus trabalhos são
reconhecíveis não só pelos recursos inovadores, mas pelo acabamento impecável que nos permite
ouvir suas harmônicas composições e identificá-las. Nesta época, onde quase tudo é igual a quase
tudo, há ressonância pessoal em suas composições.
Ulysses Cruz - Diretor de TV e Teatro
13. ACASO
Faça os gestos certos,
o destino vai ser teu aliado,
ouço uma voz dizendo
do fundo mais fundo do passado.
Hoje, não faço nada direito,
que é preciso muito mais peito
pra fazer tudo de qualquer jeito.
Ai do acaso,
se não ficar do meu lado.
Paulo Leminski