O documento discute os aspectos gerais da microeconomia e macroeconomia. A microeconomia estuda o comportamento de consumidores e empresas individuais, enquanto a macroeconomia analisa agregados como produção, consumo e renda nacional. A microeconomia usa modelos dedutivos para entender decisões complexas de forma simplificada.
1. MICROECONOMIA – ASPECTOS GERAIS:
Microeconomia é ramo da ciência econômica voltada ao estudo do comportamento das
unidades de consumo representadas pelos indivíduos e/ou famílias, ao estudo das empresas,
suas respectivas produções e custos, e ao estudo da geração e preços dos diversos bens e
serviços. Já a Macroeconomia se interessa pelo estudo dos agregados como a produção, o
consumo e a renda da população como um todo.
O entendimento de um fato econômico muitas vezes requer inter-relacionamento entre
ambos os segmentos. Pois os dois gravitam em torno da limitação e do caráter finito dos
recursos produtivos.
A divisão entre Micro e Macro economica se deu por volta da década de 1930.
A microeconomia é abstrata enquanto a macroeconomia estuda questões e medidas
peculiares de uma determinada região em um tempo delimitado.
O critério derradeiro da distinção entre Micro e Macroeconomia se refere aos preços. A
Macro aborda os níveis absolutos de preços, já os preços relativos(como os preços de
alguns bens variam em relação aos demais) são preocupação da Micro.
A microeconomia seria um olhar microscópio sobre o objeto(Consumidor, Firma) . A
macroeconomia é o olhar Telescópio (Nível de Renda, Emprego e desemprego,a poupança,
o nível geral de preços)
A teoria microeconomica é constituída de modelos- São formas auxiliares de compreensão
das complexidades econômicas, na tentativa de retratar a forma como indivíduos
(consumidores) e empresas (produtoras) tomam as decisões.
Os modelos microeonômicos são de natureza dedutiva.Cada vez que os modelos perdem
sua plausibilidade, reformam-se os modelos.
As Deduções teóricas sobre as variáveis que não podem ser mensuradas. Não há um
“utilitômetro” para medir a “utilidade” ou “desutilidade” de um bem ou serviço. Assim na
Microeconomia constantemente são observadas e mensuradas constantemente situações
hipotéticas de causa e efeito (O que aconteceria se?)
A microeconomia serve como um “mapa”. Não tem todas as curvas do caminho, mas serve
como auxilio valoroso aos motoristas.
A microeconomia é positiva ou científica. Não há juízo de valor ou conotação ética nas
suas conclusões. É descritiva. Apresenta uma natureza estático-comparativa (a adoção de
um tributo deve ser analisada no antes e no depois da decisão do governo)
É uma analise de equilíbrio parcial na adoção de condição coeteris paribus. As variáveis
sejam mantidas constantes.
2. Linguagem microeconômica.
Forma Literal: “A lei geral da procura: a quantidade procurada de um bem ou serviço
varia na razão inversa da variação de seus preços, mantidas as demais influências
constantes.”
Forma Tabular ou estatística:
Tabela de Preços
Nível de Preço Quantidade Procurada
40 20
30 80
20 140
10 200
Forma Gráfica:
Preço
40
Curva da demanda do produto X
30
20
10
20 80 140 200
Forma matemática:
Q d = f(P) ( 200= 10 x )
Uma função matemática expressa uma relação entre uma variável dependente
e a(s) variável (is) independentes.
A microeconomia apesar do seu caráter abstrato apresenta significativa importância no
mundo real:
No comércio Internacional: Os países agem como maximadores de
satisfações.
Nos negócios empresariais: A decisão de investir, de aumentar a produção,
de demitir, de admitir, de fazer propaganda, de fechar filiais etc.
Na Política econômica: É possível avaliar os possíveis resultados das
diretrizes ou medidas governamentais.
