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3.1 – A especificidade do Clima Português
A Importância da água
a) A água cobre quase três quartos da superfície terrestre e é
   indispensável à vida de todos os ecossistemas.


b) A    maioria das actividades humanas utiliza a água, sendo a
   Agricultura que , no Mundo e em Portugal, consome maior
   quantidade.

c) Cerca de 2/3 deste bem precioso subsiste em 3 formas : liquido,
    sólido e gasoso, estando distribuído de modo desigual na superfície
    terrestre. Este facto, coloca este recurso numa posição exigente
    que requer planeamento e gestão adequada para minimizar o seu
    risco de escassez.

d) O Ciclo Hidrológico, através de mecanismos de transferência e de
   renovação garante a distribuição da água à superfície terrestre sem
   se perder nem desaparecer.
Condensação – Processo físico que                      Evaporação – Processo físico que
corresponde à mudança da água do                       corresponde à mudança da água do
estado gasoso para o estado líquido                    estado líquido para o estado gasoso




                                           1



                             2




                                                         4
                                       3


Infiltração – Movimento da água por            Transpiração – Passagem da água , presente
acção da gravidade que a obriga a ir           nos seres vivos vegetais e animais , em estado
para o interior do solo.                       líquido, para a atmosfera em estado gasoso
Centros Barométricos
Centros Barométricos – São Centros de acção, constituídos por
Centros Barométricos :
linhas Isobáricas que têmSão linhas valorunem pontos atmosférica,
                          o mesmo que de pressão com igual valor
Isóbaras ou Isobáricas –(Ciclones, Depressões Barométricas)
     -oBaixas Pressões
onde ar circula de forma diferente se for um Anticiclone ou uma
de pressão atmosférica
Depressão Barométrica.
    - Altas Pressões (Anticiclones)

                                                  Centro de baixas
               101
                   5
                                                pressões (depressão
                 101
                    0
                                               barométrica , Ciclone)
                 100
                    5                        O valor da pressão de
                  1000                       cada uma das isóbaras
                     995
                        B-
                                             que o constitui é inferior
                                             ao    valor   da    pressão
                                             normal e esta diminui da
                                             periferia para o interior.
                                             A Isóbara do centro
 O ar desloca-se sempre das altas para       apresenta menor pressão
as baixas pressões, logo nos Ciclones o ar   atmosférica. Representa-
converge.                                    se normalmente pela letra
                                             B ou pelo sinal - .
Centro de Altas Pressões ( Anticiclones)

                                             Centro de Altas pressões
                                                   (Anticiclone)
                  0                         O valor da pressão de
              102
                   5
                                            cada uma das isóbaras
                102
                                            que o constitui é superior
                   0
                103
                                            ao valor da pressão
                 1035
                      1040
                                            normal (1015 milibares
                       A+                   mb) e esta aumenta da
                                            periferia para o interior.
                                              A Isóbara do centro
                                            apresenta maior pressão
                                            atmosférica. Representa-
                                            se    normalmente      pela
                                            letra A ou pelo sinal + .
 O ar desloca-se sempre das altas para
as baixas pressões, logo nos Anticiclones
o ar diverge.
Baixas Pressões (Ciclones, Depressões Barométricas)
           Corte Vertical                                 Corte Horizontal




1 - O ar converge e ascende.
2 - Há um arrefecimento do ar, logo a temperatura do ar diminui.
3 - A Humidade Relativa aumenta. (A humidade relativa varia na razão inversa da
temperatura)
4   -   O ar atinge o Ponto de Saturação.
5   -   Há a formação de nuvens e a sua Condensação.
6   -   Precipitação
7   -   Mau Tempo
Altas Pressões (Anticiclones)
          Corte Vertical                                     Corte Horizontal




1   - O ar diverge e descende.
2   - Há um aquecimento do ar, logo a temperatura do ar aumenta.
3   - A Humidade Relativa diminui. (A humidade relativa varia na razão inversa da temperatura)
4   - O ar afasta-se do Ponto de Saturação.
5   – Não há formação de nuvens e a sua Condensação (Céu Limpo)
6   – Não há Precipitação
7   – Bom Tempo
Circulação do ar nos Centros Barométricos
Circulação do ar nos Centros Barométricos
Baixas Pressões (Ciclones, Depressões Barométricas)
Altas Pressões (Anticiclones)
Variação da pressão atmosférica com a Latitude
  A pressão atmosférica à superfície do globo dispõe-se por faixas, mais ou menos
  paralelas segudo a latitude e alternadamente de baixas e de altas pressões.
  Embora a localização destes Centros Barométricos não seja sempre a mesma, de
  um modo geral eles posicionam-se da seguinte maneira

