[1] O documento discute diferentes tipos de diagramas que podem ser usados para organizar ideias e compartilhar informações de forma visual, incluindo diagramas de compreensão, conectividade, influência e comunicação. [2] Esses diagramas ajudam a ilustrar como sistemas funcionam e como componentes estão relacionados de forma mais clara do que apenas texto. [3] A escolha do tipo de diagrama depende do objetivo, como sintetizar informações, analisar relações ou apresentar uma ideia para outros.
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
PENSANDO POR DIAGRAMAS
1. EDPII – Profa. Alexandra Bujokas
PENSANDO POR DIAGRAMAS
Metodologias para o desenvolvimento dos projetos de EDPI
Esta aula é baseada no recurso educacional aberto “Systems diagramming” do projeto
Open Learn da The Open University, Reino Unido. O curso original está disponível em
<http://www.open.edu/openlearn/science-maths-technology/computing-and-
ict/systems-computer/systems-diagramming/content-section-0>
2. O QUE SÃO DIAGRAMAS?
Olhe à sua volta: os diagramas estão em toda parte.
Você pode citar alguns exemplos?
O princípio dos diagramas está na nossa mente: o tempo todo construímos modelos de
como as coisas funcionam, com base nas experiências que vamos acumulando desde que
nascemos. Às vezes mantemos os modelos intactos, as vezes os fazemos evoluir, em
função das experiências e das novas informações que vamos adquirindo.
Apesar de esses modelos internos serem pessoais e subjetivos, é a eles que recorremos
quando precisamos compartilhar ideias com os outros, quando comparamos nossos
diagramas mentais com aqueles das outras pessoas. Nesse processo, construímos
modelos externos, onde os padrões de ideias, soluções ou atividades são projetados para
serem reconhecidos e compreendidos por muitas pessoas ao mesmo tempo.
Pense em modelos desse tipo que você conhece.
3.
4.
5. VISUALIZADORES x VERBALIZADORES
Por uma série de razões não rastreáveis ao longo da vida, algumas pessoas
desenvolvem melhor a capacidade de pensar visualmente. Outras preferem
material textual.
O primeiro grupo é o dos chamados “visualizadores” o segundo é o dos
“verbalizadores”. Não há nada de errado com qualquer uma dessas tendências,
mas em assuntos como pensamento sistêmico, problemas complexos, assuntos
complicados nas áres de ciência sociais, economia ou tecnologia, juntar textos e
diagramas costuma ser uma tarefa mais produtiva do que focar a atenção em
somente uma dessas formas de expressão e registro.
Além disso, é relevante lembrar que esses problemas em geral são tratados em
equipes e que, num grupo, certamente haverá gente que prefere o visual e
gente que prefere o verbal. Assim, o ideal é que os visualizadores aprendam a
verbalizar e os verbalizadores aprendam a visualizar.
6. TRÊS RAZÕES PARA USAR OS DIAGRAMAS
Eles ilustram como alguma coisa funciona;
Eles demonstram mais claramente o modo como objetos, ideias ou
quantidades são organizadas e estão relacionadas;
Eles desenvolvem aspectos de um texto e o tornam mais prazeroso para
ser lido;
Uma das características fundamentais dos diagramas é a interligação dos
componentes dentro deles. Compreender tais situações desafia nossas
habilidades descritivas. Usar apenas palavras em situações como essas pode confundir
nossa mente ou deturpar a situação em análise.
Os diagramas permitem que a gente leia os conceitos-chave na forma de palavras mas
também as relações entre eles. É o caso da figura 1 a seguir que descreve o processo de
pagamento mediante performance. Imagine que trabalho homérico seria descrever toda
essa cadeia de ideias em um texto linear. Mesmo que você conseguisse, ao final, daria
ao seu leitor a ideia de que um ponto é o de partida quando, na verdade, podem ser
outros.