3. O ESTUDO DA MICROECONOMIA
Genericamente a Microeconomia é concebida como o ramo da ciência econômica voltado
ao estudo do comportamento das unidades de consumo representadas pelos indivíduos e/ou
famílias (estas, desde que caracterizadas por um orçamento único) ao estudo das empresas,
suas respectivas produções e custos, e ao estudo da geração e preços dos diversos bens,
serviços e fatores produtivos. Dessa maneira distingue-se da Macroeconomia, porque esta
se interessa pelo estudo dos agregados como a produção, o consumo e a renda da população
como um todo. A bifurcação da ciência econômica nesses dois grandes ramos data dos
primórdios da década de 1930. Ambos os segmentos gravitam em torno do problema da
limitação e do caráter finito dos recursos produtivos em face das necessidades vitais da
civilização, infinitas e ilimitadas, subjacentes ao ser humano, problemática que embasa e
justifica a razão da existência da economia como ciência. Os critérios adotados para
distinção são entretanto são frágeis dado que a compreensão de qualquer fenômeno requer,
inevitavelmente, o inter-relacionamento das teorias que se inserem tanto no âmbito do
segmento micro como no ramo da macro.
Uma forma de distinguir a Micro da Macro é a análise das formas de comportamento de
variáveis agravadas e das variáveis individuais. Entretanto, agregatividade aqui explicitada
deve ser considerada em termos da homogeneidade ou não do conjunto considerado. Dessa
maneira, se agregados pudesse ser extraído, ao acaso, um elemento como representativo do
padrão do comportamento dos demais, ter-se-ia a área de atuação da Micro; caso contrário,
se não houvesse a possibilidade de isolar um elemento do grupo de modo tal que refletisse
o padrão de comportamento dos demais, entrar-se-ia no campo da Macro. Exemplificando,
os grandes agregados estudados pela macro, como a renda, o emprego e o desemprego, o
consumo, o investimento, a poupança, a nível geral de preços, são todos de natureza, na
forma considerada, heterogênea. Já a Microeconomia está devotada à apreciação das
unidades individuais da economia. Assim, o estudo da teoria do consumidor considera o
comportamento do individuo (ou da família, desde que unidade de consumo) e vai subsidiar
a análise de demanda.; igualmente na teoria da firma que se desdobra em teorias da
produção, dos cursos e dos rendimentos e alicerça a análises da oferta , novamente se tem o
enfoque das formas de comportamento de unidades individuais , no caso, as empresas.
Mas tanto a teoria do consumidor como a teoria da firma permite que sejam inferidos os
instrumentais e/ou as noções subjacentes ‘as demandas e ofertas individuais e de mercado.
Na teoria do consumidor, a Microeconomia enaltece a intenção dos indivíduos em face das
rescpectiva rendas, mde se apropriarem de uma combinação de quantidades de bens tal que
lhes propicie a maximização de suas satisfações. Em outras palavras, originam-se aí as
demandas (individuais e de mercado) que se traduzir-las em rendimentos para as firmas. Já
na teoria da firma, temos a figura do indivíduo-empresário esforçando-se para combinar os
fatores de produção, dada a sua limitação orçamentária, com a intenção de maximizar o
nível de lucro de sua organização. Colocado de outra maneira, obtêm-se pela análise desse
procedimento os elementos necessários à derivação das ofertas individuais e de mercado.
A combinação das quantidades de fatores de produção., bens e/ou serviços que os
consumidores estariam dispostos a adquirir, que geralmente são, infinitas e ilimitadas,
enquanto as quantidades desses elementos que os empresários teriam condições de vender
se traduzem sempre em uma oferta finita e limitada, em face da escassez dos recursos
produtivos, impõe a determinação de um denominador comum, que é o preço.
4. Características Gerais
O ponto inicial a destacar e a exemp0lo do que ocorre no campo das ciências exatas e
mesmo na área das ciências sociais, nas quais o conceito de cultura nada mais é que do que
a caracterização e simplificação da estrutura da sociedade, a microeconomia também lança
mão de modelos. Os modelos globalmente retratam uma construção composta de uma serie
de hipóteses com base nas quais as conclusões são extrapoladas. A abstração não ignora a
complexidade do mundo real, mas constitui uma alternativa factível e necessária para
delinear uma realidade que, de outra maneira, permanece demasiadamente obscura ao
conhecimento humano. Os modelos são forma auxiliares de compreensão das
complexidades econômicas, retratando a forma como os indivíduos tomam decisões, a
maneira como as firma pautam os seus procedimentos, entre outras coisas.