    RegiãoPressões Polares
     Altas Intertropical
O arRegiões Temperadas
     desloca-se das altas
       Regiões Polares
   Baixas Pressões Subpolares
pressões subtropicais para as
O ar desloca-se das altas
O ar desloca-se equatoriais
baixas pressões das altas as
pressões subtropicais para
pressões Pressõespara as
   Altas Polares Subtropicais
originando os ventos alísios.
                      alísios
baixas pressões subbpolares
baixas pressões subbpolares
Esta convergência proveniente
originando os ventos de Oeste.
                          Oeste
dando origem H.S ventos deCIT
               aos origina a
do Baixas do são osEquatoriais
   H.N e Pressões que mais
Estes ventos
Este ou de Leste.
(Convergência Intertropical)
afectam o território nacional
Estes ventos ventos alíseos
              são frios e secos
Porlongo do ano permitindo que
ao vezes os
dado que Pressões Subtropicais
   Altas são provenientes das
enfraquecem de tal modo que
tenhamos sempre temperaturas
regiões polares. espaços sem
originam grandes ao seu ar
temperadas devido
vento, formando as Subpolares
   Baixas Pressões chamadas
mais quente.
calmas equatoriais ou doldrums.
      Altas Pressões Polares
Localização dos Centros Barométricos no Solstício de
                     Junho (Verão)
No Solstício de Junho os Centros Barométricos estão deslocados para norte
uma vez que o Sol está no mesmo plano do Trópico de Câncer.
Localização dos Centros Barométricos no Solstício de
                  Dezembro (Inverno)
No Solstício de Dezembro os Centros Barométricos estão deslocados para Sul
uma vez que o Sol está no mesmo plano do Trópico de Capricórnio.
As Massas de ar que afectam Portugal
                                                         Massa de ar
                                                         Massa de ar
                                                      Polar Continental
                                                        Polar Marítimo
                                                      Muito frequente
                                                         Massa de ar
                                                      Muitotropical ar
                                                             frequente
                                                      emMassa deno
                                                          Portugal
                                                      em Continental
                                                          Portugal no
                                                      Inverno. Tem
                                                            tropical
                                                      Inverno. Tem
                                                      origem no interior
                                                      Tem origem nas
                                                          Continental
                                                      origem nas nas
                                                      do continente
                                                      regiões tropicais
                                                      Tem origem
                                                      regiões tropicais
                                                      europeuoceânicase
                                                      regiões a médias
                                                      do interior dos
                                                      a aOceano. É um
                                                      e elevadas É um
                                                      no elevadas
                                                      continente.
                                                      Latitudes. É um ar
                                                      latitudes. É um ar
                                                      ar muito seco e
                                                      ar muito húmido
                                                      húmido. Está
                                                      muito frio e seco
                                                      seco e muito
                                                      associada à
                                                      e pode originar a
                                                      quente.
                                                      passagem da
                                                      descida da
                                                      Frente Polar.
                                                      temperatura
                                                      abaixo dos 0ºc.

No Inverno – Devido aos deslocamento para Sul das Baixas Pressões
Subpolares, verifica-se sobre o nosso território a convergência de massas
de ar polares e tropicais, da qual resulta a formação de superfícies
frontais e frentes.
Superfícies frontais e frentes
   Quando duas massas de ar de características muito diferentes convergem e entram em
contacto uma com a outra não se misturam, ou misturam-se muito lentamente, pelo que
ficam separadas por uma zona de transição a que se dá o nome de Superfície Frontal. Esta,
em contacto com a superfície terrestre dá origem à chamada frente.



                                                        Formação e evolução da frente polar




  Superfície Frontal – Superfície     Frente – Linha que resulta da
  de contacto entre duas massas de    intersecção da superfície
  ar com características físicas      frontal com a superfície da
  (temperatura e humidade) muito      terra.
  diferentes.
Superfícies frontais e frentes



                             Quando se verifica um
                             avanço do ar quente sobre
                             o ar frio dá origem a uma
                             Superfície frontal quente
                             e a uma frente quente.



                                 Sistema Frontal
                             Conjunto de duas ou mais
                                frentes associadas

                             Quando se verifica um
                             avanço do ar frio sob o ar
                             quente dá origem a uma
                             Superfície frontal fria e a
                             uma frente fria
Superfície Frontal Fria – Superfície de separação entre       Superfície Frontal Quente – Superfície de separação
                                                    Sistema Frontal massas de ar correspondente ao avanço do ar
duas massas de ar correspondente ao avanço do ar frio         entre duas
sobre o ar quente. A inclinação da frente fria é mais(Corte Vertical)
                                                              quente sobre o ar frio. A inclinação da frente quente é
acentuada do que a quente, dando origem a uma subida          pouco acentuada e o ar quente desloca-se lentamente
rápida e violenta do ar, o que leva a formação de nuvens      sobre o ar frio, o que leva a formação de nuvens de fraco
de grande desenvolvimento vertical, que dão origem a          desenvolvimento vertical e precipitação sob a forma de
aguaceiros e a trovoadas.                                     chuviscos.