8. COMO FAZER?
6 TIPOS DE DIAGRAMAS
Um tutorial em Flash (em inglês) sobre os modos de fazer esses diagramas
está disponível em: <http://systems.open.ac.uk/materials/T552/>
9. 1
Diagramas de compreensão
Começam no centro da folha de papel. São construídos a partir de uma ideia
inicial mais geral que vai se ramificando como a copa de uma árvore e se
tornando mais específica ao final de cada “galho”. Esta técnica é
particularmente útil para analisar informação impressa, que pode ser muito
difícil de entender. Use para sintetizar as ideias de um texto, por exemplo. Ao
final, você consegue ver como o autor articulou suas ideias. A limitação desse
tipo de diagrama é que ele estabelece ligações lógicas lineares entre a ideia
central e as periféricas, e te ajuda na compreensão simplificada de um
problema, mas falha quando você precisa construir uma ideia criativa.
10. 2
Diagramas de conectividade
Diagramas de conectividade oferecem uma maneira mais eficiente de colocar
mais ordem no exercício de compreender uma situação. Crie figuras ovais e
nomeie cada uma dessas figuras . Você pode incluir palavras que o ajudam a
caracterizar cada um desses ovais. Depois indique as relações entre elas.
Outra forma é criar um mapa de sistemas. Cada figura oval constitui um sub-
sistema dentro do sistema . Nesse diagrama, uma linha circular ou oval é
traçada em torno de um grupo de elementos para mostrar que as coisas fora
da linha são parte do meio ambiente, enquanto aqueles no interior da linha
são parte do sistema . Não existem linhas que ligam elementos, sub-sistemas
ou sistemas em um mapa sistemas. Ele é tão somente uma declaração da
estrutura de como você vê o problema na sua mente.
11. 3
Diagramas de influência
São desenvolvidos a partir de mapas e sistemas e servem para indicar os
locais onde um elemento da situação tem influência sobre outro. As setas
indicam a direção da influência e as linhas entre os elementos podem ser de
diferentes espessuras, cor ou estilo, para diferenciar, por exemplo, influência
forte ou fraca. A influência se dá no nível dos sistemas (aqueles ovais
descritos no modelo anterior), isto é os subsistemas não podem influenciar
os sistemas; os sistemas e subsistemas não podem influenciar o ambiente.
Se essa regra de sintaxe não for respeitada, o mapa vira uma confusão que
ninguém entende. Às vezes nem quem o criou
12. 4
Diagramas para análise adicional ou
construção de modelos quantitativos
São usados para obter uma compreensão mais ampla das conectividades de
uma situação. São também chamados de diagramas de causas múltiplas e
podem ser convertidos em gráficos de sinais, de forma a indicar se a causa
tem um efeito positivo ou um efeito negativo. É preciso ter um
conhecimento muito amplo e profundo da situação para criar um diagrama
desses, para poder ter certeza sobre as cadeias causais em uma situação e
os efeitos que possam vir a ter. São diagramas úteis para determinar as
variáveis e relações necessárias para um modelo quantitativo matemático.
13. 5
Diagramas para diagnósticos
Na medida em que as conectividades de um diagrama se aprimoram muitas
possibilidades podem ser trazidas à tona e é possível pensar no que poderia
acontecer conforme os elementos variassem. Trata-se de um modelo
dinâmico que consegue enxergar os momentos ou locais em que o
subsistema funcionou de forma satisfatória isoladamente, mas as interações
entre as conexões geraram falhas que afetaram o sistema como um todo.
14. 6
Diagramas para comunicação
Servem para apresentar uma ideia para um grupo e, por isso, devem seguir
convenções que são amplamente compreendidas. Alguns dos modelos
apresentados anteriormente servem também à comunicação. Mas um típico
diagrama de comunicação tem as seguintes características: 1. tem um título
que sintetiza a ideia geral; 2. é grande, claro e bem organizado na superfície
plana; 3. faz uso de cores, setas e ícones facilmente reconhecíveis; 4. Traz
anotações e comentários para facilitar a compreensão de aspectos
específicos; 5. Faz mais sentido quando acompanha uma explanação.