Os modelos utilizados pela Micro são principalmente de natureza dedutiva, o que
caracteriza, conseqüentemente, como uma ciência de natureza dedutiva ou teórica. Dentro
desta tônica, com base numa situação real, são selecionadas as variáveis mais relevantes aos
fenômenos sob análise, permitindo a manusiabilidade das complexidades da realidade;
obtido assim um modelo lógico, mediante deduções adequadas, são inferidas conclusões de
natureza abstrata, as quais, convenientemente interpretadas com argumentos consentâneos à
realidade do exterior, tornam plausível o retorno ao mundo real. Se as conclusões não forem
coerentes com a realidade, impõe-se a reestruturação do modelo. A Microeconomia é uma
ciência teórica ou dedutiva em função, inicialmente, da própria complexidade e
entrelaçamento das influências subjacentes às situações nela presentes, tornando difícil
desembaraça-las por meio de técnicas estatísticas e , mesmo, em função da impossibilidade
de condução de experimentos controlados, ao contrário do que ocorre nas ciências exatas. O
caráter dedutivo da Micro será realçado à medida que se desejar formular deduções teórica
sobre variáveis que não poderão ser observadas ou mensuradas. Não há nenhum
“utilitômetro”, não se pode mensurar a utilidade ou a desutilidade que os consumidores
desfrutam ao dispo de um bem ou serviço.
A Microeconomia apresenta uma natureza estático-comparativa. Isso significa que sempre
tendem a ser confrontadas duas ou mais posições de equilíbrio sem qualquer preocupação
com o que possa ter ocorrido durante o período que demandou a passagem da situação
inicial para a final. Assim procedendo, não são considerados os ajustamentos entre ambas
as situações, nem a extensão do período de tempo em si. O lançamento de um tributo é um
exemplo desta característica, os pontos relevantes consistem em comparar a situações de
equilíbrio presentes antes da decisão governamental de lançar tributo e aquela situação de
equilíbrio após o tributo haver surtido os seus efeitos, positivos ou negativos:os
ajustamentos resultantes do confronto entre as duas situações em apreço, bem como o lapso
de tempo incorrido, são irrelevantes a Microeconomia. Uma das características da teoria
microeconômica é de constituir, fundamentalmente, em uma análise de equilíbrio
parcial.Essa análise pressupõe a adoção de condição de coeteris paribus,ou seja,uma
hipótese segundo a qual todas as de mais condições que possam influenciar no
relacionamento entre duas variáveis, funcionalmente dependentes, sejam mantidas
constantes.O objetivo dessa premissa é aproximar o modo de agir dos economistas com
aqueles dos profissionais que atuam no campo de ciências exatas.Efetivamente, estes
últimos, ao desenvolverem os seus experimentos, fazem-no em ambientes passíveis de
controle; quanto aos economistas, os resultados que inferem de qualquer situação micro-
econômicas são validos, desde que aceita a hipótese do coeteris paribus;caso contrário, será
relutada a veracidade desses resultados.
5. Uma análise de equilíbrio parcial, contrariamente a uma de equilíbrio geral, pressupõe a
abordagem de todas as situações econômicas de forma isolada ou individual; considera um
setor específico de economia e não esta em sua globalidade. Apresenta uma série de
vantagens, a saber:
a) exige uma menor disponibilidade de tempo do que a análise de equilíbrio geral;
b) é menos complexa, mais maleável e, didaticamente, de uso mais recomendado;
c) propicia a obtenção de uma primeira aproximação dos resultados globais que se
esteja almejando;
d) tem uma adequação e utilidade tanto maiores quanto mais tênues ou frágeis forem as
conexões entre a situação particular sob estudo e o restante da economia;e
e) operacionalmente é mais exeqüível do que a análise de equilíbrio geral, cujo
desenvolvimento ocorre quase sempre efetivado com o auxílio da Matemática, dada
a quase total impossibilidade de conduzi-la graficamente.
Estrutura de Mercados
O estudo das estruturas de mercado é o ponto de partida da Microeconomia. É no mercado
que se organizam e interagem duas forças antagônicas e dependentes: A OFERTA E A
PROCURA.
A tendência neoclássica é afirmar que as relações de troca equilibram estes dois interesses.
Por esta lógica o encontro destes dois interesses é denominado PREÇO DE EQUÍLIBRIO:
é resultado dos conflitos e tensões solucionados no entrechoque das forças da oferta e da
procura.
O QUE É MERCADO ?
Historicamente mercado é um lugar determinado onde os agentes econômicos realizam suas
transações.