    Frente Fria – Linha de contacto de                                            Frente Quente – Linha de contacto
    uma superfície frontal fria com a                                             de uma superfície frontal quente
    superfície terrestre.                                                         com a superfície terrestre.
Sistema Frontal
(Corte Vertical 3D)
Perturbação Frontal (Vista em plano horizontal e Vertical)

                                                             Perturbação Frontal

                                                             Conjunto constituído
                                                             por duas frentes
                                                             contíguas (uma
                                                             quente e outra fria),
                                                             associadas a um
                                                             centro de baixas
                                                             pressões, no interior
                                                             do qual o ar se
                                                             movimenta.
Estados de tempo associados à passagem de uma Perturbação Frontal

Aproximação da frente/superfície frontal quente ao lugar A (ar frio anterior)

          Vertical                          Vertical 3D                          Horizontal




Embora ainda sob a influência do ar frio anterior, a aproximação da frente quente marca o início do
agravamento do estado do tempo:
      1 – Diminuição da Pressão Atmosférica;
     2 – Aumenta a nebulosidade com a formação de nuvens altas e finas;
     3 – Aumenta a Humidade;
     4 – Ocorrem as primeiras precipitações, sob a forma de chuviscos (Chuva miudinha e
     persistente);
     5 – A Temperatura mantém-se relativamente constante ou aumenta gradualmente.
Estados de tempo associados à passagem de uma Perturbação Frontal

     Influência da frente/superfície frontal quente ao lugar A.
          Vertical                        Vertical 3D                        Horizontal




  Aquando da passagem da frente quente, e nos momentos que a precedem, as condições
metereológicas tendem a piorar. Verifica-se então:
     1 – Diminuição da Pressão Atmosférica;
     2 – Céu muito nublado, sobretudo com nuvens de fraco desenvolvimento vertical (pouco
     espessas);
     3 – Ocorrência de chuvas contínuas e de longa duração (chuviscos);
     4 – Temperatura relativamente baixa mas com tendência a subir progressivamente devido à
     aproximação da massa de ar quente;
     5 – Ocorrência de vento fraco.
Estados de tempo associados à passagem de uma Perturbação Frontal


     Após a passagem da frente/superfície frontal quente ao lugar A
       Vertical        (massa de ar quente)
                             Vertical 3D                Horizontal
                                                .




Após a passagem da frente quente e já sob a influência do ar quente verifica-se uma melhoria geral
no estado do tempo:
      1 – Céu limpo ou pouco nublado;
     2 – Curtos períodos de precipitação alternando com períodos de boas abertas (céu limpo);
     3 – Vento fraco ou moderado;
     4 – A temperatura é relativamente elevada para a época.
Estados de tempo associados à passagem de uma Perturbação Frontal

           Influência da frente/superfície frontal fria ao lugar A.
         Vertical                         Vertical 3D                         Horizontal




Com a aproximação e passagem da frente fria surge um novo agravamento no estado do tempo:
      1 – Aumento da velocidade e intensidade do vento;
     2 – Aumenta a nebulosidade com a formação de nuvens de grande desenvolvimento vertical
     (muito espessas), devido à rápida subida do ar quente ao longo da superfície frontal fria;
     3 – Aumenta a Humidade;
     4 – Chuvas intensas e de curta duração acompanhadas de trovoada;
     5 – A Temperatura diminui, devido à aproximação da massa de ar frio do sector posterior.
     6 – A pressão atmosférica aumenta rapidamente.
Estados de tempo associados à passagem de uma Perturbação Frontal

             Após a passagem da frente/superfície frontal fria ao lugar A
                           (massa de ar frio posterior)

            Vertical                          Vertical 3D                           Horizontal




 Depois da passagem da frente fria e já sob a influência do ar frio posterior tende a verificar-se uma
 maior estabilidade no estado do tempo:
       1 – Mudança na direcção do vento;
      2 – Aumenta a pressão atmosférica;
      3 – A nebulosidade diminui com tendência a ficar limpo;
      4 – A precipitação enfraquece, embora possam ainda ocorrer alguns aguaceiros dispersos;
      5 – A Temperatura mantém-se reduzida, devido à presença da massa de ar frio polar, mas com
      tendência a aumentar gradualmente.
Superfície Frontal e a sua génese
                                           Frente Estacionária




                                    Frontogénese
                         Processo que leva à formação de uma
                       perturbação da frente polar. O ar polar tende
                       a deslocar-se para Sul, em direcção ao
                       Equador, enquanto o ar tropical tende a
                       movimentar-se para Norte, em direcção ás
                       regiões polares. Ao encontrarem-se, entram
                       em conflito, acabando por se interpenetrar.
                       Enquanto não surge a ondulação ou esta é
                       ainda pouco nítida, a frente polar diz-se
                       estacionária.
                       Porém,      quando      a     ondulação     é
                       suficientemente pronunciada, diferenciam-se
                       sectores de ar frio polar e de ar quente
                       tropical,  separados      pelas   respectivas
                       superfícies frontais e frentes originando os
                       Sistemas Frontais.
Superfície Frontal e a sua oclusão Frente Oclusa
                                                                                   Zona de transição onde uma
                                                                                   frente fria, ao mover-se mais
                                                                                   depressa, ultrapassa e obstrui
                                                                                   uma frente quente, provocando a
                                                                                   elevação de todo o ar quente
                                                                                   (efeito de bolha)

                                                                                                Frontólise
                                                                                    Processo que leva à morte ou
                                                                                    oclusão de uma perturbação de
                                                                                    frente polar. O período de vida de
                                                                                    um      sistema      frontal    ou
                                                                                    perturbação frontal é geralmente
                                                                                    muito curto, não indo além dos
                                                                                    dois a três dias, e apenas
                                                                                    raramente poderá atingir cerca de
                                                                                    uma semana.