Contemporaneamente: É um abstração econômica (Galbraith). Não existe uma conotação
geográfica definida para mercado. “É uma poeira cósmica de fatores produtivos.”
Há dois tipos de mercados:
Mercado de produtos : Bens industrializados, agrícolas, serviços, comunicações,etc.
Mercado de Fatores: É derivado do de produtos. Reflete a relação da OFERTA X
PROCURA .
6. MERCADO DE PRODUTOS
Procura Oferta
NECESSIDADES OFERTA DE BENS
Utilidade Custo E SERVIÇOS
E ASPIRAÇÕES
VALOR
PREÇO
Expressão monetária
MERCADO DE FATORES
Oferta Procura Processo produtivo
Fatores de produção
Remuneração / Expressão
TIPOS DE MERCADO
monetária
A Tensão das forças oferta e procura resultam em mercados diferentes.
Firme: Há mais procura
Estável: Há uma pequena quantidade a mais de oferta
Frouxo: Há grande quantidade a mais de oferta
Expansão: As duas forças –oferta e procura – se expandem
Contração: As duas forças se contraem.
CLASSIFICAÇÃO DOS MERCADOS SEGUNDO OS AGENTES ENVOLVIDOS
Oferta Um só vendedor Pequenos n de Grande n de
Procura vendedores vendedores
Um só comprador Monopólio Bilateral Quase monopsônio Monopsônio
Pequeno n de Quase monopólio Oligopólio Bilateral Oligopsônio
compradores
Grande nº de Monopólio Oligopólio Concorrência perfeita
compradores
ESTRUTURAS DO MERCADO
As estruturas de mercado podem ser dividas em 4: Concorrência perfeita; Monopólio;
Oligopólio; Concorrência monopolística. As condições para que ocorram uma delas são:
Concorrência Perfeita:
7. a)Atomização: pelo número de compradores e vendedores não há possibilidade de nenhum
deles influenciar no mercado.
b)Homogeneidade: Não há diferenciação dos produtos.
c)Mobilidade: Não há acordo entre agentes, que são livres para tomarem decisões.
d) Permeabilidade: Não há barreiras para a entrada ou saída de agentes.
e) Preço-Livre: O limite dos preços e dado pela força da oferta e da procura.
f) Extra-preço: Não há como ganhar mais com ofertas adicionais.
g) Transparência: não há informação privilegiadas entre os agentes.
Monopólio:
a) Unicidade: Há apenas um vendedor que domina completamente o mercado.
b) Insubstitutibilidade: O produto não tem substituto. Não há alternativas para os
consumidores.
c) Barreiras: Há limitantes (legais ou não) que não permite a entrada de concorrentes.
d) Poder: “Poder de monopólio” – O preço e a quantidade são controlados pela
monopolizadora.
e) Extra-preço: Dificilmente os monopólios recorrem a mecanismos extra-preços. Só são
usados para a obtenção de vantagens econômicas.
f) Opacidade: As transações e informação são mantidas em “caixa preta”.
Oligopólio
a) Número de concorrentes: Não há indicadores que definem um oligopólio. Resulta
quando há uma alta taxa de participação de competidores de grande porte.
b) Diferenciação: Não exige-se em setores em que os elementos de diferenciação são
irrelevantes (materiais de construção). Há necessidade de diferenciação em setores mais
competitivos (Carros).
c) Rivalidade: Concorrentes que atuam em mercados competitivos fazem propagandas
mais agressivas. Pode também haver conluios que aumentam a venda de determinados
produtos.
d) Barreiras: É difícil o ingresso de novos concorrentes no mercado. Geralmente exige-se
altos investimentos tecnológicos, em marca, em marketing. Pode ocorrer nichos
regionais que algumas médias ou pequenas empresas podem assumir, porém eles são
limitados.
e) Preço-poder e Extra-preço: Geralmente o controle dos preços é acirrado. Há conluios
que mantêm preços equivalentes. Estratégias extra-preço são usadas em mercados
competitivos. Nenhuma empresa exerce poder absoluto sobre o mercado.
f) Visibilidade: Há uma visibilidade aparente e parcial, que é estimulada pela
concorrência. As vezes admite-se informação aberta como diretriz para inibir
concorrentes.