  - O ar frio posterior ao        - A superfície frontal fria    - A frente fria acaba por alcançar a
penetrar em forma de cunha      progride      com      maior    frente quente o que origina a frente
sob o ar quente que se lhe      velocidade que a superfície     oclusa, pelo que o ar frio posterior
segue, obriga-o a subir mais    frontal quente. O ar quente     junta-se ao ar frio anterior obrigando
rapidamente.                    vai sofrendo um progressivo     todo o ar quente a subir.
                                estrangulamento.
Evolução de uma perturbação da frente polar (Frontogénese à Frontólise)
http://www.metoffice.gov.uk/weather/uk/surface_pressure.html



http://www.weather.ul.pt/satellite.php



http://www.meteorologia.xl.pt/



http://tempo.sapo.pt/local/moimenta_da_beira
Os tipos de Precipitação mais frequentes
      Para que aconteça qualquer forma de precipitação é necessário que haja nuvens e
para que estas se formem é imprescindível que tenha havido uma subida do ar capaz de
lhe provocar um arrefecimento suficiente para ser ultrapassado o ponto de saturação e
haver lugar à condensação do vapor de água.
      Sendo assim, de acordo com o mecanismo que provoca a subida do ar e o seu
consequente arrefecimento, podemos distinguir três tipos de precipitação:


              1- Precipitação Frontal ou Ciclónica.


              2- Precipitação Orográfica ou de relevo.


             3 - Precipitação Convectiva ou de Convecção.
A distribuição da Precipitação em Portugal

     A distribuição da precipitação em Portugal denota uma grande irregularidade a
   nível do tempo ( Intra Anual e Interanual) e do espaço.

     Tal facto deve-se essencialmente à influência da Latitude, Altitude e à
   Continentalidade.

Latitude - O Norte é mais pluvioso porque é mais afectado pela passagem das
   perturbações frontais enquanto que o Sul regista menores valores de Precipitação
   porque é sobretudo influenciado pelos Anticiclones Subtropicais e pelas Massas de
   ar Tropicais.


Altitude - As regiões de maior altitude registam valores de maior precipitação
   principalmente Precipitação do tipo Orográfico ou de relevo.


Continentalidade - Os lugares mais próximos do Oceano (Litoral) têm tendência a
   registar valores de precipitação anual superiores àqueles que se verificam nos
   lugares situados mais no interior dos Continentes.
Estados de Tempo mais frequentes em Portugal - Inverno
  Situação meteorológica mais comum
                                        No Inverno, Portugal é afectado
                                       pelos sistemas frontais e pelas
                                       depressões barométricas.
                                       Deslocam-se de Oeste para
                                       Leste, em vagas sucessivas. As
                                       perturbações da frente polar
                                       encontram-se, por esta altura,
                                       extremamente activas, dando
                                       origem a “mau tempo”
                                       caracterizado por:
1- Céu muito nublado;
                                        
2- Precipitação mais ou menos abundantes e vento moderado ou forte;
3- As temperaturas médias diurnas e mensais são relativamente baixas,
devido à maior inclinação dos raios solares e à menor duração do dia.
2ª situação meteorológica de Inverno
A situação meteorológica atrás descrita, sendo embora dominante, não é única
nesta estação do ano:
                                          Frequentemente, devido ao intenso
                                       arrefecimento do ar em contacto
                                       com o solo muito frio, forma-se na
                                       Península Ibérica um Anticiclone
                                       térmico. Este constitui uma
                                       barreira às perturbações
                                       frontais provenientes de Oeste.
                                       Neste caso, o tempo é
                                       caracterizado por:
1 - dias luminosos e secos,
2- céu limpo e temperatura elevada nos lugares abrigados. Mas onde
sopra o vento, sente-se frio e durante a noite arrefece tanto que de
madrugada se desenvolve geada.
Estados de Tempo mais frequentes em Portugal - Verão
Situação meteorológica mais comum
                                             No Verão, Portugal está sob a
                                            influência das altas pressões
                                            subtropicais, com especial
                                            destaque para o Anticiclone
                                            dos Açores. Perante as
                                            condições referidas, domina
                                            nesta estação o “bom tempo”,
                                                                 tempo”
                                            que é caracterizado por:

1 - Céu pouco nublado ou limpo;
2 - Vento moderado ou fraco;
3 - As temperaturas médias são relativamente elevadas, devido à menor
inclinação dos raios solares e os dias são maiores do que as noites.
2ª situação meteorológica de Verão
A situação meteorológica atrás descrita, sendo embora dominante, não é única
nesta estação do ano:
                                          Frequentemente, devido ao
                                        elevado aquecimento diurno
                                        verificado no interior da Península
                                        Ibérica, forma-se sobre ela uma
                                        Depressão Barométrica
                                        responsável pela ocorrência de
                                        Precipitação Convectiva . Neste
                                        caso, o tempo é caracterizado
                                        por:
1 - dias quentes,
2- Vento fresco do quadrante norte (nortada).
3 – Ocorrência de chuvas fortes e trovoadas.
Climas de Portugal
 Norte Litoral – Clima Temperado Marítimo
1 – Verões frescos e Invernos suaves.
2 – Reduzidas Amplitudes Térmicas Anuais.
3 – Precipitações mais ou menos abundantes
principalmente no Outono e Inverno
Norte Interior – Clima Temperado Continental
1 – Verões muito quentes e Invernos frios e
longos.
2 – Elevadas Amplitudes Térmicas Anuais.
3 – Precipitações menos intensas e frequentes
Sul – Clima Temperado Mediterrânico
1 – Verões muito quentes longos e secos e
Invernos curtos e suaves.
2 – Precipitações escassas e irregulares e
ocorrem principalmente no Outono e Inverno

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Superfícies frontais

  • 1. 3.1 – A especificidade do Clima Português
  • 2. A Importância da água a) A água cobre quase três quartos da superfície terrestre e é indispensável à vida de todos os ecossistemas. b) A maioria das actividades humanas utiliza a água, sendo a Agricultura que , no Mundo e em Portugal, consome maior quantidade. c) Cerca de 2/3 deste bem precioso subsiste em 3 formas : liquido, sólido e gasoso, estando distribuído de modo desigual na superfície terrestre. Este facto, coloca este recurso numa posição exigente que requer planeamento e gestão adequada para minimizar o seu risco de escassez. d) O Ciclo Hidrológico, através de mecanismos de transferência e de renovação garante a distribuição da água à superfície terrestre sem se perder nem desaparecer.
  • 3. Condensação – Processo físico que Evaporação – Processo físico que corresponde à mudança da água do corresponde à mudança da água do estado gasoso para o estado líquido estado líquido para o estado gasoso 1 2 4 3 Infiltração – Movimento da água por Transpiração – Passagem da água , presente acção da gravidade que a obriga a ir nos seres vivos vegetais e animais , em estado para o interior do solo. líquido, para a atmosfera em estado gasoso
  • 4. Centros Barométricos Centros Barométricos – São Centros de acção, constituídos por Centros Barométricos : linhas Isobáricas que têmSão linhas valorunem pontos atmosférica, o mesmo que de pressão com igual valor Isóbaras ou Isobáricas –(Ciclones, Depressões Barométricas) -oBaixas Pressões onde ar circula de forma diferente se for um Anticiclone ou uma de pressão atmosférica Depressão Barométrica. - Altas Pressões (Anticiclones) Centro de baixas 101 5 pressões (depressão 101 0 barométrica , Ciclone) 100 5 O valor da pressão de 1000 cada uma das isóbaras 995 B- que o constitui é inferior ao valor da pressão normal e esta diminui da periferia para o interior. A Isóbara do centro O ar desloca-se sempre das altas para apresenta menor pressão as baixas pressões, logo nos Ciclones o ar atmosférica. Representa- converge. se normalmente pela letra B ou pelo sinal - .
  • 5. Centro de Altas Pressões ( Anticiclones) Centro de Altas pressões (Anticiclone) 0 O valor da pressão de 102 5 cada uma das isóbaras 102 que o constitui é superior 0 103 ao valor da pressão 1035 1040 normal (1015 milibares A+ mb) e esta aumenta da periferia para o interior. A Isóbara do centro apresenta maior pressão atmosférica. Representa- se normalmente pela letra A ou pelo sinal + . O ar desloca-se sempre das altas para as baixas pressões, logo nos Anticiclones o ar diverge.
  • 6. Baixas Pressões (Ciclones, Depressões Barométricas) Corte Vertical Corte Horizontal 1 - O ar converge e ascende. 2 - Há um arrefecimento do ar, logo a temperatura do ar diminui. 3 - A Humidade Relativa aumenta. (A humidade relativa varia na razão inversa da temperatura) 4 - O ar atinge o Ponto de Saturação. 5 - Há a formação de nuvens e a sua Condensação. 6 - Precipitação 7 - Mau Tempo
  • 7. Altas Pressões (Anticiclones) Corte Vertical Corte Horizontal 1 - O ar diverge e descende. 2 - Há um aquecimento do ar, logo a temperatura do ar aumenta. 3 - A Humidade Relativa diminui. (A humidade relativa varia na razão inversa da temperatura) 4 - O ar afasta-se do Ponto de Saturação. 5 – Não há formação de nuvens e a sua Condensação (Céu Limpo) 6 – Não há Precipitação 7 – Bom Tempo
  • 8. Circulação do ar nos Centros Barométricos
  • 9. Circulação do ar nos Centros Barométricos
  • 10. Baixas Pressões (Ciclones, Depressões Barométricas)
  • 12. Variação da pressão atmosférica com a Latitude A pressão atmosférica à superfície do globo dispõe-se por faixas, mais ou menos paralelas segudo a latitude e alternadamente de baixas e de altas pressões. Embora a localização destes Centros Barométricos não seja sempre a mesma, de um modo geral eles posicionam-se da seguinte maneira RegiãoPressões Polares Altas Intertropical O arRegiões Temperadas desloca-se das altas Regiões Polares Baixas Pressões Subpolares pressões subtropicais para as O ar desloca-se das altas O ar desloca-se equatoriais baixas pressões das altas as pressões subtropicais para pressões Pressõespara as Altas Polares Subtropicais originando os ventos alísios. alísios baixas pressões subbpolares baixas pressões subbpolares Esta convergência proveniente originando os ventos de Oeste. Oeste dando origem H.S ventos deCIT aos origina a do Baixas do são osEquatoriais H.N e Pressões que mais Estes ventos Este ou de Leste. (Convergência Intertropical) afectam o território nacional Estes ventos ventos alíseos são frios e secos Porlongo do ano permitindo que ao vezes os dado que Pressões Subtropicais Altas são provenientes das enfraquecem de tal modo que tenhamos sempre temperaturas regiões polares. espaços sem originam grandes ao seu ar temperadas devido vento, formando as Subpolares Baixas Pressões chamadas mais quente. calmas equatoriais ou doldrums. Altas Pressões Polares
  • 13. Localização dos Centros Barométricos no Solstício de Junho (Verão) No Solstício de Junho os Centros Barométricos estão deslocados para norte uma vez que o Sol está no mesmo plano do Trópico de Câncer.
  • 14. Localização dos Centros Barométricos no Solstício de Dezembro (Inverno) No Solstício de Dezembro os Centros Barométricos estão deslocados para Sul uma vez que o Sol está no mesmo plano do Trópico de Capricórnio.