Concorrência Monopolística:
Quando há um bom número de concorrentes, porém todos eles possuem patentes ou
diferenciais que seus produtos criam segmentos próprios. Características principais:
8. a)Competitividade: Há uma significativa capacidade competitiva. As fatias de mercado são
geralmente pequenas e sofrem ameaças dos concorrentes próximos.
b) Diferenciação: Os produtos de cada um dos concorrentes apresentam peculiaridades
distintas das demais. Cria-se mercados próprios. Quanto mais diferente o produto mais
monopolizado será.
c)Substitutibilidade: Os produtos dos concorrentes podem ser substituídos entre si em
alguns casos.
d)Preço prêmio: Dependerá da diferenciação percebida pelo consumidor. Como há
substitutos não poderá ficar muito acima dos concorrentes.
e)Baixas barreiras: Há relativa facilidade para entrada de novos concorrentes que se propõe
a investirem na mesma proporção dos concorrentes e que haja uma certa diferenciação dos
produtos.
O ESTUDO DA PROCURA
É do entrechoque da procura e da oferta que resultam os preços praticados nas transações.
Na definição da procura deve-se considerar duas variáveis: preços e quantidades
procuradas.
“A procura é determinada em pelas várias quantidades que os consumidores estão dispostos
e aptos a adquirir, em função de vários níveis possíveis de preços em um dado período de
tempo.”
O comportamento padrão dos consumidores faz com que as variáveis preço-quantidade
tenham uma correlação inversa- Quanto mais baixo o preço maior a quantidade procurada.
Embora a reação do consumidor em relação aos preços sejam diferentes e dependam a
cultura, comportamento,idade, sexo, classe social, etc.
A reação típica dos consumidores em relação aos preços são três:
Efeito obstáculo: Quanto menor o preço maior o número de consumidores aptos a comprar.
Efeito Substituição: O aumento de preços levam os consumidores a procura de bens
sucedâneos.
Utilidade Marginal: Quanto maior for a quantidade consumida menor será o grau de
utilidade de cada nova unidade adicional. A utilidade de cada unidade marginal é
decrescente.
A Curva da procura é descendente e inclina-se para baixo, da esquerda para a direita.
9. Preço
Curva da procura
Quantidade procurada
Nem todos os produtos ou família de produtos tem a mesma sensibilidade de variação em
função do preço. Para certos produtos uma pequena alteração no preço provoca uma
acentuada alteração de quantidades procuradas. Já outros podem alterar seus preços tanto
para cima como para baixo que não haverá alterações significativas nas quantidades
procuradas. Estes diferentes graus de sensibilidade são medidas pela expressão
ELASTICIDADE-PREÇO DA PROCURA.
E = Variação % da quantidade procurada
Variação % do preço
Dados pela diferenciação das diferentes elasticidade- preços. Os produtos são
classificados segundo sua procura em:
Procura Elástica: As quantidades procuradas são sensíveis a alterações nos preços
Procura Elástica Unitária: As variações nas quantidades procuradas são rigorosamente
proporcionais às variações dos preços.
Procura Inelástica: As quantidades procuradas são relativamente insensíveis a alterações
nos preços.
Procura perfeitamente elástica: A procura é definida por um único preço. Qualquer
variação reduz a zero as quantidades procuradas.
Procura anelástica: As quantidades procuradas são dadas e não reagem aos preços.
O ESTUDO DA OFERTA
Como na procura a oferta se liga a duas variáveis: preços e quantidades procuradas.
A oferta é denominada pelas várias quantidades que os produtores estão dispostos a
oferecer no mercado.
10. O comportamento típico dos produtores é aumentar a oferta caso aumentem os preços.
Preços mais altos estimulam uma maior produção.
Preços
Curva da
oferta
Quantidade
A curva da oferta é ascendente da esquerda para a direita.
Elasticidade-preço da oferta: As quantidades de diferentes produtos não são igualmente
sensíveis a variação dos preços.
A variação da sensibilidade dos produtos aos preços resultam em diferentes elasticidade
preço. As denominações das diferentes elasticidades seguem a mesma regra da procura.
Oferta elástica;Oferta com elasticidade unitária; Oferta inelástica; Oferta Perfeitamente
elástica; Oferta anelástica.
A TEORIA DO CONSUMIDOR
Os consumidores procuram maximixar suas potencialidades.Leva-se em conta que a
“utilidade” poderá ser medida de uma forma lógica.