  • 15. As Massas de ar que afectam Portugal Massa de ar Massa de ar Polar Continental Polar Marítimo Muito frequente Massa de ar Muitotropical ar frequente emMassa deno Portugal em Continental Portugal no Inverno. Tem tropical Inverno. Tem origem no interior Tem origem nas Continental origem nas nas do continente regiões tropicais Tem origem regiões tropicais europeuoceânicase regiões a médias do interior dos a aOceano. É um e elevadas É um no elevadas continente. Latitudes. É um ar latitudes. É um ar ar muito seco e ar muito húmido húmido. Está muito frio e seco seco e muito associada à e pode originar a quente. passagem da descida da Frente Polar. temperatura abaixo dos 0ºc. No Inverno – Devido aos deslocamento para Sul das Baixas Pressões Subpolares, verifica-se sobre o nosso território a convergência de massas de ar polares e tropicais, da qual resulta a formação de superfícies frontais e frentes.
  • 16. Superfícies frontais e frentes Quando duas massas de ar de características muito diferentes convergem e entram em contacto uma com a outra não se misturam, ou misturam-se muito lentamente, pelo que ficam separadas por uma zona de transição a que se dá o nome de Superfície Frontal. Esta, em contacto com a superfície terrestre dá origem à chamada frente. Formação e evolução da frente polar Superfície Frontal – Superfície Frente – Linha que resulta da de contacto entre duas massas de intersecção da superfície ar com características físicas frontal com a superfície da (temperatura e humidade) muito terra. diferentes.
  • 17. Superfícies frontais e frentes Quando se verifica um avanço do ar quente sobre o ar frio dá origem a uma Superfície frontal quente e a uma frente quente. Sistema Frontal Conjunto de duas ou mais frentes associadas Quando se verifica um avanço do ar frio sob o ar quente dá origem a uma Superfície frontal fria e a uma frente fria
  • 18. Superfície Frontal Fria – Superfície de separação entre Superfície Frontal Quente – Superfície de separação Sistema Frontal massas de ar correspondente ao avanço do ar duas massas de ar correspondente ao avanço do ar frio entre duas sobre o ar quente. A inclinação da frente fria é mais(Corte Vertical) quente sobre o ar frio. A inclinação da frente quente é acentuada do que a quente, dando origem a uma subida pouco acentuada e o ar quente desloca-se lentamente rápida e violenta do ar, o que leva a formação de nuvens sobre o ar frio, o que leva a formação de nuvens de fraco de grande desenvolvimento vertical, que dão origem a desenvolvimento vertical e precipitação sob a forma de aguaceiros e a trovoadas. chuviscos. Frente Fria – Linha de contacto de Frente Quente – Linha de contacto uma superfície frontal fria com a de uma superfície frontal quente superfície terrestre. com a superfície terrestre.
  • 20. Perturbação Frontal (Vista em plano horizontal e Vertical) Perturbação Frontal Conjunto constituído por duas frentes contíguas (uma quente e outra fria), associadas a um centro de baixas pressões, no interior do qual o ar se movimenta.
  • 21. Estados de tempo associados à passagem de uma Perturbação Frontal Aproximação da frente/superfície frontal quente ao lugar A (ar frio anterior) Vertical Vertical 3D Horizontal Embora ainda sob a influência do ar frio anterior, a aproximação da frente quente marca o início do agravamento do estado do tempo: 1 – Diminuição da Pressão Atmosférica; 2 – Aumenta a nebulosidade com a formação de nuvens altas e finas; 3 – Aumenta a Humidade; 4 – Ocorrem as primeiras precipitações, sob a forma de chuviscos (Chuva miudinha e persistente); 5 – A Temperatura mantém-se relativamente constante ou aumenta gradualmente.
  • 22. Estados de tempo associados à passagem de uma Perturbação Frontal Influência da frente/superfície frontal quente ao lugar A. Vertical Vertical 3D Horizontal Aquando da passagem da frente quente, e nos momentos que a precedem, as condições metereológicas tendem a piorar. Verifica-se então: 1 – Diminuição da Pressão Atmosférica; 2 – Céu muito nublado, sobretudo com nuvens de fraco desenvolvimento vertical (pouco espessas); 3 – Ocorrência de chuvas contínuas e de longa duração (chuviscos); 4 – Temperatura relativamente baixa mas com tendência a subir progressivamente devido à aproximação da massa de ar quente; 5 – Ocorrência de vento fraco.
  • 23. Estados de tempo associados à passagem de uma Perturbação Frontal Após a passagem da frente/superfície frontal quente ao lugar A Vertical (massa de ar quente) Vertical 3D Horizontal . Após a passagem da frente quente e já sob a influência do ar quente verifica-se uma melhoria geral no estado do tempo: 1 – Céu limpo ou pouco nublado; 2 – Curtos períodos de precipitação alternando com períodos de boas abertas (céu limpo); 3 – Vento fraco ou moderado; 4 – A temperatura é relativamente elevada para a época.
  • 24. Estados de tempo associados à passagem de uma Perturbação Frontal Influência da frente/superfície frontal fria ao lugar A. Vertical Vertical 3D Horizontal Com a aproximação e passagem da frente fria surge um novo agravamento no estado do tempo: 1 – Aumento da velocidade e intensidade do vento; 2 – Aumenta a nebulosidade com a formação de nuvens de grande desenvolvimento vertical (muito espessas), devido à rápida subida do ar quente ao longo da superfície frontal fria; 3 – Aumenta a Humidade; 4 – Chuvas intensas e de curta duração acompanhadas de trovoada; 5 – A Temperatura diminui, devido à aproximação da massa de ar frio do sector posterior. 6 – A pressão atmosférica aumenta rapidamente.
  • 25. Estados de tempo associados à passagem de uma Perturbação Frontal Após a passagem da frente/superfície frontal fria ao lugar A (massa de ar frio posterior) Vertical Vertical 3D Horizontal Depois da passagem da frente fria e já sob a influência do ar frio posterior tende a verificar-se uma maior estabilidade no estado do tempo: 1 – Mudança na direcção do vento; 2 – Aumenta a pressão atmosférica; 3 – A nebulosidade diminui com tendência a ficar limpo; 4 – A precipitação enfraquece, embora possam ainda ocorrer alguns aguaceiros dispersos; 5 – A Temperatura mantém-se reduzida, devido à presença da massa de ar frio polar, mas com tendência a aumentar gradualmente.