O comportamento do consumidor é influenciado: Fatores econômicos e extra-econômicos.
Pela combinação preço e renda o consumidor determina a cesta de bens e serviços
demandadas. Esta demanda relaciona as diferentes quantidades de bens e serviços possíveis
de serem adquiridas com base na sua renda e nos preços cobrados pelos produtores.
A procura do consumidor é influenciada: preços; substituição dos produtos (exceção a
monopólio) e utilidade dos produtos.
A UTILIDADE TOTAL E A UTILIDADE MARGINAL
11. O Ponto de partida da avaliação do comportamento do consumidor em função da utilidade
do produto são:
a)a utilidade é passível de percepção: variam de acordo com a necessidade dos indivíduos.
b)a utilidade total é passível de saturação.
c)a utilidade é comparável- produtos mais ou menos úteis
d)o consumidor age racionalmente em função de sua satisfação.
Princípio da utilidade marginal decrescente: o acréscimos de produtos aumentarão a
utilidade total (até sanar) mas serão decrescente em relação a utilidade marginal até chegar
a ser igual a zero.
Quantidade de produtos Utilidade Total Utilidade marginal
0 0 0
1 3 18
2 6 15
3 9 12
4 12 9
5 15 6
6 15 0
Utilidade Total Utilidade Marginal
18
15
15 Curva da
12 Utilidade
marginal
9
Curva da Utilidade Total 12
6
9
3
6
CURVA DA INDIFERENÇA
1 2 3 6
Várias diferenças justificam 5 reação do consumidor: Comportamento; sexo; idade; cultura;
1 2 3 4 a 6
Quantidade
Quantidades
religião, etc.
A relação consumo X preferências está associada a expressões de satisfação X dor.
O Valor da mercadoria está associada a suas qualidades intrínsecas e subjetivas.
A curva da indiferença do consumidor são as diversas possibilidades que ele terá de
alcançar a satisfação dada as suas limitações orçamentárias. O mesmo grau de utilidade
com as mais diversas combinações.
12. Produto X (Feijão)
30
15
15 30
Produto Y (carne)
A curva da indiferença dependerá das opções de cada consumidor.
Para o mercado o que interessa é a disposição dos consumidores em aceitarem o preço
exigido pelos seus produtos.
RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Vários fatores restringem o consumo: Saúde;tempo;idade;etc. Porém é a restrição
orçamentária a mais comum e passível de análise.
A restrição orçamentária é influenciada pela renda e pelos preços que o consumidor está
disposto a pagar.
Produto A
50
Restrição orçamentária
Produto B 50
A Renda é distinta em: Renda monetária ou renda nominal é o que se ganha (Contra-
cheque) e Renda Real é a potencialidade da renda monetária em adquirir bens (o poder
aquisitivo). Nem sempre o aumento na renda monetária repercute na renda real.
A ESCOLHA DO CONSUMIDOR
A Escolha do consumidor será dada pela quantidade de produtos que maximize suas
necessidades dada sua restrição orçamentária. Graficamente é o ponto onde a curva da
indiferença se encontra com a reta orçamentária.
13. DEMANDA DO CONSUMIDOR
A reação da demanda de bens e serviços do consumidor dependerá também da característica
e da função dos bens. Estes são classificados em:
A) Bens substitutos perfeitos: São aqueles que proporcionam ao consumidor o mesmo
nível de satisfação. A demanda dependerá do preço. O consumo poderá aumentar ou
diminuir o consumo sem a perda da satisfação.
B) Bens complementares perfeitos: São adquiridos em quantidades iguais,
independente de seus preços. O consumo de apenas um deles é pouco provável.
C) Bens Neutros: O consumidor não se interessa pelas variações de preços destes
bens. Não destina nenhum percentual de sua receita no consumo destes bens.
D) Bens Normais ou comuns: São aqueles que tem relação inversa com seus preços e
direta com a renda do consumidor. Seu consumo aumenta quanto seu preço baixa e
vice-versa.
E) Bens discretos:Tem a característica de serem consumidos em poucas unidades e em
unidades inteiras. O consumo deles é mínimo.
F) Bens Inferiores: Constituem-se em uma categoria especial de bens e serviços.
Possuem satisfação específica. O comportamento do consumidor foge a
regra.Aumenta seu consumo com o aumento de preço.