  • 26. Superfície Frontal e a sua génese Frente Estacionária Frontogénese Processo que leva à formação de uma perturbação da frente polar. O ar polar tende a deslocar-se para Sul, em direcção ao Equador, enquanto o ar tropical tende a movimentar-se para Norte, em direcção ás regiões polares. Ao encontrarem-se, entram em conflito, acabando por se interpenetrar. Enquanto não surge a ondulação ou esta é ainda pouco nítida, a frente polar diz-se estacionária. Porém, quando a ondulação é suficientemente pronunciada, diferenciam-se sectores de ar frio polar e de ar quente tropical, separados pelas respectivas superfícies frontais e frentes originando os Sistemas Frontais.
  • 27. Superfície Frontal e a sua oclusão Frente Oclusa Zona de transição onde uma frente fria, ao mover-se mais depressa, ultrapassa e obstrui uma frente quente, provocando a elevação de todo o ar quente (efeito de bolha) Frontólise Processo que leva à morte ou oclusão de uma perturbação de frente polar. O período de vida de um sistema frontal ou perturbação frontal é geralmente muito curto, não indo além dos dois a três dias, e apenas raramente poderá atingir cerca de uma semana. - O ar frio posterior ao - A superfície frontal fria - A frente fria acaba por alcançar a penetrar em forma de cunha progride com maior frente quente o que origina a frente sob o ar quente que se lhe velocidade que a superfície oclusa, pelo que o ar frio posterior segue, obriga-o a subir mais frontal quente. O ar quente junta-se ao ar frio anterior obrigando rapidamente. vai sofrendo um progressivo todo o ar quente a subir. estrangulamento.
  • 28. Evolução de uma perturbação da frente polar (Frontogénese à Frontólise)
  • 30. Os tipos de Precipitação mais frequentes Para que aconteça qualquer forma de precipitação é necessário que haja nuvens e para que estas se formem é imprescindível que tenha havido uma subida do ar capaz de lhe provocar um arrefecimento suficiente para ser ultrapassado o ponto de saturação e haver lugar à condensação do vapor de água. Sendo assim, de acordo com o mecanismo que provoca a subida do ar e o seu consequente arrefecimento, podemos distinguir três tipos de precipitação: 1- Precipitação Frontal ou Ciclónica. 2- Precipitação Orográfica ou de relevo. 3 - Precipitação Convectiva ou de Convecção.
  • 31. A distribuição da Precipitação em Portugal A distribuição da precipitação em Portugal denota uma grande irregularidade a nível do tempo ( Intra Anual e Interanual) e do espaço. Tal facto deve-se essencialmente à influência da Latitude, Altitude e à Continentalidade. Latitude - O Norte é mais pluvioso porque é mais afectado pela passagem das perturbações frontais enquanto que o Sul regista menores valores de Precipitação porque é sobretudo influenciado pelos Anticiclones Subtropicais e pelas Massas de ar Tropicais. Altitude - As regiões de maior altitude registam valores de maior precipitação principalmente Precipitação do tipo Orográfico ou de relevo. Continentalidade - Os lugares mais próximos do Oceano (Litoral) têm tendência a registar valores de precipitação anual superiores àqueles que se verificam nos lugares situados mais no interior dos Continentes.
  • 32. Estados de Tempo mais frequentes em Portugal - Inverno Situação meteorológica mais comum No Inverno, Portugal é afectado pelos sistemas frontais e pelas depressões barométricas. Deslocam-se de Oeste para Leste, em vagas sucessivas. As perturbações da frente polar encontram-se, por esta altura, extremamente activas, dando origem a “mau tempo” caracterizado por: 1- Céu muito nublado;   2- Precipitação mais ou menos abundantes e vento moderado ou forte; 3- As temperaturas médias diurnas e mensais são relativamente baixas, devido à maior inclinação dos raios solares e à menor duração do dia.
  • 33. 2ª situação meteorológica de Inverno A situação meteorológica atrás descrita, sendo embora dominante, não é única nesta estação do ano:   Frequentemente, devido ao intenso arrefecimento do ar em contacto com o solo muito frio, forma-se na Península Ibérica um Anticiclone térmico. Este constitui uma barreira às perturbações frontais provenientes de Oeste. Neste caso, o tempo é caracterizado por: 1 - dias luminosos e secos, 2- céu limpo e temperatura elevada nos lugares abrigados. Mas onde sopra o vento, sente-se frio e durante a noite arrefece tanto que de madrugada se desenvolve geada.
  • 34. Estados de Tempo mais frequentes em Portugal - Verão Situação meteorológica mais comum No Verão, Portugal está sob a influência das altas pressões subtropicais, com especial destaque para o Anticiclone dos Açores. Perante as condições referidas, domina nesta estação o “bom tempo”, tempo” que é caracterizado por: 1 - Céu pouco nublado ou limpo; 2 - Vento moderado ou fraco; 3 - As temperaturas médias são relativamente elevadas, devido à menor inclinação dos raios solares e os dias são maiores do que as noites.
  • 35. 2ª situação meteorológica de Verão A situação meteorológica atrás descrita, sendo embora dominante, não é única nesta estação do ano:   Frequentemente, devido ao elevado aquecimento diurno verificado no interior da Península Ibérica, forma-se sobre ela uma Depressão Barométrica responsável pela ocorrência de Precipitação Convectiva . Neste caso, o tempo é caracterizado por: 1 - dias quentes, 2- Vento fresco do quadrante norte (nortada). 3 – Ocorrência de chuvas fortes e trovoadas.
  • 36. Climas de Portugal Norte Litoral – Clima Temperado Marítimo 1 – Verões frescos e Invernos suaves. 2 – Reduzidas Amplitudes Térmicas Anuais. 3 – Precipitações mais ou menos abundantes principalmente no Outono e Inverno
  • 37. Norte Interior – Clima Temperado Continental 1 – Verões muito quentes e Invernos frios e longos. 2 – Elevadas Amplitudes Térmicas Anuais. 3 – Precipitações menos intensas e frequentes
  • 38. Sul – Clima Temperado Mediterrânico 1 – Verões muito quentes longos e secos e Invernos curtos e suaves. 2 – Precipitações escassas e irregulares e ocorrem principalmente no Outono e Inverno